ENS - Carta Mensal 1985-8 - Novembro

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1985

NC? 8 Novembro

As Equipes de Nossa Senhora numa Igreja em marcha . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Família, lugar da descoberta do amor . . . . . . .

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A ECIR conversa com vocês 8 10

Bem-aventurados os pobres A morle não existe . .

Onde está teu tesouro .. aí estará o teu coração ...... . . .. .. ... . . . 11 A escuta do Senhor no outro . .. .. ... ....... . 12 Vinte anos depois do Concílio - O Sínodo Extraordinário Recorrer ao sacerdote

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17 O contexto da Pastoral Familiar . . . . . . . .. . . . . .. . . 19 As equipes de viúvas A caçula Salvando vidas

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Catequese: a descoberta de um dom . . . . . . . . . . 25 Notícias dos Setores

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O coração em vigília

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EDITORIAl

AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA NUMA IGREJA EM MARCHA

As Equipes de Nossa Senhora são um importante contingente na Igreja de nossa terra. Estão elas se difundindo em todas as regiões. Começam a atingir também ambientes mais carentes. Está havendo um cuidado bastante grande em torná-las mais simples, mais verdadeiras, mais abertamente fraternas. Sempre de novo volta a questão da inserção dos equipistas na Igreja local. Percebemos claramente que o futuro do Movimento depende da capacidade que tiver de acompanhar os passos da Igreja em marcha. Sabemos que muitas equipes e muitos setores já fizeram largos passos nesse sentido. Vai ficando cada vez mais claro que os vários tipos de reuniões do Movimento não podem girar em torno de problemas internos, mas que as Equipes devem ter a generosa e firme decisão de engajar-se na transformação da sociedade nos passos da pastoral da Igreja local. Um laicato maduro

Sempre foi esta a preocupação do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Muitas vezes nossos dias de estudo e nossos retiros tiveram este tema do leigo em suas pautas. Homens e mulheres conscientes das conseqüências de seu batismo, homens e mulheres que querem ser fermento na massa, sal da terra e luz do mundo. Profetas no meio da realidade. Profetas do matrimônio. Profetas do Evangelho. Profetas que anunciam uma nova ordem de coisas e denunciam engrenagens que impedem a chegada do Reino. Homens e mulheres de estudo, de reflexão, de contacto com o Evangelho. Grupos que têm um profundo sentido dos problemas do mundo e da Igreja. Pessoas que têm um senso crítico, que não aceitam soluções epidérmicas, que analisam a realidade, que fazem constantemente o confronto desta realidade com a força do Evangelho. Impossível que os equipistas se coloquem à margem das questões graves do presente: uma Igreja ainda sacramentalista em muitos lugares, uma Igreja marcada ainda por uma mentalidade legalista, uma Igreja que se defronta com a deterioração do amor em todas as suas formas, uma Igreja que busca um caminho no coração de uma realidade opressora e -1-


escravizadora. Os leigos que são os equipistas sabem muito bem que a comunhão e a participação na vida de Igreja hoje são importantes. Mais ainda. Fiéis à doutrina da Igreja, fiéis aos seus pastores, os equipistas querem, na humildade e na sinceridade, abrir novos caminhos e descortinar horizontes diferentes nos quais seus filhos e as novas gerações se sintam bem. Esperamos que o laicato de nossas equipes seja efetivamente maduro.

Laicato de grandes orantes Sonhamos todos que os leigos das Equipes sejam grandes orantes. A Igreja está buscando novas formas de oração. Desejam os cristãos de nossas comunidades paroquiais e diocesanas chegar a uma vida de intensa oração. Nem sempre notamos se concretizar essa profundidade de oração. A oração é o grito de pobres que se abismam diante da incomensurável grandeza de Deus. A oração é, antes de mais nada, um deixar-se impregnar do mistério presente e atuante de Deus. A oração não é apenas um agitar ele lábios e de braços. Os leigos maduros vivem intensamente a liturgia. Sabem guardar silêncio. Amam os gestos litúrgicos. Ficam horas, se possível, em meditação silenciosa. A Igreja local renova suas formas de oração. Quem mais apto a fazer essa oração do que nossos equipistas? Temos nossa meditação cotidiana! A igreja busca hoje uma oração que seja um contínuo ir e vir até a realidade. Ela não será um mero exercício de pietismos. Será misturada com uma ação concreta. Deus ajuda a quem colabora. Muitas das modernizações de nossas orações levaram a uma vivência pobre do mistério da liturgia e da própria oração. Pessoas que vivem com Deus e no coração da realidade, casais que em casa ou na equipe fazem o exercício da oração espontânea estão aptos a dar uma colaboração efetiva à renovação da vida de oração na Igreja. Espera-se que os equipistas sejam grandes orantes dentro de suas limitações e nos diferentes graus de crescimento espiritual em que se situam.

Tarefas urgentes Fala-se em evangelização, catequese, transformação da família, formação profunda dos jovens. Essas são algumas das tarefas urgentes. Trata-se de fazer tudo isto com um espírito diferente e novo. Não desejamos ser originais, no mau sentido do termo, mas precisamos compreender que tais tarefas hão de ser feitas dentro de um espírito novo. Sentimos que os missionários que são os equipistas no coração da Igreja local não serão homens de condenação, mas de diálogo. Não cederão às pressões dos tempos modernos, mas nunca cortarão os liames com o mundo. O entusiasmo da Constituição "Gaudium et Spes" precisa animar

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nossa ação. Lamentamos profundamente o divórcio, o aborto, a exploração, as novas perspectivas imediatistas de muitos jovens. Na realização de tarefas tão urgentes como as mencionadas estaremos sempre ao lado dos que incidem no erro. Não para confirmá-los no erro, mas para, mediante uma amorosa atitude de diálogo, levá-los a vislumbrar a claridade estonteantemente bela do Evangelho. O testemunho sereno dos equipistas e seu engajamento concreto em paróquias ou organismos diocesanos é fundamental. Importará que nos conselhos paroquiais, na responsabilidade por cursos de noivos, na criação de institutos em prol da família, haja sempre uma "simpatia". Nunca os agentes de pastoral agirão como orgulhosos detentores de soluções mágicas. Em momento algum faltarão com a verdade, mas esta verdade sérá apresentada com humildade, serenidade e firmeza. Poderíamos caracterizar a ação pastoral mais adequada aquela que convence, não por imposições, mas por proposições de uma luminosidade clara a ser projetada na vida dos homens no coração da Igreja local . -0-

O diálogo constante dos dirigentes do Movimento com o Bispo local, a presença atuante de leigos, casais maduros, grandes orantes será nossa colaboração mais eficiente para a renovação da Igreja local. Manifestaremos assim nosso carinho para com ela e ao mesmo tempo bispos e responsáveis pela pastoral sentirão o valor de nossa presença. Frei Almi r Ribeiro Guimarães, ofm conselheiro Espiritual do Setor de Niterói

Os gmpos não constituem fim em si próprios, mas 'hão de servir ao cumprimento da missão da Igreja. Seu vigor apostólico dependerá da conformidade com os fins da Igreja e do testemunho cristão e espirito evangélico de cada um dos membros e do grupo todo.

