ENS - Carta Mensal 1984-7 - Outubro

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N«? 7

1984 Outubro

Editorial : Amar a Igreja ....... . ... . . . .. ... . A função social da família A ECIR conversa com vocês Um casal da Equipe Responsável no Brasil . . . . Há sempre alguém intercedendo . . . . . . . . . . • . • • Aguardar Deus dentro da noite . . . . . . . . . . . . . • . A reconciliação em família . . . . . . . . . . . . . . . . . • . O terço em equipe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . • . A Instrução sobre a Teologia da Libertação . . • Desculpe, não soubemos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Marcelo Cândia, missionário leigo . . . . . . . . . . . . . A história de Davi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • Volta ao Pai o Padre Melansa.n . . . . . . . . . . . . . • Encontrou o seu caminho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • Um trabalho de pastoral familiar dos equipistas de Piabetá . . . . . . . . . . . . . . . . As Equipes hoje em Portugal • . • . • . . . . . . . . . . . 1. 0 Encontro de Jovens em São Paulo . . . . . . . . Notícias dos Selares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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RETIROS

DRACENA

20-21110

BRASíLIA

26-28/10

LONDRINA

" "

SAO PAULO

" " "

"

"

RIO DE JANEIRO

Pe. Roque Franjotti

"

Barueri

09-11/11 "

"

"

PORTO ALEGRE

16-18/11

BRASíLIA

23-25/11

FLORIANóPOLIS.

" " "

PORTO ALEGRE

" " " 30-11-2/12

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Pe. Paulo Xavier Machado

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Pe. Elísio de Oliveira

Sumaré

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Vila Betânia

Vila Betânia


EDITORIAL

AMAR A IGREJA Este é um bradú de alerta: não nos esforçamos bastante para que a Igreja seja amada! Quais seriam as razões desta atitude? Talvez nós mesmos não a amemos suficiente? Esquecemos o que através dela recebemos, desconhecemos o lugar que ocupa em nossas vidas, e também o lugar que nela nos compete. Talvez estejamos fazendo uma separação entre a fé em Jesus Cristo e a fé na Sua Igreja? dois artigos do nosso Credo cuja articulação em nossa vida não está bem clara ... Talvez consideremos que, em se tratando dos outros, é suficiente crerem em Jesus Cristo, sendo a fé na Igreja supérflua ou meramente acessória? Talvez não estêjamos percebendo que a Igreja vem sendo atacada? Ou, se percebemos, consideramos que a "ela mesma" eompete defender-se - como se não fizéssemos nós também parte "dela" e nem tivéssemos a obrigação de defendê-la! Talvez simplesmente não saibamos como proceder para defendê-la nem para torná-la amada? E, no entanto, que ilusão pretender alcançar Cristo dispensando a Igreja!

--oEsforçar-nos-íamos mais para que a Igreja fosse amada se tivéssemos mais consciência de tudo termos recebido e tudo estarmos recebendo dela. Da Igreja recebemos o Credo, da Igreja recebemos por primeiro o Evangelho, não apenas como palavra, mas como vida. '€ na Igreja e da Igreja que recebemos o Espírito, a fé viva. A Igreja é a mãe que nos faz crescer na vida divina, na vida trinitária. A Igreja é geradora de comunhão. Porquanto é na Igreja que os cristãos recebem e vivem esta realidade fundamental trazida por Cristo: Deus é amor, Deus é mistério de comunhão, somos todos chamados a viver este mistério de comunhão. A Igreja é defensora, mãe e mestra deste mistério. Fora dela, esta verdade seria apenas uma abstração ou um -1-


artifício do Espírito Nela, que é por assim dizer fruto e agente' da comunhão eucarística, esta ver dade torna~e vida no dia a dia da nossa existência. Esta convicção do papel materno, do papel indispensável da Igreja expressou-s~ desde os seus primórdios na seguinte fórmula: "Não pode ter Deus por pai aquele que não tem a Igreja por mãe."

-oEsforçar-nos-iamos mais para que a Igreja fosse amada se, na atual conjuntura, estivéssemos bem persuadidos de que, tanto no plano da catP.quese quanto no plano da missão, a urgência número um é sermos as suas testemunhas.

Urgência catequética. Nossos filhos precisam deste amor. Em nossos esforços para levá-los à fé, será que enfatizamos bastante a relação fé-Igreja? Se não ligamos o fato de crer em Jesus Cristo ao de pertencer à Igreja, corremos o risco de que a fé, para eles, seja apenas uma "idéia", da qual se desinteressam por ignorarem a importância dessa fonte que sustenta e nutre. Queremos dar-lhes tud::;. o que consideramos n·e cessário: como, então, omitir os benefícios dessa pertença à Igreja? O único necessário é este: estar unido a Deus em Jesus Cristo graças à media~ão da Igreja. Urgência missionária também. Deus nos dá o desejo e a missão de anunciar a Boa Nova da salvação, de trabalhar na expansão do seu Reino. Seria isto possível àquele que ocultasse a realidade da Igreja, sacramento da salvação e sinal do Reino, cbra do próprio Cri!':to? Sem amor à Igreja, qual seria a fecun~ didade da evangelização? Este amor anima aquele que tem a consciência de assim participar da missão universal da Igreja. Este amor é parte do conteúdo mesmo da Boa Nova: a Igreja, Corpo de Cristo, é a trama de relações na qual os membros se. entreajudam e amam com o próprio amor do Senhor. Uma fé cristã que pretendesse fazer abstracão desta realidade eclesial. deste amor à Igreja, deixaria a pessoa entregue às próprias forças: esta fé não passaria de um conhecimento desencarnado, de uma utopia generosa mas sem impacto, de uma ideologia que set"ia uma caricatura da fé.

Roger Tandonnet, SJ · - 2 ·-


A PALAVRA IX> PAPA

A FUNÇÃO SOCIAL DA FAMíLIA

As famílias têm o dever de exercer a sua função social na construção da soci~dade; trata-se de um serviço que deve contribuir para a qualidade das relações sociais, para o clima ético làe que dependem 0s costumes sociais no seu conjunto. A família que desempenha bem a sua missão em relação aos seus membros é uma escola de humanidade, de fraternidade, de amor, de comunhão e prepara cidadãos capazes de exercer aquilo a que eu chamo o amor social, com tudo o que ele necessariamente comporta de abertura de espírito, de cooperação, de justiça, de Eolidaricdade, de paz e também de coragem em relação às convicções pessoais. Depois, há toda a colaboração entre pais e educadores, no &mbito da escola ou da organização dos tempos livres, onde as famílias cristãs podem oferecer uma participação frutuosa. Penso ainda na elaboração de políticas familiares, em tudo aquilo que se refere ao estatuto jurídico e social das famílias em geral. e ainda na entreajuda a dar às que são desfavorecidas nos planos material ou moral. As famílias e sobretudo as associações familiares têm a este respeito uma importante contribuição a oferecer. Como esquecer, por outro lado, a influência cada vez maior dos meios de comunicação social - imprensa, rádio, televisão, cinema -na apresentação do amor conjugal, da sua preparação, da instituição do matrimônio, de todos os valores familiares, de uma forma tal que favoreça a dignidade dos costumes? A família tem a este respeito não apenas uma função de vigilância sobre tudo aquilo que possa acentuar a crise da família, mas também uma contribuição positiva a oferecer: as famílias que procuram viver o idenl à luz da fé cristã devem testemunhá-lo claramente nos meios de conunicação, e fazer com que tanto os artigos da imprensa como os programas televisivos o tenha em consideração.

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Em última análise, é necessário que examineis lucidamente as situações que se apresentam no contexto da cultura moderna, com tudo o que elas têm de deficiente ou de perigoso, e também com todas as oportunidades de expectativa. Estareis deste modo em condições de iniciar um verdadeiro diálogo com aqueles que r.ontribuem para modelar os costumes, de exercer a vossa parte de responsabilidade, de propor soluções adequadas, realistas e eficazes, e, sobretudo, de testemunhar sem cessar a vossa visão cristã da família, que a nossa sociedade tanto necessita conhecer e apreciar. A exortação apostólica Evangelii Nuntiandi falava em evangelizar as culturas; a família é mais do que nunca uma realidade a evangelizar. Eis uma obra maravilhosa a realizar, no interesse da família e de toda a sociedade, no interesse da Igreja, que conta com as famílias sob tantos aspectos. Este serviço supõe, para ser eficaz, uma abertura e uma busca de cooperação com todos quantos se preocupam com P.le nos diversos movimentos e associações da Igreja na sociedade.

