ENS - Carta Mensal 1982-5 - Agosto

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1982 Agosto

Convocados por Deus . . . . . . . . .

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O leigo, obra-prima da graça de Deus

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A mensagem do " Magnifica!" . . . . . . . . . . . . . . . . .

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A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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O sacerdote e as famílias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Carta da Equipe Responsável . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Queres ser intercessor? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Aniversário da lei do divórcio no Brasil . . . . . 14 As razões pelas quais as Equipes vão a Roma . . 16 O despertar de uma vocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Novos Pastores para o Povo de Deus . . . . . . . . . . 19 EACRE/ Rio 1982 ... Oração de um pai . . .

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Carta de um Casal Responsável à sua equipe . . 24 Os verdadeiros empecilhos Uma equipe original ..... Solidariedade na aflição Notícias dos Setores Deus dá o crescimento

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Dois homens no caminho. Eles vêem - o seu olhar o diz. Eles vêem o invisível: o Cristo, que caminha com eles. O Cristo que caminha à sua frente, o Cristo que os arrebata. Este quadro de Michel Ciry, na sua beleza plástica, encobre uma lição espiritual: Cristo não está representado, no entanto, ele está presente. Intensamente. Naqueles dois olhares que, ao mesmo tempo, o procuram e o percebem. Nós não o vemos com os olhos da carne, mas acreditamos que ele está presente, como prometeu. Aquilo que foi a experiência inesquecível dos discípulos de Emaús tornou-se a fé imutável da nossa vida. "Felizes aqueles que acreditaram sem ter visto" (Jo. 20, 29). Fomos convidados, este ano, a reavivar esta fé e a encarná-la na nossa vida de todos os dias, especialmente em nossa vida conjugal e familiar, pois é ela que forma o centro da nossa existência. Como é necessário que Cristo esteja presente em nossa vida, a santificar o nosso amor, o nosso trabalho, o nosso lazer, a assumir conosco nossos compromissos apostólicos! Ele, que nunca nos abandonou, mesmo quando nós o abandonamos. Basta que nos voltemos para ele: fica conosco, Senhor! E Ele entra na nossa casa para partilhar a nossa refeição e a nossa vida. Peçamos-lhe aquele olhar renovado que nos fará descobri-lo nos acontecimentos e nos outros. Faze, Senhor, que caminhemos contigo, tu, que sempre caminhas conosco!

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EDITORIAL

CONVOCADOS POR DEUS

Se olharmos a história do homem e a história de cada um de nós em particular, perceberemos como ela é tecida de um constante chamado de Deus. Deus não apenas nos chamou à vida e nos lançou na maravilhosa aventura de marcarmos presença dentro de sua criação, como também nos convoca, constantemente, para uma tomada de consciência. Pede que tomemos consciência de que Ele nos chama. Pensemos nestes dois elementos: chamar e tomar consciência. Chamar. Verbo que expressa um apelo emitido pela voz. Mais decididamente: um apelo que contém o nosso nome. Chamar pelo nome expressa conhecimento, delicadeza, amizade, confiança, amor, carinho, vontade de nos ver, de nos falar, de estar conosco, de nos associar a um trabalho comum. Tudo isso vem contido quando dizemos que Deus nos chama.

Diremos, talvez, que não ouvimos nunca Sua voz. Mas Ele fala de mil formas : pelo criado ao nosso redor, chamando-nos ao respeito e à conservação da natureza. Pelas pessoas que nos cercam, levando-nos a ver em todos a Sua imagem. Sobretudo nos convoca a tomar parte ativa na conservação e continuação de sua obra, colocando-nos no seio de uma família, e mais: colocando-nos à testa de uma família. Esta é a grande convocação, porque é vocação do homem e da mulher que aceitaram o matrimônio. E toda vocação é um chamado. Não um chamado que se esgota num apelo, mas um chamado continuado, que se repete em cada filho, em cada acontecimento relacionado com os filhos, em cada momento em que os dois são convidados a reassumir a grande tarefa do amor. Repete-se também em cada crise, em cada momento difícil, em cada vez em que a dor ou o sofrimento batem à nossa porta. Aceitar a vida de casado, em cada momento de que é tecida, é dizer constantemente "sim" ao Pai, a exemplo de Nossa Senhora.

