ENS - Carta Mensal 356 - Agosto/2000

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°356 • Agosto I 2ooo

EDITORIAL ....................... .. .. .. .. ... O1 Da Carta Mensal ........................ O1 Conselheiro Espiritual da SR ........ 02 CORREIO DA ERI ........................ 03 Abrir o Coração .......................... 03 Carta do Conselheiro Espiritual ... 05 Notícias Internacionais .. .. .. ......... . 07 SUPER-REGIÃO .. .... ................... .. 09 O Pai na Trindade .. ........... .... .. .... 09 Presença da Equipe de Super-Região nas Províncias .. .... .. 11 JUBILEU DAS ENS ...... ....... .......... 15 Peregrinação À Aparecida ........... 1 5 Lançamerto do Livro de D. Nancy ........ .... .... .. ...... ........ 1 8 De Belém do Pará a Aparecida ... 20 Estado do Espírito Santo Também Presente .. .. .................... 21 A Equipe Mais Antiga .... .. .. ........ .. 22 Jubileu Pelo Brasil : Também Celebramos .... .... .. ... ..... 24 Jubileu das ENS e a Mídia ......... .. 27 Cravos Vermelhos em ltaici ........ . 28 ENCONTROS INTERNACIONAIS ...................... 30

Carta Mensal é uma puhlicaçcio menml das Equipes de Nossa Senhora Edição: Equipe da Carta Menml Cecília e José CariO.\' ( respvnsú,•eis)

Wilma e Orlando Rita e Gilberto Lucinda e Marco

Janete e Nélio Pe. Ernani J. Angeliui (cons. espiritual ) Jomalista ResrJOnsáve/: Catherine E. Nadas tm1b 19835) Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Now.1 Bandeira Produçlies Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres. 93 1 - SP Fone: (Oxx ll) 3873. 1956

Lou rdes, 1988 .......... .. .. .... .. ..... ... 30 SANTIAGO 2000 .... .. .. .. ........ ...... 33 Informações Gerais ........ .. ........ .. 33 Para Aqueles que não Vão à Santiago .................... 35 FORMAÇÃO .. ... ........ ..... ...... ....... 36 Uma Vocação Especial, a do Casal .......... ........ .... ..... ....... 36 DIA DO PADRE ........................... 38 Um Equipista Especial ................. 38 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES .. .... . 39 PCE ...... .... .................................. 41 Ação de Graças ........ .. .. .. ... ......... 4 1 TESTEMUNHO .. .. .... .... ...... .. .. .. ... . 43 Como É Bom Receber um Chamado do Senhor! (EJNS) ....... 43 Experiência de um Ministro da Eucaristia Equipista ......... ..... .. 44 NOSSA BIBLIOTECA ..... ....... .. ..... 45 PALAVRA DO LEITOR .. ................. 46 REFLEXÃO ............. .......... .. ... .. .... 48 Eu Pedi a Deus ........ .. .. .. ...... .... .... 48

Diagramação: Alessandra Carignani Capa: Marcos Hirakmt.•a

Impressão: Edições Loyola R. 1822,347 Fon e: (0 11 ) 6914.1922 Tiragem desta edição: 14.000 exen1plares

Cartas, colaborações, notícias. testenumhos e imagens devem ser etll'iadas para:

Ca rta Mensal

R. Luis Coelho, 308 5° andar · conj. 53

01309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx/1) 256. 1212 Fox: (Oxx/1) 257.3599 cartamensal@ens. org.br

NC Cecília e José Carlos


Queridos Equipistas!

É com grande alegria e entusiasmo que escrevemos a vocês. Ficamos muito emocionados e carregamos em nossos corações todo o carinho e amor que recebemos dos equipistas da Província Leste, quando da nossa reunião da Super-Região, no Rio de Janeiro. Foi a primeira experiência fora de São Paulo, esse encontro com as Equipes de base, esse encontro fraterno entre irmãos. Quanta atenção, quanta dedicação dos casais que nos acolheram, quanta disponibilidade! Parecia que todos se conheciam há muito tempo, tal o carinho que demonstravam. A celebração Eucarística foi marcante. Sentimos realmente apresença de Jesus no nosso meio e Maria nos abençoando. E o carinho com a Carta Mensal, então, nos deixou muito emocionados aumentando muito mais a nossa responsabilidade no desempenho da nossa missão. Como é bom saber que tudo o que fazemos com muito carinho e dedicação é sentido pelos equipistas, é conduzido pelas páginas da Carta Mensal. Isso tudo nos encoraja a continuar a nossa missão, nos dá forças para superarmos as dificuldades e as nossas deficiências. Um muito obrigado do fundo do nosso coração. Maria os proteja sempre. Além dos artigos comentando esta visita ao Rio de Janeiro e ainda sentindo os ecos da peregrinação a Aparecida, apresentamos ne ta edição a saudação feita pelo Casal Respon-

sável da Super-Região Silvia e Chico, na sessão solene comemorativa do Jubileu das ENS, as palavras proferidas por D. Nancy sobre o lançamento de seu livro "Equipes de Nossa Senhora no Brasil - Ensaio sobre seu histórico" e o testemunho de alguns equipistas. Vocês, queridos equipistas também encontrarão o relato de algumas comemorações do Jubileu que aconteceram nas diversas cidades. Está faltando muito pouco para que tenhamos o início do Encontro Internacional de Santiago de Compostela. Temos vários artigos comentando esse momento tão importante para o nosso Movimento. Recomendamos que leiam, cuidadosamente, as informações sobre o Encontro, no artigo "Santiago 2000- Informações Gerais". Elas podem tirar várias dúvidas e ajudar a todos a melhor aproveitar esse tempo de graças para os equipistas. Gostaríamos também que vocês refletissem sobre esse evento, intensificando suas orações, pedindo ao Espírito Santo que ilumine a todos, os que estarão em Santiago e os que permanecerão aqui, em nosso país. Neste mês, rezemos e pecialmente pelos nossos queridos Conselheiros Espirituais, por ocasião do dia do padre, 04 de agosto; rezemos também pelas vocações religiosas e sacerdotais e pelos nossos pais, justamente homenageados, no dia 13 deste mês. Mas, não é só isso. Há muito mais nesta.nossa Carta. Esperamos que gostem. Boa leitura para todos!

Equipe da Carta Mensal


CONSELHElRO ESPlRlTUAl DA SR Prezados casais:

São Gregório Nisseno escreve: "Acaba prejudicando a virgindade, quem rebaixa o matrimônio". Essa frase ficou rodando em minha lembrança e acabei concluindo que: Só podemos dar o devido valor ao casamento se dermos o devido valor à virgindade; e só poderemos dar o devido valor à virgindade se dermos o devido valor ao casamento. O passo seguinte foi fácil: O matrimônio cristão plenamente vivido leva o casal, e os que estão ao seu redor, a descobrir o valor do celibato e das outras vocações cristãs. Fácil perceber por quê: o matrimônio e as outras vocações cristãs somente podem ser compreendidos, se percebemos que na fonte e no centro de qualquer vida cristã está o amor incondicional à Trindade e o amor de compromisso e de doação para com os outros, e, no caso do matrimônio, para com um outro; se percebemos o valor da realidade humana e da criação, mas ao mesmo tempo sua relatividade; se estivermos dispostos a colocar nossa vida e nossa realização num contexto mais amplo que o imediato e terreno. Neste mês de agosto, os casais serão convidados a "rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas". Tudo bem. Mas prefiro dizer-lhes: se querem ajudar a despertar vocações religiosas e sacerdotais, em sua farru1ia e na Igreja, vivam plenamente seu matrimônio, levem-no às extremas conseqüências, façam-no o mais belo, o mais invejável, o mais atraente possível. Se vocês o fizerem, seus filhos e os jovens de seu ambiente perceberão que o importante na vida é o amor. Irão descobrir que se pode viver o amor também no celibato, na vida religiosa ou no sacerdócio, o que é o mais importante. E poderão até, se esse for seu caminho, aceitar alegremente o convite do Senhor para essas outras formas de viver o amor. E, é claro, se vocês viverem plenamente seu matrimônio, saberão também deixar plena liberdade para que seus filhos e filhas abram asas e voem pelos rumos que Deus lhes abrir. Aceitarão que eles escolham outras formas de paternidade e de maternidade, que se abram para outros horizontes e deixem claro que somente o amor é valor absoluto e que são relativas todas as formas de o vivermos. Ah, sim. Se viverem plenamente seu matrimônio, poderão até rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas. Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr 2


ABRlR O CORAÇAO

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Queridos amigos equipistas:

Estaremos todos juntos, no mês de setembro, alguns em Santiago, e a maioria nos seus próprios países, a fim de renovar nossa fé em Deus e nossa unidade no espírito do Movimento, como caminho de salvação e de santificação do casal. Não é por acaso que esse Encontro terá lugar às vésperas do terceiro milênio e no meio do ano jubilar proposto pelo papa João Paulo II. Os dois acontecimentos vêm do mesmo espírito: Abrir nosso coração para nos renovar na fé, para nos converter na verdade e nos fortificar na unidade. Para conseguir isso, todos os casais das Equipes de Nossa Senhora preparam esse duplo evento da vida da Igreja e das Equipes, com um tema de estudo que nos tem ajudado a refletir sobre as grandes verdades da nossa fé, e a viver segundo a pedagogia e a mística do Movimento. Mas, o que significa para nós a abertura do coração? No tema de estudos "Equipes de Nossa Senhora rumo ao terceiro milênio", o terceiro capítulo, dedicado ao Espírito Santo, nos mostra de que maneira tudo o que Jesus fazia era sob a influência do Espírito. Domesmo modo, ele nos ajuda a refletir sobre a necessidade que Jesus tinha de se manter em contato direto com o Pai. Graças à oração, aberto à influência do Espírito Santo e dócil à vontade do Pai, Jesus precisava

A cada dia, estamos mais perto de nosso Encontro Internacional de Santiago de Compostela. Hoje, temos, vindas do mundo inteiro, 7000 pessoas inscritas: casais, viúvos e viúvas e conselheiros espirituais.

Duas atitudes para obter abertura do coração: ser conscientes de nossa fraqueza, pois: "Sem o Espírito, nada poderemos fazer, mas, com o Espírito, quanto mais fracos formos, mais fortes seremos"; e rezar com insistência ao nosso Pai e ao seu filho, Jesus, para que eles nos enviem o seu Espírito Santo.

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atentos aos apelos do Espírito, através das orientações próprias do Movimento para os seis próximos anos. Apesar das diferenças de idioma, iremos todos a Santiago de Compostela falando a mesma coisa, com um mesmo coração e um mesmo espírito . Duas atitudes para obter essa abertura do coração: • A primeira: ser conscientes de nossa fraqueza, pois: "Sem o Espírito, nada poderemos fazer, mas, com o Espírito, quanto mais fracos formo , mais fortes seremos." • A segunda: rezar com insistência ao nosso Pai e ao seu filho, Jesus, para que eles nos enviem o seu Espírito Santo: "Já estou chegando e batendo à porta. Quem ouvir minha voz e abrir a porta, eu entro em sua casa e janto com ele, e ele comigo" (Ap 3, 20).

sempre ter um coração aberto ao Espírito e estar em união permanente com seu Pai. Imaginem quantos mo ti vos temos nós para fazer amesma coisa! Então de que maneira podemos abrir nossos corações? A mística e a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora são, ao mesmo tempo, vocação e método para abrir nosso coração, individualmente e em casal, à vontade de Deus e para descobrir as ações concretas que devemos praticar para fazer a sua Vontade. Os pontos concretos de esforço, a vida de equipe e as orientações de vida constituem a pedagogia das Equipes para atingir esse fim. A reunião -momento forte da vida de equipe- é o espaço privilegiado para que a comunidade inteira abra seu coração à vida do Espírito. De uma maneira privilegiada, o ano jubilar e o Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora são momentos especiais de graça. O primeiro acontecimento, para todos os batizados, é muito mais do que a aplicação de uma fórmula mecânica, é uma verdadeira atitude de conversão e de desejo sincero de perdão, atitudes a que podemos chegar, somente tendo um coração aberto à misericórdia de Deus. O segundo acontecimento, destinado aos membros das Equipes de Nossa Senhora, é também um momento de graça que se refere à abertura do coração para que nos renovemos no espírito do Movimento (pessoalmente, em casal, em comunidade) e para que estejamos

Finalmente, não é suficiente pertencer às Equipes de Nossa Senhora como se fôssemos sócios de um clube social; é necessário sermos equipistas engajados, com nossos corações sempre abertos ao Espírito. E preciso agir, pondo em prática a vontade de Deus, através da ajuda mútua que não é outra coisa que o mandamento de Jesus: "Amaivos uns outros como eu vos amei" (lo 13,34). Unidos em oração, nós os abraçamos amorosamente, Constanza e Alberto Alvarado Equipe Responsável Internacional 4


CARTA DO CONSELHEIRO ESPlRlTUAl SANTIAGO 2000. UM TEMPO DE ENCONTRO, CONHECIMENTO E AMOR

Santiago é, para nós, um lugar de conversão. Já falamos em diversas cartas, que nossos antepassados sempre pensaram que, ao fim da viagem, iriam ter a oportunidade de renovar o seu engajamento na fé de Jesus. Ele, que chamou a si próprio "caminho, verdade e vida", nos espera de uma maneira toda especial, através dos tempos, nesse lugar privilegiado. Para nossas equipes, os dias que esperamos viver juntos serão uma soma de momentos em que o amor do Senhor se fará presente, tenham certeza.

