ENS - Carta Mensal 1984-4 - Junho e Julho

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NC? 4

1984

Junho-Julho

SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Maria no Pentecostes da Igreja . . . . . • . . . . . . . • . . A propósito do balanço .. .. .. .. . .. . . .. . .. .. . .. . Matrimônio e Eucaristia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Comunhão eucarística e comunhão conjugal . . . . O Espírito Santo em ação .. .. .. .. . .. .. . .. .. .. .. Luteranos voltam-se para a Virgem Maria . . . . . . Balada do Sagrado Coração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "A cidade onde se vive o Evangelho" . . . . . . . . A oração, uma relação de amor .. .. .. .. .. .. .. .. Projeto de entre-ajuda entre as dioceses . . . . • . . A figueira estéril . . .. .. .. . . .. . .. .. . . .. .. .. .. .. Na encruzilhada . . . . . . .. . .. . . .. .. . . . . .. . .. .. .. . Uma reflexão em tempo de balanço . . . . . . . . . . . . O que pode um Conselheiro esperar de sua participação na equipe . . . . . . . . . . . . Mensagem aos novos responsáveis . . . . . . . . . . . . . Um responsável de equipe se comunica . . . . . . . . "Planejamento Familiar" com DIU?! . . . . . . . . . . . "Deixar Ser" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pense com sua cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As Equipes na Espanha . .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. Quando a equipe se reúne para rezar .......... E ainda não são equipistas!. .. .. . .. .. .. . .. .. .. Uma experiência de férias em equipe . . . . . . . . Notícias dos Setores . . . .. . . .. .. . .. .. .. . . .. .. .. • O Pão da vida . .. .. . . . .. . . .. .

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EACRES

Dias 30 de junho e 1.0 de julho para as Regiões Centro-Norte

em

Brasília

São Paulo Centro

em

Oampinas

São Pa.Jlllo Norte

em

Ribeirão Preto

São Paulo Oeste

em

Marília

São Paulo Sul I

em

São Paulo

São Paulo Sul II

em

Sorocaba.

Dias 7 e 8 de julho para as Reg:ões Rio de Janeiro e parte da Centro Leste

no

Rio de Janeiro

Paraná e Santa Catarina

em

Curitiba

São PauiG Leste

em

Tauba.té

Dias 14 e 15 de julho pa.ra a Região Rio Grande do Sul

em

Porto Alegre


EDITORIAL

SE Conhecesses o dom de Deus ... o único que importa e tem valor . . . não te considerarias como o único artífice do teu próprio destino, reconhecerias que nada és, nada tens que não tenhas recebido, viverias em permanente ação de graças, já não te afligirias com as tuas limitações com as tuas deficiências, ficarias ao mesmo tempo maravilhado e confuso, irjas proclamar as m::rravilhas de Deus ... SE

conhecesses o dom de Deus ...

e para que te foi dado, não tentarias aferrolhá-lo, <:l)mpreenderias a parábola dos talentos, porias tudo a serviço dos outros, quererias também tu dar "até ao fim" ...

SE

conhecesses o dom de Deus ...

que a cada um é concE>dido, não invejarias o teu vizinho, nã.o desprezarias o t eu vizinho, não explorarias o teu vizinho partilharias tudo com o teu vizinho. SE

conhecesses o dom de Deus . . .

no coração do teu cônjuge, respeitarias e ajudarias o que a sua voca~ão tem de particular, reconhecerias a convergência desse dom com o teu, 2brirte-ias com ele ao acolhimento e ao desenvolvimento desse dom, ~>sperarias, da conjunção dos vossos dons. o fruto que Deus espera ... 1--


SE

conhecesses o dom de Deus ...

na Eucaristia, alimentarias de Eucaristia todos os dias da tua vida, viverias eucaristicamente cada instante da tua existência, deixar· te-ias assimilar ao Corpo de Cristo quererias levar Cristo aos teus irmãos, quererias conquistar os teus irmãos para Cristo, nãCl conceberias, para eles e para ti, outra felicidade senão a de existir nesse Cristo, , . SE

conhecesses o dom de Deus ...

dado a Maria, alegrar-te-ias imensamente com os seus mistérios gozosos, deixar-te-ias comover e ensinar pelos seus mistérios dolorosos, :ilimentarias a tua confiança e a tua esperança nos seus mistérios gloriosos, não terias no teu coração outras palavras senão as suas; Ecce, Fiat, Magnificat, tomarias a sua fé como modelo e a sua intercessão como apoio ... SE

conhecesses o dom de Deus ...

aos teus irmãos de equipe, darias gra-ças com eles e por eles, não terias outra preocupação senão ajudá-los a discerni-lO, acolhê-lO e a irradiá-lO, reconhecerias, acolherias e praticarias a única fraternidade verdadeira, viverias com eles a unidade radical e a rica diversidade da Igreja Corpo dt~ Cristo. Roger Tandonnet SJ

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A PALAVRA DO PAPA

MARIA NO PENTECOSTES DA IGREJA

No nascimento d:. Igreja, no Pentecostes, está presente a Mãe dos discípulos de Jesus. com o ministério maternal de os reuni! como irmãos num mesmo espírito e de os fortalecer na esperança, para que recebam a força que vem do alto, o Espírito do Senhor que anima e vivifica a Igreja de Jesus. Como já advertlélm os Padres da Igreja, esta presença da Virgem é significativa: "não se pode falar de Igreja se não estiver presente Maria, a Mãe do Senhor, com os seus irmãos" (Cf. Cromácio de Aquileya, Sermo XXX, 7) . Em Maria realiza-se plenamente o Evangelho. Nossa Senhora f. membro supereminente, tipo e modelo perfeito para a Igreja ( cf. Lumen Gentium, 53) . Ela é a primeira cristã, anúncio e dom d~ Jesus Cristo, seu Filho, plenitude das bem-aventuranças, imagem perfeita do discípulo de Jesus. Porque é uma RÍntese do Evangelho de Jesus, Ela é reconhecida como Mãe P. educadora da fé; é invocada no meio das lutas e fadigas que comporta a fidelidade à mensagem cristã; é Ela a Mãe que chama todos os seus filhos - para além das diferenças que possam separá-los - a sentirem-se protegidos num mesmo lar, reunidos em torno da mesma mesa da Palavra e da Eucaristia. Somente Maria pôde fazer dos apóstolos de Jesus. antes e depois do Pentecostes, um só coração e uma só alma (cf. At. 1, 14 e 4, 32) . Como se Cristo quisesse indicar nos ter recomendado ao cuidado maternal da sua Mãe a tarefa de fazer da Igreja u.ma só família, onde reine o amor e se ame em primeiro lugar aquele que sofre. Sim, em Maria temos o modelo de amor sem fronteiras, o vínculo de comunhão de todos os que somos pela fé e pelo batismo "discípulos" e "irmãos" de Jesus.

(No

Seminár'o dl' SUyapa, Honduras, 8/3/83)

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A ECIR CONVERSA COM VOC~S

A PROPóSITO DO BALANÇO

Queridos casais das Equipes de Nossa Senhora. Junho é o mês reservado para que façamos nosso balanço, qual seja, uma revisão de nossa caminhada, individual, conjugal, familiar e de equipe, e, a partir daí, uma projeção para o futuro. Esta revisão deve ter uma dimensão catequética. Catequese - É um processo de educa~ão da fé, progressivo e permanente, que deve nos levar: 1)

a uma comunhão e intimidade com Cristo;

2)

ao conhecimento de Sua mensagem;

3)

ao compromisso, no seio de uma comunidade cristã, com a sua missão de anúncio e construção do Reino de Deus.

1. Uma maior comunhão e intimidade com Cristo é fundamental no processo catequético. Requer um grande empenho na cração, em especial na escuta da Palavra e na meditação, na part icipação da Eucaristia e da Penitência. É preciso pararmos aqui e pedirmos as luzes do Espírito Sant0 para, num profundo olhar para dentro de nós mesmos e da nossa vida, podermos ter uma clara consciência de nossa realidade, de nossas limitações e dos esfor'ços a serem desenvolvidos para que nos libertemos um pouco mais do homem velho, distante de Deus, acomodado, confuso, desintegrado e incoerente.

2. Conhecimento de sua mensagem - não significa conhe«>imento de doutrina, mas de Sua pessoa, Sua vida, Seus ensinamentos e ninguém .melhor do que Ele mesmo para nos ajudar neste conhecimento. A primeira fonte para isso é sempre a Bíblia. Devemos, também aqui, parar para nos questionarmos se nos reconhecemos necessitados deste maior conhecimento e se estamos dispostos a nos empenhar neste sentido, e como fazê-lo.

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3.

"Evangelizar é a razão de ser da Igreja.

Como Cristo, a Igreja faz da proclamação do Reino o centro de sua ação evangelizadora. Reino que se identifica com a própria salvação que o Pai, em seu Filho e por seu Espírito, oferece a todas as pessoas. Reino que visa instaurar nova ordem de vida c convivência na justiça, na fraternidade e na paz. Reino que se realiza na comunhão profunda das pessoas entre si e na participação" (cf. doe. n. 0 28 da CNBB). Assim, como cristãos, a nossa tarefa não se completa enquanto não dermos nossa contribuição específica para a construção de uma sociedade justa e fraterna. lt:sse é outro aspecto muito importante, que não pode ser deixado de lado nesta P-ossa revisão de vida. Necessário se faz um P.mpenho de todos e muita entre-ajuda para que possamos conhecer melhor as interpelações e desafios que o Senhor nos está fazendo, através da vida, quanto à nossa participação, como pessoas compromissadas com a verdade e com a justiça, na transformação da sociedade. Devemos analisar: a) nossa preocupação em conhecer os apelos dos que precisam de nossa ajuda direta e em ajudá-los; b) nossa preocupação em relacionar esses apelos isolados com uma situação estrutural de injustiça, a fim de podermos contribuir, onde quer que estejamos, para uma sociedade mais justa; c) nossa preocupação em assumir esses apelos, como membros da Igreja, portanto comprometidos no seio de uma comunidade cristã, na equipe, na paróquia e na diocese. Que o Espírito Santo nos ilumine a todos para melhor direcjonarmos nossa caminhada.

Cidinha e Igar

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MATRIMóNIO E EUCARISTIA

A obra redentora de Cristo não é constituída apenas pela sua Paixão e Morte. A morte de Cristo é o ápice de sua vida, não um ato solitário e isolado do resto. A sua vida inteira é que foi redentora. Ele realizou a união perfeita da humanidade com a divindade. Nele a humanidade reencontrou o caminho de Deus. A Igreja foi instituída por Cristo e encarregada de re-presentar (tornar presente) essa ação salvadora e redentora aos homens de todos os tempos. Ela atualiza a entrega rPalizada uma vez por todas no Calvário, e por isso a vida toda de Cristo. De n.odo concreto e sensível, re-presenta essa ação salvadora nos atos sacramentais. Sendo assim, nessa raíz comum que lhes dá sentido existencial, vamos perceber intimamente unidos Eucaristia e Matrimônio. A Eucaristia é a refeição da família. Os filhos re-unidos na casa do Pai, ao redor da Mesa. O alimento é o próprio Cristo: alimento que faz crescer, mantém a vida e as forças , regenera as forças perdidas. A refeição é sinal de união e de amor. E toda a estrutura da Missa é a estrutura de uma refeição. Foi numa Ceia que Cristo instituiu a Eucaristia. E o Matrimônio? Por ser um sacramento, é também um ato redentor de Cristo, colocado pela Igreja: para resgatar o casamento (realidade existente desde o início) de suas falhas e imperfeições e elevá lo à dignidade de sinal da própria união de Cristo com a Igreja, de Deus com a humanidade. Pelo sacramento, o marido se torna o "Cristo visível do lar" e a esposa, imagem sacramental da Igreja. Na vida do casal, Matrimônio e Eucaristia se unem, poi~ a Santa Missa é o ponto focal da vida em suas diversas dimensões O esforço de crescimento da semana se concentra e se reaviva na celebração dominical. De Eucaristia em Eucaristia caminhamos pura a eternidade.

