ENS - Carta Mensal 1986-5 - Julho e Agosto

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O QUE LER NESTE NúMERO De volta das férias de julho, o mês de agosto nos acolhe com o início de um novo ano equipista, que desta vez vai ser mais longo! (v. pg. 13). Mas agosto é também o mês dedicado aos sacerdotes, e a Carta Mensal marca o fato contando a vida do Santo Cura d'Ars, patrono de nossos queridos padres (pg. 24). Fala também das vocações, à pág. 12. Há ainda duas datas importantes em agosto: o Dia dos Pais, que a Carta Mensal comemora à pág. 17 e a Assunção de Nossa Senhora, a quem dedicamos este mês nossa meditação e nossa oração litúrgica (pg. 45). Como nos meses anteriores, a Santa Virgem está ainda nas páginas do meio, com uma belíssima oração composta pelo Santo Padre.

B ainda o Papa que nos fala à pág. 4, sobre nossa missão evangelizadora, pela qual somos inseridos na comunidade dos batizados, que é a Igreja. E de inserção - orientação de vida de nosso Movimento - nos falam também Igar e Cidinha pela ECIR (pg. 6). O assunto volta nas linhas da entrevista que o Pe. Boim, da CNBB, deu à Carta Mensal, em Itaici (pg. 41) . I taici marcou um momento importante na vida do Movimento, no fim do primeiro semestre: a Carta Mensal relata, à pág. 28, o que foi o Encontro dos quadros do Movimento que alí se realizou. E a vida do Movimento - que está a "serviço do amor " (v. Editorial, pg. 2) -mos· tra suas diversas facetas nas páginas deste número: na Reunião de Equipe (pg. 10) , na sua História (pg. 14), pelas Notícias dos Setores (numerosas, à pg. 35) , pelo programa dos Retiros (pg. 19), pelo planejamento do grande Encontro Internacional de Lourdes (pg. 21) e até pelo balanço financeiro de 1985 (pg. 42). A Seção de Cartas dos Leitores sua! - está à pág. 43. Escreva-nos logo!

que continua aguardando a

Finalmente, duas páginas sem comentários, mas que a Carta Mensal recomenda à leitura de vocês. A pág. 40, "O sentido de uma vida". E "Psiu!!! Bom dia!" , à pág. 20. Depois, vocês nos contam ... Boa leitura!


UM MOMENTO COM A EQUIPE DA CARTA MENSAL

A Carta Mensal se constitui num elo de ligação entre o aquipista, o casal e ainda a Equipe de base e o Movimento. A comunicação, principalmente nos dias atuais, é fundamental para a preservação da unidade. Antigamente a comunicação entre as pessoas era algo, que poderíamos dizer, até "artezanal ". As cidades eram pequenas, as distâncias curtas e a ligação se fazia quase que de pessoa a pessoa. Os tempos modernos transformaram essa realidade e impuseram a criação de outros meios de comunicação. O Movimento precisa se comunicar. As orientações, as alterações propostas pela direção geral tem necessidade de chegar a cada uma das equipes em todo mundo. Os países onde existem Equipes de Nossa Senhora, todos eles têm sua própria Carta Mensal. Os exemplares dessas cartas são enviados aos Secretav:ados das Equipes dos diversos países . Nosso Secretariado recebe a Carta francesa, a americana, a portuguesa, a espanhola, assim como remetemos nossa Carta para eles. Quer nos parecer que a existência da Carta Mensal, em todos os países durante os vários anos de atividade do Movimento, além de sua manutenção, por si só atestam a importância que a Carta tem como elemento unificador. Cabe-nos agora refletir até que ponto temos dado à Carta Mensal a importância que ela merece. Temos sido leitores freqüentes da Carta Mensal? As Cartas precedentes têm publicado artigos muito importantes visando a unidade das Equipes em torno do Movimento. Esses artigos tem tido seqüência nas Cartas posteriores. Assim para estarmos em dia com a atualidade do Movimento a que pertencemos, temos o "dever" de ler a Carta Mensal. Nosso trabalho, nosso esforço tem sido orientados no sentido de manter as Equipes informadas sobre os acontecimentos e orientações que têm determinado a linha de ação do Movimento na Igreja. Nossa participação efetiva só se dará na medida em que estivermos bem informados. Da mesma forma como lemos o jornal diário, para nos colocarmos a par .das notícias do mundo, assim também devemos ler a Carta Mensal para ficarmos a par das notícias do Movimento com o qual caminhamos buscando o Reino de Deus . EQUIPE DA CARTA MENSAL

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EDITORIAL

A SERVIÇO DO AMOR Este é o meu primeiro Editorial. Manda a cortesia que eu me apresente a vocês. Sou padre dominicano belga. Durante muitos anos fui professor de Teologia Moral no Studium de La Sart-Huy, na Bélgica; na Faculdade de Teologia da Universidade Lovanium, em Kinshasa e no Centro Lumen Vitae de Bruxelas. Tive a imensa graça de ser assessor no Concílio Vaticano li, a serviço dos bispos da África negra. Já conhecia as Equipes há muitos anos: fui conselheiro espiritual de equipe em Bruxelas e em Kinshasa. Não sei se tive uma sorte muito grande, mas estas foram excelentes equipes. Para dizer a verdade, nada me predestinava a ser o sucessor do Padre Tandonnet. Minha última etapa levou-me a Roma, em 197 4, para ser assistente geral dos Dominicanos, primeiramente para os países de língua francesa e depois para a Atividade Apostólica em toda a Ordem. Este ano, ao chegar ao fim de meu mandato, pensava poder obter um ano sabático, para mergulhar-me novamente na teologia, e, em seguida, assumir um novo ministério. Meu coração (e minha razão, pensava eu) me impelia para as Comunidade de Base da América Latina. Na Equipe Responsável Internacional tem-se resposta para tudo. Disseram-me: Fazer teologia? Mas é exatamente o que pedimos. Nós precisamos que o senhor o faça conosco e por nós. Disseram-me ainda: a América Latinha o atrai? Mas é no Brasil que o Movimento mais cresce! O senhor terá muito trabalho lá. Desde então, como resistir! · O que mais me seduziu foi a idéia de trabalhar com casais. Antes de ir para Roma, eu tinha contato permanente com muitos jovens, muitas famílias. O que me pesou mais em Roma -2-


foi sentir-me freqüentemente fechado no mundo clerical. Faltava-me essa comunicação com os que eu chamo "pessoas normais": homens, mulheres, crianças ... Pessoas que vivem todos os problemas do dia-a-dia. O que me seduziu na proposta da Equipes de Nossa Senhora foi dar-me a oportunidade de consagrar os próximos anos de minha vida ,a serviço do amor. É dessa forma que encaro meu trabalho. Parece-me que, no mundo de hoje, as Equipes de Nossa Senhora têm uma missão bem precisa e muito urgente. Mostrar - e pelo mais convincente tipo de demonstração: provando pela vivência que o amor existe, que ele é possível, que ele se desenvolve no casal, no casamento e que, sustentado pela graça do sacramento, pode ir até o fim de si mesmo. E esse fim, nós o sabemos, não é outra coisa senão a santidade. Numa palavra, ser testemunhas vivas da felicidade, num mundo que não crê mais nela. Ser provas vivas da identidade amor-felicidade-santidade. Nada mais que isso ... Desculpem se acham pouco! Mas é aí que somos chamados. :É aí que o mundo precisa de nós: é aí que entramos diretamente no plano de Deus. É aí que nos é pedido dar contas da nossa esperança e comunicá-la. Fui visitar Padre Caffarel, em Troussures, e perguntei a ele se esta maneira de ver não estava por demais herética, para seu gosto. Ele mostrou-se satisfeito e me assegurou que estava completamente dentro do "carisma fundador" das Equipes de Nossa Senhora. Da minha parte, sentí-me arrebatado, tranqüilizado, encorajado. Eis o desejo que formulo, ao começar meu trabalho. Colocando-me a serviço das Equipes, quero colocar-me realmente a serviço do amor: aquele amor que Deus lhes deu, que Ele consagrou, que Ele fez caminho de santidade para vocês, enfim aquele amor que Ele quer que vocês coloquem como uma grande luz sobre o candieiro, para que todos o vejam e glorifiquem vosso Pai. Bernard Olivier, o.p.

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A VOZ DO PAPA

TODOS OS BATIZADOS SAO CHAMADOS PARA A MISS.AO EVANGELIZADORA

Ao receber um grupo de peregrinos o Papa fez o seguinte discurso:

Caros peregrinos, Muitos de vós - sei-o e estou por isso muito satisfeito realizam finalmente um projeto que tinham muito a peito: vir ao centro da Igreja. A minha felicidade está em uníssono com a vossa e é duplicada pela alegria de vos acolher na Casa do Papa. Faço votos por que, para cada um de vós, este encontro puramente familiar, seja gerador de uma maior felicidade de crer. É por isso que o meu encorajamento terá por objeto unicamente o tesouro da fé, recebido da Igreja mediante as vossas famílias e as vossas paróquias. Tesouro que é necessário conservar cuidadosamente em todas as etapas do vosso itinerário terrestre. Esta fé que os Apóstolos Pedro e Paulo, martirizados em Roma, professavam na pessoa de Jesus, na sua mensagem de verdade e de salvação, já a viveis. Por conseguinte, ela requer - em . todas as épocas e sem dúvida hoje mais do que nunca - esforços pessoais e comunitários sempre renovados. Os discípulos de Cristo estão certamente rodeados de irmãos e de irmãs sem fé. Eles devem igualmente caminhar ao lado dos crentes de outras Igrejas

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ou de outras religiões, dos Indiferentes, dos opositores, sem falar das correntes de idéias e de costumes em contradição com o ensinamento evangélico e a Tradição eclesial. Para permanecer "firmes na fé" , os cristãos têm verdadeiramente a obrigação de velar por uma vigorosa, por uma sã alimentação da sua fé. Caros peregrinos, não é nunca demasiado tarde para seguir ou continuar a seguir o caminho do aprofundamento doutrinai. Muitos livros excelentes , revistas substanciais, grupos de formação e de oração estão à vossa disposição nas vossas dioceses para esclarecer e consolidar o vosso apego às verdades do Credo, aos princípios da moral cristã, à história passada e presente da Igreja! Esta alimentação metódica da fé permite discernir a verdade do erro, resistir a apresentações simplistas que a opinião pública ou os mass-media fazem muitas vezes das questões religiosas, dos acontecimentos atuais, dos problemas da sociedade. . . Parece que assistimos a uma busca de Deus mais exigente junto dos cristãos que querem ser fiéis e testemunhar. Noto isso em Roma e no decurso das minhas viagens apostólicas, entre os jovens e os adultos. t justamente esta fé , conservada com ardor, que conduz os batizados e os confirmados a viverem como membros ativos da Igreja e a participarem na sua missão de evangelização. Vos beneficiais da ajuda das vossas comunidades paroquiais. Os vossos responsáveis - os vossos Bispos e sacerdotes - esperam também na vossa cooperação. Todos vós tendes talentos e tempo a dar. Quantos jovens há para catequizar, quantos adolescentes para guiar para uma maturidade cristã! Muitos doentes e pessoas isoladas esperam o conforto de alguém que os visite animado de respeito e de bondade evangélicos. A imprensa católica precisa de difusores esclarecidos e perseverantes. Os serviços de caridade desejam ter mais colaboradores. A pastoral das famílias ou dos futuros lares gostariam de beneficiar do concurso de casais cristãos experientes. A gestão das finanças paroquiais ou diocesanas recorreu muitas vezes a pessoas que trabalharam ou exercem ainda a sua atividade profissional neste campo. Aqueles que estão à margem da fé esperam, mais do que se julga, o vosso testemunho discreto e amigo. A presença dos cristãos nas instâncias encarregadas do bem comum é também muito importante. Desejo verdadeiramente que a vossa peregrinação romana produza nas vossas vidas cristãs uma nova primavera , para a vossa profunda felicidade, para a felicidade e a vitalidade das comunidades humanas e cristãs às quais pertenceis. t com estes sentimentos que, ao dar-vos a minha Bênção Apostólica, invoco sobre o vosso grupo , assim como sobre as vossas famílias, as vossas paróquias e as vossas dioceses, abundantes graças de fé em Jesus Cristo e de disponibilidade ao serviço da sua Igreja.

