ENS - Carta Mensal 1985-6 - Setembro

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1985

N<? 6 Setembro

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A herança de se r hom em A Igreja confia-lhes o amor! .. . .

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A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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A escuta da Palavra

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O segredo . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

MedilaçãD comunitária na reuni ão de equipe . . 11 Oração a Nossa Senhora . .

. . . . . . . . . . . . . . 15 . . . . . . . . . . . . . . . 16 Um meio ultrapassado? . Bale-papo com uma jovem equipista . . . . • . . . . . 19 Alguns dos EACREs/1 985 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Em que equipe estariam hoje Ananias e Safira? 25 Grupos paroquiais em Marília Refletindo com os filho s

. . . . . . . . . . . . . . 26 . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29


RETIROS

SÃO PAULO

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13 a 15/ 09 -

Pe. P a ulo Xavier Machado -

CURITIBA/A

-

27 a 29/09 -

Frei Estevão Nunes -

B aruerí

Mossunguê

RIO DE JANEIRO -

27 a 29/09- Frei Almir Ribeiro Guimarães Tema : "Pobre diante de Deus"

CURITIBA/C

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04. a 06/10- Pe. Paulo Xavier Machado dalena Sofia

SAO CARLOS

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25 a 27/10 -

Pe. José Carlos Di Mambro

SAO PAULO

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25 a 27/10 -

Frei Estevão Nunes -

Atalaia

Colégio Ma-

Cenáculo


Dentro do Ano Internacional da Juventude, o dia 22 de setembro é o Dia Mundial da Juventude. A C.N.B.B. recomendou qrue em todos os níveis da Igreja no Brasil se comemorasse esse dia, cujo lema é "Juventude construindo uma nova sociedade". Nos diversos Setores e Coordena-ções, os equipistas, além de acompanhar as progr:amações de suas respectivas dioceses, certamente farão um esforço especial neste mês de setembro e, em particular, no dia 22, para manifestar de maneira concreta sua opção pelos jovens, por meio de encontros, dias de reflexão, mesas-redondas, pereg.rinações e celebrações, de acordo com a criatividade de cada um. O Papa João Paulo 11 não se cansa de proclamar que os jovens são a esperança da Igreja. São também a esperança da sociedade, de um futuro melhor. A Pastoral da Família e a PastO:Tal da Juventude estão intimamente ligadas e nelas há de concentrar-se, não só neste ano dedicado à juventude, mas de forma permanente, a nossa atuação como cristãos engajados.

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EDITORIAL

A HERANÇA DE SER HOMEM

Porque a juventude é "uma etapa-chave na vida de todos os homens" e porque "o futuro pertence aos jovens e depende deles", João Paulo li acolheu com entusiasmo a iniciativa da ONU de decretar 1985 "Ano Internacional da Juventude". Fez mais ainda: escreveu uma "Carta Apostólica aos Jovens e às Jovens do Mundo". (1) Nela estabelece um diálogo com os jovens sobre a riqueza que sua juventude representa para a Igreja e para o mundo de hoje e do futuro. O Papa foi buscar nos evangelhos a inspiração para sua men~ sagem e a encontrou no diálogo de Cristo com um jovem (cf. Me. 10, 17~22 e ss.), diálogo que, no seu entender, representa "o encontro mais completo e o mais rico de conteúdo" dentre torios os outros que Jesus realizou com jovens. O documento é extenso e merece atenta leitura, tanto dos jovens como dos educadores e dos pais. Os casais das Equipes de Nossa Senhora poderão encontrar nele muitos temas para estudo nas reuniões e até mesmo para o diálogo com os filhos em casa. Vejamos um exemplo.

:Em determinado momento de sua mensagem, o Papa aborda o assunto matrimônio como "o ponto mais nevrálgico" dentro do projeto de vida elaborado na juventude. Chega um momento em que "o nosso 'eu' pessoal se abre para a vida 'com os outros' e 'para os outros'. Sobre este momento diz a Escritura: O homem deixará o pai e a mãe para se unir à sua mulher." Explicando o verbo "deixará", o Papa fala da importância da família. Por ela passa a história da humanidade. Nela o homem entra pelo nascimento, e neste "primeiro ambiente de vida e de amor" ele permanecerá até o momento de "passar a um outro novo". Ele deixa o pai e a mãe mas os leva consigo e dentro de si, através da herança que eles lhe transmitiram. Esta herança, que nada tem a ver com bens materiais, o Santo Padre a chama de "herança de ser homem". O jovem a leva consigo e a transmitirá aos seus futuros filhos. (1)

Edições Paulinas, Cr$ 3.300.

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o É fácil adivinhar quantas perguntas podem nascer desta pequena reflexão. Que herança estamos transmitindo aos nossos filhos? Tem sido nossa família um ambiente de vida e Je amor? Como temos assumido nossa missão de pai e de mãe? Estas perguntas levam a outras: O que faremos para que outras famílias percebam a responsabilidade que pesa sobre si? Como nós, cristãos, militando em um movimento cristão, podemos fazer nossa a preocupa,ção da Igreja diante de milhões de crianças e jovens que em nosso país não tiveram na família "um ambiente de vida e de amor" nem receberam dela a "herança de ser homem"? Conhecemos o que a Igreja tem feito no campo pastoral da família, do menor, da juventude? O que temos feito? O que vamos fazer?

Se apenas os nossos problemas pessoais nos inquietam; se as angústias do mundo não nos incomodam; se não conseguimos entender que nossa condição de família cristã nos compromete no trabalho pastoral, nosso movimento parou e "movimento parado" não existe, é absurdo. Deus não permita que isto aconteça com a nossa equipe!

Padre Antonio Aparecido Pereira Conselheiro Espiritual do Setor E. São Paulo

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A PALAVRA DO PAPA

A IGREJA CONFIA-LHES O AMOR!

Quando Cristo diz "segue-me", o seu chamamento pode significar: "chamo-te para um outro amor ainda"; no entanto, muito freqüentemente significa: "segue-me, segue-me a mim que sou o Esposo da Igreja- da minha esposa ... ; vem, torna-te também tu esposo da tua esposa ... , torna-te também tu a esposa do teu esposo. Tornai-vos ambos participantes daquele mistério, daquele sacramento do qual o autor da Carta aos Efésios diz que é grande: grande "em relação a Cristo e à Igreja". Muitas coisas estão dependentes do fato de que vocês, também por este caminho, sigam a Cristo; de que não se esquivem de Cristo ao viver este problema que consideram, com razão. o grande acontecimento do seu cora-ção, uma realidade que só existe em vocês e entre vocês. Desejaria que acreditassem e se convencessem de que esta grande realidade tem a sua dimensão definitiva em Deus, que é amor - em Deus que, na absoluta unidade da sua divindade, é simultaneamente uma comunhão de pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Desejaria que acreditassem e se convencessem de que este seu "grande mistério" humano tem o seu princípio em Deus que é o Criador, que ele está radicado em Cristo Redentor, o qual, como o esposo, "se entregou a si mesmo" e ensina a todos os esposos e a todas as esposas a "entregaram~ -se" um ao outro, segundo a plena medida da dignidade pessoal de cada um e de cada uma. Cristo ensina-nos o ainor esponsal. Seguir o caminho da vocação matrimonial significa aprender, dia após dia e ano após ano, o amor esponsal: o amor que abrange a alma e o corpo, o amor que "é paciente, benigno, que não pro~ cura o próprio interesse e não leva em conta as injustiças"; o amor que "se congratula com a verdade", o amor que "tudo suporta". É exatamente deste amor que vocês, jovens, têm necessidade, uma vez que o seu futuro matrimônio tem de "superar" a prova de toda a vida. E esta prova, precisamente, faz parte da própria essência da vocação que, mediante o matrimônio, tencionam in~ serir no projeto da sua vida.

