ENS - Carta Mensal 350 - Novembro/1999

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°350 • Novembro/1999

EDITORIAL .... ................ .. .. .......... O1 Tem pus Fugit.. .... .... .................... . O1 Carta do Conselheiro da ECIR ..... 02 ECIR .... .... ........ .. ...................... .. . 03 A ECIR Conversa com Vocês ........ 03 VIDA NO MOVIMENTO .............. 05 Ser Equipista? ... Estar nas Equipes? ... .... ............ ... 05 Quarenta Anos de Equipe ........... 08 Sessão de Formação e Expansão ................................. 09 Sessão de Formação! Paranaguá .............. .... .... .... ........ 09 Um Mutirão, Por Acaso? .............. 1 O FORMAÇÃO ....... ... ............. .. .. .. .. Amor e Conjugal idade .... .. .. .. ...... Cresce a Lavoura de Deus ...... ..... Leigos e Leigas ............ .. .............

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NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 16 ENCONTROS INTERNACIONAIS ........ .. .. .. .. .... .. 19 Lourdes, 1 965 .... .. ............ .. .. ...... 1 9 TESTEMUNHO ............ .. .............. 23 Obrigado às EJNS! ..................... 23 V Semana da Família .......... .... .... 24 Aos Meus Irmãos Sacerdotes ...... .. ...... .. .... .. 25 Um Aniversário Diferente ............ 26 Carta Mensal é uma publicação mellSal das Equipes de Nossa Senhora

Wtlma e Orlando S. Mendes Pe. Flávio Cavalca de Castro, CSsR (cons. espiritual)

Edição: Equipe da Carta Mensal

J omalista Responsável: Catherine E. Nadas (mrb t98J5J

Silvia e Cliico Pontes (responsáveis)

Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 931 · SP Fone: (Oxxll) 3873.1 956

Rita e Gilberto Canto Maria Cecília e José Carlos Safes

Testemunho Vivo do Amor de Deus .. ...................... 2 7 Uma Peixada pro Almoço .... ........ 28 Balanço .. ................................ .. .. 29 MARIA ........................ .. ...... ... ..... 30 Maria - Sacrário Vivo .. ...... .......... 30 PCE 'S I PARTILHA ...... .... ...... ........ 31 O Retiro Anual .. .................. ...... .. 31 As Bem-Aventuranças e os PCEs ...... .......................... .. .. 32 Oração Para Fazer o Dever de Sentar-Se .... .. .. .. .... .. .... . 33 BALANÇO ........ .. .. ............. .... ..... 34 Reflexão Sobre a Reunião de Balanço! .... .......... ..... 34 ORAÇÃO .. .. ...... .... ................ ...... 36 Oração a Nosso Bom Deus, Pai e Mãe do Céu .. .... .... ............. 36 Súplica .. ...... .... ...... .. .................. . 37 REFLEXÃO .... .. ............................ 38 O Carpinteiro .. ...................... .... . 38 A Minha Vizinha Tem Razão ......... 39 Deus É Pai e Mãe .. ........ ...... .. ...... 41 A Loja de Deus ................ .......... . 43 Aprendendo, no Caminho ........... 44 FINADOS .. ............................ .. ... 46 Um "Viva" À Morte .. ...... .. .. ...... .... 46 PALAVRA DO LEITOR .......... .. ....... 47 Diagramação: Alessandra Carignani Capa: Ta/ma Serra Impressão: Edições Loyo/a R. 1822, 347 Fone: (011) 6914.1 922 Tiragem desta edição : 13.300 exemplares

Canas. colaborações, notfcias, testemunlwf e imagem devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar · conj. 53

01309-000 • São Paulo · SP Fone: (Oxx ll ) 256.1212 Fax: (Oxxll) 257.3599 cartam ensal @ens.org . br

A/C Silvia e Chico


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'Tempus ., ,, F ug• .•• ~~~

Olá, gente amiga! "Tempus fugit" é uma expressão clássica latina, transmitindo a idéia de que o tempo corre sem parar, e, sem perceber, ele escapa de nossa vida. E o "tempus fugit": firme na contagem das horas, solene na marcação dos dias, grave na sucessão dos anos ... Já paramos para refletir quanto tempo já tivemos, e o que fizemos com ele? Alguém poderá responder quanto tempo ainda teremos? Acontecimentos importantes nos são reservados em novembro. O Dia de Todos os Santos ensina que eles não deixaram o "tempo fugir" sem antes cumprir a tarefa que Deus lhes pedira. Finados nos lembram da nossa transitoriedade. Não precisamos apressá-la, mas um cristão também não precisa temê-la, principalmente se souber aproveitar bem cada dia para praticar ajustiça e o amor. Se o "tempus fugit" aqui está a oportunidade do balanço nas ENS. Às vezes, fala-se em recuperar o tempo perdido, como se isso fosse possível. Mas a verdade é que o balanço poderá nos ensinar a não perder mais o tempo, a não deixar fugir a oportunidade de avançarmos na trilha da santidade conjugal. É tempo de rever nossa fidelidade aos objetivos fundamentais do Movimento, tempo de renovar o compromisso de lealdade com nossos irmãos

equipistas, de não nos furtarmos aos I~ esforços necessários. Olhando por detrás da janela da nossa existência, por suas folhas entreabertas, vemos que "tempus fugit". Esse dinamismo convoca-nos a urgência de viver, de dar o melhor de nós mesmos, de ir mais adiante, de aceitar os desafios que o Dia dos Leigos, também celebrado neste mês de Novembro, convida-nos a assumir. Poderíamos dizer muita coisa, mas ainda assim faltariam as palavras para poder transmitir toda a beleza que vai nesta edição, revelada na colaboração gentilmente enviada por equipistas de todo o Brasil e, que .....__ alegria, vejam quanta matéria assinada por nossos queridos conselheiros, a enriquecer grandemente a nossa Carta Mensal! Em resumo, o que gostaríamos de pedir é que o Senhor nos dê o tempo necessário para entrar em suas casas (quem sabe em seus corações) para aí deixar uma mensagem de alegria, um sopro de esperança, um ponto de encontro, ou então, para aqueles que não gostam de ler, que seja ao menos um abraço amigo. Que o tempo fuja, mas não nos tire jamais a alegria de celebrar a vida conjugal e de nos sentirmos irmanados como Equipe de Nossa Senhora. Com todo nosso carinhoso abraço,

Silvia e Chico, CR da CM


Carta do Conselheiro da ECIR Queridos Casais e Conselheiros Espirituais! Paz e Bem! Inicio nosso encontro mensal citando um trecho do livro "Evangelho da Solidariedade" que diz: "A escolha que o cristão faz de imitar Cristo em tudo nasce da alegte descoberta de ser amado por ele e de sentir-se nele filho do mesmo Pai ... ", pois Cristo é o critério do nosso "Balanço". Neste mês de novembro duas coisas são muito importantes para nós: o Balanço das equipes e o Dia Nacional do Leigo e Leiga. O Espírito que nos anima e estimula exige de nós constante conversão para atingirmos a santidade. O balanço é o momento propício para avaliarmos nossa caminhada para a santidade. É o momento não de cobrar um dever, mas de saber que podemos melhorar cada vez mais. O balanço é um convite a experimentar a alegria de ser amado e de amar os irmãos. Nesta dimensão, podemos dizer ainda que, ao celebrar o dia do Leigo e Leiga, também refletimos sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e devemos rezar para que os leigos e leigas assumam a força do seu batismo, sendo sinal de Cristo para todos. Quero ainda reforçar a idéia que do cristão hoje se exige um testemunho não de "dever" mas de "poder", pois temos a condição de contar sempre com a "graça de Deus" em todos os momentos de nossa vida, principalmente na vivência e freqüência constante aos Sacramentos. Fica para refletir: "Estamos usufruindo das graças que Deus nos dá, através do Sacramento do Matrimônio?" Que Deus os abençoe e proteja sempre!

Abraços e orações, Pe. Mário José Filho, css ECIR 2


A ECIR Conversa com Vocês Santos?! Nós?! "O Ideal das ENS é fazer com que seus casais tendam para a santidade. Nem mais nem menos!" Pe. Caffarel aquilo que somos em germe desde o nosso batismo. "Não tenham medo de serem santos" (João Paulo II Compostella- 1990). Todos sabemos, por certo, que nunca atingiremos a santidade, a perfeição divina. Ela é infinita. Entretanto, fica claro, também, que nesta matéria temos que progredir sempre, ser mais íntimos de Deus, inundados, cada vez mais, pelo seu mar de ternura. Foi o que fizeram Teresinha de Lisieux, Francisco de Assis e tan-

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mbora isto possa nos assustar ou soar como algo inacessível, utópico, um projeto irrealizável, é esta a vontade de Deus a nosso respeito. "Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou Santo" (Lev 19,2), foram as palavras de ordem a Moisés, endereçadas ao povo de Israel . Jesus, mais tarde, referendou este mandamento a todos nós, dizendo: "Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48). Para sermos santos, basta passarmos a ser, tornarmo-nos

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tos outros santos, todos homenageados neste primeiro de novembro. Sentiam-se tão amados por Deus, mas ao mesmo tempo tão indignos dessa Graça, que não mediam esforços para avançar mais, sempre mais, na prática das virtudes, sufocando os vícios, de maneira obstinada, corajosa, decidida. Nunca ficavam totalmente satisfeitos com os resultados alcançados, nunca se julgaram prontos, acabados para a vida de união com Deus. Irmão Leão, fiel companheiro de São Francisco, ao ver tanto desapego por parte deste, tanta mortificação, apelava desesperado: "Francisco, já chega!" E Francisco respondia : "Não, não é o bastante!" e chorando balbuciava: "O Amor não é amado". Santa Teresinha, acometida de dolorosa enfermidade, no termo de sua tão curta vida terrena, segredava num sorriso: "Não morro, entro na vida!" Não se trata, evidentemente, de pretendermos ser cópia de qualquer um dos santos de nossa devoção. Cada ser humano é único, e única é a santidade a que foi chamado. Basta, a cada um de nós, ao contemplar a vida desses nossos irmãos e irmãs, ter a certeza de que: "O amor admirável com o qual Deus os amou, é o mesmo amor que, também, opera na nossa vida. E se Ele nos quer santos, tornará isto viável, a despeito de nossas imperfeições, com uma única condição: que a nossa confiança nele seja irrestrita e a nossa vontade sempre renovada". Deus nos quer casais santos e nos dá as ferramentas para tanto. O conjunto dos Pontos Concretos de

Esforço é uma dessas ferramentas, verdadeiro programa de vida a dois. Dom de Deus, capaz de nos fazer alçar vôo rumo à santidade; pérolas preciosas que não devem ser atiradas aos porcos. Neste mês de novemb~o, estaremos realizando o "Balanço" em nossas Equipes. É necessário, é imprescindível, que o realizemos com interesse e responsabilidade, procurando avaliar o nosso "ser equipista". Mas, o mais necessário, o mais imprescindível, o mais urgente é refletir a quanto estamos em relação ao Ideal do Movimento, a quanto andamos no processo de santificação. Que tal um dever de sentar-se a este respeito? Ao terminá-lo, poderíamos rezar como rezava o "Dom da Paz": " As derradeiras moedas que me sobraram gastei-as, sem vacilar, levando-Te uma braçada de rosas. Entendeste o pedido sile~cioso de meu gesto humilde? Podes consentir que o derradeiro alento de minha vida eu o gaste, feliz, curvando-me silencioso diante de Ti?" (Rosas para meu Deus Dom Helder Camara) Tender para a santidade é trilhar a estrada da vida ofertando rosas para Deus, deixando-se envolver por sua Presença, no silêncio do coração. · "Santos?! Nós?!" Sim, sem nada temer. A Igreja agradece. O Céu sorri.

Márcia e Luiz Carlos - ECIR 4


Ser Equipista?••• Estar nas Equipes?••• "Tua Exigência Sem Amor Me Revolta; Teu Amor Sem Exigência Me Rebaixa; Teu Amor Exigente Me Engrandece". Pe. Caffarel

porque sou feliz; uma resposta àquilo que compreendo. Tanto no matrimónio como na equipe a fidelidade é a nossa resposta pelo comportamento diante dos Pontos Concretos de Esforço, à Vida em Equipe, ao Auxílio Mútuo e à Fraternidade. Explícita ou implicitamente o convite fundamental para fazer parte das Equipes de Nossa Senhora veio e continua a vir do Senhor. Ser equipista é coisa séria, porque Deus nos escolheu e à sua escolha devemos responder com o compromisso de um para com outro, sem sermos superficiais. Deus vocaciona. Deus chama os casais a realizarem uma missão e lhes concede um dom, confia-lhes um carisma para sua santificação e para que contribuam para a santificação de outros casais. Façamos uma parada para refletir antes de reiniciar a nossa caminhada. Nesta oportunidade podemos conferir se o amor ao Pai se renova a cada reunião, se as nossas ações equipistas continuam com o seu sentido, e se o amor pelo irmão é apenas amizade ou uma necessidade que nasce do coração de quem ama.

sim como no sacramento do matrimónio assumimos a fielidade, quando entramos para o Movimento também é necessária a fidelidade. Mas o que é fidelidade? Cada qual tem o seu conceito, mas o mais simples é: "Fidelidade é o nosso comportamento". Comportamento está naquilo que conheço, que amo, que faço

Deus chama os casais a realizarem uma missão e lhes concede um dom.

