ENS - Carta Mensal 1985-5 - Agosto

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1985

NC? 5 Agosto

Uma nova comunhão fraterna .. ... . .. .... . •. Aos jovens, e a nós também . . . . ............ . O mundo precisa do testemunho dos casados .. . A vocação do Dr. Moncau .. . .... . ... . .... . . .

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Bispos enviam mensagem pelos 35 anos

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A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . .

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Uma oração para a equipe na 1. 0 reunião do semestre . . . . . . . . . • . . . . . 13 "Nosso" segundo padre. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 . . • . . . . . . . . . 19 O mistério da Igreja O que nos distingue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 "Não tem ais: Eu estarei convosco" . . . . . . . . . . . . 22 Retrato de um sacerdote ou : tempo é questão de preferência.. . . . . . 24 "Meu cliente mais importante"

. . . . . . . . . . . . . 25

Hoje, é outra equipe ... . ... .

. . . . . . . . . . . . . 27

Encontros de recém-casados em José Bonifácio . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . 28 Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . 30 A edificação do Corpo de Cristo . . . . . . . . . . . . . . 40


EDITORIA!,

UMA NOVA COMUNHÃO FRATERNA

No Corpo de Cristo que é a Igreja realiza-se uma comunhão inteiramente nova. Nova porque resultante da iniciativa amorosa de Deus. Aos homens, suas criaturas, que aspiram e se esforçam por conseguir uma solidariedade cada vez maior, Ele propõe e enseja uma relação inteiramente nova: uma comunhão. Esta comunhão, é Cristo que a estabelece. Ele veio "reconciliar todas as coisas, pacificando, pelo sangue da sua Cruz, tanto os seres da terra como os dos céus" (Col. 1, 20). A Eucaristia é o cume: "Ao participar realmente do Corpo do Senhor, na fração do pão eucarístico, somos elevados à comunhão com Ele e entre nós" (Lumen Gentium n.0 7). A Igreja é o instrumento e o sinal: este povo messiânico "estabelecido por Cristo como comunhão de vida, de caridade e de verdade, é também por Ele 0 assumido como instrumento de Redenção universal" (L.G. n. 9) . Este dom que nos é dado, de podermos ter acesso a uma comunhão inteiramente nova com o Senhor e entre nós, nós queremos recebê-lo e pô-lo em prática. Queremos ser, com todas as nossas forças, os artífices desta comunhão fraterna de que a Igreja deve dar testemunho "para que o mundo acredite". A equipe pode e deve ser um instrumento privilegiado: a equipe é por excelência um lugar de acolhimento e de aprendizagem da comunhão fraterna. Por um laclo, porque ela procura "realizar" plenamente a caridade. Por outro, porque é fundada sobre o conceito de auxílio mútuo sem quaisquer barreiras. Não há auxílio mútuo possível se a caridade não existir previamente. É antes de tudo o coração que se deve tornar fraterno, e esta caridade alimenta-se na oração e na escuta do Senhor. A caridade verdadeira procura, em primeiro lugar, o bem do outro, por pouco "amável" que ele seja: o coração que ama sabe ultrapassar as aparências, os desprezos, as ingratidões. E vai até o perdão. . . Setenta vezes sete vezes! Que a equipe nos ajude a formar este coração que ama, ultrapassando todas as pequenas susceptibilidades que ameaçam o espírito fraterno! 1-


Não existe caridade sem verdadeira manifestação · concreta. O gesto deve seguir o coração e mostrar-se fraterno. Há que ler e reler a P epístola de S. João! A equipe nos ensina a dar e a receber, contribuindo para desmantelar os nossos falsos pudores, o nosso egoísmo, a nossa indiferença. Oxalá esta arte, adquirida e praticada na equipe, não fique confinada dentro de seus limites! "Todos, membros uns dos outros, devem entreajudar-se mutuamente, segundo a diversidade dos dons recebidos" diz a Lumen Gentium. Desde que se esforcem para que esta nova comunhão fraterna seja cada vez melhor vivida, colherão os frutos desse Espírito que assegura a unidade - e a alegria - na comunhão e no serviço.

Roger Tandonnet, s.j .

• A vida de equipe 6 para mim de uma profundidade insondável. Foi a. equipe que me trouxe de volta pa.ra Deus. A equipe me ama como sou. A equipe me sustenta. A equipe, mesmo que lhe seja infiel, me acolhe e reintegra. A equipe será sempre para mim a comunidade reflete o amor de Cristo.

Qlle

E esta equipe faz parte de outra equipe, que faz parte de outra equipe, que se chama. o mundo, o mundo cristão. (Da Carta francesa)

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A PALAVRA DO PAPA

AOS JOVENS -

E A NóS TAMB~M ...

Sobre o tema Participação, desenvolvimento e paz, que constituem as idéias mestras do Ano Internacional da Juventude, o Santo Padre dirigiu-se aos milhares de jovens, de quase setenta países, reunidos em Roma a convite do Pontifício Conselho para os Leigos .

Todos somos chamados a ser testemunhas de Ctisto à semelhança dos apóstolos. É um chamamento que tem a sua raiz no Batismo, mas que encontra a sua explicitação formal no sacramento da maturidade cristã, o Crisma, que torna o cristão partícipe de modo específico da missão salvífica e profética do Redentor e o confirma - "Confirmação"! - nos empenhos cotidianos de tal vocação. Caríssimos jovens, penso neste momento nos diversos grupos, comunidades, movimentos dos quais muitos de vós fazem parte. Não vos esqueçais disto: a autenticidade dessas associações têm um critério bem preciso sobre o qual medir-se: o grupo, a comunidade, o movimento a que pertenceis são autênticos na medida em que vos ajudam a participar na missão salvífica da Igreja, realizando assim a vossa vocação cristã nos diversos campos em que a Providência vos pôs a atuar. Que riqueza de significado tem, para o cristão, esta palavra: participação! O núcleo central da mensagem de Cristo, perspectiva de tensa luminosidade em que a razão humana de per si nem mesmo ousaria pensar, é-vos bem conhecido: em Jesus Cristo~ nós sonws chamados a partieipat da vida mesma de Deus, dcl Santíssima Trindade. Este é o dom da graça. E a graça é real "participação da natureza divina". ( ... ) . A Igreja, que nos encaminha para esta meta suprema, é o sacramento dessa participação. Todos os aspectos da sua vida a oração, os sacramentos, a liturgia - não têm o~tro. obj.etivo senão este: ajudar os cristãos a encarnarem na propna VIda a realidade dessa participação no amor de Deus e das exigências que desse amor derivam.

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De entre estas exigências, a primeira e mais fundamental é o amor. A vida divina, de fato, é comunhão de amor. Se ela é o ápice e a plenitude da "participação" a que somos chamados, é lógico que o maior mandamento seja o do amor de Deus e do próximo. Devemos "participar" da Divindade e maturar nesta participação a medida da eternidade, participando na humanidade dos nossos irmãos, próximos e distantes. Este é também o "núcleo ético" da nossa vocação, cristã e humana. O mandamento do amor insere-se de modo orgânico na vocação à participação. Assim pois, vós, jovens, na escola das vossas famílias, das vossas comunidades, das vossas nações, na escola da Igreja, deveis educar-vos para toda a riqueza da "participação" na dimensão inter-humana (social) e, contemporaneamente, religiosa e sobrenatural. Sois chamados a participar no verdadeiro e aut êntico desenvolvimento, que, mediante o justo equilíbrio entre "ser" e "ter", deve tornar-se cada vez mais progresso na justiça nos vários ambientes e sob os diversos aspectos; deve tornar-se progresso na civilização do amor. Vós, jovens, sois também chamados a participar naquele grande e jndispensável esforço de toda a humanidade, que tem como objetivo afastar o espectro da guerra e construir a paz. Vós deveis ser "operadores de paz", segundo o multiforme alcance deste termo, que comporta significados bem mais ricos do que a simples ausência de guerra. Vós deveis ser "operadores de paz" e, por conseguinte, sentir-vos empenhados em construir uma sociedade verdadeiramente fraterna. CL'Oss. Rom., 7/ 4/ 85)

'·'

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O MUNDO PRECISA DO TESTEMUNHO DOS CASADOS

O matrimônio ou o estado matrimonial é uma vocação. O matrimônio é o caminho da santidade para aqueles que o abraçam. O enraizamento profundo destas verdades forma, sem dúvida, um homem ou uma mulher, criando neles a força vital de que necessitam, pois a experiência nos mostra que apenas as qualidades individuais, os dons naturais, os bens de fortuna, os ventos propícios, os tempos bonançosos, não são esteios suficientes para alimentar o amor. Ele é bem mais exigente. Alimenta-se ele na força sobrenatural e, nesta força, encontra-se consigo mesmo e se refaz, de maneira que renasce sempre novo. É o milagre da perene juventude do amor. Esta força não funciona apenas dentro da pessoa, mas fora da mesma pessoa. Uma pessoa de profundas convicções torna-se como que transparente e tudo o que lhe mora na alma vem à superfície através de seus gestos e atitudes. Sabemos, afinal, que nossos comportamentos externos são florações de conteúdos internos. Assim, o cônjuge que está convencido de que seu estado matrimonial é uma vocação vivê-la-á como tal. E se está convencido de que o caminho do matrimônio é o da santidade, trilhará este caminho com os olhos fixos em Deus. Aqui nasce uma das grandes diferenças, na vida real, entre os casais: aqueles que "vivem as dimensões sacramentais do matrimônio no plano de Deus", como falava João Paulo li, e aqueles que ignoram a presença de Deus em suas vidas de casados. Tanto uma posição quanto a outra, forçosamente, transparecerão no comportamento daqueles que as professam. Mais do que em leis e ameaças é nestas verdades que se apóia a fidelidade matrimonial. Minha forma de viver é meu testemunho pessoal. É a vivência externa de uma fé interna. É a minha linguagem pessoal, onde não entram as palavras, mas entram os gestos, com uma força de convicção por vezes mais profunda que longos discursos,