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valor maior de nosso encontro de Santiago, como em todos os nossos encontros é o fato de vivermos juntos cinco dias numa fraternidade alegre e adulta. A primeira grande surpresa será a de perceber que estaremos num ambiente onde nada nos será estranho. Nossos momentos de reunião não serão como aqueles de pessoas que se sentem afastadas umas das outras por culturas diferentes, línguas diversas, comportamentos contraditórios, talvez mesmo exóticos ou incompreensíveis. Felizmente, e esta é a riqueza de nossa expansão, vimos todos de países afastados deste "finisterrae" espanhol, mas estamos todos próximos, uns dos outros, pela nossa vida espiritual, pela nossa formação como equipistas e pela força de nosso desejo de solidariedade e de ajuda mútua.

Esse encontro é uma oportunidade para tornar ainda mais sólidos os nossos laços de fraternidade, e devemos ir até ele com o desejo de nos dar totalmente aos outros, sem entraves, com uma vontade clara de compreensão e de identificação. Nossa grande riqueza se encontra na diferença e desde o primeiro instante, devemos deixar de lado os preconceitos que possam nos separar. A experiência de tantos encontros das Equipes de Nossa Senhora nos faz sentir o valor de nossa fé, "guardando uma saudável estima por todos" , como nos pede São Paulo. Encontrar-se, eis a primeira coisa em que apostamos, a grande chance que dá ao nosso encontro um sentido profundo, um sentido do qual nada pode tirar o brilho: nem a distância, nem as barreiras dos idiomas, nem as exigências de uma organização 5


que nos foi transmitido pelos casais fundadores e pelo padre Henri Caffarel. Não percamos, portanto, a oportunidade de nos conhecermos ainda mais, nas nossas diferenças. O encontro nos ajudará, provavelmente, a conseguir um melhor aprofundamento de nossa vida espiritual; e nossa comunidade em oração, em reflexão e em diálogo, será um elemento positivo para o conjunto de nosso Movimento e para cada um dos casais ou dos sacerdotes que dele participarem. A troca de idéias nas reuniões mistas nos dará muitas vezes perspectivas novas que enriquecerão nossa jornada . Assim, desse encontro e desse conhecimento, surgirão um amor mais universal e uma solidariedade mais sólida. Santiago 2000 deve ser um ponto de partida de uma etapa que desejaríamos ainda mais intensa e devotada a nossa vocação de casais unidos pelo sacramento do matrimônio, no espírito das Equipes de Nossa Senhora, em fidelidade e união com a grande comunidade da Igreja universal. Não fiquemos indiferentes a esse chamado ...

humana necessariamente complexa, nem o desconforto de uma longa viagem ou de uma reunião de um grande número de pessoas. É evidente que é preciso ter uma grande generosidade e assumir as responsabilidades, ultrapassando os preconceitos e colocando de lado as opiniões pessoais, que podem ir de encontro das linhas gerais dadas pelos responsáveis do Movimento. Deixar-se levar por pontos de vista pessoais e, com eles engajar uma equipe, um setor, uma região, ou mesmo todo um país, é falsear e trair a mensagem de engajamento e de disciplina específicos do carisma

Cristóbal Sàrrias, s.j. 6


NOTÍCIAS 1NTERNAC10NA1S ALPHONSE DANNEMBERGER RECORDA GENEVJEvE SlPSOM POR OCASIÃO DA MlSSA DE EXÉQUlAS

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enevieve morreu na terça-feira, 11 de abril do ano 2000. Essa data era também o dia do aniversário de seu casamento com Constantin. Seria injusto prestar uma homenagem a Genevieve sem evocar a bela figura de Constantin, seu esposo, que nos deixou há quase 15 anos. Pouco depois do casamento, Constantin e Genevieve perderam um nenezinho e não tiveram nenhum outro filho.

Eles formavam um casal extraordinário; ao lado de Genevieve, que tinha uma atividade transbordante, Constantin estava sempre presente, sempre discreto; era um homem afável e, sobretudo, um homem de oração. Sem essa presença terna e amorosa do marido, Genevieve não teria podido fazer tudo que sabemos dela. Acredito que Constantin e Genevieve tenham começado nas Equipes de Nossa Senhora durante a

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guerra, em 1942-1943. Nessa época, existia apenas um punhado de equipes. O padre Caffarel dirigia sozinho o Movimento. Mas, a partir de 1947, o casal Sipsom começou a fazer parte de uma equipe dirigente, que se tornou Centro Diretor e Equipe Responsável Internacional. Logo foram escolhidos como responsáveis e permaneceram por longos anos nessa tarefa. Em 1972-1973, quando o padre Caffarel saiu do Movimento, Genevieve aproveitou a oportunidade para delegar suas principais responsabilidades, mantendo entretanto uma ligação estreita com as Equipes de Nossa Senhora e algumas de suas atividades. Para ser breve, vou me deter em três pontos: 1) Durante todos esses anos, Genevieve foi a colaboradora mais próxima do padre Caffarel. Corajosa no trabalho, atenta e precisa, Genevieve transmitia e punha em prática as inúmeras idéias do nosso fundador. Tarefa difícil pois ele estava sempre em busca da perfeição. 2) Em segundo lugar, é preciso dizer que ela redigia, em grande parte, a Carta do Movimento, que, naquela época, era mensal e comportava já umas quarenta páginas, trabalho de redação rigoroso (o que se escreve, permanece) e extenuante, pois quem já dirigiu uma revista sabe com que rapidez os prazos se escoam. 3) Ao lado de Constantin, não só dirigia o Movimento, como também organizava todas as mani-

Genevieve foi a colaboradora mais próxima do padre Caffarel.

festações, acompanhava o andamento delas e de tudo participava. Mantinha uma correspondência volumosa com os novos e os antigos dirigentes das Equipes, viajava, consagrando à sua missão todo o seu tempo, inclusive as férias. Recebia em sua casa uma multidão de gente para almoçar, para jantar; conhecia todo o mundo, do Brasil à Ilha Maurício, da Polónia, aos Estados Unidos.

É, em grande parte, graças à Genevieve, que o movimento das Equipes de Nossa Senhora teve um desenvolvimento harmonioso e conservou uma tão bela unidade. Sim, queridos amigos, dessa forma conheci e amei Genevieve. Acrescentaria ainda que, nos seus últimos meses, infelizmente, ela sofria, percebendo que estava cada vez mais enfraquecida fisicamente. Por fim, eu os convido a rezar por Genevieve e Constantin e a agradecer, de todo coração, ao Senhor, por tudo que ela fez por nós. 8


OPAlNA TRlNDADE

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gosto, mês das vocações, mês dos pais, mês da família ... e o Projeto Rumo ao Novo Milénio culmina no ano dois mil glorificando a Santíssima Trindade, a Fanu1ia das fanu1ias. Nossa reflexão tem início na Escuta da Palavra em lJo 4, 8: um Deus que existe antes de ter criado todas as coisas revelando-se a nós como AMOR. Na realidade AMOR está o mistério da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Era isso que a Palavra dizia ao nosso coração e trouxemos estareflexão para a nossa vida de casal. Antes de nos conhecer, vivíamos uma vida egoísta, eu pensava no meu bem estar e ele também no seu. Um dia nos encontramos, nossas vi-

das se transformaram em sucessivos encontros. A cada encontro nos esmerávamos nas qualidades recíprocas, o que se tornou tempo de conversão para nós dois. Fomos nos identificando; uma força procedia do coração de cada um de nós que ia nos unindo e sentimos que essa força era o AMOR. Descobrimos que éramos um mistério que ia sendo revelado à medida que crescia em nós o Amor. Esse amor tão bonito deveria ser eterno. Isso se tornou real no dia do nosso casamento. Ao ministrarmos um ao outro o Sacramento do Matrimônio, o nosso Deus que é uno e trino, amor e eterno, santo, santo, santo, veio a nós, santificou e eternizou o nosso amor. Nesse exato momento nas-

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ceu O CASAL. Assim, todo casal cristão que vive a dimensão divina da sua união sacramental está intimamente ligado ao mistério da Santíssima Trindade. Foi refletindo sobre a dimensão divina da nossa união sacramental, que entendemos a Santíssima Trindade. É ela que nos ilumina na condução e formação cristã da nossa farru1ia. A dimensão humana da nossa conjugalidade, alimentando-se dos meios oferecidos pelo Movimento (os Pontos Concretos de Esforço), é capaz, neste mês de agos-

Eis um mundo evangelizado que Lhe damos como presente de aniversário das famaias equipistas; abençoa-o, santifica-o!

to, ao homenagearmos nossos pais, de entender que esta homenagem não será possível sem que incluamos nela o lado feminino da Paternidade, a mãe, e dela o filho, constituindo a farru1ia. Deus Pai reveste Maria da Ruhá Santa, o Espírito Santo, para gerar Jesus que revelou ao mundo o que Deus é: SANTÍSSIMA TRINDADE. Cabe a nós, pais, agora, revelarmos a Santíssima Trindade, fazendo que o humano chegue até ao divino, assim como o divino chegou ao humano por meio de Maria. As ENS são os degraus da escada que nos eleva e nos faz chegar até ao divino, se fizermos dos PCE os meios da nossa ascese cristã. Comemoraremos o "Dia dos Pais" na dimensão divina da sua paternidade, para que a Santíssima Trindade seja glorificada neste ano 2000 como presente de aniversário a Jesus, que espera receber de nós uma farru1ia resgatada e salva pelo esforço que fizemos durante todo esse período que trabalhamos no PRNM. O "ser casal", que está intimamente ligado ao mistério da Santíssima Trindade, deverá se manifestar verdadeiramente como fonte de santidade e de fecundidade, a ponto de podermos dizer a Jesu : Eis um mundo evangelizado que Lhe damos como presente de aniversário das famílias equipistas; abençoa-o, santifica-o! À SANTÍSSIMA TRINDADE, o nosso grande amor! E aos PAPAIS, feliz dia dos pais!

Rosinha e Anésio CR- Província Sul II 10


PRESENÇA DA EQ!JlPE DE SUPER-REGlAO NAS PROVÍNCIAS

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ntre os objetivos que a Equipe de Super-Região fixou para si própria está o de buscar uma aproximação mais efetiva e concreta com os equipistas de base, completando assim a comunicação que já acontece através dos vários níveis de responsáveis e dos demais instrumentos disponíveis no Movimento. As Equipes devem formar entre si uma comunidade de Igreja, e para isso todas têm laços profundos de unidade que brotam da mesma busca de santidade, da mesma fé em Jesus Cristo, de abraçarmos o mesmo caminho proposto pelo Movimento. Inegável que isto forma essa "comunidade espiritual" entre as equipes de todo o Movimento. Mas somos pessoas de carne e osso, também necessitados de que essa comunidade se torne cada vez mais concreta, mais humana, mais perceptível. É preciso fazer que o intercâmbio da fé e da caridade desabroche na realidade da vida, para criar uma relação pessoal e amorosa que sirva de espaço ao encontro, à comunhão e à fraternidade.