Apostolicam Actuosita.tem, 19

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A PALAVRA DO PAPA

FAMíLIA, LUGAR DA DESCOBERTA DO AMOR

Cristo chamou em primeiro lugar os Doze para compartilharem do amor que Ele vivia em plenitude na comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Eles deviam constituir o centro da nova comunidade, a comunidade da vida divina no meio dos homens. E é sempre a partir deste modelo que se constrói a Igreja ao longo dos séculos. Hoje, Cristo chama-nos ao seu seguimento, para abrirmos a nossa vida aos outros no dom de nós mesmos e para conhecermos deste modo a felicidade de uma fecunda generosidade. Ele não só nos desvela o admirável mistério da Trindade e do intercâmbio ininterrupto do amor entre as Pessoas divinas, mas convida-nos a viver no meio que nos circunda o mesmo intercâmbio no qual o esquecimento de si conduz à total entrega ao outro, no qual não se considera como benefício só para si a vida recebida de Deus, mas é oferecida ao Senhor na partilha dos múltiplos dons com o seu próximo. O primeiro lugar em que é partilhada a vida de amor de Deus é a família. A família, onde se vem ao mundo, onde se empenha própria vida uns pelos outros, uns com os outros, é o primeiro lugar em que o homem, criado à imagem de Deus. pode tornar viva a sua semelhança com o seu Criador. Sem dúvida alguma as famílias têm todas os seus limites e permanecem aquém da sua alta vocação. Todavia, sabemos que ferida é deixada naqueles que são privados daquilo que o meio familiar traz para o seu desabrochar de criança, de adolescente, de homem e de mulher. Por seu lado, a Igreja está de tal modo consciente disto que não cessa de recordar a importância de uma construção sólida da família, o caráter indissolúvel do compromisso que fundamenta o matrimônio, a nobreza do amor que aí se exprime nas linguagens do corpo e do espírito. Permiti-me repetir de modo sincero às famílias quanto é grande o seu papel para o desenvolvimento pleno de cada pessoa. A vocação da pessoa humana é de amar e de ser amada. É para

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esclarecer esta vocação que devemos retornar sem cessar à Palavra de Cristo e à dos Apóstolos, que nos revelam a inesgotável fonte de amor que é a vida mesma de Deus. É no seio de uma família unida e estável que se faz em primeiro lugar a sua descoberta. É ali que ela foi recebida de modo incondicional, sem que fosse preciso justificar a sua presença. E de igual modo, quanto mais ela é frágil e vulnerável, tanto mais deve estar segura e fortalecida pela ternura dos outros. É ali que se aprende a existir. É ali que é construída de modo progressivo a sua própria personalidade. É ali ainda que é dado descobrir que não se está no centro do mundo; em profundidade, pessoas diferentes são reconhecidas mediante um enriquecimento mútuo. Aprende-se a ser amado, a amar o outro, a amar-se a si mesmo. Ali se faz também a descoberta da provação, dos conflitos e dos sofrimentos; mas a família, não é ela mesma o lugar onde o amor pode chegar até ao "dar a própria vida" por aqueles que amamos, ~>egundo a palavra mesma de Jesus, e por conseguinte pode apoiar aquele que atravessa a tempestade, curar as feridas, conhecer a alegria que traz um necessário domínio de si mesmo mediante um relacionamento com o outro, e a felicidade que provém de uma reconciliação na verdade? Como não recordar que o Concílio Vaticano II descreveu a família como "um santuário íntimo da Igreja" (ApostoLicam Actuositatem, 11)? Isto significa que a Igreja está presente na vida da família que conhece a amizade de Cristo e que acolhe a sua palavra. Significa que a pequena comunidade familiar partkipa na vida da grande comunidade eclesial, de modo principal pela celebração dos sacramentos; e isto manifesta-se de modo muito particular mediante a Eucaristia dominical. Significa também que a missão da família, de modo particular a sua missão educadora, é como um verdadeiro ministério graças ao qual o Evangelho é transmitido e difundido, a tal ponto que a vida familiar no seu conjunto se torna um caminho para a fé, para a iniciação cristã, para a vida em seguimento de Cristo. Na família consciente de um tal dom, como o escreveu Paulo VI , "todos os membros evangelizam e são evangelizados" (Evangelii nun· tiandi, 7). É na família que podem nascer e ser nutridas as diversas vocações de jovens cristãos e em particular as vocações ao serviço sacerdotal ou à vida religiosa. Face aos desafios atuais, permita Deus que as vossas famílias vejam os seus filhos responderem aos apelos do Senhor e consagrarem a própria vida ao Seu serviço! (Em Maastricht, Holanda>

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A ECIR CONVERSA COM

VOC~S

Nos dias 7 e 8 de setembro, a ECIR realizou sua reunião anual de balanço. A pauta foi extensa. Foram dois dias de muito trabalho, mas também de bastante proveito. O primeiro assunto a ser refletido, ao qual dedicamos um bom tempo, foi vida interior. Procuraremos fazer aqui um pequeno resumo dessa reflexão. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora propõe aos casais a vivência de uma espiritualidade conjugal. Na realidade, esta proposta não é outra senão esta: que cada pessoa e cada casal se transforme interiormente, esvaziando-se do seu egoísmo e enchendo o seu coração do amor de Deus. viva com dignidade a sua filiação divina e o sacramento do seu matrimônio, testemunhando o amor de Deus pelo seu povo e o amor de Cristo pela sua Igreja. Concretamente, esta proposta se realiza na medida em que, conhecendo a pessoa de Jesus Cristo, se vive o amor de Deus no amor ao próximo. Será que o Movimento tem conseguido imprimir em nossos casais essa realidade de mudança de vida, ou tem apenas impingido uma metodologia, que vem sendo cumprida de forma mais ou menos legalista? Até que ponto os meios propostos estão levando os equipistas a serem Povo de Deus, sal, luz e fermento no mundo de hoje? É sabido que, como um caminho, as Equipes de Nossa Senhora têm gerado, pela graça de Deus, muitos casais que, pela sua vida pessoal, conjugal e familiar e pelo seu engajamento na Igreja e no mundo, têm se constituído em verdadeiros apóstolos do Senhor. Mas é sabido também que muitos permanecem instalados em seus valores terrenos, às vezes mesmo com retas intenções, vivendo apenas a letra da lei e não o seu espírito.

Nós, da ECIR, cremos estar nos posicionando de forma correta ao nos esforçarmos para que o Movimento no Brasil proporcione, cada vez mais, aos casais uma experiência de Jesus Cristo, para que os meios de aperfeiçoamento sejam traduzidos em atitudes concretas de vida e para que cada equipe seja uma verdadeira "Ecclesia" a serviço da grande Igreja e caminhando junto com todo o povo de Deus.

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Nossa preocupação constante é que o Movimento seja sempre instrumento de conversão para os casais que o procuram, embora muitas vezes de forma inconsciente, como um caminho de salvação. É preciso ajudá-los a purificar as motivações que os levaram a abraçar as Equipes e a reconhecer o Movimento como um caminho para seguir a Cristo - caminho este que pode ou não atender às suas necessidades. Na medida em que reconhecem o Movimento como válido para eles, é preciso que permaneçam fiéis aos seus propósitos e à sua dinâmica. Assim, consideramos importante: Continuar esclarecendo os casais acerca da importância dos meios de aperfeiçoamento, em especial da escuta da Palavra, no sentido de uma transformação interior. Ajudá-los a cumprir os meios, não com uma mentalidade legalista, mas em espírito de disponibilidade para que a graça de Deus possa operar uma transformação de vida. Procurar um relacionamento mais próximo com os Conselheiros espirituais, com o objetivo de melhor esclarecê-los quanto ao espírito do Movimento e às diretrizes da ECIR, para que a sua atuação junto às equipes possa ser cada vez mais eficaz A transformadora. Desenvolver uma temática que venha reforçar, ou purificar, os objetivos que os casais tinham ao ingressar na equipe e que englobe os assuntos: o que é santificação; os diversos caminhos; os meios de aperfeiçoamento; a responsabilidade. Valorizar a reunião de equipe para que seja realmente um momento de ajuda mútua e de superação das limitações dos casais.