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vimento, freqüentamos as reuniões, respondemos ao tema, colocamos na partilha que vivenciamos os PCEs mas, na verdade, fazemos tudo de forma mecânica, mais ou menos ou nem fazemos? Se chamados para algum serviço, escorregamos em mil desculpas e ... vamos curtindo o Movimento, não partilhando, não nos comprometendo. Contentamo-nos com as reuniões bem ou mal vividas, com os PCEs bem ou mal vivenciados, tudo bem "light", sem entusiasmo. A equipe de "uma vez por mês" pareceria ser a equipe ideal; porém a equipe de "todos os dias" vive em outro meio. A equipe que apenas espera a reunião mensal, não pode caminhar sempre assim e nos parece impossível que ela possa subsistir. Pode ser que não tenhamos entendido, na realidade, a sua finalidade. Uma equipe onde não haja compromisso de uns para com os outros, onde se partilham vivências, dificuldades etc. só na reunião mensal, porém essa partilha de certa forma cai no vazio durante o mês, não fortalece a ajuda mútua. Uma equipe que, reunião após reunião, permanece bloqueada pelo problema de um casal ou, onde não há lugar para a co-participação, onde há casais que não querem compreender o caminho das equipes, entra num círculo vicioso. Como é possível construir uma casa sólida e duradoura, que permita uma vida digna para seus moradores, que seja acolhedora ao outro, capaz também de criar e farta-

Mil motivações podem ter concorrido e podem continuar a concorrer para desenvolver a amizade, mas uma Equipe de Nossa Senhora subsistirá e desenvolver-se-á de verdade se houver a consciência e a experiência de que "Ele está no meio de nós". Quantos de nós estamos vestindo a camisa das equipes pelo lado do avesso ... , fazemos parte do Mo-

Qual é a qualidade da nossa escuta e da nossa participação? Qual é a qualidade da nossa presença? Qual o nosso compromisso pós reunião?

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Comprometimento é o grau de envolvimento, é vestir a camisa do Movimento, pelo lado certo para que todos vejam.

lecer laços de afetividade, de solidariedade e de fraternidade, sem ter ou seguir um projeto arquitetônico e de engenharia? Para uma equipe construir sua vida comunitária torna-se essencial ter um projeto. Seguir uma regra de vida, mudar o comportamento. Realmente, só se tem o que celebrar na reunião, quando, durante todo mês existiu uma vida em comum. Por outro lado, só se fortale. ce a comunidade quando se estreitam os laços de amizade e quando existe o convívio, a confiança, a caridade fraterna, a aceitação mútua, a humildade, o perdão. Priorizar a Vida de Equipe significa, enfim, prolongar a reunião durante todo o mês. Será que nos apercebemos da importância dessas horas de reunião de equipe que temos por mês? Como as preparamos? Como utilizamos o tempo durante a reunião? Qual é a qualidade da nossa escuta e da nossa participação? Qual é a qualidade da nossa presença? Qual o nosso compromisso pós reunião? Ser equipista, estar nas equipes, alerta-nos, convoca-nos a uma revisão de nossa vida de equipista e nos sugere a necessidade de estar sempre vigilantes. Para isso necessário se faz a observação de três condições:

Acompanhamento é o grau de consistência, de perseverança que contagia e empolga os demais. Entusiasmo é o grau de percepção. É estar atento. É sentir prazer no que faz .

"Aquele que é fiel nas pequenas coisas será também fiel nas grandes coisas" (Lc 16, 10). Não é importante que sejamos muitos, mas que tenhamos Qualidade. Você já reparou como entre tantas pessoas que fazem exatamente a mesma coisa sempre existem aquelas que encontram uma maneira de fazer melhor? Gente que se supera. Gente que insiste, persiste, que acredita tanto nas suas idéias que não descansa enquanto não consegue colocá-las em pé. Esse é o tipo de gente que você reconhece de longe, porque está à frente, servindo de exemplo, servindo de referência para todos aqueles que vêm depois. São pessoas assim que movem o mundo e ampliam horizontes. São pessoas assim que fazem as coisas acontecerem. São pessoas assim que, de longe, reconhecemos: "Aquele casal é da Equipe de Nossa Senhora, é equipista".

1) Comprometimento Por Cristo

2) Acompanhamento Rosana e Eduardo Eq. 05 - N. Sra. da Fraternidade São José dos Campos, SP

Ter Cristo como modelo

3) Entusiasmo Ver Cristo em tudo e em todos. 7


Quarenta Anos de Equipe o dia 13 de junho de 1999, a acolheu nesse caminhar. Equipe 04- Nossa Senhora É aí que a missão de vocês code Guadalupe de Curitiba, meça a ser eterna, porque não são PR - completou 40 anos de cami- só simplesmente pessoas que se nhada. Seu Conselheiro Espiritual é movimentam juntas com um objetio Pe. Pedro Sallet. Os filhos dos vo comum. São almas que, merguequipistas (três casados já fazem lhadas nas águas da eternidade, faparte da Experiência Comunitária e zem germinar sementes de amor que um será ordenado Sacerdote no ano os rodeiam. que vem), prepararam Sim, vocês são uma festa surpresa modelos, para nós, seus para seus pais, que se filhos , seus netos, genUma iniciou com a Santa ros e noras e tantos Missa, onde foi lida a outros equipistas que caminhada se emocionam ao ver seguinte mensagem : "Quando se inicia a união e a cumplicidase torna uma caminhada sabede entre os casais da se o destino, mas não Equipe4. mais fácil se tem o conhecimenObrigado por nos to total de tudo que irá ensinar o que é uma quando não família, o que é a perse passar. Por isso uma caminhada se torseverança, o que é o é solitária. perdão e , aoima de na mais fácil quando tudo por serem os prinão é solitária. Há 40 anos vocês meiros a nos falar sodecidiram enfrentar juntos este ca- bre Deus . Pedimos a Deus, que lhes conminho que se chama VIDA. Sabiam onde queriam chegar e já previ- ceda fo rça, coragem e acima de am algumas dificuldades, além das tudo, paz interior; pois, para uma tantas alegrias que certamente teri- caminhada que tem como meta a am. Por isso a fraternidade entre eternidade, 40 anos significam só um vocês fez-se fundamental. A ajuda início ... mútua, a coragem, a perseverança Deus a abençoe, hoje e seme a paciência foram aquecidas con- pre!" tinuamente por aquilo que vocês têm Filhos dos casais de mais simples e mais profundo: a da Equipe 04 sua fé. Cristo é o eterno grande Pai N. Sra. de Guadalupe que lhes oferece direções, e Maria Curitiba, PR a grande Mãe cujo infinito amor os

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Sessão de For111a~ãoe

Expansão Deus atribuiu à Igreja o poder de colaborar na obra de sua própria edificação. O dever e a possibilidade de fazê-lo incumbe a todos e a cada um de seus membros e estas são manifestações extraordinárias do Espírito Santo.

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são de Fot 11aaçáo I Paranaguá

Nos dias 27 e 28 de março, foi realizada pela primeira vez em nossa cidade, com a presença de vinte e seis casais de nossa coordenação, a Sessão de Formação I. O pregador foi frei Avelino Pertile, de Florianópolis, SC, que veio trazer muitas orientações para nossa vida espiritual. Os temas apresentados foram claros e objetivos, despertando muito interesse nos casais participantes, principalmente no que tratava da maturidade na fé. Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, esteve presente nos dois dias do Encontro e com ela sentimos a força do Espírito Santo nos animando. Apesar do forte calor de quase 40°C, todos os participantes ficaram até o final do evento, num clima de alegria e descontração, principalmente no plenário onde as dúvidas foram esclarecidas por Frei Avelino, deixando mais aberta nossa visão de Igreja Evangelizadora.

Com este pensamento e tendo Nossa Senhora como intercessora, realizamos em 14 e 15 de agosto, a Sessão de Formação de Nível III, em Varginha/ MG. Nessa oportunidade, mercê de um trabalho de expansão sustentada, do apoio dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais e dos equipistas, o Setor de Varginha multiplicou-se formando um novo Setor em Três Corações, tendo Isis/Ronaldo como seu Casal Responsável. Com muita oração e trabalho estamos nos preparando para o Novo Milénio e que nosso Movimento possa crescer não só em quantidade, mas sobretudo em qualidade, para que nós, casais equipistas, sejamos os agentes evangelizadores das farm1ias.

Valdira e Zago Equipe 1 N. Sra. do Rocio Paranaguá, PR

Vera e Messias Casal Responsável do Setor Varginha/MG 9


Um Mutirão, Por Acaso? porque somos maiores e melhores, mas porque devemos nos deixar diminuir para que transpareça a luz do céu em nós. Talvez não possamos transformar o mundo inteiro, mas devemos ser agentes transformadores no local em que o Senhor nos colocar. Foi para isto que aconteceu o Primeiro Mutirão das ENS no Setor ABC II. Para que pudéssemos analisar o nosso valor e a nossa missão de leigos engajados dentro de um Movimento cristão. Ele não veio por acaso - foi providencial. Totalmente guiado pelo Espírito Santo, com a presença de Jesus e Maria, falou-nos da Experiência Comunitária, da Pilotagem de Equipes, do papel do Casal Ligação, da importância das reuniões preparatórias, enfim, instrumentos de trabalho e organização de quem quer servir bem e servir sempre. Nenhuma falha pôde ser constatada. Todos os trabalhos foram se desenvolvendo a seu tempo, de modo informal, num ambiente de paz e de muita alegria. Que Nossa Senhora continue guiando os nossos passos, protegendo e abençoando as nossa famílias, para que o nosso tempo esteja sempre disponível ao grande projeto de Deus para conosco.

esta virada de milênio, sen timos crescer, de maneira rápida e vertiginosa, o número de pessoas que procura um contato maior com o invisível, o superior, o transcendental. Assim acontece o surgimento de muitas seitas e "religiões" que oferecem, insistentemente, como produto de primeira qualidade, as curas de todos os males - físicos, materiais ou espirituais. Na Igreja Católica, um rebanho como que espalhado e disperso, tenta, igualmente, se reagrupar- oretorno dos católicos afastados é maciço. Os sacerdotes são poucos e a messe é grande. Nada deveria ser cobrado deles, além do muito que já nos dão. O que resta, então, fazer? Se, de um lado, é grande a busca de Deus, constatamos, tristes e tantas vezes anestesiados, a crescente onda de violência, de desemprego, de famílias desestruturadas, de crianças de rua, de jovens drogados, de jovens sem pais e de pais sem filhos . Milagres não podemos oferecer, mas o trabalho do leigo se faz cada vez mais urgente. Se não temos um sacerdote para cada família, precisamos de uma família engajada em cada comunidade. Eis o grande valor das ENS. Eis a grande responsabilidade de cada casal equipista. Devemos acreditar que somos capazes de colaborar para uma sociedade mais justa e fraterna. Não

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Cacilda e J úlio Eq. 5 - N. Sra. da Sanf'. Virgem Setor ABC II - São Paulo 10


Amor e

Coniugalidade epois de ter refletido com alguns casais sobre convivência e partilha, afirmei como conclusão pessoal que, para o casal ser feliz, não é bastante conviver mas é preciso compartilhar: intercomunicar valores físicos, psíquicos e espirituais. Há que se lutar com empenho pelo envolvimento total das pessoas . Pessoas que busquem o crescimento espiritual na doação recíproca das virtudes e na mútua correção dos respectivos defeitos. Esse, o ideal a ser realizado na vivência de qualquer casal. Para designar essa convivência feliz cunhou-se o termo conjugalidade: comunhão plena de todos os valores conjugais. Conjugalidade, pois, é a plena realização do amor na vida a dois. Mas exige trabalho. Implica esforço de cada um dos cônjuges. Não é suficiente que somente a esposa queira viver a conjugalidade. Nem que apenas o marido se empenhe em realizá-la. O esforço tem que ser conjunto. Para tornar bem clara a idéia de conjugalidade vamos buscar as

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Conjugalidade

é a plena realização do amor na vida a dois.