É pensando em prestar este serviço, em partir ao encontro dos casais equipistas de base, que a Equipe de Super-Região está se dispondo, uma vez a cada ano, a deslocar-se até uma determinada Província, para paralelamente a sua reunião específica de trabalho, reservar um tempo para uma convivência fraterna com os equipistas locais, sentindo suas necessidades, trocando experiências, levando seu calor e entusiasmo, fazendo-se mais do que nunca verdadeiros irmãos de caminhada que somente têm de diferente o fato de, naquele momento específico, terem sido convocados a um amor maior no serviço ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. 11


REUNlÃO DA SUPERREGIÃO BRASll NO RlO DE JANElRO 9 A 11 DE JUNHO DE 2000 Entre os dias 9 e 11 de junho a Equipe da Super-Região Brasil se reuniu no Rio de Janeiro, tendo a Província Leste como anfitriã. Do ponto de vista de um casal equipista do Rio de Janeiro que teve a oportunidade de participar somente de atividades não diretamente relacionadas com as reuniões e liturgias da reunião, dois pontos merecem destaque: 1) Por iniciativa do Colegiada Provincial Leste, foi desenvolvido um programa de acolhida aos casais da Super-Região, pelo qual casais equipistas do Rio de Janeiro e Niterói esperaram cada um dos membros nos aeroportos e rodoviárias, transportando-os para o local da reunião. Alguns dos visitantes, tendo che-

gado ao Rio de Janeiro com alguma antecedência, deram a oportunidade aos casais anfitriões de uma convivência fraterna, de uma boa conversa, de alguns passeios pelas belezas naturais e urbanas do Rio de Janeiro e de uma rica troca de experiências humanas e equipistas antes de serem levados, com todo carinho, ao Colégio Regina Coeli, no bairro da Usina, onde ficaram hospedados e reunidos. Os mesmos casais que os receberam, e mais alguns novos, levaram os membros da Equipe da SR para os aeroportos e estações de saída no fim da reunião, ao voltarem para seus lugares de origem. A mesma filosofia foi implantada para o transporte dessa Equipe para o evento da noite de sábado, sobre o qual falaremos no item 2. Certamente, teria sido muito mais fácil a contratação de um serviço de transporte profissional, mas nunca se teria conseguido o raro contato pessoal entre casais de base e os membros da Super-Região, com todo seu simbolismo de fraternidade e de unidade. Cada casal que participou desse programa de acolhida certamente lembrará desta data como uma das mais marcantes em sua vida equipista. 2) No sábado, 10 de junho, às 18:00 horas foi realizada no 12


Colégio Zaccaria, no bairro da Glória, uma Sessão Plenária com a presença de toda Equipe da Super-Região, aberta para todos os equipistas. Mais de 300 pessoas, com boa representação proporcional das 5 Regiões do Rio de Janeiro e da Região Minas I, participaram do evento com grande alegria e emoção, demonstrando o amor ao Movimento e o respeito e solidariedade aos irmãos da SuperRegião que estão executando um serviço de tanta responsabilidade. O encontro começou com a Santa Missa, presidida pelo Padre Tarcísio, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Província Leste, na qual o Padre Flávio, SCE da Super-Região fez uma profunda homilia. Vários·outros padres e diáconos concelebraram esta missa, com alguns seminaristas auxiliando na celebração. Depois, sob a coordenação de Sílvia e Chico, Casal Responsável da Super-Região, cada um dos casais visitantes se deu a conhecer ao público falando sobre sua Província ou missão específica. Todos os depoimentos foram muito interessantes e atentamente absorvidos pela pláteia, e mais uma vez D. Nancy empolgou com sua presença e suas considerações. Posteriormente, foi aberta uma sessão de perguntas e respostas. Houve uma participação muito ati13

va da platéia, dirigindo perguntas ou fazendo depoimentos e comentários sobre este evento, sobre o Movimento em geral, sobre a Carta Mensal, e muitos outros assuntos correlatas. Em particular, chamou a atenção a narração do Casal Provincial Norte sobre os desafios enfrentados na expansão do Movimento pelos rios e céus da Amazônia. No fim da sessão plenária, os CRR presentes entregaram uma lembrança a cada membro da Equipe: um pequeno Cristo do Corcoyado, que certamente lembrará, com seus braços abertos, toda a amizade e desejos de paz que os equipistas da Província Leste sentem e oferecem aos integrantes da Super-Região. Para os Equipistas da Província Leste, e em particular para os do Rio de Janeiro e adjacências, este evento se somou a toda a emoção sentida na Peregrinação a Aparecida no dia 13 de maio e ao louvor a Deus pela graça de pertencermos às Equi-


pes de Nossa Senhora. Irmãos da Equipe da Super-Região, agradecemos a Deus pela visita de vocês à nossa casa e pelo bom trabalho na construção do Reino.

Josefina e Roque Vargas CRR-Rio V

*** EQU1PE DA SUPER-REG1ÃO NA PROvlNC1A LESTE Colhendo algumas impressões, após o Encontro da Equipe SuperRegião com os equipistas da Província Leste, tivemos a certeza de que esta foi mesmo uma iniciativa inspirada pelo Espírito Santo. Reunidos em missão, vieram visitar muitos irmãos, vieram trazerlhes a paz ... Vimos que não só a paz, mas também trouxeram muita Esperança (foi o que muitos disseram). Particularmente, acreditamos muito no testemunho e naquela noite a emoção tomou conta de todos e um sentimento de pequenez diante da grandeza do Movimento nos envolveu. As palavras sinceras dos Provinciais mexeram com os corações. O desalojar-se, o desinstalar-se desmistificou a idéia de que a equipe de Super-Região seria uma equipe superior a tudo (pala-

vras de alguns equipistas). Remeteunos no tempo e vimos os profetas, Maria, Paulo e o povo assumindo, vivendo e testemunhando a sua missão. A descoberta, para muitos equipistas do Rio, de que algumas Províncias foram iniciadas por casais daqui, trouxe um novo entusiasmo e uma força grande de buscar novas soluções para sustentação e expansão da Região. Por fim, o reconhecimento de que valeu a pena o SIM que deram no matrimónio e o SIM que deram ao Movimento, porque inúmeras têm sido as graças alcançadas e porque, como nos disse padre Flávio Cavalca em sua homília, dentre outras profundas reflexões: Nossa Senhora dos Mil Nomes sempre estará conosco! Magnificat !

Vera e Paulo Portugal CRR-Riol

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PEREGRlNAÇÃO À APAREClDA SAUDAÇÃO DO RESPONSÁVEL DA SUPER-REGlÃO

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ublicamos na íntegra o pro nunciamento do casal Silvia e Chico - Responsável pela Super-Região Brasil, feito na sessão solene, comemorativa dos 50 anos das ENS no Brasil, no Santuário Nacional de Aparecida, realizada no dia 13 de maio de 2000:

ças podemos encontrar vários elementos, dos quais queremos destacar os principais: Há um fato, mas não um fato qualquer, e sim um fato maravilhoso, misterioso, -relacionado com Deus. O fato maravilhoso para este momento de ação de graças é a existência do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, instrumento inspirado por Deus para ser o arauto do amor conjugal como expressão da santidade do sacramento do matrimônio cristão. Há a descoberta, a tomada de consciência de que o autor desse fato não pode ser outro senão Deus, e diante dele a criatura se inclina e se prostra. A descoberta e a percepção de que este Movimento nasceu de uma inspiração divina decorre da nossa fé na Providência de Deus, que em cada momento da história dos homens, trama e tece com suas invisíveis mãos os meios para dar as

"Queridos casais das Equipes de Nossa Senhora, e familiares aqui presentes. Queridos Sacerdotes e Religiosos Conselheiros Espirituais. Acabamos de sair de uma celebração eucarística. Eucaristia, termo de origem grega, significa ação de graças. A compreensão do conceito de ação de graças é de máxima importância para entendermos o seu conteúdo, pois ação de graças se constitui numa atitude da criatura diante do Criador. Na estrutura de uma ação de gra15


respostas mais necessárias. Esse fato maravilhoso provoca uma atitude de admiração, que leva a criatura a aclamar 'Bendito sejas, ó Senhor, Pai bondoso e misericordioso'. Cada um de nós, no fundo do seu coração, encontrará razões mil para dar graças, pois somos as testemunhas das bênçãos que obtivemos em nossa vida quando nos dispusemos a trilhar os passos em busca da santidade proposta pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora, e seguramente não saberíamos mais responder o que seria de nossa vida, se não fosse esta pertença. É com indisfarçável alegria e felicidade, imensamente reconhecidos, que nos prostramos diante de Deus, para louvarmos seu poder e força, para cantar que o 'Senhor fez em mim maravilhas, e Santo é o seu nome'. Enfim, na derradeira atitude de ação de graças, estamos prontos a rememorar, a tornar presente e atual, tudo o que o fato maravilhoso significa. Nesse dinamismo vital, nem o tempo, nem o espaço serão capazes de fazê-lo envelhecer. Encontrar-seá o passado inteiramente unido ao presente, e desse encontro projetarse-á o futuro. Lembramos, aqui, uma frase de Pedro Moncau Jr. , a quem, juntamente com Dona Nancy, devemos o início das ENS no Brasil. Dizia ele: 'É bom olhar·para as origens, a fim de meditar sobre as lições que encerram e, novamente,

partir com passo decidido para a missão que aí está à nossa frente. O passado prepara o futuro' . Numa festa jubilar de 50 anos, é inevitável um olhar para o passado. Mas não se trata de olhar de recordação, para relembrar acontecimentos. É um olhar que ultrapassa os limites do visível, para relacionar-se com o amor de Deus, que está por trás das meras aparências. Neste jubileu, não nos voltamos ao passado apenas para dizer o justo obrigado a Pedro e Nancy, e aos casais pioneiros, cujo amor nos legou este dom imensurável. Muito menos, nos voltamos ao passado para fazer avaliações, para contabilizar os sucessos ou os fracassos da caminhada. Olhamos para o passado para ir novamente em busca do entusiasmo dos primeiros, para renovar a alegria de quem encontrou um tesouro, para beber na pureza da fonte e reafirmar a fidelidade aos propósitos fundadores. A luz que brilha em nosso carisma é uma luz antiga e sempre nova. Num século em que, ao lado dos avanços tecnológicos, implantou-se a desagregação familiar, proclamouse o amor-livre e sem compromissos, a infidelidade ao alcance de todos, num mundo de carências e desesperanças, vemos a luz que brilha em cada casal cristão equipista apontando um caminho seguro e eficaz. Podemos estar convencidos de que a modernidade não apagou dos corações equipistas os verdadeiros valores do matrimônio e da farru1ia. Continuamos acreditando no amor conjugal exclusivo e duradouro. 16


Cremos que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora pode e deve acalentar os sonhos de um profetismo que nos impele para o futuro para descobrir, e mais do que isso até, para adivinhar quais as necessidades do tempo presente, assumindo o compromisso de transformar a cultura do casamento. A sociedade de hoje, que é rica de tantas conquistas, é extremamente pobre e carente de vitalidade espiritual. Deus está endo arrancado do coração de muitos. O Papa dizia aos movimentos eclesiais, que todo carisma tem uma razão comunitária, ele não pertence exclusivamente aos membros filiados, mas há de estar a serviço de todos. Não podemos repousar, muito menos dormir sobre os louros das vitórias. Festejar o jubileu de ouro das ENS é renovar o entusiasmo para seguir aceitando os novos desafios. Temos de nos deixar provocar a nós mesmos, para nos sobrepormos às paradas, às rotinas, e olhar em direção sempre ao futuro. A vida implica aceitar riscos. A fé também implica riscos. Que Maria nos ajude a não temêlos, que nos ajude a enfrentá-los. Que sobretudo nos ensine que, na combinação desses dois riscos, da vida e da fé, encontra-se Deus, em quem podemos confiar para cumprir nossa missão. Que o Senhor nos ajude a realizála sempre."

Continuamos acreditando na fidelidade. Continuamos acreditando no sacramento do matrimônio. Continuamos acreditando na presença de Jesus como participante da nossa vida conjugal e familiar. Continuaremos proclamando que o casamento é um especial caminho de felicidade, de amor e de santidade. Estamos reunidos num Santuário Mariano. As peregrinações constituem um fenômeno ligado à própria natureza do homem. Ele se sente um ser a caminho. Ele é o eterno peregrino, o permanente ser à procura de Deus. É daí que o caminhar adquire um sentido especial. Cada santuário tem uma mensagem que o caracteriza, uma situação particular que ele evoca. Em Aparecida nos encontramos com a nossa Mãe, a quem o Movimento coloca como patrona, reconhecendo ser ela a melhor guia para nos conduzir até Jesus. Maria sempre quer nos despertar para aspecto do Mistério da Salvação, pois mais do que ninguém ela faz parte do Mistério de Cristo. Se o passado prepara o futuro, como nos dizia Pedro Moncau, aqui estamos junto a Maria, para pedirlhe que nos ensine a construir esse futuro, ela que soube tão bem perceber as necessidades do mundo, representadas na falta do vinho nas Bodas de Caná; ela que soube ser a intercessora eficaz junto a Jesus: 'Filho, eles não tem mais vinho', ela que soube apontar a única verdade: 'Fazei tudo o que Ele vos disser'.