Frei Estevão Nunes OP

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COMUNHÃO EUCAR1STICA E COMUNHÃO CONJUGAL

Ao estudarem o tema. "Se conhecesses o Dom de Deus", e, especificamente, traçarem um paralelo entre comunhão eucarística e comunhão matrimonial, os casais da Equipe 8 de Petrópolis deram respostas que o Conselheiro Espiritual sugeriu fossem partilhadas com os demais equiplstas. Transcrevemos do Boletim algumas dessas respostas.

Na Comunhão Eucarística, Jesus se torna realment-e presente entre nós. Ele se dá como alimento e se úne, intimamente, a nós. Na Comunhão Conjugal, nós nos tornamos realmente presentes na vida do outro, uma presença que ajuda o outro a se promover e a descobrir os seus talentos.

o A Eucaristia é o sacramento do amor total, um encontro íntimo e profundo com Deus. O Matrimônio é o lugar onde o amor de Deus se manifesta, através de um encontro íntimo e profundo entre um homem e uma mulher, e se torna sinal deste amor no meio dos homens. o

Matrimônio e Eucaristia são os sacramentos do amor e da unidade. Cada vez que recebemos a Eucaristia vamos nos unindo mais intimamente a Cristo, procurando crescer no amor e agir conforme seus ensinamentos. No Matrimônio, dia a dia, crescendo 110

amor, crescemos também na unidade. o

No Matrimônio, marido e mulher se transformam, modificam o seu "eu", para alcançar o objetivo a que se propuseram no dia em que se uniram para sempre; na Eucaristia, o pão e o vinho se transformam no Corpo e no Sangue d~ Cristo, para a salvação dos homens.

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O ESPíRITO _SANTO EM AÇÃO

Todos os homens são como uma grande árvore. Jesus é o tronco e os homens são os galhos. Como a seiva passa do tronco para os galhos, assim o amor, a força e a vida de Jesus Cristo passam em nós, se não lhes opusermos obstáculos. É o Espírito Santo que assim faz circular a seiva do tronco para os galhos, tornando-os grandes.

Na Festa de Pentecostes, foi sob a forma de um vento poderoso e de línguas de fogo que o Espírito Santo manifestou sua vinda e desceu sobre os apóstolos para que eles, por sua vez, o comunicassem aos outros. O cristão, pelo Batismo, tornou-se filho de Deus. A Confirmação dá-lhe uma semelhança ainda maior com Jesus: o cristão recebe o Espírito Santo para ser como Jesus Cristo: sinal e mensageiro. Quando nos reunimos em nossa equipe para mais uma reunião mensal, devemos lembrar-nos do evangelista São João (20, 19). Com esse espírito devemos viver com os olhos voltados para a Terra Prometida que nos espera e deixar-nos guiar pelo Espírito Santo presente em nós. Todo esportista necessita exercitar seu corpo para que se torne leve e dócil às suas ordens. De onde vem a verdadeira docilidade? Vem do amor. Somente aquelas pessoas ou grupos de pessoas dóceis a um amor que os entusiasma fazem um bom trabalho. O Espírito de Amor, que nos quer "grandes", transformar-nos-á totalmente para melhor, se lhe formos dóceis. Colocar-se no caminho da Terra Pr ometida, sentindo-se bem entre os colegas e amigos. Todos unidos. O amor habita em nós como um vento impulsionando na direção certa. . . como um "fogo" que nos faz acolher a todos com nosso calor humano. Deixar-se conduzir por este vento é deixar-se abrasar por esse fogo, é ser dócil ao Espírito de Pentecostes. "Vós não me vereis mais" quer dizer "Não estarei mais ao vosso lado porque estarei em vós".

Mirian e Márcio de Castro Godoy Equipe 4 de Araraquara

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LUTERANOS VOLTAM-SE PARA A VIRGEM MARIA

Há. toda uma corrente no protestantismo atuaL entre os luteranos principalmente. pa.Da reabilitar a devoção à Mãe de Deus. Um grupo de teólogos hneranos da Alemanha Oriental deu a público, em 1983, o "Manifesto de J)resden". Em 1982. a Gráfica Vicentina, de Curitiba. publicou o livro "Maria - O Caminho da Mie do Senhor". da. Madre Basilelll Schlink, fundadora da. Irmandade Evangélica de Maria, em Darmstadt, também na Alemanha.. Pode-se sentir como o Espírito Santo trabatba nas almas e nos corações pa;rn a reaproximação dos cristãos. E não trabalharia a próprla Mãe do Salvador para que o pedido de Seu Filho: "Que todos sejam um" (Jo. 17, 21) se torne flnalmente realidade?

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O "Manifesto de Dresden":

O culto da Virgem Maria, que dat!l dos primeiros séculos do cristianismo e que jamais ·diminuiu na Igreja Católica, recebeu um grande impulso como conseqüência das revelações de Lourdes e de Fátima. Essas aparições tiveram um eco .em todo mundo e a sua importância foi posta em relevo durante o Ano Mariano proclamado por Pio XII. Em Lourdes, em Fátima e outros santuários marianos, a crí~ tjca imparcial se defronta com os fatos sobrenaturais que têm uma relação direta com a Virgem Maria, seja em razão das suas aparições, seja -pelas graças milagrosas pedidas· e obtidas por swa intercessão. Estes acor.tecimentos são de tal natureza que excluem toda explicação natural. Sabemos, ou devemos saber qu~ as curas {!e Lúurdes e de Fá- · tima são examinadas com estrito rigor científico por médicos também· não· católicos.- Conhecemos igualm,en~e a· prática da Igreja

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Católica que deixa passar muitos anos antes de declarar uma cura milagrosa. Existem 1.200 curas acontecidas em Lourdes reconhe~idas P,o~ mé?icos como cientificamente inexplicáveis, 'mas a IgreJa Catohca so declarou 44 como milagrosas. De trint;l ~nos para cá, 11.000 médicos passaram por Lourdes, ~odos os mediCos, de qualqwer religião ou opinião científica, têm ]Ivre ingresso no Escritório de Constatação Médica. Uma cura milagrosa goza de todas as garantias possíveis. Qual é o sentido profundo destes milagres no plano de Deus? Parece que Deus quer dar uma resposta irrefutável à incredulidade de nossos dias. Como poderá um incrédulo continuar vivendo de boa fé em sua incredulidade frente a estes acontecimentos? Podemos também nós, cristãos evangélicos, passar indiferentes, SPm nos determos para fazer um exame oportuno? Uma atitude OP indiferença não resultaria talvez numa grande responsabilidade? Pode um cristão evangélico arrogar-se o direito de ignorar estes acontecimentos pelo mero fato de que eles se realizam na Igreja Católica e não em sua comunidade religiosa? Estes acontecimentos não deveriam, com efeito, conduzir a Igreja Evangélica à Mãe de Deus? Só Deus pode fazer com que Maria se dirija ao mundo por meio de suas aparições. Não nos expomog a cometer um erro fatal, fechando os olhos ante esses acontecimentos, sem prestar-lhes aten-Gão alguma? Seja como for, não se pode calar estas realidades. Devemos examiná-las a fundo e sem preconceitos. Poderia acontecer que não atendendo, ou ignorando ~. mensagem que Deus nos tem dado por meio de Maria, recusassemos a última graça que Ele nos oferece para a Salvação. É pois um dever muito grave para os chefes da Igreja Luterana e para as outras comunidades cristãs examinar estes acontecimentos e adotar uma posição objetiva. Este dever se impõe também pelo fato de que a Mãe de Deus não está na Igreja Reformada. Esta exclusão só acontecew depois da "Guerra dos Trinta Anos", e na época dos filósofos liberais da metade do século XVIII. Sufocando n0 coração dos evangélicos o culto da Virgem Maria, ficaram destruídos os sentimentos mais delicados da piedade cristã.

Em seu "Magnificat" Maria declara que "todas as gera~ões" proclamá-la-ão bem-aventurada, até o fim dos tempos. Todos nós comprovamos como esta profecia se cumpre na Igreja Católica, nestes calamitosos tempos, com uma intensidade sem precedentes.

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Madre Basilea Ccomentando o "Magnifioat" de Lutero, e em particular as palavras publicadas na Carta Mensal de dezembro 83/feverelro 84) :

"Ao ler estas palavras de Martinho Lutero, que até o fim de sna vida honrava a mãe de Jesus, santificava as festas de Maria e diariamente cantava o Magnificat, percebe-se quão longe nós .e·eralmente nos distanciamos da correta atitude para com ela ... Quão profundamente todos nós, evangélicos, nos deixamos envolv~r por uma mentalidade racional'sta, apesar de em nossos escritos confessionais se lerem sentenças como esta: Maria é diqna de ser honrada e exaltada no mais alto grau. (Art. 21, 27 da Apologia da Confissão d-= Augsburgo)! O racionalismo ignorou por completo o mistério da santidade. O que é santo é bem diferente do resto; diante do que é santo, só nos podemos quedar em admiração, adorar e prostrar-nos no pó. O que é santo, não é possível compreender. O racionalismo tinha a pretensão de compreender tudo; o que não compreendia, era simplesmente r ejeitado ... Foi naquela época que na Igreja Evangélica foram eliminadas todas as festas marianas e tudo que lembrava algo delas. poroue ficou perdida toda e qualquer referência bíblica sobr e a mãe, Maria. Esta herança nos faz sofrer até hoje. Diante da exortação de Martinho Lutero de que Maria nunca pode ser suficientemente honrada, na cristandade, como a mulher suprema, como a jóia mais preciosa depois de Cristo, eu sou obrigada a me confessar ter sido adepta daqueles que durante muitos anos de sua vida não seguiram esta admoesta-cão de exaltá-la e assim também não cumpriram a exortação da Sagrad'l. Escritura que dali por diante todas as gerações considerariam Maria bem-aventurada (Lucas 1, 48) ... Nas últimas décadas, o Senhor me concedeu a graça de aprender a amar e honrar cada vez mais Maria, a mãe de Jesus. E isto à medida que, pela Sagrada Escritura, me ia aprofundando no conhecimento de sua vida e dos seus caminhos. Minha sincera intenção, ao escrever este livro, é fazer o que posso para ajudar, a fim de que entre nós, os evangélicos a mãe de nosso Senhor seja r1ovamente amada e honrada, como lhe compete, segundo as palavras da Sagrada Escritura e conforme nos recomendou Mart;nho Lutero, nosso reformador: "A delicada mãe de .Cristo sabe ensinar TYtelhor do que ninguém, pelo exemplo de soo prática. como det~emos conhecer, louvar e amar a Deus."

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BALADA DO SAGRADO CORAÇÃO

D. Marcos Barbosa OSB

Eu fui hóspede e me recebeste. Houve um lugarr na tua casa para o meu coração. l\1 eu coração era grande, A casa pequena, Mas coube. Um coração cabe em qualquer parte. Outrora, quando eu vim ao mundo, as portas se fecharam Não havia lugar para mim, Que ia nascer dentro em pouco. Temiam o choro da criança, O choro da criança na noite. E então eu aprendi a fazer-me menor. Menor que um recém-nascido. Haverá sempre lugar para um coração f~ubro e mudo. Os homens agora não hesitam em pôr-me Como um sinal na sua parede. Introduzem-me tranqüilos nas suas casas, Como se estivessem apenas espetando em fundo branco Uma Tosa escarlate, Uma borboleta vermelha. :. · "Não sabem, imprudentes, · a que deram i!Uarida, Não sabem o que colocam no íntime de seu lar. No recesso mesmo d~ sua família. Não suspeitam ·o mundo de paixões e· de pecados em mim [escondidos, -.12 ·-


A fonte do pranto e de fel. E de doçura, Que em mim se contém. Suspende-me, imprudente, na tua parede. E esquece-me, E não me olhes mais, Porque senão terás destruído, para sempre, as últimas [barreiras que te defendiam; As últimas paredes que te separavam dos outros homens, Que te separavam até dos mortos, Tua casa se torna uma imensa estalagem. Repleta como ~- de Belém. Pois t udo o que se passa no mundo repercute no coração. Fruto ou semente, Que ousaste introduzir na tua casa. Esquece, se preferes, que me puseste na tua parede, Mesmo assim, Eu talvez um dia produza o incêndio com que não contas. Braza entre cinzas. Mas, se tiveres coragem, olha-me de vez em quando E experimenta então se serás capaz de resistir ao convite: "Filho, dá-me o teu coração, Pois o meu amor é forte como a morte: A..s grandes águas não podem extinguir ... " Põe-me na tua parede e esquece-me. Mas, se quiseres, lembra-te e olha. Debruça, se tiveres coragem, na minha chaga. E um dia verás lá dentro, de repente, Encerrada no coração intruso, A casa que o parecia conter ...