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Tomar consctencia. Significa aprofundar o apelo. Não ficar apenas no som vocal, mas penetrar-lhe o sentido. Procurar buscar a razão mais divina que nele existe. Não parar nas aparências. É acolher o chamado do Pai. Fazê-lo algo encarnado em nós. Um pedaço de nós. Numa palavra: tentar descobrir o que Deus quer da gente. E isso em todos os momentos. A vida toda. Saber ouvir Deus é uma arte muito importante a ser aprendida, pois ela nos revela uma riqueza sem par, dá sentido a mil coisas da vida diária, faz brotar a alegria das insignificâncias do cotidiano, deita tranquilidade dentro de nós, faz nascer em nós a palavra serena, sábia, ponderada, iluminada, encorajante. Porque quem se esforça por ouv:r Deus falará como Deus quer que se fale. A gente descobre sobretudo: nossa vida é uma eterna convocação de Deus e deve se tornar uma eterna resposta. Que Nossa Senhora nos ensine a compreender o chamado e a responder-lhe em plenitude. Frei Hugo Baggio Conselheiro Espiritual da Equipe 1 de Guaratinguetá

A família cristã, sobretudo hoje, tem uma especial vocação para ser testemunha da aliança pascal de Cristo, mediante a irradiação constante da alegria do amor e da certeza da esperança, da qual deve tonar-se reflexo: "A família cristã proclama em alta voz as virtudes presentes do Reino de Deus e a esperança na vida bem-aventurada." (L.G. 35)

(Famillaris Consortio, 52)

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A PALAVRA DO PAPA

O LEIGO, OBRA-PRIMA DA GRAÇA DE DEUS

Todos os cristãos, incorporados em Cristo e na sua Igreja através do Batismo, são consagrados a Deus. São chamados a professar a fé que receberam. Além disso, com o sacramento da Confirmação, são enriquecidos pelo Espírito Santo com uma força especial para dar testemunho de Cristo e participar no seu encargo de salvação. Todo cristão leigo é, portanto, obra-prima da graça de Deus e é chamado aos cumes da santidade. As vezes, homens e mulheres do laicado parecem não apreciar plenamente a sua dignidade e vocação laical. Não, não existe um "leigo ordinário", porque todos vós fostes chamados à conversão através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Como povo santo de Deus, sois chamados a desempenhar o vosso papel na evangelização do mundo. Sim, os leigos são "raça eleita, sacerdócio santo", também eles chamados a ser "o sal da terra" e ''a luz do mundo". É sua vocação e missão específica manifestar o Evangelho na sua vida e inseri-lo assim como fermento na realidade do mundo em que vivem e trabalham. As grandes forças que governam o mundo política, meios de comunicação, ciência, tecnologia, cultura, educação, indústria e trabalho - são precisamente os setores nos quais os leigos são especificamente competentes para exercer a sua missão. Se estas forç as forem dirigidas por pessoas que sejam verdadeiros discípulos de Cristo e que, ao mesmo tempo, pelos conhecimentos e pela prática, sejam competentes no seu campo específico, então o mundo será verdadeiramente mudado a partir de dentro, através do poder redentor de Cristo. Os leigos são hoje chamados a um forte compromisso cristão: permear a sociedade com o fermento do Evangelho ... (Homilia em Limerick, Irlanda, 1-10-79)

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A MENSAGEM DO "MAGNIFICAT"

