ENS - Carta Mensal 1984-3 - Maio

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Maio

Maria, nosso modelo .. .. .. . .. .. .. .. .. .. E v a~gelho do solri~ento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Mana, roga por nos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D!a Mundial de Oração pelas Vocações 13 de Mai o - Festa de Na . Sra. de Fátima A alegria da REssurreição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Czlehr ando o amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . El!ie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A oração, um sunlemento de alma . . . . . . . . . . . . Pianejamenlo Pastoral .. .. . .. . .. . .. .. .. . .. .. .. . Procurando um caminho - oa Uma equipe em sintonia . . . . .. . .. .. .. . .. .. Que iremos encontrar no retiro? . . . . . . . . . . . . . . Esclarecimento sobre a posição da Igreja em relação à maçonaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . No vos Pastores - Novos responsáveis do Movimento para a América Latina . . . . . Tempo de eleição . . . .. . . .. . . . . .. . . . . .. . .. .. .. No Dia das Mães . . . . . .. . . . . .. . . . . .. .. .. . .. .. .. Preparando os no i vos para o casamento . . . . . . . Uma cole!ânea de livros sobre Maria . . . . . . . . . . Uma preparação para o Batismo realizada em equipe .. . . .... . .. . . . .. .. .. .. .. Notícias dos Selare s .. ... . .. .. .. . Eis a tua Mãe! . . . . . . . . . . . .•. .

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EACRES

REGiõES

Centl'o Norte

DATAS

30-06 e 01-07

São Paulo Centro

CIDADES

Brasílh Campinas

São Paulo Norte

Ribeirão Preto

São Paulo Oeste

Marília

São Paulo Sul II

Sorocaba

Rio de J aneiro e parte da Centro-Leste

07-07 e 08-07

Rio de Janeir.()

Paraná e Sta. Catarina

Curitiba

São Paulo Leste

Taubaté

São Pa,ulo Sul I

São Paulo

Rio Grande do Sul

14-07 e 15-07

Porto Alegre


EDITORIAL

MARIA, NOSSO MODELO

Por que as Equipes se colocam sob o patrocínio de Nossa Senhora? O motivo mais profundo de nos colocarmos sob sua proteção é o de a tomarmos como modelo.

-Maria, modelo no acolhimento à Palavra de Deus. Ela acolheu tão integralmente e tão intensamente a Palavra que esta se tornou vida em suas entranhas, possibilitando vir ao mundo o Redentor do homem. Também a Palavra, acolhida no nosso dia a dia, gera em nós o homem novo, luz para o mundo.

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Maria modelo na simplicidade de coraç{ío e na humildade.

Sendo ela mesma de uma comunidade dos pobres de Israel, o pequeno resto que sobreviveu. através dos séculos, os anawin, nos anuncia, mais com a própria vida do que com palavras, que os pobres, os fracos e os desprezados são os preferidos de Deus, enquanto os poderosos, os prepotentes e os auto-suficientes são por Ele preteridos. Embora Deus tenha operado nela grandes coisas, continua a considerar-se a menor das criaturas. Esquece-se de si mesma para tudo referir só a Deus. Em sua humildade, ela nos lembra que nada somos e qu.e somente com atitude nossa de entrega a Deus conseguimos superar a tendência à auto-suficiência que todos temos.

- Maria, exemplo na disponibilidade e no serviço. Sempre atenta às necessidades dos outros para atendê-las. Não levando em conta sua própria grav!d~z. foi às pressas, }Jeli!Ontn· do grande distância, socorrer sua prima Isabel, que necessitava de ajuda. -1-


Assim também nós devemos ter espírito de serviço, viver mais despreocupados de nós mesmos e mais preocupados com os outros e estar prontos a ir, apressadamente, em socorro daquele que hoj~ está necessitando de nós.

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Maria, modelo na presença e no compromisso.

Presente nos momentos mais importantes para o povo de Deus: na Cruz, onde recebeu a maternidade dos homens; no Cenáculo, encorajando os apóstolos após a morte de Cristo; no Pentecostes, no nascimento da Igreja, para cujo florescimento e expansão ela contribuiu poderosamente com sua influência, seus conselhos, suas preces, penitências e sacrifícios. Presente para abençoar a dispersão dos apóstolos, que partiam para as mais longínquas regiões da Terra. Maria espera de nós que, como ela e como seu Filho, tenhamos o coração aberto aos pobres e necessitados, partilhando sua condição e buscando solucionar sua situação; que procedamos com dignidade, que saibamos perdoar, que estejamo:! dispostos a defender a verdade a qualquer preço, e que sempre digamos sim aos chamados de Deus. Maria espera de nós que amemos como Cristo amou. É preciso que estejamos mais atentos a Maria como o nosso modelo e mais abertos ao seu auxílio para realizarmos, como ela, a vontade de Deus. Por que não introduzir, em nossas reuniões, nossos encontros, um "momento de Maria" - celebração, palestra ou medita-ção - como forma de ajuda para nos aproximarmos mais da nossa Mãe?

Cidinha e Igar

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A PALAVRA DO PAPA

O EVANGELHO DO SOFRIMENTO

Alguns trechos da Carta Apostólica "Salvifici Dolorls", sobre o sentido cristão do sofrimento humano. (Os grifos são do Papa) .

Ainda que a vitória sobre o pecado e sobre a morte, alcançada por Cristo com a sua Cruz e a sua Ressurrt!içãu, nãú suprima os sofrimentos temporais da vida humana, nem isente do sofrimento toda a dimensão histórica da existência humana, ela projeta, no entanto, sobre essa dimensão e sobre todos os sofrimentos uma luz nova. É a luz do Evangelho, ou seja, da Boa Nova. (14)

o O sofrimento humano atingiu o seu vértice na paixão de Cristo; e, ao mesmo tempo, revestiu-se de uma dimensão completamente nova e entrou numa ordem nova: ele foi associado ao amor àquele amor de que Cristo falava a Nicodemos, àquele amor que cria o bem, tirando o até do mal, tirando-o por meio de sofrimento, tal como o bem supremo da Redenção do mundo foi tirado da Cruz de Cristo e nela encontra perenemente o seu princípio. A Cruz de Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva. Nela devemos também repropor-nos a pergunta sobre o sentido do sofrimento e ler aí até o fim a resposta a tal pergunta. (18)

o Na Cruz de Cristo, não só se ;realizou a Redenção através do sofrimento, mas também o próprio sofrimento humano foi redimido. ( ... ) Por isso, todos os homens, com seu sofrimento, se podem tornar também participantes do sofrimento redentor de Cris· to. ( ... )

o A eloqüência da Cruz e da morte é completada com a eloqüência da Ressurreição. O homem encontra na Ressurreição uma luz completamente nova, que o ajuda a abrir caminho através das

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trevas cerradas das humilhações, das dúvidas, do desespero e da perseguição. ( ... ) Ao descobrir, pela fé, o sofrimento redentor de Cristo, o homem descobre nele, ao mesmo tempo, os próprios sofrimentos, reencontra-os, mediante a fé, enriquecidos com um novo conteúdo e com um novo significado. (19) o

Aqueles que participam noSI sofrimentos de Cristo têm diante dos olhos o mistério pascal da Cruz e da Ressurreição, no qual Cristo, numa primeira fase, desce até as últimas conseqüências da debilidade e da impotência humana: efetivamente, morre pregado na Cruz. Mas dado que nesta fraqueza se realiza ao mesmo tempo a sua elevação, confirmada pela fl)~a da Ressurreiçãv, isto significa que as fraquezas de todos os sofrimentos humanos podem ser penetradas pela mesma potência de Deus manifestada na Cruz de Cristo. (23) o

As testemunhas da Cruz e da Ressurreição de Cristo transmitiram à Igreja e à humanidade um Evangelho específico do sofri~ menta. O próprio Redentor escreveu este Evangelho; em primeiro lugar, com o seu sofrimento assumido por amor, a firo de que o homem "não pereça, mas tenha a vida eterna". Este sofrimento, juntamente com a palavra viva do seu ensino, 'tornou-se uma fonte abundante para aqueles que participaram nos sofrimentos de .Jesus na primeira geração dos seus discípulos e confessores. E é consolador - como P. também evangélica e historicament~ exato - notar que ao lado de Cr isto, em primeiríssimo lugar e bem em evidência junto dele, se encontra sempre a sua Mãe sant íssima, porque com toda a sua vida ela dá um testemunho exemplar deste particular Evangelho do sofrimento. Em Maria, os so· frimentos, numerosos e intensos. sucederam-se ~orri tal conexão e encadeamento que bem demonstram a sua fé inabalável; e foram, além disso, uma contribuição para a Redenção de todos. ( .. . ) Testemunha da paixão pela sua presença, nela participante com a sua compaixão, Maria Santíssima ofereceu uma contribuição singular ao Evangelho do sofrimento, realizando antecipadamente aquilo que afirmaria São Paulo com as palavras citadas no início desta reflexão. Sim, Ela tem títulos especialíssimos para poder afirmar que "completa na sua carne - como igualmente no seu coração- aquilo que falta aos sofrimentos de Cristo". (25)

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ú MARIA, ROGA POR NúS ...