CAos participantes do 69 Congresso sobre a. Família, patrocinado pela Fundação Internacional da Família (!DF) - 7-11-83)

Atenção: Voltou ao Pai o Padre Melanson . . .

Vejam à pág. 20, único espaço livre que tínhamos.

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A ECIR CONVERSA COM

VOC~S

Caros amigos,

A tarefa da evangelização não compete somente a sacerdotes e religiosas, mas também aos leigos. Todo cristão é responsável pelo anúncio do Evangelho, todo cristão deve ser um missionário, enviado ao nosso mundo descristianizado. Quanto mais nós, equipistas, que tanto recebemos! Temos consciência da importância do nosso papel de cristãos casados nos dias de hoje? Deus espera de nós que falemos com a palavra e com o testemunho - do casamento e dos seus valores cristãos. Aliás não vem dizendo outra coisa o Papa João Paulo II. . . Um documento recente do Movimento- documento de trabalho sobre a difusão da espiritualidade conjugal como um todo e das Equipes em particular - chega a afirmar que, se as Equipes de Nossa Senhora foram fundadas, há quarenta anos, foi para estarem presentes no mundo de hoje. E fala em presença "insubstituível". Não é falta de modéstia, mas puro realismo, pois vê-se que a família atravessa uma crise de proporções alarmantes. E o documento ressalta que esta preocupação de estarmos presentes como cristãos casados no mundo de hoje mostra que "um Movimento de Igreja não é uma estrutura que se quer servir a si mesma, mas um corpo que sofre diante das necessidades dos outros e almeja fuansmitir-lhes a própria vida". Lembra ainda que esta atuação "responde a uma necessidade urgente da Igreja".

Uma necessidade - em vista da desagregação da Família. Urgente - porque essa desagregação vem se generalizando, com repercussões trágicas na nova geração. Da Igreja - Ela, como Mãe, tem a Família entre as suas prioridades pastorais. Isto a nível de Igreja universal, nacional e local Aqui entramos nós, com o anúncio da Boa Nova sobre o amor aos casais, aos noivos, às famílias incompletas, às famílias em dificuldade ... e aos nossos próprios filhos. Catequese e missão são indissociáveis. O catequista, em nossos dias e no contexto descristianizado em que vivemos, torna-se verdadeiramente um missionário.

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Portanto, quer estejamos anunciando o Evangelho aos nossos filhos, nossos familiares, nossos colegas de trabalho - com a palavra e, principalmente, com o exemplo da nossa vida -; quer estejamos procur ando levar outras famílias ao conhecimento e à vivência do Evangelho, através das Equipes de Nossa Senhora, de outros movimentos ou ainda das diversas formas que a criatividade nos sugere. estamos prestando um serviço de Igreja, res-· pondendo a uma necessidade urgente do nosso tempo, sendo os missionários leigos no campo da Família, que é por natureza o nosso. Há outro aspecto ainda da nossa missão de cristãos casados. Num país com tão · poucos sacerdotes, ·torna-se indispensável a atuação de leigos conscientes e preparados. Deveríamos ser 9. prolongamento dos nossos padres eni todos os meios em que dificilmente, por serem poucos e sobrecarregados, podem estar pre- · sentes. Tanto nas grandes cidades. com suas imensas periferias, quanto- no campo, onde a Igreja carece de sacerdotes, há necessidade) de verdadeiros missionários leigos. Catequistas, Ministros da Pa-i lavra e da Eucaristia . .-. São tantos os serviços a prestar! Inseridos em nossas paróquias, atentos aos planos de Pasto ral das nossas dioceses. consideremo-nos enviados - "dois a dois" ---, em missão pela Família. Que cada casal descubra, se ainda· não descobriu, o seu lugar, pois a Igreja tem "necessidade urgente" da nossa colaboração para evangelizar a -F amília. A ECIR

r•: r ..

6!._ Encontro

lnt~rnacional

do. Diaconato Permanente

Representou o Br11.Si1 nesse encontro•. que .se r~a~u ~m al!:osto na Ale-, manhài, Ademi Pereira de ~breu, Secretário da Comissão Nacional de Diá-. oonos da CNBB, e nosso· companheiro de. e,quipe (Equipe 1 de Floria.nópo)isL.

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UM CASAL DA EQUIPE RESPONSAVEL NO BRASIL

Estiveram entre nós, entre 21 de julho e 11 de agosto, Mercedes e Alvaro Gomez - Ferrer, da Equipe Responsável Internacional. São espanhóis, da cidade de Valença, e uma de suas funções é manter a ligação entre a E.R. e as Super-Regiões do Brasil e da América Espanhola. Acompanho1,1-os, nesta viagem, . a filha Mercedita, que além de conhecer o Brasil, teve a oportunidade de encontrar-se com muitos jovens, filhos de equipistas. O motivo desta visita foi conhecer de perto as equipes e os casais do Brasil, bem como nossa realidade. Conheceram diversos locais nas diferentes regiões. Foi uma verdadeira maratona, que exigiu deles uma resistência extraordinária. Inicialmente, pal:ticiparam de uma reunião com a ECIR e a seguir estiveram em Belo Horizonte, Belém; Manaus, Brasília, Rio, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e São Paulo e, para encerrar, nova reunião com a ECffi. Participaram ainda de uma reunião com Esther e Marcelo, para tratarem da Super-Região da América Espanhola, da qual estes são responsáveis. · Nesses locais tcdos, tiveram oportunidade, atràvés de diversos tipos de reuniões, de estabelecer contatos, tanto com casais de base como com casais dirigentes e ainda, em alguns locais, com membros da hierarquia da Igreja. Pelo que colocaram à ECIR na última reunião, acharam a viagem muito útil para o bom desempenho de sua função na E.R. e demonstraram ter captado muito bem nossas necessidades, sentido nossas preocupações e nossa caminhada, na fidelidade ao espírito e às grandes linhas do movimento. Ficaram tocados com a atenção, o carinho e com o clima -de· fraternidade com que foram acolhidos nos diversos locais, o que permitiu que os encontros fossem frutíferos. É um casal que conhece profundamente e ama o movimento, dono de grande espírito de serviiço e muito preocupado com a Fa-:mília e com a Igreja, pois, além de participar da E.R., Alvaro e Mercedes ainda estão bastante engajados na Igreja da Espanha.

Cidinha e Igar

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HA SEMPRE ALGU!:M INTERCEDENDO

Que coisa maravilhosa poder oferecer algo de grande valor em benefício de alguém que não conhecemos e que, entretanto, solicitou nossa intercessão! É a nossa grande família dos Intercessores que, continuamente, de noite e de dia, oferta, seja uma hora de ora-ção, seja um dia de jejum, seja uma determinada provação pelas intenções que chegam às nossas mãos. E os angustiantes porém esperançosos pedidos nos vêem de todos os lados. Há os gravemente enfermos, os que estão com seu cônjuge em perigo, os desempregados, os que têm filhos em dificuldades de toda espécie, aquele que está no fim da vida . . . pedidos pela fé, pela graça de conceber um filho , ... Do outro lado, há os que se sentem imensamente recompensados porque podem dedicar uma hora de oração por algumas dessas necessidades. As vezes temos enorme dificuldade de rezar, não conseguimos encontrar Deus, e, de repente, nossa oração adquire uma dimensão jamais experimentada porque rezamos por aquele senhor canceroso ou por aquele lar em dificuldade que confiaram na nossa oração de intercessão. A legião dos Intercessores é bastante variada. Há os que rezam em grupo ou individualmente, madrugada adentro; os que, acometidos de alguma doença, presos ao leito, oferecem esse sacrifício pelos outros; e até aquele que descobriu o valor do jejum -"Porque não podemos nós expulsar este demônio? Ele respondeu: Por causa 1e vossa pouca fé . . . quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum" (Mt. 17, 18). É tempo de redescobrirmos o jejum se queremos conjurar os demônios que ameaçam perigosamente a coesão da nossa sociedade, assim como nossa saúde física, mental e espiritual. Amigo, se você crê no valor da oração, confie o seu problema aos Intercessores. Se, por sua vez, você quiser ser um deles, escreva-nos, aos cuidados das EQUIPES DE NOSSA SENHORA, Rua João Adolfo, 118 - 9.0 andar, conjunto 901, CEP 01050, São Paulo.