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"A CIDADE ONDE SE VIVE O EVANGELHO"

O Movimento dos Focolares comemomu. em 1983, 25 anos de sua instano Brasil e 4() de sua f'undaçã.o na Itália. Mar;a Enid, Magda. e Ruth estiveram em visita; à "Mariá.polis Araceli", perto de São Paulo, onde foram rc:cebidas com muito carinho 010r Maria do Carmo e Tanda. (uma jovem portuguesa cujos pais, por coincidência. são equipistas). 11: uma. das sedes do movimento, muito grande e bonita. I<~.Ção

Lá visitaram os salões oara os grandes encontros ou conferências, as salas para grupos de trabalho e estudo, a livraria, a capela., o refeitório, os dormitórios e apartamentos para alojamento dos parlicipantetl dos p.ncontros. Visitaram também a oosa. dM padres. a. casa dna jnvens e " ilaa jovP.n!4 quP ali permanecem durante o período de fonna.<:ão e trabalham para. seu sutento nas oficinas de marcenaria., gráfica e costura.

Ao redor da. sede está nascendo um pequeno bairro: rua.s largas, casas iimples ma.s llonfortávP.is e bem ajardinadas. Maria. eh Carmo, que é viúva, lá reside com seus cinco filhos. "Todos 011 que querem vi.r Ulornr aqui são benvindo!l", diz ela. Algumas famílias compram o tP.rreno e constroem, outras u tilizam o terreno do movimento, constróem a. sua. casa. para usá-la em vida. e depois deixam-na para. outra família. f.o~oiarina.. Em tudo reinava. uma. paz que só o Amor e a União 'Pf)dem dar. Era verda.deiuunente um pedaclnho do céu. Uma. entre a,s cinco "cidadelas" - ou " llidades-piloto" - do Movimento dos Focoiares no mundo,, também chamadas de "Ma.riápolis permanentes".

O que são os Fncolares

Um movimento de pessoas de todas as classes sociais e pTofissões que procuram viver o Evangelho até as últimas conseqüências. colocando Deus em primeiro lugar na sua vida, dando testemunho do seu amor pela própria união e assim trabalhando pela causa da unidade entre os homens. Os leigos e lei~as focolarinos, que fazem votos de pobreza, castidade e obediência, vivem uma vida comunitária, em pequenos núcleos chamados Foco,lares (ou seja, lareiras - "focolari", em

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italiano). Há também os voluntários e voluntárias, que ciesejam viver este mesmo ideal permanecendo na própria família e no próprio trabalho - esses não são consagrados. Participam ainda seminaristas, sacerdotes (mais de 8. 000), religiosos que, em contato com a espiritualidade do Movimento dos Focolares, se sentem revigorados em seu sacerdócio e no espírito de suas próprias famíli.as religiosas. Além dos adultos, são muito numerosos os jovens atraídos pela espiritudidade focolarina. Para eles fundou-se, em 1967, o movimento GEN (= Geração Nova), onde militam cerca de 15.000 jovens. Surgiu também o movimento "Famílias Novas", congregando focolarinos casados. O clima que reina nessas famílias faz com que os filhos comunguem do mesmo ideal. É uma coisa que se sente quando em contato com elas. Explica Maria do Carmo: "Os casais procuram vivE>r de maneira que Deus seja colocado em primeiro lugar na sua alma, e assim a família se torna realmente uma pequena Igreja. O Evangelho, colocado como base da vida familiar, leva à comunhão de bens espirituais e materiais entre os esposos, entre pais e filhos, entre as diversas famílias, e proporciona uma revalorização do matrimônio como sacramento e um novo relacionamento entre pais e filhos, que supera a crise entre gerações. Leva também a uma abertura da família para as famílias nue estão em crise - as vítimas do divórcio, os órfãos, os idosos, os viúvos, os marginalizados." Assim, é natural que exista uma preocupação com a preparação para o casamento na linha do movimento. Os focolarinos de "J. amílias Novas" se encarregam de preparar não só os noivos, mas f ambém os namorados. O curso dura de três a quatro dias, aproveitando-se um feriado próximo de um fim de semana. Os noivos n11 namoraàos são focolarinos ou jovens que conhecem bem o esp:i:rito do movimento. Acrescenta Maria do Carmo: "O curso é uma verdadeira escola de vida, pois para um casamento ter sur.esso. é preciso que os dois escolham primeiro a Deus, antes mesmo da escolha um do outro! Desde que haja namoro sério, já se recomenda aos jovens que façam o curso, para perceberem com antecedência a sua verdadeira vocação. Usamos palestras, slides, troca de idéias: são abordados a união do casal, crises matrimoniais, a parte econômica, jurídica, sexual - esta última leva uma tarde inteira, pois se ensina também o método Billings, muito bem explicado e com testemunhos de casais que o usam há muito tempo." O início do movimento

Começou durante a guerra, em Trento, na Itália, quando um grupo de 6 ou 7 moças, lideradas por Chiara Lubich, resolveu oferecer a vida por um ideal que jamais passasse e que nenhuma -15-


bomba pudesse destruir: Deus. E como Deus é amor, dedicaram-se a amar o próximo sem restrições. prontas a dar a vida, se preciso fosse, pelos outros. Quantos passaram a crer vendo somente o modo de ser daquelas jovens! Após dois meses, já eram 500 pessoas, de todas as idades e vocações, a viver o mesmo ideal: Deus, o amor recíproco e o Evangelho.

Espiritualidade da unidade A espiritualidade do movimento dos Focolares é o Evangelho. Em particular, a vivência do "mandamento novo", que "levada a sério", segundo afirma a própria Chiara, "produz efeitos extraor<:linários. De fato, onde está a caridade e o amor, aí está Deus. Quem começa a pôr em prática o 'mandamento. novo' experimenta uma mudança qualitativa em sua vida interior: esta se enriquece ae novas energias, de ardor, de coragem para recomeçar todas as vezes que isto se faz necessário. Não é um exagero afirmar que a atuação deste mandamento produz uma real conversã0. Essa conversão produz efeito também sobre o mundo que nos circunàa. 'Nisto reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros' (Jo. 13, 35) ." "Desde os primeiros dias, relata, senti-me fortemente atraída pela última oração de Jesus ao Pai, e logo pensei que o objetivo que o Senhor queria r ealizar com essa Obra fosse: Que todos sejam um." Ou seja, "cooperar, estando na Igreja, para a unidade> da família humana em Cristo." "A unidade é a idéia central do Movimento."

Dimensão ecumênica Ao procurar vivc:r o pedido de Cristo, "Que todos seiam um para que o mundo creia", o movimento dos Focolares - que hoje está espalhado por 147 países - difundiu-se também entre anglicanos, luteranos, reformados suíços, ortodoxos. . . Superando as barreiras e divisões religiosas, estabeleceu laços também com as grandes religiões não-cristãs, num diálogo de amor e vida. A difusão cada vez maior entre membros de outras confissões Explica·Be, segundo Chiara, pela simples frase de um jovem: "Deus é amor e vocês me demonstraram isso." "Jesus no meio de nós é uma ajuda formidável para que haja um ecumenismo vital. Não podendo, nós católicos, nos unir pela Eucaristia com as outras Igrejas ou comunidades cristãs, podemos estar unidos por meio de Cristo presente entre nós. Ele, sendo caridade, faz com que exul-

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tem os nossos corações pela fraternidade reencontrada, facilitandc a compreensão recíproca e derrubando barreiras erguidas há séculos."

"Para que todos sejam um, só existe um caminho: amar. Quem ama para amar a Deus, conquista; quem ama para conquistar alguém para Deus, não conquista. Devemos apenas amar essas pessoas, vendo Jesus nelas. Ora, quando nos encontramos com elas, sempre teremos que conversar, falar talvez de coisas sem importância; e acontecerá que elas terminarão por lhe contar suas preocupações. . . E você se fará Um com elas: ame, ame, ame ... O amor sempre deixa uma marca. Dia virá em que alguém demonstrará o desejo de saber como você vive. Isto quem sabe após um ou dois an.•s, mas não importa! É melhor semear sem pressa ... " A cidade onde se vive o Evangelho Perguntada sobre o que atrai tantas pessoas a aderir ao movimento, responde a sua fundadora: "É Deus! É Deus que vive entre os membros do Movimento." Desde o primeiro focolare até as atuais "cidadelas'' ou "cidades piloto" como a de Mariápolis Araceli, que procuram mostrar ao mundo como ele deveria ser: um lugar invadido pelo amor de Cristo, onde os homens, unidos pela caridade, formariam uma só família. Conta Chiara que, ao procurar a "cidadela" de Loppiano, na Itália, alguém perguntou: "Onde fica a cidade onde se vive o Evangelho?"... As cidadelas - assim chamadas porque almejam ser aquela cidade sobre o monte de que fala 0 Evangelho (= "Vinde e vede") - congregam, além dos jovens que desejam engajar-se totalmente no mo\·imento, também famílias, voluntários, etc. Existem, além de Manápolis Araceli e Loppiano, mais três cidadelas: na Argentina, em O'Higgins, província de Buenos Aires, em Fontem, na República dos Camarões, e em Ottmaring, na Alemanha - esta um ct.ntro ecumênico criado justamente nas proximidades de Augsr.urgo, onde se processou a divisão entre católicos e luteranos em 1530.

Além das cidadelas, ou "Mariápolis permanentes", existem o~ Centros Mariápolis, para aprofundamento e formação. No Brasil, estão localizados em São Paulo, Recife e Belém. Em Porto Alegre, está sendo projetado wm Centro de caráter ecumênico. Todos os centros e cidadelas levam o nome de "Mariápolis" porque Maria é o modelo de vida do Movimento, também chamado de Obra de Maria. -17-


Maria do Carmo convida os equipistas que quiserem eonhe~r o movf>. nlento a fazer wua visita a Matiápolls Am.ceU, que fica. no inicio da estrada São hulo-lbiuna. Os que desejarem os endereços de outros centros no Brallil podem escrever para: Maria do Ca.nno Gaapa.r

MARIAPOLIS ARACELI Via Raposo Tavares. km. 47 AU

Caixa Postal 139

OR700 -

OOTIA, SP

'li'one: 493-2481

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3 a 10 de junho:

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Participemos!

"Quando se fala. ãe ecumenismo, a oração é mais que necessária, pois a empresa é árdua. ll: preciso haver uma educação para a. unidade. Os leigos podem fomentar essa educação, por exemplo, promovendo e difundindo uma grande corrente de amor reciproco entre os cristãos ... Para sentir-se um, de fato, é necessário compreender-se e para compr€ender-se é necessário amar-se."