Cidinha e Igar

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BEM-AVENTURADOS OS POBRES <Da Carta francesa)

Muitos de -aventuranças. embora talvez tusiasmam, as

nós, desde a juventude, lemos e relemos as BemE é sempre um momento · de deslumbramento, passe depressa, pois ao mesmo tempo que nos enBem-aventuranças nos deixam desanimados ...

Não haverá, no "outono da vida", pelo menos uma dessas "interpelações" que se nos possa tornar mais acessível? Bem-aventurados os pobres. . . tanto em espírito, como na realidade material. Não temos trabalhado demais durante toda a nossa vida? Como somos numerosos os que procuramos, incansavelmente, possuir mais. . . em todos os campos - material, intelectual, e mesmo espiritual! Eis que chega a aposentadoria., mais cedo do que tínhamos pensatlo. Embora a tivéssemos desP.jado, ela não nos é dada mas imposta ... e de repente isto muda tudo! Acabam-se os sonhos de uma aposentadoria bem merecida, como dizíamos. . . antes. Somos confrontados com o vazio do poder, do saber, que já não servem para nada. Sentimo-nos frustrados, se não completamente, em larga medida. O nosso salário é amputado de uma porcentagem que sempre reputamos excessiva. Os objetivos visados durante a nossa vida ativa desvanecem-se, os meios diminuem, aparece a solidão. Começamos, quiçá pela primeira vez, a compreender o que é tornar-se pobre. Já não somos consultados, já ninguém solicita os nossos conselhos. O mundo continua sem nós. Recordemos, porém, o que nos dizia o Padre Caffarel: "Se no outono da vida muitas coisas diminuem, o coração não envelhece e, pelo contrário, liberto de muitos entraves, pode então desenvolver-se mais plenamente". "Bem-aventurados os pobres"... O que não passava de palavras e raciocínios abstratos torna-se realidade. Obrigado, Senhor, por esta experiência: ela é o caminho traçado por Cristo. E

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que graça nos concede! Na nossa pobreza não estamos sós. Deus espera por nós uma vez mais: libertos de tantos empecilhos, podemos ir alegremente em direção àqueles que de nós têm necessidade. Saboreemos e vivamos essa alegria e, por um longo e por vezes doloroso caminho, aprendamos que as nossas limitações de cada dia, os nossos achaques, talvez as nossas enfermidades, sinais de nossa pobreza cada vez maior, nos tornam sempre mais de~ pendentes do nosso Senhor. A aventura não se situa tanto no tempo da juventude, onde se pode ainda mudar de rumo, como no outono da vida, onde humanamente se joga a última oportunidade! Que alegria pensar que a nossa verdadeira riqueza, feita de uma pobreza humana sempre crescente, nos aproxima mais seguramente do Amor que todos os êxitos humanos. Juntos, "irmãos do outono", vivamos com alegria esta grande P.sperança. Que ela nos leve, não para a passividade e a resignação, mas para a oração, a ação de graças e o serviço dos nossos irmãos. Sam e Liliane

Queres ser Então, perdoa: tens que te livrar, primeiro, do excesso de ter, que te enche de tal maneira que não resta espaço para ti mesmo e ainda menos para Deus. D. HELDER CAMARA

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A

MORTE

NÃO

EXISTE

Na missa de 79 dia do Amor (cf. tvette quis que fosse lida uma carta uma amiga de muitos anos. A leitura sagem foi seguida de alguns momentos

C.M. de outubro), a recebida da filha de dessa belíssima mende profundo silêncio.

Seu Arnor, meu velho amigo, Para o senhor, o mistério está resolvido, as dúvidas estão claras; a esfinge não existe mais; a pergunta foi respondida. O senhor atravessou os umbrais da eternidade; o senhor chegou ao além do além; o senhor está do outro lado da rua da vida; o senhor chegou lá para sempre, onde o nunca mais não tem lugar; o senhor voltou à sua infinita viagem. Não quero que minhas palavras, nestes momentos difíceis, mas cheios de tanta significação, sejam tomadas como a repetição chorosa de lamúrias dolorosas e até inúteis. Pelo contrário, desejo, mirando-me precisamente no senhor, proclamar a imortalidade, afirmar aquilo que é meu pensamento constante: a morte, como fim, não existe. Quem dimensiona a vida em termos de espírito, de alma, de essência semelhante à do Criador, que não tem fim, não deixa de sofrer, mas compreende ou tenta compreender o porque da separação, do sofrimento, da angústia e da despedida final. O senhor permanece, o senhor continua, o senhor está conosco. Em outra dimensão, é certo. Mas com a profunda certeza que devem ter os seus de que vidas como a sua continuam. Não há despedidas definitivas para os que crêem numa vida superior. De que o senhor já participa pessoalmente e à qual esperamos chegar também. Até lá, seu Arnor.

Jeanette -10-


ONDE

ESTA

Af ESTARA

O TEU O

TESOURO . ..

TEU CORAÇÃO

É tempo de Advento, preparação para o Natal do Senhor. Deus nasce continuamente no coração daquele que ama, através do amor que transborda para o outro. Meditemos seriamente sobre como nos estamos preparando para o Natal: onde estiver o nosso tesouro, lá estará o nosso coração ... Não estaremos com nosso coração voltado para presentes, ceias, encontros com parentes e amigos, antes de pensarmos em nosso encontro com Jesus Cristo? Nosso coração estará realmente voltado para o mais importante, para o essencial? Não foi por acaso que Cristo veio ao mundo em uma situação humilde e totalmente despojada de bens e de conforto. Ele nos quis mostrar desde o começo que o importante é ser, e não ter ou parecer. Mais uma vez Ele passa por nós na simplicidade e inocência de um recém-nascido despojado de tudo. Será que esta cena combinará com certos exageros no comer e beber, nas festas onde talvez haja gastos muito grandes, contrastando com outros presépios que há por aí, onde nem o mínimo para minorar a fome existe? Em Belém, deixaram de dar a acolhida que por certo dariam a Deus se soubessem que era Ele que chegava. Não façamos o mesmo, nós que sabemos pelas Suas palavras que aquilo que fizermos ao mais humilde e necessitado é a Ele que estaremos fazendo. Como casais das Equipes de Nossa Senhora, é imprescindível vivermos um Natal com maior despojamento, maior sobriedade, partilhando com aquele que nada tem: onde estiver o nosso tesouro lá estará o nosso coração! No Natal, nenhum lugar é melhor para colocarmos o nosso coração do que no presépio: não aquele montado sob luzes de árvores de Na tal, mas sim no presépio vivo que traz o irmão carente, precisando de um pouco do nosso carinho e da nossa ajuda. Acolheremos nele o próprio Deus.

Neusa e Orlando

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A ESCUTA DO SENHOR NO

OUTRO

(De um a resposta ao tema de estudos)

Foi por intermédio dos outros, prox1mos e distantes, que escutei o Senhor. Em cada pessoa com quem me relacionei encontrei um traço de Deus que ajudou a minha formação , compreendendo que é primeiro no outro que Ele se revela a cada um de nós, no dia-a-dia de nossas vidas. Foi assim que através de minha mãe compreendi a perseverança; de meu pai, a alegria; de minha irmã, a paciência ; de meu marido, a caridade; de sacerdotes amigos, a humildade; de meus filhos, a fortaleza; de minha equipe, a fé; de amigos e dos meus meninos, a esperança; enfim, para mim todos foram e são os mensageiros do Senhor. Tenho me esforçado para escutar e compreender com amor os problemas dos meus irmãos. Muitas vezes falta-me a paciência, pois encontro dificuldades em aceitar a presença de Deus em pessoas que ainda não amo. Mas procuro refletir analisando suas vidas e coloco-me à disposição daqueles que me procuram, tentando ajudá-los. Não sei se chego a ajudar como deveria, m as eles sabem que estou sempre pronta a escutá-los.