D. Cândido Padin, OSB Bispo Diocesano de Bauru

A devoção a Maria, Mãe de Jesus, tem na Igreja católica uma posição privilegiada por uma razão teológica. Não se destina a satisfazer as manifestações puramente sentimentais pelo respeito à sua figura de Mãe, mas reconhece nela uma parte integrante da realização do mistério da encarnação do Filho de Deus. Essa real zação só foi querida por Deus mediante a aceitação consciente e inteiramente livre da parte de Maria. O seu "sim" significa a incorporação da sua vida pessoal na misteriosa presença do Verbo de Deus na carne humana. Além desse valor teológico fundamental, devemos reconhecer também a figura profética de Maria. Sendo convocada por Deus para a sublime m ssão de mãe do Redentor, foi movida pelo Espírito Santo para anunciar profeticamente a dupla dimensão do reino de Deus: faz-nos participar da graça na condição de filhos de Deus, mas exige de nós a construção de uma sociedade onde impere o amor fraterno e a justiça, especialmente entre os mais pobres. É curioso observar que a figura profética de Maria aparece no Evangelho imediatamente no início da sua missão, como para iluminar o sentido da vinda do Messias, seu filho. Lucas, o carinhoso evangelista que teve o cuidado de privar com a Mãe de Jesus para recolher as particularidades dos mistérios de Deus que nela se realizaram, foi o único que registrou no seu Evangelho o poema que brotou espontâneo e inspirado dos lábios de Maria. O Magnificat é um canto tipicamente bíblico, demonstrando que aquela jovem tinha um conhecimento das Escrituras não comum às moças do povo de Israel, pois o ensino mais amplo dos textos bíblicos era reservado aos rapazes e homens, especialmente aos levitas. A composição do Magnificat, no entanto, contém

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passagens inspiradas nos livros de Samuel, dos Profetas e dos Salmos. A primeira parte proclama a mensagem de esperança e de ação de graças porque a misericórdia de Deus dignou-se elevar a humilde criatura humana às alturas da vida divina. Em seguida, anuncia que essa elevação não se destina a negar ou desprezar o valor da realização terrena da vida humana. Ao contrário, proclama que Deus deseja que a convivência dos homens na terra seja realmente fraterna, cuidando de modo especial da promoção dos mais humildes e necessitados. Ele "dispersou os homens de coração orgulhoso; derrubou de seus tronos os poderosos e elevou os humildes; saciou de bens os famintos e aos ricos despediu de mãos vazias." (Lc. 1, 51-53). Essa mensagem exige dos que desejam cultivar a veneração à Virgem Santíssima uma coerência no seu comportamento cristão. Não basta promover uma reflexão sobre a glória da Mãe de Jesus ou mesmo orações devocionais a ela dirigidas. É necessário, ainda, que se assuma o compromisso para a construção de uma sociedade onde os direitos inerentes à dignidade humana sejam defendidos e promovidos. Essa é a verdadeira piedade mariana. (Editorial do Boletim de Bauru)

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A ECIR CONVERSA COM

VOC~S

Ao iniciarmos um novo ano equipista, com a maioria das nossas equipes confiadas a novos casais responsáveis, queremos agradecer aos que saem tudo o que puderam fazer pelas suas equipes. Aos que agora assumem, nossa confiança e esperança de que, apoiados numa vida ainda mais intensa de oração, poderão, a seu tempo, ver os frutos do serviço que agora se dispõem a prestar aos casais da sua equipe e ao Movimento. Com o objetivo de prepará-los para a missão, estão sendo realizados diversos EACREs em todo o País - ao todo, são sete. Dos dois já realizados, o de Londrina e o do Rio de Janeiro, destacamos como fatos significativos o empenho em conseguir o apoio na oração. Essa visão espiritual da realidade, que confia mais no poder da oração do que na organização material, encontrou resposta nos inúmeros oferecimentos registrados, sacrifícios, jejuns, missas, intenções assumidas por comunidades religiosas, etc. Com essa retaguarda espiritual, pode-se ter a certeza de que os frutos serão abundantes. O segundo destaque fica para o esforço empregado para que esses encontros tivessem profundo caráter eclesial, marcado pela presença de representantes da Hierarquia local - aqueles que não puderam ir, enviaram mensagens - inúmeros representantes de outros Movimentos e até da imprensa católica. Ora, nós atravessamos uma quadra onde só se destacam os acontecimentos negativos, especialmente aqueles que envolvem a família. Devemos, portanto, zelar para que as coisas positivas não fiquem escondidas mas sejam colocadas bem no alto, a fim de que possam irradiar a sua luz. o