CHIARA LUBICH

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A ORAÇÃO, UMA RELAÇÃO DE AMOR

A oração é uma relação de amor. A relação de amor apodera-se da pessoa e de toda a sua vida. Certamente há tempos de intimidade mais profunda indispensáveis para alimentar a relação. Nós, casados, o compreendemos bem. Daí a necessidade de se fixar tempo para a oração. Assim como sabemos que toda li nossa existência está comprometida com o outro, com Deus não é menor o nosso comprometimento. "Toda nossa vida deve ser oração." Deus toma a iniciativa nessa relação de amor. Ele nos amou primeiro e continua amando sem cessar. A nós cabe a resposta. Não com palavras sem conteúdo, mas do fundo do coração. Nossa llração não pode ser de meras palavras, mas um despertar do coração. "Coração" no sentido bíblico, o coração purificado por Deus, o "coração novo" posto em nós pelo Espírito Santo. Como dirigir nosso coração para Deus? É uma decisão, um querer. Não se trab de atenção, sensibilidade ou atividade intelectual. Trata-se da orientação voluntária do coração. O Pe. Caffarel o explica cem clareza em sua "parábola" do piloto automático que, direcionado após a decolagem, leva o avião ao destino. As dificuldades que freqüentemente se apresentam (distrações, aridez ... ) não impedem a oração se a decisão for renovada no decurso da oração. A orientação básica permanece: "Quero I') que o Senhor quer". Deus não é um celibatário, é comunhão de amor em três pessvas: Pai, Filho e Espírito Santo. Em nossa oração, nos dirigimos aos três. Ou melhor, nos entregamos a Eles e à sua for-ça transformadora. Nessa troca de amor, nós nos deixamos prender e levar. O Espírito Santo nos assemelha ao Cristo e nele nos toma filhos do Pai. Nossa oração é filial. Como é pelo Cristo e com Cristo que entramos na comunhão trinitária, nossa oração é "cristológica". É no Evangelho que reencontramos o Crisb. Nós o acolhemos para que Ele viva e ore em nós. Ficamos unidos à sua oração filial. Jamais poderemos prescindir do Cristo. Ele é o único Caminho. É a única Porta ... (Da Carta france.c;a.)

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PROJETO DE ENTRE-AJUDA ENTRE AS DIOCESES

A C.N.B.B. determinou que as dioceses do Centro, Leste e Sul, assumissem, cada uma, uma diocese do Nordeste, buscando minorar de modo imediato suas necessidades mais prementes. Diante do quadro de tanta penúria, não podem os cristãos cruzar os braços. Todas as paróquias, movimentos, estabelecimentos de ensino, clubes de serviço, indústria e comércio, meios de comunicação, todos serão mobilizados e envolvidos neste Projeto, que terá a duração de um ano, com previsão de se estender por mais um ano. É um trabalho de fôlego, que exigirá de cada um granciA disponibilidade e doação, suscitando também nossa criatividade. Compete a cada diocese, na base dos dados fornecidos pela diocese correspondente do Nordeste quanto às necessidades prioritárias, estabelecer a forma de ajuda que irá desenvolver. Na maior par te das dioceses, providências já vêm sendo tomadas. Enquanto se aguarda o elenco das prioridades, as paróquias das dio· ceses do Nordeste já foram distribuídas entre as paróquias e se· tores das outras dioceses. Em Juiz de Fora, por exemplo, D. Juvenal Roriz distribuiu entre as 40 paróquias que constituem os 6 setores da diocese as: 16 paróquias (500. 000 habitantes ... ) da Diocese de Petrolina (PE), que abrange um território de 32.000 km 2 , a maior partE> dos quais quase que permanent emente assolados pela seca. Foi sugerido também que cada Movimento assumisse uma dessas paróquias, no campo não só material, mas também espiritual. Escrevem Leda e Edson, responsáveis pelo Setor: "Enquanto aguardamos a decisão do Sr. Arcebispo, queremos contar com a adesão total e irrestrita de ('ada casal do nosso Setor a este Projeto". Essas palavras do Casal Responsável do Setor de Juiz de Fora valem para todos os Setores das Equipes de Nossa Senhora do Brasil: que desde já o Projeto "Entre-Ajuda" faça parte das orações dos equipistas e, principalmente, possa contar com sua pron· ta e generosa colaboração. "A multidão dos fiéis era. um só coração e uma. só alma. Ninguém considerava seu o que possuía, mas tudo era comum entre eles .. . Nã0 ha.via entre eles indigente algum ... Distribuia-se a cada um segundo a. sua necessidade." (At. 4, 32, 34, 35)

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A FIGUEIRA EST!:RIL

(Mat. 21, 18)

A figueira estéril. . . são os homens de quem o Cristo se aproxima e de quem Ele espera frutos da vida que lhes foi dada, da graça de seu batismo e que se apresentam frondosos. . . brilhantes talvez na aparência, na sua posição social, na capacidade intelectual, nas suas realizações materiais, mas não dão frutos, vivem só para si mesmos e não para levar a outros esta vida. A figueira estér~l. . . estes casais que recusam a vida. . . ou que se fecham sobre si mesmos. Como as folhas da figueira, a ~eiva de vida que eles trazem consigo não é empregada senão em Cümunicações internas de vida, mas esta vida permanece concentrada sobre ela mesma. . . Estes casais não produzem frutos, não alimentam ninguém, não levam a semente ... A figueira estéril. . . poderiam ser as Equipes de Nossa Senhora ... aquelas que. como os casais de que falamos acima, manifestam uma vitalid&de superficial. . . Constituídas por casais brilhantes, eles cumprem talvez com fidelidade o que lhes pede a Carta... Eles se entreajudam talvez muito bem ... mas não produzem frutos: a Vida não vai além da figueira. . . Equipes fechadas. . . Jesus se aproximou delas um dia. . . Ele tinha fome: fome de almas, fome de devotamento, fome de "doação de si". E os casais recusaram transformar a seiva que estava neles em frutos de vida, irradiando ao seu redor! O que é dito em relação às equipes é válido para agrupamentos mais amplos: coorden~ções, setores, regiões. Acusam os temas, acusam os métodos, acusam a espiritualidade muito elevada. . . Deviam acusar-se a si próprios de se re<:usarem a fazer o esforço interior que deve transformar a seiva. Dos "Cadernos de Reflexões" de Pedro Moncau Júnior (25-9-62)

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NA

ENCRUZILHADA

Há um momento de encruzilhada na vida de alguns casais equipistas, em que 3e questionam sobre sua permanência ou não nas Equipes de Nossa Senhora. A dúvida, às vezes, atinge apenas 1rm dos cônjuges. Esse é um momento importante na vida do casal, pois as Equipes de Nossa Senhora são um caminho, e não "o" caminho, e podem não ser o melhor caminho para alguns casais. "Buscai e achareis ... ". "Caminhante. não há caminho: faz-se caminho ao andar!" Embora a equipe normalmente faça todo o possível para seguTar quem quer saJr, o casal que, em sã consciência e com conhecimento de causa, depois de muita oração e meditação, decidiu dt:'ixar o Movimento e buscar outro caminho tem o direito e até o dever de fazê .lo. O que via de re,gra acontece, no entanto, é que o casal enfrenta momentos de dúvida sobre sua permanência no Movimento sem tê-lo vivido sufidentemente, sem ter se esforçado convenientemente para vence.r a inércia e viveT os meios de aperfeiçoamento. Quase sempre o casal que se encontra nessa encruzilhada ainda não experimentou v caminho que está rejeitando; é como uma criança que diz não gostar de determinada comida sem nunca tê-la experimentado. Normalmente, o c:asal que não se entusiasmou pelo Movimento é alguém que não aproveitou as oportunidades para se entusiasmar. . . É um ausente constante nos encontros do Movimento; nunca é visto nas missas mensais, nos Dias de Estudo, nos Retiros, nas Peregrinações, nos Mutirões, nas Inter-equipes, etc. Por outro lado, os cônjuges às vezes ainda não se deram conta de que as Equipes de Nossa Senhora são um movimento de espiritualidade conjugal e familiar. O esforço deve ser em prol dn conjunto, no s~ntido de que o erescimento seja do casal com os filhos e não separadamente, do marido ou da esposa. No prin-

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c1p10, a busca em conjunto parecE' atrapalhar, parE'ce incomodar; a gente tem que vencer as dificuldades por desventura existentes. O dever de sentar-se quase sempre é difícil no início. A oração conjugal, se possível familiar, quase sempre parece inatingível no início. Mas quem venceu as dificuldades iniciais pode testemunhar a importância de se esforçar para vencer as barreiras: "os; frutos são suficientemente saborosos para compensar todo o cansaço da busra".

Elza Maria e Renato Equipe 6 de Brasilia.

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Acreditamos que Elza e Renato, que já foram responsávei~ por um dos Setores de Brasília e agora são Responsáveis Regionais (Centro-Norte) - o aTtigo é bem antigo! - ainda endossariam este diagnóstico que fizeram e que está mais do que certo! O que preocupa são os casais que, nunca tendo procurado ef':forçar-se, nem cogitam em sair. . . Gostam da amizade fraterna da equipe, gostam até de orar com ela. Mas não passam disto. No fundo, são meros "consumidares" . . . Ora, a equipe é um dar e receber. Não é justo ficar só no receber. (Aliás, segundo aprendemos já nos primórdios do Movimento, na realidade o casal só recebe na medida em que dá.) Quem não dá prejudica a caminhada dos companheiros, pelo exemplo negativo do "não-esforço". Casais assim devem teT a lealdade de retirar-se. E a equipe. cr,mo bem dizem Elza e Renato, não deve procurar retê-los, pois o Movimento não é (felizmente) o único caminho. De fato, existem hoje muitas outras opções, menos exigentes do que as E.N.S. - que são o que sãc., com sua mística e com seus meios, princiralmente esses pontos concretos de esforço, tão difíceis, mas tão benéficos, como ainda sublinham Elza e Renato. Uma vez que o casal optou- ou que o ajudamos a optarpor sair da equipe, além de continuarmos amigos, devemos continuar sentindo-nos responsáveis espiritualmente pela sua caminhada. Ajudá-lo a engajar-se em outro movimento, convidá-lo para pa1iicipar dos nossos retiros e tardes de formação, enviar-lhe uma assinatura da Carta Mensal, etc. -23-


UMA REFLEXÃO EM TEMPO DE BALANÇO

<De

Carta da Equipe Responsável Intemacionall

Tornemos a ler as últimas frases do discurso do P apa às Equipes em 1982, pesando bem cada palavra: "Irmãos e irmãs muito amados, vivei no coração do sacramento da Aliança, estando o vosso mati imônio alimentado com a Eucaristia e estando a Eucaristia iluminada pelo vosso sacramento do matrimónio: disso depende o futuro do mundo. Apesar das vossas limitações e das vossas fraque2:as, humildemente e briosamente ao mesmo tempo, brilhe a vossa luz diante dos homens.

~ ~c

Os homens do nosso tempo acotovelam-se em tomo de tantas fontes po· luidas! Que toda a vossa vida os conduza ao Poço de Jacó, que a vossa vida de casal e de familia os interrogue: 'Se conhecesses o dom de Deus!' Que vendo-vos viver entrevejam eles o 'sim' entusiasta do Senhor ao amor autên· tico! Que toda a vossa vida lhes faça ouvir o apelo de O. isto: 'Quem tem sede venha a mim, e beba quem crê em mim. Como diz a Escritura: do seu seio brotarão rios de água viva• (Jo. '1, 37-38)."

Enquanto nos fomos interrogando dmrante esses meses, como casal e como equipe, sobre esses dons maravilhosos que o Senhor nos concedeu e renova a cada dia - o casamento e a Eucaristia -· temos nos esforçado para que frutificassem em nós? Fomos nos estimulando, na equipe, a melhor partilhar esses dons com os que nos cercam? Temos utilizado, com esse objetivo, a coparticipação? Retomando as frases do discurso do Papa, poderíamos pergun· tar-nos: - A nossa vida de <.:asai terá quest!onado, nos meses que passaram, aquel-es com quem convivemos? o que fizemos para conduzi- los, por sua Ve2:, ao Poço de Jacó? - Temos conversado com outros casais sobre aquilo que nos esforçamos por viver na equipe - cu terá sido a equipe uma fonte de água viva que guardamos ·u m pouco egoisticamente para nós?