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porque cremos que "palavras voam, mas exemplos ficam". Entre tarefas que nos foram confiadas por Cristo está a de dar testemunho. Já citamos João Paulo II que nos dizia que o mundo precisa de santos. Podemos, aqui, com a mesma força de expressão, dizer: o mundo precisa do testemunho pessoal dos casados. A fidelidade ao amor e aos compromissos matrimoniais, os sacrifícios da maternidade e da paternidade, são assumidos não por palavras, mas por atitudes. Nossa forma de ser e de viver, nossa alegria e coragem de recomeçar, nossa presença em todas as horas, nosso bom senso e equilíbrio, nossa capacidade de lutar e perseverar, nossas lágrimas sem desespero, nossa doação sem exigências, tudo afinal o que a vida familiar nos pede é nosso jeito de testemunhar, ou seja, de dizer pela vida que não estamos no estado matrimonial como que amarrados, mas sim como pessoas que livremente escolheram este caminho; como pessoas que dão na fé uma resposta ao desafio do seu Senhor; como pessoas que sabem onde pisam, porque não têm medo do caminho e conhecem, além disso, as regras da caminhada. Sobretudo, como pessoas que aceitam as realidades que compõem as tramas da família, da vida a dois, a convivência histórica, e levam a certeza, qual uma luz, de que este caminho, por ser querido pelo Pai, leva ao Pai. Numa palavra, devo, pois, andar preocupado para que meu testemunho de pessoa casada diga a todos, como que em voz alta, que assumi com amor, que vivo com responsabilidade, que sin~o com fidelidade, que luto com fé e marcho com esperança, p01s cada passo deixa marcas na areia do tempo e abre sulcos rumo à eternidade. Algo fica para que os que me seguem ou olhai? tirem de meu comportamento estímulo e força, coragem e decisão, e engrossem, assim, as fileiras daqueles que acreditam ser possível fundar e conservar uma família feliz.

Frei Hugo D. Baggio ("Para que

o

amor permaneça", Ed. Santuário, 1983)

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A VOCAÇÃO DO DR. MONCAU

De sua biografia, escrita por Da. Nancy e ora no prelo, depreende-se uma certeza: Dr. Moncau foi um vocacionado escolhido por Deus para a missão de fundar no Brasil as Equipes de Nossa Senhora.

Apresentamos aqui uma meditação sua sobre o "Sim" de Maria, meditação essa que data de 1945 - ou seja, cinco anos antes da fundação da primeira equipe - e nos parece premonitória.

"Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra." É esta a atitude exata que cada um deve ter ao sentir-se chamado a grandes realizações.

Maria vislumbrou de relance a imensidade da obra redentora que se ia realizar por seu intermédio. Ela, o instrumento de Deus para a execução do mais transcendental de todos os eventos, depois da Criação! Ela se perturba, sim, por um momento, mas sua absoluta confiança em Deus faz com que, embora compreendendo sua indignidade de serva do Senhor, se submeta irresistivelmente à sua vontade. Cada um de nós é chamado a executar uma parcela do plano da Criação e da Redenção. Parcela pequenina ou apagada, ou parcela de vulto ou grandiosa. Pouco importa. Servos do Senhor, a nossa única atitude lógica é a de abrir os braços e, olhos levantados para Deus, dizer como Maria: Faça-se em mim a vontade do Senhor.

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Com as forças do Espírito Santo, com as deriam faltar, tudo é possível.

~aças

que nãu po-

Nada sou, nada mais quero ser do que instrumento dócil, fiel, mas consciente e generoso, da vossa Soberana Vontade! Sem vacilação, ao chamado de Deus dizer como o soldado: Presente!

o Esta disponibilidade, ao mesmo tempo humilde e generosa, exatamente como a de Maria, levaria o Pe. Caffarel a afirmar:

"Creio que o desenvolvimento do Movimento no Brasil só é explicável por uma ação do Senhor. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de pensar que Ele encontrou em vocês um instrumento particularmente dócil e preparado por sua graça." (21/1/60) Já em 1957, escrevia:

"Cada vez cresce mais a minha convicção de que vocês foram escolhidos pelo Senhor para todas essas tarefas que empreenderam e levam a bom termo." E admirava-se:

"É quase inacreditável verificar que, através dos oceanos e sem contato com o Centro, vocês apreenderam tão perfeitamente o espírito das Equipes e tenham realizado equipes tão autenticamente Equipes de Nossa Senhora!"

De fato, só existe uma. expUcação: um chamado especial de Deus ...

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BISPOS ENVIAM MENSAGEM PELOS TRINTA E CINCO ANOS

D. Eduardo Koaik. Bispo Diocesano de Pira.cicaba:

Ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora: Quero unir-me às Equipes de Nossa Senhora que celebram, este ano, na alegria e na ação de graças, seus 35 anos de presença, rica de frutos, no Brasil. O projeto de Deus para a realização de vida de todo ser humano passa pela família. Isto foi verdade, até e sobretudo, com o Filho de Deus feito homem. Há valores na vida que se não forem aprendidos em família dificilmente se conseguirá aprendê-los. Entre eles está o amor. Não ê de hoje que a Igreja chama a família cristã de igreja-doméstica, entendida na sua tríplice dimensão de comunidade de fé, de culto e de serviço. De outra parte, a inserção da família na vida da comunidade paroquial e sua missão no mundo como evangelizadora da família são preocupações básicas da pastoral familiar. Pelos contactos que tenho tido com as Equipes de Nossa Senhora, ao longo de meu ministério, posso testemunhar de que seguem uma linha de formação espiritual de comprometimento sério com o Evangelho e de abertura para as orientações do Bispo. Que Maria de N azar é, Esposa e Mãe, continue a caminhar com vocês ensinando-lhes tudo que seu Filho mandou fazer.

Dom Eduardo Koaik Bispo Diocesano de Piracicaba

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D. Gilberto Lopes, Arcebispo de Campinas, aos equipistas do Setor:

Meus irmãos, minhas irmãs, queridos no Senhor: A passagem dos 35 anos das E.N.S., no Brasil, me enseja a ocasião de dirigir-lhes uma palavra de saudação, de cumprimentos, de incentivo e encorajamento! Parabéns pela presença fiel e perseverante na vida da Igreja! Pelo trabalho realizado, neste setor difícil e importante que é a pastoral familiar. Parabéns pelos frutos de mudança, nas pessoas e nas famílias, em direção a uma vida mais evangélica. Em direção também a uma vida eclesial mais esclarecida e mais comprometida! Esta palavra de cumprimentos do vosso pastor, nesta data, inclui, outrossim, os votos de crescente êxito na realização dos ideais das E.N.S.! Um movimento, um serviço eclesial de espiritualidade familiar deverá, necessariamente, preocupar-se com aquilo que é a sua razão de ser. Assim, as E.N.S. deverão ter a máxima preocupação de sentir com a Igreja. De conhecer e viver as propostas concretas da Igreja local. Buscarão realizar uma espiritualidade laical-conjugal que deve primar pela intensidade e peló compromisso-engajamento. Que se visibilize a pertença à Igreja de Ciisto! Eu desejo, meus caros equipistas, que a celebração deste evento seja ocasião privilegiada de reflexão para retomada generosa dos objetivos espirituais e apostólicos das E.N.S., vivenciados em cada equipe, em cada membro do Movimento. Desejo ainda para todos bênçãos especiais do Senhor, pela intercessão materna de Maria!