Por isso não me canso de rezar a Cristo e à Mãe do Belo Amor pelo amor que nasce nos coraçõe,s juvenis. Na minha vida muitas vezes me foi dado o ensejo de acompanhar, em certo sen-

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tido, bem de perto, este amor dos jovens. Graças a esta experiência, compreendi quanto é essencial o problema de que se trata aqui; quanto ele é importante e quanto é grande. Penso que o futuro do homem se decide, em boa parte, ao longo da caminhada deste amor, inidalmente juvenil, que vocês, que você e ela, que você e ele descobrem nos caminhos da sua juventude. Nisto há, pode-se dizer, uma grande aventura; mas há também uma grande tarefa a cumprir. Hoje em dia os princípios da moral conjugal cristã, em muitos meios, são apresentados sob uma imagem deformada. Procura-se impor a vastos círculos e até mesmo a sociedades inteiras um modelo que se autoproclama "progressista" e "moderno". Não se repara, quando assim acontece, que neste modelo o homem, e talvez sobretudo a mulher, de sujeito é transformado em objeto (objeto de uma manipulação específica), e todo o vasto conteúdo no amor é reduzido ao "gozo" do prazer que, mesmo. que existisse de ambas as partes, não deixaria de ser egoísta na sua essência. Por fim, a criança1 que é o fruto e a encarnação nova do amor dos dois, torna-se cada vez mais "um adjunto incômodo". A civilização materialista e a civilização do consumo penetram em todo este maravilhoso conjunto do amor conjugal, paternal P. maternal e despojam-no daquele conteúdo profundamente humano que desde o princípio foi marcado por um cunho e reflexo divinos. Caros jovens, meus amigos, não permitam que lhes seja subtraída esta riqueza! Não inscrevam no projeto da sua vida um conteúdo deformado, empobrecido e falseado: o amor "congratula-se com a verdade". Procurem esta verdade onde ela realmente se encontra. Se for preciso, sejam resolutos em opôr-se à corrente das opiniões que se propalam e dos estribilhos de propaganda! Não tenham medo do amor que impõe ao homem exigências precisas. Estas exigências - tais como vocês as encontram no ensino constante da Igreja- são exatamente aquilo que é capaz de fazer do seu amor um amor verdadeiro. E se devesse fazê-lo em algum ponto, é aqui especialmente que eu desejaria repetir os votos formulados no início; ou sejam, que estejam "sempre prontos para uma resposta vitoriosa a todo aquele que lhes perguntar acerca da esperança que os anima"! A Igreja e a humanidade confiam-lhes o grande problema daquele amor sobre o qual se funda o matrimônio e .a família: o futuro. Elas estão confiantes em que saberão fazê-lo renascer; esperam que saibam torná-lo humana e cristãmente belo, humana e cristãmente grande, amadurecido e responsável. ccarta ADostólica aos Jovens e às Jovens do Mundo, nQ 10)

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A ECIR CONVERSA COM VOCf:S

"Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição." (Mt. 5, 17) A partir desta palavra de Cristo, vamos fazer uma reflexão sobre a presença da reg~a. em nossa caminhada de cristão e de equipista, sua necessidade ou não, e seu aperfeiçoamento. Ao fazer tal afirmação, Cristo reconhece o valor da lei. Ela foi necessária ao plano de Deus para formar e dar unidade ao povo hebreu. Ao elegê-lo como seu: povo, Deus fez-lhe promessas, mas também estabeleceu condições: Israel teria de obedecer à sua voz e observar suas prescrições, que visavam fazer dele um povo santo. O povo, por vocação natural, desejava a sabedoria, mas não sabendo como alcançá-la, confiou em Deus e procurou seguir sua::: exigências, expressas por meio de leis. A lei está presente em toda a parte ao longo do A.T. e o povo hebreu é constantemente confrontado com suas exigências. Esse ·apego à lei faz a grandeza do judaísmo, mas acrescenta alguns perigos: - os preceitos religiosos, morais, civis, constando num mesmo plano e transformados num fim em si mesmos, com a negligência do maior preceito, "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças" (Dt. 6, 5), se tornam para o povo um jugo insuportável. - a idéia de que o cumprimento da lei é suficiente para o homem ser considerado justo diante de Deus. Por si mesma, a lei não tem o poder de salvar o homem. Ela proporciona apenas o conhecimento do bem, não a força de realizá-lo. Qual é pois a razão de ser da lei no plano da salvação? Ela é necessária para preparar os homens para a vivência da nova lei: o mandamento novo.

"Um jovem aproximou-se de Jesus e perguntou--lhe: - Mestre, que devo fazer de bom para Per a vida eterna?. . . Jesus respondeu: - Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não darás falso testemunho, honrarás teu pai e tU'a mãe,

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amarás a teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ai:nda? - Respondeu Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobrres e terás u·m tesouro no céu. Depois.. vem e segue-me". (Mt 19, 16, 18b-21) Esta Palavra ilustra bem a caminhada do povo hebreu, e a de cada um de nós. A primeira etapa é a da antiga lei. Por ser esta bem definida, nos proporciona uma certa segurança, pois podemos ter a consciência de a estarmos ou não cumprindo. "Tenho observado tudo isto", disse o jovem. Jesus propõe algo mais, a lei maior, a que encerra todas as outras, a nova lei - amar como Ele nos ama - que, por ser inacabada, dinâmica, não traz segurança, cria tensão: - Vende o que tens, desapega-te do material e segue-me, confia em mim e deposita tua segurança somente em mim - é o convite de Cristo. O jovem não consegue e se entristece. Fka na antiga lei, na segurança, mas perde a chance de aperfeiçoar-se, de ser mais feliz, de alcançar o Reino já aqui. Cada um de nós também faz esta caminhada. Começamos no A.T., pelo cumprimento da lei. Mesmo em nossa vida de equipista, de certo modo, é assim. "Cumprimos" os meios de aperfeiçoamento porque o movimento pede; respeitamos cada parte da reunião porque assim nos foi transmitido, etc., etc. Enfim, começamos um tanto presos à forma. Não é mal que seja assim. É a fase do cumprimento à lei, embora devamos estar atentos aos perigos pelos quais passou o povo hebreu - de nos esquecermos do espírito e ficarmos na letra. Esse cumprimento deve preparar-nos par:a fazermos a ultrapassagem, pois Deus não quer que paremos aí. Deve dar-nos a coragem de confiarmos em Cristo e a certeza de que só nEle en· contraremos a força interior para amar-mo-nos uns aos outros como Ele nos ama. Então não ficaremos instalados na tranqüilidade de consciência pelos preceitos cumpridos, mas estaremos sempre abertos à novidade que Deus nos reserva para o nosso aperfeiçoamento e aos apelos que Ele nos faz a cada escuta da Palavra, a cada dever de sentar-se, a cada retiro, a cada reunião,. . . a cada aspecto da vida, a cada encontro com o irmão.

Cidinha e Igar

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A ESCUTA DA PALAVRA

"O Senhor Iahweh me deu uma língua de discípulo para que eu soubesse trazer ao cansado uma palavra de conforto. De manhã em manhã ele me desperta, sim, desperta o meu ouvido para que eu ouça como os discípulos. O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde, não recuei." (Isaías 50, 4-5) . A espiritualidade conjugal e familiar - atendo-se ao objetivo do Movimento das Equipes de Nossa Senhora - tem sua fonte de energia na escuta da Palavra. Uma vez cristão, para sempre discípulo; e o discípulo nada é se não "beber" do Mestre, cada dia, o ensinamento que sustenta para a vida. Por isso, a "escuta da Palavra" se coloca na primeira linha entre os meios de aperfeiçoamento das Equipes de Nossa Senhora. Quando percorremos a Sagrada Escritura, encontramos inúmeras passagens onde a atitude de escuta nos é apresentada. É preciso, também, perceber que o ato de escutar exige uma resposta - positiva, logicamente. Vamos encontrar, muitas vezes, a recusa em ouvir. E as conseqüências geralmente são trágicas. De qualquer forma, a disposição de escutar exige um domínio interior muito grande. Requer um recolher-se, um desligar-se do exterior. Exige silêncio e solidão. Isto posto, cada um de nós poderá "fazer um retiro" todas as vezes que se dispuser a "escutar a Palavra": isto é, todos os dias.

o Muitas são as expressões na Sagrada Escritura para essa disposição em "ouvir Deus". Há algumas belíssimas e todas elas e&tão carregadas de um forte sentido existencial. Tomemos alguns exemplos: "abrir o ouvido". Encontramos no capítulo 48 do livro de Isaías, versículo 8, estes termos: "Mas tu não só não tinhas ouvido; antes, também não o sabias; de há muito que os teus ouvidos não estavam atentos."