Dirce e Rubens

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AGUARDAR DEUS DENTRO DA NOITE

A noite é silenciosa, longa, sem fim. Apresento-me diante de Deus e fico à sua disposição, durante esse período que escolhi. Dou este momento deliberadamente a Deus. E porque a noite é espera, minha ora~ão será "a espera de Deus". Aqui estou, pob:re e disponível, para que Ele possa vir a mim como quiser. Mesmo se meu espírito divaga, se me sinto sonolento e incapaz de :;ezar, aqui estou materialmente diante do Senhor. Naturalmente, preparei-me. Escolhi alguns textos para me ajudar. Mas na realidade é o Cristo que utiliza esse tempo. A noite, nesta hora, normalmente estaria dormindo. Nenhum acontecimento, pessoa alguma, nem meu trabalho me solicitam. É um tempo vazio e assim tenho menos oportunidade de ser distraído. Além disso, nenhuma desculpa para abreviar a oração sob o pretexto de qualquer coisa urgente a ser feita. O silêncio da noite então se intensifica e se distancia das ocupações diárias. Não encontrarei o silêncio da noite apenas prolongando o dia. É preciso fazer uma ruptura. A noite é longa. Se me apresento diante de Deus por longo tempo, por muitas horas, o ambiente de oração será também uma oportunidade de repouso. Posso literalmente aguardar Deus no seu próprio tempo. (Traduzido do Boletim da Comunidade de Taizé, França, de outubro/82)

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Há um ano, tinha lugar em Roma o Sínodo dos Bispos sobre ~ tema da Reconciliação. Muito oportunas neste aniversário nos narecem as reflexões que seguem. de Alvaro e Mercedes. numa Carta. da Equipe Responsável.

A RECONCILIAÇÃO EM F AMtLIA

Estamos todos conscientes da tremenda crise atravessada pelo sacramento dlii per:itência. Crise não quer necessariamente dizer sinal de decadência. Todo crescimento tem um preço. Houve outras crises em outras épocas e o sacramento teve de ser transformado em profundidade para recuperar o seu valor, para ser descoberto · de novo, para voltar a ser vida. Todos ·nós (bispos, padres, leigos) devemos trabalhar pani' que as reformas realizadas sejam postas em prática. Entre as medidas a tomar ao nosso alcance, assinalemos uma particularmente importante: encontrar em nós mesmos o sentido da penitência, o sentido da reconciliação, porque toda renovação verdadeira começa dentro de nós. A penitência significa o acolhimento de Jesus que nos salva sem cessar. Esta misericórdia exprime-se por um gesto, uma palavra, um rito conc1·eto. Vistos desta maneira, compreende-se qu~ os sacramentos nã0 se recebem, celebram-se. Como o nascimento, o amor, a liberdade. Porque não haveria a Igreja de festejar o perdão? Porque não haveria de celebrar esta reconciliação em família e exprimí-la por um gesto concreto? Nós somos uma família. Vivemos em família. É uma realidade que compreendemos. A partir daí podemos aproximar-nos do sacramento da reconciliação para descobrir que esse sacramento é um encontro cheio de alegria do homem com Deus, do homem c.onsigo mesmo, do homem com os seus irmãos. Não podemos negar que as rela-ções de amor, que sabemos necessárias na família, atravessam dificuldades também na nossa família e no noss'l coração. Essas relações de amor estão muitas vezes em perigo p0r causa do nosso egoísmo, da nossa intransigência e da nossa possessividade. Devemos habituar-nos ao perdão. -10-


Se o casal viver este clima de perdão, seus filhos dele serão impregnados e aprenderão quase sem esforço que perdoar e ser perdoado não é tão difícil, que o perdão é um outro aspecto rlo amor. Se fôssemos mais simples, mais realistas, mais humildes . .. Sabemos que se não dissermos as coisas e as guardamos para nós acabaremos nos afastando uns dos outros e vivendo num clima de frieza e de desconfiança recíproca. Se classificamos os outros nos seus momentos de fraqueza, pondo-lhes uma etíqueta por terem agido de determinada maneira, agimos de maneira injusta. Devemos dar-lhes a cada dia uma nova chance, como Deus no-la dá. Saibamos demonstrar em casa que podemos acreditar uns nos outros. ])sta atitude deve manifestar-se também no nosso relacionamento com os de fora. Empenhemo~nos em dar o primeiro passo, para que não seja sempre a mesma pessoa a dá-lo, e em fazer isso depressa, para que o outro não sofra mais. A vingan~a não é cristã! Só o amor o é.

Por outro lado, a família é um lugar privilegiado para aprenfiermos a aceitar-no~ tais como somos, com as nossas possibilidades e os nossos limites, sem cairmos no fatalismo e abertos a todas as qualidades maravilhosas que Deus põe em nós. Não devemos debruçar-nos continuamente sobre as nossas falhas passadas se Quisermos viver num clima de confiança e que os nossos filhos Re sintam sem cessar acolhidos por um Pai fiel, que lhes perdoa ~ratuitamente, sem condições. Devemos chegar a sentir, em família, que quando nos perrloamos uns aos outros, nada é como antes: é melhor do que antes, porque o perdão faz crescer o amor!

Alvaro e Mercedes Gomez-Ferrer

(A seguir: "Um esquema de reconciliação em família")

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O

TERCO

EM

EQUIPE

O apelo de Nossa Senhora em Fátima vem sendo levado cada vez mais a sério pelos equipistas. Temos inúmeros exemplos de equipes inteiras que dedicam uma noite por mês e, em muitos casos, uma noite por semana, à meditação do terço. Alegra-'Ilos constatar duas coisas: a assiduidade: mesmo em se tratando de uma vez por semana, parece que todos conseguem cumprir o que se propuseram; os benefícios que essa oração mar iana em conjunto traz aos próprios equipistas. Esses benefícios são primeiro de ordem espiritual, é claro: maior interiorização das passagens evangélicas, um aumento do fervor na oração; e, através do contato repetido com Maria, maior desejo de seguir-lhe o exemplo. "Podemos testemunhar que com o ter~o temos vivido em nossa equipe momentos altos de fé.'' (Equipe 13 de Brasília). A meditação do terço em equipe ainda tem como conseqüência maior união entre os casais. "Notamos que cada vez que nos reunimos (para rezar o terço) o fazemos com muito amor e, além de crescermos em espiritualidade, crescem a amizade e o carinho entre nós." (Equipe 12 de São Carlos). Outro lado importante é a participação dos filhos, enquanto os pais conseguem associá-los à oração. As Equipes de Florianópolis rezam o terço, com os filhos, no dia correspondente ao seu r.úmero, formando-se assim um plantão diário aos pés de Nossa Senhora! A EquipE: 10 de Jundiaí reza o terço semanalmente com as crianças menores da equipe. Um aspecto muito positivo também é que muitas vezes, além de familiares, participam até vizinhos. Em maio e outubro, algumas equipes fazem um verdadeiro apostolado mariano junto à vizinhan~a. Já em Criciuma é durante o ano inteiro que a Equipe 13 reza o terço "nas residências do bairro, com a partici· pação muito grande da comunidade". Em Bauru, a Equipe 10 reza seu terço, mensalmente, com os meninos do Seminário. -12-


Aliás, o que mais impressiona é o sentido profundamente eclesial e comunitário que as equipes dão ao terço, oferecendo-o, não só pelas próprias intenções, mas pelas da comunidade, pelos que sofrem, pelo Papa, pela Igreja, pela Paz. Em Juiz de Fora, o terço é rezado semanalmente por muitas equipes, "nas intenções de cada um, da comunidade. da Igreja" e das vocações sacerdotais. Já a Equipe 36 de Brasília o faz sistematicamente nesta última intenção. A Equipe 13, também de Brasília, que reza o terço em família toda quarta-feira, ainda se reúne "semanalmente para pedir as bênçãos de Nossa Senhora para o nosso mundo." A Equipe 15, ainda de Brasília, diz que o terço tem unido "cada vez mais os integrantes da nossa equipe em torno dP Cristo e para o mundo." Equipes que não se podem reunir mais de uma vez por mês assumem muitas vezes o compromisso de rezar o terço cada um na sua casa, quandP possível com os filhos. "Nossa Senhora prometeu que o terço rezado diariamente solucionaria muitos dos nossos problemas. É o que estamos verificando, pois as ora~ões do terço feitas diariamente por cada casal e o padre assistente, dentro de uma escala semanal, têm sido valiosas pois a maioria dos problemas estão se encaminhando satisfatoriamente." Equipe 9, Setor D, São Paulo). Quanto à Equipe 8 de Brasília, além do encontro mensalmente dedicado a Nossa Senhora, cada um dos P.quipistas reza o seu terço diariamente. Terminamos com este testemunho da Equipe 17, ainda de Brasília: "A oração do terço nos aproxima de Deus, nos ajuda a acabar com nosso comodismo, pela descoberta de um mundo carente de nosso testemunho de cristãos".