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A ECIR CONVERSA COM VOCES

Caros amigos, Gostaríamos de conversar um pouco mais com vocês a respeito da inserção, ou seja, de nossa presença no mundo como membros da Igreja. Devemos lembrar que, com essa insistência quanto à inserção, não se está introduzindo nenhuma novidade, pois as equipes de Nossa Senhora, já na sua origem, congregaram casais que "aspiravam levar até o fim o compromisso de seu bastimo" (Carta das E.N.S.). A originalidade estava em que queriam responder à vocação de cristão, cuja raíz é o batismo, juntos marido e mulher, e através de seu matrimônio. E é isto que se busca incessantemente. Em decorrência de nossa vocação de cristão, recebemos uma missão: Evangelizar as realidades temporais, colaborando para que sejam mais conforme o projeto de Deus. Precisamos estar bem conscientes dessa nossa missão como membros da Igreja, seja qual for o nosso estado de vida e qualquer que seja o movimento, associação, comunidade, . . . a que pertencemos, embora esteja claro que a sua realização vai assumir conotações diferentes, conforme os carismas específicos dos mesmos. Uma consciência se forma com estudo, reflexão, troca de idéias, oração, escuta da palavra, atenção aos acontecimentos, etc. Neste sentido, acreditamos que seria válido um reestudo de alguns documentos do Movimento (O que é uma equipe de Nossa Senhora; O espírito e as grandes linhas do movimento; As equipes de Nossa Senhora em face do ateísmo, e muitos outros temas de estudos). -6-


Seria bom também acompanhar a caminhada da Igreja através dos documentos relativos à Doutrina Social, começando pela Rerum Novarum. Escrita pelo papa Leão XIII, no final do século passado, preocupado que estava com os momentos de aflição e o clima de tensão que vivia o povo, em decorrência principalmente das profundas desigualdades sociais e das situações de injustiça, esta encíclica marcou época na história da Igreja. Nela, ele afirmou que, ao tratar da questão social, o fazia com a consciência de apóstolo que lhe impunha o dever de pôr em evidência os princípios de uma solução conforme à justiça e à equidade. Após Leão XIII, a hierarquia da Igreja esteve atenta à questão social e vários documentos seguiram a Rerum Novarum, retomando o tema e reafirmando a autoridade da Igreja no trato do mesmo. Vale lembrar: Quadragésimo Anno de Pio XI, Mater e Magistra de João XXIII, Populorum Progressio, Octagesima Adveniens de Paulo VI, Laborem Exercens de João Paulo li, os documentos do Vaticano li, Gaudium et Spes e Apostolicam Actuositatem, o documento de Puebla e os da C.N.B.B. Muitos cristãos crêem que não compete à Igreja preocupar-se com a questão social. Outros, ao contrário, entendem que ela, sendo responsável pela salvação do homem, deve zelar por tudo o que o afeta. É o papa, em sua recente mensagem aos bispos do Brasil, quem fala:

"Faz parte da missão da Igreja preocupar-se, de certo modo, das questões que envolvem o homem do berço ao túmulo, como são as sociais e sócio-políticas. Condição de justeza no exercício desta parte delicada de sua missão evangelizadora, são entre outi:as: uma nítida distinção entre o que é função dos leigos, comprometidos por específica vocação e carisma nas tarefas temporais e o que é função dos pastores, formadores de leigos para as suas tarefas." -7-


Ele afirma ainda que a Igreja se encontra, no Brasil, diante de formidáveis desafios, e cita como um deles o contraste entre dois Brasis: "um, altamente desenvolvido, pujante, lançado rumo ao progresso e à opulência; outro, que se reflete em desmesuradas zonas de pobreza, de doença, de analfabetismo, de marginalização". Diz mais que grande parte do povo é condenada a viver em extrema miséria, como conseqüência desses desequilíbrios e que problemas tão graves como estes não podem ser estranhos à Igreja. Reconhece e apóia os esforços que a Igreja do Brasil tem feito para responder a esses desafios. Lembrando a inquietante escassez de leigos bem preparados, ele faz um apelo aos bispos para que dêem prioridade à formação de leigos, sempre com vistas à sua presença atuante nas tarefas temporais. Bem, queridos irmãos, casais das equipes de Nossa Senhora. Reflitamos um pouco mais profundamente sobre o nosso dever em "assumir como encargo próprio a edificação da ordem temporal e agir nela de modo direto e definitivo, guiados pela luz do Evangelho e a mente da Igreja e movidos pela caridade cristã". (Ap. Act. 7). O nosso movimento pretende ajudar os seus membros a vivenciarem a espiritualidade conjugal e familiar. Mas "a autêntica espiritualidade do leigo envolve o propósito de construir a cidade dos homens segundo a dignidade essencial e inalienável da pessoa humana" (doc. n. 0 36, da CNBB, 5). Ousamos acrescentar que a autêntica espiritualidade conjugal e familiar envolve o propósito de construir uma sociedade onde a dignidade e os direitos da família sejam respeitados. A reflexão é necessária para formar nossa consciência. Mas não terá muito sentido se permanecermos na teoria, no -8-


nível das idéiais, da boa intenção. Ela deve nos levar a atitudes concretas, a assumirmos o nosso papel histórico. E essa nossa inserção vai ser mais concreta se em nossas reuniões de equipe encararmos o assunto com seriedade, pro~ curando utilizar os documentos da Igreja como tema* e fazendo com que as coparticipações sejam também um tempo forte voltado para essa preocupação. Pedimos aos novos casais responsáveis e aos conselheiros espirituais que dediquem o melhor de seus esforços neste sentido. Que o Espírito Santo nos ilumine e nos fortaleça a todos. Cidinha e Igar * (Não esquecer, pela sua importância e atualidade, o documento Líneamenta).

-oNOT(CIAS BREVES 15 representantes de Movimentos Apostólicos se reuniram no Rio de Janeiro, nos dias 17 e 18 de maio, preparando o Sínodo sobre a Missão do Leigo na Igreja e no Mundo, a se realizar em Roma no final de 1987. Concluíram que a preparação do Sínodo deverá ter duas dimensões - internacional e nacional - e duas etapas: (1) até a Assembléia do Conselho Nacional de Leigos, em outubro de 1986 para aprofundar cinco questões: identidade, organização, espiritualidade, participação e formação do leigo e (2) até o Sínodo, estudando o instrumento de trabalho a ser enviado pela Santa Sé .

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A REUNIAO DE EQUIPE Mais ainda que as demais partes da reunião , o tema de estudo exige uma preparação séria. Primeiro, no plano individual , por uma leitura é uma reflexão em tempo hábil. Depois, no plano conjugal, pela troca de idéias sobre o tema inserido na vida a dois. Em seguida, a resposta por escrito e, por fim, a preparação das colocações para a reunião , pelo Animador, o Responsável e o Conselheiro Espiritual.

V -

O TEMA DE ESTUDO NA EQUIPE

I -Sua validade (Elementos colhidos na Carta Mensal -'Folhetim'- agosto

1954). Não há quem não tenha percebido, no curso da sua própria experiência de vida, na Equipe, o fato de que as E.N.S. se apoiam sempre sobre métodos e sobre um espírito que as caracteriza. O método e o espírito mutuamente se completam. No que diz respeito ao Tema de Estudo, é ele, também, um método e tem um espírito. O tema é um método- é sem dúvida uma originalidade de nossas Equipes exigir-se que cada casal responda por escrito, aos questionários. Conforme disseram alguns casais, a preparação do tema era para eles, todos os meses, um trabalho em comum de grande apreço . No curso desta preparação marido e mulher revelam o seu íntimo acerca do assunto escolhido. Trocam igualmente idéias, seus conhecimentos religiosos, sua vida de fé. O tema tem um espírito .:...._ não há a menor dúvida que pelo tema de estudo nos é oferecido um precioso meio de aprofundar a espiritualidade (do cristão casado). Devemos todos, e isto não é uma obrigação facultativa, procurar enriquecer a nossa fé. E: exatamente nossa vida espiritual de marido e mulher, nossas condições de educadores, nosso lugar na Igreja, toda nossa vida de cristãos casados que nós queremos colocar sob a luz da fé e do Espírito Santo. Pensamos serem estes os caracteres que marcam nossos temas de estudo: eles são uma procura de melhor entendimento do conteúdo de nossa fé, descoberta de sua amplitude e de suas experiências; são fonte de vida em nossa vocação de cristãos casados.

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Sua resposta por escrito Por que o Tema deve ser respondido por escrito? 1. Para, em relação ao casal:

a) Evitar a improvisação - não houvesse a obrigatoriedade das respostas por escrito e a maioria dos casais muito provavelmente se contentaria com rápida leitura do tema, pouco antes da reunião. Conseqüências: na troca de idéias, durante a reunião, não obstante o possível brilho das discussões, ficariam estas pela superficialidade; b) Forçar o estudo- a regra é de âmbito universal: refletimos mais antes de escrever do que antes de falar. Se a resposta que devemos dar a determinadas questões é por escrito, pensamos duas vezes antes de redigí-la e inevitavelmente procuramos condensar, precisar aquilo que será o retrato de nosso modo de ver. Esta meditação maior determinada pela resposta escrita, apresenta como frutos: "descobertas" sobre o tema, que não seriam feitas se apenas falássemos e reproduzíssemos as impressões e reações provocadas pela simples leitura apressada do tema; c) Determinar um esforço conjunto do casal - todo o esforço conjunto é fator de unidade. 2. Para, em relação à Equipe: a) permitir a troca de impressões e obtenção de respostas às perguntas formuladas pelo casal; b) permitir conhecer-se, em comum, o pensamento fixado pelo casal; c) permitir entre-ajudar-se na procura do pensamento de Deus, e a realizá-lo na vida de cada um; d) permitir que o C. Animaçior, o C. Responsável e o Conselheiro Espiritual preparem, na reunião que antecede a reunião do mês, a troca de idéias sobre o tema. Maria Helena e Nicolau Zarif