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origens da palavra. Os vocábulos conjugalidade, conjugal, cônjuge têm a ver com a expressão latina "CUM JUGO". Jugo, em sentido literal, significa "canga". Não essa nesga de pano amarrada à cintura e envolvendo os quadris, que as mulheres costumam usar em certas ocasiões. Canga, em nosso contexto, é outra coisa: é aquela peça inteiriça de madeira que "junge", isto é, junta, une dois animais de tração para puxar charruas, carroças e arados. Assim como a "canga" une dois animais para somar a força dos dois e tomar menos pesada a tarefa, também a união do homem e da mulher pelo vínculo conjugal, os une pelo mesmo jugo, conjuga seus esforços, suas energias, suas virtudes, suas qualidades para a construção da felicidade.

Com muita ternura e carinho, os cônjuges devem procurar sempre a verdade.

O jugo assumido pelo casal não é uma "canga" escravizante, cerceadora da liberdade, porque é um ''jugo de amor". Assumido livremente, prazerosamente, por amor. Se o amor fundamenta a conjugalidade, a conjugalidade aumenta cada vez mais o amor. Sem amor, não se pode compreender a conjugalidade, sem a conjugalidade não se consegue cultivar o amor. Em outras palavras: só o amor vivido e compartilhado, poderá ser garantia de amor eterno e de felicidade conjugal por toda vida. Para que o jugo não se tome pesado demais, o único meio eficaz para manter a conjugalidade e alimentar o amor é o "diálogo conjugal". Com muita ternura e carinho, os cônjuges, em todas as circunstâncias, - na comunhão das qualidades e na correção dos defeitos,devem procurar sempre a verdade. Não a opinião que exprima a verdade de cada um, mas a verdade que mais beneficie o crescimento espiritual dos dois. Portanto, a tentação a ser evitada sempre, nas pendengas que agitam a vida conjugal, é a de "substituir a verdade pela própria opinião" (Gustavo Corção). Somente assim, o jugo será suave e a canga será sempre leve. Haverá "amor que sempre dura" e felicidade que não tem fim. O lar - "igreja doméstica" será um sinal do paraíso.

Pe. Pedro Lopes - SCE da Regiiio São Paulo Leste Taubaté, SP 12


Cresce a Lavoura de Deus Tema de Estudos: Ele está no Meio de NósO Semeador do Reino- cap.VI ateus mostra-nos Jesus que, inicialmente se apreentava somente para o povo de Israel. A partir de certo tempo, ele começa a operar milagres em favor dos estrangeiros, devido à fé que eles demonstram. Alargam-se os horizontes do Reino de Deus para todos os homens. Isso co-

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meça a causar certa incerteza nos antes entusiasmados discípulos. Eles preferiam um Reino de Deus apequenado, limitado, só para eles, que se consideravam perfeitos, o povo escolhido. O povo começa a ter dúvidas e preconceitos sobre Jesus: "Não é ele o filho do carpinteiro?" Pedro faz uma belíssima

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confissão: "Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo", mas, em seguida, tem medo do mar revolto, tem medo de fantasmas e duvida de Jesus, quando este diz para ele vir ao seu encontro caminhando nas águas. Assim somos nós, casais, equipes, grupos, pastorais. Gostaríamos de um Reino de Deus só para nós, os "bons". Quando surgem problemas no casamento, na família sentimos desejo não de solucioná-lo, mas de rechaçar a outra pessoa. Na equipe, se alguém não caminha bem, se é um problema para a equipe, temos tendência não de superar aquela dificuldade, mas buscamos descartar aquele casal. Na paróquia, quando uma pastoral não vai bem, inclinamo-nos a acabar com ela, mandar embora as pessoas que não estão trabalhando conforme esperávamos. Ficamos vendo fantasmas no "nosso mar", queremos salvar a "nossa barca" e não vemos Jesus andando sobre as ondas, não cremos que Jesus possa acalmar a tempestade, não queremos acreditar que Jesus salva não só a Pedro que gritou "salva-me, Senhor!" mas todos os que nele confiam e aqueles que por nosso testemunho de fé e vida deverão acreditar. Escandalizamo-nos em pensar que Cristo, ainda hoje, sofre a paixão, a condenação à morte na pessoa dos irmãos. Escandalizamo-nos porque aparecem sofrimentos, problemas em nossa vida (nós, que somos equipistas, que tra- · balhamos tanto para a Igreja!. .. ), esquecendo que São Paulo diz: "sofro em minha carne o que falta à 14

paixão de Cristo". Vemos os pecados como algo ofensivo a Deus, mas um Deus distante e como se só Ele tivesse de exercer o perdão, enquanto nós podemos continuar com a "Lei de Talião", do "olho por olho, dente por dente" (a gente até que perdoa um inimigo, mas perdoar um irmão de equipe!? Perdoar a esposa!?) No entanto, Deus é um Deus presente, que nos diz ser necessário perdoar setenta vezes sete ou, como rezamos no Pai Nosso "perdoai-nos como nós perdoamos". Falar em reconciliação, quando ouvimos a parábola do Filho Pródigo ou do Pai Misericordioso, é emocionante. Quando passamos da parábola para a realidade, para o dia a dia de nossa vida conjugal, de nossa vida de integrante de uma comunidade, de nossa vida de equipe ou Movimento, muitas vezes essa parábola nos escandaliza. Se examinarmos bem, veremos que somos o irmão mais velho do esbanjador reconciliado, se não pior... Como no evangelho de Mateus, essa é a fase do dar-se conta de como estamos aceitando Jesus em nossa vida. Nós estamos a caminho, evangelizando e sendo evangelizados, perdoando e sendo perdoados, condenando e sendo condenados, com Cristo morrendo, na esperança de nele ressuscitarmos para, então, participar plenamente do Reino do Deus da Glória.

Graciete e Gambim Eq. N. Sra. de Guadalupe Porto Alegre - Setor A - RS II


Leipos e Le1gas eficaz atuação dos leigos na vangelização exige profun a e séria preparação, com a finalidade de favorecer o amadurecimento e o exercício da liberdade e dos carismas. O leigo necessita, igualmente, de vida interior e espírito de responsabilidade. Isso supõe formação espiritual adequada, tanto mais que o ambiente cultural da sociedade atual freqüentemente é orientado em sentido contrário aos valores cristãos. É portanto necessário criar condições para que os leigos católicos encontrem mais facilmente os caminhos da descoberta e do aprofundamento de uma espiritualidade cristã, baseada na oração pessoal e comunitária, na leitura da Bíblia e na vida sacramental, capaz de sustentá-los em sua atuação no mundo- na realidade da família, da educação, do trabalho, da ciência, da cultura, da política, dos compromissos sociais e civis- para testemunhar o Evangelho e transformar a sociedade.

vida da fallli1ia, do trabalho, das relações sociais, do empenho político e da cultura [ ... ]. Toda atividade, toda situação, todo compromissô como, por exemplo, a competência e a solidariedade no trabalho, o amor e a dedicação na fallli1ia e na educação dos filhos, o serviço social e político, a proposta da verdade na esfera da cultura- são ocasiões providenciais de um contínuo exercício da fé, da esperança e da caridade". Leigos e leigas fazem do fogão, do tomo, da cátedra, da enxada, do bisturi ... verdadeiro altar. Imersos no mundo do trabalho, encontram inspiração no testemunho de Jesus de Nazaré, o filho do carpinteiro e em Maria servindo a prima Isabel.

O Papa Paulo VI denuncia a gravidade da ruptura entre fé e vida, entre evangelho e cultura. João Paulo II convida os leigos e leigas a estabelecerem a unidade de vida sustentada pela espiritualidade. "Não pode haver na sua existência duas vidas paralelas: por um lado, a vida chamada 'espiritual', com seus valores e exigências; e, por outro, a chamada vida 'secular', ou seja, a

Documento 62 da CNBB Missão e Ministérios dos Cristãos leigos e leigas n° 175 e 182 15


Orando pelo Encontro Nacional Aproxima-se o Encontro Nacional, em Itaici, nos dias 12, 13 e 14 de Novembro, quando estarão reunidos os membros da ECIR, juntamente com todos os Casais Responsáveis Regionais, Casais Responsáveis de Setores e respectivos Sacerdotes Conselheiros Espirituais. Trata-se de um encontro que tem um especial sentido e importância para a caminhada do Movimento das ENS no Brasil e que por sua grandiosidade exige muita preparação. Unamo-nos em orações, pedindo a Deus que abençoe os trabalhos preparatórios e todos os casais que irão dele participar, e que os frutos possam ser abundantes para maior glória de Deus.

Equipes Novas Oriundas de ·ta'r;a Comum • Expenencw h de Nazaré . Nossa Sen ora Eqmpe SP das - Setor Valinhos, . . 11 Nossa Senhora Eqmpe , Farru1ias- Jau, SP. d ~G. _ Nossa Senhora . 12 - Nossa Senhora e , SP Equlpe, 4_5 Trindade- Setor B Eqmpe Guadalupe- Jau, · Sant1ss1ma Juiz de Fora, MG. ·A

Região Minas ·peI 44 _ N oss a Senhora dos E qm . S t rB-JuizdeFora, AnJos- e o

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Dados Sobre a lgreia Católica

ENSnas Ondas do Rádio

No final de 1998, o Vaticano mantinha relações diplomáticas com 168 países. Foram nomeados 137 Bispos, criadas 12 Sedes Episcopais, 1 Vicariato Apostólico e 3 Sedes Metropolitanas. Os católicos eram 1 bilhão e 5 milhões, ou seja 17,3% da população mundial. A população católica constitui 62,9% do continente americano, 41,4% da Europa, 27,5% na Oceania, 14,9% na África e 3% na Ásia. Existem no planeta 219.359 Paróquias e 115.311 Sedes Missionárias. Os Bispos são 4.420, os sacerdotes 404.208, sendo 263.521 diocesanos. Os Diáconos Permanentes são 24.407. Irmãos religiosos não sacerdotes: 58.210. Religiosas professas: 819.278. Membros de Institutos Seculares: 31.197. Missionários leigos: 26.068. Catequistas: 2.019.021. Total do Efetivo Católico: 3.386.000 agentes religiosos. O Papa João Paulo II, em seu Pontificado, até 7 de março de 1998, beatificou 815 pessoas, sendo 603 mártires e 212 confessores.

As ENS ganham mais um espaço na mídia. Trata-se do programa radiofônico "MARIA E A FAMÍLIA" de responsabilidade exclusiva do Setor "A" de Parelhas, RN. O programa é veiculado semanalmente aos domingos, das 13:30 às 14:00 horas pela Rádio Rural AM Parelhas, com grande índice de audiência na região. Se você, equipista ou Conselheiro Espiritual, de qualquer parte do país, quiser nos ajudar, poderá ligar no horário do programa pelo telefone (Oxx84) 4 71. 2401, mandar algum artigo ou mesmo sugestões pelo fax (Oxx84) 471.2411 (ale Jacilene e Paulo). SE LIGUEM! Rosimeri e Zequinha Equipe 2 - Parelhas, RN

(do Boletim Semanal da CNBB- 29107199)

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Falecimentos .Jubileu de Prata

Agradeçamos pela vida destes nossos irmãos e louvemos a Deus pela graça de sua ressurreição: Jonas Batista Malavasi - (da Bete), ocorrido no dia 28/07/ 99- equipe 7- Nossa Senhora de Lourdes - Limeira, SP. José Luiz Blumer- (da Didi), ocorrido no dia 16/09/99 equipe 2 - Nossa Senhora Auxiliadora- Limeira, SP. Maria Luiza Hellmeister Mendes (Gata)- do Gabriel, ocorrido no dia 17/09/99 equipe 10 B -Nossa Senhora Rainha do Céu - São Paulo, SP. Darcy Beraldo Meloso - (do Aurélio), ocorrido em 17/07I 1999- equipe 5 - Nossa Senhora da Consolação- J aú, SP José Maria Felipe - (da Maria José), ocorrido em 14/09/99equipe 4- Nossa Senhora do Silêncio- Jaú, SP Nelson Pereira- (da Cleonice), ocorrido em 25/09/99- equipe 3- Nossa Senhora Mãe da Divina Graça- Guapiaçu, SP Aten~ão

No mês de setembro p.p, Pe. Armando M. Gutierrez, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe Imaculada Conceição, do Setor Mogi das Cruzes, comemorou seus 25 anos de vida religiosa, em missa celebrada na Igreja do Amor Misericordioso, juntamente com vários padres de sua Ordem Religiosa, entre eles mais dois SCE deste Setor. Nosso estimado amigo, desde que chegou ao Brasil, tem dedicado atenção especial ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Parabéns, Pe. Armando . Agradecemos sua grande dedicação ao nosso Movimento, em especial ao Setor de Mogi. A você, querido amigo, nosso reconhecimento, nosso abraço e nosso carinho. Carminha e Rubinho Casal Responsável de Setor Mogi das Cruzes, SP