D. Gilberto Pereira Lopes .Arcebispo de Campinas

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A ECIR CONVERSA COM VOCf!S

Caros amigos,

Acabamos de viver um momento forte na vida do Movimento, com a realização dos onze EACREs, que envolveram - entre participantes e equipes de serviço - cerca de 1.500 casais, muitos conselheiros espirituais e alguns bispos. Os locais de realização desses encontros foram os mais diversos. As pessoas presentes a eles também, de certa forma, diferentes pela diversidade de costumes, de temperamentos e de dons (do gaúcho ao amazonense!). Contudo, acima de todas as possíveis diferenças e mais forte do que qualquer regionalismo, havia uma profunda unidade de ideal de vida, fundamentada na consciência de fazer parte de um povo, de ser uma parcela do povo de Deus. A mesma busca, a mesma alegria e o mesmo amor, presentes em todos os encontros, tornou compreensível, talvez mais do que qualquer palestra, o mistério do Corpo de Cristo que é a Igreja. Ali estava presente a cabeça desse corpo, o Cristo, nas pessoas dos consagrados - sacerdotes e bispos -, na Eucaristia e também no amor que unia a todos. Ali estavam presentes os membros desse corpo destacados para, neste ano equipista que se inicia, colaborarem de uma forma muito especial para a maior santidade do mesmo. Sim, queridos casais responsáveis de equipe, vocês foram destacados dentre os demais membros do Corpo de Cristo para uma missão especial, que: se vivida com o mesmo espírito de serviço com que Cristo viveu sua missão - "O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em redenção por muitos" (Me 10, 45) -, e buscando o mesmo amor ao Pai e o mesmo desejo de fazer a Sua vontade - "O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou" (Jo 14,31 a) -, os fará aproximar-se mais de Cristo e os tornará mais felizes. -11-


É esta a lição que Ele nos quis dar ao lavar os pés de seus discípulos: "Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes" (J o 13, 17).

Neste serviço ao Reino, através da responsabilidade de suas equipes, uma atençãG toda especial devem ter para com a reunião mensal, centro da vida de equipe, e que, quando vivida no amor de Cristo e em espírito da união com a Igreja, torna igualmente visível o mistério do Corpo de Cristo. O tema central dos EACREs foi "Equipe-comunidade cristã inserida na Igreja". Uma grande missão de vocês, neste ano, é procurar fazer com que tudo nas reuniões seja vivido sob a ótica desta visão de fé. na -

Que nossas reuniões se constituam num tempo forte em que, abertura sincera de coração para: o acolhimento da Palavra de Deus, o acolhimento do amor dos irmãos, o exercício de vivência desse amor através da entreajuda,

-

a atenção aos apelos que Deus faz a todos e a cada um através do mundo que nos cerca, Cristo esteja tão intensamente presente que se possa sentir ser a equipe verdadeiramente uma comunidade cristã reunida. Que nossas reuniões sejam, cada vez mais, verdadeiras plaformas de lançamento para uma vida pessoal, conjugal e familiar sempre mais conforme ao projeto de Deus e uma participação maior, como membros da Igreja, na construção de um mundo mais justo e fraterno. Com todo o nosso carinho, Cidinha e I gar

E. T . : Ecos dos EACREs na próxima Carta Mensal!

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UMA ORAÇÃO PARA A EQUIPE NA H REUNIÃO DO SEMESTRE

(Do Boletim do Setor E/São Paulo)

Senhor, aqui estamos novamente. Temos certeza de que Você está conosco agora, porque não viemos aqui simplesmente por sermos amigos, ou para um programinha social de sábado, ou por qualquer outro motivo banal. Somos um grupo que busca um caminho: o teu caminho, Senhor. A equipe é, para nós, uma resposta ao teu chamado de "Vem e segue-me". Nós te agradecemos, Cristo, pelas condições privilegiadas que nos foram dadas: num mundo de tanta falta de fé, Você nos deu esse dom, que estamos, aqui, procurando alimentar; nesse mundo de falsas verdades, sentimos a ânsia de buscar em Você a verdade; num mundo de tanto desamor e lares desfeitos, temos uma família de paz; num mundo com milhões de crianças desnutridas, doentes, abandonadas, defeituosas, Você nos concedeu a felicidade de filhos perfeitos e amados; num país que precisa ter como tema de Campanha da Fraternidade "Pão para quem tem fome", sobra comida em nossos pratos; em meio a tanta ignorância, tivemos a chance do estudo e elo entendimento, o que nos permite a defesa de nossos direitos; na era da solidão e dos descaminhos, foi-nos dado um grupo de irmãos que repartem conosco as mesmas necessidades, a mesma busca. -13-


É muito bom estarmos nesta equipe, meu Deus, e nós te damos graças por isso.

Mas nós te pedimos perdão, Senhor, pelas vezes (tantas!) em que esquecemos o teu apelo e deixamos enfraquecer a chama que nos anima. Perdoa-nos se, envolvidos pelas férias , nos descuidamos do cumprimento de nossas obrigações de equipistas. Somos tão frágeis, meu Deus, que basta nos afastarmos um pouco de nossas reuniões, de nossa equipe, de nossos deveres marcados, para esquecermos que, ao aceitarmos pertencer a uma E.N.S., assumimos as regras de vida que ela nos propõe como um caminho válido de chegar ao Pai. Este grupo é a nossa força. Ajuda-nos, Senhor, a nos manter unidos na busca de Ti. E que esta comunidade, escola de amor, irradie este amor para outros grupos e não feche os olhos à realidade de fomP P exploração do ser humano que nos r odeia. Enfim, Senhor, não queremos, nesta oração, apenas te dar graças, nos penitenciar e pedir. Queremos nos comprometer: seremos firmes em nossa caminhada este mês. Fica conosco. Contamos com a tua graça. Amém.

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"NOSSO" SEGUNDO PADRE ...

No inicio de março, recebemos um convite diferente: para a. primeira. Missa de D . Mateus de Sa.lles Penteado, O.S.B., filho de Mário e Na.dyr, da. Equipe 9-B de São Paulo (cf. C.M. de maio). Quisemos saber algo mais sobre a vocação do segundo filho de equipistas brasileiros a ser ordenado sacerdote e entramos em contato com seus pais.

D. Mateus, 28 anos, é o segundo filho de N adyr e Mário, que têm quatro rapazes. Entrou como postulante no Mosteiro de São Bento em São Paulo em março de 1976, com 19 anos. Noviço em junho, fez a profissão simples em 78 e a profissão perpétua em novembro de 1984, recebendo o diaconato em dezembro. Foi ordenado sacerdote no dia 2 de março de 85, em Ponta Grossa, onde a Ordem Beneditina tem uma nova fundação, o Mosteiro da Ressurreição. Nadyr e Mário nos contaram como foi o início dessa caminhada que levou 9 anos:

A ordenação -

Nadyr e Mário -

2 de março de 1985

No último ano do colegial, Marinho - aqui em casa continua Marinho! -, então com 19 anos, veio conversar conosco: queria ser monge, mas não sabia que ordem escolher. Dissemos que ele mesmo teria que resolver! "Está certo, respondeu, mas o que é que eu faço?" Aconselhamos então a escrever para o abade do Mosteiro de São Bento pedindo informações . .

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C.M. -

E antes? Vocês haviam notado algo que fizesse prever essa vocação?

Nadyr e Mário -

Nunca! Quando menino, era muito levado, até meio agitado! Na adolescência. nem ia mais à missa .. . dizia que achava "muito chato"!

Nadyr recebendo a Sagrada. Comunhão das mãos do filho na 1• Missa

C.M. -

Que terá acontecido?

Nadyr e Mário -

São misteriosos os caminhos de Deus. No 1.0 Colegial, com 16 anos, foi com o colégio (um colégio leigo, aliás) numa excursão à Europa. Quando voltou, percebemos que estava meio mudado. Foi uma coisa interessante: num mês, parecia que tinha amadurecido anos! Voltou mais responsável, ficou muito bom aluno (antes, era meio "vagabundo" ... ). Não sabemos o que aconteceu, nunca nos contou, mas deve ter sido lá em Roma! C.M. -

Vocês acham que o ambiente familiar influiu?

Nadyr e Mário -

Sempre fomos católicos praticantes. O ambiente em casa sempre foi um ambiente cristão. Nós levamos uma vida simples, sem nenhum luxo, e procuramos transmitir aos filhos os verdadeiros valores. -16-


C.M. -

Os irmãos, como reagiram?

O mais velho disse: "tudo bem, isto é com ele!"; o terceiro: "será que ficou louco?!"; o mais novo é que sentiu mais: era o mais agarrado com ele.

Nadyr e Mário -

C.M. -Vocês estiveram em Ponta Grossa Mosteiro?

N adyr e Mário -

como é a vida no

uma vida de oração e trabalho, como quer a Regra Beneditina. Têm 7 ofícios por dia, estudo, leitura, cantam muito. Fazem tudo sozinhos: cozinham, cuidam da horta, criam frangos, abelhas, fazem artesanato. Quando foram para lá, há quatro anos, começaram do nada, em três alqueires dentro do Parque Estadual, em Vila Velha: só havia uma capela, construída pelo Bispo. As celas foram construídas de tábua: eles levam uma vida bem pobre! No momento, estão construindo o mosteiro em alvenaria, num terreno próprio, com bastante dificuldades, é claro.

C.M. -

Quantos são os monges lá?

NGJdyr e Mário -

desde o início -

C.M. -

É

Ao todo, entre os fundadores e as vocações que surgiram, são 16 monges. Seis estão lá entre eles Mateus.

Quer dizer que em apenas quatro anos houve mais dez vocações?

Nadyr e Mário -

De fato, Ja são 5 noviços e 5 postulantes! O estilo de vida, a seriedade da vida religiosa da comunidade exercem uma atração muito grande sobre os jovens que procuram uma vida de oração. São muitos os que vêm conhecer a vida no mosteiro. Os monges têm sempre muitos hóspedes - em fins de semana, feriados e, principalmente, nas férias. E os hóspedes são tão bem recebidos, tão bem tratados, que não têm mais vontade de ir embora! Há, próximo à entrada, no chão, uma tábua de madeira com os dizeres: "No mosteiro, o hóspede é recebido como o próprio Cristo." A qualidade do acolhimento certamente contribui para atrair os jovens.