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O SACERDOCIO E AS VOCAÇÕES ,Dia 4 de agosto é dia do padre. Dia do homem que arrisca a sua vida pela causa do Evangelho. Ser padre hoje é um desafio não somente pelas tarefas inerentes a esta vocação, mas sobretudo pelo existente clima adverso à atividade sacerdotal ou serviço sacerdotal. O que mais constrange e entristece é a falta de apoio por parte mesmo dos cristãos. Convém lembrar, como define o Concílio Vaticano 11, que o sacerdócio é um ministério compartilhado com Jesus Cristo, a Evangelização. Na verdade, o padre, pelo sacramento da Ordem e por sua boa conduta, é o anúncio vivo das virtudes e qualidades do Nazareno. Escolhido do meio do Povo de Deus e inserido nele, o Padre congrega a comunidade no sacramento da unidade, a Eucaristia, e motiva a Igreja para a caridade. Em última instância, poderíamos definir o padre como aquele que assumiu prá valer o mandato do Senhor: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Me 16,15). Este ir (a vocação) é indispensável. Assim São Paulo, escrevendo aos cristãos romanos (1 O, 14), apresenta a necessidade do ministério sacerdotal e apostólico para o surgimento da fé e diz aos Gentios: "Como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?" Diante de tal mistério cristão que envolve a vocação sacerdotal, não parece ser válida a preocupação de certos pais cristãos em considerar "vida perdida" a do filho que deseja ser padre. Não seria o peso da materialidade que impregna o mundo de hoje e distorce o significado da doação total de um jovem ou adulto? Não seriam nossos pensamentos - embora sejamos batizados cristãos conscientes - viciados de tal forma nos valores puramente terrenos, que nos impedem de ver o sagrado e divino que existe na doação de si? Enquanto homens, os padres também carregam a fragilidade de vasos de barro de sua natureza e até são falhos; contudo, se não se arriscam por uma causa, é impossível atingí-la. Lembremo-nos de S. Pedro, S. Tomé e os apóstolos todos. B com fé, na fé e pela fé que devemos ver e considerar o sacerdote ou o jovem que se sente chamado ao ministério sacerdotal, diríamos, seduzido por Deus. E o apoio será tanto mais benéfico e construtivo, quanto mais caritativa e fraterna for a amizade. P.C.G.

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ANO EQUIPISTA = ANO CIVIL

Estamos voltando ao "ano equipista" coincidente com o ano civil, isto é, de janeiro a dezembro. Esta decisão foi tomada após uma série de consultas, troca de idéias e reflexões, efetuadas em virtude de solicitações que vários responsáveis do movimento vinham fazendo há já algum tempo. Entre os fatores que pesaram nessa decisão destacamos: • os "usos e costumes da terra" onde praticamente todas as atividades são condicionadas ao ano civil. Nossa própria maneira de pensar e planejar leva em conta essa divisão do tempo; • a melhor possibilidade de um desenvolvimento das atividades no movimento de uma forma mais contínua durante o ano. A regularidade da vida da equipe via de regra é alterada com as festas de fim de ano e as férias escolares, uma vez que as reuniões normais, de um modo geral, não seguem o mesmo rítmo, apesar dos esforços nesse sentido; • essa alteração no rítmo da vida da equipe acontecendo no meio do ano equipista quase sempre causa um esfriamento no entusiasmo do casal responsável com seus reflexos na equipe. Como fica em termos de calendário a vida da equipe após essa alteração? A reunião de balanço da equipe, juntamente com a escolha de seu novo Casal Responsável acontecerá no final do ano (geralmente em novembro, última reunião normal antes . da festiva programada pelo Setor). A posse do novo C.R. será em dezembro. Este, aproveitando o recente balanço, terá o tempo das férias para refletir sobre sua equipe e delinear sua missão. No início do ano, logo após as férias, deverão acontecer os encontros com os novos casais responsáveis, a nível de setor e os EACREs para dar as orientações. e motivações aos mesmos quanto ao desempenho de sua missão. Nesta fase de transição os C.R. escolhidos em maio deste ano permanecerão até dezembro de 87. Não haverá EACREs em 87, sendo o próximo em março de 1988. Esta alteração, como todos os passos que acontecem no nosso movimento, foram alicerçadas na experiência vivida e refletida e sempre na perspectiva de uma melhor vivência dos casais e de suas equipes. A Equipe de Coordenação Inter-Regional -13-

ECIR


RELEMBRANDO A IDSTóRIA DO MOVIMENTO ". . . A oração fervorosa do justo tem muito poder. Elias era um homem sujeito ao sofrimento como nós e orou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra. Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto." (Tgo 5, 16-18) 5. OS ANOS 50/73 NO MUNDO

No mundo, esse mesmo período foi de um crescimento muito acentuado: em 1952 a expansão do Movimento alcança a Bélgica Flamenga; em 1954 é a vez da Espanha; em 1956 Portugal, Ilha Mauritius - em pleno Oceano Indico - e Canadá. Depois Holanda e Inglaterra; Alemanha, Colômbia e Estados Unidos ... Assim, o Movimento deparou-se com o grave problema da preservação de sua unidade e de conseguir meios para conservar-lhe o ESP1RITO. Destas preocupações é que brotou a idéia da criação de uma estrutura que vai desde a Equipe de Base, até o então Centro Diretor - algum tempo depois transformado em Equipe Responsável Internacional - ERI. Mas nesta estrutura desde então e até hoje, há um ponto fundamental em que se alicerça todo este magnífico edifício: é a relação Equipe de Base, Casal de Ligação, Setor, em um encadeamento de duas mãos, harmonioso, simples e com muito amor fraterno. Depois desta estruturação, as Equipes continuaram a crescer no mundo, e, pode-se assim resumir esse crescimento em números redondos: em em em em em

1958 1959 19621966 1970 -

1.000 1.100 2.000 3.000 3.500

Equipes; Equipes; Equipes; Equipes; Equipes;

Na verdade, em 1970, tinha-se 3.470 Equipes, conforme abaixo relacionado: -14-


Europa Américas África Oceania Ásia

2.850 500 80 30 10

Equipes; Equipes; Equipes; Equipes e Equipes.

E os países, em 1970 eram os seguintes: Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Cameroun, Canadá, Colômbia, Congo, Costa do Ouro, Espanha, Estados Unidos, França, Guadalupe, Guinéia, Ilha Mauritius, lndia, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão, Líbano, Luxemburgo, Madagascar, Marrocos, Nigéria, Portugal, Senegal, Suiça, Tahití, Vietnã - num total de 30 países. Os eventos, no âmbito mundial, podem ser assim resumidos: Em 1959, mil casais equipistas são recebidos pelo Santo Padre o Papa João XXIII, na grande peregrinação internacional, que comemorava a "maioridade" do Moyimento; Em 1961, as E.N.S. respondem a um chamado da hierarquia da Igreja, inserido no espírito renovador provindo do Concílio Vaticano 11, tendente a reservar ao leigo a corresponsabilidade na condução do "POVO DE DEUS"; Em 1965, termina o Concílio Vaticano 11, e, neste mesmo ano, por ocasião da festa de .Pentecostes, ocorre a peregrinação a Lourdes, reunindo 3.500 casais de 21 países, onde as Equipes já se haviam difundido. Alguns dias depois, 36 casais delegados, reunem-se em Roma para "reverem a Mística e os Métodos do Movimento à luz do Mandamento Novo: - "Amarmo-nos uns aos outros, como Cristo nos amou". O Papa Paulo VI, nesta ocasião, dirigindo-se aos casais, incentivou-os a extender este ideal a todo o Movimento. Com o encerramento do Concílio, o Movimento adere às três conclusões básicas a que chegou: -

tomar consciência do mistério da Igreja; renovação interior; diálogo e irradiação apostólica.

Em 1970, nova peregrinação à Roma, quando o Papa Paulo VI proferiu o discurso sobre "Sexualidade, Amor e Casamento". Passados alguns dias, de 6 a 11 de maio, realizou-se a Sessão Internacional de Assis, tendo em vista a formação de dirigentes do Movimento. Em 1973, em um fim de semana do mês de março, o Con. Caffarel, em um encontro de Responsáveis de Setor em Paris, anuncia que ao completar 70 anos de idade, após 35 anos com as Equipes, abre mão da responsabilidade da orientação espiritual do Movimento e passará a dedicar-se à oração e ao seu ensino. -15-


Assim termina o tempo em que, o Movimento esteve ligado diretamente ao seu fundador, sob sua orientação, voltada para a ajuda a casais cristãos que "querem que o amor, santificado pelo Sacramento do Matrimônio, seja: UM LOUVOR A DEUS; UM TESTEMUNHO AOS HOMENS - DEMONSTRANDOLHES COM TODA A EVID~NCIA- QUE CRISTO SALVOU ESSE AMOR; UMA REPARAÇÃO DOS PECADOS CONTRA O MATRIMONIO . .. "

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"ERRATA" No artigo anterior, por um lapso da revisão, ficou incompleto o texto da página 18, relativo ao ano de 1959. O texto completo é o seguinte: "Em 1959 - Equipistas brasileiros participam da grande peregrinação a Roma, no ano em que se comemorava o 21. 0 aniversário da criação dos "Grupos Caffarel". - Era o ano da maioridade do Movimento. E neste ano também, foram introduzidos no Brasil, os "Curso de Preparação ao Casamento", compilados pelo Movimento das ENS." (Ver também nossa seção "Cartas dos Leitores").

-oNOTICIAS BREVES Na noite de 14 de abril de 1986, durante a 24.• Assembléia da CNBB, a Dra. Zilda A. Neumann, médica, pediatra e sanitarista, apresentou um panorama da Pastoral da Criança, em mais de cem dioceses do Brasil. Esta ação de Igreja vem sendo desenvolvida há três anos no país, com o aval da CNBB e ajuda da UNICEF. A Campanha da Fraternidade de 1987, sobre o "menor", tem muito a ver com a Pastoral da Criança. Existe um cronograma de cursos regionais, marcados até o fim do ano, atingindo todos os Estados do Brasil.

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DIA DOS PAIS

PARABI:NS, PAPAl! Pai, a você que desde cedo soube mostrar ao filho o caminho de Deus, e que Jesus está presente na pessoa do irmão sofredor, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, a você que, apesar de,ter nascido num lar pobre, conseguiu deixar ao filho, como herança, a riqueza da honestidade, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, a você que sempre foi tido pelo patrão como simples objeto de lucro, chegando a ser demitido para "contenção" de despesas da empresa, sem que ela se importasse com a fome de sua família, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, a você que nunca teve medo de denunciar as injustiças, a fim de que pudesse ver o filho vivendo numa sociedade justa e fraterna, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, a você que, nos últimos anos, tem chorado muito, porque o seu minguado pagamento da aposentadoria por invalidez não o deixa levar para casa os gêneros de primeira necessidade, enquanto que uns poucos fraudam a Previdência Social em muitos bilhões de cruzados, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, a você que, batendo às portas de um orfanato, adotou uma criança, sem se importar com sua cor e sexo, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, a você que, na solidão de um quarto de asilo, vive sonhando com o carinho do filho, parabéns! Hoje é o seu dia! • Pai, a você que está preso porque se sentiu obrigado a furtar alguma coisa para não ter que ver o filho chorar de fome, parabéns! Hoje é o seu dia! Pai, você que, solteiro, contribuiu para que uma criança viesse ao mundo sem saber quem ela é e onde se encontra, hoje é, também, o seu dia! Pai, você que reclama não ser amado pelo filho, mas nunca se preocupou em demonstrar seu amor a ele, hoje é, também, o seu dia! Pai, você que vive procurando realizar-se na pessoa do filho dando-lhe de tudo, menos carinho e atenção, hoje é, também, o seu dia!