MARIA, cheia de graça, cora-ção em que o Senhor fez maravilhas, Mãe de Deus, Mãe de todas as criaturas, Mãe nossa, roga por nós! SENHORA, que guardaste em teu coração a humildade, a ternura e a alegúa, além do cansaço e das preocupações, roga por nós. MARIA, cheia de gra-ça, eu te peço, na melhor parte do meu coração, enquanto as outras partes duvidam, discutem e desanimam, dá me um coração cheio de esperança, de alegria, de certeza, certeza absoluta que para Deus nada é impossível. SENHORA, que soubeste ser paciente e feliz enquanto se cumpriam as promessas de Deus, que foste mãe, esposa, amiga, parenta: ensina-me sempre, todos os dias, a refazer, a recomeçar as mesmas tarefas, com amor e paciência. MARIA cheia de graça, tu sabes o quanto me divido entre o trabalho indispensável para a vida da minha família e as exortações dos meios de comunicação para uma "libertação" da mulher. SENHORA, onde está a verdade? Na minha valorização pessoal ou na daqueles que o Senhor me confiou? Nem sempre tenho certeza ...

ú MARIA, roga por mim ... É uma luta que dói, SENHORA, mas tua presença serena, relembrada no "Magnificat", conforta. Mulher que guardavas no coração as lembranças da vida simples, da. casa de Nazaré, da carpintaria de José. . . Vida simples, semelhante à minha. . . Teu Filho nem sempre foi um filho fácil, desapareceu na peregrinação a Jerusalém, e no entanto soubeste respeitá-lo aceitando suas críticas, embora fosse E.Ie ainda uma criança. SENHORA, ajuda-me a lembrar sempre desta passagem evangélica quando sou questionada por meus filhos, na franqueza de sua juventude.

Estavas sempre preocupada com os que tinham problemas e feliz com aqueles que estavam felizes: choravas com as tristezas e sempre acolhias os visitantes, pedias a teu Filho quando os ho-

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mens dEle precisavam ... ! Isto me faz lembrar, SENHORA, a mim e a outras mulheres cristãs, o nosso papel de intercessoras, na familia, na comunidade, na sociedade. 6 MARIA, roga por nós, mulheres e homens deste século XX! SENHORA, os tempos são difíceis: tantas criaturas, tantos homens, meus irmãos, . sofrem, estão desamparados, passam fome de alimentos, de palavras e sentem-se abandonados. Como ajudá-los, SENHORA? Como intervir para facilitar-lhes os passos?

6 MARIA, mostra-nos os caminhos da justiça e da verdade.

Por ser mulher, SENHORA, não será a minha tarefa acolher, ouvir, abrir o meu coração e as portas da minha casa? Ensina-me a "perder" tempo com aqueles que precisam do meu tempo e a rezar por aqueles por quem nada posso fazer com meus pobres meios pessoais. 6 MARIA, roga por nós, mães e mulheres, homens e criaturas, e dá-nos um coração sensível e cheio de atenção às necessidades de nossos irmãos. SENHORA, fui criada à imagem de Deus, e não consigo refletir este Amor sem deformá-lo, pois sei dizer poucos "sins". Todos os dias disseste Sim. Sim a uma gravidez não prevista. Sim a uma vida instável: Belém, o Egito, que não era na certa aquilo que sonhavas. Sim a um Filho inquieto, contestador, mas que seguias assim mesmo, embora sem entendê-lo direito. Sim ao ::;ofrimento e à morte. SENHORA, bendita sejas por todos os Sins, que me mostram tantos caminhos e dos quais tiro tantas lições. SENHORA, por-: que oravas e fazias silêncio para perceber na brisa a Voz do Selihor, fostes Rainha dos céus. Ensina-me o silêncio e dá-me per-cepção para ouvir nas palavras, nos gestos, nas tardes que terminam. nos dias que amanhecem o que o Senhor quer de mim. mulher e mãe, neste final de século XX.

6 MARIA, roga por nós! Cidinha Equipe 2 de Catanduva

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DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇõES

13 de Maio FESTA DE NA. SRA. DE FATIMA

É sempre por intermédio de Maria, co-Redentora e Medianeira de todas as graças, que devemos dirigir nossos pedidos ao Pai. É a Intercessora por excelência. Ora, este ano, a Igreja pedirá ao Senhor da messe que envie bons e numerosos operários à Sua messe justamente numa festa de Maria: Na. Sra. de Fátima com certeza reforçará nossos fervorosos pedidos!

Maria, a Mãe do Salvador, e Padroeira das nossas Equipes, colocará em nossos corações o desejo de que Deus chame seus operários em nossa própria família, entre os nossos filhos. Pois não basta rezar abstratamente pelas vocações: precisamos oferecer os nossos filhos! E não basta oferecer os nossos filhos: precisamos criair em nosso lar as condições para que possam ouvir o chamado! Lembramos o artigo de D. Benedito de Ulhôa Vieira em abril do ano passado e o de Frei Estevão no último número da C.M.: há clima em nossas famílias para a doação, para o sacrifício? ... Como vivemos? O consumismo não criou em nossa casa um ambiente de muito conforto? Como educamos os nossos filhos? fazendo tudo por eles, dando-lhes tudo sem que se esforcem para conquistar as coisas? A nossa vida cristã é autêntica? realizamos o que pregamos? Se são tão raras as vocações em nosso meio, po-r que seria? Vamos rezar, sim, com a Igreja e com Maria. Mas também é hora de um sério exame de consciência. E, depois, de uma opção não menos séria ... Maria, Rainha dos nossos lares, ajuda-nos a mudar! Rainha dos apóstolos, coloca em nossos corações a súplica ao Pai para que, embora não sejamos dignos, escolha entre os nossos filhos aqueles de que precisa para continuar o ministério de salvação do Seu F'ilho!

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A ALEGRIA DA RESSURREIÇÃO

Quarta-feira depois da Páscoa -

(24-4-57)

Dai-me, Senhor, participar, no íntimo da alma, da alegria que a Igreja canta nestes dias que se seguem à Ressurreição do Cristo. Hoje, ainda, todas as orações da missa cantam este júbilo da Igreja:

ucantai ao Senhor um cântico novo; cantai ao Senhor toda a terra", lemos no Introito. ó Deus que nas alegriJas com a solenidade da Ressurreição do Senhor... concedei mereçamos chegar às alegrias eternas", nos fala a Oração.

((Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e alegremo-nos nele'' -Gradual. usenhor, em meio às alegrias pascais, nós vos apresentamos estas oferendas . .. " - Secreta.

o

Coincidência . . . ou inspiração providencial ... , vinha pensando ontem na alegria que deveria ser a atitude normal do cristão. E.:, ao pensar nisso, por associação de idéias, vi na imaginação as Irmãs do Colégio de Sion, que há 15 dias vira no próprio Colégio. Durante meia hora, enquanto esperávamos na sala de entrada,, uma dezena talvez de irmãs entravam e saiam. Todas sem exceçí:io tinham o sorriso nos lábios, nos olhos, na fisionomia! E como impressiona bem!