• OS PAPAS E O ROSARIO -

Pe. Valérlo Alberton, SJ - Edições Loyola, 2• edição, 1984. Cr$ 1.500,00.

Com este livro, o autor procura levar-nos, desta vez apoiado em trechos dos pronunciamentos c!os Papas, principalmente os deste século, a entender a importância do Ros:!irio em nossos dias. Além de ser faci:imo de ler, é muito intere.ssante pele aspecto histórico, contendo ainda ampla bibliografia pós-conciliar sobre o Rosário. O Pe. Valério, com o objetlvo de propagar a devoção ao Rooárlo, pergunta se algum equiplsta quer ajudá-lo a divulgar seus livros, pelo que ele oferece a terça parte fCr$ 500,00) em cada exemplar. Endereço: CRUZADA DO ROSARIO, Caixa Postal, 285, Porto Alegre, RS.

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A INSTRUÇÃO SOBRE A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Foi oficialmente divulgada pelo Vaticano a "Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação". Como este importante documento tem sido objeto de muitos comentários, nem sempre bem fundados, parece-nos oportuno reproduzir a declaração oficial da C.N.B.B. a respeito, publicada no n. 0 36, de 6 de setembro de 1984. no Boletim Semanal da CNBB: "O Conselho Permanente da CNBB, reunido em Brasília de 28 a 31 de agosto de 1984, estudou, em reunião privativa, a recente 'INSTRUÇAO DA SAGRADA CONGREGAÇAO DA DOUTRINA DA FÉ SOBRE ALGUNS ASPECTOS DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇAO'. Nesta ocasião, por unanimidade, tomou a seguinte posição: 1) Acolher em respeitosa atitude o Documento da Santa Sé, não só pelo seu conteúdo doutrinário, mas também por ter sido aprovado pelo Santo Padre; 2) Dar-lhe ampla divulgação, a fim de que esteja ao alcance de todos, padres, religiosos. seminaristas e leigos; 3) Recomendar seja estudado em profundidade nos Regionais e na Comissão Episcopal de Doutrina, a fim ele que ~e evitem equívocos de interpretação e desvios de doutrina, que o Documento aponta na elaboração de sadia e legítima Teologia da Libertação; 4) Encarregar o Sr. Presidenve da CNBB de manifestar ao Santo Padre, como expressão de corresponsabilidade fraterna, o empenho em valorizar o Documento; 5) Evitar cair no alarmismo que cerca a divulgação do Documento P. poderia impedir sua correta interpretação, bem como ferir a comunhão eclesial. Brasília, 3 de setembro de 1984." Atendendo à recomendação do nosso Episcopado, os equípistas leiam e estudem cuidadosamente o documento (1) antes de aceitar interpretações precipitadas e, em caso de dúvidas, peçam esclarecimentos ao!> seus Conselheiros Espirituais.

(1)

se encontra à disposição nas livrarias, em publicação das Vozes, Loyo- · Ia e Paulinas. Já

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DESCULPE, NÃO SOUBEMOS

Frei Fernando Antonio Figueiredo, OFM, Conselheiro Espiritual da Equipe 1 de Piabetá, RJ, foi nomeado Bispo Auxiliar de Teófilo Otoni, MG, e sagrado no dia ... 10 de março! Só agora deparamos com a notícia no Boletim de Petrópolis. Escreve a equipe: "Foi tão bc.m quando Frei Fernando chegou em Piabetá. Sentimos algo diferente invadir nossas vidas, tanto na equipe quanto na comunidade ... Hoje temos uma igreja muito bonita, onde podemos louvar e agradecer ao Cristo tudo o que recebemos. Mais importante que a igreja de concreto foi a Igreja viva que deixou em nossa comunidade. Ele nos transmitiu tanto amor, tanta força, que nós da Equipe e outros grupos do bairro nos esmeramos em continuar regando aquilo que plantou. A saudade dele aqui em Piabe.tá é muito grande, principalmente na equipe. Dom Fernando nãn foi só padre para nós, mas também irmão, amigo e companheiro de muitas jornadas. Esteja onde estiver, estará sempre em nossos corações."

o D. Angélico Sândalo Bernardino, Bispo de São Miguel Pau-lista, em São Paulo, e outrora Conselheiro Espiritual de várias equipes e do Setor de Ribeirão Preto, celebrou, no dia 12 de julh0, seu jubileu de prata sacerdotal.

Também o Pe. Darcy, Vigário Geral da Diocese de Bauru, Coordenador Diocesano de Pastoral, assessor da CNBB, do Regional Sul I (etc .... ) , e Conselheiro Espiritual da Equipe 4, comemorou 25 anos de sacerdócio. Aos queridos Conselheiros, e àqueles que também celebraram Reu jubileu e não soubemos, nossos cumprimentos atrasados - e que a Virgem Maria os acompanhe sempre em seu ministério. -0-

A Equipe 4, Na. Sra. de Guadalupe, Setor B, de Curitiba, participa que completou 25 anos de Movimento e escreve: "Com isto aumenta a nossa responsabilidade, pois a quem muito foi dado, muito será pedido." Parabéns, e continue sempre nesta generosidade. -

15 ..,--


MARCELO CANDIA, UM MISSIONARIO LEIGO

No dia 31 de agosto de 1983, falecia, em Milão, o Dr. Marcelo Cândia, rico industrial que se fez missionário leigo entre a pu~ pulação mais carente do nosso Brasil. Com sua morte "desapareceu um dos mais puros heróis da caridade do nosso tempo, um missionário com todas as virtudes características dos autênticos missionários." Desde criança Marcelo aprendera com sua mãe, que o levava aos bairros perifér~cos da grande Milão, a conhecer P. ajudar os pobres e marginalizados. Antes dos 50 anos, resolveu vender a fábrica que herdara de seu pai e dirigira com entusiasmo e competência, destinando este capital à constru~ão de um moderno hospital - a Escalá São Camilo e São Luiz, na cidade de Macapá, onde a população carente é tratada gratuitamente, recebendo também uma educação de prevenção sanitária, sobretudo voltada aos problemas da infância. Com o passar dos anos, para garantia da continuidade dessa obra, Marcelo Cândia passou o hospital às mãos dos Padres Camilianos. 16-


Ao conhecer o Lazareto de Marituba, organizou um Centro Social para atender não só aos leprosos hospitalizados, mas também aos que, embora com alta, viviam em condições miseráveis ao redor do hospital. Conseguiu um grupo de religiosos dispostos não só a aliviar seu sofrimento, mas a morar com eles. Graças a: ele, o serviço de atendimento aos hansenianos se estende hoje a todos os doentes do delta do Amazonas, assistidos por um navio-ambulatório que visita as diversas comunidades. A cada inverno, voltava à Itália para angariar entre seus amigos doações para a obra que fazia, "não por al.I!Um motivo humano, mas somente para servir melhor ao Senhor nos irmãos mais pobres". Depois de submeter-se a importante cirurgia do coração, continuou sua intensa atividade e somente o câncer que o atingiu nos últimos anos conseguiu deter o seu zelo missionário. Marcelo Cândia é um exemplo para os dias de hoje - tinha tudo que a sociedade consumista entende como privilégio, ou seja, recursos econômicos e posição social. Foi alguém que ouviu o 3pelo do Mestre: "Vende tudo o que tens, distribui aos pobres. e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me" (cf. Lc. 18, 22).

Foi alguém que seguiu realmente o Mestre. "Quando encontrei sofrimentos tão vastos e profundos, doenças que desfiguram o rosto. como a lepra, casos humanos desesperados, disse ele, percebi que, embora realizando a cura dos corpos, não poderia resolver o problema daquela gente. Pois tudo isto é nada se não for acompanhado dr.. caridade que vem de Deus. isto é, se não há a doação da própria vida pelo irmão."