Silvia e Chico CR Super-Região 17


lANÇAMENTO DO llVRO DE D. NANCY Meus amigos de todas as horas! Vocês não podem calcular a emoção que hoje enche o meu coração. E ouvindo na missa o 1o versículo daquele salmo de resposta eu fiquei pensando que aquela pergunta era dirigida a todos nós : "Como poderemos retribuir ao Senhor todos os benefícios que Ele nos fez?" Este livro que hoje lançamos é assim um ensaio dessa resposta. Queremos consignar aqui o esforço, o trabalho, a luta, as alegrias, as realizações que por intermédio de Maria foram concedidas a todos os casais das ENS. Recebi a incumbência de apresentar a vocês este livro. Este livro que todos vocês estão esperando, que foi começado a mais ou menos dois anos, coordenado por mim, mas com a colaboração de muita gente. Vocês encontrarão aqui os seus testemunhos, encontrarão o sinal do esforço, da luta de algumas decepções. Encontrarão o sinal e o resultado das graças recebidas. Vocês encontrarão as lembranças daquele 13 de maio de 1950, em que, na pequena sala da Congregação Mariana de Santa Ifigênia, alguns casais e um sacerdote tentavam lançar aqui uma semente, a semente dessa espiritualidade conjugal que procurávamos ansiosamente encontrar nos Movimentos existentes na época. Mas não havia nada para casais.

Começamos. Foi a semente de mostarda que cresceu, e como cresceu! Podemos dizer que, hoje, os mais de três mil participantes deste encontro representam os quase 12000 casais equipistas do Brasil, de norte a sul. Eu me lembro de uma expressão do padre Caffarel quando nos disse lembrando também uma frase muito conhecida, que o sangue dos mártires é uma sementeira de cristãos. Não foi o sangue dos mártires derramado de uma só vez, não. Foi o sangue der18


ramado gotinha a gotinha, nesses 50 anos por todos vocês, nas suas lutas, no seus trabalhos, nas suas viagens, nas suas orações. Essa gotinha está guardada aqui neste livro. Ele não é um livro doutrinário. Ele é um livro de memórias. É um livro que representa aquele esforço da vanguarda do Movimento. Eu considero a Pilotagem e as Experiências Comunitárias a vanguarda das Equipes de Nossa Senhora. Essa gotinha que de que falei está aqui neste livro. Vocês, talvez, ao recebê-lo, esperem encontrar toda a história do Movimento, mas ela não cabe num livro. Ela é muito grande, ela é muito rica e ela é viva porque o nosso Movimento está sempre em movimento. Então, os dados estatísticos que poderiam balizar esse trabalho foram coletados há alguns meses. O que vem depois vocês irão completar com o seu testemunho e com o seu trabalho. Gostaria até de sugerir que cada região fizesse a sua pequena história (pequena, não!) a sua GRANDE história num livro pequeno, para poder entregar, àqueles casais que estão chegando, o exemplo e o testemunho que os outros realizaram para que eles se sintam responsáveis também pela continuação do trabalho já feito , pela continuação desse desenvolvimento das equipes, elevar essa semente a todos os rincões brasileiros que ainda não a possuem e a todos os casais que Deus colocar em nosso caminho. Dom Tozzi, Arcebispo de Fortaleza, conheceu nosso Movimento, como muitos sacerdotes conhe-

ceram, desde o seu tempo de jovem sacerdote e acompanhou com amor e carinho o seu desenrolar . Ao fazer o prefácio deste livro, ele usou a palavra que eu usei também quando chamei este livro de "Ensaio", um ensaio da história do Movimento. Ele também acha que esses 50 anos foram um ensaio de tudo o que as Equipes podem fazer, de tudo o que elas poderão realizar ainda, para a glória de Deus e para o bem de muitos casais e de muitas farru1ias brasileiras. Gostaria de lembrar que este livro tem, na capa, uma árvore representada só com seus galhos, e, no poster que acompanha cada livro, ligado a cada galho, estão as folhinhas com os nomes das cidades onde há equipes. Se vocês acharem falta de uma ou outra cidade, não nos culpem, porque, no nosso Movimento, sempre estão surgindo novas equipes. Este livro contém também um marcador de páginas escrito por mim, com a minha letra e a minha assinatura. É a minha dedicatória a todos vocês. É quase um autógrafo que vocês poderão guardar como lembrança. Meus amigos de muitas horas! Sinto-me feliz de estar aqui com vocês, e agradeço a Deus, porque me deu esta vida, porque me deu a saúde que ainda tenho, para que eu pudesse estar aqui hoje. Obrigada, Senhor!

Nancy Moncau (A íntegra da palestra de D. Nancy se encontra no site das Equipes) 19


E

m comemoração ao Jubileu de Ouro das ENS no Brasil, equipistas da Província Norte, Região Norte II, Setores de Belém, uniram-se e foram em Peregrinação, à casa da nossa querida Mãe Conceição Aparecida. Tudo começou durante o EACRE 2000, quando foi acesa a centelha que iniciou a animação de todos os passos para estarmos em Aparecida, SP, no dia 13 de maio de 2000. Dificuldades foram surgindo, mas, com as bênçãos de nossa querida mãezinha, foram sendo vencidas. No dia 9 de maio, na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, foi realizada a cerimônia do envio dos peregrinos. Foi uma bela cerimônia, na qual recebemos uma pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que iria nos acompanhar até o nosso destino. Partimos então, à 0:00 h do dia 11 de maio, com o coração cheio de

alegria, agradecimento, esperança e muita confiança em Deus Pai, Filho e Espírito Santo! Atravessamos parte dos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, num total de 41 horas de viagem de muitas orações, cantos, brincadeiras e histórias. Só paramos para café da manhã, almoço e para abastecer o ônibus. Chegamos no dia 12 de maio em Aparecida, ao entardecer, onde nos esperavam os casais da Super-Região, da Região Leste II e do Setor de Aparecida. Na manhã seguinte, com nossas camisas verdes, sacolas, bandeirinhas, crachás e faixa, lá fomos nós, rumo ao magnífico Santuário. E nos posicionamos ao lado de um mar de camisas azuis. Entretanto, mesmo sendo poucos, estávamos presentes a esse momento histórico e inesquecível. Participamos da Missa presidida por D. Aloísio, cheios de emoção. Estivemos no auditório, onde 20


assistimos à solenidade e discursos sobre os cinqüenta anos das ENS. Outra vez nos emocionamos com as palavras de Dona Nancy: era um anjo que falava na pregação do amor conjugal. Fizemos então a entrega da pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, ao setor anfitrião. Foram momentos de pura emoção para todos nós . Com grande alegria sentimos que nós, da Região Norte, estávamos sendo muito procurados pelos nossos irmãos das diversas regiões do Brasil, para trocarmos cartões postais e nos confraternizarmos. De-

pois do almoço participamos do terço e da consagração a Nossa Senhora Aparecida. Foram momentos maravilhosos! Às 16:00 horas, partimos para Campos do Jordão, onde pernoitamos . No dia 15 de maio às 8:30 horas, partimos de Campos do Jordão rumo a nossa Belém, chegando após 42 horas e meia de viagem, protegidos pela Virgem Maria, sem nenhum contratempo. Que Deus abençoe a todos e que Nossa Senhora nos inspire e nos conduza sempre no caminho do bem!

Vera e Roberto

ESTADO DO ESPÍRlTO SANTO TAMBÉM PRESENTE

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unir no Santuário de Nosa Senhora Aparecida 17 asais representantes das duas equipes de Vitória e duas de Porto Canoa, seus filhos e convidados, que lotaram um ônibus, foi realmente uma festa de família. Estávamos na casa da Mãe de Deus, a Imaculada Conceição, junto a iniciadora das Equipes, no Brasil, dona Nancy Moncau, forte, decidida e animada, cercada por mais de 3600 equipistas e, nós, com aqueles irmãos mais novos com os quais tivemos o raro privilégio de fazer a caminhada inicial. A saudade cedeu à alegria, o encontro fortificou a esperança do crescimento do Movimento em terras do Espírito Santo, a emoção nos

fez evocar como tudo começou, há pouco mais de dois anos. Resta a síntese da gratidão e do louvor a Deus. MAGNIFICAT. "Obrigado Deus, Pai de amor e misericórdia que, na força do Espírito Santo, permitiu que Jesus, pelas mãos santas da Virgem Maria, implantasse as Equipes de Nossa Senhora em terras capixabas. Obrigado a dona Nancy que pediu essa expansão, ao casal Maria Regina e Carlos Eduardo e aos demais casais da ECIR, pela confiança em nós depositada. "

Cecília e Hamilton Eq. 3- N. Sra das. Graças Belo Horizonte, MG (Responsável pela implantação das ENS no Estado do Espírito Santo) -

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A EQUlPE MAlS ANTlGA

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a última reunião do mês de abril, nossa equipe teve a grata satisfação de receber o casal Altimira e Paulo, Casal Responsável da Província São Paulo Sul I. Havia para tanto uma razão toda especial. Um convite vieram eles nos fazer que muito nos sensibilizou: receber uma homenagem durante a programação da peregrinação das equipes a Aparecida, pelo fato de sermos a equipe (em atividade) mais antiga do Brasil. Assim, dia 13 de maio, tínhamos um encontro, de nossa parte, irrecusável. Instalada que foi nossa equipe, em 1952, pelo casal fundador do Movimento no Brasil -Nancy e Pedro Moncau - estamos unidos, desde então, com os mesmos mem-

bros de seu início. Vimos nossos filhos crescerem dentro deste Movimento abençoado por Nossa Senhora das Farru1ias. Nossos cabelos foram embranquecendo, as lutas se apresentaram, as mais diversas para cada um de nós, mas sempre sob a proteção de nossa Mãe universal. Alguns membros muito queridos já se foram: Dagmar e Darcy, Geraldo, padre Enzo. Essas e outras recordações vieram à tona na noite da visita do casal Altimira e Paulo. Fomos então informados que o Movimento colocou à nossa disposição uma perua van, para maior conforto na viagem a Aparecida. Nenhum de nós faltou ao Encontro, quando fomos acompanhados pelo nosso atual

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assistente padre Miguel Elosua. Às 7:30 horas, com a antecipação necessária, lá estávamos nós no Santuário venerado. A recepção foi perfeita; éramos de fato convidados especiais, bem ciceroneados. Igreja lotada por equipistas de várias partes do Brasil; mais de 3600 pessoas movimentando bandeirolas e faixas dos mais diferentes rincões do país. Nossa Senhora devia estar contente, e nós também. O mesmo entusiasmo de todos na reunião que se seguiu, quando nos reservaram um lugar de honra, junto à mesa principal. Chamados, um a um, perante o auditório, recebemos palmas, uma rica lembrança... e ... deixamos escapar algumas lágrimas. Ouvimos em seguida as lúcidas palavras de D. Nancy, entusiasmando os novos equipistas e confirmando a confiança que nós, antigos, sem-

pre tivemos nela. O Encontro valeu por tantas razões: toda uma vida sob a proteção de Nossa Senhora. Só temos que agradecer aos dirigentes das Equipes, citando, entre outros, o Casal Responsável da Super-Região Silvia e Francisco Pontes, o CRR Rose e José Luiz, o CL Gislene e Edgar, bem como a atenção toda especial dos casais de Aparecida/Guaratinguetá que nos acolheram tão carinhosamente na peregrinação. Guardaremos todos nós na memória esse dia tão completo.

Equipe 1 - Setor E São Paulo, Capital Alda e Teófilo, Carmen e Luiz, Cecl1ia e Aldo, Nenê e Elias, Zélia e José Maria

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JUBllEU PElO BRASll: TAMBÉM CElEBRAMOS

1.

MANAUS, AM

Fátima foi escolhida para nos acompanhar, pois, afinal era também seu dia de júbilo. Terminada a peregrinação houve uma solene celebração Eucarística presidida pelo SCE daRegião Norte I. Na procissão de entrada, fizemos uma homenagem à figura do casal Nancy e Pedro Moncau, ao padre Caffarel e aos estatutos. Tivemos também vários outdoors (doados por um casal equipista) espalhados pela cidade (foto acima). Nas cidades de Maués, Itacoatiara e Juriti foram feitas comemorações muito bonitas. Em Santarém houve também peregrinação, e em seguida a celebração Eucarística, com a participação de muitos casais equipistas. O Movimentos das ENS se faz presente nessa imensa floresta tropical entrecortada por rios, lagos e igarapés. Parabéns aos casais pioneiros que nos dão a oportunidade de comemorar este Jubileu.