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Pai, você que exige do filho ser um cristão autêntico, mas nunca deu-lhe exemplo algum nesse senido, hoje é, também o seu dia! Pai, você que ensina ao filho que é muito mais importante ser macho do que ser homem, dando-lhe exemplos concretos através de espancamentos na esposa e perdendo-se na prostituição, hoje é, também, o seu dia! Pai, você que diz sentir orgulho do filho porque está subindo na vida muito rapidamente e não vê que isso se dá à custa dos ignorantes, hoje é, também, o seu dia! Pai, você que vive em conflito com o filho por não conseguir entender sua linguagem, suas idéias, seus hábitos, hoje é, também, o seu dia! Meu Deus, que pais e filhos abram o coração para ti, a fim de que sejam, neste mundo, sacramento do teu amor! Parabéns, papai! Hoje é o seu dia! Francisco Bueno

-oNOTfCIAS BREVES Por convênio firmado entre o INAMPS e a Confederação Nacional de Centros de Planejamento Familiar (CENPLAFAM), os métodos naturais de planejamento familiar serão pesquisados e divulgados na rede dos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, no Brasil. Informa a CNBB que "o Governo abre-se assim para assegurar informação correta sobre Métodos Naturais, reconhecendo sua comprovada eficácia científica de promover a vida e o amor conjugal, respeitar a saúde da mulher e coadunar-se com os valores éticos e religiosos. Os Centros de Planejamento • Familiar, que desde sua fundação colocaram-se a serviço da CNBB, darão sua colaboração aos órgãos governamentais unicamente para os métodos naturais, excluindo a aceitação dos métodos anticoncepcionais. . . Espera-se desta forma fazer frente à mentalidade neomalthusiana, que tanto vem prejudicando nossa população."

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RETIROS Diversos Setores nos enviaram sua programação de retiros:

AGOST0/86 Bragança Paulista Rio de Janeiro São Carlos Guaratinguetá

Casa de Retiros Cenáculo lgr. S. Sebastião

Florian olis Rio de Janeiro Porto Alegre São Paulo Porto Alegre

Morro das Pedras Ilha Vila Betânia Vila Manresa Barueri

Porto Alegre José Bonifácio Porto Alegre Rio de Janeiro São Paulo São Carlos Piracicaba Mafra Criciúma

Vila Betânia Casa Sta. Terezinha Vila Manresa (Setor D) Cenáculo lgr. S. Sebastião

07/08/09 07/08/09 15/16

Porto Alegre São Paulo Porto Alegre

Vila Manresa Barueri Vila Betânia (p/ filhos de eqpt.)

21/22/23 21/22/23 21/22/23

Belo Horizonte Rio de Janeiro Porto Alegre

(Setor A) Vila Betânia

Florianópolis

Morro das Pedras

02/03 22/23/24 29/30/31 30/31 SETEMBRO

05/06/07 05/06/07 18/19/20 26/27/28 26/27/28 OUTUBRO

03/04/05 17/18/19 17/18/19 24/25/26 24/25/26 24/25/26 25/26 25/26 25/26

Casa S. Lourenço

NOVEMBRO

DEZEMBRO

19/20/21

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PSSIU!!! BOM DIA! Quando você se levantou de manhã Eu já havia preparado o sol para aquecer o seu dia e o alimento para sua nutrição. Sim, Eu presenciei tudo, tudo isso enquanto vigiava e guardava seu sono, sua família e sua casa. Esperei pelo seu Bom Dia, mas você se esqueceu. . . Bem, você parecia ter tanta pressa que perdoei. O sol apareceu , as flores deram !u perfume , a brisa da manhã o acompanhou, e você nem penso'ir que Eu é que havia preparado tudo para você. Seus familiares sorriam, seus colegas o saudavam, você trabalhou, viajou, realizou negócios, alcançou vitórias , mas não percebeu que Eu estava cooperando com você e mais teria ajudado se você tivesse dado uma chance . Eu sei , você corre tanto e Eu o perdoei .. . Você leu bastante , ouviu muita coisa , viu mais ainda e não teve tempo de ler e ouvir a minha palavra. Eu quis até aconselhá-lo, mas você nem pensou nessa possibilidade . Seus olhos, seus pensamentos seriam melhores , o mal seria menor e o bem muito maior em sua vida. A chuva que caiu à tarde foram minhas lágrimas pela sua ingratidão, mas foram também minhas bençãos sobre a terra para que não lhe falte o pão e a água . Mas uma vez você se esqueceu quE:l Eu desejo sua participação no meu reino, com sua vida, seu tempo, seus talentos e seu dinheiro também . . . Findou o dia, você voltou para casa. Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita , para lembrar o meu amor por você. Certamente agora você vai dizer um obrigado e boa noite. Pssiu ... Está me ouvindo? Já dormiu! Que pena. Boa Noite, Eu fico velando por você ...

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LOURDES/88

Na Carta da Equipe Responsável Internacional que a CM francesa maio/agosto 1986 publica , o casal responsável da ERI , Jean-Ciaude e Jeanine Malroux, falam do grande Encontro Internacional que se prepara para 1988 .

. . . Graças a Deus, a importância das grandes peregrinações que manifestam a unidade e a universalidade de nosso movimento é bem percebida pela grande maioria entre nós. J: neste espírito que, apesar da dificuldade da tarefa, os Super-Regionais e a Equipe Responsável Internacional assumiram, em setembro do ano passado, o projeto de organizar um grande encontro em Lourdes, de 19 a 23 de setembro de 1988. Iremos , portanto, todos juntos, fazer esta caminhada de fé com Maria, nossa Mãe: confiar a seu filho nosso lar, nossa família, nossa equipe, nosso movimento e também todos os demais casais, mais particularmente os que sofrem e que estão desunidos, que temos em torno de nós. Que ela nos ajude em nossa tarefa de construção do Reino, pelos meios muito especiais que nosso sacramento do matrimônio coloca à nossa disposição! Guardem, pois, desde já estas datas: e que aqueles que tiveram a alegria de participar de Roma/59, Lourdes/65, Roma/70, 76 e 82 não deixem de testemunhar aos que os cercam, todo o bem espiritual e humano que ali receberam. Que os "repetentes" que teríamos tanta alegria em rever não hesitem em estimular - e até mesmo " apadrinhar " - os casais das equipes que viriam pela primeira vez.

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ORAÇÃO À IMACULADA Bendito seja Deus e Pai de N.S. Jesus Cristo, que te agraciou, ó Virgem de Nazaré, com todas as bençãos espirituais em Cristo. N'Ele foste concebida Imaculada! Escolhida para seres sua Mãe, n'Ele e por Ele foste remida mais que todos os outros seres humanos! Preservada da herança do pecado original, foste concebida e vieste ao mundo em estado de graça santificante. Cheia de graça! Na presente solenidade veneramos este mistério de fé! Neste dia, juntamente com a Igreja veneramos a Redenção, que se realizou em Ti. Aquela singularíssima participação na Redenção do mundo e do homem, a qual somente a Ti foi reservada', só a Ti. Salve, ó Maria, "Alma Redemptoris Mater"! Tu és a primeira entre os remidos, Ajuda-nos, a nós homens do vigésimo século que se encaminha para o seu termo e, ao mesmo tempo homens do segundo milênio depois de Cristo, ajuda-nos a encontrar de novo, a nossa parte no Mistério da Redenção; ajuda-nos a compreender mais profundamente a dimensão divina e humana daquele Mistério e a atingir de maneira mais plena os seus inexauríveis recursos . .. ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Amém! Oração rezada por João Paulo li, junto ao Monumento à Imaculada em 8 de dezembro de 1982, na "Piazza di Spagna".

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VIDA E OBRA DOS SANTOS

"Só há uma tristeza no mundo: não sermos santos". Leon Bloy "Cada vida de Santo é como um novo florescimento, a efusão de uma ingenuidade milagrosa e paradisíaca; é a liberdade, é a novidade, a eterna e insaciável novidade de Deus". Georges Bernanos

Estas palavras de Bloy e Bernanos nos trazem uma alegria e um grande entusiasmo pelo pequeno trabalho que vimos fazendo sobre a vida e a obra dos santos. Neste mês de agosto a Igreja festeja o patrono dos sacerdotes, São João Batista Maria Vianney, o

CURA D'ARS 8/ 5/ 1786 -

4/ 8/ 1859

Temos muitas vezes ouvido referências sobre o Cura D' Ars como se ele tivesse sido um simplório, alguém com pouca capacidade de aprender as coisas. Porém, o que acontecia com o nosso "enigmático e luminoso Cura D'Ars" é que ele se preocupava com o único essencial, "ele escolheu o que no mundo é sem consideração e sem poder, o que não é nada. . . para confundir os sábios e os fortes". Um dos biógrafos do Santo diz que o fruto mais saboroso do conhecimento mais exato da vida do "patrono celeste de todos os vigários do mundo", era o de focalizar de maneira mais intensa a graça própria do Sacerdócio, seu Mistério: "Deus coloca o padre sobre a terra como outro mediador entre o Senhor e seu povo pecador, como Ele mesmo está entre nós e seu eterno Pai". Cristo repete a cada um de seus ministros, através da vida e da ação do Cura D'Ars: "Minha graça te basta, pois é na fraqueza que meu poder se manifesta de maneira mais completa" (2 Cor 12,9). O nosso Santo foi marcado desde pequeno pelo exemplo dos pais. Em 1789, depois da Revolução, a Constituição Civil do clero dividia a Igreja da França em duas: de um lado "os padres juramentados"; de outro "os padres refratários", obrigados estes à clandestinidade.

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Durante o tempo que durou a persegutçao aos padres fiéis à Igreja, a miséria espalhou-se pela França e os pobres eram muitos. Entre os Vianney havia uma sólida tradição de acolhimento ao pobre. Os pais do nosso Cura, apesar das suas dificuldades permaneceram fiéis à tradição. Catarina Lassagne dá-nos este testemunho: "Os pais do Pe. Vianney eram bons cristãos que amavam os pobres. Ordinariamente os abrigavam em grande número, até vinte de uma só vez. No inverno, o pai, Mateus Vianney, acendia um grande fogo para que seus pobres pudessem aquecer-se; e com muita freqüência assavam-se ali batatas, e não raro as crianças e os pobres comiam juntos. Este bom pai, depois de fazer com que se aquecessem e comessem, acompanhava-os ao lugar onde deviam passar a noite. Ele mesmo tinha o cuidado de cobrí-los". E não consideremos esses pobres como mendigos de teatro: "Voltando para casa, Mateus tinha o cuidado de varrer e jogar no fogo os bichos que os mendigos podiam ter deixado ali". A clandestinidade que naturalmente trazia problemas, por outro lado levava os pais a se encarregarem de maneira mais pessoal, da formação dos filhos. "A gente ocultava os padres durante a grande Revolução. Às vezes eles vinham dizer missa em nossa casa". O nosso santo diz de sua mãe: "Ela vinha ter conosco de manhã, bem cedinho, quando ainda estávamos na cama, para nos fazer dar nosso coração a Deus e nos fazer rezar. Passavamos longos momentos, de noite, mamãe e eu, junto à lareira. Falávamos do Bom Deus". A união com Deus foi, desde cedo, para este garoto como que uma segunda natureza: pensar em Deus era algo que o atraía. "Na alma unida a Deus, dirá um dia, reina sempre a primavera". "Enigmático e luminoso Cura D'Ars", como fica bem esta expressão para uma personalidade tão simples e ao mesmo tempo tão complexa. Os textos que vamos trazer agora nos levam a lembrar as palavras de Bernanos que colocamos no início deste nosso trabalho: "Cada vida de Santo é a eterna e insaciável novidade de Deus". O mesmo homem que "no púlpito, se perdia vendo-se obrigado a descer sem haver terminado o sermão" no começo de sua vida de pároco, chegará o dia em que, a exemplo de Cristo, vai inspirar-se nas cenas da natureza e da vida familiar para pregar a verdade. No Catecismo de Ars encontramos estas imagens: "contempla os vôos das alvas pombas que o fazem pensar no Espírito Santo. O grão de trigo lançado à terra, carecendo de chuva e sol para produzir espigas, é para ele imagem da alma fecundada pela graça. Os frutos mais sazonados e atraentes, picados por um verme, simbolizam aparentes boas obras inspiradas e contaminadas pelo orgulho. Respira o perfume da vinha em flor, menos suave do que o de uma alma que se acha em paz com Deus. O mel que corre dum racimo maduro afigura-se-lhe a saborosa doçura da oração. O campo inculto lembra-lhe a consciência embrutecida do pecador. Olha para a