No raiar desse ano equipista, o coração do Movimento pulsa com maior intensidade porque se avizinha a Peregrinação a Roma. Se precisássemos de um modelo de peregrino, bastaria con-

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templar o Papa João Paulo II, que é o grande peregrino da paz em nossos dias, não medindo sacrifícios para que não falte, onde é necessário, a presença do Evangelho. É só recordar suas recentes viagens à Inglaterra e à Argentina. Com esse espírito, todos devemos participar integralmente desse grande momento das ENS. Não importa se peregrinaremos fisicamente, viajando para Roma, ou se daqui acompanharemos em espírito os viajantes. O que vale é que toda a nossa comunidade, como um todo, viva esse instante de fé, de despojamento e de entrega. Os que viajam seguem como representantes daqueles que ficam. Vão lá em nome dos outros. Serão os portadores das intenções pelas quais os que ficam gostariam de pedir ao Pai, na sede da cristandade. Para os que ficam, a missão de acompanhar seus irmãos peregrinos, procurando viver aqui o que está programado para lá. É muito apropriado então que se organizem peregrinações locais, preferencialmente no período de 19 a 26 de setembro - que é a semana da Peregrinação. Assim, daqui estaremos unidos e em marcha com os que estão em Roma. Nesse período, seremos recebidos em audiência por Sua Santidade o Papa João Paulo II. Lembramos que também em nossos Setores e Coordenações poderiam ser programadas visitas à Hierarquia local. Vamos manifestar aos nossos bispos nossa disposição de estarmos a seu serviço, de reafirmar que nossos casais se sentem Igreja, unidos ao seu Bispo. Será a realização local daquilo que vai ocorrer em Roma. Que todos nos empenhemos assim na preparação e participação, a fim de que, na volta, estejamos aptos a empreender a grande missão de proporc·onar à nossa sociedade, tão carente dos verdadeiros valores, a oferta dos frutos desse nosso ato de fé em Deus e na Igreja.

• Com efeito, Cristo Senhor, pela. força do matrimônio dos batlzados elevado a sacramento, confere aos t-sposos cristãos uma missão peculiar de apóstolos, enviando-os como operários para a sua vinha e, de forma multo particular, para o campo da família. <Famlll.a.rls Consortio, 71)

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HOMENAGEM AOS NOSSOS SACERDOTES NA FESTA DE SEU PADROEIRO

O SACERDOTE E AS FAMILIAS

As famílias cristãs esperam do padre, antes de mais, o exemplo claro de uma vida sacerdotal vivida em plenitude. Também os sacerdotes, como os leigos casados, escolheram livremente viver e testemunhar o amor. A condição sacerdotal é, em si mesma, uma das mais altas formas de traduzir, na vida quotidiana dos homens, o amor indefectível com que Deus os ama. Se, como afirma São Paulo, o matrimônio é o grande sacramento em que se partilha e manifesta o amor recíproco de Cristo e da Igreja, não há dúvida de que não se esgota aí esta reciprocidade amorosa. Outras maneiras há de vivê-la e de exprimi-la, tais como a virgindade consagrada e o sacerdócio ministerial, assumidos em continência perfeita. O celibato sacerdotal é expressão privilegiada de amor e constitui, simultaneamente, um poderoso sinal e incentivo do amor. Os leigos casados precisam da linguagem forte deste sinal, que relativiza e interpela as formas de viver egoisticamente o amor no matrimônio e as abre para a plenitude da caridade de Jesus Cristo. O amor sacerdotal incentiva em todos o verdadeiro amor. Sem o exemplo e o testemunho claros de vidas sacerdotais entregues ao absoluto do amor de Deus e dos irmãos, a pastoral familiar carecerá sempre de fundamento e de estímulo, e corre o risco do insucesso. E quando um padre exerce o seu sacerdócio com entusiasmo e alegria, não tem medida o bem que realiza. Por ele, renovam-se e santificam-se as famílias e, com as famílias, renovam-se e santificam-se a Igreja e o mundo. (Da homilia do Patriarca de Lisboa na Quinta-Feira Santa, 18-•-81)