Que vontade de ir à Peregrinação em Aparecida para poder participar das comemorações do Jubileu dasENS! Porém a distância é para nós um fatora considerar. Mesmo tão longe do centro do país, comemoramos com grande júbilo os 50 anos do nosso Movimento. No dia 13 de maio, os setores de Manaus organizaram uma peregrinação ao Santuário de Aparecida, em Manaus. Onde passávamos, eram distribuídas bandeirinhas com o nosso símbolo, alusivas aos 50 anos das ENS. Salientamos a presença dos casais da equipe 7 - Nossa Senhora do Silêncio, que mesmo sem nada escutar, louvavam acenando suas bandeirinhas. A imagem de Nossa Senhora de 24


xo)- grande sonho dos equipistas. Cantamos músicas de louvor a Jesus e cantos de Nossa Senhora numa alegria que faz parte de todo equipista, na tentativa de servir o melhor vinho. Foi uma grande confraternização, uma grande partilha de irmãos que se amam, que querem crescer juntos, que buscam a santidade. A Equipe I juntamente com o S.C.E. apagou a vela dos 50 anos. Vale ressaltar que o gesto concreto da nossa Região foi a doação de gêneros alimentícios que serão entregues aos diversos seminários de Belém.

"Há 50 anos o Senhor faz em nós maravilhas".

Nazira e João Paulo, CRR-Nortei Maria José e Nonato, Eq. ISB-N. Sra. do Carmo Manaus,AM ***

2.BELÉM,PA No dia 11 de maio, a Região Norte II celebrou o grande Jubileu das Equipes de Nossa Senhora. Nossa celebração teve inicio com uma missa caminhada que terminou na majestosa Basílica de Nazaré, onde o Movimento nasceu. Dentre os Conselheiros que participaram da celebração, contamos com a presença do fundador do Movimento em nossa Região, o sacerdote barnabita Padre Giovanni Incampo. Ao término da missa, tivemos a apresentação do coral do Movimento - Cantores de Maria (foto abai-

Sandra e Jaime Casal Regional Região Norte II Belém, PA ***

3· PORTOALEGRE, RS Quis Deus, que nós estivéssemos aqui no Santuário Santa Mãe de Deus, em Porto Alegre, celebrando

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o Jubileu de Ouro das ENS em terras brasileiras. Quis Deus, que uma das sementinhas das ENS trazidas da Europa para o Brasil, viesse cair, 4 anos após, no Rio Grande do Sul. Da mesma forma como guiou o povo hebreu através do deserto, Deus também guiou esta Equipe durante os quase 1O anos de "Persistência Silenciosa", quando não poderíamos ter na Arquidiocese mais de um movimento familiar. Estes 10 anos foram, na verdade, o tempo de preparação dos casais para a missão que lhes estava destinada, constituindo-se também num teste de perseverança e fidelidade a Deus. Deus chamaria outros e mais outros, chegando até a cada um de nós hoje aqui presentes. Tantas coisas boas aconteceram. Tantas alegrias, tanto empenho na busca da santificação, tantas graças recebidas, tantas farm1ias dignificadas com presença de Deus em seu seio. Por isso, desejamos agradecer à Trindade Santa por tudo o que nos ofereceu ao longo desses anos.

Graça e Roberto Casal Responsável Região - RS I

*** 4· MATO GROSSO DO SUL Em comemoração ao Jubileu das ENS no Brasil, foi realizada uma Santa Missa, no dia 13 de maio de 2000. A celebração foi feita pelo Arcebispo Dom Vitório e concelebrada por dez Conselheiros.

Padre Evandro comentou o Evangelho (Jo 10, 11-18) com muita sabedoria, dirigindo-se especialmente para aqueles que são Casais Responsáveis: "lembrar que sempre chamei vocês de pastores de pequenos rebanhos, que dão a própria vida como pastores. Vocês são pastores nas vossas famílias. São pastores com fé e misericórdia. O Senhor confiou a vocês essa missão porque queria revelar a paz e ficar ao vosso lado. E, como filhos de Deus, dar a vocês graças de receber, constantemente, novos dons de Deus. Para isso vocês devem caminhar juntos. Exercitar o dom da entre ajuda. Caminhar juntos para fortalecer a si mesmo, o matrimônio e o Movimento. Alicerçar o Movimento para que ....não surjam fendas que, ao penetrar a água, possam vir a comprometer a sua estrutura". Nós nos doamos porque contamos com Deus no coração. Hoje, nós aqui reunidos, passamos a enfrentar, ao longo da vida, a nossa realidade de caminharmos juntos sempre ao lado de Deus. Que esta celebração, palavra de Deus, seja sempre cumprida". Antes da bênção final abriu espaço para a homenagem programada aos fundadores do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, no Estado. Esta foi rápida e limitou-se a entrega de duas placas. Uma para nós e a outra para Emiliana (do Selton) - Casal Piloto da primeira equipe em Campo Grande.

Loemy (da Maria do Rosário) Equipe 02- Maracaju, MS 26


JUBllEU DAS ENS E A MlDlA

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urante as comemorações dos 50 anos da vinda do nosso Movimento ao Brasil, tivemos muitas publicações que contaram a nossa história Destacamos algumas que nos foram enviadas:

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TELEVlSÃO A Rede Vida transmitiu parte da missa celebrada no Santuário Nacional de Aparecida no dia 13/05/2000. Tivemos na mesma emissora o programa Tribuna Independente, que contou com a presença de D. Nancy, do Casal Responsável da Super-Região Silvia e Chico e do Casal Responsável pela Província onde se encontra a Rede Vida, Rosinha e Anésio (Província Sul II). A Rede Vida também transmitiu no dia 21/05/2000, às 10,00 horas um programa contando um pouco da peregrinação a Aparecida e um pouco das equipes. 1.

2. RÁDlO Rádio Aparecida: programa sobre o "Casamento - Caminho de Santidade" com a participação de equipistas. Foi transmitido para uma cadeia de mais de uma centena de rádios em todo o Brasil.

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3· REVlSTAS, JORNAlS, FOLHETOS Farru1ia Cristã - mês de maio/ 2000 - Reportagem com D. Nancy A Tribuna- (da Arquidiocese de Campinas) maio/2000 Pastoral Familiar- Setor Família e Vida- CNBB- Boletim no 40 - maio/2000 Deus Conosco - Folheto da missa dos dias 7 e 14/05/2000 Novo Milênio (de Porto Alegre) -de 8 a 14/05/2000 e 15 a 211 05/2000 Notícias - Boletim Semanal da CNBB - 11105/2000 Jornal do Brasil- Rio de Janeiro - 15/05/2000 Santuário de Aparecida - 20 a 26/05/2000 O Lutador (de Belo Horizonte) -21 a 27/05/2000 Ir ao Povo -Revista da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus- junho/2000

A todos os veículos de comunicação que divulgaram o nosso Movimento agradecemos, pedindo a Nossa Senhora que os abençoe sempre.


CRAVOS VERMELHOS EM 1TA1Cl PARTE ANAL

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e 1994 a 1999, quando aconteceu a reestruturação do Movimento no Brasil, Maria Regi-

na e Carlos Eduardo foram os responsáveis pela ECIR. Com sua natural modéstia, vejamos como resumiram o que viveram nesses anos. "Cremos que alguns aspectos poderiam ser identificados como marcantes na vida da ECIR, durante este período em que tivemos sob nossa responsabilidade a Super Região Brasil. Primeiramente, gostaríamos de realçar o amadurecimento rápido do espírito de colegiaJidade, não -somente entre os casais e o conselheiro espiritual da equipe, padre Mario José Filho, mas também em nível de colegiado nacional, isto é, envolvendo também nossos casais regionais e seus respectivos conselheiros. Cremos que este foi um ponto de fundamental importância para que pudéssemos levar adiante os objetivos propostos. O principal objetivo estipulado para esse colegiado foi o de con-

solidarmos os principais assuntos estudados e colocados como temas de reflexão pelas equipes que nos antecederam. Verificou-se que muita coisa boa tinha sido trabalhada mas, pelo fato de estarmos criando sempre alguma coisa nova, muito dessa reflexão não chegava às equipes de base. Outro aspecto deste mesmo objetivo foi o de se trabalhar a assimilação para a vivência desses assuntos por parte dos nossos equipistas. Um outro objetivo, talvez não explicitado mas subentendido em nossas reflexões, foi o de trabalhar a questão

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da Unidade na Diversidade de real idades, tendo em vista o crescimento acelerado que vínhamos notando no Movimento. E, para não nos alongarmos mais, diríamos que talvez o ponto, que a nosso ver, ficaria como marcante do período, foi o trabalho de motivação e animação dos

nossos queridos casais, no sentido de abraçarem, cada vez mais e com mais amor, a sua missão no mundo. Que nossos casais sentissem com mais ardor, o apelo à missionariedade, à qual estão convocados não só pelo seu batismo, mas também pelo freqüente apelo do nosso Papa, principalmente em relação aos mais excluídos."

Maria Regina e Carlos Eduardo ECIR

COMENTÁRlOS ANAlS

Q

uando lemos o relato desses casais da ECIR, ficamos por dentro de uma boa parte da história do Movimento no Brasil. Podemos sentir que, pelo trabalho de cada responsável e de sua equipe, as Equipes de Nossa Senhora foram se desenvolvendo, abrindo caminhos, dando os frutos que o Pai espera de nós. Mas podemos notar também que ninguém se lembrou de falar sobre as dificuldades enfrentadas, sobre as longas reuniões de fim de semana, avançando noite a dentro. sobre as horas de sono perdidas, devido às preocupações de todo o tipo e sobre as renúncias inerentes a essa responsabilidade. Mas é fácil compreender isso. Na verdade, quando pessoas que "vestiram a camisa das ENS", cheias de boa vontade e animadas pelo espírito cristão se lembram

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do tempo em que aceitaram postos de serviço dentro do Movimento, o que resta é a grande alegria de ter feito alguma coisa em união com seus irmãos queridos, o conhecimento de pessoas encantadoras de todas as partes do país, a maravilhosa experiência adquirida, os momentos de doce intimidade com Deus, na reflexão da Palavra ... Nós entendemos e agradecemos. Obrigado, irmãos, por tudo que fizeram por nós, dando o melhor de vocês mesmos e grande parte do seu tempo para que os casais crescessem em espiritualidade e tornassem o mundo mais humano. E, por favor, não precisam agradecer pelo privilégio de servir nas Equipes de Nossa Senhora.

Equipe da Carta Mensal


LOURDES, 1988 A SEGUNDA lNSPlRAÇÃO

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ovamente, as equipes do mundo inteiro foram convidadas a encontrar-se em peregrinação, desta vez em Lourdes, França, entre 18 e 23 de setembro de 1988. O número da Carta Mensal das ENS do Brasil de dezembro daquele ano foi inteiramente dedicado ao evento e traz, com riqueza de detalhes, tudo o que lá aconteceu, inclusive a íntegra dos textos das palestras. Lourdes/88 teve muitos significados para o Movimento. Foi uma grande manifestação da fraternida-

de que nos une a todos no Senhor. Foi um ponto alto nas nossas reflexões sobre a noss~ caminhada para a santidade no e pelo sacramento do matrimônio. Foi a parada para aretomada de um novo 'fôlego'. Foi a oportunidade ímpar para pôr em comum os dons que Deus nos deu, as nossas alegrias, as nossas tristezas. Mas foi , acima e além de tudo, o grande momento de Ação de Graças do Movimento, que, com Maria, exultou em Deus nosso Salvador, agradecendo a Ele pelo ser casal e pelos 40 anos da promulgação da 'Carta' das ENS. O Encontro foi administrado por um sistema informatizado que registrou a inscrição e presença de 2.660 casais e 337 Sacerdotes Conselheiros Espirituais. De acordo principalmente com o critério lingüístico, os computadores distribuíram os participantes em 98 hotéis, onde funcionaram 650 equipes mistas. No Encontro foram utilizadas diversas cores tanto para os lenços que todos os participantes traziam ao pescoço, como para os documentos e tudo o que contribuía para sua 30


identificação, a saber: amarelo para os de língua francesa, que formavam a maioria, com mais de 3.000 pessoas; lilás para os de língua portuguesa (600 portugueses e 150 brasileiros) que formavam o segundo grupo mais numeroso; laranja para o espanhol; verde para o inglês; beje para o italiano; rosa para o alemão e branco para o polonês. Cada dia do Encontro tinha suas línguas oficiais: na 3' feira, o francês; na 4• feira, o português; na 5• feira, o espanhol e o italiano e, na 6• feira, o alemão e o inglês. Todas as atividades gerais do Encontro- cerimônias, palestras, etc. -eram traduzidas simultaneamente para as demais línguas a fim de que todos pudessem acompanhar o seu desenrolar. O local principal das celebrações era a Basílica de São Pio X, uma imensa construção subterrânea, com capacidade para 15.000 pessoas, de formato oval, em cujo centro geométrico localiza-se o altar elevado. Os textos das liturgias assim como os cantos foram elaborados especialmente para o Encontro, todos voltados para o tema central do dia: 3' feira: Ação de Graças; 4' feira: A Misericórdia de Deus; 5' feira: Pobreza e Humildade; 6' feira: Fidelidade e Novo Fôlego. As missas foram concelebradas pelos mais de 300 sacerdotes. A sua entrada, dois a dois, pelo corredor central da Basílica era, cada vez, motivo de emoção para os peregrinos, que sentiam ali, presente, o calor do amor e da dedicação destes padres ao nosso Movimento. Vivia31