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fumaça que turbilhona sobre as fogueiras dos pastores no inverno; as cruzes atiradas às chamas do amor diz, são como as ramas de espinho que o fogo consome; os espinhos são duros, mas a cinza é macia. "Foi na Providência (orfanato) e na sala de aulas que começaram os famosos Catecismos de Ars. O começo foi muito humilde. Com eles o Pe. Vianney não fez nenhuma inovação, pois todo o cura de almas, consciente de seus deveres, há de alimentar os pequenos de seu rebanho com o pão da doutrina". No começo só assistiam as professoras e as meninas. As idas e vindas do Pe. Vianney ao orfanato ainda passavam despercebidas. Mas começando os peregrinos a afluir e a procurá-lo naquela hora, foram até ao orfanato. . . A princípio ficavam fora, junto à janela. Depois se atreveram um pouco mais e chegaram até à porta. E um belo dia, restando um espaço desocupado, meteram-se na sala. Assim ficou sendo até 1845. Aliás, aquilo se passava como em família. - Narra o cônego Champenois de Bourg, testemunha do fato em 1842 ou 1843. Alí se encontravam as meninas da casa, mulheres que fiavam, as próprias professoras ocupavam desse modo os curtos momentos de descanso - e se não me falha a memória - uma galinha empoleirada sobre uma mesa. Nisto entra o sr. Cura revestido de sobrepeliz. Toma um catecismo e apoiado na amassadeira começa assim: · - "Minhas filhas, ontem ficamos na lição sobre o matrimônio". Lê em seguida esta pergunta: Qual a causa ordinária dos matrimônios infelizes? Segue a resposta, que se põe a explicar: Ah! minhas filhas, quando dois esposos estão de há pouco casados, não se deixam de olhar; acham-se tão simpáticos, tão cheios de boas qualidades! Admiram-se e se dispensam mil amabilidades. Mas a lua de .mel não dura sempre. . . Chega o momento em que esquecem as boas qualidades que descobriram um no outro e eis que aparecem os defeitos que não tinham percebido. Agora já não se podem suportar. O marido diz à mulher: Preguiçosa, rabugenta, nulidade! ... etc." Eu, prossegue, o cônego Champenois, estava estupefato com essa familiaridade, com essa quase desenvoltura. Contemplei o auditório e todos o escutavam com religioso silêncio, nem sequer um sorriso. "À noite de sábado, dia 3 de maio de 1845, o Pe. Lacordaire, que desde muitos anos desejava conhecer o Cura D'Ars, chegou incógnito de Lião à santa aldeia. . . Foi recebido no castelo. Às cinco da manhã dirigiu-se à Igreja. O Cura D'Ars mostrou-se muito alegre ao vê-lo. " Abraçou-o com efusão, apertando-lhe várias vezes a mão e dando-lhe as boas vindas com um sorriso de satisfação". "Depois, preparou-lhe para a missa o cálice mais precioso e os paramentos mais ricos. Às dez, o ilustre dominicano, sentado na tribuna reservada aos Garets, assistia à missa do Pe. Vianney. O Celebrante fez a prática sobre a recepção do Espírito Santo. Lacordaire também assistiu ao Catecismo, que era dado cada domingo, a uma hora da tarde. O pároco pediu-lhe que cantasse as -26-


vésperas e pregasse. Isso foi uma decepção para uns peregrinos recém-chegados, que preferiam ouvir o Santo. E que sua humildade fez descorar o brilho da palavra de Lacordaire". Enquanto o pregador falava, diz uma das testemunhas desta cena, o Cura D'Ars "escutava-o com uma atenção que poderíamos chamar devoradora e comovente". Na segunda-feira os sacerdotes dos arredores, reunidos para a conferência eclesiástica, almoçaram no castelo. O pe. Lacordaire presidiu à refeição." O Cura D'Ars lhe pareceu pouco eloqüente, disse um dos convidados ao Pe. Lacordaire. Respondeu friamente o orador: - Pregou como deve fazer um bom pároco". Na véspera, o grande pregador dissera em presença do mestre Pertinand - "Este santo sacerdote exprimiu de uma maneira admirável, ao falar do Espírito Santo, um pensamento em busca do qual eu andei muito tempo". O Cura D'Ars aproveitou tão honrosa visita para mais se humilhar: "No dia seguinte, refere o Pe. Raymond, disse-me: "V. Revma. conhece o ditado: os dois extremos se tocam. Pois bem, hoje se cumpriu no púlpito de Ars, onde subiram a extrema ciência e a extrema ignorância". A humildade foi a virtude predileta do nosso Santo. Tinha-a em tão grande estima, diz o Irmão Atanásio, que dela falava constantemente, sobretudo nas instruções ... " Sêde humildes, sêde simples, não cessava de repetir aos Irmãos da Sagrada Família; quanto mais o fordes, tanto maior será o bem que fareis". Gostava muito de contar esta história: - Um dia apareceu o diabo a São Macário. "Tudo o que fazes faço eu também, disse o Satanás ao cenobita da Tebaida. Tu jejuas, e eu não como nunca. Tu passas em vigília, e eu jamais durmo. Uma cois~ porém, há que tu fazes e eu não posso fazer. - Qual é? - Humilhar-me". Segundo conta o Pe. Tocanier, costumava dizer freqüentemente: - "A humildade é entre as virtudes o que a corrente é para as contas do rosário: rebenta-se a corrente e todas as contas caem. Tire-se a humildade e todas as virtudes desaparecem".

Fontes consultadas: -

O CURA D'ARS Ed. Vozes

Francis Trochu

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JOÃO MARIA VIANNEY CURA D'ARSEd. Loyola

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ENCONTRO EM ITAICI Para este casal-repórter, que participou de seu primeiro EACRE que ainda não se chamava assim - em 1961, foi um espetáculo deslumbrante. Lotando a platéia do grande auditório da casa de ltaici, para ouvir a palestra do Pe. Boim, estavam reunidos os 7 casais da ECIR, 12 Casais Regionais, 64 Responsáveis de Setor, 22 Responsáveis de Coordenação e 16 Conselheiros Espirituais, vindos de todos os cantos do Brasil. Inevitavelmente, o encontro de 24 anos atrás, realizado no Colégio Santa Cruz, em São Paulo, nos vinha à mente: naquela reunião de 80 casais, Responsáveis de todas (!) as Equipes do Brasil, nos sentíamos maravilhados pela pujança e a grandeza do Movimento ao qual pertencíamos! Que dizer, diante do espetáculo de hoje?. . . Os casais reunidos em ltaici eram os "quadros" responsáveis pelas 922 Equipes que formam, atualmente o Movimento em nosso país.(*) Este Encontro Nacional dos quadros, que se realiza anualmente, e que visa a maior integração e a maior unidade possível de todos os equipistas na vivência dos meios e da mística do Movimento, teve lugar este ano de 16 a 18 de maio. E já na noite de sexta-feira, dia 16, após o jantar, os casais se reuniam em grupos para pôr em comum sua experiência na vivência de suas responsabilidades. A oração da noite, nos próprios grupos, lhes trazia à lembrança a palavra de Jesus: "Estou no meio de vocês como aquele que serve". O dia de sábado, 17, se constituiu numa grande liturgia em todo o seu decorrer, em torno do tema: "O leigo equioista - presença da Igreja no mundo". Iniciou-se pela manhã com a Liturgia da Palavra, precedida de um canto de entrada, cujo refrão é muito significativo:

Senhor, se tu me chamas Eu quero te ouvir Se queres que eu te siga Respondo: Eis-me aqui! Em seguida, no grande auditório, os participantes ouviram a palavra do Pe. Dagoberto Boim, assessor da CNBB para a Pastoral da Família, que lhes falou sobre "Inserção". (V. entrevista do Pe. Boim). Nova-

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Dados de 31 de dezembro de 1985.

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mente em grupos, os casais se reuniram para refletir sobre as. idéias colocadas pelo paletrista, a partir de duas perguntas formuladas por ele: (1) Os fatos políticos, culturais, econômicõs e eclesiais, na prática, como repercutem na vida conjugal e familiar? e (2) A mística ou espiritualidade, como é vivenciada na vida conjugal e familiar, a partir da realidade sócio-econômica, política, cultural e eclesial?

Um aspecto do plenário

No mesmo horário, os 16 Conselheiros Espirituais presentes se reuniam em grupo especial para coparticipar e debater a vivência de sua participação nas Equipes. Durante mais de duas horas, nossos Padres Assistentes demonstraram o carinho e o profundo interesse que têm pelas Equipes. A título de exemplo, citaremos somente uma palavra do Pe. Giocondo. Diante da clássica objeção referente ao tempo tomado pelas equipes, ele disse: "Vejam o exemplo de São Paulo: tinha o mundo todo a converter, mas passava meses no mesmo lugar".

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Após o almoço, retomou-se a Liturgia da Palavra, com a leitura de trechos da Apostolicam Actuositatem (n. 0 4) e do Documento n. 0 34 da CNBB, referente à Pastoral da Família. Em seguida, o Pe. José Carlos di Mambro, Conselheiro Espiritual da ECIR, colocou duas pistas para a refleção dos Grupos de Coparticipação que viriam logo após :

Visão parctal do grupo dos C.E.