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"Inclinar o ouvido", outra expressão belíssima que, aliás, São Bento utiliza como a primeira expressão de sua Regra. Todas as expressões sugerem a compreensão e a aceitação. E suas contrárias implicam em rebeldia e indolência. A expressão bíblica para obedecer, fazer a vontade de alguém, é escutá-lo (cfr. Gn 3, 17; Dt 21, 18; Sl 18, 45, etc.). Essa atitude também é assumida por Deus em relação ao homem. Ele escuta ou vê antes de agir (Dn. 9, 18). No Novo Testamento, vamos perceber igualmente a importância dessa atitude diante da própria Palavra, Jesus.

o Importa, como equipe, assumir ,uma pos1çao de fidelidade a esse meio de esforço, colocando-o dentro de nossas prioridades, não apenas como necessário para que o casal cristão encontre na Sagrada Escritura as luzes necessárias para a vivência do Sacramento do Matrimônio mas, particularmente, cada cônjuge se situe cada vez mais inserido no contexto da Revelação: o diálogo eu-tu com o Criador, o Redentor e o Santificador. Nas orações judaicas para Rosh-Hashaná (Ano Novo), encontramos uma belíssima súplica que sintetiza muito bem tudo aquilo que desejaríamos, ainda, escrever. Diz o seguinte: Deus nosso e Deus de nossos pais: não nos abandones, não nos desampares, não nos envergonhes, nem desfaças a Tua aliança conosco. Aproxima-nos de Tua Lei, ensina-nos os Teus preceitos e faze-nos entender os Teus caminhos. Inclina nosso. coração para que Te adore e 'Te ame e que nos voltemos a ti em fidelidade e com sincera devoção'. E pelo teu grande nome, dispensa-nos a remissão e o perdão dos nossos pecados, conforme está escrito na Santa Escritura: "Pelo Teu Nome, ó Eterno, perdoa a minha iniqüidade, pois ela é enorme!". (Shemá Coleinu, da Mahzor de Rosh-Hashaná). Pe. Ricardo Dias Neto Conselheiro Espiritual das Equipes 3 e 4 de Sorocaba

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O

SEGREDO ...

"Não se esqueça: hoje é dia de pagar o condomínio" disse o marido ao sair. "Mamãe, preciso desta blusa limpa para amanhã", falou a filha. E a cozinheira: "Dona Julia, acabou o arroz!" Tocou a campainha. "Tia Julinha, será que a senhora pode fazer aquele bolo para amanhã? Vão umas colegas lanchar comigo". Foi a minha vez: "Vamos, Julia? O médico é para as 11,00 hs., e com esse tráfego ... " "Tudo bem, disse Julia.. Espere só um instante". Foi para o quarto e fechou a porta. Voltou 5 minutos depois, tranqüila e risonha. "Ué! exclamei. Você já estava pronta. Foi retocar a maquilagem?" "Não. Fui rezar, explicou Julia. Agora já posso viver melhor o meu dia." Para conviver melhor com a realidade que a envolve e a suga, a pessoa que se dá muito, precisa mesmo, num pequeno espaço de tempo, viver em seu "território" particular. Ali, só ela e Deus. É seu ponto de encontro com o Pai, de reabastecimento de esperanças, de cultivo da Paz.

Maria Sardenberg

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MEDITAÇÃO COMUNITÁRIA NA REUNIÃO DE EQUIPE

A meditação comunitária de textos bíblicos é um dos elementos que nos permitem ter sobre a vida e os acontecimentos esse olhar de Fé que nos vem por uma iluminação de Deus. Meditar textos bíblicos é contemplar a Palavra de Deus num plano de Fé. É reviver por si mesmo a inefável história do mistério de Deus no tempo. AlgWlS aspectos práticos: O que a meditação não é

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Não se trata de um comentário histórico, exegético, ou de uma discussão em torno dos assuntos que o texto bíblico põe em relevo; tudo isso é ótimo mas não para o momento da meditél!ção.

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Não se trata de um círculo de debates.

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Não é uma aula ou um curso.

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Nada de teorizações. Temos uma tendência horrível a intelectualizarmos a Palavra de Deus. Das idéias para a vida, há um abismo imenso a ultrapassar. Evangelho é vida.

O que deve ser a meditação de textos bíblicos em nossa equipe

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A meditação de textos bíblicos em nossa equipe deve ser, antes de tudo, a proclamação da Palavra de Deus, marcada pela presença de Cristo. Cristo está presente na reunião da equipe, está presente em cada um de nós. Ele está na equipe. Ele trabalha no coração de cada um. Ele fala pela boca de cada fiel. O Espírito do Cristo ilumina o grupo, para que cada um possa acolher a Boa Nova da Salvação. É por isto que na reunião deve haver um clima de recolhimento, um clima de Fé, sem perda da simplicidade e da espontaneidade. -11-


Condições para uma boa meditação em equipe

1.

Compromisso com o grupo

É muito importante o compromisso com a equipe. Se a pessoa vier sempre à equipe como amador, como uma espécie de turista, jamais haverá progresso, nem seu, nem da equipe. É necessáriO um engajamento em profundidade. Isto é essencial.

Aquele que pretende se preparar para a reunião apenas lendo rn1.,1ito por alto o texto bíblico proposto, ou como quem se desincumbe de um encargo, não compreendeu o sentido de sua participação, que é, antes de tudo, um compromisso em profundidade com o Evangelho.

2.

Ler e reler muitas vezes o texto proposto

A meditação deve ser feita em casa, durante os dias que pr ecedem a reunião. Cada um se comprometerá a ler e reler muitas vezes o texto proposto, com os olhos abertos da Fé, que br ota da Palavra de Deus. Esta leitura e pequena meditação individual de cinco a dez minutos por dia permitirá aprofundar o texto, familiarizar -se com ele, facilitando deste modo o bom funcionamento da reunião.

3.

Anotações, peqwenas observações

No começo, para se obrigar a trabalhar mais seriamente, talvez fosse bom anotar em um caderno os principais momentos de nossa reflexão. 4.

Clima de recolhimento

Na reunião, a leitura deve ser feita num clima de recolhimento. Trata-se da proclamação da Palavra de Deus. Depois da leitura, cada membro da equipe, um por vez, espontaneamente, com simplicidade, procurará exprimir o que viu, o que o fez pensar, o que mais achou propício à vivência dos cristãos na Igreja. A meditação será a expressão de uma mensagem assimilada e vivida. Ela terá uma dimensão pessoal, mas não individualista. O que mais importa é a Palavra de Deus, contemplada no nível da Fé, em clima de Igreja. -12-


É preciso, a todo custo, evitar a dissertação doutrinai. Cada um deve expôr suas reflexões com poucas péil.avras, simples, evitando o tom de "sermão".

Não se deve também fugir do texto proposto, nem perturbar a medita-ção com perguntas sobre tais ou tais aspectos. Pode-se pedir estes esclarecimentos no fim da meditação da equipe. 5.

"Comuniquemos o Senhor uns aos outros"

Cada um de nós vive a Palavra de Deus com um matiz diferente. Na meditação, não se trata de fazer cada um comunicar idéias sobre a Palavra de Deus, mas de cada um fazer o que diz São Paulo: "Comuniquemos o Senhor uns aos outros". Na meditação, revelamos o Senhor aos nossos irmãos de equipe. Não é, portanto, preciso que cada um se preocupe em guardar todos os aspectos do texto meditado. Talvez isso nem seja conveniente. O melhor é limitar-se a um ou dois aspectos. O mais importante é impregnar-se deles, vivê-los interiormente na Fé para que possam frutificar em obras. 6.

Diálogos e silêncio

Depois que cada um tiver feito sua reflexão, o grupo passará a um diálogo simples em torno do que foi dito na meditação. Cada um deve guardar, como uma mensagem divina, o que ouviu do seu irmão, pois o Espírito Santo nos fala também pelos nossos irmãos. Salienta-se os aspectos mais importantes, aprofunda-se aquilo que tem mais força de vida. Não se deve ter medo de certos momentos de silêncio. Nós temos geralmente muito medo do silêncio. Muitas vezes ele nos embaTaça. É

preciso escutar o Senhor que está presente e fala.