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O cristão deveria ter a alegria - não seria esta a expressão normal da serenidade, da paz? - estampada no rosto, malgrado todas as vicissitudes da vida. Se o fundo de seu ser, o ponto central de sua alma, a fonte mesma de toda a sua vida anímica se pusessem realmente em contato espiritual com Deus, os embates, as dores físicas e morais, as maldades e injustiças que o cercam, as desilusões, os desprezos só poderiam agitar a superfície. No cerne mesmo ficaria a paz, a serenidade, decorrente da união com Deus. E, em meio às dores, às lágrimas mesmo, haveria sempre nos olhos, no rosto, nos lábios um reflexo luminoso, claro, límpido, decorrente da inteira identidade de vontade com Deus, que quer talvez ferir para mais ainda purificar. Na vida particular, na vida conjugal, na vida familiar, o quanto seria construtiva uma atitude impregnada de alegria serena, imperturbável... · Por que não realizar neste sentido um esforço? Meu Deus, neste tempo de santas alegrias pascais, permita que eu me impregne da paz, da serenidade resultante da fé na nossa própria ressurreição, de que a Ressuueição de Cristo é a garantia, o penhor, a realização começada, ressurreição esta que será o prêmio de minha fidelidade, da minha correspondência às vossas atenções para comigo. Quaisquer que sejam os vendavais, as tempestades, ter sempre em mente que, com -a sua Ressurreição, Cristo arrasta consigo todos os que Deus lhe deu! (Extra.ido das Meditações de Pedro MoruJau)

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CELEBRANDO

O

AMOR

PaLavras de José Eduardo Dutra de Oliveira, na missa em que ele e Maria Helena -pioneiros do Movimento em Ribeirão Preto - agradeceram a Deus os seus 30 anos de casamento. Além de um hino ao amor conjugal cristão, pareceram-nos também um preito de gratidão às E.N.S.

Meus amigos, todos vocês, a começar pelos celebrantes, saibam que consideramos um verdadeiro privilégio a sua presença aqui, nesta data tão significativa para nós. De coração agradecemos. Meus filhos: há um ditado inglês que diz "Conte suas bênçãos". São tantas as nossas! Nem dá para contar. Hoje, nesta cerimônia rica de sentido e de emoções, temos uma mensagem para vocês. O nosso casamento foi construído dia a dia. Com muito amor e muita fé. Para vocês terem uma idéia do que é "dia a dia", peço que se lembrem: sua mãe é romântica, sensível,. alma de poeta, eu sou um homem de ciência, frio, de pouco falar. Ainda hoje, depois de 10.953 dias de vida em comum, tratalhamos nisso. Ela gostaria de ouvir algumas coisas que eu não sei falar. E então? Cada um de nós faz um pouco, eu me esforço procurando ser carinhoso, ela reclama quando acha que precisa ... <: procura aceitar o meu amor calado. E como chegamos a esta convivência positiva de amor? Conversando. Dialogando. E onde aprendemos este método? Nas l!:.quipes de Nossa Senhora. Elas nos deram as metas e os meios para alcançá-las e muito apoio dos casais amigos. E de onde vem esta mística? Do próprio Cristo, do sentido cristão do amor. É aqui que eu queria chegar. Demos aqui o nosso testemunho d.e que o nosso casamento, alicerçado na fé em Cristo, deu frutos muito bons, que hoje colhemos com o coração cheio de ternura.

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Queremos também testemunhar que, em nosso dia a dia, vivemos intensamente as quatro operações: somamos os nossos esforços e a nossa boa vontade, diminuímos os pontos de tensão e &s diferenças, multiplicamos os gestos de carinho e as demonstrações de apreço, dividimos o nosso tempo, os nossos recursos interiores, as nossas vidas. Filhos queridos, cada um de vocês tem o seu caminho. Cada casal, o seu. Respeitamos a sua opção. Que vocês possam um dia ter a nossa felicidade de hoje. Maria Helena, falo com você por último. E uma frase só. Encontrar você foi uma grande graça em minha vida. o

Canto do Ofertório da missa composto por Maria Helena <Mlisica de "Flor Maior")

Senhor, há 30 anos Padre Corbeil abençoou Nosso amor, nossa alian~a, E um novo lar começou.

Vieram filhos, genros, netos, Sofrimentos e alegrias. De mãos dadas sempre fomos Um do outro a companhia.

E hoje, Senhor, os 30 a.nos Te ofertamos E a todos lembramos que é uma graça estar aqui Cantar toda a glória que há no amor humano Quando ele põe a sua fé em Ti. Nós também Te ofertamos Os dias que estão por vir Temos tanto, ó Senhor, Nós queremos repartir.

Paz, saúde e conforto, Bom emprego e posição Bons amigos e a família Que nos enche o coração.

E neste ofertório também nós Te dedicamos Os filhos que temos e alegram nosso viver. Dá que eles Te encontrem, Te conheçam e Te amem E assim bem felizes possam ser. <Procissão feita pelos filhos)

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E L F 1, E

Agradecendo o apoio 11icebido .dos equipistas, apoio esse que "na manifest.tção fraterna da solidariedade, na fé e na dor ·fortaleceu a nossa esperança para o reencontro <'om Elfie junto ao Pai quando chegar a nossa hora", Drag~. n enviou à Cart a Mensal a carta que ele e os filhoo receberam de Frei :t-leylor Tonin. Essa carta foi lida pelo Frei Clarêncio na missa de corpo presente celebrada por ele e mais · três sacerdotes na ,noite do dia em que Elfle voltou ao Pai. Escreve Dragan: "Embora . dirigida a nós três e de caráter pessoal, achamos que a carta tem valor uni\rersa,l, pois toca fundo nos principais mistérios da nossa· existência: no ·mistério ·da nossa fé em Cristo Ressuscitado, no mistério da vida e da morte . e da p.a.ssagem de uma para outra, CfUe tão superficialmente conhecemos e de que tomamos consciência real e massacrante somente quando atingidos pelo duro golpe da perda de alguém muito amado."

Petrópolis, 9 de fevereiro de 1984. Queri dos amigos Dragan, Palminha e Francisco:

P az e Bem! Parece tão estranho saudá-los assim tão franciscanamente, neste instante, mas a fé nos manda repetir ainda mais fortemente que lhes desejo, de todo o coração, toda paz, a paz de Deus, aquela paz que só Ele pode dar, pois da verdadeira paz só Ele é a fonte, e todo Bem, um bem maior, aquele bem que escapa às nossas mãos e brota, incessantemente, das mãos misericordiosas do nosso Pai dos Céus. PAZ E BEM! Permitam me saudá-los assim, como amigo, como irmão e como companheiro sofrido de caminhada, que crê no milagre da vida, mas que vive assustado com a reaUdade da morte, principalmente se a morte acaba de cobrir uma vida tão querida quanto foi a da Elfie, para todos riós.