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CARTA DA EQUIPE RESPONSAVEL

Desde o início, desejávamos que nossa peregrinação a Roma fosse um gesto de fé e também um gesto de Igreja. Um gesto, antes de mais nada, em direção ao coração da Igreja. Roma é o centro da Igreja, o lugar para onde convergem os cristãos do mundo inteiro, o lugar onde melhor se ouve o pulsar do coração da Igreja universal. Desde o último Concílio, trabalhou-se tanto para aprofundar e viver a especificidade das nossas Igrejas particulares - o que tem sido fonte de grande enriquecimento - que talvez tenhamos perdido um pouco a sensibilidade em relação à Igreja universal. É este sentido de Igreja que reencontraremos em Roma, no contato com todos aqueles com quem estivermos, em particular os 3.000 casais e sacerdotes das Equipes de Nossa Senhora vindo dos cinco continentes, cada um deles com suas preocupações, mas todos com a mesma fé no amor salvüico do Cristo e na Sua Igreja. Gesto em direção ao coração da Igreja, mas também gesto de Igreja. Não iremos a Roma como indivíduos, cada um por si, mas iremos em comunidade, em Igreja. Como casal, em primeiro lugar: para cada um dos nossos casais, será um tempo forte de encontro - encontro com nosso cônjuge e encontro com o Senhor, em comunhão com todos aqueles que nos são caros. Como equipe: viveremos, durante sete dias, uma vida de equipe, com um sacerdote e cinco casais vindos de países, de horizontes muito diversos, partilhando com toda a simplicidade nossas alegrias e nossas tristezas, comunicando-nos nossas experiências, principalmente as experiências espirituais, orando uns pelos outros. E, todos juntos, formaremos uma grande comunidade eclesial, que se encontrará diariamente para celebrar o Senhor, para se colocar à escuta do Seu Espírito, a f im de melhor discernir o que Ele espera, hoje, das Equipes de Nossa Senhora no seio da Igreja universal. "Triunfalismo", "desperdício de dinheiro", "iniciativa de ricos" - não faltam críticas e objeções por parte dos que não conseguiram captar o sentido profundo que queremos dar ao nosso Encontro de Roma: um gesto de "pobres", de pecadores, que não hesitam em dar tempo e dinheiro para testemunhar sua fé e seu amor à Igreja de Cristo, como milhares de peregrinos o fizeram no decurso dos séculos. -10-


"A graça específica de Roma é a de descobrir-se, de entender-se a Igreja", dizia-nos recentemente um bispo que encontramos no Vaticano. E uma graça específica da nossa peregrinação será podermos comunicar isto, na volta, a todos os nossos irmãos. Como os dois discípulos de Emaús que acabam de descobrir, maravilhados, que Cristo está vivo e imediatamente se levantam e tomam o caminho de volta para anunciar a Boa Nova à comunidade, voltaremos também nós ao seio de nossas comunidades proclamando nossa fé nas maravilhas que Cristo vivo opera na Sua Igreja. Os que vão levam com eles todos os que ficam, suas preocupações, suas aspirações, seu desejo de viver sempre melhor a sua fé em uníssono com a Igreja do seu país e da sua diocese. Os que ficam sentem-se como aquelas comunidades da primitiva Igreja, que enviavam um dos seus membros para falar em seu nome e trazer de volta a seiva haurida junto às outras comunidades. Importa é que nos sintamos todos uma mesma comunidade, um só Povo de Deus em marcha para o Pai.