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C.M. -

Os monges têm algum trabalho ·pastoral?

Nadyr e Mário -

Não. São procurados no mosteiro para orientação, confissão, e muitas pessoas gostam de ir à missa lá, principalmente, por causa da liturgia, que é muito bonita. E há todo esse apostolado do testemunho do qual acabamos de falar.

C.M. -

D. Mateus vai continuar em Ponta Grossa?

Nadyr e Mário -

Sim. Os beneditinos fazem voto de estabilidade. Agora em agosto, Mateus vai para Roma, fazer um curso de patrística, talvez de três anos, e depois voltará para Ponta Grossa. Vamos ficar com muita saudade dele durante esse tempo- por mais que a gente se alegre com a vocação do filho, não deixa de sentir saudade! - mas sabemos que estará se aperfeiçoando nos conhecimentos e se santificando ao mesmo tempo.

C.M. -

Nadyr, como é a sensação de ter um filho padre?

uma sensação de êxito: foi muito pouco o que a gente fez, mas é gratificante ver que a vida cristã que tivemos em casa frutificou. Nadyr

C.M. -

E você, Mário, como pai, como se sente?

Felicíssimo - podem pôr no superlativo mesmo! - de ter um filho padre. Nós nos sentimos realizados pela entrega do filho ao serviço de Deus! E acho que ele, como sacerdote. também contribui para a santificação da nossa família . Mário -

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O MISTÉRIO DA IGREJA

A Igreja não é espetáculo para ser observado de fora e do qual se poderia dizer: "agrada-me" ou, então, "não me agrada". Também não se resume ao grupo ou à comunidade que cada um escolhe para si por sentir-se espontaneamente atraído. Antes de tudo. ela é dada e recebida. Não é a projeção de nossos sonhos espirituais de beleza, eficácia ou comunhão, mas a Esposa de Cristo, às vezes sofredora e mesmo enferma. Tal estado não seria motivo para abandoná-la. .É preciso tempo para alguém ser iniciado em seus mistérios, para aprender a amá-la, como alguém ama a alguém. A oração é que poderá ser o caminho dessa progressiva iniciação. Não a oração como causa de si mesma. mas a oração apostólica. à maneira de S. Paulo, quando dá graças a Deus ou suplica pelos crentes de Éfeso ou de Corinto, fracos ou fortes, aos quais se sente profundamente ligado. Então, diante de Deus, na doce forca do Espírito e em comunhão com Jesus, a oração se torna diálogo, silêncio, luta e intercessão: todos os clamores da vida, todas as paixões dos homens, todos os rostos, todos os encontros aí terão seu lugar e poderão ser transfigurados. Assim nasce a Igreja, enraizada na presença de cada um em Deus.

Claude Dagens (Da

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Carta Francesa.)


O

QUE

NOS

DISTINGUE

"Vós sois o corpo de Cristo" (1 Cor 12, 27)

"O que é que o cristão tem a mais que os outros"? A essa interrogação deveríamos responder diariamente com a nossa meditação e o nosso comportamento. Há muitas pessoas que se identificam pelo distintivo que portam na lapela, ou pelo crachá que usam. São assim apontadas como torcedores deste ou daquele clube, desta ou daquela agremiação. Os que torcem por um clube ou uma agremiação sabem que lhes estão vinculados espiritualmente, moralmente, e até, em alguns casos, economicamente. Nós todos, no dia-a-dia da nossa vida, temos sido testemunhas da união que há entre os participantes de um tal ideal. Podemos, inclusive, divergir do ideal por eles assumido, mas nunca deixamos de reconhecer que eles vivem a "mística" da opção que fizeram. Em uma das visitas que o Cônego Caffarel fez ao Brasil, um dos participantes de um encontro de debates perguntou-lhe: "Por que não criar um distintivo, para uso dos equipistas?" Serenado o murmúrio que se seguiu à pergunta inesperada, o Con. Caffarel, com aquela tranqüilidade que Deus lhe deu, respondeu que o equipista não precisava portar distintivo porque ele já tinha o sinal pelo qual deveria ser identificado: "agir como cristão, compromissado com o batismo recebido". O cristão tem que ter muito mais que um distintivo ou crachá. Tem que ser aquela pessoa com alegria de viver e de viver servindo. Esta alguma coisa "a mais" tem que se fazer visível sem ter sido preparada para ser visível. . . É preciso que contenha aquela "chama" que fazia com que os contemporâneos dos primeiros cristãos dissessem: "Vejam como eles se amam!" Os primeiros cristãos não agiam como agiam para impressionar os pagãos, mas agiam como agiam por serem cristãos. O Cristo, que vivia neles, por eles se manifestava. Tinham tudo em comum: não só os bens espirituais, mas a conduta na comum-unidade. -20-


E nós, equipistas? Será mesmo que não precisaríamos de um distintivo para nos fazer identificar? Será que temos aquele "a mais" que distingue o cristão do não cristão?! O estar a serviço, disponível, alerta é o que nos distingue como membros do Corpo c!e Cristo. No Movimento, os meios de aperfeiçoamento podem nos ajudar a deRcobrir se somos portadores daquele "a mais" que identifica os cristãos. A reunião de equipe é uma mini-expressão do mundo dito cristão. As vezes, na parte de oração, de co-participação, estamos todos enlevados e dispostos a ser "salvadores". Na hora de co-participarmos, propriamente, a utilização dos meios que nos foram dados para sermos agentes positivos do compromisso do batismo, nós nos apagamos. ot:, pela evasiva, partimos pc.ra questionamentos sobre a interpretação que a Igreja está dando aos dias de hoje, sobre se os padres devem ou não usar batinas e outras coisas mais. Não é fácil ser cristão. Ser cristão é tornar visível aquele "a mais'' recebido no batismo, com as graças que nos foram ministradas naquele sacramento. Será que estamos nos esforçando para tornar visível em nós o "a mais" que poderá nos distinguir como cristãos? Será que poderíamos dizer que estamos na luta, que nos esforçamos? Dedicamos nosso trabalho ao nosso irmão? Temos desejado corresponder ao nosso batismo, ao Cristo que vive em nós? Maria Helena e Nicolau Zarif

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"NAO TEMATS: EU ESTAREI CONVOSCO"

ORAÇAO DE UM CASAL

Senhor!

Há 16 anos nos chamaste: casal, vem e segue-me. que me conheça e dê testemunho do meu Evangelho.

Quero

E como foi bom Te conhecer, Senhor! Por intermédio da nossa equipe, Tu estiveste em nosso meio para nos ensinar como desenvolver a paciênda, a humildade, o discernimento, a ajuda mútua - e a fraternidade. Tu nos ajudaste a experimentar a verdadeira amizade, aquela que, nascendo pm Teu nome, nos eleva e constrói. E Tu nos disseste tantas vezes, nos Encontros e Retiros: "Ide e evangelizai. Evangelizai a todos os casais, sem distinção. Formai outras equipes." Muitas vezes, assustados e temerosos, pensávamos: seremos capazes? E Tu nos respondeste por meio da leitura bíblica e meditação diária: "Não temais, filhos. Eu estarei conv osco. O Espírito Santo falará em vós. Eu só preciso do seu sim, daqw~le sim despojado, humilde e disponível que minha Mãe deixou como exemplo. Nada leveis pelo caminho. Sejam humildes, tolerantes, pacientes, simples e fervorosos. Lembrem-se sempre que Eu não vim para os sãos, mas para os doentes, para aqueles casais e famílias que passam por dificuldades e sérios problemas. Se buscarem apenas os casais santos, que mérito tereis? Não se esqueçam de que Eu estarei convosco na vossa oração conjugal, na leitura e medita~ão da Palavra. -22-


Eu te alimentarei, casal, com a Santa Eucaristia. Eu te esclarecerei muitas coisas por meio dos temas de Estudo, dos Encontros, Tardes de Reflexão, Retiros, Sessões de Formação .. . Eu me farei conhecer por intermédio de teus irmãos equipistas e conselheiros espirituais. Conheça o meu Evangelho através deste Movimento e seja "sal da terra", "luz do mundo", exemplo de família cristã." E hoje, Senhor, após 16 anos, aqui estamos para Te louvar e bendizer. Para Te agradecer pelos casais que colocaste em nosso caminho. O nosso sim foi acrescido pelo sim de outros casais e, apesar de nossas limitações, a Tua Palavra produziu frutos. Felizes e agradecidos, rogamos à nossa Mãe , Maria Santíssima, que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora em Londrina, Astorga, Pitangueiras e Assaí cresça cada vez mais, para a maior glória de Deus e engrandecimento do Seu nome. Amém. Doroty e Wanderley CAo despedir -se da responsabilidade do S etor de Londrina - 29/ 9/84)

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oi DE AGOSTO -

DIA DO PADRE

RETRATO DE UM SACERDOTE OU: TEMPO ~ QUESTÃO DE PREFERI:NCJA ...