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É difícil fugir da pergunta "por quê" diante da morte. Por que morrer? Por que a Elfie tinha que morrer? Por que ela? Ela que tinha um coração tão grande e bom, generoso e forte, pronto para ajudar e solícito pa,r a reparti-lo entre amigos e pobres necessitados! Bem me lembro que o Cardeal Cushing, quando da morte do Presidente Kennedy, · dizia: "Não devemos colocar um ponto de interrogação onde Deus já colocou seu ponto final". Para o coração humano esta frase é muito cruel e não enxuga as lágrimas de nossos olhos. E esta palavra cruel, o ''por :quê" diante da morte só é iluminada por uma outra palavrinha que a fé nos faz remoer nas dobras encolhidas do espírito: "Para quê?" Para que morrer? Para que a Elfie morreu? Estas duas perguntas "por quê" e "para quê" lutam dentro de nós em busca do verdadeiro sentido da vida. É preciso fazer o "P8!8! quê'~ ser mais forte . do .que o "por quê" da morte. · ·· · ·

A Elfie morreu porque a espiga de trigo cl~ sua .vida já estava madura · e carregada e morreu ' para ser recolhida, aos celeiros da casa do Pai. Ela vivPu o tempo da graça de . Deus, ensinando a nós todos a arte de bem viver. Ela fez de uma vida pequena uma grande vida e o milagre da existência e dos anos não ficou estéril no vaso frágil de sua vida que, hoje, para tristeza nossa, se rompeu definitivamente. Isto nos garante a fé, mas nós ficamos balouçando entre a dor que sentimos e a fé que nos ilumina. Mesmo com os olhos cheios de lágrimas, temos que colocá-los firmemente em Deus para dizer, mesmo com lábios trêmulos: AMÉM! Eu acredito que assim é! Assim seja! Assim foi com Jesus, e assim é com Elfie. As promessas de Deus não podem ser colocadas sob ~s dúvidas dos "por quês" humanos, quando confessamos que Ele tem palavras de vida eterna. F.le é maior do que a morte Ele é o Senhor dos vivos e dos mortos. A Elfie esteve e ela está em suas mãos onipotentes e cheia·s de amor. Façamos todos este ato de fé e procuremos viver como Elfie viveu: fazendo o bem, sendo bons. · Como vocês, estou profundamente triste. Abraço-os com toda amizade, como amigo e como sacerdote. E estou rezando, pedindo a Deus para que a morte de IDlfie ilumine o desafio da vida que ainda está colocado a nossa frente, à espera de uma resposta mais plena e evangélica. Ass~m ela viveu . . Hoje é o dia de sua Páscoa. Procuremos também viver assim, certos de que a nossa Páscoa também romperá, um dia, o vaso frágil de nossa vida e nos reunirá, para sempre, na Casa de Deus, onde· não haverá, então nem mais dor, nem lágrimas e nem morte. Aí seremos um só, porque Deus será tudo em todos. Um abraço forte e sentido a vocês, Dragan, Palminha e Francisco. Levantem a cabeça. A vida continua, em louvor de Cristo. A-mém . .

··· ··' Frei Neylor José Tonin, O.F.M.

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A ORAÇÃO -

UM SUPLEMENTO DE

ALMA

Ouvimos muitas vezes . da boca do· Pe. Caffarel esse pen-· sarnento de Bergson: que o nosso mundo carece de um ''suplemento de· alma".

Esse suplemento de alma lhe será dado pela oração dos seguidores de Cristo, chamados a serem os co-redentores de seus irmãos. A oração é o diálogo com Deus. Pode ser silenciosa como as r.espostas divinas, mental, feita com palavras nossas improvisadas na hora, ao sabor das nossas angústias, esperanças, alegrias e sofrimentos. E também das necessidades alheias. E pode também ser vocal. Esta é um precioso apoio na nossa vida espiritual. A oração mental permanece a maneira mais expressiva de falar com Deus. É a prece da amizade, a troca de afeto entre Deus amigo e a oriatur~, sua amiga. Dá orientação sobrenatural e por vezes mística a toda a vida cristã. Quem reza mentalmente, com fé e amor, aprende a viver em Deus, com Deus e para Deus. Aprende a amar os homens como irmãos, a interceder pO'r toda a humanidade. Aprende até a olhar a criação com olhos de gratidão ao Criador. Para quem faz, todos os dias, oração mental, tudo acaba se tornando ora-ção: o cumprimento do dever de estado, o exercício da profissão, o trabalho manual, o repouso, etc. - tudo sobe a Deus como incenso, tudo atrai o Amor e a munificência divina. A oração sincera e humilde é eficaz. Se não nos dá sempre que pedimos, dá-nos infalivelmente aquilo que pediríamos se pudéssemos compreender os desígnios da Divina Providência. E~quilo

Rezar é a mais bela atividade e a mais purra alegria do homem. Para o cristão, é vida e penhor de eternidade. E pode ser a salvação do mundo. . . que espera um suplemento de alma. Carmelitas Descalças de Teresópolis

<Transcrito do "Cavaleiro da Imaculada")

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PLANEJAMENTO PASTORAL

Escrevem Cid.inha e Igar: Aproxima.-se a época. do balanço e pJaneja.mento em todos os níveis do equipes, setores, regiões, ECIR. . Pe. Aquino, Conselheiro Espiritual da ECIR há vários anos, com grande conhecimento ifa.s Equipes e· uma profunda visão de Igreja, nos oferece subsfdios para. uma revisão de nossa caminhada, partindo da8 Diretrizes Gerais da CNBB. Pedimos aos Responsá:veis, nas diversas áreas, que reflitam sobre essas ooloca.çóes ao elabor:u o seu pJaneja.mento para o próximo ano.

~lovimento -

Porque Planejar

Dentro da ação pastoral da Igreja no Brasil, as Equipes de Nossa Senhora colocam...se neste momento, especialmente, sob a orientação de nossos Bispos, e vão procurando, através de seu próprio planejamento, satisfazer as "Diretrizes Gerais" emanadas da 21.a. Assembléia Geral da CNBB, válidas para os anos de 1983, 84, L> e 1986. No momento em que toda a Igreja do Brasil está atenta a estas diretrizes, as Equipes de Nossa Senhora, em suas ·r euniões de bahtn·ço, deverão dar-lhes especial atenção. O Documento "Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja do Brasil" publicado pelas Edições Paulinas, contém amplas explicações sobre o que se pretende, tanto no que se refere aos objetivos, como a propósito das linhas ou "dimensões" da ação pastoral, como no que diz respeito &os "destaques", entre as quais a Família. EvangelizaT é a própria razão de ser da Igreja e de todos os seus grupos. Diferem as formas. Idêntico é o objetivo.

--oMuitas equipes entram em um tempo de rotina, sem progresso por falta de objetivos concretos, revistos e renovados. A falta desses objetivos, o fechamento das equipes sobre si mesmas, ou a' perda do sentido de evangelização, seria a negação mesma da sua razão de ser, um verdadeiro atestado de óbito. Com o planejamento, aquilo que se pretende. e foi decidido IJOde ter uma avaliação periódica de resultados, a fidelidade pode ser conferida e testada, e todo (\ processo se tornE> operacional.


A identidade das Equipes de Nossa Senhora é essencial para acompanhar seu planejamento. Esta identidade está definida na "Carta" e dentro dela é que se torna possível um planejar autêntico. Não somos um simples grupo de amigos, sem ulterior especificação. Os ideais são claros. Os meios de, santificação também. Há mesmo um "espírito", uma tradição, que enriqueceu as ENS em mais de três décadas no Brasil.

Como .se Fará este Planejamento? A regra de vida é um planejamento pessoal e do casal; aquele de que aqui tr~tamos deve atingir todos os ·grupos ou equipes, em diferentes níveis: equipes de base, de coordenação, de setor, de região, e, finalmente, a coordenação inter-regional (ECIR). Não se trata de uma simples disposição de calendário, mas da concretização, para os grupos, das diretrizes universais, que encontram em diferentes níveis, expressões muito diversificadas. Exige muita ób~ervàção, estudo e reflexão. Este é um momento de vivermos mais intensamente nossa dimensão eclesial, que não é sempre manifestada no dia a dia das equipes, pelo simples fato de sua organiza-ção freqüentemente não estar dentro dos limites territoriais de paróquias e dioceses.