--.-Você tem uma intenção especial, pela qual você reza todos os dias? Pois pode pedir que se reze por ela em Roma. Envie essa intenção, batida à máquina (não precisa assinar), à Secretaria das Equipes de Nossa Senhora, à rua João Adolfo, 118, CEP 01050, São Paulo, aos cuidados de Dirce e Rubens.

As intenções serão levadas para Roma e confiadas à interdos peregrinos. Esta será uma maneira de se concretizar, na oração, a preocupação do Movimento com todos os casais do mundo. c~ssão

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QUERES SER INTERCESSOR?

Desde junho do ano passado, fazemos parte da comunidade orante dos Intercessores. Tomamos conhecimento desse grupo através de nossa Carta Mensal de abril/81, em um artigo de Dirce e Rubens. Participando da extraordinária Sessão de Formação de Brodosqui, tivemos oportunidade de ver um Boletim das Equipes de São Carlos onde, por coincidência, se publicava uma relação dos equipistas daquele Setor que se haviam somado aos Intercessores, dispondo-se à oração, ao jejum ou ao oferecimento de algum sacrifício. Conversamos então com Rubens a respeito e não tivemos mais dúvida: ligamo-nos ao grupo, escrevendo à Secretaria das Equipes. A partir de então, a cada três meses, temos recebido da Coordenação dos Intercessores no Brasil (Dirce e Rubens) uma correspondência motivadora, ao lado de novas intenções confiadas a nós pelo trimestre, pelas quais nos comprometemos a orar em dia e hora fixos, previamente estipulados e comunicados à Coordenação. Este material que nos chega às mãos é uma riqueza e, entre tudo o que temos lido e saboreado, gostaríamos de destacar os "Bilhetes espirituais do Padre Gimenez". Eis um pouquinho de alguns desses bilhetes:

- " ... Jesus foi o Mestre de oração dos apóstolos, Ele o é, também, de todos os orantes. . . Desde que haja oração, o Espírito Santo age em nós para operar uma maravilhosa substituição: não somos mais nós, mas é o Cristo que ora em nós ao Pai, dizendo 'Abba'... Essa maravilha querida por Deus deve ajudar-nos a acreditar na eficácia e no valor de toda oração, que não é nossa oração, mas sua oração... O Intercessor não está seguro de si, mas sua segurança está em Deus, o infinitamente fiel." - "Quando o intercessor aceitou ser introduzido, com Maria, no mistério e na oração de Cristo, ele sabe que a plenitude infinita do Cristo substitui sua extrema fraqueza, sua real pequenez. Então ele sabe que sua prece de intercessão adquire dimensão divina, cósmica, infinita. . . O orante não entende, mas crê nesta maravilhosa operação. Ele sabe que nunca estará sozinho durante sua prece. . . 'Pensais que Deus não irá fazer justiça aos que O invocam noite e dia? Eu vos asseguro que Deus atenderá bem depressa'." -12-


- "Quando rezas, aparentemente nada acontece, nada vês, nada sentes, nada ouves; aparentemente é o vazio, ou quase nada. É por isso que, às vezes, a oração se torna difícil e desagradável. Na realidade, quando rezas, toda a criação, o mundo mineral, vegetal, animal, evangélico e humano continua a ser tocado pela força de Cristo que, hoje como naquele tempo, tudo cura, tudo recria. É por isso que a oração é sempre importante, reconfortante para os humildes. Principalmente, e por isso que um minuto CIJ mais, um quarto de hora a mais, uma hora a mais é um material de que o Senhor quer ter necessidade em seu plano de amor, que o Senhor julga indispensável para criar e recriar. Um minuto, um quarto de hora ou uma hora, é pouco e é muito! É pouco porque o orante é pouca coisa, é muito porque neste quase nada há tudo e todos ... " Difícil fazer uma seleção desses bilhetes espirituais! Cada qual nos fascina mais e gostaríamos de transmitir toda a animação com que eles nos contagiam! E é ainda com as palavras do Pe. Gimenez que queremos encerrar: "Queres ser intercessão viva e encarnada como Ele? Tu também podes ousar. O Espírito que habita em ti pode concluir esta maravilha... Decide-te, meu irmão intercessor. Resolve tornar-te o que és! Levanta-te, tu estás curado! Levanta-te, ama, reza, intercede!" Anisia e José Fernando Casal Responsável pela Esp.l.ritualidade, Seto.r de Bauru