(Do Boletim de Brasilla)

Há cinco anos, após vanas tentativas sem resultado, finalmente o Padre Salvatore - ou Padre Turi - atendeu ao pedido do Movimento, assumindo a primeira equipe do Guará II, a 21. Provou e gostou, visto que, um ano e meio depois, abraçava a segunda equipe, a 27. O tempo ia passando e a cada dia aumentava mais seu amor pelas equipes, o que o levou a acolher mais uma, a 36, quase dois anos mais tarde, apesar da dúvida dos casais antigos, que achavam ser muito pesado para ele acompanhar três equipes. Com a terceira equipe, continua o Pe. Turi demonstrando a mesma dedicação e o mesmo carinho especial por todas elas, acompanhando de perto cada casal, e conseguindo fazer mudar de idéia todos os que achavam difícil um Conselheiro Espiritual orientar tantas equipes. Pois bem, exatamente cinco anos após assumir a primeira equipe, esse homem, pequeno no tamanho, mas um verdadeiro gigante espiritual, encontra tempo e disposição para acolher a quarta equipe, a 43 - acompanhado das orações e do incentivo de todos os casais que orienta! Isto ao mesmo tempo em que participa ativamente dos movimentos de casais e de jovens, é responsável por todo o trabalho de secretaria da paróquia, faz questão de atender pessoalmente os noivos que se preparam para o casamento, encanta-se em fazer batizados, além de dedicar-se de forma toda especial para que seus fiéis recebam o Sacramento da Penitência. Parabéns, Pe. Turi, pelo testemunho vivo de serviço, de disponibilidade e de amor! -24-


"MEU CLIENTE MAIS IMPORTANTE"

Este artigo foi publicado há treze anos, na Carta Mensal de agosto de 1972. Resolvemos reproduzi-lo, em comemoração ainda aos 35 anos. Era tradução da Carta francesa.

Reunião de pais nos colégio do meu filho mais velho. O diretor nos fala das relações entre pais e filhos: "Vocês querem eliminar as dificuldades com seus filhos? A partir dos 10 anos, adquiram o hábito de sair uma vez por mês com eles (a freqüência depende do número de filhos), passeando a dois: uma sessão de cinema, um lanche. De início, eles ficarão surpresos. Depois perceberão que nesses momentos vocês estarão à sua inteira disposição, sem pressa alguma. Eles falarão, adquirirão hábito do diálogo, e isto lhes permitirá ajudá-los ao correr dos anos." O plano pareceu-nos engenhoso, a mim e à minha mulher, e resolvemos experimentá-lo com nossos dois filhos. Tudo se passou como previsto: surpresa, depois compreensão, confiança, diálogo. A partir desta experiência, eles perceberam que, se tivessem realmente necessidade de mim, eu estaria sempre disponível De minha parte, compreendi que, entre todos os clientes que eu visitava, meus filhos deviam estar em primeiro lugar: cada um deles era "meu cliente mais importante". Fosse qual fosse a hora, o cansaço, a importância da ocupação do momento, eu devia largar tudo para atendê-los, como efetivamente fazia com meu cliente mais importante. Faltava provar isto a eles.

-oVolta de viagem. Noite sem dormir. Depois do jantar, dificuldade em ficar com os olhos abertos. Meu mais velho escolhe esse momento: "Papai, eu queria falar com você." Minha mulher protesta, eu aprovo. Mas dentro de mim, de repente, um estalo: cliente mais importante, cliente mais importante. . . E digo ao meu mais velho: "Venha, você é o meu cliente maLc; importante. O cansaço não importa." -25-


Duas horas para resolver o seu problema. . . . Mas que alegria para mim, diante da confiança total que ele me manifestara. E ele me disse mais tarde que se eu não o tivesse atendido naquele momento ele não se teria mais aberto comigo.

-oPara o segundo, foi um ano mais tarde. Sábado de manhã. Fim de um seminário organizado pela minha firma. Meu chefe resolve segurar-me para almoçar, a fim de fazermos a avaliação do trabalho realizado. Eu telefono à minha mulher para avisá-la. - Que pena, diz f'la, Paulo queria ver-te. - Não pode esperar até de noite? - .E le vai para o acampamento de tarde. Chama-o ao telefone. . . . Alô, Paulo, você precisa mesmo falar comigo? - Preciso, sim, papai! - Está bem, desmarco o almoço com meu chefe e vou para casa. Fui avisar meu chefe: "Meu cliente mais importante está à minha espera: lamento não poder fir.ar para o almoço." - "Bem, neste caso. até segunda-feira. Mas diga-me: quem é o seu cliente mais importante?" - "Meu filho." Ficou boquiaberto. Paulo estava à minha espera. Ele queria contar-me sua alegria de ter descoberto a amizade. E eu me entusiasmei com ele pela sua descoberta . . . Assim foi que eu sempre tive a confiança de meus filhos. Eles tinham então 10 e 11 anos. Hoje têm Hl e 20. Continuam a tudo me confiar. Jamais o diálogo foi interrompido entre nós.

Um pai equipista

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HOJE, É "OUTRA" EQUIPE

Durante os nossos quase seis anos de existência, a "16" sempre se mostrou arredia aos retiros espirituais. Se um ou dois casais da equipe cumpriam seu dever de fazer pelo menos um retiro anualmente, já era muito. Os motivos alegados eram vários: "Ora! - diziam alguns maridos - já passamos a semana inteira fora de casa, trabalhando, mortos de cansados, longe dos filhos e das esposas, alheios às coisas do lar. Só temos os fins de semana para compensar: descansar, curtir nossos filhos, cuidar do jardim. Não vamos deixar tudo isso para fazer retiro. Fica para uma outra vez ... •• A cada novo retiro, novas barreiras surgiam. . . Ora era o tema que não interessava, ora era o pregador que não atraía, ora era a data que coincidia com algum outro compromisso. Assim, a "16" continuava ausente de algo que poderia ajudá-la a vencer seus problemas, pois a verdade é que essa ausência constante dos retiros nada mais era do que indício, e também conseqüência, dos sérios problemas que a equipe enfrentava: fugindo do remédio, condenava-se a viver num círculo vicioso. E mais um convite para um retiro nos chegou e, desta vez, seja por causa do pregador (Frei Almir, nosso primeiro Conselheiro Espiritual e ausente de Petrópolis há tanto tempo), seja por causa do tema (Espiritualidade e Vida Conjugal), mas, acima de tudo, pela nova consciência da "16" (consciência essa para a qual muito contribuíram o Setor e o nosso Frei Clarêncio, através de um trabalho conjunto), o fato é que algo de novo sucedeu: todos os seis casais da equipe inscreveram-se para o retiro e aguardaram ansiosos o seu início. O milagre, enfim, aconteceu! Sim, toda a equipe "16" participou junta daquele retiro. Foi uma experiência maravilhosa e gratificante, pois, após aquela "parada", ficamos todos (e não apenas um ou dois casais) impregnados de novas forças, novos propósitos, novo empenho, novas metas. Tanto assim que estamos todos inscritos para o próximo retiro, onde iremos, novamente juntos, buscar forças para mais um ano de caminhada. Hoje, a "16" é outra equipe: mais firme e, acima de tudo, mais consciente, decidida a crescer. J oeusa e Gualter Equipe 16 de Petropópolis

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APOSTOLADO

ENCONTROS DE

REC~M-CASADOS

EM JOS~ .BONIFACIO

A Equipe 2 de .José Bonifácio- Diocese de São .José do Rio Preto- vem se dedicando, há já cinco anos, ao acompanhamento de jovens casais, organizando um Encontro de Recém-Casados, realizado sempre no último domingo do mês de maio. Os ex-noivos são localizados por meio do fichário do Encontro de Noivos (este, a cargo da Equipe 4) ou, como o curso lá não é obrigatório, levantando na paróquia os endereços dos que se casaram sem curso. Todos são procurados: se o endereço não consta, os equipistas falam com os pais e vão atrás do casal até nos sítios! É feita uma propaganda por meio de cartazes nas capelas, mas os equipistas logo descobriram que não funciona: é preciso um convite feito pessoalmente, senão o casal não vai. Mesmo assim, apenas 30% dos que não fizeram o curso comparecem. Entre os que fizeram, a participação é bem mais fácil. Quando o casal não aceita o primeiro convite, a equipe - tem por padroeira Na. Sra. da Paciência! - no ano seguinte torna a convidar. Assim é que alguns casais quando vão participar já estão com 2 filhos! Faltando dois meses para o Encontro, começam os convites, mesmo que o casal tenha apenas um mês de casado.