Louis e Marie d'Amonville -24-

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O QUE PODE UM CONSELHEIRO ESPERAR DE SUA PARTICIPAÇÃO NA EQUIPE

(Da Carta norte-americana)

Quando um Conselheiro Espiritual pensa nas Equipes de NosEa Senhora, logo lhe vêm à mente perguntas como estas: "O que esperam de mim?" ou "O que devo fazer?" Pode constituir uma mudança. de enfoque útil, tanto para ele como para os casais, perguntar-se: "O que pode um Conselheiro Espiritual esperar de seu papel na Equipe?". Na economia cristã da graça, o que dá recebe de volta, pelo menos, tanto quanto deu. Poderiam, porventura, suas expectativas levá-lo a esperar de sua atuação na equipe outro retorno que não esse? Os padres, para o desempenho do seu ministério, precisam de pessoas e não de simples indivíduos. Quando o bispo impõe as mãos sobre um homem, na cerimônia da ordenação, o néo-sacerdote não perde misteriosamente a sua natureza humana. Ele ainda precisa de amigos; ainda tem necessidade, como toda gente, de :;aber que é apreciado e amado. As Equipes, além de muitos outros atributos são um ambiente propício ao desabrochar de amizades e um Conselheiro Espiritual pode esperar que, à medida que for crescendo a amizade entre ele e a equipe, o seu sacerdócio venha a ser mais frutuoso, pois a sua vida será mais plena. Contudo, o relacionamento entre o Conselheiro e os casais da eauipe é algo mais do que a ligação sacerdote-povo. Ele está presente numa equipe precisamente porque é um padre e os casais porque são casados: uns, por causa do matrimônio, o outro, por causa das ordens sacras. Esta não é uma rela-ção teológica. fria, entre sacramentos desencarnados: é a reunião de pessoas cuja atitude fundamental, no que tange a Deus e à vida, é pautada por dois sacramentos diferentes mas mutuamente enriquecedores: dois

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aspectos do mesmo Cristo. E assim como os casais esperam aprender do seu Conselheiro Espiritual algo a respeito do ensinamento e sacerdócio de Cristo, ele terá a oportunidade de enriquecer o seu ministério com o amor e o cuidado, com os sentimentos de paternidade e de maternidade que constituem a própTia natureza àivina. O fato de um padre estar presente numa equipe não primordialmente como ministro dos sacramentos dá-lhe a oportunidade única de alcançar uma visão mais clara e penetrante da essência do seu sacerdócio. Parece paTadoxal que a própria atividade do ministério possa impedir uma visão mais profunda do íntimo desse ministério. Tal como o pai que dedica tanto tempo a ganhar li vida para a esposa e os filhos que jamais chega a conhecê-los realmente, um padrP pode entregar-se com tanta intensidade ao ministério sacramental e aos trabalhos administrativos que não teTá o ensejo de refletir a fundo sobre o significado daqueles sacramentos e do seu sacerdócio. . . Na relação mínima sacramental com a equipe, o Conselheiro está "passando tempo com sua família" e, conhecendo melhor os casais, poderá chegar a uma comlJreensão mais completa e mais rica de sua própria "paternidade". Tendo vivido isto nas Equipes, ele não poderá deixar de estender esta experiência à Igreja maior por meio de suas funções ministeriais. O Conselheiro Espiritual pode esperar esse enriquecimento e fortalecimento do seu sacerdócio. E pode esperar ainda mais, uma vez que o relacionamento dentro da equipe vai além do simples relacionamento entre casais e sacerdote. Esse relacionamento se verifica entre os casais - indivíduos, uma pequena comunidade e o Conselheiro, que é também um amigo, um homem de nraqão, um celibatário e até um membro da mesma comunidade. Cada um desses aspectos deveria ser objeto de expectativas e crescimento para a equipe. Por último, o Conselheiro ficará fortalecido na convic-ção de que o seu sacerdócio não pertence apenas a ele mas lhe foi dado para o enriquecimento dos outros. Enquanto participa das graças dos casais da equipe, vai aprendendo a dar, nesse intercâmb' o divino, "uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante", pois na medida em que der, na mesma medida receberá (cf. Lc. 6, 38). E os membros das Equipes precisam saber que suas vidas, individualmente e em conjunto, envolvem profundamente o seu Conselheiro. Um Conselheiro

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MENSAGEM AOS NOVOS RESPONSAVEIS

Palavras de um Responsável de Setor

Saudamos com alegria e esperança os novos Casais Responsáveis. Que esta saudação chegue ao coração de cada um desses eleitos, em quem as equipes, o Movimento, confiam e esperam todos nós irmanados e solidários na força da oração. O Senhor diz: "Habitarei com eles e andarei no meio deles e serei o seu Deus P. eles serão o meu Povo." (2 Cor. 6, 16) A comunidade se constrói com vida e amor e é a partir da transparência da vida e do seu testemunho de amor que o Casal Responsável será capaz de ajudar e de fazer crescer a sua Equipe. Que cada um desses casais seja, com Ele, a mão que ajuda, a árvore que dá sombra, o ouvido que escuta, o coração que compreende, a água que mata a sede. A responsabilidade é uma procura constante, no conhecimento e na compreensão, que nunca se consegue alcançar quando se fica limitado ao cumprimento de formalidades burocráticas, ou mesmo à tomada de boas resoluções depois de uma reunião. A responsabilidade, nas E.N.S., é um convite para dar atenção a pequenas coisas, é influir, por atitudes, para levar a equipe a descobTir-se mais, a crescer. Para isso, é preciso estar atento à realidade e ao momento que ela vive, como também às realidades que a cercam. Que Maria, Mãe da Paz, Mãe da Esperança, nosso modelo e nossa Medianeira, os .lffiie, caros Responsáveis, nos caminhos da fé e da perseverança, Ela que, com vigor, abraçou a rosa e os espinhos.

Marylena e Mário C~l

Responsável pelo Setor B de Petrópolls

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UM RESPONSAVEL DE EQUIPE SE COMUNICA (Da Garta francesa)

Caros casais respom:áveis, Vocês foram eleitos - talvez pela primeira vez e sentem-se, como nós, um pouco inseguros diante desta incumbência. Vocês se perguntam o que representa esta responsabilidade e evidentemente recorrem ao Manual do Casal Rsponsável para conhecer o espírito e a prática de suas funções. Resolvemos escrever-lhes porque nos encontramos na mesma situação e, estudando juntos, os dois, esta brochura pareceu-nos ter conseguido extrair dela o essencial. Qu:ando o essencial está bem definido, os detalhes práticos são facilmente resolvidos. A primeira coisa que descobrimos é que a responsabilidade é ' assumida pelo casal. Embora sabendo que as E.N.S. foram criadas para o casal unido pelo sacramento do matrimônio, talvez não tivéssemos percebido todas as conseqüências desta característica. 'Tudo, na vida do ca:,;al cristão, decorre deste sacramento e, portanto, também a responsabilidade. É uma graça de Deus sermos dois para refletir, decidir e agir ! Tomamos juntos as decisões e dividimos a sua execução de acordo com os carismas de cada um. Pedro, o intelectuaal, é quem se encarrega da papelada, dos rrela- . tórios. Laura, a espertinha, ficou com os telefonemas. . . Mas, principalmente, rezamos juntos pela equipe, a nossa equipe, que nos escolheu para animá la e estimulá-la durante este ano. Pois é esta a nos;;a segunda descoberta: nossa responsabilidade é espiritual. Trata-se de deixar o Espírito Santo soprar sobre a equipe, que é uma pequena comunidade cristã e, como tal, espera, simplesmente, o Pentecostes. Nossa curta experiência de equipe Já nos revelou o quanto é difícil para todos nós levantarmos os pé~ do chão para avançar pelos caminhos de Cristo. Nossa fé é vacilante como a chama de uma vela! Nossa esperança não levanta muito os olhos para as estrelas... Nosso amor precisa de uma

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boa bafejada do Alto! Por isso faz-se tão necessário para o pobre casal responsável acampar na Câmara Alta e abrir-lhe todas as j.nnelas. . . É o primeiro serviço que devemos prestar aos nossos amigos da equipe- como o vigia de Ezequiel que permanecia na brecha diante de Decs. Já percebemos que esta responsabilidade nos vai ajudar a cumprir os pontos concretos de esfor·ço propostos pelo Movimento. No fundo, quem mais vai lucrar com isto somos nós! Agradeçamos à nossa equipe por nos ter escolhido! Terceira descoberta: assumimos o encargo de uma Equipe de Nossa Senhora. Deve haver um mapa e uma bússola para nos guiar! Confessamos nossa ignorância: como nos velhos mapas-mundi, poderíamos escrever "terra incógnita" sobre muitos aspectos do Movimento. Daí provenham, talvez, a maior parte das r:ossas apreensões! Se somos responsáveis pela equipe diante de Deus, nós o somos também perante o Movimento. Precisaríamos conhecê-lo melhor. Assim, algumas decisõE's estão amadurecendo. Iremos ao Encontro de Casais Responsáveis no mês que vem, é claro- mas desejaríamos fazer também uma sessão de formação. Responsabilidade obriga! Temos certeza que vocês, caros amigos responsáveis, hão de descobrir outras luz~s no "O Casal Responsável de Equipe". Eis as nossas, bem modestas. E o que dizemos agora vale para nós e para vocês: não tenhamos medo!

Pedro e Laura

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"PLANEJAMENTO FAMILIAR" COM DIU?!

No momento em que se "libera" o DIU, cresce mais ainda a nossa responsabilidade de esclarecer casa.is e noivos quanto às suas implicações morais e fislca.s. O Pe. Julio Muna.ro, Coordenador de Pastoral dai Saúde na Arquidiocese de São Paulo, nos fala da liberação do DIU no contexto do plano de contenção populaclonaJ objetivado pelo ~rovemo. A &e2'Ulr, a Irmã CecOia Behring, diretora do Centro de Pastoral Familiar (CENPAFAM) da ArquidioCt'Se de São Paulo, nos lembra os benefícios do método da ovulação (Billings) para a união do casal - método em cuja difusão nos deveríamos empenhar nada vez mais.

Escreve o Pe. Julio Munaro, para a Carta Mensal:

O problema demográfico e os métodos contraceptivos continuam manchete nos meios de comunicação social. A discussão prolonga-se e o problema persiste, sem que se entreveja qualquer solução próxima. Faltam estudos serenos e objetivos, isentos de imediatismos e interesses grupais. Destacam-se aspectos e omite.._c;e o conjunto. O governo tenta embutir entre as principais causas de nossa atual crise econômica o excessivo crescimento demográfico e não são poucos os que aceitam candidamente a sua proposta, recheada de falácias. Com o atual sistema econômico do País, mesmo que passássemos de 130 a 60 milhões de habitantes, ou até menos, continuaríamos a ter amplas camadas da população vivendo em conàições infra-humanas, exatamente como agora. O mal básico causador da miséria da população brasileira não reside no crescimento demográfico, mas alhures. Torna-se imperativo isolar esse alhures e eliminá-lo quanto antes. Trata-se de problema de fundo. O resto não passa de fumaça para perturbar ainda mais a visão de olhos já míopes. O Ministério da Saúde acaba de normatizar o uso do DIU (dispositivo intra"'llterino), embutindo-o num programa de assish~ncia integral à saúde da mulher. Não há o que objetar à assistência integral à saúde da mulher. Antes, é, uma necessidade e um dever a ser cumprido quanto antes. Mas a pergunta que fica é: Como encarar um programa de assistência integral à saúd.e da mulher, com a implantação do DIU, se este é por si mesmo