-oO· método que poderia ser ado ta do é conhecido pelos seus três tempos ou momentos: VER, JULGAR E AGIR. Cada um desses momentos, que têm suas regras próprias e suas exigências, pode nos guiar na reflexão. O objetivo geral da ação pastoral é conhecido: "EVANGELIZAR O POVO BRASILEIRO. . . A PARTIR DA VERDADE SOBRE JESUS CRISTO A IGREJA E O HOMEM . .. VISANDO A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E MAIS FRATERNA, ANUNCIANDO ASSIM O REINO DEFINITIVO". No VER, nos pergullltamos: Que pessoas ou grupos nossa equi"pe pretende evangelizar? (quais as mudanças por que estão passando, qwais os problemas, como os vão resolvendo?) Se o VER for pobre, pouco objetivo, superficial, unilateral ou mesmo carregado de preconceitos, incompleto, tudo o mais será falseado. No JULGAR, nos perguntamos: Qual é a nossa ação evange.. lizadora, cumo deveria ser,? Aqui também, se o JULGAR não partir dos princípios do Evangelho, . assimilados, vividos, traduzidos no dia a dia, não chegaremos a conclusões satisfatórias. Ao mesmo ----16 --~

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tempo, se não tivermos diante dos olhos a nossa identidade como movimento de espiritualidade, o planejamento poderia servir para qualquer outro grupo ou para ninguém: não seria para nós mesmos! As Equipes sempre deram uma especial importância ao "estudo" e à oração mental. Todo este amadU!I'ecimento na fé e na espiritualidade constitui um ponto de apoio de nosso julgar e não pode ficar ocioso. Sobretudo a dimensão familiar do casamFmto tem que ser reavaliada, redimensionada, reprogramada. A Família mereceu um destaque especial nas "Diretrizes" promulgadas pelos Bispos de todo o Brasil. Estamos no meio de um processo de mudança, sobretudo dos valores familiares e isto merece atenção e equacionamento real. No AGIR, nos perguntamos: Que faremos? o que pedi-mos e o que oferecemos? Aqui também, se o AGIR não atingir os pontos principais, centrais, mas apenas se ocupar da sucessão de gestos, de rituais, de instrumenta.is, se não chegar ao espírito e à inspiração ou se nos contentarmos com práticas e soluções "clássicas" de criar comissões, será como esvaziar os propósitos sérios que nos movem. A catequese e formação dos filhos talvez seja ainda um ideal um tanto vago, inadequado, talvez muito ao nível de lamenta~ões pelo que não foi feito. A oração em família pode ter ficado no estágio dos primeiros anos, quando ninguém ainda via TV, ou não haviam surgido em nossas casas os "agregados", provindos de famílias de outras tradições, que não descobriram na oração o significado humano e cristão. No aconselhamento talvez estejamos tocando velhos discos que não nos atingem nem a nossos jovens; sr~ria tempo de reavaliar as motivações oferecidas a eles, etc., etc. Concluindo

Este é um trabalho começado e que orienta quatro anos de ação pastoral, e deverá ser implementado por etapas e objetivos anuais, com possibilidade de ser reorientado, redirecionado, retificado ou ratificado ano a ano, expandido ou limitado. O resultado do planejamento de cada nível seria convenientemente enviado ao nível superior e a ECIR se reportaria à Comissão Episcopa.J de Pastoral, ou ao seu responsável pela área da Família. Veremos que o planejamento fará ulteriormente refluir para todos os grupos seus benefícios, atingindo finalmente os casais. Com eles e para eles é que planejamos. É o coração do homem e da mulher que recebe a luz e a graça do Evangelho. Pe. An&mio Aquino, SJ. -17-


PROCURANDO UM CAMINHO

ou UMA EQUIPE EM SINTONIA

Há algum tempo nossa equipe vem estudando os documentos .ia Igreja. Ultimamente, nossos temas têm sido tirados do docu... mento da CNBB que nos fala das Diretrizes Gerais da A~ão Pastoral da Igreja no Brasil. A par do nosso aprofundamento espiritual; vimos tentando conhecer o que pensa a Igreja de nossos dias e como ela pretende atuar dentro da realidade em que vivemos. Isto nos fez perceber que não podíamos ficar parados, esperando que algo de diferente acontecesse. Diante de várias opções e de muitos chamados, sentíamos dificuldade para atuar, fato que residia em querermos agir em grupo. Embora isso já tivesse feito parte da história da equipe (a ur.ião em torno do ideal de um mesmo trabalho) , não estávamos conseguindo nada em conjunto, e isso nos incomodava. Principalmente porque percebíamos que, como comunidade, precisávamos atuar na comunidade e pela comunidade. Percebíamos que não adiantava estudar os documentos, entender o chamado, discutir as propostas e continuar verbalizando. A situação estava insustentável. Precisávamos optar por algo de concreto, ou então fazer como a avestruz, "esconder a cabeça", mudar de temas, ter algo mais "suave", que não incomodasse nossas consciências. Na última reunião, achamos nosso caminho. Optamos pela sugestão dos "CINCO POR DOIS", ou melhor, da equipe por outras famílias. Observamos que neste tipo de trabalho todos poderão colaborar, poderemos colocar em prática tudo que temos aprendido.

Quem sabe, como nós, outros também acharão o seu caminho? Sandra e Wilson Equipe 14 de P etrópolis

-lS-


QUE IREMOS ENCONTRAR NO RETIRO?

Em primeiro lugar, uma renova-ção de nossa intimidade com Cristo. Não somente com o Cristo que nos é apresentado pelo pregador, não somente com o Cristo Eucarístico, diante de Quem iremos rezar durante o dia e talvez durante a noite, mas principalmente com o Cristo de nosso próprio íntimo, aquele que nos quer falar a sós, no silêncio do recolhimento e da prece, para dizer-'Ilos o que espera de nós. Além disto, uma renovação da intimidade entre nós, marido e mulher. Muitas vezes, certamente, sonhamos com algumas horas de repouso e tranqüilidade a dois. Estes momentos serão desfrutados no Tetiro, mas de maneira toda diferente. No clima especial de silêncio e recolhimento será possívd ve!'-nos um ao outro com uma profundidade insuspeitada. Estabelecer-se-á uma verdadeira comunhão de almas. E a alegria daí decorrente será um "renovar" do nosso amor. Finalmente, o Tetiro será para nós e para o nosso lar ocasião de um olhar sobre o passado e de um olhar para o futuro. Sobre o passado, para um balanço do tempo decorrido depois de um ano, clnco anos, dez anos de casamento. Para a frente, a. fim de encetar uma nova jornada, agora possuídos de uma nova força, de nova alegria, de novo entusiasmo!

(Do

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Boletim de Juiz de Fora)


'=SCLARECIMENTO SOBRE A POSIÇÃO DA IGREJA EM RELAÇÃO A MAÇONARIA

DECLARAÇAO DA SAGRADA CONGREGAÇAO PARA A DOVTRINA DA FÉ SOBRE A MAÇONARIA ((Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato que, no novo Código de Direito Canônico, ela nân vem expressamente mencionada como no Código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às o•~tras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estilo compreendidas em categorias mais amplas. Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por i-;so permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não r1odem aproximar-.se da Sagrada Comunhão. Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação do quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 ae fevereiro de 1981. O Sumo Pontífice João Paulo II, · durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e oTdenou a sua p~blicação.

Roma. da Sede da Sagrada CongregCI;çã.o para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983. Joseph Card. Ratzinger, Prefeito Fr. Jérôme Hamer, OP, Secretário" (L'Oss. Rom. 4-12-83)

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NOVOS PASTORES

Tendo Sua Excla. D. José Newton de Almeida. Batista. pedido para ser substituído, o Santo Padre nomeou para a Arquidiocese de Brasília D. José Freire Falcão, Arcebispo de Teresina. Na sua mensagem ao Povo de Deus em Brasilia, escrevia o novo Pastor: "Saúdo todos os habitantes de minha futura Arquidiocese, principalmente aqueles que partilham comigo a profunda fé em Jesus Crlsto, Filho de Deus e nosso Salvador, aos quais devo testemunhar com firmeza, em total união com o Sucessor de Pedro, a fé da Igreja Católica. Saúdo, particularmente, os Dirigentes de meu pais, aos quais devo levar a Mensagem do Evangelho para que nela inspirem sua nobilitante tarefa em favor do bem comum de todos os brasileiros." Em Petrópolls, ·n. ·Manuel da Cunha. Cintra entregou a diocese a D. José Fernandes Veloso, antes Bispo Coadjutor. Aos queridos pastores que se retiram, que possam gozar de um merecido descanso, continuando a servir o Povo de Deus pelo :seu ministério sacerdotal iluminado por tantos anos de experiência à frente de suas dioceses. D. Luís Colussi, Bispo de Lins, foi nomeado Bispo de Caçador, se, e, para assumir a Diocese, o Santo Padre escolheu o Pe. Walter Bini, SDB, que se encontrava em Roma como Conselheiro da Ordem dos S!lllesianos. Aos novos Pastores, ao mesmo tempo que cumprimentamos, asseguramos a filial disponibilidade dos equipistas, e rogamos a Maria que abençoe os trabalhos de seu ministério episcopal nas respectivas dioceses.