Os oito casais da equipe fazem várias reuniões preparatórias e repartem o trabalho entre si. A parte de visitas - fundamental - é bastante puxada, e, este ano, as outras equipes também colaboraram. Assim, a freqüência foi bem maior no último Encontro (o 6. 0 ) : 28 casais, quando costumavam ser em torno de 15. O Encontro inicia-se às 7h30 e termina às 16h, com a Santa Missa. A própria equipe - que decididamente não tem medo de arregaçar as mangas - é quem prepara e serve o almoço. Do programa constam palestras, um círculo de debates e até um dever de sentar-se {os equipistas explicam, distribuem um roteiro simples e convidam os casais a se lembrar do tempo de namoro). -28-


Temas: A chegada do 1.0 filho, a cargo de um pediatra; A pedagogia da criança dos O aos 6 anos, por um casal da Escola de Pais e membro da Equipe 4; A educação religiosa da criança, pelo Conselheiro Espiritual. Este ano, introduziram uma palestra sobre o Sacramento do Matrimônio. destinada principalmente aos casais que não fizeram o Encontro de Noivos. A palestra sobre a pedagogia da criança é seguida de debates em grupo. Muitos casais desejam conhecer as E.N.S. Os mais interessados entraram no Movimento, mas agora ficou muito difícil, pois as equipes, em número de seis, estão completas e não há como formar outras, por falta absoluta de sacerdotes: o Pe. Genésio é Conselheiro das seis equipes e da Coordenação!!! (Só aguenta mesmo porque é moço, recém-ordenado, e com uma disponibilidade fabulosa!) Como dar acompanhamento a esses casais tornou-se pois um desafio para a criatividade da Coordenação .

As famillas jovens, encontrando-se num contexto de novos valores e de novas responsabilidades, estão mais expostas a eventuais dificuldades, como as criadas pela adaptação à vida em comum ou pelo nascimento dos filhos.

Na ação pastoral para com as familias jovens, a Igreja deverá prestar uma atenção específica para educá-Ias a viver responsavelmente o amor conjugal em relação com as exigências de comunhão e de serviço à vida, como também a conciliar a intimidade da vida de casa com a obra comum e generosa de edüicar a Igreja e a sociedade humana. Fa.mi'iaris Consortio, 69

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NOTíCIAS DOS SETORES

BRUSQUE -

Filho de equipistas nomeado Bispo

O Pl'~ Murilo Ramos Krieger, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, nomeado pelo Santo Padre Bispo Auxiliar de Florianópolis, foi sagrado no Domingo do Bom Pastor (e Dia Mundial de Orações pelas Vocações), por D. Afonso Niehues, Arcebispo de Florianópolis, D. Honorato Piazera, SCJ, Bispo de Lages, e D. Eusébio Oscar Scheid, SCJ, Bispo de São José dos Campos.

D. Murilo, atualmente o mais jovem bispo do Brasil, é filho do casal Olga e Oscar Krieger, da Equipe 4 de Brusque. Vem de uma família muito religiosa e seus pais sempre foram de muita oração. D. Murilo, é claro, Já era padre quando seus pais entraram no Movimento, em 1972: foi ordenado sacerdote em 1969, tendo entrado na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus em 1963. Vigário em Taubaté, onde fez o curso de teologia, trabalhou muito na Pastoral da Juventude, principalmente no Movimento Shalom, do qual foi um dos fundadores, e publicou dois livros para os jovens: "Shalom, a paz ao alcance da juventude" e "0 problema é namoro" (Ed. Paulinas). Mesmo morando em Taubaté, aceitou o convite da Equipe 9 de São José dos Campos para ser o seu Conselheiro Espiritual, enfrentando uma hora de estrada para ir e outra para voltar. . . Felizmente para ele e infelizmente para a equipe, isto só durou um ou dois anos, pois logo foi nomeado Reitor do Instituto Teológico de Taubaté, cargo em que permaneceu de 1974 a 1979. Desde 1981, era Provincial da Congregação. Juracy e Armando, companheiros de equipe dos seus pais desde a fundação em 72, escrevem: "Já conhecíamos Olga e Oscar há muitos anos e acompanhamos de perto suas atividades em nossa comunidade. Este relacionamento nos t em proporcionado muitas oportunidades de louvar a Deus pelo que nos tem permitido presenciar, e sobretudo por testemunharmos a grande felicidade desses pais pela vocação do filho." E acrescentam: "Para Oscar e Olga, os acontecimentos deste ano de 1985 são devéras abençoados por Deus: em 12 de janeiro celebraram suas bodas de ouro de vida matrimonial - agora seu filho é elevado a Bispo! " Parabéns, D. Murilo, e que Nossa Senhora o acompanhe em todos os trabalhoo do seu ministério. Pàrabéns também aos pais, que alcançaram esta graça maravillhosa de um filho consagrado a Deus e agora revestido da plenitude do sacerdócio!

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RECIFE -

Notícias

O Movimento está crescendo naquela capital: além das seis equipes que integram a recém-criada Coordenação - quatro das quais lançadas em novembro. quando da visita de Cidlnha e Igar - já se cogita do lançamento de mais três. "Graças, escrevem Maria Lúcia e Plínio, ao dinamismo e à disposição de Ana Maria e Oscar e Lúcia e Alcindo" - cada um deles piloto de duas das quatro novas equipes! Ana Maria e Oscar pertenciam à Equipe 6 de São Carlos e Lúcia e Alcindo à Equipe 68/D do Rio de Janeiro. No fim de maio, a Coordenação realizou o seu primeiro retiro, com a participação de 23 dos 36 casais equipistas. O retiro, que teve lugar no Mosteiro de Na. Sra. do Monte, em Olinda, foi dirigido pelo Pe. Barros (celebração comunitária da penitência), o Capelão Pedro Bach (Eucaristia de encerramento) e a Abadessa Mectlldes (temas: "Oração", "Como anda a nossa v1da a dois" e "Construção da nossa familia hoje"). Escrevem Zélia e Fer· nandes e Mercês e Ismael, da Equipe 5, Na. Sra. da Boa Vontade: "Somos autômatos, escravos das coisas materiais, sem levar em consideração o lado espiritual. Precisamos uns dos outros na árdua tarefa de educar, considerada o grande desafio para o mundo moderno, na luta contra os falsos valores, a falta de diálogo, o desamor ... " "Os casais estão muito entusiasmados, acrescentam Mlaria Lúcia e Plínio, e estão participando ativamente também das missas mensais". Quanto aos Conselhell·os Esplrituais, "estão muito satisfeitos com o Movimento e têm dado o maior apolo possível aos casais" .

FORTALEZA -

Crescendo . . .

Também em Fortaleza, graças a Deus, e à disponibilidade dos casais da Equipe 1, o Movimento está crescendo. Escrevem Magda e Manoel, pilotos da Equipe 4: "É com grande alegria que participamos que a pré-equipe 4 já é equipe 4. Felizmente, em abril, o Pe. Hugo Furtado atendeu prontamente ao convite que lhe fizemos para ser o seu Conselheiro Espiritual. No mês de junho. a equipe apagará a primeira velinha!" Quando vamos para o prelo, chega-nos notícia do lançamento das pré-equipes 6 e 7. E a 5, continua como pré-equipe? Daisy e Adolfo, Casal Regional, respondem à nossa indagação: não só também já é equipe, como procedeu à eleição de seu primeiro casal responsável em circunstâncias "diferentes": o Conselheiro Espiritual, Pe. José Maria Loyola, ilhado pela enchente, estava há dois meses sem poder dar assistência à equipe; os equipistas re'tmiram-se então numa missa celebrada pelo Pe. Luís, Conselheiro Espiritual da Equipe 1 e, ãepois de pedir a Deus pela comunidade do Pe. José Maria, levaram, no ofertório. os votos ao altar; enquanto o Pe. Luís apurava, cantavam um hino ao Espírito Santo; depois de proclamar o resultado, o Pe. Luís queimou 06 votos ao som do Magnificat.

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BELÉM DO PARA -

Comemorando os 35 anos

Com uma missa em ação de graças, na segunda-feira 13 de maio, os setores A e B de Belém celebraram os 35 anos do Movimento no Brasil. Ca.landrini, responsável, com Teresinha, pelo setor A, e jornalista responsável pela coluna " 0 Diário Católico" do Diário do Pará, publicou uma notícia sobre o Movimento. Nela anuncia a fundação para o inicio de junho, da 141' equipe - "em comemoração ao evento". CURITffiA/A -

ProgTa.ma radiofônico

Alphéria e Oswaldo, responsáveis pelo Setor A, comunicam que o Setor iniciou um programa de radiodifusão, intitulado "Paisagem da vida cristã". A estréia deu-se no dia 13 de maio, "precisamente porque é dia de Na. Sra. de Fátima e porque a data é marco dos 35 anos das E.N.S. no Brasil". A difusora é a Rádio c ·ube Parana.ense - PRB 2 -, que transmite para todo o território nacional, em ondas médias e curtas: Ondas médias: 1.430 KHZ; Ondas curtas: 25m- 11.935 KHZ; 31 m- 9.735 KHZ; 49 m- 6.045 KHZ. A programação é irradiada todas as segundas-feiras, às 21h50. Parabéns aos c.omunicadores! PORTO ALEGRE -

Mutirão

Marilha e Jorge, responsáveis pelo Setor D e coordenadores do III9 Mutirão da Região RS, contam que "foi um dia de grandes alegrias, estudos e chamamento". As palestras versaram sobre : Vocação do cristão neste momento (Pe. Romulo), Vida em equipe (Helma e Pauletti), A inserção do equipista na Igreja (Pe. Tarcisio, Conselheiro Espiritual da Região). Durante a missa de encerramento, além da renovação do comprom~o, Célia e Azambuja, depois de quatro anos dedicados ao Setor B, passaram a responsabilidade ao casal Zayra e Roberto Brino. Esteve participando do encontro o Pe. Birck, há muitos anos dedicando-se às E.N.S. em Santa Catarina, acompanhado de um jovem casal, visando a extensão do Movimento à cidade de São Leopoldo. Houve testemunhos de equipistas que já não vibravam com o Movimento e, após o Mutirão, comprometeram-se a entrar no jogo novamente. LONDRINA -

Preparando o EACRE

Escreviam-nos Fátima e Odi: "Esperamos que os casais responsáveis que iremos recepcionar encontrem em nosso meio o reabastecimento de seus propósitos de equipistas, o enriquecimento espiritual necessário para o ano de trabalho que irão enfrentar e, em cada um de nós, amigos fraternos identificados pe:o desejo comum de solidificarmos nossas famílias, sob a proteção de Maria." Quando receberem esta Carta Mensal, o EACRE do Paraná já estará, sem dúvida, entre as mais gratas recordações dos participantes!