Maria Equipe 2/ A, São Paulo

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VINTE ANOS DEPOIS DO CONCíLIO O SíNODO EXTRAORDINARIO

De 25 de novembro a 8 de dezembro, Bispos representantes das Conferências Episcopais de todo o mundo estarão reunidos em Roma, participando do Sínodo Extraordinário convocado pelo Papa João Paulo li para, vinte anos após o encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano li, "reviver o extraordinário clima de comunhão eclesial" que caracterizou as assembléias conciliares e aprofundar experiências à luz das exigências atuais.

Um novo Pentecostes

"Procuraremos apresentar aos homens do nosso tempo, íntegra e pura, a verdade de Deus, de tal maneira que eles a possam compreender e a ela espontaneamente aderir." Eis definida, por uma declaração dos Padres Conciliares no início da P· Sessão (Mensagem à Humanidade, 20-10-62), aquilo que viria a ser a essência mesma do Concílio, o que Paulo VI chamaria mais tarde de "grande catecismo dos tempos novos". Quatro anos de reuniões, de intervenções orais e escritas produziram verdadeiro tesouro no qual até hoje a Igreja encontra inspiração para sua caminhada. O trabalho dos Padres Conciliares, conduzido pelo E:Spírito Santo, resultou na mais notável renovação que a Igreja conheceu em nossos dias. De fato, o espírito do Concílio mudou radicalmente a fisio-· nomia da Igreja, em todos os campos - a começar pela liturgia e pelo novo espaço aberto aos leigos. Com o conceito da co-responsabilidade dos leigos, criou uma nova imagem de Igreja-Povo de Deus. Sem deixar de ser Mãe e Mestra, a Igreja tornou-se fraterna: abriu-se ao diálogo com os outros cristãos e com os não-cristãos, foi às favelas , ao campo. às universidades, assumiu todos os problemas que dizem respeito ao homem. -13-


Vinte anos depois, o espírito do Concílio permanece tão jovem quanto no início e pennanecerá para sempre, pois é o próprio Espírito de Deus continuando a soprar e atuar através do Corpo Místico.

Os documentos conciliares

Entre os 16 documentos do Concílio, os mais importantes são as duas Constituições sobre a Igreja: a Constituição Dogmática "Lumen Gentium" e a Constituição Pastoral "Gaudium et Spes". A primeira, doutrinária, analisa a realidade interna da Igreja, a sua essência; a segunda, de caráter pastoral, fundamenta o seu transbordamento, a sua missão externa. A Lumen Gentium renovou a t eologia da Igreja e abriu muitos horizontes, a partir da noção de Povo de Deus. Apresenta a missão do leigo na Igreja (cap. IV) em páginas definitivas (ns. 31 a 38) e a vocação de todos à santidade (cap. V, ns. 40 a 42). Dedica ampla reflexão ao lugar da Virgem Maria no mistério de Cristo e da Igreja (cap. VIII). É na Lumen Gentium que aparece pela primeira vez a expressão "Igreja doméstica". A Gaudium et Spes, "sobre a Igreja no mundo de hoje", coloca a Igreja junto ao homem e a todos os problemas que lhe dizem respeito. A condição do homem no mundo de hoje, a dignidade da pessoa humana, a relação entre a Igreja e a comunidade humana são objeto da primeira parte do documento. Na segunda, são abordados problemas específicos, como o matrimônio e a família (cap. I, ns. 47 a 52), a cultura, a vida econômica e social, etc. Referindo-se à Gaudium et Spes, que acabava de ser promulgada depois de três anos de modificações e emendas, dizia Paulo VI: "O encontro da Igreja com o mundo atual foi descrito em páginas admiráveis na última Constituição do Concílio. Toda pessoa inteligente, toda alma honrada deve conhecer essas páginas." O terceiro documento que nos interessa mais de perto é o Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, Apostolicam Actuositatem, que apresenta a vocação do leigo ao apostolado, os campos de apostolado e as suas modalidades, a formação para o apostolado. O Decreto Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja, tem páginas importantes sobre o testemunho cristão (ns. 11 a 13), o apostolado dos leigos (n. 21), o dever missionário (ns. 36, 37, 41).

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Importante também para a nossa formação é a Constituição Dogmática Dei V erbum, sobre a Revelação, sua transmissão pela Tradição e pela Escritura, o Antigo e o Novo Testamento, a Sagrada Escritura na vida da Igreja A restauração da unidade entre os cristãos tem sido uma prioridade dos últimos Papas e o ecumenismo teve lugar de destaque no Concílio, que deu à Igreja o Decreto Unitatis Redintegratio. Vejamos em particular o Cap. II: a renovação da Igreja, a conversão do coração, a oração comum, o conhecimento mútuo, a cooperação com os irmãos separados. Sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs, temos a Declaração Nostra Aetate. Um doC'Umento menor e no entanto interessante para nós é a Declaração sobre a educação cristã. Gravissimum Educationis, principalmente os ns. 2 a 8: a educação cristã, os responsáveis pela educação, deveres e direitos dos pais, etc. O Concílio ainda produziu um documento sobre os meios de comunicação, o Decreto Inter Mi,rifica, e uma Declaração sobre a liberdade religiosa, Dignifutis Humanae. Os restantes são documentos que dizem respeito ao clero: a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, e os Decretos Orientalium Ecclesia!rum (sobre as Igrejas orientais católicas), Christus Dominus (sobre o munus pastoral dos bispos), Presbyterorum Ordinis (ministério e vida dos presbíteros), Perfectae Caritatis (atualização da vida religiosa), Optatam Totius (formação sacerdotal). Todos os documentos conciliares encontram-se no "Compêndio do Vaticano II", publicado pela Editora Vozes.

" As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração.''

{Primeiras palavras da GAUDIUM ET SPES)

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RECORRER

AO

SACERDOTE

(Da Carta francesa)

Há vários anos, num dever de sentar-se, tomamos a resolução de receber o sacramento da reconciliação se possível uma vez por mês. Telefonamos então para um sacerdote nosso amigo. "O senhor aceitaria ser nosso confessor regular? Não precisa dar a resposta hoje ... " Depois de alguns dias, acertamos os detalhes e assim, durante vários anos, pedimos com bastante regularidade a esse sacerdote que ouvisse as nossas confissões (costumamos confessar-nos no mesmo dia, a título de auxílio mútuo). Uns dez anos mais tarde, num dia em que viera jantar em casa, tivemos a surpresa de ouvi-lo dizer-nos: - Vocês se lembram daquela noite em que me telefonaram para pedir que fosse o seu confessor? - Lembramo-nos. sim ... - Poif; bem, quando recebi o seu telefonema, eu me encontrava cansado, desanimado. numa solidão terrível. Foi o seu apelo, recorrendo ao meu sacerdócio, que me devolveu a força de que eu precisava ... Comovidos com a sua confidência, lembramo-nos de que, uma vez, no fim de um retiro, o pregador nos dissera, entre outras coisas: "Sejam exigentes com os seus padres. Pedi-lhes o que é próprio do seu sacerdócio. Pedi-lhes aquilo pelo qual consagraram a vida." Obrigado, Senhor, por terdes feito de nós, naquela noite, os instrumentos de teu Amor para ajudar um sacerdote amigo!