O Evangelho não é tanto alguma coisa que se diz, mas alguém que se encontra, o CRISTO. 7.

O Evangelho e a vida

Não se deve ser imediatista, por exemplo, preocupar-se em resolver imediatamente certos problemas práticos de nossa vida. É preciso deixar Deus trabalhar e dar consentimento a esse trabalho de Deus no íntimo de cada um. -13-


Devemos pôr o IDvangelho em confronto direto com a nossa vida e a vida do nosso meio. Ouve-se a Palavra de Deus, enche-se o coração com a sua luz, aprende-se todas suas dimensões e, ao mesmo tempo, lança-se um olhar sobre a vida. Lançar um olhar para a nossa vida, a vida dos homens, para integrar tudo em Cristo. 8.

Contemp-lações da meditação

Voltar a reler o mesmo texto por mais alguns dias, em particular. Para o cristão, ele estará enriquecido pela reflexão que seus irmãos fizeram sob a ação do Espírito Santo. Será uma "ruminação" muito útil da Palavra de Deus, capaz de libertá-lo das próprias dimensões e lançá-lo em busca da dimensão dos outros.

(Coletânea e adptação de textos por Margarida e Agostinho, Equipe 2 de Juiz de Fora)

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ORAÇAO A NOSSA SENHORA Composta por um Conselheiro Espiritual

para a sua equipe

ó Nossa Senhora Virgem Maria, Senhora do Rosá:rio de Fátima, hoje viemos a teus pés, para agradecer-te todos estes anos de vida da Equipe 4. Nascemos quase com o Movimento, em Brasília, e vemos, com agradecimento, o caminho percorrido: tantas e tão abundantes graças que nos têm acompanhado ao longo destes anos, nos momentos felizes e nos momentos de crise. Não somos perfeitos, mas temos grande ânimo de revalorizar os meios de aperfeiçoamento que nos oferece o Movimento das Equipes de Nossa Senhora; ajuda-nos a manter a nossa oração de encontro íntimo em DEUS; a abrir sempre os nossos ouvidos e o coração à Palavra, a essa Palavra de Vida que sempre guardaste no coração de mãe e crente; que ela transforme a nossa vida, de acordo com a tua. Que a nossa oração a dois, pelo nosso lar, dê os frutos esperados, na vida mais cristã de nossos filhos. Que saibamos, pela freqüência dos sacramentos, ser testemunhas de vida cristã para nossos filhos e todos os que tenham contato conosco. Ajuda-nos a dialogar, com amor e verdade; que nosso Dever de Sentar-se nos leve muito fundo em nosso conhecimento mútuo e dos problemas do nosso lar, para que este seja melhor e nós sejamos esse casal feliz que tu queres, no meio desta sociedade que vê desmoronar-se a família Senhora, abençoa. o nosso Movimento, casais e conselheiros. Abençoa-nos: que esta Equipe 4 seja, cada dia, mais unida, mais equipe, mais fraterna, mais família e mais testemunha. Amém. Pe. Oscar Dwque Estrada 15-


UM

MEIO

ULTRAPASSADO ?

Em nossa época desconfia-se das regras e das leis, canoniza-se a espontaneidade no comportamento das pessoas. Seria então a regra de vida algo de ultrapassado? Para responder a esta pergunta é necessário fazer outra: qual é o sentido da regra de vida nas Equipes de Nossa Senhora? O sentido da regra de vida Como os demais pontos concretos de esforço. a regra de vida é um meio. Um meio para crescer no amor. O amor só cresce mediante uma conquista permanente sobre o egoísmo. A regra de vida está a serviço desta conquista. O amor supõe uma libertação progressiva daquilo que é obstáculo para ele. A regra de vida favorece essa libertação. A finalidade: amar. Um dos meios: a regra de vida. São Paulo nos diz a mesma coisa na sua linguagem figurada : "Não sabeis que aqueles que correm no estádio correm todos, mas um só ganha o prêmio? Correi, portanto, de maneira a conseguí-lo. Todos os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; nós, porém, para ganhar uma coroa imperecível. Quanto a mim,. é assim que corro, não ao incerto; é assim que pratico o pugilato, mas não como quem fere o ar. Trato duramente o meu ·c orpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado." (1 Cor. 9, 24-27). O prêmio que prooUTamos ganhar é o amor. Não podemos atingí-lo sem ascese. A regra de vida é uma aplicação concreta desta exigência geral de ascese inerente à vida cristã. Dada como orienta-ção no encontro de Roma de 1970, a ascese não foi bem compr eendida e o Padre Caffarel voltou a falar nela várias vezes. Ouçamo-lo explicar esta exigência para o casal.

ase sabem amar, sabem o que é a ascese. Os que praticam o amor prabicam necessariamente a ascese. Porque a ascese não é uma exigênci'a arbitrária de um pregador rabugento, mas a exigência fundamental do amor. Não há medalha sem verso e reverso, moeda sem cara ou coroa: amor e ascese são as duas faces ·da 'mesma realidade.

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Não progredirei nunca no amor do outro se não mortificar o amor de mim mesmo, na medida em que esse amor é egoísta

e reivindicativo. Com efeito, não posso dar e tomar ao mesmo tempo, estar numa atitude profunda, de dom de mim mesmo e obedecer à minha cobiça, ser ablativo e captativo, comprometer~me e acautelar-me, ter o meu polo em mim e no outro. ( . .. ) Vocês amam a sua mulher, o seu marido. E desejam amá-lo sempre mais (porque já não existe amor num coração que diz - basta e não deseja amar sempre mais e 'melhor). Ora vocês constatam que são muitas as coisas que em vocês travam, entravam, fazem diminuir o impulso de amor. Na conversa, essa necessidade de não ceder, de ter sempre razão . .. Quando toca o telefone, a secreta esperança de que o outro vá atender... O demônio do silêncio que os leva a não revelar o melhor de si mesmos na oração conjugal, por exemplo; ou o demônio tagarela que os faz falar de si mesmos, enquanto cresce no outro a angústia secreta de nunca ser escutado. E todas essas impaciências, será o amor do outro que as inspira? Ao longo do dia, para que polo é atraído o ponteiro da sua bússula: a felicidade, o bem do outro, ou você mesmo? E nas suas relações sexuais? ( ... ) Consegui porventura mostrar-lhes que todo o a·mor implica numa exigência de ascese, compreendida como uma preocupação, um esforço corajoso, leal, inteligente, metódico, perseverante, para mortificar o egoísmo que, sem cessar, aberta ou insidiosamente, constitui um obstáculo ao amor, para cultnvarmos em nós tudo o que nos fará aceder a um maior amor?" E o Padre Caffarel concluía: "Se o amor humano exige a ascese, com muito mais forte razão o amor de Deus!" Então? A regra de vida como ponto concreto de ascese ao serv1ço do amor estará ultrapassada? A resposta é clara: ai.nda não banimos todo o egoísmo da nossa vida, o amor não está no zénite (nunca o estará, aliás, neste mundo) . . . Portanto, como ainda temos muito que caminhar, viva a regra de vida! Escolha da regra de vida