se naqueles momentos a realidade da afirmação do Pe. Caffarel sobre a união dos dois sacramentos, Ordem e Matrimônio, no seio das Equipes. Na 4' feira - dia do português como língua oficial do Encontro - a Missa teve lugar às 9 horas da manhã e contou com a presença de todos os peregrinos, equipistas ou não, que se encontravam em Lourdes. A todos marcou muito a presença dos doentes, em macas e cadeiras de rodas, em torno do altar e a oração especial pronunciada por sua intenção ao final da Missa. A celebração penitencial foi realizada na manhã de 5' feira. Nesse dia, todos os padres traziam, por cima da alba, o lenço colorido que designava a sua língua de origem. Após os cantos e textos de meditação que levaram os peregrinos arefletir sobre as graças recebidas no batismo, a reconhecer os seus pecados e a pedir o perdão de Deus, os sacerdotes se colocaram num grande círculo em volta dos participantes, na proximidade dos grupos de mesma língua. E diante de cada um se formaram filas para a confissão individual. Um gesto, neste momento, marcou muito os peregrinos. Antes de começar a ouvir as confissões dos equipistas, cada um dos sacerdotes se aproximou do padre vizinho e fez a sua própria confissão. Na 6' feira, a Eucaristia foi celebrada na parte da manhã. Muitos ficaram surpresos, no momento da procissão de entrada dos celebrantes, de ver mulheres no meio deles. É que nesse dia os diáconos que entravamjunto com os sacerdotes eram


acompanhados de suas esposas, pois durante a missa iria ser feita a renovação dos compromissos do matrimônio e também, para os padres, do seu compromisso sacerdotal. O Pe. Olivier, que presidia esta Celebração, após convidar os casais e os sacerdotes a renovarem seus respectivos compromissos, elevou a Deus orações pedindo para todos o dom da fidelidade. A procissão de velas e a vigília de oração foram os dois atos realizados fora da Basílica, na noite de 4' feira. Às 20 horas, os equipistas se uniram aos demais peregrinos presentes em Lourdes, nas proximidades da estátua da Virgem Coroada, no centro do Santuário, para o início da procissão de velas, que é realizada todas as noites, percorrendo os caminhos do parque e terminando dentro da basílica velha. Todos estavam munidos de velas, em cuja proteção de papel estava impresso, em várias línguas, o texto do canto da Ave-Maria de Lourdes. Cada uma das dez Ave-Marias de cada mistério do terço era recitada numa língua diferente. E entre os mistérios, cantava-se o canto, cada um na sua língua. Para a vigília de oração diante da Gruta, os peregrinos foram distribuídos em períodos de uma hora de duração, de acordo com os hotéis em que ficavam, entre as 22 horas e as 7 horas da manhã. A vida dos participantes do Encontro Internacional se dividiu entre três grandes pólos: a Basílica, a Gruta e os hotéis. E cada um desses pólos tinha as suas características pecu-

liares. Se a Basílica foi o lugar da grande comunhão fraterna do conjunto do Movimento, pela cerimônias litúrgicas e pelas grandes palestras; se a Gruta marcou e encontro das ENS com Maria, em profundo espírito de oração e meditação, foi nos hotéis que se viveu com toda a intensidade a natureza comunitária, impregnada de partilha, de cc-participação, de auxílio mútuo e de troca de idéias, da intimidade da vida em equipe. Houve quatro reuniões de equipe, nas tardes da 3', 4•, e 5' feira e na manhã da 6'. Cada uma delas se debruçou sobre um dos temas propostos no documento "Magnificat", que todas as equipes do mundo tinham estudado nos meses anteriores ao Encontro. No final do Encontro, o Pe. Olivier, então Conselheiro Espiritual da ERI, assim encerrava o seu "envio": "Numa palavra- ou mais exatamente em três - envio-os em nome do Senhor, no sopro do Espírito, sob a proteção cheia de ternura de Maria nossa Mãe, para dar testemunho no mundo, vivendo nas suas vidas essas verdades: - que o casamento está a serviço do amor e é a sua maior garantia; - que o casamento e a família são os lugares naturais da felicidade; - que o casamento é um caminho de santidade". MAGNIFICAT !

Maria Thereza e Carlos Heitor Seabra Eq. 04-E- N. S. Luz dos Povos São Paulo - Capital 32


INFORMAÇÕES GERAIS

O

Assim, é preferível levar esses aparelhos desde o Brasil. Se vocês não têm urnradinho desses, procurem emprestar de familiares, dos irmãos de equipe etc. Aqui também entra o fato r solidariedade.

lá pessoal! Tudo pronto? Como vai caminhando o estudo do Tema? A nossa equipe está aproveitando a oportunidade que, com esse estudo, se abre para melhor viver os PCE? É importante que esse tema seja não só levado na nossa bagagem mas, também, levado no nosso coração. Bem, a fim de que todos os que vão à Santiago, saiam daqui bem informados, foi pedido aos Casais Regionais (CRR) que promovam, em suas regiões, uma reunião especial com o grupo que vai para o Encontro Internacional. Através deles (CRR) iremos distribuir as fichas amarelas, nas quais estará indicado o nome do hotel onde o casal equipista, ou onde o sacerdote, ficará hospedado. Esta ficha será o "Passaporte" em Santiago. Sem ela, não será permitida a entrada nos hotéis. Também, através do CRR, serão entregues as camisetas, que pedimos não esquecer de colocar na mala.

/ Pedimos também que não se e queçam de levar roupas práticas (agasalhos esportivos), tênis, capa, guarda-chuva e alguns medicamentos, principalmente os de uso constante. Na Europa não se vendem remédios sem a receita de médicos de lá. A coisa não é fácil como aqui.

Quanto ao horário nos dias do Encontro, podemos informar que:

• Dia 18: a chegada e acomodação nos hotéis têm que acontecer após o almoço (depois das 13 horas). O Encontro vai começar com o jantar, às 20 horas, e às 21 ,30 será iniciada a Reunião de Equipe. Tudo isso vai acontecer no próprio hotel.

~)~ Atenção: As traduções das palestras e homilias serão feitas para a língua portuguesa, mas será necessário que cada participante tenha um radinho FM (freqüência modulada) com fone de ouvido. A Organização do Encontro, informa que em Santiago haverá venda desses rádios, mas em número limitado. Ou seja, vendese o que tiver e se acabar, acabou.

• Do dia 19 até o dia 22: o café da manhã será servido das 7,30 até às 8,30. Depois iremos para o SAR, também chamado de Multiuso, onde serão realizadas as celebrações, as conferências e o almoço, que será servido das 13,30 até às 15 horas. 33


Depois do almoço retornaremos para os hotéis para um pequeno descanso e, pontualmente, às 17 horas terá início a Reunião de Equipe. Essa Reunião deverá terminar às 20 horas, quando será servido o jantar. Depois das 21 horas, haverá um encontro informal nos hotéis. Esse é um momento gostoso, onde poderemos trocar idéias com casais do outro lado do mundo e mostrar a eles, não só os nossos problemas (que são grandes) mas, também, a grandeza e as maravilhas deste país chamado Brasil. Procurem estar preparados com alguns dados sobre o nosso país. Os estrangeiros, em geral, se interessam muito sobre isso e seria bom poder informá-los.

/

ma e tranqüilidade. Thdo dará certo. O importante é viver, este último dia com alegria, como se fosse a novidade do primeiro. Das 13,30 - 15,00 horas será servido o almoço e depois iremos nos dirigir para nosso ônibus, nosso trem, nosso avião ou nosso carro.

~))) Aviso importantíssimo: O telefone do secretariado (Oxx11) 256-1212 ficará de plantão todos os dias do encontro, das 8 às 17 horas. Deixem esse número com a sua família. Qualquer problema que houver aqui, será transmitido diretamente para a Espanha. Lá teremos um telefone sintonizado com o nosso daqui.

~i)) Outro lembrete:

Vai aqui uma "dica":

Nestes encontros é comum a troca de algumas lembrancinhas, coisas simples mas de grande valor para quem recebe.

Respeitem os horários. Não vamos nos atrasar! Vamos respeitar os outros que estão nos esperando.

***

• Dia 23: após o café da manhã (7 ,30 até 8,30), as bagagens serão recolhidas, até às 9 horas. Os hotéis costumam ter um depósito especial onde se colocam as bagagens. O importante é que os quartos deverão estar livres. A nossa partida será feita diretamente doSAR, onde serão realizadas as Celebrações da Eucaristia e do Envio. Providenciem tudo isto com cal-

Desculpem a chateação com tantos detalhes. O importante é estar lá com o espírito tranqüilo e voltado para as coisas importantes que estaremos vivendo em Santiago de Compostela. Abraços. Estaremos esperando por vocês.

Wilma e Orlando 34


PARA AQUELES QUE NÃO VÃO À SANTlAGO

C

onsiderando o Ano Jubilar e o efervescente ''Ardor Missionário da América Latina", em destaque no Brasil, nós das Equipes de Nossa Senhora, fazemos parte deste contexto, e devemos em apreciável número fazermo-nos presentes neste ano 2000, em Santiago de Compostela, complementando nossa vida em equipe com o Tema: "Equipes de Nossa Senhora Rumo ao Terceiro Milênio- Santiago 2000". Não faremos parte desta peregrinação como muitos outros casais equipistas, por questões diversas que cada casal possui, mas vivenciando a espiritualidade conjugal de nossos equipistas, sem dúvida, iremos nos unir em orações. Estaremos presentes em Espírito, em cada passo que vocês seguirem. Observando o mapa da localidade, sentimos a "Mística" do local, e começamos a viajar espiritualmente, sentindo-nos dentro desta "Comitiva Católica Brasileira", orgulhosamente, pertencentes às Equipes de Nossa Senhora, um dos mais valorizados movimentos de casais católicos. Sem dúvida, estaremos muito bem representados e rogamos a nossa Mãe, Maria Santíssima, que lhes proporcione momentos fortes de fé,

orações, espiritualidade conjugal e partilha, nessa peregrinação, que marca um grande passo na história das Equipes de Nossa Senhora. Nós, aqui no Brasil, tivemos também nosso compromisso: no dia 13 de maio de 2000, foi realizado em Aparecida, SP, o Encontro dos 50 anos das ENS no Brasil; os equipistas que não puderam estar lá, certamente fizeram, em suas comunidades, encontros, missas, caminhadas, vigílias, marcando a importante data e continuam no decorrer do ano lembrando o assunto. O importante é estarmos sintonizados neste grande acontecimento católico, proporcionado pelas Equipes de Nossa Senhora.

Shirley e Gerson Eq. 2 N. S. do Perpétuo Socorro Campo Grande, MS

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-

UMA VOCAÇAO ESPEClAL, A DO CASAL

N

o célebre e inspirado livrinho que escreveu às margens do Rio Cardoner, quando não passava de um simples leigo de formação militar e cortesã, Inácio de Loyola dá a entender em seus "Ejercicios Espirituales" que quem não conhece Jesus como homem não pode ser um verdadeiro cristão. As nossas comunidades, via de regra, não estimulam os seus fiéis a lerem os Evangelhos procurando descobrir o Jesus Homem, "o filho do carpinteiro", aquele que na sua cidade era conhecido como o "filho de Maria" e ali tinha muitos parentes, como qualquer outra pessoa. (Mt 13,53-56) O risco é, de certa forma, o pobre cristão, ao ouvir o apelo de "seguir a Cristo", ficar com a idéia, lá no fundo, que deverá, ele também, realizar coisas extraordinárias para tomar-se um verdadeiro cristão. De uma visão distorcida como esta, para contentar-se com uma vida religiosa medíocre, é um passo. Ou achar que a busca da santidade é algo que só uns "seres especiais" -os monges, as freiras ou os padres - são capazes, é uma idéia subjacente na cabeça de boa parte dos católicos.