l'liOVOS RESPONSAVEIS DO MOVIMENTO PARA A .umRICA LATINA

Diante do tamanho da SUper-Região América L~ina, a Equipe Responsável Internacional resolveu dividi-la em duas Super-Regiões: a América Latina menos o Brasil (ou seja, a América espanhola) - pela qual continuam f\!sponsáveis Esther e Marcello; e o Brasll, que fica sob a responsabilidade dos próprios Cidinha e Igar. Na E.R.I. há um casal que liga rus duas Super-Regiões: trata-se de Alvaro e Mercedes, espanhóis, de Valença, que deverão visitar o Brasil agora em junho. Sua chegada está prevista para o dia 30 de junho. Como devem ficar conosco uns 20 dias, poderão estar presentes em vários dos nossos EACREs.

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TEMPO DE

ELEIÇÃO . ..

Qualquer responsabilidade é sempre um serviçp. O Casal Responsável está a serviço dos companheiros, para ajudá-los a caminhar, a não perder de vista este sentido de caminhada que é a vocação do cristão. O Casal Responsável está a serviço do amor fraterno, a serviço da unidade, para fazer da equipe cada vez mais uma comunidade. Uma comunidade cristã de casais, unida às demais equipes e com eles a serviço da Igreja. Somos todos responsáveis, mas vamos escolher um de nós para sê-lo mais, estamos todos a serviço, mas um de nós vai estar mais. Muitas vezes desejamos que a escolha recaia no outro, exatamente porque sabemos que vamos ter que nos doar para valer ... esquecidos de que o Mestre não veio para ser servido, mas para servir e doar a vida por todos (cf. Me. 10, 45). No Lavapés, Ele nos deu o exemplo, para que fizessemos o mesmo (cf. Jo. 13, 15) .

o Preparemo-nos, pela oração, não só para escolher, mas também para sermos escolhidos. Humildade não é sentir-se incapaz ou inferior aos outros, mas admitir que, sozinhos, não somos nada e que o Senhor é que realiza Suas maravilhas através de nós, desde que estejamos dispostos a nos colocar em Suas mãos.

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NO DIA DAS

MÃES ...

. . . DESEJAMOS A TODAS AS MÃES EQUIPISTAS QUE POSSAM RECEBER DOS FILHOS CARTAS COMO A QUE SEGUE.

Qu<erida mãe: Todos os que amam procuram dar alegria àqueles a quem amam. Porque eu te amo, gostaria, no dia das mães, de dar-te alegria ao revelar-te certas coisas que tenho no coração. Desde há um ou dois meses, compreendi que a minha fé em Deus é tão profunda que as várias discussões que tive com os meus colegas ateus não a abalaram nem por um instante.

Disse-1hes qtlle me era impossível não acreditar, primeiro porque estava certo da existência de Deus e do seu amor, e, depois, e sobretudo, porque tinha dois exemplos de fé vivida. Disse-lhes que tais exemplos, em que a ação de Deus era 'ma·· nifesta, equivaliam para mim a uma prova da sua existência. Disse-lhes finalmente que essas duas pessoas que eu tinha a sorte extxraordinária de conhecer eras tu, mãe, e o pai. Neste dia das mães, agradeço-te, mãe, pelo testemunho inest·imável que me tens dado.

(Carta de um rapaz de 18 anos, publicada há alguns anos já na Carta francesa.)

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PREPARANDO NOIVOS PARA O CASAMENTO - MAIS DUAS EXPERI~NCIAS "DIFERENTES"

Em São Paulo, na Paróquia do Verbo Divino (Santo Amaro).

Contam

Angela e Viííae; (Equipe 10/D):

O curso reúne inicialmente cinco ou seis casais, durante duas noites, na residência de um casal orientador e, no {lltimo sábado do mês, esses casais, junto com outros preparados separadamente, recebem, no salão paroquial, duas palestras específicas: uma, sobre a parte fisiológica e sexual do matrimônio, ministrada por um casal de médicos (por sinal, equipistas), e a outra sobre o Sacramento, a cargo do próprio yigário. Nas duas primeiTas reuniões, seja pela dinâmica do esquema de t rabalho ou pelo ambiente mais íntimo do pequeno grupo, consegue-se facilmente a boa participação de todos. Os noivos são quest ionados sobre pontos básicos da família e, de forma concreta, sobre a vida da família cristã no mundo de hoje. Muitos descobrem conceitos nos quais nunca tinham pensado, outros se enriquecem pelos testemunhos. E nós aprendemos muito pela convivência com jovens que, no mínimo, vivem um clima de amor sinal de Deus! De desconhecidos que éramos até então, um sentimento de amizade nos une na pequena comunidade que acabamos de formar. Além do material recebido como base do curso, introduzimos no roteiro uni item referente ao Dever de sentar-se e, naturalmente, falamos de sua origem como meio de aperfeiçoamento usado nas ~quipes de Nossa Senhora. Os casais, bem mais desinibidos do que no início, recebem com excelente disposição e bem melhor aproveitamento as duas palestras finais, básicas do curso de noivos. Acreditamos que a oportunidade que oferece o curso de noivos para ·aproximar os casais da l grej a não pode se1· desperJiçada. Estamos estudando planos para proporcionar aos casais um cami-

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nho de perseverança, participando de grupos ligados às pastorais da paróquia. Sabemos que isto é difícil, mas nos sentimos na obriga~ão de pelo menos tentar! Estamos à disposição para esclarecer possíveis dúvidas sobre trabalho; podemos inclusive ceder cópia dos roteiros usados nas reuniões. Ao mesmo tempo, gostaríamos de receber sugestões de quem tiver maior experiência, principalmente quanto à formação dos orientadores, bem como idéias relativas à perseverança dos casais. C~ste

Endereço de Angela e Vlfias: Angela e Francisco Viiía.s Grané Rua vespas!ano de Oliveira, 35 04725 - SAO PAULO - Fone: 247-0709

o Em Petrópolüt, a. Equipe 4 realizou um Encontro de noivos diferente. Contam La.uricy e Humberto:

Preparamo-nos, em reuniões prévias, para assumir o desenrolar do encontro. Não apresentamos os temas em palestras, mas simplesmente dinamiz&mos o trabalho de grupo em que se empenharam os próprios noivos. Procuramos possibilitar a partilha, no grupo, da experiência de vida de cada participante. Após o almoço, deveria entrar em pauta o tema "diálogo". Precisaríamos fazer com que a sonolência própria: desse horário fosse dissipada. Que técnica usar? Resolvemos nos transformar em a tores. . . e através de um sododrama, apresentamos quadros de onde se retiravam as regras de bem dialogar. Cada um de nós teve de vencer sua inibição natural. E foram revelados verdadeiros artistas! Cansaço? Não o percebemos. Após a comovente missa cele-brada por Mons. Paulo, levamos para casa um coração cheio de alegria pela acolhida simpática: dos noivos. Sabemos que nos tornamos mais unidos e que ganhamos um punhado de novos amigos.

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UMA COLET ÃNEA DE LIVROS SOBRE MARIA

NOSSA SENHORA DE CASA EM CASA Paulinas, 7~ edição, 1983.