O egoísmo, inimigo do amor, mostra a ponta do nariz em muitas circunstâncias da nossa vida. Em que ponto devemos atacá-lo com a regra de vida? Alguns princípios podem ajudar nessa escolha. É importante, antes de tudo, que nos conheçamos. É o antigo preceito: "Conhece-te a ti mesmo!" É preciso lucidez e por vezes, coragem: não gostamos muito de sondar as águas turvas das nossas motivações e das nossas condutas. Um bom meio: pe-17-


dir a opinião do nosso cônjuge. Ele vê por vezes melhor em nós do que nós mesmos, e, em todo caso, sabe o que em nós mais lhe agrada. Pode ser uma indicação. Podemos também recorrer a um padre que costume guiar-nos espiritualmente e que seja bom conselheiro. E não deixarmos de consultar Deus: "Senhor, que queres que eu faça?" Qual é em mim o maior obstáculo ao teu amor? Interrogarmo-nos: não nos atormentam certos apelos interiores? Discernir, na oração, se eles indicam uma clara vontade de Deus. Muitos casais estabelecem e revêem a sua regra de vida durante um retiro: é certamente uma ocasião muito favorável. Escolher um ponto preciso. Ficar no vago é ficar na ineficácia. "Quero amar melhor o meu marido (a minha mulher)" é um excelente objetivo, mas não é uma regra de vida! Esta poderia ser: "Direi todos os dias ao meu marido (à minha mulher) que o (a) amo". Este ponto preciso deve requerer um esforço, mas .um esforço que seja realizável. Um prolongado insucesso significa que é preciso mudar a nossa regra de vida. Não é proibido fazer tentativas durante um certo tempo até encontrar a regra de vida que melhor nos convenha. A regra de vida também pode ser conjugal, escolhida pelos dois: esforço na oração, paciência para com um filho, etc., cada um lembrá-la ao outro e os dois se ajudarem. Finalmente, escrever a regra de vida é a melhor maneira de fixá-la no espírito. Partilha sobre a regra de vida

Tendo-se escolhido a regra de vida, falta praticá-la... Existe um controle mensal, que é ao mesmo tempo um incentivo - a partilha sobre os pontos concretos de esforço. A "Carta" (Estatutos) das Equipes de Nossa Senhora indica que não é obrigação dar a conhecer à equipe a regra de vida adotada, mas "para algnms, deu bom resultado ter levado a entre-ajuda até esse ponto." Na teoria, o que se tem então de partilhar? Simplesmente se temos ou não regra de vida e se fizéssemos alguma coisa nesse sentido durante o mês. É o mínimo requerido para um auxílio mútuo na equipe sobre esse ponto, mas parece perfeitamente normal que, depois de termos caminhado juntos durante algum tempo, a amizade e o desejo de nos ajudarmos a caminhar espiritualmente nos levem a dar a conhecer aos nossos companheiros a nossa regra de vida (a não ser que ela seja demasiado íntima). Este seria mesmo um teste so· bre a boa saúde da nossa equipe! (Da Carta fra-ncesa)

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OPÇAO PELOS JOVENS

BATE-PAPO COM UMA JOVEM EQUIPISTA (Do

Boletim de Juiz de Fora)

. Ana Elisa, o que levou você a aceitar participar de uma equipe de jovens? R. - Meus pais, mesmo antes de entra:rem para o movimento das ENS, participavam de movimentos com jovens. Esta atuação e a vibração que percebia nos jovens despertavam em mim uma grande vontade e também curiosidade de conhecer mais de perto um movimento de jovens. Quando surgiu o 1.0 Encontro de Jovens das ENS e mais tarde a criação das equipes de jovens vi realizado o meu desejo de fazer parte e de conhecer um movimento de espiritualidade para jovens.

. O que você espera de sua participação na equipe? R. - Espero alcançar um crescimento espiritual com um aprofundamento da minha fé e um conhecimento maior da religião. E também, uma troca de experiências de vida com jovens da mesma idade.

. O que você considera negativo e que poderia ser reformulado para maior aproveitamento e crescimento do grupo? R. - Não poderia colocar como ponto negativo as dificuldades encontradas. É um movimento novo, em organização, e só com o tempo é que surgirá um outro fato ou método que poderá ser substituído por outros mais positivos .

. Seus pais participam de uma Equipe de N. Senhora. Poderia afirmar com convicção que isto tem sido bom no relacionamento familiar e crescimento espixitual deles? Por que? Sim, pois as ENS têm uma dinâmica que exige a parde toda a família. No princípio, esta participação é encarada como uma resposta às exigências do Movimento, mas com o passar do tempo a gente começa a perceber uma vivência maior da religião, um crescimento espiritual, e principalmente uma-abertura maior para o diálogo. R. -

ticip~ção

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ALGUNS DOS EACREs/1985

BRASíLIA

Enviada a Brasília como representante da ECIR e encarregada de uma das palestras, tive a alegria de participar da fraternal convivência de tantos irmãos ali "reunidos em nome de Cristo". Sob a direção de Elza e Renato, encarregados da Região Centro-Norte, lá estavam, além de 60 casais responsáveis de equipe, os Responsáveis pelos 4 setores de Brasília e pelos dois setores de Belém, um casal de Castanha!, um de Pirapora, um de San., tarém e um de Manaus, vários sacerdotes, sendo 3 de Belém. Sentia-se vida no EACRE de Brasília e destaco alguns dos aspectos que mais me toca:ram: Todas as equipes de Belém se fizeram presentes por seus casais responsáveis ou representantes, embora com sacrifício, como foi o caso de um casal que, tendo o casamento da filha marcado para daí a cinco dias, diante do impedimento de última hora do casal que iria substituí-lo, veio assim mesmo, para que sua equipe não estivesse ausente. Para esses equipistas, foram 72 horas de viagem, ida e volta, em ônibus especial. Ao passarem por Anápolis, telefonaram comunicando sua chegada dentro de uma hora e pouco. Os casais hospedeiros, avisados, dirigiram-se ao local já determinado, em frente à Catedral, e se comoveram vendo a alegria com que, apesar de uma viagem tão longa, os equipistas de Belém chegaram, cantando ao som de um "acordeon", Essa alegria contagiou o EACRE e, no domingo, após o almoço, todos eles ainda cantaram para os paxticipantes músicas típicas da sua região. Sentia-se vida também no plano espiritual. Foi um EACRE que não se limitou aos presentes: todo o Movimento daquela área foi mobilizado e seus casais participaram da preparação que já vinha sendo feita havia meses. Quero notar também, como causa primeira do êxito desse encontro, as vigílias de oração. Dias antes, cada uma das equipes locais assumiu sucessivamente uma vigília pelo EACRE. Assim, todas as noites, em casa ou numa igreja, havia uma equipe em vigília. Durante o Encontro, numa Capela improvisada, ha-20-


via sempre 5 .ou 6 pessoas em oração. O interessante é notar também que os organizadores da vigília montaram uma equipe de acolhimento, que recebia os orantes e depois lhes oferecia uma pequena lembrança. Graças a esse esforço de todos, tão generosamente doado, o Encontro atingiu os seus objetivos. Agradecemos a Deus por isso e pedimos suas bênçãos para que os seus frutos permaneçam. N ancy Moncau

RIO

O EACRE/RIO de 1985 foi realizado nos dias 6 e 7 de julho, nas dependências do Colégio da Divina Providência, no aprazível bairro do Jardim Botânico. No dia da abertura do Encontro, como na maioria dos dias nesta época do ano no Rio de Janeiro, o tempo estava muito bonito, soprando lllm vento forte, que fazia balouçar as palmeiras imperiais do pátio. Participaram do EACRE 97 casais, dos Setores "A" a "G", Setor de Niterói e Coordenações de Nova Friburgo, Recife e Fortaleza (Região Rio de Janeiro) , além de um casal de Petrópolis (Região Centro-Leste). Compareceram também 14 Conselheiros Espirituais. A equipe de serviço contou com a eficiente colaboração de 32 casais. Depois da abertura, por. Daisy e Adolpho, novo Casal Responsável pela Região Rio, Therezinha e Thiago, coordenadores do EACRE, fizeram a chamada dos representantes dos setores e coordenações e passaram a palavra ao Frei Almir Ribeiro Guimarães, Conselheiro Espiritual do Encontro. Enfocando o tema "ENS - Comunidade cristã inserida", Frei Almir proporcionou a todos refletir na maneira pela qual as ENS devem se inserir na vida da Igreja, através de um engajamento espontâneo e autêntico: para tanto, os casais devem participar intensamente da vida equipista, ter senso eclesial e uma inserção efetiva nas diferentes paróquias, através de um engajamento adulto; e questionar persistentemente a Igreja doméstica, tornando-a aberta sempre e fazendo da mesa de refeição um forum de debates com os filhos. Após a celebração da Liturgia Eucarística por D. Lessa, Bispo Auxiliar e Responsável pela Pastoral Familiar, tivemos a palestra de Adelson sobre "Aspectos Gerais do Movimento" e a de ~ary-Nize e Sergio sobre "A Escuta da Palavra". -21-