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prejudicial à saúde da própria mulher cuja saúde se pretende defender? Mas o DIU de cobre, respondem os envolvidos, não é é?bortivo. Mas perguntamos: E que tem isso a ver com a saúde da mulher? É com argumentos desse nível que se tenta justificar o injustificável. E poder-se-ia acrescentar: Por que só a mulher tem direito à assistência mtegral à saúde? O resto da popula~ão também não têm? Posto isso, não r esta a menor dúvida que grande parte das mulheres brasileiras gostariam de ser objetivamente esclarecidas sobre problemas de natalidade e sobre métodos contraceptivos em uso, sua eficácia e suas contra indicações. E não faltam tentativas para tais esclarecimentos, embora caiam quase sempre no vazio, pois falta embasamento cultural, ético, 'religioso e econômico que tJOssibilite sucesso no esclarecimento. Como conseguir esclarecer tantas mulheres analfabetas? Como esclarecer tantas pessoas que morrem à míngua, desiludidas da vida e sem horizonte de futuro? Que se pode fazer nesse campo se não se consegue sequer alfabetizar as crianças, um dever primordial de qualquer Estado moderno? Se não se consegue dar assistência elementar de saúde a toda a população, que é outro dever básico do governo. É d ifícil firmar o telhado quando faltam os alicerces. Infelizmente a tendência atual converge para a discussão dos métodos contraceptivos e seus efeitos sobre a saúde, dando-se por aceita a necessidade de controle demográfico. Na realidade é o controle demográfico, sua necessidade e suas implicações que devem ser esclarecidos. Só depols de esclarecido isso é que os métodos devem ser trazidos à baila, sabendo se, desde já, que nenhum deles é perfeito, tanto em seu objetivo final quanto pelos problemas que acarreta. Que pensar , pois? Parece que estamos envolvidos numa zoada de tdéias e opiniões, geradas em pontos indefinidos. Todos falam, todos propõem. Poucos abordam o problema em seu conjunto. colocando a pessoa e o bem coletivo como pólo de referência inalienável. Irmã Cecília Behring, para a Carta Mensal:

Transmitir a vida é um dos dons de Deus ao homem. Programar a transmissão da vida pode ser produto de aprendizagem consciente do amor. O Planejamento Familiar constitui um tema de interesse e necessidade universal, de modo que a seu respeito a maioria das pessoas têm atitudes mais ou menos definidas. Essas atitudes são

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freqüentemente influenciadas por crenças e padrões culturais, filosóficos e religiosos, Tepletos muitas vezes de informações preconceituosas e até mesmo deturpadas. A preparação dos jovens torna-se importante para a redescoberta e o conhecimento do mecanismo fisiológico do seu corpo em vista de uma opção livre e consciente. Faz se necessário o conhecimento do Método da Ovulação, pesquisado em Melbourne, Austrália, e difundido em vários países pelo seu autor, Dr. John Billmgs. É um método natural, que possibilita ao casal planejar e assumir o número dt:> seus filhos. Por ser auto-educativo, suscita e torna uma constante o diálogo, tão importante, entre o casal. Por falta de conhecimento de um método natural, a maioria dos casais adotam outros métodos, que muitas vezes são fonte de incompreensões e causam mudanças nefastas à uma vida saudável, tnnto no aspecto fisiológico como no aspecto psicológico. O Método da Ovulação é de grande valia para o casamento, pois não atua por si só: não se trata só de aprender uma técnica e aplicá-la. Implica num conceito muito profundo do amor coni ugal, numa união muito grande do casal, uma determinada maneira de viver que envolve toda a pessoa e exige disponibilidade E: abertura de cada um e uma opção conjunta em uma palavra, dizer Si-m ... Realmente, necessita constância, paciência, disciplina, compTeE·nsão, diálogo, e sobretudo estar disposto a uma reeducação da vontade. Difícil, é certo, mas não impossível, foi o que temos com· provado nestes anos transmitindo o Método da Ovulação e ouvindo relatórios de outros países: é possível para todas as culturas e credos. Neste método, a mulher aprende a descobrir seu período fértil, não importa seja ou não regular. O casal, unido, inicia uma nova forma de convivência: ao conhecer os dias em que o amor se faz fecundo e gera nova vida - isto nenhum método ensina -, encontra novas formas de manifestar o seu amor. Com o transcouer dos meses, o casal descobre que ambos são os únicos responsáveis e admü:J.istradores diretos da vida humana que geram, pois assim ~oi disposto no plano divino.

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"DEIXAR

SER"

Est:e artigo, da Carta espanhola, foi escrito a pósito do último livro do Pe. Manuel Iceta.

pro~

Somos pais de cinco filhos. Todos são bons, ótimos ou quase, embora exasperantes e pesadíssimos em algumas ocasiões ... Meu marido e eu temos tentado pôr em prática tudo que 4lprendemos ao longo de muitos anos nas Equipes: compreender-nos e compreender os nossos filhos, respeitar-nos e respeitá-los, e~>cutar-nos e escutá los... Os que falam e os que calam ... Acreditar sempre. . . Esperar sempre. . . Perdoar sempre. . . Acolher sempre. . . As vezes as coisas vão melhor, outras vezes menos bem, mas de qualquer forma nossa casa é um lar feliz, muito feliz. Quando aparece uma nuvem no horizonte, deixamos que passe sem impacientar-nos excessivamente, esperando que cheguem tempos mais ensolarados. No verão, conturio, as coisas se complicam. Já de per si a vida é mais desordenada e imprevisível e. além disso. . . () conviver <'Om os avós a torna um pouco mais difícil. Esses não se dão conta do esforço enorme que supõe às vezes o fato de permanecer em paz aceitando dos nossos filhos algumas coisas que não entendemos. O que para nós é acolher, aceitar, compreender, perdoar ... para eles significa fraqueza. Sem perceber, colocam-nos numa situação difícil, dolor0sa mesmo, e às vezes toda a paciência e os bons propósitos evaporam-se! Ansiávamos pelo novo livro do Pe. Iceta, "Deixar ser", porque em algumas ocasiões, quando as coisas não iam bem, nos perguntávamos: "Meu Deus, estaremos enganados? Não terão razão os mais velhos quando nos aconselham mais dureza. menos transigência?"

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Finalmente chegou "Deixar ser", em julho. Obrigado, Senhor! Obrigado, Manolo! Porque suas páginas nos devolveram a paz e estamos passando o melhor verão desde que as crianças cresceram. Lemos lentamente suas páginas, voltando várias vezes a elas, comentando-as, alegrando-nos e maravilhando-nos como se se tratasse de um tesouro! Descobrimos nossos acertos, nossos erros ... Essas páginas nos animam a prosseguir na linha da compreensão, da aceitação, do perdão ... , mas, com muita alegria, e renovam 110ssa esperança na tarefa tão maravilhosa, e segundo Manolo tão <?.paixonante, de educar esses nossos cinco filhos. Desapareceu a angústia, só restaram paz e alegria. Estamos todos mais contentes em casa. Rimos mais todos juntos, e também cs avós estão contentes ao ver-nos mais felizes e comentam: "Que família mais estranha, porém, tão feliz ... repartem tudo: os trabalhos ... , os segredos . .. até as fraquezas e as pobrezas."

!Já está sendo providenciada a tradução do livro!)

"Criar comunidade. Que a nossa casa seja um lar, um lugar quente. Ti'omentJar esta preciosa unidade que faz crescer, no respeito a cada individwalidade."

Pe. Manuel Iceta

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DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇOES

PENSE COM SUA CABEÇA (Do

Boletlm de Ma.rllia>

Talvez pareça absurdo, mas existe hoje um grande número de gente que já não usa a própria cabeça para pensar. São famílias inteiras que foram substituindo a cabeça pela televisão e agora, quase inconscientemente, em tudo o que decidem e fazem, são movidas pelos critérios da TV. Você certamente conhece pessoas assim. Deus queira qo.1e não faç:a parte desse número. Levados, é claro, pela necessidade de estar bem informadas, colocaram um dia a televisão na sala principal de sua casa. Acontece, porém, que essa sala se tornou a escola de seus filhos, sentados ou deitados horas e horas diante da TV. E toda a família, como se não fosse gente, começou a ser massificada pelo poderoso instrument0 de dominação. Vem então o bombardeio diário de idéias, mensagens comerciais, insinuações, informações "científicas", novelas uma atrás-da-outra, e . . . quem não tem senso crítico já caiu na rede. Todo o seu ver-julgar-agir deixa de ser um ato humano e pessoal para se tornar um comportamento eletrônico. Apaga-se a capacidade de enxergar a realidade de seu ambiente, do mundo do trabalho, da periferia e da zona rural, porque a única realidade que ele vê é aquela que a televisão lhe apresenta. E para julgar as coisas, os fatos, os valores, evidentemente critérios só podem ser impostos pelos programas de grande aurHência, a onda do momento, que ninguém gosta de ser taxado de antiquado. Mesmo as grandes decisões da família, como vocação, profissão, amor, casamento, em que se fundamentam, se é só televjsão que lhe entra pelos olhos e ouvidos? t)S

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Como consequencia, é fácil verificar o agir do "teledii:>ta" nova palavra do dicionário para o idiota que se deixa guiar pela televisão: - Em primeiro lugar, uma notável preguiça mental, que o torna incapaz de suportar uns poucos minutos de leitura. Afinal - pergunta o telediota - por que gastar horas a fio lendo um livro, uma revista ou até um jornal, se posso receber todas as informações, confortavelmente instalado, sem cansar a cabeca? E mais ainda, n:uma embalagem sofisticada de fantástico padrão "global"? f;i

- Outra conseaüência é o fechamento da família dentro de mesma.

Quase ninguém sai para um passeio, uma reunião, uma visita porque, naquele chamado "horário nobre", quem perder alguns capítulos corre o risco de ficar por fora do assunto das conversas: Além disso, visitar os amigos no horário das novelas. você já pensou como atrapalha? - Outros sintomas dessa doença dos nossos tempos, que é a' telemania, poderão ser facilmente diagnosticados: violência, agressividade, competição, neuroses, consumismo desenfreado. . Só saberá aproveitar bem a televisão, como instrumento positivo a serviço do homem, quem não perdeu o senso crítico e, portanto, não se deixa dominar por ela. Se, porventura, você se identifica com algum desses elementos que estão sendo engulidos pela engrenagem, ainda é tempo de tomar uma decisão importante, em homenagem à inteligência que Deus lhe deu: Volte a pensar de novo com sua cabeça!

Pe. Achiles Paceli Pinheiro Conselheiro Espiritual da. Equipe 12 de Marília


O .MOVIMENTO NO MUNDO

AS EQUIPES NA ESPANHA

Por or.asião da visita, agora em julho, de Alvaro e Mercedes, espanhóis, de Valencia - na Equipe Responsável Internacional os responsáveis pelas Super-Regiões da América Latina - d'amos a conhecer um pouco da história das Eutpes na Espanha.

O início

Em 1952, um grupo de casais de Barcelona, saído das Congregações Marianas, começou a se reunir e, sabendo da existência, na França, das EquipP.s de Nossa Senhora, deliberou escrever cUretamente ao Pe. Caffarel. Por coincidência, na mesma época, outro grupo de casais, pediu, igualmente, informações à França. Em hreve constituíam-se 7 equipes, cujos casais. responsáveis tomavam parte, anualrr.ente, nos Encontros de Responsáveis em Paris. O número de equipes passou a crescer rapidamente em Barcelona e j;lffi toda a Catalunha e foi nomeado um Responsável Regional. De Barcelona, as equipes se estenderam a Madri, Valencia e Sevilha. De Valencia, alcançaram as pequenas cidades dos arredorP-s. Em Madri, também principiaram com um grupo procedPnte das Congregações Marianas. Resolveram entrar em contato com Paris. tendo a primeira equipe sido pilotada por um casal francês. A partir de Madri, foram pilotadas muitas equipes no norte e nordFste da Espanha. Em Sevilha, por volta de 1955, 30 a 40 casais começaram a reunir-se em pequenos grupos e, em 1958, resolveram integrar-se nas Equipes de Nossa Senhora. De Sevilha o Movimento alcançou outras cidades e províncias: Villafranca de Barros (Estremadura) , Jaen e Vig0. A partir de Vigo, multiplicaram-se por quase toda a Galiza. Em 1964, formou-se uma Região com as equipes andaluzas e as de Valencia.

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Surgiram depois as equipes de Málaga, Granada, Córdova. Huelva e várias pequenas cidades da província de Sevilha. Em 1966, foi realizada a primeira sessão regional, em Barcelona, congregando 300 casais de Barcelona, Gerona e Tarragona.