Equipistas

Este aviso é especialmente para você, equipista de primeira hora. Estamos necessitando saber quem possui exemplares das edições da Carta Mensal das ENS publicadas no período de Fevereiro de 1953 a Dezembro de 1956, para que possamos tirar cópia e completar o arquivo do Movimento. Será de inestimável valor qualquer colaboração nesse sentido. Favor contatar com o Secretariado Nacional para qualquer notícia. Obrigado. 18


Lourdes, 19651 A Servi~o do Mandamento Novo2

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m 1963, O Centro Diretor das ENS, anunciava uma Peregrinação Internacional, arealizar-se no Pentecostes de 1965, a fim de "permitir que nas Equipes ocorra maior progresso, maior coesão, uma caridade mais viva" 3• Fixa-se um objetivo preciso para fruto desta 3a Peregrinação, qual seja, "fazer com que o nosso Movimento e cada um de seus casais vi va uma vida mais evangélica e que seja realmente vivida a frase contida na Carta: 'Fazer do Evangelho o estatuto de seu lar"'. Esse objetivo comanda toda a peregrinação desde a sua preparação: dois anos e meio de leitura e estudo do Evangelho nas equipes de todo o mundo. É o eco do que dizia Pe. Caffarel a propósito do Concílio Vaticano II, então em pleno andamento: "se quiserem reformar suas vidas, retomem o Evangelho" 4 • A peregrinação realiza-se nos dias 5, 6 e 7 de junho de 1965. O tema da caridade (ágape) é o centro de todo o encontro, com seus tempos litúrgicos, seus momentos de 19


oração pessoal, suas reuniões de iniciada com uma oração ao Espíriequipe e seu fundamento bíblico. to Santo. Depois de alguns minutos Na manhã do sábado, 5 de ju- de silêncio, a cc-participação versa nho, em ondas sucessivas, cerca de sobre a pergunta: "O que o amor 7000 equipistas vindos de diversos mútuo do casal ganhou com sua países, adentram, durante 40 minu- participação nas Equipes?" Essas tos, a Basílica São Pio X, para par- reuniões de equipe iriam realizar-se, ticiparem da Cerimônia de Abertu- diariamente, nos três dias que dura. Quando todos estão acomoda- rou a peregrinação. Um momento dos, Mons. Veuillot, que irá celebrar muito especial foi também reservaa Sru:tta Missa representando o Car- do para um dever de sentar-se de deal Feltin 5, encabeça a procissão cada casal. Ainda no 1o dia, de acólitos, em direção aos lugares a eles retodos voltam a reunirservados junto ao altar. se na Basílica para a O que o amor Tomando o microfone, Cerimônia da Penitência. Seu propósito, desPe. Caffarel acolhe os mútuo do peregrinos com uma de logo indicado por mensagem de boas vinPe. Rouget: a) melhor casal ganhou das, lembrando-lhes o compreenderem o sensentido e os objetivos tido profundo da raiz com sua bíblica da virtude e do daquela peregrinação. sacramento da penitênA Santa Missa é celeparticipação brada "na intenção de cia; b) examinarem todos os casais cujo suas consciências sob amor está enfermo". nas Equipes? uma luz, "menos jurídiAs 15.000 cartas e ca e mais evangélica"; mensagens que foram c) descobrirem a dienviadas pelas equipes de todo o mensão comunitária desse sacramundo são levadas ao altar no mo- mento. A cerimônia evoca também mento da Oração Universal, e Pe. o fato de que a mensagem da VirRouget explica o significado daque- gem de Lo urdes foi uma mensagem le gesto: "Pelos casais desunidos, a de penitência e que o Espírito Sanfim de que Deus os reconcilie, na to, espírito de amor, é ele mesmo a alegria de um verdadeiro amor, re- remissão dos pecados. Numerosos zemos ao Senhor!". sacerdotes encontravam-se à dispoA tarde do 1o dia inicia-se por sição daqueles que desejavam conuma visita à Gruta, após a qual to- fessar-se individualmente. A ceridos se reencontram na Basílica para mônia encerra-se com a Bênção Fia procissão do Santíssimo Sacra- nal, finda a qual todos regressam, mento. De volta aos seus locais de em profundo silêncio, a seus locais hospedagem, os peregrinos partici- de hospedagem. pam de uma "reunião de equipe" Três grandes conferências mar20

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caram, indelevelmente, esse gran- que não há salvação para o amor e de encontro das ENS. Na primeira, para a célula familiar a não ser na "Deus é caridade" e na segunda, "O caridade de Cristo" e que "essa cacasal cristão, sacramento permanen- ridade cuja origem encontra-se no te da caridade evangélica", ambas coração de Deus, recebê-la-ão em proferidas por Pe. Spicq, op, o con- abundância pelo canal do seu sacraferencista elucidou, com muita cla- mento do matrimónio, se a desejareza e propriedade, o fundamento rem e a pedirem com fé persevebíblico da peregrinação. Na tercei- rante". ra, "As ENS a serviço do mandaA cerimônia do domingo de mento novo", Pe. Caffarel aplica os Pentecostes, 6 de junho, dá oportuensinamentos das duas primeiras ao nidade a uma impressionante Movirnento6. Desenvolliturgia: é a primeira ve o que ele tinha esvez que uma missa é crito aos casais antes concelebrada num da peregrinação, para grande encontro das O amor preparar o seu próximo ENS. O desejo de perpasso. Para ele é um feição do Pe. Caffarel não é só meio para refletir sobre torna-se então patena evolução do Movite na escolha dos texfervor mas mento e seu futuro. Letos e cantos e também var os casais ao verdana beleza visual de deiro amor cristão, isto quase uma centena de também é, totalmente penetrado sacerdotes paramenpela caridade, o que tados em vermelho labor. sempre foi a sua mais com ornamentos diversos. A Epístola e o íntima preocupação e a partir da qual surgiram Evangelho são lidos as ENS. E ele então se interroga: em dois idiomas. As palavras de "As Equipes preenchem o seu pa- Mons. Théas dirigem-se, em primeipel? Correspondem à sua voca- ro lugar, às ENS cuja peregrinação ção?". E Pe. Caffarel redefine essa é o centro daquela missa. Sua vocação a partir do "mandamento homilia é vibrante de cordialidade, novo". Como o amor não é só fer- de amizade e de encorajamento. Os vor mas também labor, ele detalha concelebrantes-bispos retornam ao a sua aplicação na vida de equipe, altar enquanto que os concelena vida conjugal, na vida familiar, di- brantes-padres reassumem seus luzendo que a vocação das Equipes é gares no grande quadrilátero forma"a instauração da caridade fraterna do ao redor do altar e assim termientre esposos, entre pais e filhos, na o ofertório. Na comunhão, o pão entre casais e, a partir daí, em toda é partido, cada padre recebe um pea cristandade". Afirma ele ainda daço da hóstia e todos consomem o que "é preciso repetir aos esposos corpo de Cristo ao mesmo tempo. 21


Logo depois, cada qual acompanhado de um acólito, vai em busca de um cibório e distribui a comunhão aos fiéis. Na noite daquele mesmo dia, os equipistas são convidados a participar da procissão das tochas, tradicional em Lourdes. Elevando suas preces ao Senhor e à sua Mãe, ali se encontram simples, verdadeiros, humildes, misturados à multidão e entoando cantos que lhes vêm do fundo do coração. Das 10 horas da noite às 5 horas da manhã, os casais peregrinos se sucedem, em grupos, em vigília de oração na Gruta. Na manhã de segunda-feira, os equipistas se reencontram na Basílica São Pio X para a derradeira cerimônia do encontro. A missa é rezada na intenção de todos os equipistas e familiares doentes e também pelos equipistas e familiares já falecidos. No decorrer da celebração é distribuído aos presentes um exemplar do Evangelho de São Marcos, em cuja capa acha-se impresso: "O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar o Evangelho da Paz". Não se trata apenas de um "souvenir" do encontro mas sim é um símbolo da Palavra que os peregrinos receberam da Igreja, que estudaram ao longo do tempo que precedeu a peregrinação e que devem transmitir aos outros. 2a feira, 7 de junho de 1965, 14:30 horas. Todos os peregrinos deixam suas casas de hospedagem; alguns já devem tomar seus trens; os outros dirigem-se à Gruta para a cerimônia do adeus. Uma chuva

leve começa a cair, resquício da tempestade da no i te anterior. Pe. Rouget irá ler pausadamente os extratos da récita das aparições da VIrgem em Lourdes, leitura essa entrecortada pela recitação da AveMaria. Pe. Caffarel, a seguir toma a palavra. Se os peregrinos tomaram melhor consciência, durante esses dias, das "grandes obras de Deus", deverão, a exemplo dos apóstolos que se dispersaram após o Pentecostes, assim também se dispersar para anunciar a palavra a seus filhos, a seus amigos e, enfim, a todos. Antes da Bênção Final, Mons. Veuillot convida a todos a serem casais de oração e de sacrifício. Após o canto do Magnificat, em poucos minutos as ruas de Lourdes fervilham de peregrinos que agora não mais caminham dois a dois como no dia de sua chegada, mas sim em fileiras cerradas.

Ma Thereza e Carlos Heitor Seabra Eq. 04 E - N. S. Luz dos Povos São Paulo, Capital I. A peregrinação é descrita em detalhes na Lettre Mensuelle des END, julho de 1965. 2. Título da conferência proferida por Pe. Caffarel, na peregrinação, cuja íntegra, em português, encontra-se no livro "A Missão do Casal Cristão". 3. Lettre Mensuelle des END, novembro de 1963. 4. do livro Henri Caffarel - "Um Homem arrebatado por Deus", Nova Bandeira, 1999. 5. O Cardeal Feltin havia concordado em presidir a peregrinação. Impedido à última hora de fazê-lo por motivo de doença, designou seu coadjutor Mons. Veuillot. 6. O texto, em francês, das três conferências foi publicado em L' Anneau d'Or, outubro de 1965 .

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Obrigado às EJNS!

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3 anos, estamos louvando o Senhor, e dando graças a ossa Senhora pela implantação das EJNS em Niterói, que ajudamos a formar. Tudo começou com a nossa primeira Equipe, com a invocação a Nossa Senhora Rainha da Paz. Hoje, sentimos que Maria esperava muito mais de nós, porque estamos tendo a satisfação de colaborar para a formação da Coordenação Rio de Janeiro. Recebemos a visita do Secretariado Nacional, que nos prestigiou com sua presença dando-nos diretrizes para a formação do futuro Setor. Atualmente no Estado do Rio temos: 5 Equipes em Piabetá, 2 em Niterói 1 na cidade do Rio de Janeiro e 2 em São Gonçalo, sendo que 1 em pilotagem. Nossa alegria é grande, o trabalho é árduo; porém, sentimos que somos equipistas das EJNS e que temos os mesmos objetivos e deveres que nossos jovens, mas é preciso compromisso sério. As ENS precisam ajudar o movimento das Equipes Jovens de Nossa Senhora a crescer... Talvez vocês sejam chamados para ser casal acompanhador de uma equipe de base. É essencial contar com os Setores das diversas cidades, incentivando seus casais para colaborar e participar. Não podemos esquecer de dar nossa colaboração, pois somos chamados a dar testemunho do 23

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amor conjugal e familiar. Queremos ver nosso Movimento, tomando uma dimensão maior com as bên- [~ çãos de N assa Senhora, e dizer como Vera e Vicente (casal acompanhador do Secretariado Nacional das EJNS): "Tenham em seus corações que é gratificante sermos jovens casais equipistas." É gratificante sim, e de grande emoção escutar recentemente durante uma pré-informação em São Gonçalo, o jovem Marcos (Marquinhos) dizer, numa manhã ensolarada, cheio de orgulho de sua pertença as EJNS e referindo-se a Nossa Senhara: "Ela modificou a minha vida", mostrando a sua transformação pessoal antes e depois de se tornar equipista, porque Maria é Mãe e educadora. Maravilhoso ainda é ouvir outro jovem dizer "da sedução por Maria e pelo Movimento". Com eles teremos a certeza de que o futuro das ENJS estará garantido ... Como é belo sentir e dizer, cheio de agradecimento, como Nossa Senhora: "O Senhor fez e faz maravilhas". Obrigado, EJNS, pelas graças que recebemos através de vocês. 1

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Agnes e João Francisco Casal Acompanhador da Coordenação Rio - EJNS , Eq. 01 - N. Sra. Rainha da Paz - EJNS, Eq. 05 - B N. Sra. do Carmo - ENS - Niterói, RJ


V Semana da Família "Nós acreditamos na familia como sinal de amor transformador."