Domingo de manhã, foi apresentado por três casais um painel sobre "O Casal Responsável de Equipe": Cida e Luiz Mário expuseram didaticamente o que são e como funcionam as Equipes e as suas próprias experiências vividas na equipe a que pertencem; Inês e Célio fizeram uma palestra muito boa, expontânea, vibrante, com cenas muito engraçadas na hora da apresentação das projeções através de um retro-projetor; Elza e Nel deram a sua contribuição ao painel enriquecendo ainda mais o assunto com exemplos e citações extremamente oportunas. Após este painel, os casais se reuniram em grupos uma vez mais, para refletirem sobre o tema: "O perfil de um Oasal Responsável de Equipe" Como coroamento do EACRE/Rio de 1985, tivemos a celebração Eucarística presidida por D. Affonso Felippe Gregory, Bispo Auxiliar, e concelebrada pelos Conselheiros Espirituais. Como sempre, D. Gregory nos transmitiu aquela mensagem de confiança no papel desempenhado pelas ENS na comunidade eclecial e, junto com os demais Conselheiros, abençoou a todos os casais, exortando-os a colaborar sempre para a beleza da obra do Senhoc. Marília e Marcelo Equipe 14, setor D, do Rio de Janeiro

ARARAQUARA O EACRE da Região S. Paulo/Centro realizou-se na Casa de Emaús, em Araraquara, nos dias 6 e 7 de julho, participando 10 setores e coordenações, com casais de Aguas da Prata, Aguaí, Americana, Araraquara, Brotas, Campinas, Casa Branca, Dois Córregos, Jaú, Limeira, Mineiros do Tietê, Piracicaba, São Carlos, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Eram 117 casais, entre CR eleitos, coa:Tdenadores de grupos e palestrantes. Participaram também, 7 Conselheiros Espirituais, o Padre José Carlos di Mambro, Conselheiro Espiritual da ECIR e que foi o Conselheiro Espiritual do EACRE, e os coordenadores do EACRE, Olga e Toninha, Responsáveis da Região S. Paulo/Centro. O EACRE contou, ainda, com a presença inestimável e ativa de Da. Nancy Moncau, trepresentando a ECIR. A organização material do EACRE esteve a cargo da Coordena-ção de Araraquara, cujas seis equipes contam com 36 casais: destes casais, 6 participaram do EACRE como Casais Responsáveis eleitos neste ano e os outros trabalharam ativamente, corri -22-


muita alegria e entusiasmo, nas mais diversas funções. Num grande espírito cristão de fraternidade e solidariedade dentro da Igreja, encarregou-se da cozinha um grupo de cursilhistas, sob a orientação do casal Ordália e Martini. A abertura do EACRE e a apresentação dos Setores e Coordenações foi feita pelo casal responsável pela Coordenação de AraTaquara, Leonor e Danilo, que apresentaram também aos participantes Da. Nancy Moncau. Além de uma palestra sobre "A Escuta da Palavra", Da. Nancy falou sobre a importância dos Conselheiros Espirituais dentro das Equipes de Nossa Senhora e ainda sobre a colaboração a ser dada pelas EJNS para a organização da Constituinte. A liturgia do EACRE, a caTgo da Coordenação de Piracicaba, sob a orientação do Pe. José Carlos di Mambro, foi centrada sobre o tema "ENS - Comunidade cristã inserida" e sobre o meio de aperfeiçoamento do ano, "Escutar assiduamente a Palavra de Deus''. Na sua homilia, Pe. José Carlos refletiu profundamente sobre a inserção na Igreja, dizendo que o engajamento de um cristão no seu meio é sinal e fruto de uma maturidade espiritual, de uma vida adulta. O Pe. José Carlos ainda falou sobre propostas a serem discutidas por ocasião da Constituinte: direito à vida, aborto, liberdade de ensino, inviolabilidade do lar, indissolubilidade do casamento, o problema da censura, salário justo, idosos ... Dentro da "partilha da Palavra", foram feitos os trabalhos em grupos, refletindo os casais sobre: - Em que falhamos? Em que caminhamos? - Em que devemos melhorar? Os grupos colocaram suas conclusões durante o Ato Penitenciai - Em que falhamos: no Hino em Louvor - Em que caminhamos: na Prece dos Fiéis - Em que devemos melhorar: seguindo-se a Liturgia Eucarística. A manhã de domingo foi centrada sobre a formação do Movimento, por meio de painel organizado e apresentado por equipistas de São Carlos- Olguinha e Toninho, apresentando o painel; Marta e Fernando, com "Missão Apostólica do Casal Responsável"; Marcos e Maria José: "Reunião de Equipe"; Ana Maria e Luiz: "Conselheiro Espiritual e Casal de Ligação"; Mario (da Cida): "A contribuição". Durante o painel, tivemos a visita do nosso Bispo, D. Constantino Amstalden, que saudou os participantes dizendo que "as E.N.S. são um movimento salutar, uma graça, um dom de Deus dentro da Igreja".

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Depois de um plenário em que foram dirimidas as dúvidas .dos casais participantes, foi encerrado o EACRE.· Deus seja louvado, Ele que abençoou os nossos trabalhos, que nos deu forças e coragem para realizar suas obras. Que Ele continue nos abençoando e fazendo frutificar os talentos e carismas que nos deu, para que seu: Reino se dilate sobre os casais e as famílias.

There zinha e Jor ge EQuipe 3 de Araraquara

LONDRINA

Realizou-se em Londrina, nos dias 6 e 7 de julho, o EACRE para os casais responsáveis recém-eleitos da Região Paraná, sob a direção espiritual do Padre Rondina. A abertura foi feita por Noemia e Ézaro, casal responsável do Setor "B", com a apresentação dos casais, e Regina e Ruy - 26 anos nas Equipes de Nossa Senhora e 8 anos como Casal Regional - pediram as bênçãos de Maria para esse :IDncontro. As palestras, entre as quais destacamos a do Rubens, representando a ECIR, abardando aspectos gerais do Movimento, foram entusiasmantes. Na Santa Missa de encerramento, teve lugar a cerimônia de posse de Dalva e Valmor como novo Casal Regional, em substituição a Regina e Ruy. Desejamos e cremos mesmo que o EACRE tenha sido uma força propulsora para cada casal responsável assumir sua missão com forças redobradas para fazer deste novo ano equipista um ano de aperfeiçoamento espiritual e cheio de dinamismo, para o crescimento de todo o Movimento das ENS.

Fátima e Odi Casal comunicação do Setor "B" de Londrina

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EM QUE EQUIPE ESTARIAM HOJE ANANIAS E SAFIRA?

Ao entrarmos nas Equipes de Nossa Senhora, fomos infocmados de que os Estatutos do Movimento determinam, quanto à contribui-ção, o seguinte: "Dar cada ai·l~, a título de contribuição, o produto de um dia de trabalho, para assegurar a vida material e a expansão do Movimento, ao qual devem, de certo modo, o próprio enriquecimento espiritual." Fomos informados quanto a isto e assim mesmo decidimos entrar e permanecer nas Equipes de Nossa Senhora, o que vale dizer: concordamos com esta e todas as outras regras. Portanto, a contribuição é caso decidido para quem permanece nas E.N.S. No entanto, muitos de nós ainda insistem em decidir men· salmente o quanto vão entregar ao Movimento como sua contribuição. Ora, não há mais o que decidir neste particular: a decisão já foi tomada ao dizermos "Sim" às E.N.S. O que devemos é simplesmente entregar, da maneira convendonada, o correspondente ao ganho de um dia do casal a cada ano. Qualquer valor inferior a isto será uma mentira, qualquer subterfúgio utilizado para dar menos do que o devido será uma apropriação indébita de um valor que já não nos pertence. A este propósito nos parece sensato sugerir aos caríssimos irmãos equipistas a leitura do Capítulo 5, versículos 1 a 11, dos Atos dos Apóstolos, onde um casal chamadr. Ananias e Safira teve atitudes semelhantes às de muitos casais de nossos dias e por isso sofreu duríssimas conseqüências. Finalmente, uma palavra aos tesoureiros das nossas Equipes: o valor arrecadado, na base determinada pelos Estatutos, deve ser integralmente entregue ao Setor, sem retenções ou descontos de qualquer espécie.