O homem ou mulher de hoje, ou casal de nossos dias, para buscar o ideal de seguir a Cristo não necessita fazer coisas extraordinárias, nem praticar as tais "proezas espirituais", nem ser arrebatado por vôos místicos. Nada de muitos daqueles atos ou gestos incalculados na chamada literatura edificante, que, a título de exemplos, fizeram com que o ideal de santidade deixasse d~ ser algo atraente, desejável, alegre, simples, como Cristo proclamava "meu jugo é fácil e meu fardo é;eve" (Mt. 11,30). Seguir a Cristo no mundo atual, é expressão sinônima, equivalente a procurar a santidade na complexa dinâmica de um mundo cada vez mais trepidante e repleto de mutações de toda ordem. Se em nossa civilização, comparada com outros tempos, existem coisas extraordinárias, seguramente não é no campo 36


unir-se à sua mulher e se tornarem, assim, uma só carne" (Gen. 2, 24). Para bem caracterizar esta verdade quase se poderia dizer que cada casal tem, para identificá-lo, algo parecido com o DNA ou a impressão digital que caracteriza o indivíduo. Apesar desta marca identificadora não ser fisicamente visível, é indubitável que o filho do casal tem um DNA que não desmente a unidade do pai e da mãe. É imperativo, assim, que tenhamos uma consciência clara e vivencial de que o casal, da mesma forma que cada indivíduo, recebeu do Senhor uma vocação que lhe é própria e exclusiva, vocação que completa e complementa a vocação do marido e da mulher. Isso a tal ponto que o Pe. Caffarel não titubeia em chamar o casal de "uma nova criatura" (L' Anneau d'Or, no 111, pág. 328). Daí, também, G. Leclerc lembrar que marido e mulher são, dentro do Povo de Deus, "un nuovo modo di essere en la chiesa'' (um novo modo de existir na Igreja) (Real tá e Valo ri dei Sacramento del Matrimonio, pág. 75). Desta visão segue-se que o casal cristão tem uma importante missão a cumprir na edificação da Igreja (Familiaris Consortium 12). Para tanto são consagrados pelo sacramento para exercerem o "ministério" que lhes é próprio e assim serem "dignos da vocação a que foram chamados" (Ef. 4, 1).

das "façanhas" espirituais aos santos, mas no terreno da tecnologia e do progresso científico. É precisamente neste tempo dos prodígios da técnica e das profundas transformações sociais que o cristão ouve o apelo do Senhor: "sede santos pois eu sou Santo" (L v. 19,2). Mas o apelo não é feito fora da realidade concreta que cada um vive. Bem pelo contrário, se existe algo profundamente realista e pessoalmente encarnado, tão intimamente personificado com o nosso DNA ou nossa impressão digital, é a vocação à santidade. A minha é só minha e de mais ninguém, exclusivamente minha. Só em parte posso compartilhá-la. Ou melhor, isso ocorre, quando a vocação que é minha, com todas as conotações e colorações que me são peculiares entrecruza-se com uma outra vocação, também exclusiva. Quando isso ocorre, as duas entrando em íntima comunhão, dão origem a uma nova vocação que é ao mesmo tempo comum, minha e de outro, sem que a minha nem a do outro desapareça ou deixe de ser exclusiva: é a vocação do CASAL. Poucos são os que tiram todas as conseqüências do fato do casal, no mundo dos homens e de Deus, ser uma realidade nova, tão nova como uma criança que vem ao mundo. É uma verdade fundamental que, apesar de inscrita logo nas primeiras páginas da Bíblia, não é acolhida de uma maneira viva e consciente, e muito menos objeto de uma coerência vivencial: "por isso o homem deixa seu pai e sua mãe p~ra

Esther e Luiz Marcello M. de Azevedo Eq. lA - São Paulo, Capital

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UM EQUlPlSTA ESPEClAl

A

cada reunião já nos acostumamos à presença dos outros casais nossos irmãos e à presença do nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual. Mas, será que alguma vez já paramos para pensar quem é esta pessoa que nos acompanha todos os meses? Tirando nossas dúvidas? Ajudando-nos nos momentos difíceis? Servindo de mediador nas nossas discussões? Participando da educação dos nossos filhos? Estando conosco nas horas alegres? E procurando a nossa conversão a cada momento em que estamos juntos? Não se trata de apenas mais um equipista para nós. Ele é o ponto de equilíbrio em nossas reuniões, e quando falamos de assunto de religião é o próprio Cristo conosco. O nosso SCE é alguém que um dia recebeu um chamado especial, e, por sua própria, livre e espontânea vontade, resolveu dedicar toda a sua vida à salvação dos outros. É o exemplo do altruísmo levando a extremos. Aqui, nós nos lembramos daquela passagem bíblica que diz: "Vai, vende tudo que tens ... vem e segue-me ... " O seguimento do

Cristo para esse homem significou deixar pai, mãe, irmãos e abraçar a causa do Evangelho. Muitas das vezes nós nos esquecemos que ele é uma pessoa como nós, com todas as dificuldades, sucessos e fracassos, ascensões e quedas, uma pessoa que sorri, que sofre e que, sobretudo ama. Neste mês em que temos um dia dedicado ao padre, nós não poderíamos deixar de nos unir ao coro de todos os casais do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que têm no seu Sacerdote Conselheiro Espiritual um amigo verdadeiro, que nos ensina o caminho que devemos trilhar no seguimento do Cristo, para dizer o quanto nós o amamos, seja ele Caffarel, Flávio, Manuel, José, João, Pedro, Mário ... não importa. O importante é que, antecedendo estes nomes está o verdadeiro nome daquele que faz de Cristo e, consequentemente dos homens, a sua razão de viver: o nosso PADRE.

Lícia e Artur Equipe 2B- Brast1ia, DF (Extraído do Informativo das Regiões Centro-Oeste I e II) 38


NOVAS EQUlPES

Eq. Eq. Eq. Eq.

21- N. Sra. do Carmo- Belo Horizonte, MG 22- N. Sra. da Soledade- Belo Horizonte, MG 1388- N. Sra. Imaculada Conceição- Rio de Janeiro J OB- N. Sra. Aparecida- Rio Claro, SP

Setor A - Bauru, SP: Eq. 5- N. Sra. da Rosa Mística Eq. 22- N. Sra. de Monte Serrat Eq. 23- N. Sra. da Cabeça Eq. 24- N. Sra. do Rosário Lançamento das primeiras equipes distantes do Setor de Barra do Corda, MA: Eq. 01- N. Sra. das Graças- Tuntum, MA (jota) Eq. 01- N. Sra. da Rosa Mística- Governador Archer, MA (jota) Eq. 02- N. Sra. Rainha da Paz- Governador Archer, MA

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ORDENAÇÃO SACERDOTAL No dia 26/05/2000,aconteceu a ordenação sacerdotal do diácono Fernando Augusto Meira, Conselheiro Espiritual do Setor A e das Equipes 5 e 9 do Setor B de Jundiaí, SP A celebração, presidida pelo Bispo de Jundiaí, Dom Amaury Castanho, foi muito emocionante. A vibração dos cânticos, animados pelo SCE Regional Padre José Roberto, animou intensamente a participação de todos os presentes na solene liturgia. Muito emocionado, padre Fernando, em seus agradecimentos, testemunhou a importância do nosso Movimento em sua vida, tocando o coração de cada equipista presente. Para as ENS essa ordenação revestiu-se de entusiasmo, emoção, de meta atingida, pois tratou-se de um de seus Conselheiros Espirituais que desde o seminário "vestiu a camisa" do nosso Movimento. Que a luz do Espírito Santo o ilumine em todos os momentos de sua vida para que persevere e seja sempre fiel na sua caminhada pastoral.

Ligia e Carlos, CRS "A"- ]undia~ SP

FALEClMENTOS Lembremo-nos em nossas orações, dos nossos irmãos falecidos:

• Murilo (da Gracita) , ocorrido no dia 27/05/1999 -Equipe 4Nossa Senhora do Bom Conselho- Jacareí, SP • Álvaro Simões da Conceição Júnior (da Leda), ocorrido em 06/ 05/2000- Equipe IA Nossa Senhora do Sagrado Coração- Juíz de Fora, MG • Fernando Pinho (da Rica), ocorrido em 27/05/2000-Equipe 9A - Nossa Senhora das Graças- Bauru, SP • Sacerdote Paulo Rufier, ocorrido em 28/05/2000. Levou o Movimento para a cidade de Friburgo, RJ • Diácono Chagas, ocorrido no dia 03/06/2000- Conselheiro Espiritual da Equipe 13- Nossa Senhora Auxiliadora- Jacareí, SP 40


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AÇAO DE GRAÇAS

S

toda história do Movimento, desde a inspiração pelo Pe. Caffarel, sua mística, sua pedagogia, seus documentos, suas orientações, enfim por tudo que sob a ação do Espírito Santo tem contribuído pelo crescimento, fortalecimento, renovação e unidade. Em tudo sentimos a ação de Deus e a Ele somos agradecidos. Desde jovens, sempre fomos muito apaixonados pela figura de

empre que nos propomos a faar sobre "as coi~as do alto" um certo temor e msegurança nos invade. Só conseguimos dissipá-los à luz da fé e amparados pela Palavra de Deus. Hoje, após 15 anos de caminhada em equipe, podemos afirmar que somos um casal que acredita no Movimento das Equipes de Nossa Senhora como um caminho de santificação e libertação. Somos atraídos por

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Jesus . O fato de admirá-lo não nos satisfazia. Apesar de nossa fragilidade, algo nos impelia a querer imitálo um pouco que fosse; seus gestos de bondade e compreensão, sua sabedoria, seu discernimento ("sim, sim, não, não"), sua vida paradoxal: ao mesmo tempo tão livre e tão comprometida com os irmãos. Seria muita pretensão nossa? Mas é o próprio Cristo que nos impõe "sede perfeitos como o Pai do céu é perfeito". Percebemos então que esse ideal de vida não conseguiríamos como num passe de mágica, mas através de uma sintonia com Deus, cujo conselho mais uma vez nos vem de Jesus: " ... assim como o Pai e eu somos um". Essa sintonia, essa ligação direta com Deus se resume nas três atitudes de vida que as Equipes procuram despertar em nós: • Cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus • Desenvolver a capacidade para a verdade • Aumentar a capacidade de Encontro e Comunhão Essas três atitudes se vividas em plenitude encerram toda a verdadeira felicidade dos verdadeiros "bemaventurados do Evangelho". É um desafio que jamais conseguiremos se contarmos somente com nossas forç as. Mais uma vez o Movimento vem em nosso auxílio apresentando os PCE. Sendo pontos de esforço, não são fáceis, exigem esforço! "Esses pontos têm uma coerência interior que está na base de toda metodologia das 42

Equipes , em todos os níveis: uma lógica que os encadeia; fios que os integram uns aos outros" (PCE e Partilha, nov/95). Procuramos hoje buscar a sintonia com Deus em casal através dos PCE. Por exemplo, é inconcebível como casal fazer a Escuta da Palavra e não viver num estado de oração "por tudo dando graças a Deus". Nem tampouco fazer uma oração conjugal ou familiar ou escolher uma regra de vida que não sejam baseadas na vontade de Deus a nosso respeito. Qualquer decisão ou projeto de vida num dever de sentar-se fica esvaziado se não for baseado na Palavra de Deus. E com que ansiedade esperamos o Retiro Anual, época de aparar as arestas, assumir novos propósitos! Longe estamos de querer passar a imagem de casal perfeito. Quem nos conhece sabe como nossos temperamentos são diferentes! O único testemunho que temos a nosso favor é que procuramos buscar essa sintonia com Deus, através dessas maravilhosas ferramentas que o Movimento nos oferece, que são os Pontos Concretos de Esforço.

Ana Maria e Paulo Equipe 13 - N.S. das Estrelas Sorocaba, SP

NOTA DA CARTA MENSAL: As três atitudes de vida, serão, em Santiago de Compostela, o tema da reunião das Equipes Mistas, na terça-feira, 19 de setembro.


COMO É BOM RECEBER UM CHAMADO DO SENHOR! (EJNS)

H

entramos em contato com o Setor de Juiz de Fora das EJNS. Vieram de lá jovens que já fizeram pilotagem da Equipe. Hoje somos oCasal Acompanhador da Equipe de Jovens de Nossa Senhora de Montserrat, a primeira da cidade do Rio de Janeiro. São dez jovens (começamos com dezoito), o Diácono Rafael, do Seminário São José, e nós, Norma e Edson, Casal Acompanhador. Conseguimos, ao participar da Feira da Pastoral Social da Igreja Sangue de Cristo, motivar outros jovens que começaram a Experiência Comunitária, tendo como Casal Acompanhador os equipistas Cristina e Silvestre (Equipe 90). Julgamos desnecessário descrever a alegria que invade nossos corações cada vez que nos reunimos. Não nos cansamos de agradecer a Deus mais esta oportunidade de sermos úteis!