Qual é o primeiro passo que devemos dar para que cada equipista se conscientize da sua responsabilidade na construção de uma sociedade nova? - Como melhor ajudar as famílias a uma prática de educação para os valores essenciais da vida humana? Essas pistas ensejaram um intenso trabalho de reflexão e de coparticipação nos 14 grupos formados e os frutos deste trabalho irão, sem dúvida, enriquecer sobremaneira a atuação dos responsáveis do Movimento, por muito tempo. A Liturgia Eucarística que se seguiu aos grupos foi concelebrada por 14 sacerdotes, na belíssima capela da casa de ltaici, totalmente tomada pelos participantes. A noite, depois do jantar, voltou-se ao auditório onde, sob o comando de Igar e Cidinha, Casal Responsável da ECIR, houve uma sessão

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Um grupo de coparticipação em pleno trabalho

de comunicações, precedida de uma melhor apresentação dos participantes. Os principais assuntos abordados nessa sessão de comunicações foram os seguintes: - As Equipes e a Constituinte. Rômulo e Beth, da ECIR, teceram algumas considerações iniciais a respeito do questionário previamente distribuído aos equipistas e que teve respostas por escrito de 70% dos casais. A análise mais aprofundada dessas respostas está em curso e será posteriormente levada ao conhecimento de todos. - Reaparelhamento do Secretariado Nacional. lgar expôs os estudos em curso para a aquisição de um micro-computador para o Secretariado, que se faz cada vez mais necessário, em função do atual número de equipistas (mais de 7000) e da complexidade crescente dos serviços. - Publicação do Balanço financeiro do Movimento. Além da entrega individual do Balanço a cada Responsável, lgar comunicou que o mesmo será também publicado na Carta Mensal (vide pg. 42). - Livro: "O sentido de uma vida". Rubens de Morais,- que com Dirce forma o casal que atualmente representa o Brasil no Conselho Internacional do Movimento - falou a respeito deste livro. Trata-se de uma biografia de Pedro Moncau, fundador das ENS no Brasil, escrita por Nancy. O livro está nas livrarias e sua leitura é importante para todos nós, equipistas (v. nota, pg. 40) . -31-


Os casais lotaram a capela de ltaici

Encontro Internacional de 1988 em Lourdes. O movimento está desde já organizando este Encontro e necessita conhecer antecipadamente as eventuais adesões. (vide CM de junho, pg 38 e neste número, à pg. 21). - Novo calendário. Cidinha comunicou que após exaustivos estudos e pesquisas, chegou-se à conclusão que o calendário que acompanha nosso ano civil/ escolar é ainda mais adequado à nossa realidade brasileira. Assim, a partir de 1987, retoma-se o calendário anual com início em janeiro e término em dezembro (em vez do período atual que vai de julho de um ano a junho do ano seguinte). (Vide pg. 13). Durante essa sessão, todos notaram um belíssimo quadro localizado no fundo do palco, atrás dos expositores. lgar explicou que se trata de um "ícone" que Louis e Marie d'Amonville, ex-Casal Responsável da ERI, tinham mandado confeccionar em Jerusalém e cujas reproduções doaram aos diversos países onde o Movimento vive. Trata-se de uma representação da Sagrada Família e ficará exposto no Secretariado Nacional. Seguiu-se a essa sessão um momento dedicado a Nossa Senhora. Consistiu na projeção de um audio-visual sobre as aparições de Maria em Medjugorje, na lugoslavia (V. CM de junho 86, pg. 28), seguida de momentos de oração e reflexão. No domingo, após a celebração da Missa de Pentecostes e o café da manhã, houve nova reunião no auditório, onde inicialmente Rômulo

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e Beth falaram de Pré-Equipes. Explicaram que se trata de oferecer aos casais que procuram as ENS, uma experiência de vivência comunitária nos moldes das Equipes. Mesmo que ao final da experiência - que durará oito meses, com duas reuniões mensais - o casal decida por não entrar numa equipe, nosso Movimento lhe terá oferecido a opção de um caminho para o encontro com Cristo. Em seguida, os mesmos Rômulo e Beth, juntamente com Toninho e Olga, C.R. pela Reunião São Paulo/Centro, fizeram uma detalhada exposição a respeito de trabalhos previamente enviados pelos Responsáveis de Setor, sobre a maneira como veem e exercem sua missão. Por fim, o casal Falcão e Maria Helena, encaregados pela ECIR da coordenação das Equipes de Jovens, falaram do Encontro Nacional que irá se realizar em São José dos Campos, SP, nos dias 20 e 21 de setembro de 1986, reunindo casais coordenadores e jovens participantes de Equipes de Jovens.(*)

Outro grupo em reunião

* Mais informações com: Maria Helena e Luiz O.D. Falcão Pr. Melvin Jones, 148 12200 - São José dos Campos, SP. Tel. (0123) 21-3757. -33-


Depois do almoço, os casais se reuniram por Região, e debateram os assuntos específicos de suas áreas geográficas. A sessão de encerramento se deu às 15,30 e, às 16 horas, fortalecidos por mais este encontro de amor, realizado com a presença de Cristo, e com uma consciência ainda mais aguda de sua responsabilidades em relação ao Movimento e à Igreja, os casais participantes tomavam o caminho de volta para suas cidades, com o canto final do Magnificat, nosso sinal de união, ainda ressonando em seus ouvidos: O Senhor fez em mim maravilhas, santo é Seu nome!

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NOTICIAS DOS SETORES Novas Equipes -

Teresópolis/RJ

Eq . 1: NS do lmac. Coração C. E.: Frei José U. Lopes C. Piloto: Célia e Luciano -

Petrópolis/RJ

Eq. 26 : NS da Consolata C. E.: Frei Geraldo C. Piloto: Wanda e Sergio -

Piabetá/RJ

Eq. 4: NS das Graaçs C. E.: Pe . Argemiro C. Piloto: Lucia e Philipe -

Florianópolis/Se

Eq . 7 C. E.: Frei Francisco Morás C. Piloto: Regina e Rui -

Taguatinga/DF

Eq. 47: (Setor B de Brasil ia) . C. E.: Pe . José Garcia Netto (Pe. Juca) C. Piloto : M.a Aparecida e José Roberto Saleh -

Ribeirão Preto/SP

Eq. 19 C. Piloto: Rosa e Francisco Eq . 20 C. Piloto: Mariana e Roberto -

Porto Alegre/AS

Eq. 11: NS do Trabalho C. E.: Pe. Werno Weber C. Piloto: Maria e Chico

Eq . 33: NS de Monte Claro C. E.: Pe. Merek Zulcomhai C. Piloto: Elza e Enio

Mudanças de Responsáveis de Quadros -

Petrópolis/RJ

O Setor B mudou de mãos. Deixaram a responsabilidade Marylena e Mario Ferrara e assumiram M .a Regina e Job de Andrade. -

Rio de Janeiro/RJ

- No Setor B - M .a Aparecida e José Manuel Peneda Santos passaram a responsabilidade do Setor para Meze e Demerval C. da Costa. - No Setor G (Ilha do Governador) O novo casal responsável pelo Setor é Yolanda e Yutaka Okumura em substituição a Dora e Luiz Soares Sobrinho. -

Niterói/RJ

- Helô e Delio Tardin passaram a responsabilidade pelo Setor Niterói para Lurdinha e Erimã Pelluzo em 10 de maio últil')lo, numa missa especialmente preparada para a ocasião. -

Lages/SC

O Setor de Lages tem como novo responsável o casal Arlete e Antonio Rotta que recebeu o cargo das mãos de Nilza e Hugo Dai'Asta em cerimônia de muita profundidade espiritual realizada em 4 de maio passado. Aos casais que ora se afastam deixamos registrado o reconhecimento e o agradecimento de seus equipistas de base pelo amor e empenho com que se dedicaram à sua missão. Aos casais que agora assumem queremos desejar que o Espírito Santo

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os ilumine e os Inspire como a Maria Santíssima ao dizer o seu "SIM".

Volta ao Pai

o amavam, viveram para serví·lo e louvá-lo na alegria e no sofrimento. lrene, após pertinaz moléstia, faleceu em 20 de maio último, confortada em todos os momentos pelo carinho, fortaleza de fé, de amor e cari· dade de seu esposo Nelson, de seus filhos e familiares. Mesmo doente, participava dos eventos das ENS, falando de sua moléstia com tanta naturalidade, resignação e alegria, que era para todos um exemplo vivo do Cristo autêntico, sustentada pela esperança da Ressurreição e de seu encontro definitivo com Deus que sempre falou pela vida e pela morte de lrene e através de seus olhos sempre sorriu para o mundo. (N. R. - lrene é autora do Depoimento - Confiar como Crianças, publicado na Carta Mensal n.0 4 de junho/86).

- Eliana Gonçalves e Evaldo Santos Cruz (ambos da equipe 23/ A de Petro· polis/RJ. Eliana (casada com João) deixou dois filhos menores. Mãe extremosa , amiga dedicada, encontrou nas ENS sua verdadeira fé. Evaldo (esposo de Denise) deixou uma filha. Doente há quase um ano, as Equipes foram para ele consôlo e re· signação. - Victor Macedo Reis (da equipe 09/ A Rio I, do Rio de Janeiro) Marido de Maria Laura faleceu aos 65 anos. Morte súbita e imprevisível deixa saudades a todos os seus irmãos equipistas. Participa do Movimento há Transferência de um Amigo poucos anos e preocupava-se sempre em crescer na espiritualidade . A equipe 22 de Petrópolis, formada há 3 anos, tinha como Cons. Espi· - Mario Duarte de Souza (da equipe ritual Frei José Aussems que com sua 3 de S. Carlos/ SP) simples presença confortava e transFoi juntar-se à sua querida esposa mitia muito amor e carinho aos casais Apparecida, falecida há pouco mais de da equipe. Foi transferido para outra um ano , na glória eterna. Cida e Mario cidade, S. Sebastião. Tania e Fernando pilotaram várias equipes em S. Carlos, em nome de todos os casais da equiPiracicaba e S. José do Rio Preto. Fope 22 rogam a Deus que abençoe Frei ram responsáveis pelo Setor de S. CarJosé e aaradecem ao Todo Poderoso los e vinham exercendo a função de por tê-lo colocado em seu caminho. C. R. da Região S. Paulo I Oeste quan· do Cida partiu para a morada do Pai, vítima de moléstia inesperada. Mesmo 5.0.5. do Matrimônio sentindo a ausência da companheira, O Boletim do Setor A de Londri· Mario continuou integrando a equipe na/ PR informa que os casais da Equipe N. S. das Dores e prosseguia proferin· do palestras em cursos de preparação · n.0 7 - N. S. Aparecida colocam-se à disposição, mediante plantão telefônipara o casamento, encontro de casais co, para ajudar, com suas palavras e com Cristo e seu programa semanal seu testemunho de vida, casais ou pesna Rádio São Carlos. Vítima de um soas com problemas conjugais, faml· acidente automobilístico Mario voltou liares ou quaisquer dificuldades no maao Pai em 21-04-86, deixando-nos, além trimônio. da saudade, o exemplo de seu valioso apostolado, de sua presença marcante e a certeza de que, participando de Carta a um Conselheiro Igreja Triunfante, ele estará interceEspiritual dendo por seus seis queridos filhos e Recebemos dos casais da Equipe pelas ENS, os quais tanto amava. n.0 4 - N. S. do Perpétuo Socorro do - lrene B. Figueira (da equipe 10 de Setor do ABC - Grande S. Paulo, uma Campinas/SP) tocante carta a Frei Geraldo, ex-Con"Preciosa é aos olhos de Deus, a selheiro Espiritual do Setor e da sua equipe e hoje residindo em Caxias do morte de seus amigos", daqueles que

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Sui/RS . Na carta os casais lembram que Frei Geraldo muitas vezes transcendia as funções estritas de C. E., pois ·além de conhecer os pontos fracos dos casais , ajudava a resolver os problemas familiares·. Dentro ou fora das reuniões formais , nos momentos de precisão, os casais sentiam-se guiados e renovados em sua fé cristã pelo exemplo que ele lhes inspirava e incutia. Frei Geraldo terá sempre um canto especial e merecido nas orações da Equipe 4 que continuará a seguí-lo em sua caminhada de fé, de irmão e de mensageiro da palavra de Deus .