Elza Maria e Renato Casal Regional, Região centro-Norte Equipista, uma sugestão: Faça novamente o seu cálculo toda vez que ocorrer um aumento do seu salário ou de qualquer renda, de forma a manter sua contribuição atualizada. Prepare sua contribuição antes da reunião, como você prepara sua resposta ao tema, sua partilha, suas intenções: traga o cheque já preenchido para a reunião - e reflita antes de preenchê-lo . ..

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APOSTOLADO

GRUPOS PAROQUIAIS EM MARíLIA

(Do Bolet~ m)

As E.N.S. não impõem nenhum tipo de apostolado específico, entretanto, é comum encontrarmos casais equipistas ligados ou à frente dos mais diversos ti:eos de apostolado. Isto é bom. Entre todos os tipos de apostolado, parece-nos mais indicada ao equipista a pastoral familiar. A família, como base primeira da formação do ser humano, precisa de uma sustentação efetiva para manter-se, nos dias de hoje, dentro dos princípios evangélicos do amor, da compreensão, do diálogo e do perdão entre seus membros. Tudo ao nosso redor conspira contra a iiantidade e a estabilidade da instituição familiar. Levar a família a reconsiderar e a redescobrir os valores evangélicos nos dias de hoje parece-nos de suma importância para o equilíbrio da sociedade maior. É aí que se inicia a formação dos filhos e é nessa raiz que se apoia toda a estrutura social.

Ajudar a família a equilibrar-se e manter-se coesa é dever do equipista. Refletindo sobre isso é que iniciamos na nossa paróquia a formação de grupos de casais, que denominamos de "Grupos de Base". Cada grupo tem um casal coordenador, que conduz o grupo até a sua maturidade, quando passa a caminhar por si mesmo. Os coordenadores são orientados por nós numa reunião mensal, onde se estuda o temário a ser desenvolvido na reunião de grupo. O coordenador, melhor preparado anteriormente, sente-se mais confiante diante do seu grupo, embora as reuniões se desenvolvam no mais puro estilo democrático, respeitando-se a criatividade de cada grupo.

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Em cada reumao, os casais refletem sobre o texto bíblico e debatem um tema relacionado com a vida conjugal e familiar.

Já estamos com treze grupos, com mais ou menos seis casais em cada um. A quem se sentir interessado nesse tipo de apostolado, daremos mais informações. Experimentem, que vale a pena! Dar um pouco à Igreja, da qual tanto recebemos, é mais do que obrigação, é questão de Justiça!

Conceição e Clóvis Equipe 3 de Marilia

E'ndereç<l: Maria da Conceição e Clóvis Tavares Dias Rua Marquês de São Vicente, 293 17 .500 - MARíLIA Fone: (0144) 33-4593

o

Pergunta o Pe. Cido no Editorial : "O que faremos para que outras fa mílias percebam a respOnsabilidade que pesa sobre si?" Esta é uma das pOSSíveis resp05tas - um exemplo da criatividade que deve ~er a no.ssa, p rocurando fazer frutü!car os talentos que recebemos na equ:pe.

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REFLETINDO COM OS FILHOS

Para continuar o estudo do texto "A família à luz de Puebla" com os filhos (cf. C.M. de abril. pág. 32), a Equipe 3 de Araraquara reuniu-se num domingo numa chácara próxima à cidade. "Éramos 26 pessoas, escrevem, sendo 10 adultos, 4 crianças e 12 jovens, entre filhos dos casais da equipe e seus amigos e o Pe. João, Conselheiro Espiritual da equipe. Após os debates, bem participados, tanto pelos jovens quanto pelos pais, foi colo.cada uma pergunta: "Será que podemos alimentar esperanças quanto ao futuro religioso dos jovens de hoje?", e para discuti-la nos dividimos em dois grupos - dos pais e dos filhos. A seguir nos reunimos para uma síntese. Eis as conclusões dos dois grupos: Pais: Temos a obrigação de ser catequistas. De transmitir aos nossos filhos os valores cristãos nos quais acreditamos. Se assim não fizermos, outros farão o contrário, como os meios de comunica:ção, que entram em nossa casa sem pedir licença e sem se importar se gostamos ou não. Nossa obrigação é semear, a colheita a Deus pertence. Nós, pais, acreditamos no futuro religioso de nossos filhos, desde que a semente seja plantada e regada constantemente. Jovens: Têm dúvidas quanto ao futuro :religioso, porque muitas vezes vão à missa apenas por imposição da família. Acham que o conservadorismo da Igreja com relação a certos aspectos morais afasta os jovens da Igreja (mas não são a favor do aborto nem do divórcio). Concluem que houve falha da Igreja em relação à catequese quando crianças e esta falha tem reflexos na juventude. A Ig:reja tem que ocupar o espaço que lhe pertence; por exemplo, os padres deveriam usar a homilia para catequese. Concluídas as colocações dos dois grupos, argumentou um pai: Os jovens reclamam que a família e a Igreja são impositivas, mas seria bom refletir se só elas impõem! O mundo é feito de imposições: a moda, os meios de comunicação, a escola impõem. A Igreja é impositiva, mas oferece :respostas e soluções para nossos problemas. Como Mãe que é, sabe exigir e oferecer consolo. Seguiu-se um churrasco, que entrou pela tarde. O dia foi ótimo e, dos três encontros que fizemos com os filhos, consideramos este o mais participado por todos. Talvez o lu gar tenha sido favorável? Os filhos menores tiveram várias atividades: desenharam, brincaram, jogaram bola, e até o Pe. João foi dividir a bola com eles. Nossa meta é prosseguir com este tipo de reunião. Novas idéias estão surgindo para que haja a participação de outros casais, seus filhos e jovens amigos." -28-


NOTíCIAS DOS SETOR.ES BRUSQUE -

D. Murilo com seus pais

Completando o noticiário publicado na Carta Mensal de agosto, recebemos a foto de D. Murilo Sebastião Ramos Krieger, ladeado pelos felizes pais, Olga e Oscar Krieger, da Equipe 4 de Brusque. Com 41 anos de idade, D . Murilo é atualmente o bispo mais jovem do Brasil. Quatro anos apenas após sua ordenação já era reitor do Instituto de Teologia e, ·com 37 anos, foi nomeado Provincial da sua Congregação (Padres do Sagrado Coração de Jesus). Um bispo jovem que, como o jovem padre, pretende continuar dedicando boa parte do seu ministério aos jovens. Em entrevista ao Jornal de Santa Catar:ina, perguntado sobre o que consideraria prioritário no trabalho com os jovens, D . Murilo declara: "Penso que o grande trabalho, quer da Igreja, quer de todos aqueles que amam os jovens, é o de ajudar a desenvolver seu espírito critico." BAURU -

:r:' Encontro de Jovens

A Equipe 13 reuniu, no domingo 21 de julho, das 8 às 19 hs., para o 39 ENJOVENS, 92 jovens, filhos de equipistas e convidados. Frei Estevão Nunes deslocou-se especialmente de Curitiba para assessorar o Encontro. Na parte da manhã, duas palestras, seguidas de discussão em grupos e plenário : Ser cristão no mundo de hoje, com as perguntas : - O que significa ser cristão no mundo de hoje? -

Qual a força de transformação que o cristão pode ter no mundo de hoje?

-

Qual o compromisso do jovem cristão hoje para transformar este mundo?

e Ser Família, com as perguntas : -

Qual a importância da familia na sociedade moderna?

- A família é necessária ainda ou não? -

Quais os inimigos da familia na sociedade moderna?

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Após o almoço, preparado por pais de jovens pertencentes a outras equipes, vários sacerdotes ficaram à disposição para confissões. Seguiu-se uma encenação, com três grupos de jovens: - "Uma família ajustada"; - "Uma familia desajustaàa"; - "A família ideal" (Sagrada Familia). Este foi um dos pontos altos do Encontro, sendo lançadas mais duas perguntas, desta vez nã.o só para os jovens, mas também para os casais coordenadores, pessoal da cozinha e três casais jovens da Equipe 14 que estiveram participando com a 13: -

O que mais dificulta a relação pais e filhos?