á muito vivíamos inquietos. Queríamos servir ao Senhor, queríamos ingressar em alguma pastoral, mas alguma coisa nos impedia. Um dia, decidimos trabalhar com jovens. Mas onde encontrá-los? Somos professores e pensamos em nossos alunos. No entanto não tivemos êxito. Havia a Sabrina, filha de Sara e Gilberto, de nossa Equipe. Quando eles entraram para o Movimento, Sabrina tinha meses: era a nossa mascote e muito amada por todos nós. Falamos sobre o nosso projeto em Equipe. Sara informou-nos que havia um grupo de amigos da Sabrina que talvez quisessem formar uma equipe jovem conosco. Eles estavam mesmo procurando alguma coisa assim. Enquanto eram sondados por Sara, nós fizemos uma adaptação, para jovens, da Experiência Comunitária de Casais. Entregamo-nos ao Senhor. Estávamos ali disponíveis. Que Nqssa Senhora passasse à frente e abrisse os caminhos para nós, se fosse realmente a vontade do Pai. E assim foi . No dia 18 de maio de 1995 , fazíamos a nossa primeira reunião. A Região Rio I e o nosso Setor D nos deu todo apoio. Depois de alguns meses tivemos notícia, através da Carta Mensal, da existência das Equipes de Jovens de Nossa Senhora. Terminamos a Experiência Comunitária (doze reuniões) e

Norma e Edson Equipe 17 Rio de Janeiro I, R]

NOTA DA CARTA MENSAL: O Movimento das Equipes de Jovens de Nossa Senhora, no Rio de Janeiro, passou de Coordenação a Setor no início do ano, e está lançando o seu Boletim Informativo. 43


EXPERlÊNClA DE UM MlNlSTRO DA EUCARlSTlA EQUlPlSTA

H

oje, quando me indicaram pegue Jesus na sua mão e traga aqui uma senhora doente para eu bem pertinho de mim, pois preciso ir visitá-la e levar o Santís- falar com Ele". Assim eu fiz, e foi aí simo Sacramento, não sabia que te- que começou a maior experiência de ria a experiência mais maravilhosa minha vida. Neste momento, para de minha vida. ela, sumiu a figura do ministro da Quando dizem que Deus se ma- Eucaristia e ficou só Jesus e ela e nifesta no humilde, no simples, no mais ninguém. doente, no fraco , no Ela começou uma pobre, a gente nem se verdadeira declaração dá conta do que é isso. de amor a Deus. Foram "Seu ministro, Essa senhora mora 15 minutos da mais por gentileza, com seu neto e a esposa profunda prova de um pegue Jesus dele, num depósito vegrande amor por esse lho e esburacado, num na sua mão e Jesus que foi ao seu terreno onde começaencontro. Também fotraga aqui ram a fazer um prédio e ram 15 minutos em que bem pertinho a firma faliu. Seu neto é eu, em lágrimas, me de mim, pois o vigia do local. deliciava de ver tamapreciso falar O depósito é encosnha fé e tamanha beletado num muro, feito de za espiritual. com Ele." madeira velha, cheio de Depois, sem palavras buracos. Para chegar até e muito emocionado, no lá, no fundo do terreno, há muitos obs- meio de muita lágrima, consegui dar a táculos e muito perigo. Tudo é misé- comunhão a ela que me agradeceu basria, tudo é pobreza! Ela está despoja- tante e ainda me surpreendeu muito, da de tudo que é material e conforto. pois, me disse que Ele e ela iam ficar Quando cheguei com o Santís- até altas horas da madrugada na mais simo, a santa senhora mudou. Seus profunda intimidade. olhos ficaram radiantes e com um Cheguei até os outros doentes, brilho de alegria que eu nunca tinha que ainda devia visitar, chorando, visto. Seu amor por Jesus é algo muito emocionado, procurando excontagiante. Num cantinho, coloquei plicar ó 'ocorrido. o sangüíneo e o Santíssimo em cima. Quando ia começar o ritual para Francisco (da Rose) lhe dar a comunhão, ela me surpreEq. 7A- N. Sra. Mãe da Unidade endeu: "Seu ministro, por gentileza, Florianópolis, SC

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA NO BRASIL -

Ensaio sobre seu histórico Nancy Cajado Moncau Ed. Nova Bandeira Este livro é o "testemunho ocular da história" do Movimento em nosso país. Representa um gigantesco esforço de coleta de dados e de pesquisas, de análise e de síntese. Num trabalho de grande valor, Nancy Moncau recolheu os marcos principais destes 50 anos, através de suas próprias lembranças, de pesquisas em documentos e do testemunho significativo de casais e sacerdotes. Pedidos podem ser feitos diretamente com o Secretariado do Movimento através do telefone (Oxx11) 256.1212.

HORA DA FAMÍLIA - SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA (Vol. 4) • Temas do Setor Família I CNBB Reflexões, orações e testemunhos para famílias e grupos Celebração em família da Festa da Sagrada Família A Semana Nacional da Família (SNF) é um momento forte no qual a Pastoral Familiar, em articulação com as demais pastorais, movimentos e serviços, 1 1 [~§~~] intensifica seus eslL forços no sentido de evangelizar a família na globalidade de seus diversos aspectos e rea lidades. De 14 a 20 de agosto. Pedidos pelo telefone 0800.61 .2226

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todos os Estados brasileiros, nos lugares de mais difícil acesso. É o exemplo de Maués e Itacoatiara no Amazonas, Juriti no Pará e tantos outros municípios de difícil acesso, onde nossos irmãos de equipe levam a Boa Notícia. A semente, quando cai em terra boa, dá bons frutos. E neste jubileu das Equipes de Nossa Senhora, somos chamados a ser exemplo de verdadeira igreja doméstica e a dar nosso testemunho de cristão batizado, levando a Boa Notícia aos nossos irmãos que precisam ser evangelizados. A nossa proposta é assumir a coordenação de Experiência Comunitária. Somos também chamados a desenvolver o verdadeiro amor pregado por Jesus, somente assim dirão: "Vede como eles se amam". BlRegistela e Claudionor Equipe 07- Santarém, PA

Muitos equipistas nos escreveram, falando da importância da Carta Mensal. Destacamos: ~ "Sempre que colocamos nossas mãos na Carta Mensal, fazemos isso com amor, manuseamos com dedicação e muito respeito. Consideramos um tesouro em nossa leitura, enriquecendo-nos." BlShirley e Gerson- Equipe 2 N. Sra. do Perpétuo Socorro Campo Grande, MS ~"A Carta Mensal tem sido de grande valor não só em nossa vida conjugal, pois tem apresentado artigos tão importantes, que também a tenho utilizado para o programa da AVE MARIA, (segundas-feiras) em Assis, SP." BlZé Reis (da Alaíde) -Assis, SP ~ "Nós em Pindoretama, temos o costume de nos reunir para estudar a Carta Mensal, pois é de grande valor para a nossa formação. Bl Clementina e Domingos Xavier CR da Coord. de Pindoretama, CE

~SOS

Famz1ia Nos anos de 1993 e 1994, foram publicadas na Carta Mensal notícias do SOS FAMÍLIA, que começou em agosto de 1992, em Bauru, SP. Nós das Equipes de Araras, SP também nos animamos e com o lema: "FAMÍLIA FELIZ, MISSÃO DE TODOS", com a disposição e perseverança de alguns casais, com a ajuda de outros grupos pastorais ligados à família, com o apoio de autoridades e dos padres da cidade e do nosso Bispo Diocesano de Limeira, SP, dom Ercílio, iniciamos o SOS-FAMÍLIA em 19110/95.

~Multiplicadores do

Reino A multiplicação das Equipes de Nossa Senhora no Brasil não foi fácil, em virtude do vasto território e, considerando que em algumas Dioceses e Paróquias houve a oposição de bispos e padres, mas o Movimento está presente em quase

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•r> Neste ano, portanto comemoraremos 5 anos de atendimentos. Temos enfatizado aos casais plantonistas que o SOS tem 2 características específicas: 1. estar disponível, atender, ajudar e procurar acompanhar quem nos procura; 2. quando ninguém vier nos procurar, aproveitar o tempo que ficamos no local para: I. Rezar por aqueles que, mesmo precisando, não puderam ou não quiseram estar lá; II. Orar, refletir e conversar sobre as coisas do casal. Para ajudar os casais nesses momentos de oração e diálogo, temos encontrado grande ajuda, principalmente nas Cartas Mensais. Voltando à Carta Mensal de outubro/94, desde então não tivemos mais notícias sobre o SOS Fanu1ia. Pedimos que divulguem o que já fizeram e partilhem conosco as suas experiências. r:aNilcéia e Francisco Scabora Eq. N. Sra. Aparecida -Araras, SP SOS FAMÍLIA (e-mail: nilscabora@dape.net

@ Pastoral do Surdo Faz algum tempo que algo especial me toca nas Cartas Mensais. São os artigos sobre a Equipe Nossa Senhora do Silêncio. Explico por quê: Trabalho há dez anos com crianças, adolescentes, jovens e agora adultos surdos. Quando comecei,

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não sabia nem como falar um simples "oi" para eles, mas como precisei alfabetizá-los (sou professora), a necessidade me fez correr atrás, hoje sou intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e instrutora de LIBRAS na escola que trabalho. Atualmente, meu círculo de amizades é mais de surdos do que de ouvintes. Faço parte da Pastoral do Surdo em minha cidade. Lendo os artigos sobre a Equipe N. S. do Silêncio, senti um chamado e agora com o artigo de maio, parece que estou pegando fogo (fogo doEspírito Santo!). Ainda tenho muitos medos e receios. Gostaria de saber mais sobre o trabalho que é realizado em Manaus, pois os irmãos dessa equipe já fazem parte de minha vida. r:aMari Lúcia (do Vilson) Equipe 4A N. Senhora do Trabalho


EU PEDl ADEUS

E

u pedi a Deus para tirar a minha dor. Deus disse não. Não cabe a mim tirá-la, mas cabe a você desistir dela.

Eu pedi a Deus para fazer com que meu filho deficiente físico fosse perfeito. Deus disse não. Seu espírito é perfeito e seu corpo é apenas provisório. Eu pedi a Deus para me dar paciência. Deus disse não. A paciência é um derivado de tribulações; não é doada, é conquistada. Eu pedi a Deus para me dar felicidade. Deus disse não. Eu lhe dou bençãos. A felicidade depende de você. Eu pedi a Deus para me proteger da dor. Deus disse não. O sofrimento o separa dos conceitos do mundo e o traz mais perto de mim. Eu pedi a Deus para fazer o meu espírito crescer. Deus disse não. Você tem que crescer sozinho, mas eu o podarei para que você possa dar frutos . Eu pedi a Deus todas as coisas para que eu pudesse gostar da vida. Deus disse não. Eu lhe dou vida para que você possa gostar de todas as coisas. Eu pedi a Deus para me ajudar a AMAR os outros, o tanto que ELE me ama. Deus disse ... Ahhh, finalmente você captou a mensagem!

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Meditando em Equipe 2000 •

Ano da Eucaristia

Neste mês vocacional (agosto) vamos realizar a Semana Nacional da Família. Nos dias de hoje, principalmente, sentimos a importância e a necessidade da Família cristã ser fermento e luz no mundo . A Eucaristia traz um grande apelo missionário . Participar da Eucaristia é lutar, comprometer-se com a causa de Jesus. Não podemos ser indiferentes aos problemas dos irmãos.

. .. ... . . . . ... . .. . ... . .. .. ... . .. .. .. ... . .... . Leitura: Evangelho de João

13, 1-15

• João apresenta a Eucaristia como apelo de serviço aos irmãos. Não é um simples encontro com Jesus .

É um

encontro que mexe com a gente.

• "Como eu vos fiz, também vós o façais" . Partilhe conosco, com simplicidade, sua experiência de serviço aos outros .

.. . .. . . . . . .. . .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. .. ... Oração Litúrgica: 1 . Congregou-nos num só corpo o amor de Cristo exultemos, pois, e nele jubilemos . Ao Deus vivo nós temamos mas amemos; e sinceros, uns aos outros, nos queiramos. 2 . Todos juntos num só corpo congregados, pela mente não sejamos separados. Cessem lutas, cessem rixas, dissensões, mas esteja em nosso meio Cristo Deus . 3. Junto um dia com os eleitos nós vejamos vossa face gloriosa que adoramos. Alegria que é imensa, que enche os céus; ver por toda eternidade Cristo Deus . Amém. Pe . José Ernani Angelini


1950-2000

AS TRts ATITUDES

• Cultívar a assiduidade em nos abrirmos â vontade e ao amor de Deus. • Desenvolver a capaddade

para a verdade.

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Caooi§ por uma E§piritualidade Coníugal

Mo-Yim~nto d~

R, Uli§

Co~lho 1

s~ andar • cí 53 São Paulo - SP

308 •

~p 01309-000

Fon~: (~11) 256,1212 • Fa'-<: (~11) 257,3599 E-mail: ~cr~ariado@en§,org , br • oortamenwl@en§,org,br Home page: www,en§,org,br


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