ma que tem impulsionado a nossa equipe (Nossa Senhaa Aparecida - Lages, SC), com o Conselheiro Pe. David Goedert, que é pároco da comunidade de Correia Pinto, SC, a desenvolver um trabalho comunitário naquela paróquia. Teve início no ano de 1995 e o programa anual consiste em proporcionar atendimentos em prol da comunidade com a colaboração de médicos, dentistas, psicólogos, palestrantes e unidades móveis do SES!, Polícia Militar e Ambiental que se dispõem a deslocar-se de Lages a Correia Pinto (30 km), onde centenas de pessoas necessitadas são atendidas. Temos conseguido, inclusive, cirurgias, óculos, consultas com especialistas, exames laboratoriais e assistência jurídica e atingimos também as escolas com concurso de redação (mais de 3200 jovens), com temas variados, geralmente envolvendo a Campanha da Fraternidade deste ano: "A Família e o Desemprego". Foram legalizados este ano 51 casamentos (casais que apenas viviamjuntos) e continuam sendo envolvidos pela paróquia, através de encontros e retiros. Por fim, a missa festiva de encerramento, concelebrada pelo

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Conselheiro Espiritual do Setor e Bispo de Lages, Dom Oneres. A nossa programação é voltada para soluções de dificuldades concretas enfrentadas pelas famílias nos dias de hoje. O trabalho procura conscientizar as pessoas para que as soluções de seus problemas sejam buscados por si próprios. Não queremos fazer para a família ou pela família. QUEREMOS FAZER COM A FAMÍLIA. À luz do projeto de evangelização da Igreja no Brasil em preparação ao "Jubileu do Ano 2000", fazemos as seguintes propostas implantadas, dinamizadas e desenvolvidas naquela comunidade em cada Semana da Família: a) Testemunho- Intensificar a formação pré e pós-matrimonial; resgatar a dignidade da farru1ia cristã; intensificar a Pastoral Familiar; b) Serviço - Promover a Semana da Família e integrá-la na Pastoral; vivenciar a cidadania no seio familiar; promover encontros e fóruns políticos, sensibilizando ações em favor da família; criar na 24


balho sempre contou com o apoio e a coordenação do Conselheiro Espiritual, a fim de alcançar a prioridade da equipe para 1999, que é a Pastoral Familiar, e desenvolver os objetivos como equipista. Entendemos que o serviço pela comunidade é importante para o crescimento da equipe e a realização de cada um de nós.

Paróquia serviços e acompanhamentos a casais necessitados; c) Diálogo - Transmitir através da oração, da escuta da Palavra, dos Sacramentos, o carisma das ENS, fazendo com que as famílias consigam viver uma espiritualidade conjugal e familiar; d) Anúncio - Promover e divulgar a valorização da família, levar a comunidade a participar, apoiar ou patrocinar a realização da Semana da Família. É importante salientar que o tra-

Neusete e Canani Eq. 3- N. Sra. Aparecida Lages, SC

Aos Meus Irmãos Sacerdotes

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Quanto a mim, só tenho que agradecer a Deus e a Nossa Senhora o convite que me fizeram e, sobretudo, o ter aceito tal convite. As Equipes de Nossa Senhora substituem e, com muita vantagem, a família de sangue que os Sacerdotes deixam por amor de Deus e do povo de Deus. Como seria bom e agradável que os sacerdotes consagrassem um pouco do seu tempo trabalhando como Conselheiros Espirituais de, ao menos, uma equipe de Nossa Senhora! Eles se premuniriam contra os muitos perigos que existem no caminhar da Vida Sacerdotal.

o tenho dúvida de que as Equipes de Nossa Senhoa têm proteção especial de Maria Santíssima. E, isto, porque as raízes da humanidade, as células-mãe da sociedade, são as Igrejas Familiares. Assim sendo, das Equipes de Nossa Senhora buscam, com grande empenho, o seu aperfeiçoamento espiritual. Como Conselheiro Espiritual de várias equipes e por muitos anos, dou o meu testemunho. Edifico-me com o esforço e boa vontade dos equipistas em procurar vivenciar os Pontos Concretos de Esforço. A disponibilidade dos membros das equipes em preparar as reuniões mensais é digna de muita atenção e serve de exemplo e modelo para muitas outras organizações espirituais.

Cônego Antonio Borges Serra, SCE do Setor ]acareí e das equipes 3, 5, 7 25


Um Aniversário Diferente oite de 31 de agosto. Na agenda, o quinto aniversário de nossa amada filha Adrieli. Planos de parabéns, bexigas e palhaços. Nos olhos um quarto de hospital, um frasco de soro, uma agulha na mãozinha de nossa "Baixinha", toda manchada de escarlatina. No coração um stress. Essa internação seria quase nada se não fosse a sétima em tão pouco tempo. Em nossos lábios uma vontade de dizer: "hoje não". Uma reflexão levanos ao retiro anual: Deus Pai, misericordioso, Deus que nos ama. Na Escuta da Palavra "pedi e recebereis"; na Meditação, um caminho de santidade; na Regra de Vida, a aspiração de não criar problemas além do que a vida nos trouxe; no Dever de Sentar-se, o crescimento de nossa conjugalidade nos últimos meses; na Oração Conjugal, o louvor pela fé que nos faz acreditar que o hoje é sempre menos difícil que ontem. Não houve bexigas nem palhaços, nem fotografias, mas houve muito amor. Um clima de oração e carinho preenchia aquele quarto. Um clima de amor de

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pais que se amam. Amor de pais pela pequena enferma. Amor pelas enfermeiras que fizeram de seu trabalho uma de~onstra­ ção de carinho. Amor do pediatra que esqueceu a frieza da medicina para dizer "Minha gata, o tio ama você". Amor de uma criança que na sua pureza sorria para todos que aproximavam de sua cama. Amor de um casal pelas ENS, que nos fazem felizes apesar de qualquer sofrimento. Ao retornarmos a nossa casa, uma surpresa chegou conosco: "nossa pequena" diria adeus às fraldas por iniciativa própria, vencendo as expectativas médicas e fazendo-nos crer ainda mais no amor paterno que nos faz felizes. Felizes porque nosso PAI nos ama tanto que nos colocou no caminho das ENS . Os Pontos Concretos de Esforço fizeram o aniversário ser diferente: o que era tristeza transformou-se em bênção!

Adriane e Cirelli Equipe 24 - Setor A São José do Rio Preto, SP 26


Testemunho Vivo do Amor de Deus "O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é o Seu nome. " (Lucas, 2)

nha, você é especial; esta enfermidade é para sua conversão, é para a conversão de muitos". Eu respondi como Maria, a mãe de Deus:- "Sedezembro de 1997, tive uma nhor aqui estou, realiza em minha rande surpresa em minha vida o Teu plano de amor". ida. Tudo parecia estar bem Queridos amigos, casais equipiscomigo. De repente descobri no tas, obrigada pelas orações. Um meu seio esquerdo um agradecimento todo parcaroço. Diagnóstico ticular e especial ao médico: Carcinona meu marido e filhos que Entreguei ductal infiltrante; em sempre estiveram do outras palavras eu esmeu lado me encorajanminha vida tava com câncer. do, me dando forças. Minha primeira reGostaria que, você de corpo e ação foi pensar: estou que está lendo este tesmorta. Refiz-me do temunho agora, nunca alma ao susto e não fui para se desesperasse, seja casa. Vim para a Caqual for o seu problema. Autor da pela de Nossa SenhoTenha fé em Deus. Enra do Perpétuo Socortregue verdadeiramenro e ofereci a Jesus te seu problema ao SeVida. aquele sofrimento. nhor, confie plenamenNão questionei meu te nele, deixe-O agir Deus, não me revoltei, entreguei em sua vida e Ele tudo fará; Deus é tudo a Ele e agradeci por estar pas- maior que todos os cânceres do munsando aquela provação. O Senhor do. Ele tudo pode. Abra o seu coraDeus encheu-me de forças e fui ção e deixe o Senhor agir na sua vida, para casa, comunicar ao meu mari- no seu problema. E lembre-se, nundo e aos meus filhos. ca diga a Deus o tamanho do seu Fiz a cirurgia e passei pelo tra- p,roblema, diga ao seu problema o tatamento de Radioterapia e Quimio- manho do seu Deus. terapia. Foi um período de muita diObrigada, Senhor, por devolverficuldade e sofrimento. me a vida, obrigada por estar de Em momento algum eu me de- volta ao meu trabalho. sesperei, busquei no Senhor Jesus a força para vencer. Entreguei miEliane (do Orleans) nha vida de corpo e alma ao Autor Eq. 21-C- Reg. Centro-Oeste II da Vida. E Ele me disse: "Filha miBrasflia, DF

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Uma Peixada proAimo~o stamos escrevendo para dar o nosso testemunho de como passamos a participar do Movimento das ENS. Um dia, fomos convidados por um casal que nos propunha participar de uma reunião na qual se iria falar de uma tal de Equipe de Nossa Senhora, que estavam pretendendo implantar aqui em Teresina/Piauí. Nós, porém, não mostramos muito interesse, mesmo porque já estávamos participando de várias equipes de pastoral e, pensamos, uma a mais iria até ser ruim para nós. Passou o tempo e nós nem sequer nos lembrávamos do convite. Em um sábado, o meu esposo saiu pra trabalhar logo cedo e medisse: "quando eu voltar para o almoço, gostaria de comer uma peixada". Então também me preparei para ir até o mercado comprar o peixe. Dirigi-me até o local de parada de ônibus e ali fiquei esperando. Eis que, justamente, passa por ali, de carro, aquele casal que há algum tempo nos tinha convidado para a tal reunião. Param o carro, me chamam e dizem: "Aquela reunião é hoje, daqui a pouco. Estão aí uns casais de Fortaleza que vieram para explicar sobre o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Vamos lá?" Minha Nossa Senhora! Falei pra eles que não dava, não. Meu marido tinha ido trabalhar, eu estava sozinha, e pior que isso, tinha me comprometido a ir comprar peixe e pre-

parar o almoço. Quem iliia fazer a peixada pra mim?! Mas o casal insistiu, insistiu, dizendo que daria tempo de eu voltar para preparar o almoço. Então disse: "se for assim, então, eu vou". Na reunião os casais que tinham vindo de tão longe explicavam as coisas, mas eu nem me interessava. Estava mesmo é preocupada com a peixada que meu marido havia pedido. Olhava o relógio o tempo todo, o tempo ia passando, a reunião não acabava e eu cada vez mais aflita com minha peixada. E mais, em casa ninguém sabia onde eu estava, pois imaginavam que eu tinha ido comprar peixe no mercado. Resumo da conversa. A reunião terminou a uma hora da tarde! Chegando em casa o meu marido estava todo preocupado. "O que aconteceu, mulher"? Expliquei que tinha saído pra comprar peixe, mas que acabei caindo na rede de Nossa Senhora e que tinha sido pescada por ela. Estranhamente, naquele mesmo momento meu marido também passou a se interessar e a perguntar sobre o assunto que fora tratado na reunião. Eu fiquei muito surpresa, pois estava com o coração aflito por ele não saber nem onde eu estava, e nem ter feito a abençoada peixada para o almoço, e isto seria motivo mais que suficiente para uma briga. Nada disso aconteceu e foi assim que viemos a conhecer as Equipes de Nossa Senho-

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ra, graças a Nossa Senhora da Vitória. Hoje agradecemos a ela por nos ter colocado no caminho da espiritualidade conjugal. Já estamos no finai da fase de Pilotagem e somos muito felizes por isso. O nosso peixe se transformou e muito. Hoje, com os demais

casais, somos a primeira equipe de Teresina, no Piauí, sob a proteção de Nossa Senhora da Vitória.