-

O que deve ser feito para melhorar este relacionamento?

Depois do plenário, missa de encerramento, com a participação dos 92 jovens e seus familiares que vieram para a celebração. Escrevem Arlete e Celso, da Equipe 13: .. Temos certeza que este contro foi de aproveitamento total, pois, na avaliação, todos pediram tivéssemos outro logo. Muito temos que agradecer a Deus e Maria por dermos partilhar com os jovens este dia de reflexão, com crescimento grande."

APAREOLDA -

En-

que potão

Casamento de jovens equipis11as

Comunicam Afonslna e Hélio, da Equipe 5, que dois jovens, Sebastião Cleide, pertencentes há três anos à Equipe de Jovens "Nossa Senhora das Graças", uniram-se pelo Saeramento do Matrimônio. "Nestes anos de participação nas Equipinhas, escrevem, tiveram como que .um curso de preparação para o casamento." E acrescentam: "Convidados pela Coordenação a participarem de uma equipe de casais, aceitaram, dizendo-nos que jamais pretendem desligar-se das Equipes de Nossa Senhora, pois nelas encontraram er:sto como seu ideal. Já estão participando da Equipe 6 - também de Na. Sra. das Graças -, fundada em maio. O jovem casal pretende dedicar-se ao apostolado com a juventude." €

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Novas equipes

"A Coordenação de Aparecida está feliz com a criação de mais duas equipes, fruto de um trabalho de aproximadamente seis meses preparando os casais para o Movimento", escrevem Cidinha e Renato, da Equipe 1. "Nã.o tínhamos nenhuma experiência com pré-equipes, mas o trabalho conjunto de quatro casais da Coordenação, orientados pelo ex-Conselheiro Espiritual da Coordenação, Pe. Menezes, surtiu efeito: finalmente alcançamos o objetivo e muito temos a agradecer a Deus. As equipes colocaram-se, respectivamente, sob o patrocínio de Na. Sra. das Graças e de Na. Sra. da Esperança. Temos a. 'esperança' de que as 'graças' divinas estarão sempre presentes nestas equipes, nascidas no mês de Maria."

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BRASíLIA -

Momento de Maria

Como ocorre durante os meses dedicados a Maria, o Setor D promoveu, com grande afluência de çasa!s equlpistas e colaboradores da paróquia do Verbo Divino, mais um «Momento com Maria": foi rezado o terço, feita uma procissão de velas, recitada a ladainha, entoados diversos cânticos marianos, encerrando-se com uma celebração de ação de graças pelos 35 anos das Equipes no Brasil.

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Ministrando curso em Belém

Dois casais de Brasília estiveram em Belém ministrando um Curso de Casais de Ligação para 21 equlpistas. Prestigiaram o curso os responsáveis dos Setores A e B, de Belém, bem como os atuais casais de ligação, que resolveram fazer uma reciclagem. Foi lan({ada a idéia da formação de um núcleo-base que, a partir de agora, ficará responsável pelos futuros cursos em Belém.

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Estudando a. Palavra de Deus

Toda a Equipe 35 está inscrita no Curso Bíblico por Correspondência '·Mater Ecclesiae" do Rio de Janeiro (informações sobre o curso na C.M. de setembro de 1984, pág. 23), graças ao incentivo do seu C.E., Pe. Calderón. A 38 reúne-se todas as sextas-feiras na casa do seu C.E. Pe. ítalo, para aprofundamento e esclarecimento da Palavra de Deus. Exemplos a serem seguidos!

-Mais equipes no terço

A 19, a 22 e a 29 aderiram à meditação semanal do terço. Na 19, "com a participação ativa das crianças, que estão ficando multo entendidas na históràa da vida da nossa Mã.e do Céu". "Já se tornou um hábito multo gostoso, acrescentam, o que no inicio constituía um sacrifício." Acrescentamos o testemunho de uma "veterana", a Equipe 20: "Nossa equipe continua se reunindo para o terço semanal, cuj.a prática lniciamos há dois anos e que, desde então, nos tem trazido uma proteção toda especial de Nossa Senhora. •• Outro testemunho, da Equipe 23: "Sabemos que inúmeras Equipes rezam sistematicamente o teryo uma vez por semana na residência de cada casal equlpista. Para as equipes que ainda não adotaram tal prática, fica a nossa sugestão e nosso testemunho de que a oração constitui, sem dúvida, o meio pelo qual o nosso grupo se mantém coeso, solidário e, sobretudo, perseverante."

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NOVAS EQUIPES APARECIDA - Equipe 6 - Na. Sra.. das Graças - Casal Piloto : Cidinha e Geraldo; Conselheiro Espiritual: Pe. Francisco Batistela.

-Equipe 7 - Na. Sra.. da Espera.nça - Casal Piloto: Margarida e Chico; Conselheiro Espiritual: Pe. José Roberto Pereira. Santos (Pe. Coutinho).

NOVOS RESPONSÁVEIS DRACENA - Substituindo Jacira e Mauro na Coordenação, foram empossados durante o EACRE, em Bauru, Dina e Edson Fávero. LINS - També.m durante o EACRE de Bauru tomaram posse Maria Luiza e José de castro Souza, que substituem Marilene e Hermes à frente da Coordenação.

VOLTARAM AO PAI RENATO SANTO GALW - Da Equipe 3, Na. Sra. Aparecidil., de Jaú - Casado com Adelalde. Pertencia à equipe desde a sua fUndação, em 1969. Professor, diretor de escola de 19 grau, amava as crianças. Toda a sua vida foi de trabalho e dedicação à familia e a Deus. D. · MARTINHO ROTH, OSB - Conselheiro Espiritual das Equipes 1, 2 e 3 de Valinhos - No dia 11 de agosto, Dia dos Pais, às 21 hs., os equipistas de Valinhos reoobiam, estarrecidos a notícia: acabava de ir-se seu "outro pai", como escrevem Adalglsa e Fabri. "Ele, que estivera muito doente no ano passado, que ficara internado em hospital na Alemanha quando de sua última viagem, morreu ali, numa curva da estrada por que passara milhares de vezes . .. " D. Martinho "cultivava a bondade e vivia. a fé. Vivia a fé, amava a fé, resplandecia a fé em Deus e Maria Santíssima. Do seu convívio, saíamos aliviad.os, cheios de esperança. Como Conselheiro espiritual de muitas de nossas equipes, D. Martinho deu ao Movimento todo o seu amor e o seu esforço. Perde este um grande animador, porém ganha o Céu mais um·a alma preciosa, que nos há de guiar em nossa càminhada."

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A TERRA E A PALAVRA TEXTO DE MEDITA·ÇAO -

M e. 4, 14-20

Jesus disse-lhes ... : "O semeador semeia a Palavra. Os que estão à beira do caminho onde a Palavra foi semeada são aqueles que ouvem, mas logo vem Satanás e arrebata a Palavra que neles foi semeada. Assim também as que foram semeadas em ~olo pedregoso : são aqueles que, ao ouvirem a Palavra, imediatamente a recebem com alegria , mas não têm raízes em si mesmos, são de momento : caso venha uma tribulação ou uma perseguição por causa da Palavra, imediatamente sucumbem. E outras são as que foram semeadas entre os espinhos: estes são os que ouviram a Palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução da riqueza e as ambições de outras coisas os penetram, sufocam a Palavra e a tornam infrutífera. Mas há as que foram semeadas em terra boa : estes escutam a Palavra, acolhem-na e dão fruto , um trinta , outro sessenta , outro cem."

ORAÇÃO

ó Pai, nossos dias estão repletos das tuas maravilhas. A mais espantosa é esta: continua havendo homens que acreditam no Teu Filho e ousam responder à Sua Palavra. Renova em nós, dia após dia, esta maravilha: que façamos uma opção verdadeira, nos prendamos tão-somente a esta Palavra, e assim possamos dar os frutos que de nós esperas.


EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espi ritualidade conjugal e fam iliar

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Tel.: 34-8833


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