Dirce Pereira da Silva

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A

HISTÓRIA

DE

DAVI

. . . Um garotinho outrora fra.nzino. e tristonho, hoje alegre 110rque amado e com perspectivas felizes na. vida. Davi foi a.dotado por Marlene e Derik, da. Equipe 35 do Rio de Janeiro (Dha. do Governador), que tem como padroeira.· Nossa. Senhora. da Anunciação ... Não podemos deixar de ver uma correl.a4:áo entre o sim •le Maria, a.reitando ser Mãe de Deus e assim mudando a hi.<~tória. do mundo, e o sim de Marlene e Derik, que mudou a vida do pequeno Davi. Também eles fi!zeram uma opção absurda aos olhos dos homens: escolheram a criança mais franzinha, mais doentia - Davi era asmático e apesar de já ter um ano, tinha o peso de um bebê.. . A pedi,do nosso, Daisy entrevistou Marlene e I>erik.

C.M. -Soubemos que vocês adotaram uma criança. Vocês têm outros filhos?

Marlene - Sim, o Derik Júnior, agora com quase vinte anos. Na época da adoção ele era um adolescente de 15 anos. C.M. - Como foram levados a adotar uma criança?

Derik - A resolução veio após um dever de sentar-se. Depois do nascimento do Júnior, tivemos uma menina, que viveu apenas 48 horas. Durante muitos anos vivemos na tristeza de a termos perdido. E Marlene não podia mais engravidar. Ainda não pertencíamos às Equipes, e o meu relacionamento com Deus não era dos melhores . .. As vezes a idéia da adoção surgia, mas era rejeitada: não era possível substituir a filha perdida, e nosso filho também não estava preparado para aceitar alguém. 18 -:-

Marlene'f Derik e Davi


E,n tramos então para as Equipes. E foi num dever de sentar-se a três, numtl. conversa muito séria, que decidimos. E Júnior também mostrou-se contente com a idéia . .Iniciamos então a procura, pelos caminhos normais e legais: a Funabem, o Juizado de Menores. Levamos alguns meses nesse trabalho. A maioria dos casais, ao adotarem uma criança, querem que ela seja preferentemente de olhos azuis e cabelos loiros... Nós não tínhamos preferência: nessa altura, estávamos à procura de alguém que necessitasse de nós, queríamos resolver o problema de uma criança, e não o nosso! Um dia nos apresentaram (no Instituto Romão Duarte - a antiga "Casa dos Expostos", que em épocas passadas tinha a famosa "roda"), dua:; crianças: o Marcos e o José Newton. Com um ano de idade, pesando 6 quilos, José talvez nem sobrevivesse. Tomei-o no colo, senti sua necessidade de amor, sua necessidade de alguém que o ajudasse. . . Senti isso tudo. Mas o Júnior ficou relutante: "Logo este?!" Saímos, os três. Ninguém falava. Fomos almoçar. De repente, cada um de nós disse o que pensava: "Aquela criança não tem chance nenhuma de sobreviver." "Ninguém vai adotá-la!" "Precisamos ter confiança em Deus, não queremos saber se vai haver problemas!" Rezamos e decidimos: adoção plena: nosso nome, nossos bens. (1) Voltamos à creche. C.M. -

Vocês incentivariam outros casais à adoção?

Derik - É o que fazemos freqüentemente. Mas a pessoa tem que saber que é uma decisão para a vida toda. Um casal não pode pensar em ad•Jtar para preencher um vazio, nem para substituir um filho. A criança é que . precisa ser adotada, ela é que precisa de amor, de proteção ... C.M.- Como é o Davi hoje?

Derik - Está agora com 4 anos e recuperou-se totalmente. Temos lhe dado muito amor. Alguns familiares que eram contra agora mudaram de idéia: Davi é muito querido. ·E stá no Jardim I, está sendo alfabetizado, é muito inteligente, alegra a nossa casa. É um dom de Deus! Marlene (1)

E já está em nossos planos adotar mais um ...

No caso de adoção plena, não hã uma escritura d41 adoção mlll um novo registro civil.

-

19--:"


Técnicos e estudiosos atestam que as instituições de amparo ao menor abandonado serão sempre ineficazes, porque não podem substituir o calor de um lar. E, no enta.nto, a a.doçáo tem sido vista. mais como uma. solução pa~ o problema. de casais sem filhos do que uma. solução para. uma. criança sem lar. Espera-se que sejam ma.is numerosos casais como Marlene e Derik, movidos por generosidade mais que por interesses próprios.

• VOLTA AO PAI O PADRE MELANSON

Surpreendeu a todos setembro, voltara ao Pai! ria nasceu para a alegria Moncau, foi instrumento Nossa Senhora no Br asil.

a notícia: Padre Melanson, no dia 8 de Na festa da Natividade da Virgem Maeterna aquele que, com Nancy e Pedro de Deus na fundação das Equipes de

Outra festa de Na. Sra. marcara decisivamente a vida do Pe. Oscar Melanson: no dia 8 de dezembro de 1943 deixava o Canadá, em companhia do Pe. Corbeil e do Pe. Dupuis, para estabelecer a Congregaçãc de Santa Cruz no Brasil. Aqui exerceu seu ministério durante 30 anos. Primeiro, como Assistente da JUC e co-fundador da JOC, da qual foi nomeado, em 1958, Assistente Internacional para a América Latina. Em 1967, foi encarregado pela Congregação de Santa Cruz de visitar as suas missões na Asia, Africa e América Latina. Passou alguns anos em Campinas e, em 1973, foi chamado de volta ao Canadá, onde se dedicou durante dez anos à Renovação Carismática, na diocese de Moncton, sua cidade natal. Tal era a sua vitalidade que, em correspondência recebida élinda em junho passado por um dos casais de cuja equipe fora Conselheiro Espiritual nos idos de 1961, nada deixava supor que não estivesse gozaudo de> perfeita saúde - no entanto, foi levado por um câncer de pulmão, aos 69 anos. Quem esteve em Aparecida na comemoração dos 30 anos do Movimento por certe se lembra dessa extraordinária figura de sacerdote - que agora intercede por todos nós junto ao Pai.

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OPÇAO PELOS POBRES

ENCONTROU O SEU CAMINHO . ..

A Equipe 14 doe Petrópolis conseguiu realizar seu desejo de um trabalho no estilo do "Cinco por Dois". (Cf. "Procurando um caminho, ou Uma. equipe em sintonia.", pág. 18 da C.M. de Maio deste ano). Transcrevemos do Boletim:

1.0 Tempo -

Nossa equipe decidiu que irá ajudar uma família em dificuldade por desemprego. A ajuda deverá voltar-se não só para o plano material (sobreviver) mas também para o emocional/espiritual (viver), de modo que os "adotados" recobrem os meios e condições para reintegrar-se na sociedade como pessoas. Para isso é preciso provê los do mínimo necessário para x·einiciar a luta do "dia. . . a dia ... ". Para esse fim cada casal da equipe reservará 1/7 de 110% do SMR e, principalmente, algum tempo livre para visitas e outras atividades voltadas para a família adotada. Faltava escolher esta família. - Alguém lembrou-se de uma empregada doméstica, à época no 5.0 mês de uma ~ravidez difícil, em situação crítica para continuar enfrentando faxinas, porém sem outra alternativa, pois o marido, desempregado havia mais de um ano, subnutrido, transformara-se em candidato a permanente desemprego, principalmente em face de sua debilidade física, com dificuldades até mesmo para cuidar da filha de 3 anos enquanto a mulher enfrentava o trabalho na base da "garra" e do amor de mãe e de esposa. - Escolhida a família para "adoção", faltava-nos decidir como proceder para fazer chegar-lhe os recursos e como apoiá-la espiritualmente. Depois de muitas idéias, inclusive as de gerar trabalho em nossas casas - para que aquele homem recebesse remuneração e não esmola-, ocorreu-nos que alguma instituição de caridade poderia estar necessitando de mão-de-obra sem dispor dos recursos para contratá-la.

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2.0 Tempo - Já na creche, contratado por 90 dias, aquele nosso irmão em Cristo foi recobrando a confiança em si mesmo. E como Deus nunca deixa de apoiar, lá conhecemos uma dedicada religiosa que, entendendo o nosso objetivo, muito nos ajudou, acompanhando o José na sua recuperação. Durante os 90 dias, algumas poucas oportunidades de emprego- somente provisórias- andaram surgindo, mas de que adiantariam? Renovamos então o período na creche. E eis que uma nova oportunidade, mais segura, apareceu, e o nosso adotado desta vez por ela optot< e a abraçou com coragem.