Louise e Maurice -.16 ·-


O CONTEXTO DA PASTORAL FAMILIAR

A exemplo do ."destaque" a nível de Igreja nacional, a Arquidiocese de Curitiba tem a Pastoral Familiar como uma de suas prioridades votadas em Assembléia. Encarregada de animar esta prioridade, a Equipe Arquidiocesana de Pastoral Familiar conta com o engajamento de casais das Equipes de Nossa Senhora e tem procurado, num processo de contínua reflexão, levar a Pastoral Familiar a uma atuação relacionada à família, mas também ao contexto que a engloba. As opções que tomamos na construção do mundo são responsáveis pelo contexto em que vivem os homens: favorável, quando Deus se faz presente, e aniquilador quando Deus é deixado de lado. O contexto em que vivem nossas famílias segue em direção à construção de um mundo novo conforme o plano original do Senhor? É favorável ao homem e à família? Estas questões são fundamentais. As famílias são chamadas a contribuir decisivamente na construção de um mundo novo. Tal contribuição só ocorre efetivamente na medida em que houver famílias equilibradas, sustentadas por uma vivência conjugal harmônica. Mas família equilibrada e vivência conjugal harmônica dependem de um contexto sadio. De tal forma que, hoje, a família é muito mais transformada do que transformadora da sociedade, configurando-se um círculo vicioso. Há uma inter-relação família-mundo-família que não pode ser desprezada e que deixa transparecer a abrangência que deve ter a Pastoral Familiar. Porisso, embora a inspiração constante da Pastoral Familiar permaneça sendo a família, e sua primeira preocupação as pessoas que vivem nela, há uma realidade a ser levada em conta e uma inserção transformadora na sociedade a efetivar sempre mais. -17-


De acordo com esta mesma abrangência faz-se necessano o inter-relacionamento da Pastoral Familiar com todas as pastorais, com todas as conquistas do homem na linha do saber e da vivência cristã, enfim, com todas as iniciativas preocupadas com a mesma realidade. Tudo que possa ser feito, e de melhor, pela família em si mesma, mas que desconsidere a inserção-mundo desta família, corre sério risco de resultar infecundo.

Marisa e Homero Equipe 33, Setor B, de Curitiba

• I

; Todos aqueles que exercem influência nas comunidades e nos grupos sociais devem trabalhar eficazmente para a promoção do matrimônio e da familia. Os fiéis promovam ativamente os valores da família e do matrimônio, pelo próprio exemplo, pela ação concorde com os homens de boa vontade.

Vencidas as düiculdades, atenderão às necessidades e interesses da familia que são próprios dos tempos novos.

GAUDIUM ET SPES, 52

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AS EQUIPES DE VIOVAS

Em Marília

Constatamos com prazer que as sementes plantadas em Marília estão se espalhando por aí afora. Realmente, as equipes de viúvas se constituem em grande bem para aquelas que, sem o companheiro de todos os dias, se debatem entre a solidão e a insegurança diante da vida. Aqui em Marília, o grupo de senhoras viúvas que fazem part&. das três equipes existentes são hoje pessoas mais confiantes, mais alegres, porque contam com o apoio umas das outras, e porque também se tornaram úteis aos outros, através dos trabalhos que realizam em comum. Têm mais confiança em Deus e uma fé mais esclarecida, graças aos recursos que a equipe oferece. Na falta da presença do outro cônjuge, procuramos mostrarlhes que o amor não termina com a morte, pois ele é eterno, e que podemos continuar praticando a fidelidade e o amor. Das três equipes que funcionam em Marília, uma conta com 15 membros, outra com 12 e outra com 10. As reuniões são mensais, com um roteiro apropriado e um cafezinho no final, e se realizam, em rodízio, na casa de cada uma das equipistas. O roteiro segue o mesmo esquema das reuniões das E.N.S.: co-participação, oração, partilha e tema de estudos (temos usado "Catequese para adultos", "Vivamos nossa fé" ou "Cristo Hoje"). A equipe é acompanhada no seu primeiro ano de existência, quando possível, por um sacerdote, senão, por uma religiosa ou pessoa leiga esclarecida. Ou o sacerdote poderá visitar a equipe de vez em quando. Cada equipe tem uma responsável, eleita anualmente, que se encarrega de coordenar as reuniões e motivá-las para não cairem na rotina. As equipistas são encarregadas de diversas funções (secretaria, etc.), de acordo com a criatividade do grupo. -19-


Anualmente, reunem-se as três equipes para um dia ou uma tarde de reflexão com um sacerdote. Há confissões, celebração da Eucaristia e confraternização. As equipes têm como apostolado básico: -

visitar e confortar as mulheres que se tornam viúvas;

-

acompanhar famílias necessitadas e promovê-las;

- fazer campanhas diversas para as respectivas paróquias. seminários, presídios, creches e outras instituições. Esperamos que este nosso testemunho suscite entusiasmo, sirva para que surjam outras experiências, e o Espírito do Senhor mova aqueles que se sentem chamados para esse trabalho.

Conceição e Clóvis Equipe 3 de Marília

Em Santa Catarina

Se a experiência de Marília já é ::intiga (no meio do tempo formou-se uma equipe de viúvas no Rio e outra em Petrópolis) , em Florianópolis tem pouco mais de dois anos. No entanto, graças ao dinamismo da Dilma, as equipes de viúvas estão se espalhando rapidamente por Santa Catarina. Já são duas em Florianópolis, uma em Blumenau, uma em Criciúma, além de uma em formação em Lages e outra em Itajaí. Como as de Marília, as equipes de viúvas em Santa Catarin::1 funcionam igualzinho a uma Equipe de Nossa Senhora. Tor.las elas - no Sul há mais sacerdotes! - têm um Conselheiro Espiritual. São geralmente pilotadas por uma viúva equipista. Dilma dá a orientação para o lançamento e faz uma ligação por correspondência, mas não é um movimento à parte, pois cada equipe pertence ao próprio Setor e participa de todas as suas programações. As viúvas fazem o mesmo retiro dos equipistas e suas res· ponsáveis tomam parte no EACRE. Estudam os cadernos "Reunidos em Nome de Cristo" (a equipe pionfúra, de Florianópolis, que já terminou, está seguindo o plano de leitura do Evangelho, meditando São Mateus, um capítulo por mês) . Fazem o dever de sentar-se com os filhos ou,

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se não os têm mais em casa, com uma companheira de equipe. Para substituir a oração conjugal, inscrevem-se nos Intercessores, fazendo sua hora de vigília no dia da morte do marido. A equipe de viúvas de Blumenau é sui generis: são senhoras mais simples, que não sabem escrever, e contam com a assistência de uma religiosa, que faz com elas um círculo bíblico. Reunem-se sempre à tarde e, além da reunião mensal, encontram-se na paróquia para costurar para os pobres. Participam do retiro e, sua responsável, do EACRE. A equipe foi pilotada pelo Respon· sável do Setor. A experiência difunde-se rapidamente. É comum Dilma re· ceber um telefonema aflito: "Minha tia ficou viúva, está desesperada, por favor, vá lá falar com ela!" O livro do Pe. Caffarel: "O amor mais forte que a morte", do qual só têm dois exemplares (um deles em francês!) corre de mão em mão -- até que alguma editora resolva re-editá-lo ... E tem ajudado muita gente .

Nas adversidades desta vida, encontram coragem na esperança, considerando que "os sofrimentos deste tempo não se comparam com a futura glória que há de revelar-se em nós " (Rom. 8, 18). Cultivando entre si a amizade cristã, prestam-se mútua ajuda em qualquer necessidade. Movid(a)s pela caridade que vem de Deus. praticam o bem para com todos . ..