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João e Tereza nos contam do retiro pregado pelo Pe. Irineu Trevisan sobre "A Família", e encerrado "com ohave de ouro" com uma prática sobre "A vida de Maria" . RIO DE JANEmO -

Campanha. contra o aborto

Os Movimentos Leigos estão empenhados numa campanha oontra o aborto: no dia 2 de maio, às 9h da manhã, dentro do programa "Ela", de Edna Savaget, transmitido pela TV 7 - Bandeirantes, um grupo da Pastoral da Familia prestou depoimentos muito firmes e claros sobre a defesa da vida. As E .N.S. estiveram representadas pelo Dr. João Berredo <Equipe 11/B) , também representante da Associação Médica São Lucas, que l~ou manifesto repudiando a Lei 832, promulgada pelo Governo Estadual, que obriga os médicos a praticarem o aborto nos dois casos previstos pela Lei Federal <estupro ou perigo de morte para a mãe) .

Retiro super-lotado

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Pregado pelo Frei Estevão Nunes, vindo especialmente de CUritiba, tiro atraiu tantos casais que muitos ficaram de fora, pois o número de foi insuficiente para aco.her a todos. "Está em cogitação organizar número de retiros no Rio de Janeiro - Deus seja louvado!" escreve a O tema do retiro: "Ser cristão, ser equiplsta, ser Igreja". BRASíLIA

o revagas maior Daisy.

Honrando Maria

Como vem acontecendo há alguns anos, e sob a orientação das equipes 37, 12. 29 e 27, o mês de Maria foi aberto com a peregrinação das Equipes que contou com a presença de D. José Freire Falcão, Arcebispo de Brasília, e a participação de sacerdotes, seminaristas, religiosas, equipistas, e um bom número de devotos marianos. A exemplo do ano anterior, a proci.ssão luminooa partiu às 23 hs da Capela do Bom Jesus, dirigindo-se à Catedral de Brasfl!a. "As ora,ções, meditação dos mistérios e os lindos cânticos de louvor foram pouco, escrevem Creusa e Caroba, para expressar nossa alegria e nos• sa devoção à querida Mãe do Céu. " -

JV'I Mutirão

Participaram do Mutirão, 36 casais - mais 30 na equipe de serviço! Assistência espiritual do Pe. Alvaro Jaramlllo (Eq. 24) e presença em tempo parcial dos Pes. Giovanni (Eq. 6), Salvatore (Eq. 21, 27 e 36), Samuel (Eq. 29) e do Pe. Horta, recém-chegado a Brasilia. Palestras a cargo do Pe. Alvaro, Marly e Francisco, Suely e Israel, Leila e Aquiles. e Elsa Maria e Renato. Atividade de desoontração - "que mexeu com todos os mutirantes" -coordenada por Sofia e Felippe (Eq. 2). Coordenação geral de Licia e Artur

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(Eq. 2). "Tem-se observado ao longo dos anos, escrevem Eisa e Renato, responsáveis regionais, que o Mutirão é um encontro de importância singular para as Equipes de Brasilia. Os mutirões anteriores, assim como este, se constituíram num marco extraordinário na vida de grande número de casais equipistas. Podemos dizer que têm sido brisas benfazejas para as equipes, revigorando o ânimo de quem deles participa. "

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Festa do Padre

1: costume do Movimento em Brasilia celebrar o Dia do Padre. No dia 4 de agosto, Festa do Santo Cura d'Ars, pa<it·oeiro dos sacerdotes, os equi-

pistas reunem-se no Seminário Maior, numa "linda festa de louvor e agradecimento. De louvor, porque os equipistas têm a oportunidade de meditar sobre a profundidade da doação da vida a Deus para servir aos irmãos e de rezar para que o Senhor sustente a vida de seus sacerdotes e desperte muitas vocações nas nossas famílias. E de agradecimento, pelo muito que as equipes recebem de seus abnegados Conselheiros Espirituais. " Muito importante esta iniciativa, "não só para render a justa homenagem ao sacerdote de Deus para a comunidade, como também para consolidar entre os jovens, e entre os casais, o valor da entrega para o sublime serviço".

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E.N.S . e Seminário

"Vale a pena registrar, escrevem Creusa e Caroba, o perfeito entro-samento existente entre as ENS e o Seminário Maior de Brasilia, bem como os frutos que estão sendo colhidos por ambos. Há cerca de um ano e meio, os dirigentes do Movimento em Brasilia, ouvindo sugestões de alguns equipi.<;tas, resolveram fixar a missa mensal para o último sábado do mês, às 18h30, no Seminário Na. Sra. de Fátima. Os seminaristas, além de abrilhantar a missa com a participação nos cantos, ainda cuidam das crianças para que os pais possam rezar tranqüilamente. Este contato tem aproximado muito casais e seminaristas. cuja amizade se expressa também quando estes são convidados a passar um domingo em companhia daqueles. Ressalta-se a disponibilidade dos seminaristas quando são solicitados a dar palestras nos encontros de jovens - isto sem falar nos padres e diáconos que também as...."Umiram o movimento com muita disponibilidade e carinho. "

SOROCABA -

Retiro sobre Maria

Homenageando os 35 anos das Equipes, o retiro, pregado pelo Pe. Ricardo Dias Neto, foi todo ele consagrado a Nossa Senhora. Escrevem Gladys e José Otávio, então responsáveis pelo Setor: "Cada vez mais admiramos o Pe Ricardo: tão jovem e por isso mesmo cheio de ardor e simplicidade. O pessoal de Itu, Salto e Sorocaba m~tou muito, mas cantou muito também! Pe.

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Ricardo nos fez pensar sobre 'as pequenas virtudes do lar' e falou-nos muito sobre nossa Mãe, enfocando Sua vida em ângulos muito interessantes. Até compôs uma 'Ave Maria das Equipes', Que cantamos muito e da qual estamos lhes mandando a partitura, porque é realmente muito bonita!"

SANTOS -

Enoontr08 de filhos

Palestras e círculos, alternados para adaptá-los às diversas faixas etárias UO a 23 anos), abordando o relacionamento pais-filhos, namoro e sexo, a

participação na vida da Igreja (missa, grupos de jovens paroquiais) e também a participação dos pais em movimentos de Igreja, terminando com um plenário geral - assim foi o encontro de filhos de equipistas organizado pelo Setor e que congregou 32 jovens. O Pe. Júlio L'larena desdobrou-se nas palestras, sendo muito feliz na abordagem dos assuntos. Encerrou o Encontro a Santa :Missa, da qual participaram também os pais .

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Encontro com Ma.ria

O Pe. Caetano Rizzi abordou diversos aspectos da personalidade de Marta e sua influência na vida do casal durante um dia de recolhimento mariano, do qual participaram 21 casais .

- Retiro com o Cônego Pedro Os equipistas tiveram a graça de ter como pregador do seu retiro o Cõn. Pedro Rodrigues Branco, de Jau. Sobre o tema da "Motivação", foi um retiro de muita meditação e um verdadeiro retiro de casal, no estilo preconizado pelo no.s.so fundador. Disseram Mailú e Oswaldo, responsáveis pelo Setor: " Foi quase que um dever de sentar-se de três dias ... " .

BAURU -

Jejum fraterno

A notícia não é muito nova, mas . .. antes tarde do que nunca! Dentro do espírito da Campanha da Fraternidade, em união com o lema "Pão para quem tem fome", as equipes 10 e 14 resolveram jejuar, realizando a reunião sem refeição. Na 10, a importância que seria utilizada para a confecção dos alimentos foi entregue a uma família careate e, na 14, o que seria gasto no lanche normal da equipe foi encaminhado às obras sociais da paróquia . Exemplos a serem imitados por todos, sem dúvida! No ano passado, foram as Equipes 3 e 13, a comerem apenas chá com biscoitos. Comentávamos: "Felizmente, a moda está pegando - pe:o menos em Bauru!" Será que é só em Bauru?