Vigília de Oração Contam-nos lsa e Newton que no dia 4 de abril passado a equipe 02-B de S. Paulo, Capital retomou a prática de sua vigília mensal. A partir das 24 hs. os casais da equipe revezaram-se em oração durante uma hora cada um e cada casal , que terminado o seu turno chamava por telefone o casal seguinte e assim sucessivamente até às 6 da manhã .

Aniversários de Vida Religiosa -

Mons. Paulo Daher

A missa mensal de março/ 86 das equipes do Setor A de Petrópolis/ RJ além da habitual confraternização serviu também para o agradecimento a Deus pelos 31 anos de vida religiosa de Mons. Paulo, grande incentivador das E. N. S., sendo o Cons. Espiritual de 3 equipes , bem como do próprio Setor. ·-

Pe . Victor Gialusi, SJ

Realizou-se em 26 de abril passado na Paróquia de S. Luiz, em S. Paulo, Capital, a missa comemorativa dos 50 anos de vida religiosa do Pe. Victor que entrou no noviciado da Companhia de Jesus em 11-2-36 na festa de N. S. de Lourdes. Está na assistência espiritual das E. N. S. desde 1973 (C. E. da ENS 03/ B) e também participou da equipe coordenadora dos anos de aprofundamento.

Eventos -

Sessões de Formação

No intuíto de formar e reciclar seus quadros dirigentes, o Movimento programou para o período de 18 a 21 de abril a realização de Sessões de Formação que tiveram lugar em várias localidades. Segue-se uma breve notícia sobre algumas delas: • Londrina/PR

Realizada na Casa de Retiro Emaús e contou com a participação de 17 casais e a assistência espiritual do Pe. José Carlos Di Mambro. C. E. da ECIR. O casal Doroty e Wanderley foi o responsável pela coordenação da Sessão tendo atuado na equipe de serviço Edy e Adherbal, da ECIR e Dalva e Valmor responsáveis pela região Par~ná . • Marília/SP

Participaram oito casais sendo quatro do Setor A e Quatro do Setor B de Araçatuba. Nas palavras do casal divulgador Maria Tereza e Laerte: · Di· zer que foi válido é pouco pois somente participando é que se pode avaliar a importância de uma Sessão de Formàção para nós casais equipistas . Gostaríamos que quando forem chamados através de Cristo para participar, digam SIM. A pregação esteve a cargo de Frei Estevão Nunes, um verdadeiro enviado de Cristo, e que com o dom da palavra que lhe é peculiar cativou a todos os presentes· . • Guaratinguetá/SP

Realizada na Casa dos padres Redentoristas, no Bairro das Pedrinhas , coordenada por Dedé e Paulo e sob a responsabilidade de Vara e Paulo José, R. R. da Região S. Paulo-Leste. Participaram 20 casais equipistas das cidades de S. Paulo, Mogi das Cruzes , Jacareí, São José dos Campos, Caçapava , Taubaté , Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá e Pouso Alegre/MG . O C. E. da Sessão foi o nosso estimado Frei Hugo Baggio que por sua bagagem religiosa e cultural marcou presença com suas palavras, o toque especial desta sessão foi a presença cativante e inspiradora de Nancy Moncau .

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O evento contou com a ViSita emocionante da imagem de nossa Padroeira , a Peregrina Senhora de Aparecida que trazida pelo C. E. do Setor, Pe . Agenor ali permaneceu até o final da Santa Missa de encerramento celebrada por D. Geraldo Penido , Arcebispo de Aparecida. -

Dia de Estudos

Na Igreja de S. Sebastião em Piabetá/ RJ perto de 120 casais entre aquipistas, cursilhistas e membros da comunidade participaram de um dia de estudos , organizado pelos equipistas locais com a colaboração de casais de Petrópolis e sob a orientação espiritual de Frei Antonio Moser. Informam Sandra e Antonio do Equipetrúpolis , que foi um dia de intenso trabalho e rica experiência ao findar do qual manifestaram-se inúmeros casais desejosos de participar do nosso Movimento. -

Tarde de Estudos

Realizada em 19 de abril p. passado uma tarde de conscientização e oração na Chácara Maria Clara Pentagna em Valença/ RJ, promovida pelos equipistas locais, com a assistência do Pe . Paulo Ruffier e contando também com a participação de casais equipistas vindos especialment e de Juiz de Fora. Nosso espaço é pouco para reproduzir tudo aquilo que nos é reportado por Marize e Sérgio Sacramento. Falou-se principalmente dos meios de aperfeiçoamento como a Oração Conjugal e o Dever de Sentar-se e enfocou-se também a mística das ENS. Ao final da missa de encerramento Pe . Paulo propôs para reflexão dos presentes a seÇJuinte questão: " Vocês acreditam na ressurreição de Cristo? " . Após breve silêncio ele mesmo respondeu: "Sim, nós cremos na ressurreição de Cristo quando sentimos esta felicidade em estarmos juntos. Acreditamos, quando vemos que durante séculos tudo isto é feito em sua memória, em Seu nome, com tanta fé e devoção" .

Retiro Realizou-se em 5/ 6 de abril passados um retiro espiritual das ENS de

Jacareí/SP, pregado por Pe. Viana. Estiveram presentes 30 casais que foram levados a uma profunda reflexão sobre sua vida matrimonial. Na missa de encerramento, sob forte emoção, foi feita a renovação do Sacramento do Matrimônio . Mais uma vez, os casais que tiveram a felicidade de participar do retiro, dele sairam munidos de mais disposição para enfrentar o cotidiano de suas vidas .

Encontro de Filhos de Equipistas O 1.0 Encontro de Filhos de Equipistas de 1O a 13 anos de idade teve lugar em 12-04-86, sob a responsabilidade dos casais da Equipe 10 de Gua· ratinguetá/ SP, conforme nos contam Cidinha e Eurico. O tema central foi "Relacionamento Pais e Filhos ", analisado em seu aspecto familiar e abordando problemas relacionados com sexo e droga. A palestra foi muit o bem desenvolvida por Frei Vitória Mazzuco e contou com a colaboração de elementos das comunida es assistenciais dirigidas por Frei H<=~ns Stapel, que ofereceram testemunhos ilustrativos à palestra . O resultado do encontro foi muito bom, superando até a expectativa e havendo por parte dos participantes grande interesse na realização de outros encontros desse tipo. Já se fala na criação de "equipinhas" para o pessoal dessa faixa etária.

Peregrinação Marial Conforme a Programação do 1.0 Semestre de 1986, as equipes de For· taleza/ CE efetuaram uma peregrinação Maria I à cidade de Baturité a 100 km de Fortaleza, no domingo 18-5-86. Nas cinco paradas do percurso iniciado às 7:30 hs. foram recitados os cinco mistérios gozosos do rosário . No Santuário de N. S. Auxiliadora , em Baturité a programação incluiu: Canto introdutório; preleção sobre a Padroeira; leitura bíblica com oração e meditação expontâneas; oração a N. S. Auxiliadera e canto final. Na matriz de N. S. da Palma a programação cumprida compreendeu: canto introdutório; récita dos

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mistérios gloriosos; preleção sobre Nossa Senhora e a paz; canto do Magnificat.

Reunião com o Arcebispo Em 5 de maio último os equipistas de Londrina/PR reuniram-se com seu Arcebispo que lhes solicitou um estudo sobre o documento: Missão e Voção do Leigo na Igreja e no Mundo, 20 anos após o Concílio Vaticano 11.

Reunião de Conselheiros Espirituais No dia 27 de maio último, o Setor B de S. Paulo, Capital, reuniu seus Conselheiros Espirituais para uma reflexão sobre as orientações do ano das E.N.S. A pauta girou em torno do assunto "O leigo equipista: presença da Igreja no mundo". Pôde-se notar, entre os sacerdotes presentes, grande espírito de colaboração com as d1retrizes do movimento, bem como uma consciência muito clara de sua missão de "animador espiritual" junto a grupos coordenados por leigos.

Efemérides -- Araçatuba/SP -- 25 anos

(ver foto e legenda) -

Ilha do Governador(RJ -- 15 anos

Com o comparecimento maciço dos casais equipistas do Setor G, realizou-se no último dia 24 de abril na Igreja N. S. d'Ajuda a festividade comemorativa dos 15 anos da implantação dos E.N.S. na Ilha do Governador. Por essa data tão significativa foi concelebrada Missa de Ação de Graças

por seis sacerdotes, todos eles Conselheiros Espirituais de Equipes. Na homilia os celebrantes cederam a palavra aos leigos e a mensagem enviada pelo casal Cida e Luiz Mario, introdutor do nosso movimento na Ilha foi lida por seu filho Luiz Eduardo. A seguir foi dada a palavra a Nancy Moncau (que com seu marido Pedro foi introdutora das E.N.S. no Brasil) que falou aos presentes sobre a espiritualidade conjugal afirmando que "as Equipes são um movimento que ajuda o casal a ser feliz" e dirigiu-se também aos jovens, filhos de equipistas, para que entendam bem o que usufruem com a participação de seus pais nas E.N.S. Ao final da missa o C. R. do Setor Dora e Luiz apresentou seus sucessores Yolanda e Yutaka que foram empossados pelo R. R. Daisy e Adolpho representando a ECIR. ~ desejo de todos os equipistas do Setor G que Nossa Senhora continue derramando suas bençãos maternais sobre toda a família equipista. -- Campinas/SP -- 31 anos

As E.N.S. do Setor Campinas reuniram-se no dia 4 de Maio para o cong~açamento de todos os casais equiplstas e seus familiares, para comemorar os 31 anos do movimento em Campinas, bem como o Dia das Mães. A Santa Missa foi celebrada pelo C. E. do Setor, Pe. João Bosco Dubet Assuncionista. ' Vários foram os testemunhos de que a paz que os irmanava somente poderia provir do único vínculo realmente fraterno -- O Cristo. Eram velhinhos, jovens e crianças a se obsequiarem através da caridade fraterna, que caracteriza o • grupo de eleitos". Viveram, realmente, um dia feliz!

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Araçatuba, 25 anos: foto comemorativa, tirada à saída da Missa, com os equipistas reunidos com D. Valter Bini, bispo diocesano e o C. Regional, Neusa e Orlando.