(Apostolicam Actuositatem, 4)

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A

CACULA

<Do Boletim de Petrópolis)

Um dia nós nos encontramos, nos conhecemos e nos tornamos UM sob a bênção de Deus. E o tempo passou sobre esse dia. Um outro dia, voltamos a nos conhecer, a nos encontrar, e tornamo-nos Comunidade sob a bênção de Deus ... e de Nossa Senhora dos Remédios. Construímos uma Equipe, a mais nova, a caçula, a Equipe 24. E o Tempo então parou de passar sobre nossas vidas, e começou a caminhar conosco. Cinco meses de caminhada, união e muita força é o que temos para contar-lhes. Cinco poucos meses, onde a presença forte e constante do nosso casal piloto nos dirige e apóia. Cinco pequenos meses das lindas e atuais reflexões do Padre Paulo Augusto, levando-nos a um trabalho de meditação vivificador. Cinco lindos meses de verdadeira fraternidade, profunda entrega, inesgotável esperança e renovadora Fé. São momentos em que percebemos, embora ainda "novatos", todo o ritmo do Movimento, um ritmo santificador. A força nos é transmitida; o trabalho, incentivado. O Movimento poderia seguir sem nós e nós poderíamos seguir sós; mas todos seríamos muito mais pobres. muito mais fracos diante de toda a Energia do Amor. Nossa equipe, pequena e frágil como uma criancinha, já percebe que tem em mãos um presente muito especial. Há nela todo um potencial de amizade, confiança e amor a ser trabalhado por todos, em cada casal e na própria equipe. Sabemos disso, sentimos isso na integração de todas as reuniões, e empenhamo-nos em fazer toda esta vida latente brotar e florescer muito. Como casal e como equipe, expressamos aqui nosso desejo de que sejamos dignos da presença de Cristo entre nós, e merecedores da intercessão de Nossa Senhora dos Remédios.

Brigitte e Wagner Equipe 24 de Petrópolis

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APOSTOLADO

SALVANDO

VIDAS . ..

Nos fins da 2.a Guerra Mundial, no ano de 1943, numa cidade pequena do Estado de São Paulo, José Bonifácio, eu nascia. Filha de mãe solteira, criada por pais adotivos, cuja paternidade era responsável, apesar de serem analfabetos. Após três anos de casada, com três filhas, quando a última contava apenas seis meses, fiquei doente, com uma neurose que durou onze anos. Nunca perdi a fé. Havia muita esperança em Deus que eu iria me curar. Meu esposo sempre do meu lado. Já estava de cama há oito anos quando uma moça veio me convidar a visitar uma criança pobre que chorava de fome dia P. noite. Apoiada nos braços da moça fui ver a criança, que acabou sendo adotada por nós. Com a adoção de Ana Tereza, fui ficando mais de pé. Depois adotamos a Juliana. Cada dia que passava, eu ia melhorando mais. Sempre amei os pobres, desde criança. Fomos convidados a ingressar nas Equipes de Nossa Senhora, onde estamos há oito anos. Nosso trabalho com as mães carentes começou. Visitávamos as mães necessitadas, procurando ajudá-las no que precisavam para o parto e pós-parto - roupas pessoais, enxovais, remédios e assistência médica. Procurávamos as mães que queriam abortar, falávamos sobre o valor da vida, procurando ajudá-las a eliminar o problema que as levava a quererem praticar o aborto. Quando não havia solução para esse problema. então nós as levávamos para nossa casa e as tratávamos com todo carinho e atenção. Fazíamos esse trabalho com um Volks velho. Hoje ele se acabou e não temos condjções financeiras para consertá-lo. Mesmo assim não desanimamos e continuamos o trabalho a pé mesmo. Nosso lar abrigou durante quatro anos essas mães. Não temos conta de quantas atendemos, quantas viveram conosco, como se fossem filhas, apesar de todas as diferenças de comportamento de cada uma. Mesmo com a condição financeira de classe pobre, repartíamos nosso alimento com elas. (Escandalizamos nossos amigos e parentes!) . -23-


Apesar de tantas críticas, nosso trabalho era observado pelos nossos sacerdotes e alguns leigos, que nos entusiasmaram a fundar uma casa, e hoje José Bonifácio possui a Associaç,ão de Orientação à Vida. Essa casa tem diretoria, contribuintes, é constituída ente moral, com estatutos por nós elaborados, que já foram encaminhados para aprovação jurídica. A parte financeira é sustentada por um clube de amigos, através de carnês. A casa, localizada no centro da cidade, conta com cinco cômodos. Recebe assistência das freiras e visita dos membros das Equipes. A Associação cuida das mães que lá residem, recebendo orientação espiritual e material. Nosso diretor espiritual, Padre Cezarino, sempre nos encoraja para continuarmos nosso trabalho, salvando vidas. Gostaria de dizer a todos vocês que apesar de ter nascido de mãe solteira, valeu a pena ter nascido, pois hoje temos cinco filhas maravilhosas e não sabemos quantas crianças for am salvas do aborto. Estamos felizes, pois estou curada. Voltei a lecionar. Sou professora efetiva de Pré-Escola, com jornada integral de trabalho. Peço a todos que rezem pela minha família, que Deus e Nos· sa Senhora nos conservem sempre com o coração aberto aos po· bres e aos necessitados.

Maria Helena Equipe 1, Nossa Senhora Auxiliadora . de José Bonifácio

Re alguém desejar maiores informações, o endereço da Associação de Orientaç ão e Proteção à Vida é Rua Antonio Gonçalves da Silva, 781 - CEP 15 . 200 - José Bonifácio, S.P. - Telefone. casa paroquial: (0172)-45 . 1306.

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CATEQUESE: A DESCOBERTA DE UM DOM

Nosso filho, Júnior, estava com sete anos, idade de iniciar uma catequese sistemática na comunidade, porque em casa, é claro, era de forma assistemática. E assim foram iniciadas 3S aulas em março de 1985. Transcorridas duas semanas, a pessoa que dava aulas não pôde continuar e a coordenadora da catequese me convidou a assumir a classe. Inicialmente disse não, porque dentre os vários serviços de Igreja nunca havia pensado na catequese. A coordenadora argumentou que seria muito bom catequisar o Júnior junto com outras crianças. Aí, pedi um tempo para pensar e pedi a Deus que me ajudasse nesta decisão. O entusiasmo do João e do Júnior também pesou, e aceitei. Hoje, agradeço a Deus por ter aceito uma tarefa tão gratificante e estimulante. Através da catequese, descobri muitos valores nas crianças nesta faixa de idade, e meu relacionamento r.om o Júnior melhorou bastante. Não é uma tarefa fácil, no início foi até bastante difícil, porque eu estava acostumada a conviver praticamente só com adultos, e para falar com crianças a linguagem tem que ser outra, os símbolos outros. Pouco a pouco fui me acostumando, ainda não superei todas as dificuldades, mas posso dizer que dei alguns passos à frente, pedindo sempre a proteção de Nossa Senhora. Além de me relacionar com crianças, o que é muito bom, porque criança tem muita pureza, muita sinceridade c muito a nos ensinar, estou estudando mais a nossa religião pois tenho que preparar as aulas e estar muito atenta naquilo que vou dizer e como vou dizer. Estou mais atenta ao calendário litúrgico para explicar às crianças as festas da Igreja e o porque delas, e isto me faz crescer espiritualmente. É muito bom ter atendido a este chamado de Deus, ter descoberto este dom e tê-lo colocado a serviço da Igreja - e ouvir o Júnior dizer: "Minha mãe é a minha professora de catecismo!" fride Equipe 3 de Araraquara

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NOTíC'IAS DOS SETORES

JAV -

Celebrando trinta anos de E.N.S.