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APARECIDA -

Retiro em silêncio

Com a participação de equipistas, casais convidados e alguns da pré-equipe, a Coordenação de Aparecida realizou seu retiro na casa das Irmãs Mensageiras do Amor Divino, "cujo ambiente acolhedor e próprio para retiros muito contribuiu para o clima de recolhimento e espiritual!dade que reinou durante os dois dias. O conteúdo das pa;estras, a cargo do Pe. Paulo Xavier Machado, foi muito profundo, escrevem Cid!nha e Renato, da Equipe 1, e saímos mais enriquecidos e fortalecidos, conscientes da importância do retiro como meio de aperfeiçoamento. O sUêncio observado durante esses dois dias foi importantíssimo para uma ruptura com as preocupações do dia a dia e para um verdadeiro encontro com Deus."

CAMPINAS -

Retiro no mosteiro

"Foi com grande alegria no coração que chegamos ao Centro Siloé, Mosteiro de São Bento, em Vinhedo - lugar onde respiramoo na natureza a paz e o amor de Deus. Chegamos para um recolhimento mais profundo, para aprofundar nosso relacionamento com Jesus Cristo e assim alcançarmos maior abertura em nosso relacionamento como casal Nas palavras de D. Léo, que dirigiu o retiro, 'se não pararmos, se não criarmos espaços para nosso crescimento como marido e mulher, pouco poderemos usufruir da vivência plena do amor conjugal.' Nosso retiro foi uma revisão da oração conjugal e do dever de sentar-se como meios de aperfeiçoar esse relacionamento . " Gratoo, Thomaz e Raquel, Carlos Alberto e Maria Alice (Equipe 28), pela noticia.

VOLTARAM AO PAI

Luiz Albuquerque Farqui - Da Equipe, Na. Sra. do Monte Serrat, de Santos . Com Jacyra, era um dos casais pioneiros do Movimento em Santos. Depois de se ter recuperado de um derrame, foi acometido dto enfarte fulminante.

Augusta Samadello - Da Equipe 4, Na. Sra . de Fátima, de Bauru. Casada com Nelson. Em desastre de automóvel, que também vitimou seu filho e sua. nora., deixando feridos Nelson, outro filho e a. namorada deste. Augusta e Nelson foram por muitos anos casal de ligação de equipes de Bauru e Pederneiras.

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NOVAS EQUIPES

FORTALEZA - Equi~ 4 - Casal Piloto : Magda e Manoel; Conselheiro Espiritual : Pe. Hugo Furtado; Casal Responsável : Eren1lda e Tarcísio. Equipe 5 - Casal Piloto : Vanda e Bosco; Conselheiro Espiritual: Pe. José Maria Loyola; Casal Responsável : Teresinha e Juvenal. RECIFE - Equipe 3 - Na. Sra. de Fátima Oscar; Conselheiro Espiritual : Pe. Moisés .

Casa l Piloto : Ana Maria e

Equipe 4 - Na. Sra. da Conceição - Casal Piloto : Anna Maria e Osca r ; Conselheiro Espiritual : Capelão Pedro Bach . Equipe 5 - Na. Sra. da Boa Vontade - Casal Piloto : Lúcia e Alcindo ; Conselheiro Espiritual : Capelão Pedro Bach. Equipe 6 - Na. Sra. da Saúde selheiro Espiritual : Pe. Barros . BRASíLIA - Equipe 45, Setor C lheiro Espiritual : P e. Freitas . Equipe 46, Setor C piritual : Pe. José .

Casal Pilot o : Lúcia e Alcindo ; Con-

Casal Piloto : Cristina e Sérgio ; Conse-

Casal Piloto : Kilau e Raimundo; Conselheiro Es-

BELO HORIZONTE - Equipe 8 - Na. Sra. Aparecida - Casal Piloto : Cecilia e Hamilton ; Conselheiro Espiritual : Pe. Joaquim M . Maia . Equipé 9 _: Na. Sra. do Rosário - Casal Piloto : Vanda e Djanir ; Conselheiro Espiritual : Frei Dari Bernardino Pinto. SAO JOSÉ DO RIO PRETO - Equipe 5 - Casal Piloto : Claudete e Jayme; Conselheiro Espiritual: Pe. Jarbas Brandlni Dutra . PORTO ALEGRE - Equipe 48 (Setor C), Na. Sra. das Graça8 - Casal Piloto: Dora e Oswaldo; Conseliheiro .Espiritual : Frei Higlno Peres; Casal Responsável : Graça e Roberto. Equipe 49 (Setor C) ,- Na. Sra. do ~pulário Verde - Casal Piloto: Valquiria e João Carlos; Conselheiro Espiritual: Pe. Beno Dimillng.

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NOVOS RESPONSÁVEIS

AMERICANA -

Cristina e Cláudio Lucclúari substituem Célia e Scrtcb.

SOROCABA - M.atia José e Hélio entregaram o Setor aos cuidados de Maria Lúcia e Dirceu de Barros.

GUARATINGUETA - Substituindo Heloisa e João Maurício, assumiram Maria José e Paulo Roberto Caltabiano .

APARECIDA - Maria Aparecida e Renato Philippini substituem Carmélia e Benedito à frente da Coordenação .

RIO DE JANEIRO/A Siqueira Carvalho.

Substituem Lucilia e Jefferson: Nilza e Osnir

RIO DE JANEIRO/C Luciano .

Lionidia e Eloi Oliveira Fo. substituem Elza e

RIO DE JANEIRO/D noel Bastos Menezes .

Aline e Abib foram substituidos por Elza e Ma-

PETRóPOLIS/A - Substituindo Jacyra e Fernando. assumiram o Setor Lenlr e Hélio de Castro Sadock.

VALENÇA - Marlene e Claus deixaram a tuídos por Zilda e Antonio Petrillo .

CURITmA/C ria e Ruy Leal.

Coordena~ão,

sendo substi-

Marilena e Bonifácio passaram o Setor às mãos de Ma-

REGIAO PARANA - "Aposentam-se " ~ina e Ruy, sendo substituídos por Maria Da.lva e Walmor Augusto dos Prs.zeres.

PORTO ALEGRE/B Roberto Brtno.

Célia e Azambuja entregaram o Setor a Zayra e-

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SESSÃO DE FORMAÇÃO EM BRUSQUE Uma proveitosa, Sessão de Formação transcorreu de 30 de maio a 2 de junho em Brusque, tendo como palco a confortável Casa de Retiros "Léon Dehon", dos padres do Sagrado Coração de Jesus. Participaram 21 casais, vindos de Criciúma (5), Lages (5), Florianópolis (4), B!umenau (2) e Brusque (5). Alguns destaques da Sessão: o ânimo e a disposição dos participantes, muitos deles jovens; o extraordinário trabalho do Conselheiro Espiritual da Sessão, Pe. Adilson José Colomb! (C.E. do Setor de Brusque); a dedicação dos palestrantes, principalmente Maria Apa1·ecida e Carlos Martenda!, de Florianópolis, e Tecla e Otokar Hagemann, de Criciúma. Marcou o nosso Movimento mais um êxito na sua missão de ajudar os casais no crescimento espiritual e no conhecimento da nossa mística, habilitando-os para suas tarefas a serviço das Equipes e da Igreja .

RETIROS BAURU

-- 30/ 08 a 01 / 09

RIO DE JANEmO -- 30/08 a 01/09

SAO CARLOS

-- 30/08 a 01 / 09

TAUBATI:

-- 30/ 08 a 01/09- Pe. Flávio Castro

SAO PAULO

13 a 15/ 09- Pe. Paulo Xavier Machado -

Barueri

RIO DE JANEffiO --

27 a 29/ 09- Frei Almir Ribeiro Guimarães -

Tema : "Pobre diante de Deus"

SAO CARLOS

25 a 27/10- Pe. José Carlos Di Mambro

SAO PAULO

25 a 27/ 10- Frei Estevão Nunes -- Cenáculo

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Atalaia


A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

TEX TO D E MEDITAÇÃO -

Ef. 4, 4-7 a, 11-

Há um só Corpo e um s.ó Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação com que fostes chamados; há um só Senhor, uma só fé , um só batismo; há um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. Mas a cada um de nós foi dada a graça pela medida do dom de Cristo. . . É ele que concedeu a uns ser apóstolos, outros profetas, outros evangelistas, outros pastores e mestres, para aperfeiçoar os santos em vista do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo, até que alcancemos todos nós a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado de Homem Perfeito à medida da estatura da plenitude de Cristo.

ORAÇÃO - ·

ó Senhor Jesus! Para proclamar o Teu Reino em todo canto e a toda hora, precisas de arautos corajosos, de profetas fervorosos, de servos fiéis e disponíveis. Chama-os de dentro deste povo. Forma-os de acordo com o Teu desejo. Manda-os cheios do Espírito Santo. Assim renovarás a face da terra. Maria, grande Advogada no Reino do Teu Filho, consegue-nos muitos e dignos sacerdotes, religiosos e missionários: eis o que Te suplicamos. Amém.

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar

R evisão, P ublicação e D istribuiç ão p ela Secretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 01050 -

R ua João Adolfo, 118 - 9<:> - conj. 901 SAO PAULO, SP

Tel. : 34-8833


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