Hoje Em 1970 as Equipes espanholas sofreram uma crise, que coincidiu com as mudanças políticas e os problemas sociais ocorridos er tão. Essa crise parece dominada em certas regiões, mas em outras mal se está estabilizando. Subsistem problemas aqui e ali. Há equipes que se feeham em si mesmas; outras dificilmente saem do meio burguês para se abrir a outros meios; a oração nem sempre tem o lugar que deveria ter; a atenção aos jovens é insuficiente; sente-se a necessidade ne engajamentos sociais, pois muitos Essas dificuldades, porém, não impedem a grande vitalidade do Movimento. Existem atualmente, na Espanha, cerca de 700 equipes, além de 50 equipes novas e várias outras em pilotagem. Estão distribuídas por 75 setores ou pré-setores e 9 Regiões. Razão por que Bernardo e Marisol Fernandes. atuais responsáveis pela Super-Região espanhola, podem afirmar: "As Equipes de Nossa' E:enhora são hoje na Espanha - dizemô-lo sem o mínimo triunfa,.. lismo- um instrumento poderoso da Igreja para ajudar na evangelização de um mundo cada vez mais ateu e materialista!'

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QUANDO A EQUIPE SE REúNE PARA REZAR

Já há alguns anos, nós, casais da Equipe 6, nos reunimos semanalmente para rezar. Fazendo um pequeno balanço sobre essas nossas reuniões, constatamos que têm sido um fator de união e crescimento espiritual para todos nós. É certo que, no início, encontramos muitas dificuldades para reunir todo o grupo: sempre havia algum pretexto para faltar. Mas valeu a persistência, pois hoje a presença se faz de forma espontânea e total.

Por esse parâmetro podemos avaliar a nossa evolução. Onde colocamos a nossa segurança? Onde se encontra nossa escala de valores? A palavra de Deus, proclamada solenemente na comunidade, é eficaz. Ela nos transforma em santos? Longe disto! Mas Deus passou a ocupar maior espaço em nossas vidas. Um outro aspecto da evolução da nossa equipe está no relacionamento interpessoal entre os cônjuges, na família e no grupo como tal. A verdadeira união se estabelece na medida em que amamos com o amor de Cristo. Deixamos a superficialidade e nos damos a conhecer com mais autenticidade, pois a Palavra de Deus nos dá o sentido do amor de Cristo. As nossas reuniões mensais também passaram a ser mais objetivas, a parte espiritual, a partilha, o tema e a coparticipação muito mais proveitosos. Cumo nos encontramos com freqüência, os assuntos rotineiros são mais facilmente esgotados e a Palavra de fieus nos permite discernir com mais facilidade o que é importante para o nosso crescim<>nto e deve ser colocado na reunião. Uma equipe perfeita? Em busca de perfeição. Passamos a viver mais intensamente o verdadeiro espírito de uma Equipe de Nossa Senhora. Dina e Ch?co Equipe 6 de Jundiaf

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'tESTEMUNHO

E AINDA NÃO SÃO EQUIPISTAS!. .. (Do Boletim de catanduva)

Meu marido e eu gostamos demais de participar da eqUiplnha (1). Adoramos fazer nossa oração conjugal, momento em que ambos nos unimos mais e mais e nos recolhemos nos braços amorosos de Cristo. Parece que as dificuldades do dia ficam minoradas e . nossa força se firma para enfrentarmos as dificuldades do dia seguinte. O mesmo acontece com relação às alegrias. Vibramos com . elas em nossas orações e fortalecemos cotidianamente nosso amor, nossa amizade e nossa união. Como nos faz bem orar por nossos amigos e apertar as mãozinhas de nosso filho para fazermos a oracão familiar. Como nos faz bem ler as passagens do evangelho que nos ensinam tantas coisas! A re11:ra de vida faz com que nos aperfeiçoemos naquilo em que temos muitas falhas, se bem que não é sempre fácil cumpri~la. Mas não desistimos: se um dia não vai bem, no outro melhora ~ mensalmente contamos com a reunião, que nos proporciona ânimo para começar tudo de novo. "Crescemos" muito e temos ·certeza que vamos "crescer" cada dia mais, no seio de nossa equipinha_, do pessoal que dela faz parte, pelo qual temos muito carinho e r espeito, e sobretudo porque l1abemos que Deus está conosco em todos os momentos.

Magali e Domingos EQ.uipinha N. S. da.S Graças, da Paróquia São Domingos de Catanduva

(1)

EQuiPe de jovens casais, saidos do Enoontro de Noivos. Não é Equipe de Nossa Senhora, mas uma "pré-equipe".

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UMA EXPERI~NCIA DE F~RIAS EM EQUIPE

Somos seis casais que vivemos em Equipe há quase treze anos. Dificilmente alguém falta à reunião mensal da Equipe e todos fazem o possível para participar da Vigília e da recitação do Terço, juntamente com os filhos. No ano passado, nossos filhos sugeriram que programassemos uma viagem com a Equipe. Assim, num dia em que acabáramos rle rezar o Terço, foi feita a proposta: que tal "férias em equipe"? A aceitação foi total e imediata. Começamos, então, a planejar: onde ir, quando, como? Depois de algumas reuniões, as coisas foram se definindo. Decidimos fazer uma poupança mensal e coneultar alguns amigos equipistas nas cidades que pretendíamos visitar, a fim de verificar a possibilidade de conseguirmos alojanlento em Colégios ou casas de retiro. A bomba, no final , caiu nas costas do Adherbal. E ele, mais uma vez, se pôs a campo e em poucos dias nos chegava a proposta de um roteiro de viagem. Precisávamos agora alugar um ônibus. Feitos os orçamentos, o preço menor era exatamente o que queríarnos: a BrusquetuT! Tudo preparado, saímos de Florianópolis na noite chuvosa do dia 5 de janeiro, am<>nhecendo em São Paulo com céu claro (e a partir daí, um dia mais bonito que o outro ... ) . íamos: quatro casais da equipe, a filha de um dos dois que não puderam ir, mais um casal amigo convidado e o Pe. Luiz Prim, ordenado havia 45 dias e que substitui o nosso Conselheiro Pe. Agostinho Petry, quando este não pode participar da vida da Equipe. Ao todo, 25 pessoas. Em São Paulo, estivemos no Playcenter (divertimo-nos a valer e tantas vezes voltamos a ser crianças), no Museu do Ipiranga (uma gigantesca aula de História ao vivo), Butantã (outra aula fascinante ... para alguns; outros preferiram ficar à sombra descansando ... ) , Simba Safari, Zooló~co, Catedral e Praça da Sé, Shoppings, centro da cidade, metrô ... Depois de dois dias intensos, fomos para Aparecida. Aí, momentos de fé intensa. Todos nos confessamos, o Pe. Prim concelebrou e os casais da nossa equipe foram os responsáveis pela liturgia na majestos~ Basílica de nossa querida Padroeira. Depois, ao percorrer a cidade a pé, um velho realejo foi motivo para muitas brincadeiras. Cada um de nós sentia-se mais feliz, na cidade de Maria.

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No Rio, a subida pelo mesmo trenzinho que em 80 conduziu o Papa João Paulo II ao Corcovado (momentos de gratidão ao Cristo Redentor, na singela Capela). Depois, vista espetacular desde o Pão de açúcar (sem dúvida, os turistas estrangeiros vibraram com os cantos e a alegria da nossa turma) ; a ida à Quinta dn Boa Vista, ao MéU'acanã. Em seguida, a bela Petrópolis, com tanta coisa bonita e histórica. Mais adiante, a travessia da Ponte Costa e Silva e a visita a Niterói. .Tá na volta de nossa viagem, conhecemos a belíssima costa azul do Rio, visitando Angra dos Reis e Parati, passando por Ubatuba, Caraguatatuba e Santos. A natureza imensamente bela nos fazia cantar, a todo instante, com o coração transbordando de alegria e de encantamento: "Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas obras de tuas mãos ... " Como eram os nossos dias? Geralmente começavam com a celebração da Missa e seguíamos com o café. Depois, no ônibus, a oração da manhã. Iniciávamos os passeios, as visitas e cantávamos muito (tínhamos até violão). No trajeto, os "guias" se revezavam, orientando a todos nós, em meio a brincadeiras, "números artísticos", etc. Se valeu a pena? Valeu tanto que cada dia alguém ainda encontra motivo para lembrar este ou aquele aspecto da viagem. Valeu tanto que já estamos fazendo a poupança e programando a próxima viagem. O entrosamento entre nós e entre nossos filhos foi infinitamente mais intenso nesses oito dias do que nos treze anos em que já estamos juntos em equipe!

Carlos e Aparecida Equipe 15 de Florlanópolis

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NOTíCIAS DOS SETORES

RIO DE JANEIRO -

Ato de consagração à Virgem Maria

"Respondendo ao çonvite do Santo Padre para que os Bispos, em suas dioceses, se unissem a ele, :·1a festa da Anunciação, para um Ato de consagração e entrega do mundo a Nr.ssa Senhora, no contexto do Ano Santo da Redenção, rt'alizou-se na Catedral df" São Sebastião colene concelebração eucaristica, congregando, além de D. Eugên:o Sales, seus Bispos Auxiliares e Vigários Episcopais, todo o clero, todos os movimentos e o Povo de Deus." Acrescenta Mary-Nizc, que nos envia a notícia: "Na mesma ocasião, foram ordenados dois jovt>ns seminaristas, pela co:ncidência da data da celebração com a do inicio das comemorações dos 60 anos de fundação do Seminário São José". Relata ainda Me.ry-Nize: "Foi uma solenidade linda... Que bel~simo exemplo para o grande número de jovens que lá compareceram! Que alegria e felicidade para as famUi.as dos novos sacerdotes! Que emoção para os equip'stas de Na. Sra., que viam a Diocese do Rio de Janeiro se consagrar à Virgem Maria! A solenidade terminou com uma pequena procissão dentro da catedral, da qual part!ciparam os mais de 100 seminaristas e também mais de 100 sacerdotes presentes. Mais uma vez nos sentimos fortes como Igreja e felizes oor pertencermos a Ela com amor e dedicação." CAXIAS DO SUL -

Novo responsável

Escrevem Gelsa e José Recy: "0 Setor de Caxias do Sul viveu, no dia 14 <!e abril, ma!s uma vitoriosa etapa em sua caminhada como movimento: num at.o marcado pela presença de Nery e João Carlos, responsáveis regionais do Rio Grande do Sul, Marilia e Jorge, adjunto> regionals, e os casais responsáveis dos Setores A, B, C e D de Porto Alegre e da Coordenação do Interior -io Rio Grande do Sul, Cleide e José Cadore t ransmitiram a responsabilidade pelo Setor de Caxias do Sul ao casal Inês e Paulo Poletto. Presença maciça. C'.os equipistas de Carlos Barbosa Oigados ao Setor de Caxias do Sul), e grande número de equipistas cax 4enscs." A Santa Missa, preparada especialmente para a ocasião, foi concelebrada relos Conse:heiros Espirituais Frei Silvestre e Pe. Bruno, e contou com a part!cipação do Coral Ebe~!e, dirigido pelo Maestro Verza, o que solenizou a. cerlmôn!a e aumentou-lhe o clima de recolhimento. No ato da transml~sio de cargo, Nery e João Carlos enalteceram o trabalho desenvolvido por Oleide e José durante os quase cinco anos à frente do Setor e animaram Inês e Paulo a se dedicarem com o mesmo amor e entusiasmo à causa do Movin1ento. Cidinha e Igar estiveram presentes em espírito e através de cartas enviadas aos dois casais, lidas por Nery e João Carlos durante a cerimônia.

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I'IRAPORA -

Curso para piloto e lig:açáo, o compromisso

Realizou-se em Pirapora, MG, de 23 a 25 de março, o primeiro curso para cCt.Sal piloto e casal de ligação. O êxito do curso foi grande, graças à dedica.ção de Lilian e João Quadra, responsáveis pela Região Centro-Leste, ao entusiasmo dos 10 casais participantes e à sua vontade de propagar o Movimento, ~m como ao apolo do Frei João Maria, Conselheiro Espiritual das duas equipes. As palestras foram realizadas por Lilian e Quadra e Dauria e Antonio, Ql.il' se basearam na dinâmica usada por Mary-Nize e Sérgio. O curso culminou com a celebração da Santa Missa pelo Frei João Maria

e. no final desta, os casais das Equipes 1 e 2 prestaram o seu CompromissO ao Movinwnto.