Nenen (do Francisco) Eq. N. Sra. da Vitória Teresina, Piauí

Balan~o todos percebam isto agora claramente, mas, a seu tempo, tudo compreenderão e saberão valorizar as atitudes corretas e justas vividas pelo pai ou mãe, num mundo que está cada vez mais a exigir pais e mães de uma formação autêntica e atualizada para esta realidade. Eu também cresci muito estando junto da Equipe. Pude perceber bem por dentro as alegrias e dificuldades que cada casal tem de assumir e superar. Percebi o quanto é importante mesmo apresença de um sacerdote junto dos casais. Antes eu nem tinha noção exata sobre isto. E quero, nos momentos oportunos, conscientizar os irmãos de sacerdócio a assumirem alguma ENS como excelente meio de nos santificarmos e trabalharmos pela santificação das farru1ias, nesta autêntica espiritualidade da fanu1ia, que nos vem através deste Movimento de dimensão mundial. Agradeço a todos pela caridade e atenção que sempre demonstraram comigo.

tamos no final do ano. Anes de tudo, é justo e divino gradecer a Deus TUDO o que dele recebemos. O fato de sermos chamados a pertencer a uma ENS já é, por si mesmo, uma graça especial. Devemos, portanto, nos sentir muito honrados e felizes. A correspondência à graça de Deus dos membros da Equipe é algo muito evidente. Todos nós somos testemunhas disto. O crescimento espiritual de cada um se faz sentir no dia a dia. A turma já se sente uma Família de Nossa Senhora. Sentimo-nos bem mais solidários em nossas alegrias e dores. Percebe-se que a Equipe está unida para levar avante o apostolado paroquial, pois está sempre presente nas várias atividades pastorais-litúrgicas, dentro das possibilidades. Quanto ao reflexo entre os filhos de cada casal, acredito que também se faz sentir plenamente o resultado positivo, pois certamente os filhos percebem que seus pais se tomaram mais pais, mais compreensivos e mais amorosos, dando tudo de si para o bem deles. Pode acontecer que talvez, nem

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Pe. Gregório Batista - SCE Equipe 8 - Niterói - Rio IV 29


Maria - Sacrário Vivo Ninguém jamais amou como Ela amou Seu Filho, Jesus Cristo, Deus e Homem; Que veio coml:pissão, bem definida, De dar a vida toda pelos seus. Chegando à plenitude anunciada Dos tempos, que a Escritura prometera, Outrora, no pecado original. Maria Imaculada concebeu O Verbo que era Deus e se fez Homem. Muito antes da descida lá dos céus Do Verbo, na sublime Encarnação, Maria tinha a alma em sintonia Com Deus, pela graça transbordante. E assim, o seu amor, que era inefável, Tornara chama ardente o coração. Já desde a Imaculada Conceição, Crescia, cada dia, o Amor divino Na alma abençoada de Maria, Porque tudo, na vida, ela fazia, Louvando e adorando a Divindade, Num ato de profunda gratidão, Por tantos benefícios recebidos. Seu Ser estava há tempos, preparado Pra ser a divinal habitação Do Filho, Verbo Eterno de Deus Pai. E assim, quando o Verbo se fez A Virgem Mãe de Deus se tran No grão sacrário vivo de Deus-Filho. Jamais alguém pudera imaginar Quão grande era a alegria desta Mãe, Sentindo ter o Verbo feito carne, Lá dentro do seu ser imaculado, Pulsando, bem juntinho ao coração. E, assim, poder dizer com todo amor: "Meu Deus, eu vos adoro e reconheço, que tudo recebi, sem merecer, de vossa Santidade, sem limites. Por isso, humildemente, agradecida, Eu quero ser a serva permanente Da vossa Divindade, pra servir A toda humanidade, a vida inteira". 30


O Retiro Anual "Vinde à parte, para um lugar quieto e descansai um pouco". (Me 6, 31) m barco, numa tempestade, precisa de um porto ...

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O retiro é tempo de graça. E necessário: para os pecadores, para os justos e para os tíbios. Num retiro deve-se: entrar só, permanecer todo e sair outro. O nosso Movimento pede-nos que façamos todos os anos uma parada em casal. Isso tem sido para nós, na maioria das vezes, uma regra, um compromisso. Do nosso ponto de vista, o retiro deve ser visto mais como uma oportunidade de nos encontrar profundamente com Deus, conosco mesmos e com o nosso cônjuge. No nosso retiro é importante o pregador, a liturgia, o ambiente, a partilha, a convivência. Mas o essencial é a nossa disposição interior para nos encontrarmos com Deus, naquele silêncio íntimo necessário e conhecer a sua vontade. O casal equipista que não conseguir prever dois dias por ano para o seu retiro não anda bem, algo está errado. Se olharmos à nossa volta, vemos que, sem exceção, estamos, todos, num mundo agitado ... preocupado ... ansioso ... esquecido ... Temos uma chance de parar essa roda-viva e descansar o corpo e a alma, sobretudo a alma, elevá-la um pouco, chegar um pouquinho perto do PAI, sentar-se em seu colo como faz toda criança que enfrenta problemas e pede ajuda, pede forças para continuar a caminhada. Você é uma pessoa especial e merece esse presente. Dê-o para você mesmo, participe do RETIRO ANUAL. Os mais interessados pela felicidade de sua vida conjugal são vocês. "Se hoje ouvires a voz do Senhor, não endureças o teu coração" (SI 94, 8).

Pe. Mauro - SCE Setor José Bonifácio, SP do Boletim "Mensageira" - José Bonifácio - julho/99 31


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Bem-Aventuran~as

e os PCEs Escuta da Palavra é o momento em que nos deixamos penetrar pela palavra de Deus contida na Sagrada Escriura. Jesus ensinou: "Felizes os pobres de coração porque deles é o reinos dos céus!" Estamos deixando nosso coração humildemente aberto para receber diariamente a palavra de Deus que nos orienta a construir o seu reino? A Meditação é uma atividade em que se procura a essência das coisas a fim de trazê-las para a vida pessoal. Jesus disse: "Felizes os mansos porque possuirão a terra!" Estamos permitindo mansamente que Deus fale através de nós? A Oração Conjugal é o momento em que o casal se encontra na presença íntima de Deus. Jesus aventurou: "Felizes os corações puros, porque verão a Deus! " Estamos aproveitando o nosso momento íntimo com Deus para sentir a sua presença forte e chamar suas bênçãos e outras necessidades de nossas famílias? O Dever de Sentar-se é a oportunidade de um balanço da vida a dois buscando a santificação um do outro. Jesus clamou: "Felizes os que choram porque serão consolados! " Estamos nos permitindo o choro do afeto, do carinho; o choro da conquista, do romantismo; o choro da correção fraterna? A Regra de Vida são os esforços que nos fazem corresp9nder ao projeto de Deus para cada um de nós. O mestre falou: "Felizes os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!" Estamos construindo a paz em nossas casas, trabalho, comunidade, através de nossas pequenas regras de vida? O Retiro é a ocasião privilegiada para que nos saciemos com a comunhão com Deus. O Filho proclamou: "Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! " Estamos planejando nosso tempo para nos abastecer espiritualmente? Podemos terminar a nossa reflexão com as palavras de Jesus: "Alegrai-vos e regozijai-vos porque grande é a vossa recompensa nos céus "

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Gisele e Fabri Equipe 6 - Nossa Senhora Mãe do Salvador - São Paulo 32


Ora~ão

Para Fazer o Dever de Sentar-Se

enhor, nós queremos dirigir neste momento, a nossa súplica aVós, nosso Deus e Criador.

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nós, se formos fiéis ao seu espírito, tanto pelo dom de nós mesmos como pelo acolhimento do outro, pela escuta ... O dom de si é um elemento tão essencial para a santidade como o acolhimento do outro, através da escuta profunda. É preciso paciência, é preciso respeito, é preciso deixar-se ficar em admiração ante o outro pelo que ele é.

Queremos pedir-vos luzes para que cada um de nós seja iluminado, esclarecido, animado e redescubra o grande valor desse meio de perfeição que Vós destes às nossas Equipes. Senhor, nós sabemos que ele não é fácil, às vezes. Mas Vos pedimos a graça de percebermos quantos benefícios tiramos do Dever de Sentar-se. Nele se revela nosso crescimento, nosso anseio de sermos melhores testemunhas de Cristo.

Senhor, que no nosso Dever de Sentar-se nós assumamos realmente a vida do outro: suas intenções, preocupações, vivências, tais quais são, e não como gostaríamos que fossem ... Senhor, que no meu Dever de Sentar-se eu tenha sempre a consciência do dever de caridade em relação ao crescimento do outro; eu sou responsável pelo seu crescimento. Nós formamos uma única realidade: duas pessoas mas um só coração! Nós optamos, pelo Sacramento do Matrimônio, por ser uma só vida!

Não permitais, Senhor, que falhemos na sua vivência. É ele, Senhor, o elo de nossa lealdade mútua. Fazei, Senhor, que não seja um mero "dever", mas um gesto de amor. Um momento onde planejamos juntos a vida: não só os horários, os programas, as atitudes, mas a própria vida, no que ela tem de mais radical, com todas as suas riquezas e com todas as suas fraquezas.

Que esse meio tão poderoso de crescimento que as Equipes nos oferecem seja para nós um momento ansiosamente esperado a cada mês. Dai-nos, Senhor, descobrir mais profundamente esse maravilhoso meio de santidade.

Fazei, Senhor, que no nosso Dever de Sentar-se comuniquemos realmente o mais íntimo de nós mesmos, para que possamos chegar à grandeza do ideal do matrimônio cristão.

Pe. Pedro Sallet SCE da Equipe 4, do Setor B de Curitiba e da Região Paraná Sul

Que nós descubramos, ó Senhor, a transformação que esse meio de perfeição pode operar em

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Reflexão Sobre a Reunião de Balan~o! dou-me por mim, estava conversando com ele sobre o desempenho de alguns colegas deles. Claro, os mais fracos . Meu filho dizia-me que alguns colegas têm, realmente, dificuldades. Não conseguem entender a matéria, mesmo o professor explicando várias vezes. Outros, têm dificuldades por falta de empenho. Deixam tudo para a última hora. E meu filho arrematou: - Esse pessoal de corpo mole não imagina o quanto está perdendo. Pode ser a matéria mais fácil do mundo, mas a gente se sente bem quando tira nota alta. É como vencer um desafio. Mas, talvez, eles não consigam enxergar isso. Não consigam entender que essas materia-

união de Balanço! Foi-me ntregue uma folha com aiumas questões sobre a equipe a qual pertenço. Era a preparação para a tal reunião. Não dei muita importância à tal folha e nem ao tal balanço. Aliás, era só responder com algumas palavras bonitas e concordar com a maioria do pessoal, durante a reunião de balanço. Pelo menos, neste ano, diminuíram a quantidade de questões. Em anos anteriores, houve ocasião em que foram duas folhas para serem respondidas. E logo no final do ano! Quando a gente tem um monte de compromissos! Bom, já que era inevitável responder à tal folhinha, mentalmente, fiz uma distribuição de meus afazeres. Classifiquei a folhinha como tarefa "non grata", colocando-a na véspera da reunião de balanço. E dei-me por satisfeito, pois as perguntinhas não iriam atrapalhar os outros compromissos meus. Como de costume, nesta época do ano, a criançada fica preocupada com as notas escolares. Mesmo os alunos bons ficam diferentes no final do ano. Se não estão em situação ruim na escola, sempre tem um colega com dificuldades em alguma matéria. No caso, meus filhos sempre foram bons alunos e nunca tive grandes preocupações quanto ao seu desenvolvimento escolar. Mesmo assim, como pai, fui conversar com o mais velho sobre o assunto. O assunto ficou comprido e quando

Esse pessoal de corpo mole não imagina o quanto está perdendo.

É como vencer um desafio.

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zinhas, um dia, podem ajudar a melhorar a vida deles. Voltei arrasado para a minha folhinha e para as minhas perguntinhas. Pode parecer incrível, mas eu era da turma do corpo mole. Não fui capaz de enxergar. Não fui capaz de entender. Dentro daquelas reuniões, todo mês, era apresentada a maneira cristã de melhorar, a cada dia, o meu casamento. Regrinhas chatas, perguntinhas bobas, oraçõezinhas simples e um princípio básico de transformar-me como pessoa e como esposo. Sim, meu caro amigo equipista, esta era a verdade: eu caminhava para a reprovação. Seria reprovado pela minha consciência e corria o risco de receber uma nota baixa de minha esposa, também. Não era a catuaba e nem o meu sucesso financeiro que seriam capazes de melhorar meu casamento. Somente eu era capaz disso, quando buscasse a Deus. Pois se assumi uma aliança de amor com minha esposa, devo buscar este amor na fonte: o Criador. E aquelas folhinhas, aquelas reuniõezinhas, · aquelas perguntinhas eram meus professores, tentando-me ensinar o básico deste negócio. Depois disso tudo, como um bom e esforçado aluno, resta-me superar as folhinhas , as perguntinhas, as reuniõezinhas. Devo ir além. O amor não deve ter limites e não deve ser comprometido pelo pecado. Como bom aluno, a equipe de casais deve ser a minha sala de aula. Lá fora, no mundo, devo colocar tudo em prática. Como bom aluno, devo superar os professores, 35

Aquele encantamento de estar descobrindo, a cada instante, um jeito novo de aprender, um jeito novo de amar. tornando aquilo que me foi ensinado como parte de minha vida cotidiana. Aliás, não devo fazer isso de forma mecânica, ou como diz meu filho, de forma bitolada. Devo fazer com àquele encantamento de primeiro aluno da sala. Aquele encantamento de estar descobrindo, a cada instante, um jeito novo de aprender, um jeito novo de amar. Respondi a minha folhinha. Não com palavras que os outros gostariam de ouvir, mas com bastante honestidade. Como todo bom aluno, sempre ocorre algum probleminha e a nota não é das melhores. Mas, o encantamento e o interesse permanecem. O amor continua a ter chances de crescer.