• Acontece com os movimentos como com os indivíduos: alguns têm forte vit.alida.de, enquanto outros são astênicos; uns progridem, outros regridem. J!: uma questão de dinamismo interno. Para que o crescimento não se faça , em detrimento à qualidade, é neceEsário cuidar atentamente da alimentação espir.l.tual de nossas Equipes. Penso que ela exige, na hora atual, um suplemento de oração. Efetivamente, solidez, vitalidade, força de expansão alimentam-se na oração, tanto para os movimentos como para os indivíduos. Lanço, portanto, um premente apelo aos voluntários ... HENRI CAFFAREL ("Reunidos em nome de Cristo", n9 15)

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ANIVERSARIO DA LEI DO DIVóRCIO NO BRASIL

A pretexto do aniversano da Lei do Divórcio no Brasil, fomos procurados por uma jornalista que pretendia matéria para seu artigo, que 3aiu em jornal de grande circulação em São Paulo. Nosso diálogo com a jornalista abrangeu muitos aspectos da questão mas o que queríamos enfatizar aqui é uma passagem em que aludimos à nossa preocupação com a preparação para o matrimônio, ao que a entrevistadora retorquiu: " . . . vários amigos meus, obrigados a fazer esse curso, acharam uma "chatice", uma coisa anacrônica, totalmente fora da realidade". Dois pensamentos ocorrem-nos a respeito. Primeiro, nossa responsabilidade de cristãos casados, pertencentes a um Movimento que se ocupa da valorização do Sacramento do Matrimônio por essa tríplice ação: I

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uma preparação remota séria dos jovens para o matrimônio; preparação mais profunda dos noivos; auxílio aos casais em dificuldades.

A exortação Familiaris Consortio - que, já foi dito, deveria ser nosso livro de cabeceira - enfoca o pensamento atual da Igreja a respeito. Lá se lê que "Nenhum plano de pastoral orgânica, a qualquer nível que seja, pode prescindir da pastoral da família". No seu n. 0 66, aborda especificamente toda a problemática da "preparação". É preciso que os casais equipistas não esperem ser chamados mas estejam sempre na primeira linha daqueles que trabalham nesse apostolado. Não se trata só de "dar o curso". Afigura-se-nos da máxima importância contribuir com todas as nossas forças para que esses cursos possam melhorar, tornando-os acessíveis aos jovens de hoje: há que se evoluir para que nossa mensagem possa ser assimilada, e isto não é fácil. Sem dúvida alguma, todos aqueles que se dispõem a falar aos jovens e noivos devem ter a oportunidade de preparar-se convenientemente e, de tempos em tempos, passar por processos de reciclagem.

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O segundo pensamento é quanto à fidelidade da mensagem transmitida. Paulo VI já nos advertia, em 1976, dirigindo-se aos casais equipistas reunidos em Roma: -,