Pe. Isaac Lorena., CSSR -

Edições

Continua muito popular a prática da visita de Nossa Senhora áe casa em casa, principalmente no mês de Maria. Para que essa devoção não fique num plano meramente sentimental, o autor oferece leituras que devem ser seguidas de reflexão. Com o Concilio Vaticano, a Igreja lembra que a verdadeira devoção não consiste num transitório afeto, mas procede de uma fé verdadeira, pE.la qual somos levados a imitar Nossa Senhora. MARIA. A MAE DE JESUS -

Carlos Mesters -

Editora Vozes,

5~

edição. 1983.

Também reedição, este pequeno livro apresenta, com simplicidade, sem considerações teológicas, a história de Maria, fazenC:.o-nos sentir muitas vezes no mesmo chão histórico onde viveu a Sagrada Família. Frei Carlos Mesters procurou, mais uma vez, uma abordagem acessível a todos, no estilo dos círculos híblicos. O SIU:NCIO DE MARIA ção, 1982.

Inácio Larrafiaga -

Edições P aulinas,

13~

edi-

Quem ainda não conhece, vai descobrir um livro maravilhoso. Mostrando, apoiado nos Evangelhos, que a natureza transcendente de Jesus, seus atos e palavras não foram inteiramente compreendidos por Nossa Senhora, ou, pelo menos, não imediatamente assimilados, Larra:fíaga recoloca a Virgem de Nazaré bem próxima de nós. Como todos nós, Maria teve que ir peregrinando, buscando, no silêncio da oração, com a atitude típica dos pobres de J avé nbandono, busca humilde, disponibilidade confiante - , a vontade do Pai e o mistério do próprio Filho. 1\lARIA, A MULHER QUE ACREDITOU nas, 3~ edição, 1984.

Ca.rloSI Cazretto -

Edições Pauli-

Para quem lamenta 'não ter devoção' a Nossa Senhora, este é o livro. O autor, com a simplicidade de sempre, nos conta sua descoberta de Maria como uma pessoa humana e, acompanhando-a passo a passo pelos caminhos da Galiléia e da J udéia, nos leva a

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adquirir um relacionamento de amor para com ela. É um livro cristológico também, pois acompanhando Maria, acompanhamos Jesus. Finalmente. o Irmão Carlos nos apresenta maneiras novas de rezar o terço e sugestões de textos de apoio -leituras, salmos, 01 ações dos Padres da Igreja. Além de auxiliar a devo~ão individual, é um livro precioso também para as equipes que se reunem para rezar o terço, pois ainda traz em apêndice muitos cantos marianas. J.\<fARIA, O CAMINHO DA MAE DO SENHOR -

M. Basilea Schlink -

Grá-

fica Vicentina Ltda., Curitiba, 1982.

A idéia da Madre Basilea, fundadora da Irmandade Evangélica de Maria, em Darmstadt (Alemanha), é apresentar a figura de Maria às comunidades protestantes, que dela se afastaram ao longo dos séculos, com grande prejuízo, segundo afirma a autora, para sua vida cristã. O caminho que orienta o livro é bem parecido com o que inspirou Carlos Carretto. Só que é um livro escrito por uma mulher, cuja sensibilidade anota detalhes que falam muito ao coração. Um pouco na mesma linha do livro de Larrafiaga, Maria se nos apresenta como aquela que pouco sabia do plano de Deus, a não ser por intuição, e que recebia consolo e conforto à medida dos acontecimentos que marcaram sua vida e a vida de seu Filho. Depois da leitura deste livrinho, sentindo Maria bem humana, bem próxima de nós, é com outra disposição e renovada devoção que rezamos o terço. O DIARIO QUE MARIA NAO ESCREVEU nas. 2'1- edição, 1982.

Justo Asia.in -

Edições Pauli-

O autor foi profundamente inspirado ao escrever esse "diário", que nos traz à intimidade com Nossa Senhora, fazendo que admiremos sempre mais sua personalidade, sempre pronta a aceitar a vontade de Deus com serenidade e fé , ensinando-nos como é feliz aquele que vive na presença de Deus. É um livro que encanta. MARIA E A VIDA CRISTA -

A. Rouet -

Edições Paulinas, 2'1- edição, 1981.

"O culto a Maria reclama que a sigamos no mesmo movimento. É impossível segu:ir o exemplo de Maria se nos eximirmos de comprometer-nos com uma solidariedade que foi a sua. Pelo contrário, seguir Maria significa com ela servir o plano de Deus, que atinge a todos os seres ... " Rouet, que trabalhou com universitários e no Serviço de Catequese de Paris, nos propõe uma reflexão original: Maria como a primeira e fiel discípula de Jesus. E. é c:laro, o protótipo de toda vida cristã. -27-


VIDA DE EQUIPE

UMA PREPARAÇÃO PARA O BATISMO REALIZADA EM EQUIPE

A Equipe 13 de Jundiaí teve, no segundo semestre do ano passado, oportunidade de passar por uma experiência muito enriquecedora: a preparação para o Batismo realizada em equipe. A idéia ~urgiu quando nasceram Renato e Ana Carolina, com apenas um dia de diferença, e estando prevista a chegada de Ana Cecília para novembro. Por que não nos prepararmos para o Batismo juntos, em equipe? Isso traria também proveito para os outros casais, uma vez que, sendo eles fortes candidatos a padrinhos, teriam de se preparar também! O Irmão Paulo André, nosso Conselheiro Espiritual, sugeriu que realizássemos a preparação estudando os capítulos 1 e 3 do livro "A fé explicada aos jovens e adultos", volume 2, "Os Sacramentos", de Rey-Mermet. Tendo em vista a ocasião especial, decidimos dedicar nossas reuniões de setembro e outubro ao estudo dos dois capítulos, reservando uma reunião para cada capítulo. A preparação para as reuniões consistiu na leitura individual e em casal do capítulo correspondente, com a indicação das idéias mais importantes e das dúvidas encontradas. Nas reuniões, color.: amos em comum nossas observações, cabendo ao Irmão Paulo concluir os temas com suas colocações. Ana Carolina, Renato e Ana Cecília foram batizados no dia 11 de dezembro, em Cajamar, onde o Irmão Paulo é vigário. O ritual €:ra o de sempre, mas a cerimônia revestiu-se de um s'gnificado todo especial para a equipe, dada a seriedade com que se preparara para a ocasião.

Teresa e Carlos Alberto Panizza Equi~

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13 de Jundiaf


NOTíCIAS DOS SETORES

JAU -

Parabéns, Cônego Pedro

Só agora ficamos sabendo: no dia 2 de fevereiro, o Côn. Pedro Rodrigues Branco, um dos primeiros Conselheiros Espirituais de equipe <e de Setor) no Brasil, e que até hoje continua "na a.tiva ". comemorou 50 anos de profissão relig:osa na Ordem dos Premonstratenses. Junto com o Côn. Pedro, celebrou também 50 anos de profissão o Côn. Lino Victor Foureaux que, embor·a não seja Conselheiro de equipe, rolabora com o Movimento, principalmente nos Encontros de Noivos. A Equipe 1 de Jaú teve inicio em 1955 (foi a primeira f:quipe fora de São Paiulo): portanto. há quase 30 anos vem o Cônego Pedro de.dicando grande parte de seu minlstério ao Movimento, trazendo, com seu jeito ao mesmo tempo simples e p rofundo de falar de Deus, nas reuniões, nos retiros, em encontros, muitos e muitos casais para mais perto de Deus. CRICIUMA -

Ter90 no bairro -

etc.

As segundas-feiras, durante todo o ano de 1983, os equipistas da 13 reZI\ram o terço nas residências do bairro. "com a participação mu~ to grande da comunidade. Na última ~-feira de cada mês, o terço é re2lado na Capela do bairro.