Donata e Affonso - Equipe 1 Nossa Senhora Aparecida Valparaíso, SP


Ora~ãoa

Nosso Bom Deus, Pai e Mãe do Céu nosso bom Deus criador de todas as coisas. Criador do Homem e da Mulher, do pai e da mãe. Tanto um como o outro, reflexo do Vosso Amor. Assim criastes Nossa Senhora Amantíssima, a Virgem Maria, Mãe do fruto do Vosso Amor, Jesus. Ela foi o reflexo perfeito, caprichado do Vosso imenso Amor de Mãe, para que ela fosse exemplo para todos. Fruto do Vosso amor Criador, de Pai e Mãe, apareceram milhões de outras criaturas santas, homens e mulheres no mundo inteiro. Nós, das ENS descobrimos em Vós a fonte do AMOR CONWGAL entre esposo e esposa e o amor de pai e mãe. Por isso, Senhor, nós nos atrevemos a chamar-vos, de coração, de Pai e Mãe das nossas vidas e ideais. Concedei-nos, sempre, o nosso Bom Deus, nosso Pai e Mãe do Céu, a Vossa bênção por Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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Pe. Tomás Feliu S.I. SCE da Região Nordeste II 36


Súplica

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ossa Senhora, quando os meus olhos Semicerrados, já na agonia, Não mais louvarem os vossos olhos .. . Valei-me, Virgem Maria.

Por entre risos, por entre lágrimas, Consolai os meus olhos tristes. Nossa Senhora, quando os meus braços Não mais se erguerem, já na agonia, Óh! Dai-me o auxílio dos vossos braços ... Valei-me, Virgem Maria. Por entre risos, por entre lágrimas, Auxiliai os meus braços tristes. Nossa Senhora, quando os meus lábios Não mais falarem, já na agonia, Desça o consolo dos vossos lábios ... Valei-me, Virgem Maria. Por entre risos, por entre lágrimas, Consolai os meus lábios tristes. Nossa Senhora, quando os meus passos Se transviarem, já na agonia, Vinde guiar-me com os vossos passos ... Valei-me, Virgem Maria. Por entre risos, por entre lágrimas, Sede guia aos meus passos tristes. Em todos os momentos todos os dias, Valei-me, Virgem Maria.

Colaboração de Maria José e Peixoto Eq. 3 - N. Sra. do Bom Parto ltabaiana, SE 37


O Carpinteiro m velho carpinteiro estava para se aposentar. Ele contou a seu chefe os seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua farru1ia. Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial. O carpinteiro concordou. Mas com o tempo era fácil perceber que seus pensamentos, seu coração, não estavam no trabalho. Não se empenhou no serviço, utilizou mão-de-obra e matéria prima de qualidade inferior. Uma maneira lamentável de encerrar sua carreira. Quando o carpinteiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e nesse momento entregou a chave da porta ao carpinteiro dizendo: - Esta é a sua casa, meu presente para você. Surpreso e envergonhado ele pensou: - Se soubesse que estava construindo minha própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora ele teria de morar numa casa feita de qualquer maneira. Assim acontece conosco. Muitas vezes nós podemos estar construindo nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo. Será que estamos empenhando nos-

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so melhor esforço? Pense em você como o carpinteiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Há de se construir sabiamente. É a única vida que você construirá. Mesmo que exista somente mais um dia de vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade. A vida é um projeto "faça você mesmo". A vida de hoje é o resultado das atitudes e escolhas feitas no passado. A vida de amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que foram feitas hoje.

Colaboração de Maria Emília e Genaro Eq. 6 - N. Sra. Mãe da Igreja Sorocaba, SP 38


A Minha Vizinha Tem Razão

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iciado em leituras de jornal, fiquei triste quando, há dias, a velhinha muito patusca que mora a meu lado disse estar decidida a suspender a assinatura do diário que, melhor ou pior, a punha a par do que acontece mundo afora. -Estou cansada de ler assaltos, assassinatos, seqüestros, greves, saques, drogas, balas perdidas, bolsas em baixa, má educação em alta, meninos que matam colegas de escola e professores, sei lá... não agüento mais - queixa-se a boa velhinha. Tento fazer ver a ela que, se for analisar melhor as coisas, mesmo reconhecendo que a maldade humana parece não ter limites, descobrirá que nem tudo está perdido. E acho que valeu. Há alguns dias ela veio querer comentar comigo a última que lera no jornal e que, segundo disse, a deixou de alma enternecida: aquela que dá a conhecer a torcida, cheia de fé e de esperança, que os fãs faziam pela melhora de um cantor. É disso que a minha vizinha gosta: o lado bom e saudável do mundo que vive. Não que ignore ou despreze o lado malsão das pessoas e das coisas, mas cansou e pede uma trégua. Ela sabe que o sofrimento existe e é mais notícia. Mas por que não o há de ser também alegria? Pensando bem, começo a dar razão à mulherzinha. Eu também sei que a tragédia tem mais impacto, vende mais jornal do que mil boas ações 39

levadas a cabo pelas filhas da madre Tereza de Calcutá. E não posso deixar de concordar com a vizinha quando ela ataca a imprensa que só quer saber de escândalos, amarguras e pesares. O tiro que o pivete dá no rosto de um turista é notícia. Mas a visita que outro turista faz ao morro para levar um pouco de pão e conforto a uma farm1ia que sofre privações mil não merece uma linha, não? Não foi por outra razão que, nos meus primeiros tempos de repórter, o chefe de redação quase me fuzilou quando lhe sugeri inocente reportagem sobre certo hospital público que eu acabara de visitar e no qual me parecera que tudo funcionava a contento. - As pessoas que trabalham lá não fazem mais que o seu dever, são pagas para isso, entendeu? berrou o meu mestre. Concedi e concedo, mas não deixo de fazer minhas as queixas que a velhinha tem contra a imprensa, pouco afeita às coisas que funcionam e enfeitam a existência do nosso cotidiano. Os jornais precisam mostrar também o lado bonito da face da Terra e de quem ela habita. Não pode ser só sangue, suor e lágrimas. A guerra acabou, há muito tempo, e a bandeira da paz que sobreveio com seus frutos, de vida e santidade (eu disse santidade sim, porque ela existe), não pode ficar escondida. Os frutos que homens e mulhe-


res de boa vontade produzem também podem e devem ser vistos, conhecidos, badalados e saboreados por muitos. Tanta coisa linda acontece sem que jamais venha a público. E olhem que, ao contrário do que canta o fado português, não são apenas os olhos castanhos que "têm encantos tamanhos". Se formos ver bem os olhos, as feições e as mãos de quantas outras cores houver nas pessoas deste mundo, veremos que também elas têm seus encantos, e tantos que só Deus sabe. Querem ver? Dia destes, o Renato- meu vizinho também, um menino de oito anos - veio pedir a minha mulher se tinha um pedaço de linha grossa para ajudar nos enfeites que, com a turminha dele, tratava de montar na nossa vila. Linha, nós a tínhamos; eu só não tinha era a esperança de que, uma vez entregue como foi, ela voltasse. Pois pasmem, uma hora depois, eis que o petiz estava de volta e batia à minha porta para entregar o carretel com a linha que sobrara e tudo o mais. Caráter é isso e não tem idade. Outro dia estava eu no caixa do supermercado já com a mercadoria no tabuleiro, e quando vou para pagar, vejo que o dinheiro não chegava. Logo comecei a botar de lado o que achei menos urgente: um saquinho de alpiste e uma lata de chocolate em pó. Mas um senhor que estava na fila atrás de mim percebeu o drama e, antes que eu fosse embora veio em meu socorro: - Leve, pode levar. Não sou São Francisco de Assis mas gosto

dos passarinhos. Por favor, leve o alpiste para eles, leve também o chocolate, eu pago. Isto não é belo? Café pequeno, mas muito mais interessante para ler nos jornais, penso eu, do que a trapaça de mais um vigarista em cima do INSS. Aceitei, sim, mas, quando à noite me recolhi com a minha mulher para agradecer a Deus a boa ação desse homem, deu-me para pensar nos milhões e milhões de outros Antonios, Renatos, Marias e Natálias que por esse mundo fazem o bem e o fazem na surdina, sem olhar a quem e sem que ninguém tome conhecimento. São pessoas iguais a mim, com defeitos e problemas iguais aos meus, mas também com a preocupação de progredir e contribuir para a formação de um mundo melhor. Elas me dão o que pensar. Vai ver que existe mui to mais bondade, justiça e paz no coração dos homens e mulheres do que supõe a vã filosofia. Se existisse uma associação dos anônimos da bondade, mesmo que fosse só no Rio de Janeiro, acho que nem um Maracanã inteiro chegaria para abrigar a todos convenientemente. Pergunto-me então: não terá razão a minha vizinha quando reclama do pouco espaço dado à divulgação das coisas boas? Ouvida, ela merece ser. Afinal, não foi à toa que Cristo disse que a luz não é para ser deixada embaixo da cama mas colocada em cima do candelabro, "de maneira que vejam as vossas boas obras".

Manuel (da Dulce) Equipe 9 A- Rio de Janeiro 40


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Deus E Pai e Mãe tema central deste terceiro ano de preparação rumo ao novo milênio é a misericórdia de Deus que é Pai e Mãe. Para nossa reflexão, convido-o a ler comigo as três parábolas da misericórdia que encontramos em Lucas 15 . A primeira (Lc 15, 4-7) narra a atitude do pastor que vai em busca da ovelha desgarrada; nas interpretações, relacionamos o pastor com Deus que vai em busca do filho(a) que se perde, ou seja, que se afasta do Pai. A terceira parábola (Lc 15,

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Quem crêem Deus se encontra totalmente seguro nos seus braços paternos e maternos.

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11-32), acredito que seja a mais conhecida, é a do filho pródigo, narra a volta do filho para os braços de seu pai que o espera. Para nós, o pai é Deus que perdoa, que abraça o(a) filho( a) que estava perdido(a) e que volta para a casa. Propositadamente, deixei para o final a segunda parábola (Lc 15, 8-10), a mulher que perde a moeda e faz de tudo até encontrá-la e quando a encontra convoca as amigas e vizinhas para se alegrarem com ela. Pergunto: relacionamos a mulher com Deus? Nas três parábolas da misericórdia o protagonista principal é Deus, representado pelo pastor que perdeu uma de suas cem ovelhas, pela mulher que perdeu uma de suas dez moedas e pelo pai que perdeu um dos seus dois filhos. As parábolas nos revelam que "há alegria no céu por um só pecador que se arrependa." Quem crê em Deus se encontra totalmente seguro nos seus braços paternos e maternos: "Meu pai e minha mãe me abandonaram, Javé porém, me acolhe!"(Sl27,10) Já no Antigo Testamento (cf. Isaías 49, 14-15) vemos que o amor de Deus por nós é expresso sob a forma materna e é até maior que o próprio amor de mãe: "Pode a mãe se esquecer do seu filho, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você". Pode-se dizer que Jesus assume a simbologia para falar do amor ma-


ternal de Deus "Jerusalém, Jerusalém .. . "quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha recolhe os seus pintainhos debaixo das suas asas, e não o quiseste "(Mt 23, 37). A presença meiga e consoladora de Deus se expressa também com imagens reais da ternura materna. Ao observarmos os detalhes das mãos do Pai abraçando o filho retratado no quadro de Rembrandt (você pode verificar na capa da Carta Mensal de agosto/ 1999 número 347), verificamos que são diferentes uma da outra. A mão direita, sem deixar de expressar ternura, segurança, é forte e expressa a paternidade, enquanto a mão esquerda é suave e tema, feminina, mão materna de Deus. Portanto, Deus não é só Pai que fortalece e dá segurança, mas é também Mãe que anima e consola. Na paternidade e maternidade de Deus está expresso todo amor misericordioso por cada um de nós. Deus espera na porta da casa, vai em busca, procura até encontrar o( a) filho( a) que se perde. Deus nos abraça com sua mão segura, forte, de Pai e com sua mão terna, carinhosa, sensível de Mãe. Quem ama se faz presente. Deus é amor (lJo 4, 8. 16) e por isto se faz presente em nossa vida. "Eu fiz calar e repousar meus desejos, como criança desmamada no colo de sua mãe" (Sl 131 ,2). É a imagem de Deus como mãe que cuida de seus filhos pequeninos. Deus cuida de cada um de nós, ensina-nos a caminhar, segurando-nos

Deus não é só Pai que fortalece e dá segurança, mas é também Mãe que anima e consola.

pelas mãos; inclina-se para nos levantar quando caímos ; vem em socorro de nossas fraquezas; dá-nos o melhor; é o amor misericordioso de Deus que é Pai, assim como Jesus nos ensina a chamá-Lo; mas, é também Mãe, porque tem verdadeira ternura "como a mãe consola o seu filho, assim eu vou consolar vocês" (Is 66,13). Deus vai além da distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem e nem mulher, é Deus. Deus é infinitamente muito mais do que sugerem os termos humanos de paternidade e maternidade. Com certeza absoluta, ninguém é pai e mãe como o é Deus.