3.0 Tempo -Já empregado, nasceu a segunda filha: algumas fraldas, roupas, uma cama usada ajudaram. Agora, o terreno, adquirido no sacrifício, localizado na encosta, com três prestações atrasadas para quitação e sem nenhum recibo das anteriores ... Mas, coragem e otimismo recuperados, o desejo de melhorar as acomodações do làr, de dois cômodos -um quarto e sala, que também é cozinha e banheiro - de chão de terra, as paredes de alvenaria, sem reboco, e a um metro fora da porta, a ribanceira ... 4.0 Tempo - Valeu a pena, está valendo a pena, tem que continuar! E continuaremos acompanhan~o a família. O exemplo que procuramos seguir foi o "Cinco/dois" e, inicialmente, conseguimos apenas um "Sete/um"... Quem sabe, auxiliados por outros, poderemos ser "Dez/ dois", "Quatorze/três", etc .... <Nota: a EquiJW 14 é aquela que, com a 10, tanto ajudou o Frei Antonio Moser em R io do Ouro).

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APOSTOLADO

UM TRABALHO DE PASTORAL FAMILIAR DOS EQUIPISTAS DE PIABETA

Esoreve Frei Antonio Mo.ser, no Boletim de Petrópolls:

As Equipes de Piabetá, que desde a sua fundação foram adaptadas àquela realidade da Baixada, apresentam algumas características muito próprias. Além da simplicidade decorrente do meio ambiente, estão intimamente ligadas às atividades da comunidade. Já há muito promovem encontros com outros casais. Ultimamente vêm se preocupando em regularizar a situação de muitos casais da comunidade. Foi assim que, ao longo dos últimos meses, os equipistas prepararam uma vintena de casais "ajuntados" ou só casados no civil para a celebração religiosa do seu amor. Diante de toda a comunidade, naquele dia mais numerosa do que nunca, e num clima de festa, 11 casais receberam a bênção durante a celebraçã.o da Eucaristia. Voltados para o povo, que seguia atento as cerimonias, eles juraram fidelidade um ao outro. Foi emocionante. Todos os novos casais (um já com 30 anos de vida em comum) comungaram sob as duas espécies. Depois do ato solene da assinatura dos papéis, ao som de palmas e cânticos, os novos casais tiveram uma vibrante recepção da comunidade. Tudo isto ocorreu na Igreja de São Sebastião, na periferia de Piabetá, onde vive uma das comunidades mais atuantes da Baixada. E grande parte desta atuação está sendo liderada pelas Equipes de Nossa Senhora. Muito em breve virá uma segunda celebração: já estão inscritos uns 20 casais que querem celebrar, na fé, o seu amor. Sempre liderada pelos equipistas, a comunidade terá um dia de encontro com o pessoal do Rio do Ouro. O encontro será encerrado com a missa do agricultor, reunindo os agricultores da região. O altar e t.;da a igreja estarão enieitados com produtos agrícolas e instrumentos de trabalho. -23-


O MOVIMENTO NO MUNDO

Também estiveram no Brasil, em férias, dols casais portuguese-s: Maria Virgínia e Abel de Campos, encarregados do "Outono da Vida" <explicarão essa experiência na próxima Carta Mensal), e Nela e Augusto Lopes Cardoso, SUper-Regionais de Portugal, acompanhados dos seus três filhos.

Queremos aproveitm· essas visitas pare. dar algumas noticias sobre as Equipes em Portugal, completando o que foi dito a propósito dos 25 anos do Movimento em terras lusitanas (cf. C.M. de maio de 83, págs. 24-25).

AS EQUIPES HOJE EM PORTUGAL

Portugal conta agora com 29 Setores, divididos em 5 Regiões: Norte, Sul, Centro-Interior, Centro-Litoral e Ribatejo Oeste, que acaba de ser desmembrada da Região Sul. As Regiões Norte e Sul são as que abrangem maior número de Setores (8 e 11, respectivamente, pois só no Porto são 6 e em Lisboa 4). Ainda há as equipes de língua portuguesa no exterior: em França (Blois e Breuillet) e nos Estados Unidos (Hartford, Turlock). Contamos na C.M. de junho-julho/82, pág. 23, o lan1$amento simultâneo das 4 equipes de Turlock. Hoje, a 5. 6 está em pilotagem e o recém-criado Setor está pensando em !aniSar uma equipe de viúvas. Também publica seu próprio boletim, que se chama, como o americano, "Magnificat". É grande o número de equipes nascidas nestes últimos anos, sendo que, no momento, há nada menos que. . . 33 equipes em vias de serem lançadas! Isto faz com que Portugal seja um dos países que apresenta hoje maior juventude no crescimento do Movimento.

Num artigo sobre essa expansão, escrevem Nela e Augusto: "Verdadeiramente, não interessam muito os números. E isto por várias razões. Uma delas é o perigo de nos considerarmos com "direito" aos frutos da atividade apostólica ou, o que é pior, de esquecermos que é o Senhor quem "faz crescer" a Sua Igreja.

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Outra razão é o risco de darmos mais importânda à quantiàade do que à qualidade, com a tentação de pensar que ninguém se salva se não dentro das Equipes de Nossa Senhora! Outra é ainda o perigo de nos tornarmos uns excelentes ((organizadores", convencidos de que ser responsável de Setor ou responsável regional é administrar uma empresa. . . e de acharmos que o menos importante é o espírito! Certo é, porém. que a expansão do Movimento é um dos fatores de sua dinâmica apostólica .. . "

o

Para os brasileiro.:; que visitarem Portugal, damos a. segUir as cidades onde existem setores: Porto, Oliveira de Azeméis, Braga. COvilhã, Guarda, Lamego, Coimbra, Leiria, Aveiro. Lisboa, Cascais, Oeiras, Setubal, Sintra.

Sa.ntarém, Tomar, CaldaJS, Torres Vedras. Há também um Setor na. Ilha. dos Açores e outro na. Ilha. da Madeira.

Para os endereços, dirigir-se ao Secretariado:

Rua Sargento José Pa:ulo dos Santos, 27 1800 -

LISBOA -

tel. : 310517.

o

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OPÇAO PELOS JOVENS

19 ENCONTRO DE JOVENS EM SÃO PAULO

O primeiro EnC?ontro de Jovens da Região São Paulo Sul I, no Cenáculo, representou a realização de um velho sonho das Equipes de São Panlo - e mostrou que era também um anseio dos seus filhos. Participaram 50 jovens, de 14 a 18 anos - e deixaram de ser 'recebidos outros 20 por falta de vagas! Alguns filhos levaram amigos, outros namoradas. No sábado, toda a programação visou a formação humana dos jovens, com palestrgs .de especialistas sobre os seguintes temas: O mundo de hoje e o jovem (Camila Prudente Aquino, teóloga) ; Tóxicos e outros vícios (Vladimir Marqueto Leite, psicólogo);· Personalidaàe, e Orientações gerais sobre comportamento (Dr. Roque Teófilo, psicólogo). A programação do domingo visava a formação espiritual, e os temas foram: Religião e Igreja (Antonio Simões, cursilhista) ; Sacramentos e virtudes teologais, (Pe. Elísio de Oliveira); e O Movimento das Eq1ápes de Nossa Senhora (Sônia e Luiz Antonio, equipistas do ·Setor B, que organizou o Encontro). Esta última palestra tinha por objetivo justificar o tempo empregado pelos pais no Movimento; os jovens organizaram uma dramatização, com muito senso de humor. O Encontro foi encerrado com a celebração da Santa Missa, que contou também com a participação dos pais. Foi uma experiência maravilhosa e muito apreciada pelos jovens, e que pretendemos repetir no início de 1985. Algumas das avaliações dos jovens: "De um tempo para cá eu estava um pouco distante deste amigo maravilhoso, o Cristo. Nesses dias, consegui atingir meu objetivo. A única coisa que espero agoraJ é conseguir levar tudo isso para o meu mundo lá fora." "A minha fé aumentou muito neste encontro." "Muitos fi~26-


lhos de equipistas não entendem o envolvimento de seus pais com as Equipes de Na. Sra. Agora, depois da palestra, aprendemos que nossos pais fazem isso para que possam dar uma boa educação religiosa para nós e transmitir suas experiências de vida." o

Em agosto, houve um re-'encontro, em forma de Dia de Estudos, na casa de Rosa Maria e Renato, em Atibaia. Tomaram parte 22 jovens, todos eles participantes do Encontro de junho.