"Equipistas há apenas dois anos, aprendemos muito, escrevem Glivia e Gercino, e fizemos também alguma coisa de bom, que possivelmente não teriamos feito se não t ivéssemos tido a. oportunidade de pertencer a uma Equipe (te Nossa Senhora. Nossa equipe deve seu desenvolvimento espiritual ao nosso Conselheiro, Pe. 06ni Zanatta, que é muito dedicado e está sempre pronto a nüs orientar. Assim procuramos transmitir à comunidade um pouco daquilo que aprendemos através das reuniões de equipe." Ainda convidaram do's casais não-equipistas a participar do retiro : "Voltaram tão felizes, entusiasmados e abastecidos de fé que são hoje testemunhas do aperfeiçoamento que um retiro é capaz de proporcionar." A Equipe 13 ailnda assumiu, com a 7 e a 11, a missa do terceiro domingo de cada mês na Igreja de São Paulo Apóstolo. Foi um compromisso tomado un missa da Assunção de Nossa Senhora -«modelo de disponibilidade na fé e li\lstentáculo de todos os que se dedicam à missão apostólica da Igreja." Na Equipe 9, todos estão engajados em serviços paroquiais: uma equipista é Ministro da Eucaristia e dá catequese de iniciação, de F' Eucaristia e de

preparação para a Crisma; outra dá catequese de iniciação e de 1'~- Eucaristia; um equipista. é Ministro da Eucaristia, outro faz parte do Conselho Administrativo Paroquial; cinco casais lideram grupo de reflexão.

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-Filhos casando "em equipe'' Como aconteceu numa equipe do Rio de Janeiro (cf. C.M. de março), dois jovens cujos pais pertencem à mesma equipe (a 5) uniram-se em casamento. Um acontecimento que merece registro, pois mostrS~ como os equipistas souberam integrar os filhos na vida da equipe. PETRóPOLIS -

Equipe paroquial

A Equipe 23, que nasceu na Festa de Na. Sra. do Rosário, foi uma equipe j á idealizada diferente: o casal responsável pela expansão achava que valeria

a pena ''reunir um grupo do mesmo bairro, que integrasse a mesma paróquia fl. com isso, tivesse mais façilidade para se encontrar e viver seu cristi-a nismo". Com oito casais - inclusive um que, antes de casar, já tinha seu nome na lista - fizeram a reunião de informação : ":S: claro que todos se conheciam menos ao piloto e ao expansão. Que alegria para todos! Que interesse e animação! Depois de escolhida a protetora (Na. Sra. Auxiliadora, a padroeira do bairro), vivemos um momento especial, quando todos, ao som do violão, entoamos o seu hino." O entusiasmo pela experiência foi tão gr-a nde que a equipe foi Instalada com ... dois Conselheiros ~pirituais! - ficando como titular o Frei Waldir Zucheratto. -

Preparando-se para escolher o CR

A Equipe 6 preparou-se para a eleição de seu casal responsável com um trrço, rezado com os filhos . "Foi uma noite bonita, cantamos e rezamos louvando Maria. Sentimos como nossos filhos gostam de participar do Movimento, pois até os pequenos ficaram atentos a tudo que ocorria. Continuamos nossa preparação através do terço, cada semana na casa de um casal, sempre pedindo à Virgem Maria pelos nossos filhos e pela paz e o amor no mundo." -

Equipe "f311;edora de padres"

Ou seja: mais um Conselheiro Espiritual ordenado sacerdote. A noticia r;os chegou através do BolEtim e já é bem antiga: Frei Paulo foi ordenado no dia 6 de agosto! Eis o que escrevia a Lygia, da equipe de viúvas : "Deoois de um ano de um convívio bastante gostoso e proveitoso, Frei Pau:o nos deixará. Va.i deixar-nos, como já o fizeram Frei Rossini e Frei Fred, ficando em seu lugar o simpático Frei Fernando. Nossa equipe tem uma característica singular dentro do Movimento: é sem dúvida uma equipe "fazedora" de padres! Deus não nos concedeu a graça de termos filhos sacerdotes, mas deu-nos a alegria de já termos tido três conselheiros, aos quais aprendemos a amar como filhos, que privaram conosco nos seus últimos tempos de estudantes, ajudando-I!OS, com seu entusias1no e rico conhecimento, no nosso crescimento espiritual."

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BATATAIS -

Transutissã.o de cargo

Lembrando palavras de D. Helder Câmara segundo as qua.is "existe uma carga que os anjos de Deus, quando preciso, ajudam a carregar", Ester e Luiz CarlQS entregaram a. responsabilidade da Coordenação de Batatais ao casal Ebe e Dante Puiatti. A cerimônia realizou-se durante a celebração eucaristica, durante a qual, na presença do Casal Regional, Heloisa e Ary, Pe. Roque abençoou o novo casal cooordenador. JACAREí -

A Paixão de Cristo segundo o Sudário

O Setor de Jacareí viveu, durante uma tarde de reflexão, em fevereiro, momentos de fé e emoção, ao ouvir Antonio Carlos Corcione falar sobre a vida, paixão, morte e ressurreição de Cristo. Colocando de inicio a pobreza de nossa fé, que hoje precisa de provas cientificas, como o Santo Sudário. Antonio Carlos foi levando os equ!p:stas até o Calvário. Tal era o seu envolvimento, escrevem Mar:y e José Roberto, que "dava a impressão de ter vivido com Cristo a Paixão e sofrido com Ele aqueles momentos de amor, de dor e compaixão". Numa segunda etapa, Antonio Carlos ficou de retornar a Jacarei para falar, com o grande çonhecimento que tem do assunto, sobre o Santo Sudário.

VOLTOU PARA O PAI PE. LEOPOLDO VON LIEMPT - Conselheiro Espiritual da Equipe 6 de Valinhos - No dia 9 de março. "Há sessenta anos no Brasil, 17 dos quais cm Valinhos, dedicava--se de corpo e alma à AP AE. Conduziu também com multo amor e dedicação os casais da equipe, que o queriam como a um pai. •· Acrescentam ainda Adalgisa e Fabri: «Quantas lições de amor, de doação total, de uma vida dedicada ao próximo, à criança carente e deflc!ente, ao pai aflito, à mãe desesperada, ao seminarista, ao aluno. Findou seus dias numa vida franciscana, sozinho, num quarto humilde, numa casinha pobre. No seu rosto, porém, os que o viram morto já havia horas notaram um sorriso doce e meigo, que sem dúvida provinha da alegria do encontro com Cristo."

RETIROS JUNDIAt

4 a

-

6 de maio

SAO PAULO - 18 a 20 de maio

- em Va:lnhos -em Barueri -

Pe. Chiquinho Frei Estevão Nunes

CRICIUMA

8 a 10 de junho -

SAO PAULO -

8 a 10 de junho -em Barueri -Frei Mariano Forolesse

em Urussanga

Retiro para jovens em São Paulo 1 a 3 de Junho -

no Cenáculo

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Pe. Elysio


EIS A TUA MÃE!

Na hora em que ia passar deste mundo para o Pai, Cristo nos deu a Sua Mãe, para ser a nossa Mãe ...

TEXTO

D~

MEDITAÇAO -

Jo. 19, 25-27

Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas e Maria Madalena. Jesus então, vendo a sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis o teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!" E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa.

ORAÇAO -

Salve, Salve, Salve, Salve. Salve, Salve, Salve, Salve, Salve, Salve, Salve, Salve,

Sofrôn!o de Jerusalém

Mãe da alegria celeste! tu que alimentas em nós um júbilo sublime. sede da alegria que salva. tu que oferecestes o gáudio perene. ó místico lugar da alegria inefável. ó campo digníssimo da alegria indizível. ó fonte abençoada da alegria infinita. ó tesouro divino da alegria sem fim. ó árvore frondosa da alegria que dá vida. ó Mãe de Deus, por ninguém desposada. ó Virgem, intacta em tua integridade. espetáculo admirável, que deixa aquém todos os prodígios!

Quem poderia descrever o teu esplendor? Quem poderia relatar o teu mistério? Quem seria capaz de proclamar a tua grandeza? Ornaste a natureza humana, superaste as legiões de anjos . . . s·uperaste todas as criaturas .. . K ós te aclamamos: Salve, ó cheia de graça!

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conj.ugal e familiar

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Revisão, Publicaç ão e Distribuição pela S ecretaria das EQUIPES DE NOSSA SENHORA 010 50 -

Rua João Adolfo, 118 - 99 - conj. 901 SAO PAULO. SP

T e!.: 34-8833


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