Fr. Mário Marcelo Coelho, scj CE Eq. N. S. de Nazaré - 7B Taubaté, SP 42


ALoia de Deus

ntrei e vi um Anjo no balcão. ~-.... Maravilhado, disse-lhe: - Santo Anjo do Senhor, o que vendes? Respondeu-me: -Todos os dons de Deus. Perguntei: -Custa muito? Respondeu-me: - Não, é tudo de graça. Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com salvação, potes de amor. Tomei coragem e pedi: Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé e salvação eterna para mim e minha família também. Então, o Anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno que mal cabia na palma da minha mão. Maravilhado, mais uma vez, disse-lhe: - É possível estar tudo aqui? O Anjo respondeu-me sorrindo: -Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos, apenas damos sementes.

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Colaboração de Zélia (do Benê) Eq. 2 - N. Sra. de Caraguatatuba Caraguatatuba, SP

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Aprendendo, . no Caminho os a, uma loirinha graciosa de 2 anos, não podia conter sua moção . Enfim, chegara ... Diante dela, se elevavam, emergindo dos séculos, as torres da Catedral de Santiago de Compostela. Seu coração batia forte, tinha a sensação de uma missão cumprida e estava enriquecida pelos pequenos milagres que contemplara e pelas lições recebidas ao longo do caminho. Acometida por uma doença grave no ano anterior, conseguira vencê-la, mas saíra da experiência com uma certeza muito grande, precisava ter um tempo para si mesma, um tempo de despojamento e meditação, precisava atender a um apelo irrecusável: fazer o caminho de Compostela. Sabia que seriam 800 quilómetros, um mês de caminhada, que prometia muitas dificuldades. De fato, não foi fácil para ela deixar o marido e os dois filhos de 4 e 6 anos e as aulas da escola de

inglês onde trabalha. Depo~s, já no caminho, vieram as bolhas nos pés delicados, a fadiga, a perna que "travou" mais de uma vez, a dermatite

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de contato que a atingiu ... Mas, agora que alcançara a sua meta, ela sabia que tudo isso não representava nada diante dos momentos inesquecíveis que vivera, do encontro com pessoas solidárias que lhe ensinaram muitas coisas e da sensação inigualável que enchia seu espírito no momento da chegada. Fora um mês de experiências tão intensas que parecia ter vivido um ano: um dia, por um erro de planejamento, experimentara a necessidade absoluta que as pessoas têm de água, e, no dia seguinte, louvara a Deus, contemplando as muitas cascatas que desciam das montanhas generosas. Nunca havia sentido, tão profundamente, o que representa, na vida das pessoas, após um dia de caminhada, um teto que nos acolhe, uma refeição que nos fortifica, um sorriso que aquece. Nunca entendera, de uma maneira tão concreta, que, quanto maior for a "mochila" que carregamos pela vida afora, mais difícil se torna a caminhada, maiores são as preocupações, maiores são os sofrimentos. Aprendera que o desapego é a liberdade de movimentos, a possibilidade de ter um coração leve, aberto aos sinais dos tempos e às necessidades dos outros. Sozinha, compreendera a importância das decisões que tomamos e que se refletem em toda a nossa vida. "- Uma das magias do Caminho," diz a jovem com os olhos brilhantes, "é que ele iguala as pessoas: não importa o sexo, a idade, a

nacionalidade. Ele mostra a todos quais são realmente as necessidades básicas do ser humano, hoje perdido nos meandros da sofisticação e do consumismo." Agora, ao lado das outras pessoas que chegavam, lembravase dos impedimentos físicos que haviam surgido quando faltavam "somente" 100 quilômetros; pensava no apoio que recebeu de uma médica peregrina, na decisão que tomou, cheia de fé e de coragem e no milagroso alívio que sentiu no dia seguinte, quando reiniciou a caminhada ... Agora, tinha a certeza que triunfara sobre suas limitações e fraquezas, mas era uma vitória que a levava para uma humildade tranqüila, que lhe dera consciência de suas possibilidades, mas também de sua dependência. Agora, renovada, cheia de amor e confiante no amor do Pai, sentia uma vontade imensa de voltar para as coisas aparentemente simples de sua vida, valorizando cada nascer do sol, cada momento de comunhão com os irmãos, cada gesto, cada palavra, cada encontro, cada partilha ...

Wilma (do Orlando) Equipe N.S. do Rosário ]undiaí, SP 45


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Um 1 "Viva'' A Morte ma das certezas que temos na vida é a de que, um dia, vamos morrer! Não é em vão que, desde que o homem percebeu-se como tal e deparando-se com a cruel realidade, reservou durante sua vida momentos de intensa reflexão sobre a certeza do seu fim. Certeza que não aprendemos "a priori", mas "a posteriori", pela morte do outro. É o outro que me lembra desse "detalhe existencial". Diante de tal realidade, duas poderão ser as atitudes, independentemente do credo que se professa: a de desistir de viver, ou a de viver bem. Todos já nos deparamos com situações nas quais se busca aliviar o sentido da perda que a morte nos faz experimentar. Eufemismos não faltam para esconder a palavra morte: "vestiu o paletó de madeira", "foi para a cidade dos pés juntos", "dormiu em paz". A sociedade consumista nos ajuda a refletir sobre a morte? Não. Mas nos impele a consumir o quanto podemos enquanto vivos, e, às vezes, às custas de quem morre. Você já pesquisou o preço de uma coroa de flores? De um serviço funerário? Por que não? Aliás, a morte faz parte da realidade humana tal como o arroz e feijão. Por que negá-la? A morte deve ser pensada não no sentido de perda, mas de ganho. Não como causadora de depressão, mas como um convite à vida, no dia a dia.

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E considerando que aquilo que resta, após a morte, são as coisas boas que fazemos e pelas quais seremos lembrados, faça, hoje, o bem e não faça o mal a ninguém. Por não saber do amanhã, trate bem seu filho hoje para que ele sinta orgulho de você e do que você deixou. Trabalhe na construção de um mundo melhor começando hoje para que os outros sintam que você cumpriu sua parte; não crie problemas hoje. pois não se sabe se amanhã estará presente para solucioná-los; não discuta por mesquinharias; enfim, sorria, pois o sorriso comunica vida. A morte não nos deixa acomodados e, graças a essa realidades, lutamos pela vida, fazemos projetas. Ninguém deixa de viver por não saber do seu amanhã. A vida é tão linda, a morte também. E é por acreditar na beleza da vida que muitos são os que acreditam que a morte não passa de um estágio, um momento, um processo que faz parte da vida. Falar de morte é falar de um dos componentes da vida. Que este dia dois de novembro, dedicado aos mortos, seja para nós mais um dia para optarmos pela vida. Quanto ao que acontecerá depois dela, cada um, com o consolo da própria crença, busque direcionar a sua vida sem se esquecer da morte.

Paulo C. Faria - Professor do Colégio Marista - Santa Marial RS (extratos de seu artigo no jornal Voz do Paraná- no 1623)

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I ="lcom o Editorial da CM do mês de setembro, "apenas uma pequena gota" vocês fazem uma pergunta: "será que não há espaço para cada um vivenciar mais profundamente a Escuta da Palavra?" Sem querer dar uma de "professor", dizemos que há, sim. Além de "lermos" o Evangelho, precisamos "escutar" sua mensagem e acolhê-la em nosso coração ... Existe uma grande diferença entre "ler" o Evangelho e "escutar a Palavra". Infortunadamente muitos "lêem", porém poucos "escutam ... " rBJ. Claudina e José Eq.l -Pederneiras, SP

Mais um gesto de comunidade cristã na Equipe Nossa Senhora do Trabalho. Diante desse testemunho, também o Se to r reverteu a contribuição mensal da referida equipe para o casal em dificuldade. rBJ. Graciete e Gambim Setor A, RS

I ="I Caros casais. É com grande alegria que empreendo esta santa aventura de escrever para vocês pela primeira vez. Eu me chamo Newton, sou natalense e tenho 23 anos de idade. Estou estudando para chegar um dia ao sacerdócio. Entrei no seminário em 1995 e hoje estou estudando filosofia. Minha finalidade, ao escrever para vocês, é parabenizá-los pelo abençoado meio de comunicação e formação que o Movimento ao qual vocês pertencem possui. Estava olhando os jornais da minha cidade quando me deparei com a "Carta Mensal" que era endereçada para o Padre Reitor do nosso Seminário, Pe. José Valquimar, mas que estava à disposição de qualquer bom leitor na sala de visitas. Pude perceber que, graças ao Pai do Céus, existem pessoas, e o mais notável, existem casais,

I ="!Equipe é Igreja - Na Equipe Nossa Senhora do Trabalho, no bairro Niterói, em Canoas/RS um equipista está desempregado. As prestações da casa própria estavam em atraso. O casal estava prestes a ter sua casa tomada pela entidade financeira. Os equipistas, apesar de também estarem lutando com suas próprias dificuldades financeiras, reuniram esforços e conseguiram pagar as prestações da casa do irmão de equipe. Menos uma família sem teto!

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as orações, grifo com marca-textos as passagens mais interessantes e ... adivinhem: procuro atentamente por um artigo ou uma cartinha que seja enviada por meus conterrâneos. Infelizmente, o número de artigos da região Norte ainda é muito pequeno. Por que será que eles não publicam nada de Belém? - Pensei - Será que eles não publicam ou nós é que não mandamos as notícias?

farru1ias, que deixam as portas de seu coração abertas para Cristo. Fico feliz por saber que há esperança, que nada está perdido e que Deus não deixará sua obra inacabada em nós. Não deixem esta chama do coração de Cristo se apagar no seio da Igreja. Quando estiverem em suas reuniões rezem pelos sacerdotes e por nós seminaristas. Um abraço para todos vocês, queridos casais das ENS .

r:BJ Paula (do João) Equipe Nossa Senhora Rainha da Paz Belém, PA

r:BJ Seminarista Newton Natal, RN

I ="I Artigo Solidariedade Agradecemos o destaque dado ao artigo "Solidariedade no Âmago do Problema", Carta 348, p.24/ 25, pois conhecemos o trabalho do Pe. Tomas e a nossa equipe atualmente está apadrinhando três crianças da referida Pastoral. Parabenizamos também ao casal Ivanilde e Brandão pelo artigo.

I ="ITodos os meses espero ansiosa por aquele pequenino pacote enviado pelas ENS. Ele vem junto com outras revistas, jornais, contas a pagar, malas-diretas. A Carta Mensal vem ali no meio, bem humilde e despretensiosa, mas que contém o maior valor dentre todos. Como sou bastante curiosa, olho-a rapidamente do início ao fim, escolhendo antecipadamente os artigos que mais chamaram minha atenção e que serão lidos primeiro. Saboreio as figuras, rezo

r:BJ Jaqueline e Paulo Eq. 25 - N. Sra. Mediugórie Setor A Fortaleza, CE

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Meditando em Equipe Anunciando a chegada do Reino, a possibilidade de um novo tipo de vida, Jesus coloca-nos diante de uma opção : tanto quanto à aceitação como quanto à interpretação de sua mensagem .

É interessante

saber o que ele e sua comunidade consideram

como critério quando se trata de julgar nossa adesão . Segundo ele, se amamos fazendo o bem, é sinal que fomos transformados pelo poder do Pai.

.. .... ....... . .......... .. ........ ... ...... Leitura: Evangelho de Mateus 2 5, 3 4-40 • Oual é seu comprometimento com a promoção humana, a atividade social, política etc.? • O que o leva a agir ou deixar de agir nesses campos? • A partilha na sua equipe corresponde às palavras de Jesus? • Agradeça ou peça perdão, louve, alegre-se, decida .

Ora~ão

litúrgica:

Orem lentamente o Salmo 1, ou então: Meu caminho Senhor, meu Deus, · feliz quem não segue as idéias dos malvados,

Será sempre como árvore bem regada, verde e cheia só de flores e fruta boa.

nem se entrega cegamente aos caminhos do pecado

Eu, Senhor, não quero ser folha seca como os maus:

Feliz é só quem segue o caminho que você

os coitados sofrem tanto e não sabem como dar

nos deixou na sua Lei .

a ninguém felicidade . FI .Castro


Proieto PRNM - ENS 1999 •

Deus Pai e a Caridade

Sacramento da Reconcllia~ão

Ênfase: Dever de Sentar-se

Maria: Exemplo de Amor

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 256 .1212 • Fax: (Oxx11) 257.35 99 E-mail : secretariado@ens .org.br • cartamensal@ens .org.br


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