Foi um dia muito proveitoso e alegre, que começou com a üagem de ônibus, saindo às 7,30 h, cantando, rezando e conversando, para voltar à noite, às 20,30 h. Pe. Elísio, que acompanhou os jovens desde o início, coordenou os trabalhos, assessorado por Frei Mari;:.no Forolosso, acompanhado de dois estudantes· dominicanos de Curitiba. O tema era: "Ser cristão hoje". Com uma projeção de "slides" representando a vida dos primeiros cristãos e mostrando a realidade de hoje, Frei Mariano e·os seminaristas fizeram um paralelo entre as duas épocas. Depois os jovens foram divididos em grupos, com a participação dos estudantes dominicanos e da Camila, seguindo-se um plenário. Precedida de wna celebração penitencial, a Santa Missa encerrou o dia.

-oNo primeiro Encontro, os jovens haviam pedido para continuar se reunindo uma vez por mês. Desta vez, acharam que não era suficiente e pediram para se reunir de quinze ein quinze dias. Esses encontros, sempre orientados pelo Pe. ·Elísio, Rosa Maria e Renato e Teresa e Galvão, mais alguns jovens escolhidos para coordenadores, têm lugar num sábado à tarde, das 16,00 às 18,00 horas. Constam de uma parte espiritual e de um tema, com debates em grupo e plenário. O primeiro tema, escolhido pelos jovens, foi "A amizade".

··''

Teresa e. Galvão Casal Adjunto do Regional para São Paulo

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NOTíCIAS DOS SETORES

BELl:M DO PARA -

Dois Setores

As Equipes em Belém e Castanhal são agora dois Setores. No encerramento do EACRE de Brasília. tomaram posse, como ca.sal responsável pelo Setor A. Mariazinha e Miguel, e pelo Setor B, Terezinha e Calandrini. Terezlnha e Artêmio viram, naquela. oportunidade, a realização do ideal que alimentaram na. responsabilidade do então único Setor de Belém: ver as equipes crescerem "em graça e sabedoria " e transformar..se em dois Setores. -

Um grande susto

"A. cidade de Belém recebeu, estarrecida, na manhã do dia 21 de agosto,

s. noticia do violento assalto a mão armada de que fora vitima Monsenhor Geraldo Menezes, párooo da Igreja da Santíssima Trindade e Conselheiro Espiritual das Equipes 2 e 5 e do Setor B de Belém. O tiro que o atingiu na garganta poderia tê...Io privado da. fala. e até causar-lhe a. morte, não fosse a intervenção divina e a proteção de nossa. Mãe ama.ntisslma", escrevem Terezinha e Ca.landrint. "Grupos de vigillas de oração foram logo organizados, não só na sua. própria. paróquia. como em outras paróquias, lares e comunidades. Os casais das E.N.S. juntaram-se a todos em permanente oração até se saber de noticias mais alentadoras: Monsenhor Geraldo não morreria. nem ficaria sem voz. Continuará o seu trabalho como sacerdote devotado à Pastoral Familiar, ele que foi pioneiro do MFC em Belém e tem dado o seu apoio decidido nos En('()ntros de Casais com Cristo e nas Equipes de Nossa Senhora.." REGIAO CENTRO-NORTE

Noticiamos na C.M. de setembro, a. criação da. mais nova Região do nosso Brasil. Seu Casal Responsável, Elsa Maria e Renato, que pertence à Equipe 6 de Bra.silia. e já foi responsável pelo Setor A, tem um vasto território, composto de '1 Setores: 4 em Brasflia. (40 equipes), 2 em Belém-Castanhal (15 equipes) , 1 em Mana.us (17 equipes) e ainda. 3 equipes em Santarém, ligadas ao Setor de Mannus. CURITIBA/B -

Criatividade na aiDimação

"Antecedendo a. Santa Missa do primeiro sábado de cada. mês, informam e Marcelino, o Setor organizou um programa de 90 minutos, que consta. do seguinte esquema: 10 minutos para. cada. equipe <são sempre três equipes)

~1sa.beth

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discorrer sobre um temG. livre (do qual deverão dar ciência apenas eo Conselheiro Espiritual); 10 minutos para o representante do Setor comentar a Carta Mensal (inicialmente foi escolhida a de outubro/ 83, págs. 6 e 7); 10 minutos de intervalo; 20 minutos pa;ra debates e troca de idéias ; 20 minutos para conclusões do Conselheiro Espiritual."

MARíLIA -

Preparação para. o casa.mento

"Há vinte anos, mais ou menos, escreve Clóvis Tavares Dias, da Equipe 3, no Boletim, um grupo de abnegados casais das E.N.S. de Marília vêm ministrando cursos para preparação ao casa.'mento. li: uma luta permanente e, às vezes com muito sacrifício, procuramos preservar este apostolado: cresceu a cidade, várias paróquias novas foram criadas, e as inscrições ao curso aumentaram muito. Mesmo assim, até hoje toda a programação tem sido cumprida.

Diante deste quadro, fizemos uma reunião para cuidar de uma reciclagem. Convocaram-se r•J ais casais motivados e novos planos foram traçados. E agora tudo caminha bem. Para coroar tudo isso, a equipe dirigente do curso de noivos promoveu um churrasco, que serviu ainda para criar alma nova; houve mais entrelaçamento e deu pa:r:a avaliar e realçar a nossa força. Com a graça de Deus e sob os auspicio.\ de Nossa Senhora, vamos tocar o barco para a frente e para sempre. .Am.ém." Estamos mortos de curiosidade: não dá para contar os "novos planos traçados"? MOGI DAS CRUZES -

Posse e compromisso

No dia 4 de ag<'Sto, cm missa solene celebrada por D. Emllio Pignoli, Bispo Diocesano, e pelo Pe. Claudionir Braga do Carmo, deu-se a transmissão da responsabil!dade do Setor: no lugar de Edna e Je.!r, assumiram Maria dos Anjos e José Maria. Durante a celebração, tomaram posse também os novos casais responsáveis de equipe. Todos os equlpistas presentes fizeram seu Compromisso com as ENS e com a Igreja. Representando a ECIR, Thais e Duprat e, a Região, Nilza c caldeira. JACAREt -

Compromisso, renovação e posse

Por oca.siãn da posse dos novos casais responsáveis, realizou-se também a cerimônia de compromisso de cinco casais novos que concluir·a m o estudo dos cadernos "Reunidos em Nome de Cristo" , e renovação do compromisso de todos os casais presentes. ..Chovia e fazia muito frio lá. fora, escrevem Aparecida e Pedro, mas a Capela estav-a. aquecida pelo clima de esp!rltualidade e amor reinante entre todos os irmãos equlpistas, que compareceram em peso para trazer suas orações e apoio -a.os novos responsáveis. A missa foi celebrada pelo Cônego Gouvêa, Conselheiro Espiritual do Setor.

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BAURU -

Diversos apostolados

Weide e Francisco (Equipe 4) estão recebendo um seminarista em casa, por seis meses - viva! Par-a béns à Ester (Equipe 1), eleita "a assistente social do ano" por todus os profissionais participantes da Semana do Assistente Social, dispondo-se ainda a dar a sua co:aboração na creche da Vila São Paulo. Com um terç(' na residência de Verónica e Hermógenes, a Equipe 10 reuniu-se para agradecer a Deus a. volta do casal à antiga missão de ML nistros Extraordinários da Eucaristia, da qual estiveram afastados durante uns tempos devido a uoença de Verónica. As mulheres da. Equipe 12 estão atuando na promoção humana do Núcleo Nove de Julho, · p romovendo cursos de costura, crochê, etc. Durante dez dias, a equipe fez e vendeu vinho quente na quermesse da Igreja Santo Antonio: «quase um milhão de cruzeiroo fomm arrecadados, em meio a virtudes e imperfeições, próprias de seres humanos ... ", escrevem no Boletim.

FLORIANóPOLIS -

Coincidências

O número 7 preside aos destinos da Equipe 7, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que comemorou seu 22'1 aniversário de fundação com a meditação de um terço - só que no dia 5, pois no dia 7 o casal responsável estaria em CUritiba, participf1.tldo do EACRE. O casal anfitrião, que já foi responsável pelo Setor, também comemorava 22 anos de matrimónio, pois contraiu núpcias no mesmo d!a da p rimeira reunião da equipe, ou seja: 7 de 7 de 72... (ingressou é claro, alguns anos depo' s!). Por outra coincidência c.. atual casal responsá;·c1, que foi o casal fundador da equipe e seu primeiro responsável (e também responsável do Setor), ou seja, Ernestina e Milton, nasceram, ambos, num dia 7. . . Após uma confraternização, juntamfnte com o Conselheiro Espiritual, Pe. Silvino, foram à Capela do Colégio Catarinense participar da Hora Santa que vem sendo realizada desde os tempos do primeiro Setor, às primeiras quintas-feiras de cada. mês.