Solene comemoração marcou o 30? aniversário da fundação da primeira equipe em Jaú (3 de outubro de 1955). No domingo 29 de setembro. o Côn. Pedro Rodl'igues Branco, co-fundador do Movimento na cidade (cf. C.M. de maio de 19'75, págs. 33-35), concelebrou com o Côn. Vicente Formigão a missa em ação de graças. Gladys e Adonis, em casa de quem teve lugar a primeira reunião da Equipe 1, fizeram um histórko do Movimento em Jaú e o Côn. Pedro, que há trinta anos vem alimentando a esp!ritualidade dos equip:stas com sua palavra, falou da importância das E.N.S. pal'a o fortalecimento da união conjugal. Cônego Pedro, com Gladys e Adonis

Glória e Emílio Arradi, anos atrás Casal Regional, contaram da expansão do Movimento a partir de Jaú, da incrível disponibilidade e dedicação do Côn. Pedro e do primeiro responsável de Setor (depois Casal Regional e membro da ECIR), Ignez e Orozimbo, que levaram as Equipes a Bauru, Lins, Araraqua.ra e outras e deram novo vigor ao Movimento em cidades como São Carlos, Ma.J."llia e até Ribeirão Preto. Ignez e Orozimbo vieram de São Paulo para participar das comemorações. bem como Marcello, que falou sobre a importância do Evangelho em nossa vida. Vindos de São Carlos e representando a ECIR, Olguinha e Toninho, Casal Regional. Lamentaram-se as ausências de Esther, Da. Nancy e Monique e Gérard, estes primeiro casal de ligação das Equipes de Jaú. Todos desejavam associar-se à comemoração: Jaú foi um dos primeiros núcleos do Movimento no Brasil, logo depois de São Paulo, e centro de irradiação da espiritualidade conjugal por toda. a redondeza nos anos 60. Havia ainda outro aniversário a comemorar: o jubileu de prata da Equipe 4, fundada a 19 de outubro de 1960, celebrado no dia 2, por ocasião da missa mensal das Equipes.

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RECIFE -

Instalada a Coordenação

Daisy e Adolpho, Casal Regional, acompanhados por Maria Alice, representando a ECIR, foram do Rio para Recife a fim de, ao final de dois dias de estudos (21 e 22 de setembro), instalar a Coordenação. Foram empos· sados como responsáveis Maria Lúcia e Plin!o, iniciadores e animadores do Movimento naquela cidade, que já conta com 6 equipes. "Muito proveitosos para nós esses dias em que tivemos a oportunidade de estar em comunhão com os casais de Recife, escreve Dalsy, participando de grupos muito ricos em vivência cristã e belos testemunhos. Que Deus continue an!maudo a . obra que iniciou!"

FORTALEZA -

Dias de estudos

No fim da semana seguinte os mesmos estiveram em Fortaleza, onde "o entusiasmo de Marília e Franzé, coordenadores das Equipes de Fortaleza, ensejou aproveitamento pleno de todos os momentos do Encontro". Acrescenta Daisy que, ao final da palestra "A alegria de servir", os casais espontaneamente sairam cantando "A decisão é tua ... ". Também em Fortaleza ouviram testemunhos muito bonitos e todos os casais estão muito engajados em trabalhos de apostolado.

CRICiúMA -

Um dia no Seminário

Por iniciativa do Setor, "a maioria dos equ!pistas do Setor de Criciúma passaram o domingo 25 de agosto no Seminário Pio XII, convivendo com os 52 seminaristas. Após a Missa, os membros da Equipe 1 falaram sobre 'Vocação e Familia' e expuseram o que são as E.N.S. Muitas perguntas foram feitas, demonstrando os seminar!stas curiosidade em saber como funciona o Movimento. a dia foi muito bom para todos e, ao meio-dia, seminaristas, padres e casais participaram de um almoço patrocinado por todos os casais equipistas do Setor. Notava-se nos sem;naristas a felicidade de conviver com casais cristãos."

ITAJA1 -

Tarde de formação

Constou de duas palestr.as - uma sobre a Mística das E.N.S., por Irany e Nereu, Casal Regional, outra sobre o Dever de sentar-se, por Dorinha ~ José Júlio, responsáveis pelo Setor C de Florianópolis. No final da tarde, durante a missa celebrada pelo Pe. Sérgio Maikotti, Conselheiro Espiritual da Coordenação, ·Irany e Nereu deram posse ao novo casal responsável, Carmen e Alvacir. A Coordenação de Itajaí, abrange ainda as cidades de Navegantes e Camboriú.

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LONDRINA -

Equipe na favela

A equipe caçula da cidade é constituída de ca.Ml!s residentes na. Favela WOI;Sa Senhora. da. Paz. "Tendo vindo a falecer, aos 62 anos, vitima. de derrame cerebral, um dos componentes da equipe, Sr. José Pereira. da. Silva, foi convidado o seu filho mais velho, que também é bastante religioso, para. juntamente com sua. esposa, ocupar o lugar que era. dos seus pais." -

Testemunho de um Conselheiro

No final de um artigo em que comenta o Manual do Conselheiro Espiritual, o Pe. Philip Said escreve: "Graças a Deus, nestes 10 anos de C.E. das Equipes de Nossa Senhor.a., tenho me sent!do plenamente realizado e valorizado pela.s minhas equipes. Nas casas dos equipistas sinto-me em minha própria casa, s'nto que sou amigo dos seus filhos. A equipe tem me ajudado a ser mais homem, mais cristão e mais padre." JUJZ DE FORA -

Despedida. do Pe. Edmundo

No Boletim do Setor, de roupagem nova, consta um art!go do Pe. Edmundo Leschnhack sobre a esperança e a alegria, "as duas coisas que faltam ao mundo, o dom que o cristão lhe deve fazer. o dom que esperamos que as Equipes de Nossa Senhora proporcionem às famílias." É um artigo em que ele se despede, depois de tantos ·a nos como Conselheiro Espiritual do Setor, passando o cargo ao Pe. Paulo Ruffier, sj. E seu conselho, à guiza de despedida: "Rlecomeça.r sempre. Melhorar sempre. Não ter ~ enquanto cada dia não se tornar um degrau mais alto na união com Deus em relação ao dia precedente. . . e fazer da vida uma escalada." PIRAPORA, MG -

Retiro com Frei Anselmo

Adriana e Marcos, da Equipe 1, escrevem-nos contando do retiro pregado pelo Frei Anselmo Fracasso, sobre o tema "Realização humana". "Vivemos t:lestes dois dias grandes momentos de recolhimento, meditação e oração. Como se não bastasse, além do retiro, Frei Anselmo ·a inda fez duas palestras, sendo uma no sábado à noite, para os jovens, e outra no domingo à poite, para os casais. Realmente, Frei Anselmo foi um presente divino." JACAREl -

Tarde ck reflexão

Depois de uma palestra de Cidinha e Renato, responsáveis pela Coordenação, sobre as Equipes, sua inserção na Igreja, e os meios de aperfeiçoamento, alguns casais deram "v'brantes testemunhos de suas vidas de equipistas, o que foi de muito proveito principalmente para os casais novos no Movimento. Encerrou-se a tarde com uma missa celebrada pelo Frei Vitório que, como sempre, nos presenteou com uma bel!ssima homilia."