O SENTIDO DE UMA VIDA Acaba de ser publicado pelas Edições Loyola o livro O SENTIDO DE UMA VIDA, que tem como sub-título "Pedro Moncau Jr., O Homem, O Médico, O Cristão". O livro é de autoria de nossa querida Da. Nancy, que o dedica a "todos os casais das Equipes de Nossa Senhora no Brasil". A obra é uma biografia de Pedro Moncau que, junto com Nancy, sua esposa . durante 46 anos, trouxe o Movimento das ENS para o Brasil. Além da história de sua vida, o livro traz suas reflexões e meditações, recolhidas por Nancy e se constitue, na verdade, na própria história do Movimento no Brasil. Ao lê-lo, não sabemos se a riqueza maior nos vem do aporte histórico ou das reflexões e do testemunho de vida do Dr. Moncau. Parece-nos que se trata de uma leitura quase que obrigatória, para nós, equipistas, que queremos melhor conhecer o Movimento a que pertencemos e que buscamos nos inspirar no exemplo e no testemunho cristão de homens como Pedro Moncau Jr. Edições Loyola - São Paulo, 1986. 199 páginas. Preço de capa: Cz$ 75,00. Preço especial para as Equipes: Cz$ 65,00. Pedidos para o Secretariado Nacional. -40-


ENTREVISTA

PADRE DAGOBERTO BOIM Durante o Encontro Nacional de Itaici, a Carta Mensal entrevistou o Pe. Dagoberto Boim, assessor da CNBB para a Pastoral da Família. Eis alguns dos pontos enfatizados pelo Pe. Boim, durante a entrevista. • Sobre "inserção": A inserção é um direito e um dever que decorre do próprio batismo. O exerctcto da inserção é, além de pessoal, uma maneira comunitária de ação de Igreja, inclusive nos sindicatos, partidos, associações de bairros, movimentos populares; é uma presença que leva em consideração a prática da justiça, abrindo espaço para que todos tenham voz e vez. A base da inserção é a mística, a espiritualidade. Ela tem uma conotação libertadora, a partir de nossa realidade empobrecida. Ela é expressão de "comunhão e participação". • Sobre os trabalhos atuais da Pastoral da Família, na CNBB Está se desenvolvendo um trabalho de equipe, com o entrosamento entre vários movimentos familiares e as comunidades. Estão em estudos Cursos de Noivos específicos, a partir da realidade pesquisada nas diversas comunidades. Existem diferenças importantes constatadas nessa pesquisa: por exemplo, a solidariedade entre famílias é bem menos desenvolvida nos bairros de classe média do que nas comunidades das periferias. • Sobre Famílias e Sociedade A família não pode ser considerada isolada· mente: ela está inserida na sociedade. No processo atual da sociedade, a família passou a ser vítima e não pode mais cumprir sua função de agente de transformação. Em seu microcosmo, a família repete a estru· tura da sociedade em que vive, com suas injustiças. Mas há uma minoria que é luz e esperança: anima· dos pela fé, há famílias na miséria que vivem com.,._._..__ _ alegria.

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BALANÇO 1985 Com data de maio 1986, o Secretariado Nacional nos enviou a Demonstração de Conta de Resultado das finanças do Movimento, referente ao ano de 1985. Esta informação, que tem sido regularmente transmitida aos Responsáveis de Setor e Coordenação, passa agora a ser divulgada também por nossa Carta Mensal, diretamente a todos os equipistas, com a finalidade de "fazê-los conhecer 0 destino das contribuições recebidas dos equipistas, além de propiciar uma análise e reflexão" de cada um sobre o assunto. A nota do Secretariado esclarece também que a média anual de contribuição por casal foi, em 1985, de Cz$ 59,41. A provisão que aparece na última linha reflete a necessidade de se fazer uma reserva, no final do ano, para o primeiro trimestre do ano seguinte, quando não há entrada de contribuições. Os valores são expressos em cruzados. RECEITAS Contribuição Encontros . ...... . .. . ...... . . Recuperação Despesas ... ... . . . Receita Financeira ....... . . .. .

328.687,04 16.155,90 27.057,87 55.031,16

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DESPESAS 58.242,57 93.516,41 26.189,25 63 .933,91 22.501,96 10.666,52 5.650,64 16.085,92 6.739,03 5.849,93

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Provisão para o período janeiromarço 1986 ..... . .. . ....... .. .. . ... . . . .

117.555,83

Encontros . ..... . ........... . Carta Mensal ............ ... . Impressos Doutrinários ... .... . Salários - Encargos .... . . ... . Aluguel, Cond., Imp .. . ...... . . Material Expediente .. .. ..... . . Telefone .......... . .. .... . . . Correio . . . ... ..... . ... . . . .. . Fretes . . . ........ . . . . .. .... . Diversos

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CARTAS DOS LEITORES Testemunho de um equipista. Germana e Joaquim, de Brasília, escrevem sobre o artigo "Eduardo Bustos Testemunho de um equipista" (CM Maio/86) e sugerem a publicação da "primeira epístola a Eduardo Bustos". Estamos em contato com o autor (Luiz Marcello) para solicitar cópia da referida "epístola".

Um santo dos nossos dias De Dirce e Reynaldo Pereira da Silva recebemos carta sugerindo, para a seção "Vida e Obra dos Santos", enfoque daqueles que foram grandes devotos de Maria Santíssima, destacando de início a figura do Padre José Kentenich, chamado o "Profeta de Maria". Agradecemos o oferecimento das fontes de consulta, que transmitimos ao casal responsável por essa seção, e esperamos utilizar a sugestão no futuro.

Cursos de Noivos Recebemos carta de Nancy Moncau, que vem enriquecer a História do Movimento que a Carta Mensal vem publicando. Ela nos diz: " ... Gostaria de acrescentar ao artigo sobre a História do Movimento algo

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sobre os Cursos de Preparação ao Casamento. Embora começassem a ser planejados a partir de 57, após a primeira visita do Pe. Caffarel, só se desenvolveram quando regressaram ao Brasil os três casais que haviam participado da peregrinação a Roma em 1959, e que trouxeram da França um farto material e onde colheram alguma experiência. Um deles, Theresa e José Eduardo Macedo Soares assumiu a responsabilidade desses cursos que se multiplicaram em São Paulo e em algumas cidades do interior, com a colaboração de muitos casais equipstas. Ao lado do Círculos Famliares, os Cursos de Preparação ao Casamento foram, naquela época, uma expressão muito viva do apostatado das Equipes. Extinguiram-se, como órgão do Departamento de Ação Apostólica do Movimento, após vários anos de funcionamento, quando nossa Arquidiocese resolveu unificar os vários tipos de cursos então existentes. Mas a colaboração dos casais equipistas continuou por sua participação nos cursos organizados em suas paróquias. Em algumas dioceses do Brasil, o Curso de Preparação ao Casamento está entregue aos equipistas locais. Acaba de ser publicado pela "Vozes" um livro de orientação para o Curso, organizado por equipistas de Florianópolis." Alegria Bete e Pedro Paulo, da Equipe N. 0 13, de Santos, "Nossa Senhora da Ale-


gria" nos contam que, como sua Padroeira, sua Equipe é muito alegre, gostando muito de cantar e nos enviam a letra do seu hino. Porque êsse hino encerra uma mensagem alegre e positiva, vamos acabar achando espaço para inseri-lo numa próxima Carta Mensal, entre outras coisas para incentivar a vivência da alegria em nosso movimento.

Constituinte Por sua importância e oportunidade, transcrevemos, na íntegra, a carta recebida do Diácono Eduardo Rodrigues Coelho, C.E. da Equipe N. 0 2 - "Nossa Senhora da Boa Viagem", do Setor "B", de São Paulo. "Caros amigos da carta mensal Animado pelo convite feito na última Carta Mensal, resolvi enviar algumas reflexões sobre a Constituinte: As Equipes de Nossa Senhora são um movimento de leigos. O leigo tem como missão a evangelização das realidades temporais, entre as quais se encontra a política. A missão própria e específica do leigo é testemunhar a fé no trabalho de construção de uma sociedade justa e fraterna, o Reino que começa aqui. Estamos, no Brasil, vivendo um momento particularmente privilegiado nesta missão-tarefa. Trata-se do momento Constituinte, onde temos oportunidade de "institucionalizar" nossa crença, começar a transformarem realidade concreta nossa esperança. ~ o momento em que todos os cristãos devem fazer força para que a Constituição do Brasil expresse a fé, a experiência religiosa viva, da maioria do povo. Mais do que poder, todos devem se engajar nesta luta. As ENS e seus membros não podem estar fora disso. ~ a hora de dizer claro o que pensamos, especialmente nos assuntos ligados à família, pois se não o fizermos, outros o farão ... Mas, diante de nós, temos três riscos sérios: * junto com os Constituintes, no mesmo dia e hora, serão eleitos os governadores e a discussão pode ficar limitada a estes. ~ claro que importa esco-

)her bem um governador, mas, pelo menos neste momento, é muito mais importante escolher BEM dos deputados constituintes (federais). * vencido este obstáculo, partindo para a discussão da Constituição, enfrentamos o segundo risco: reduzir a amplitude dos temas. ~ claro que temos mais conhecimentos sobre a família e nossa contribuição neste tema é particularmente valiosa mas, como discutir a situação da família, a fidelidade, o respeito à vida, sem considerar seriamente os aspectos sócio-político-econômicos que estão por trás deles, como a questão dos salários, justiça social, propriedade da terra, etc? Família não é só família, mas é família dentro de um contexto social. * finalmente, é preciso lembrar que nossas propostas só serão consideradas durante a Assembléia Nacional Constituinte se forem eleitos Deputados que as defendam, já que não as podere~os apresentar pessoalmente em plenar10. Parece óbvio mas é, justamente neste terceiro ponto, que temos perdido nossas batalhas: não temos tido (salvo raras e honrosas excessões) parlamentares que defendam idéias realmente cristãs. Temos alguns candidatos ligados à Igreja, com história de vida eclesial séria e temos gente que se diz cristão quando é interessante eleitoralmente. Conversemos abertamente sobre isso, saibamos discernir . . . Os bispos do Brasil, reunidos em sua última assembléia, escreveram a declaração pastoral: "Por uma nova ordem constitucional", publicada pelas Edições Loyola, que merece· ser lida com muita atenção. Tenhamos coragem de assumir inteligentemente nossa fé neste importante momento político."

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MEDITANDO EM EQUIPE Entre Deus e o homem afinal, surgiu a nova Arca da Aliança. TEXTO DE MEDITAÇÃO- Apocalipse 11, 19; 12, 1-10 O templo de Deus que está no céu se abriu, e apareceu no templo a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e uma grande tempestade de granizo. Um sinal grandioso apareceu no céu: - uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz. Apareceu então outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete diademas; sua cauda arrastava um terço das estrelas do céu, lançando-as para a terra. O Dragão colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse. Ela deu à luz um filho, um varão, que irá reger todas as nações com um cetro de ferro. Seu filho, porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, e a Mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por mil e duzentos e sessenta dias. Houve, então, uma batalha no céu: Miguel e seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com seus Anjos, mas foi derrotado, e não se encontrou mais um lugar para eles no céu. Foi expulso o grande Dragão, a antiga serpente, o chamado Diabo ou Satanás, sedutor de toda a terra habitada - foi expulso para a terra, e seus Anjos foram expulsos com ele. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: "Agora realizou-se a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo: porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus."

HINO A NOSSA SENHORA Ouviste a Palavra de Deus, guardaste em teu coração, Feliz porque creste, Maria, por ti nos vem a Salvação!

Quando o anjo por Deus foi mandado dizer-te da escolha tão alta, sendo Mãe tu quiseste ser serva do "Deus que os humildes exalta".

Nas palavras da lei e os profetas, tua alma sedente bebia a esperança do Povo na vinda do "Deus que os famintos sacia".

Quando O viste nascer rejeitado, perseguido até a morte cruel ... Tua fé trouxe a Páscoa da vida, pois Deus para sempre ·é fiel!


Um momento com a Equipe da C. Mensal Editorial: A serviço do amor . A Voz do Papa

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O Sacerdócio e as vocações Ano equipista -

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A ECIR conversa com vocês . A Reunião de Equipe ..

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Retiros

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O Cura d' Ars

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Meditando em Equipe

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Entrevista: Pe. Dagoberto Boim o

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O Sentido de uma vida . Balanço 1985

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Notícias dos Setores

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Encontro em ltaici

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Oração à Imaculada

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Psiu!!! Bom dia! .... Lourdes/ 88

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Relembrando a História do Movimento Parabéns, Papal ! .

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