BRAGANÇA PAULISTA -

"Caminhada apostólica. rom Cristo"

Amélia e Mauro, re.sponsáveis 83/ 84 da EqÚipe 1, escreveram contando do retiro p regado pelo Frei Constâncio Nogara, agora em Bragança e Conselheiro Espiritual das duas equipes. Foi ass!m que ficamos · sabendo do lançamento recente da 2~ equipe, após um ano de pré-equipe. E a 3~ já está em preparação. Quantu ao rEtiro, "Frei Constâncio cativou a todos eom sua palavra fácil, mas qmmte de amor e piedade." Foram cinco paUestras sobre q tema. Caminhada apostólica. com Cristo, "que nos comoveram, converteram c firmaram no verdadP.íro espírito evangelizador das EN.S: 'A alegria da vida a dois com Cristo', 'O apostolado de São P-a ulo, São Pedro e o nosso' , 'A surpreendência de Deus'·, 'Como Jesus rezava' e 'A ·fé que nos line'."

- ·30 ....:.. ·


REGIAO SAO PAULO SUL/I -

Equipe RegWnal

Para melhor atender às solicitações dos 7 setores que compõem a. Região, Vânia e Walter constituíram uma Equipe Regional, que conta com quatro casais, representando o;; Setores de São Paulo, o ABC, Mogi das Cruzes e Santos, com a assistência espiritual do Pe. Elisio. Essa equipe foi concebida como um órgão pensante e como um órgão de serviço aos setores, tanto é que em apenas 28 dias foi estudado e montado, juntamente com os Responsáveis das setores, todo o esquema do EACRE/São Paulo, do qual participaram 00 casais, três bispos - D. David Picão, D. Emilio Plgnoll e D. Cláudio Hummes - e um número apreciável de sacerdotes.

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Anseios dos Conselheiros

Em reunião à qu!.'1 se fizeram presentes D. Emilio Pignoli, Bispo de Mogi das Cruzes e Conselheiro Espiritual do Setor, Mons. Ary Ferreira de Aguiar, Conselheiro Espiritual <lo Setor de Santos, Pe. Luigi Valentlni, do Setor B, e Pe. Elisio, Vânia e Walter p~ocederam ao estudo das folhas verdes responclldas pelos sacerdotes 110 EACRE. Constatou-se que:

90% dos sace: dotes sugeriram que as equipes de base fossem conscientizada.s a respeito das decisões pastorais da Arquidiocese, para um maior conhecimento das necessidades dat Igreja locaJ. Pedlra.m maior divulgação dos dotumentos da CNBB - em nível nacional. regional e de Igreja particular. 80% dos conselheiros declararam considerar as equipes como um grupo de cristãos casados em llusra de uma maior vivência~ e constatar que a maioria dos casais estão en~ajados num trabalho de pastoral paroquial de noivos, batismo, liturgia, promoção humana etc.

curso

50% já participaram de alguma atividade promovida pelo Movimento EACRE, ~são de Fo~ ação, Dia de Estudo e outras. Como bem se sabe, 95% dos .Conselheiros não podem participar de EACREs e outras programaç.ões no sábado à tarde e domingo, pois todos têm trabalhos pastora!s, com missas domin!cais, e dependem de substitutos nem sempre passiveis de se encontrar. Pedem que as datas sejam marcadas com muita antecedência. A maioria pediu um di-a de estudo para melhor conhecimento, entrosa. mento, esclarecimento e estudo do Movimento. Assim, foi marcado para o dia 5 de novembro, uma segunda-feira, na Casa de retiros do CEFAS em Santos. das 9,00 às 17,00 horas, um encontro dos sacerdotes da Região. Além dos que Integram o Movimento, serão convidados sacerdotes que queiram conhecê-lo. O programa do dia está s:ndo elaborado pelo Casal Regional em conjunto com as Consc:.heiros presentes à reunião.

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VOLTARAM PARA O PAI MONSENHOR SEBASTIAO - Conselheiro Espiritual das Equipes 1 e 2 de Ja.careí. No dia 20 de julho, depois de prolongada doença, suportada sem uma queixa. "Ele era, escrevem Lourdes e Raul, da 2, o 'equipista• mais antigo de Jacaref, desde o inicio, em 1963. Durante 27 anos foi pároco da Igreja Matriz, deixou-nos diversas obras assistenciais, pois tinha os pobres como sua maior preocupação. Mesmo totalmente debilitado pelo mal que o acometia, fez questão de assistir à eleição do novo casal responsável. Sabia que estava próxima sua ida para o Pai e, quando íamos visitá-lo, ao invés de consolá-lo, nós é que safamOIS consolados. Concelebraram a missa de corpo presente 28 sacerdotes e Dom Euséb:o, nosso Blspo Diocesano, contou na homilia que Monsenhor Sebastião oferer.eu todo o seu sofrimento pelos seus paroquianos e pelas vocações Sacerdotais., ROMEU CASTELO BRANCO E SILVA -Da Equipe 5, Na. Sra. do Rosário (Setor A) de Curitiba. Casado com Lourdes. Escrevem Alphéria e OSwaldo, responsáveis pelo Setor: "Equlpista há 22 anos. prestou relevantes serviços ao Movimento come, casal de ligação. Suportou prolongada enfermidade com paciência e deixa bom exemplo de fé cristã e generosidade."

NOVAS EQUIPES PORTO ALEGRE - Equipe 48 (Setor C), Na. Sra. das Graças. Casal Piloto: Eunice e João; Conselheiro Espiritual : Frei Higino Peres. CURITIBA - Equipe "nova" 28 (Setor B). Casal Piloto: Dalva e WaL mor; Conselheiro Esph"it.ual: Frei Angelo. BAURU - Equipe 14, Nossa Senhora de N~ré. Casal Piloto : We!de e Francisco; Conselheiro Espiritual: Pe. Jacinto Pizzetti. BRAGANÇA PAULISTA - Equipe 2. Casal Piloto: Jocel! e Blason; Conselheiro Espiritual: Frei Constâncio Nogara.

NOVOS RESPONSAVEIS MOGI DAS CRUZES - Substitui Edna e Jair o casal Maria dos Anjos e José Maria G. G<odinho.

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MARIA CONOSCO

TEXTO DE MEDITAÇAO -

João Paulo II (em Pompéia, out./79)

O rosário é a P.ossa oração com Maria. É a oração de Maria conosco. .. No Deus que habita uma luz inacessível estão imersos todos estes mistérios, tão simples e tão acessíveis. E tão estreitamente ligados à história da nossa salvação.

E por isto esta oração de Maria, imersa na luz do próprio Deus, permanece simultaneamente sempre aberta a toda a terra. Aberta a todos os problemas humanos. . . Este rosário está continuamente aberto a toda a missão da Igreja, às suas dificuldades e às suas esperanças, às persegui-ções e às incompreensões, a todos os serviços qtte Ela realiza para com os homens e os povos. Rezemos com confiança à SS. Rainha das Missões para que faça sentir, cada vez mais, aos fiéis o desejo da evangelização e a responsabilidade do anúncio do Evangelho. Peçamos-lhe, em particular, com a reza do santo rosário, para atingirmos assim e ajudarmos os que labutam entre dificuldades e trabalhos para fazerem conhecer e amar Jesus! Ela, a primeira missionária, Mãe e auxílio de todo::; os que anunciam o Evangelho!

ORAÇÃO -

Canto

Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás, Contigo pelo caminho Santa Maria vai. -

6 vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem! (bis)

Se pelo mundo os homens sem conhecer-se vão, Não negues nunca a tua mão a quem te encontrar. Mesmo que digam OE> homens "tu nada podes mudar", Luta por um mundo novo, de unidade e paz. Se parecer a tua vida inútil caminhar Lembres que abres caminho, outros te seguirão.


EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar

Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das 01050 -

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Rua. João Adolfo, 118 - 99 - conj . 901 - Tel. : 3·-8833 SAO PAULO, SP


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