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-

Hora Santa e retiro

Por ocasião da Semana da Fam1lia, o setor congregõu os equipistas e oous familiares para uma Hora Santa na Cape·a Na. Sra. de Fátima, quando rezaram o terço e pediram a proteção de Nossa Senhora pam todas as famílias. "Simplicidade e objetividade nortearam o retiro de outubro, escrevem l'herezinha e Sergio, quando o Padre Jonas Traversin suscitou nos 34 casais presentes um exame profundo do seu relacionamento conjugal e familiar. Momentos de muita introspecção marcaram esses dois dias de oração e silêncio." "Neste final de 85, acrescentam, quando o cansaço toma conta de todos, esse retiro veio revigorar os ânimos para uma definitiva inserção da tamilia equipista na Igreja." PINDAMONHANGABA -

Constituinte

"Atendendo à recomendação da ECIR para que as Equipes se engajassem no 'processo Constituinte', a Coordenação promoveu palestra sobre O Qristão e a Constituinte, proferida pelo Deputado Dr. Geraldo Alkmin Filho, que se houve com clareza e acerto, tendo sido multo apreciado." Todas as equipes refletiram sobre o questionário enviado. SAO CARLOS -

Equipes de oasa.is jovens

Foram formadas recentemente duas equipes com casais jovens. A 15, com casais na faixa de 1 a 7 anos de casados, e a 16, com casais com rnenos de 5 anos de casados. o Conselheiro Espiritual de ambas é o Pe. José Carlos. A 15 já se manifesta no Bo:etim, dizendo: " Estamos procurando viver em comunidade, com o a uxílio de Cristo no seu Evangelho e na Eucaristia ; p: ocurando vivenciar o Amor de cr:sto para podermos permanecer unidos em equipe e a boa energia de todos os que aoe!tam o Oristo, para assim nós também podermos ajudar no mundo. Sabemos nós, jovens equipistas, que a célula-mater da Igreja é a família e a menor expressão da família é o casal; é a menor comunidade que existe, e no entanto é a mais importante. Como comunidade e fazendo parte de uma equipe, esperamos poder viver e crescer no Amor de Cristo, na prática do Evangelho e no serviço dos irmãos : esoeramos nos aperfeiçoar como casal cristão."

SANTA BARBARA D'OESTE -

Vigília pelo Brasil

Geralda e Ruy, da Equipe 1 de Santa Bárbara, enviaram-nos o programa da novena de tercos a ser realizada nas igrejas e capela.s da cidade em preparação à Noite de Vigilia pelo Brasil, de 12 para 13 de outubro. A vi-

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gília devia in!ciar-se às 18h30, com a chegada da imagem de Na. Sra. Aparecida de voita à Matriz da Padroeira do Brasil. Haveria missa de hora em .nora, responsabilizando-se pela das 2hs da madrugada os movimentos familiares e grupos de preparação para o batismo, crisma e casamento. "Orem uma hora conosco nesse dia", pediam Nega e Ruy.

BRAGANÇA PAULISTA -

Crescendo

Doze novos casais foram preparados em pré-equipes, dali saindo formada uma nova equipe, a 31/o, com oito casais, sendo que os restantes terão que aguardar a formação da 4" equipe, que se pretendia iniciar ainda este ano. Escrevem Yrajá e Geraldo, da Equipe 1: "Apesar de se ter iniciado aqui há uns três anos, já progrediu bastante o Movimento nestas paragens." Eles mesmos já pertencem às Equipes há 12 anos: devido ao t rabalho de Geraldo, estão "sempre mudando", mas, por onde passam, procuram o Mov:mento, «que nos fez tanto bem para a solidificação do nosso casamento." Acrescentam que há ainda na Equipe 1 um casal que pertencia às Equipes em L !nA.

-

Retiro com Frei Hugo

'l'oda a Equipe 1, dois casais da Equipe 2 e cinco casais da Equipe 3, mais quatro casais de uma pré-equipe e um casal de antigos ex-equipistas que moram em Bragança Paulista participaram do retiro pregado por Frei Hugo Bagg!o. "Numa exposição simples, direta e de muita fluência, escrevem Jô e Conrado, responsáveis pela. orga nização do retiro, o pregador cativou a todos. O tempo literalmente voou. Frei Hugo oonsegu' u realmente evangelizar, colocando-nos diante da Boa Nova. Saímos contentes porque, diante dos nossos limites e dos limites dos outros, redescobrimos que as E.N.S. oferecem meios que superam nossas fraquezas e, se formos fiéis a eles, seremos os santos que Deus quer." O tema do retiro: "Senhor, ensina-nos a rezar".

VOLTARAM AO PAI JOSE PEREIRA DA SILVA -

Da Equipe 18, Na. S ra.. da. Paz, de Lon-

drina. Casado com Domingas. "Muito se ressentiu a equipe com a perda deste componente, de tão grande espiritualidade e exemplo de vivência cristã.'' JOAQUIM GALDINO -

Equipe 10, Na. Sra. de Lourdes, de Pindamo-

nhangaba. Casado com Eisa. "Recém-admitido na equipe, dois meses apenas foram suficientes para conquistar os irmãos equipistas e deixá-los muito pesarosos."

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EQUIPES NOVAS

LONDRINA - Equipe 18, Na. Sra. da Paz e Valmiro; Conselheiro Espiritual: Irmão Pedro.

Casal Piloto: F'rancisca

TERESOPOLIS - Equipe 1, Na. Sra. do Imaculado Coração Piloto: Cé;ia e Luciano; Conselheiro Espiritual: Frei Ubiratan.

Casal

BRAGANÇA PAULISTA - Equipe 3, Na. Sra. de Fátima - Casal Piloto: Shirley e Paulo (Jundiaí); Conselheiro Espiritual: Pe. Antonio Carlos de Almeida.

o

RETIROS

BELO HORIZONTE -

08 a 10/11 -

RIO DE JANEffiO

-

08 a 10/11 -

SAO PAULO

-

08 a 10/11- Pe. Etisio de Oliveira -

PETMPOLIS

-

22 a 24/11 -

Pe. Paulo Ruffier

FLORIANóPOLIS

-

08 a 10/11 -

Pe. Orlando Brandes -

SOROCABA

-

22 a 24/11- Pe. Emani Angeline- "A Fé" cara São JO!Sé

Casa de Retiros São José

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Barueri

Morro das Pedras Chá-


O CORAÇÃO EM VIGíLIA

TEXTO DE MEDITAÇÃO -

Lc. 12, 35-38

Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Sede semelhantes a homens que esperam seu senhor voltar das núpcias, a fim de lhe abrirem, logo que vier e bater. Felizes os servos que o senhor à sua chegada encontrar vigilantes. Em verdade vos digo, ele se cingirá e os colocará à mesa e, passando de um a outro, os servirá. E caso venha pela segunda ou pela terceira vigília, felizes serão se assim os encontrar!

ORAÇÃO -

João Paulo II

6 Maria, que vivestes na intimidade do Pai. do Filho e do Espírito Santo: que destes carne ao Verbo de Deus e tivestes a experiência da vida familiar em Nazaré: que participastes com os Apóstolos do nascimento do novo Povo de Deus. permanecei conosco! Permanecei conosco para nos educardes n() amor verdadeiro em todas as comunidades a que pertencemos! Sejam elas lugares de vida e de verdade. de caridade e de paz, de coragem e de esperança! 6 Maria, ajudai os cristãos a serem hoje as testemunhas da ressurr.P.IÇa(), a exemplo dos Apóstolos do vosso Filho. Mantende o seu coração em vigília, na expectativa do retorno do Mestre, a fim de que os encontre fiéis ao Evangelho que lhes foi dado como dom!

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EQ UIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casa is por uma esp iritualidade conJug al e familiar

Revisão, P u blicação e D i.stribui.ção pela S ecr e taria das EQUIPES DE l\'OSSA SENHORA 01050 -

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