BRASíLIA -

"D.I.A"

O Setor C promoveu ma.is um DIA - D!a de Informação e Aprofundamento -, reunindo as equipes 21, 22. 27 e 36 (as demais equipes do Setor tendo participado do DIA em setembro último). Após a oração da manhã, Mons. Damasceno, Conselheiro Espiritual do Setor e de duas equipes, falou sobre Vocação, salientando a. importância das E.N.S. para que os casais possam viver a sua vocação - a santidade no estado matrimonial - , imitando o Cristo, amando e servindo. Para reflexão individual e a dois, a pergunta: "Eu tenho participado da realização da vocação matrimonial de meu esposo(a)? De que forma?" Ree:uiu-se a palestra "E.N.S. - Um caminho", em que Leila e Aquiles, re.s:ponsáveis pelo Setor, abordaram o papel que as ENS desempenham para que possamos realizar nossa vocação de casais cristãos, mostrando a. importância de que se revestem as orientações de vida, os pontos concretos de esforco, o Magnificat, a Carta Mensal e o tema de estudos para a nossa caminhada. Pergunta: "As E.N.S. têm sido um caminho para vocês?" Terceira e última p.llestra: .. Vida de equipe", por Vera e Paulo, casal f:ecretário do Setor, que alertaram sobre como deve ser conduzida a vida de equipe para que cada um possa oferecer, no dia da reunião, aquilo que viveu durante o mês. Pergunt.a: "Vidas paralelas? a vida de equipe faz parte do :nosso dia-a-di·a ou é vivida só na reunião?" Depois do almoço (um lanche comunitário), cada equipe se reuniu para avaliar, à luz das palestras, a quantas anda e o que pode ser fe!to pelo casal e pela equipe para melhorar. Para encerrar, a Santa Missa, celebrada por ll!ons. Damasceno, e o testemunho dos casais sobre a importância desta parada para refletir e tomar novo impulso.

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Carinho pelo Conselheiro

Outra noticia enviaca por Creusa e Caroba, da Equipe 21: a chegada, ttStivamente comemorada, do Pe. Turi, Conselheiro das Equipes 21, 27 e 36 do Guarã II, após merccic!ru; férias na sua terra natal (depois de sete anos). "Como participa ativamente da vida das equipes e de cada familia em particular, todos haviam sentido muito sua falta." Os casais das três equipes e vários paroquianos foraru esperá-lo no aeroporto, erguendo inclusive uma faixa em sua homenagem. "O entusiasmo era tanto que quem passav-a e via aquele alvoroço imaginava que estivesse chegando alguém muito famoso. Para surpresa de todos, desce do avião um homem de baix·a estatura, franzino e de trajes humildes, - quem via aquele homenzinho sendo alvo de tanto calor humano <na sala de espera, todos os casais cantaram o refrão do "Magnificat", para maior espanto aincl9. dos presentes) não podia imaginar o gigante espiritual que é o Pe. Turil Diante de tantas palmas e vivas, ele ficou até meio sr.m jeito, encabulado, perdendo a. voz de tanta emoção! A noite, realizou-se um jantar reunindo os ca~,;ais das três equipes, a criançada e também os padres do Guarã II. Pes. Chirulli e Prencipe." Comovido com tantas manifestações, que visav-am "demonstrar o carinho e apreço que todos têm para com e:;se extraordinário Cons~lheiro Espiritual, que vive e vibra com as E.N.S.", o Pe. Turi, agradecendo, declarou-se "muito feliz com a unidade demonstrada pelas equipes que orienta."

JUNDIAt -

Conselheiro Espiritual ordenado diácono

Para a Igrej-a part!c'.Jlar de Jundiai, para a paróquia de Cajamar e para as Equipes de Nossa Senhora, o dia. 1'~ de abril foi de júbilo: o querido Irmão Pau:o André Laurier Labrosse, Conselheiro Espiritual da Equipe 13, "canadense dfJ nascimento e jundia!ense de coração", foi ordenado diácono pelas mãos de D. Roberto Pinarello de Almeida, Bispo Diocesano... O Ginãsio de Esportes do Jordanésia, lindamente enfeitado de flores e tapetes vermelhos, estava lotado c'.t> am!gos <e quanta criança!) que foram celebrar esse acontecimento numa magnifica liturgia. Que o Espírito de Deus continue se utilizando desse importante instrumento de COMtrução do seu Reino que é o querido Irmão Paulo André que, muito em breve, se tomará sa~cerdote, pela graça de Deus."

BAURU -

JeJwu quaresmal

Felizmente, a moda está pegando- pelo menos em Bauru! O ano na.ssado, a Equ!pe 3 limitou-se, na reunião, a chã com torradas, encaminhando o economizado a um fundo nara os desempregados (cf. CM. de junho/julho 83): este a.no, comeram apenas uma sopa, encaminhando o dinheiro para a Cam-

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panha da Fraternidade. A Equipe 13 realizou sua reunlão de março com um chá com biscoitos e o economizado foi destinado à compra. de camisetas para e.~ crianças da Cesa do Garoto. (Ao levarem as camisetas, viram as crianças t ão carentes que estão fazendo uma campanha para angariar shorts e chinellnhos.) "Que o exemplo destas equipes, escrevem Neu.sa e Orlando, mobilizem outras para esta ascese em f.a.vor das necessida.des dos menos favorecidos."

( !ATANDUVA -

Levando o curso de nolvos

Por solicitação do Conselheiro Espiritual, Pe. Lulz, os casais da Equipe 5, mais um casal da Equipe 4 estiveram na cidade d~ Paraiso onde promoveram o 19 Encontro de Noivos daquela cidade. "Compareceram 18 casa1s de no1vos ~ inic:amos o curso às 13 horas, encerrando às 20 horas do mesmo dia fGi um curso rápido, escrevem, mas pudemos sentir que mesmo assim atingiu os objetivos propostos. Isto levando-se em consideração o interesse e a satisfação dos noivos. Ficamo!> felizes pela alegria do Pe. Luiz, que se mostrava n.alizado, uma vez que introduziu este ano a obrigatoriedade da participação elos noivos no curso. Destacamos também a disponibilidade de alguns casais aa cidade que conosco trabalharam, servindo, com muito carinho, café e lanche eos presentes. Foi um dia de muito trabalho para todos nós, mas t ambém Cie muita alegria em poder servir."

SAO CARLOS -

Tarde de formação sobre a CF

Realizou-se, em março, com a participação de aproximadamente 40 casais, uma tarde de formação sobre o tema da Campanha da Fraternidade. Numa feliz apresentação, o Pe. Luiz Gonzaga Picolli (salesiano) mostrou o que cada um pode e deve fazer ·" para que todos tenham vida" . Após a palestra, teve lugar a Missa Mensal, celebrada pelo Pe. Picolli.

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Conselhei.los tra.nsferAdos: um problema

Com a transferência dos Pes. João Maria e Benedito, passlonlstas, para Forto das Caixas (RJ) e Osasco (SP), respectl'\'amente, 7 das 14 equipes de São Carlos ficaram momentaneamente sem Cons-elheiros Espirituais . . . Um · mês depois, com a graça de Deus, o problema foi solucionado com a chega.da de três novos Conselheiros: o Pe. Hi1do Ferrarini (passionlsta) , que velo de Osasco, assumiu 3 equ1pes; o Pe. Benjamin Ferreira {também passionista e também transferido de O.Sasco) assumiu 2 equipes o Pe. Julio Conba (sale!llano) assumiu uma equipe. E o Con. Franci.sco Buck, que só tinha uma equipe, assumiu outra.

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VOLTARAM AO PAI ESTELA SERINO - Da Equipe 11, Setor E, São Paulo - Casada conl loalo. No dia 3 de março. Na missa de 79 dia, disse o Pe. Guilherme, Con~lheiro das Equipes de Alphaville: "De sua caridade dão testemunho oo muitoo que foram bem.ficiados. . . Estamos neste mundo para sennos aprovados. Para fazer de nossa vida uma obra de arte. Será que Estela não foi a vitima escoll!lda por Deus para fazer frutifioar os trabalhos das E.N.S. em Alphaville? Ela está com Deus. Disto temos certeza, pela nossa fé. Cremos na Comunhão dos Santos. Peçamos a ela que interceda por nós perante o Pai, que lhe está dando a recompensa merecida pela sua fidelidade vivida aqui na terra." NAm DIAS BRANDAO - Da Equipe 11 de Marília - Casada com "Netinho". No dia 22 de março. Escreve Flávio Villaça Guimar~. da Equipe 3: O casal desenvolvia um apostolado intenso, digno dos desprendidos, dos verdadeiramente piedosos. Na fazenda, sempre procuraram ouvir seus empregados, tratando-os com dignidade, propiciando a todos, indistintamente, um nível de vfãa plenamente humano. Não tinham o amor ao próximo como simples chavão. Procuravam viver lá fora a mística das E.N.S. Ped.imoo ao Senhor que Netinho e seus oito filhos sejam corajosos .p!tl'a darem mais um tEstemunho dP. cristãos autênticos."

NOVAS EQUIPES BEL~M DO PARA- Equipe 13- Na. Sra. de Guadalupe- Casal P'loto : MPlanla e Alberto; Conselheiro Esplrttual: Frei Angelo.

JUIZ DE FORA - Equipe 15 - Na. Sra. do Sim e Ribeiro; Conselheiro Espiritual: Pe. João de Bona.

~

Casal Piloto: Astrld

RIO DE JANEIRO -Equipe 21 (Setor A) - Casal Piloto: Maria de Lourc!es e Eitel; Conselheiro Esp'ritua.l: Pe. Djalma. - Equipe 45 (Dba. do Gov~MJ.a.dor) - Ca•al Piloto: Yolanda e Yut~a · Conselheiro Espiritual: Pe. Gunter Peters MSF.

• RETIROS SAO PAULO FLORIANóPOLIS

8 a 10 de junho (Barueri) -

Frei Mariano Forolosso

31 de agosto a 2 de setembro

RIO DE JANEIRO 14 a 16 de setembro FLORIANóPOLIS

23 a 25 de novembro

(:il: só o que temos. RS e RC, por favor, comuniquem as datas dos seus retiros - com local e pregador, SE" possível.)

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O PAO DA VIDA

TEXTO DE MEDITAÇAO ~ Jo. 6, 32-35, 47-51

"Em verdade, err~ verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão C:o céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo." Disseram-lhe: "Senhor, dá-nos sempre deste pão!" Jesus lhes disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida Pterna. Eu sou. o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este pão é o que desce do céu para que não pereça quem dele comer. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O · pão que eu darei é a minha carne para a Yida do mundo."

ORAÇAO -

Refr. -

Canto

O pão da vida, a Comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos. E nos ensina ~- abrir as mãos, ) para partir .repartir o pão J

bis

Lá no deserto a multi.dão com fome segue o Bom Pastor, com sede busca a nova Palavra:_ Jesus tem pena e reparte o Pão. Na Páscoa Nova da Nova Lei, quando amou-nos até o fim, partiu o Pão, disse: Isto é meu corpo por vós doado: tomai, comei. Se neste Pão, nesta Comunhão, Jesus por nós dá a própria vida, vamos também repartir os dons, doar a vida por nosso irmão. Onde houver fome, reparte o Pão, e tuas trevas hão de ser luz: encontrarás Cristo no irmão, serás bendito do Eterno Pai. Não é feliz quem não sabe dar, quem não aprende a lição do altar, de abrir a mão e o coração, para doar-se no próprio dar. Abri, Senhor, estas minhas mãos que para tudo guardar se fecham, abri minh'alma, meu coração, para doar-me no eterno Dom! -48-


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