" ... a maior parte dos casais têm necessidade de ser ajudados. Sentem-se assaltados primeiro pela desconfiança e pela dúvida, depois pelo medo e pelo desânimo, e finalmente pela tentaç:ão do abandono dos valores mais nobres do matrimônio. Muitas vezes encontram-se neste estado porque aqueles que deveriam ser mestres puseram em dúvida valores, truncaram-lhes as dimensões teologais, e consideraram utópicas e ultrapassadas ... as exigências mais fundamentais do matrimônio e da família". Todos os que estamos envolvidos nesse apostolado devemos ter bem presente que é nossa missão formar as consciências segundo os valores cristãos e não de acordo com os parâmetros da opinião pública, sem intransigência, mas também sem concessões. . . (Familiaris Consortio). Meus caros, exorto-os a se colocarem a serviço das famílias e a aprofundar sempre seus conhecimentos sobre a doutrina da Igreja. Nossa posição acerca dos aspectos fundamentais que regem a família não é nossa: é a da Igreja. Em todas as nossas atividades apostólicas, levemos sempre a mensagem libertadora da Boa Nova do Evangelho. E não nos esqueçamos das palavras de Paulo VI: a maior parte dos casais precisam ser ajudados. . . não importa se separados, divorciados, etc., todos buscam a gloriosa liberdade dos filhos de Deus, só que muitos a procuram onde ela nunca poderá estar. Cabe a nós ajudá-los.

Dirce e Rubens

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ilS RAZOES PELAS QUAIS AS EQUIPES V AO A ROMA . ..

(Respostas de casais belgas, publicadas na Carta francesa)

Para responder ao convite de João Paulo II. Porque Roma 1982 será um gesto de fé. Para representar a nossa -equipe. Para viver com outros casais a catolicidade da Igreja. Porque a experiência das peregrinações anteriores nos mostra que orientações importantes para os casais, membros ou não das Equipes de Nossa Senhora, foram tomadas nessas ocasiões. Porque participamos em 1970 e em 1976 e vivemos em Roma uma vida de equipe extraordinária - e não queremos perder isto em 1982! Para testemunhar nosso amor à pessoa de João Paulo II, que nos é mais cara ainda depois do atentado do ano passado. Para orar no túmulo dos apóstolos. Para encontrarmos cristãos que falam outras línguas e vivem o mesmo ideal. Para melhor nos sentirmos membros da Igreja universal. Para fazer uma peregrinação e voltar às fontes do cristianismo. Para irmos aos lugares santos, onde tantos cristãos pagaram com a vida seu amor ao Cristo e ao Evangelho. Para nos pormos em marcha, como os discípulos de Emaús para Jerusalém. - .16-

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O DESPERTAR DE UMA VOCAÇÃO <Do Boletim do Setor D, São Paulo, de maio de 1982) ' ·

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A Equipe 12, "Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos", do Setor D, está em festa. , _; Muitos de vocês conhecem a Vera e o Taly, que foram Casal Responsável de sua equipe por dqis anos seguidos. Não são di-t ferentes dos demais casais, só que têm muita boa vontade para trabalhar em prol do Reino do Pai. São da velha geração,. do tempo das Filhas de Maria, dos Congregados Marianas, da JIC, da Ação Catplica, etc . . Desde essà tempo, interessavam-se por tudo o que diz respeito à religião, através de leituras, palestras e cursos. Hoje, são participantes atuantes da Comunidade .d e\ São Lucas, onde, entre outras atribuições, preparam' os jovens para o Crisma. Têm seis filhos, quatro moças e dois rapazes. As duas primeiras contraíram matrimônio, uma em 1981, a outra em fevereiro deste ano. Eles, felizes, confiantes, sempre dizem: "Nós não criamos nossos filhos para nós, mas sim para Deus. Somos apenas Seus instrumentos." Assim, não se surpreenderam quando o José Onofre, já fazem uns quatro anos, num bate-papo com o pai, expressou seu desejo de ser sacerdote. Taly, embora muito satisfeito, fez ver a ele todos os percalços: Onofre, nessa ocasião, tinha seus quinze anos. Daí para cá, dedicou-se o rapaz à pastoral da juventude, à pastoral da catequese - era ·o mais querido dos catequistas da paróquià - e à pastoral dos ·favelados. Se há jovens de 16, 17 e 18 anos que passam seus sábados domingos enfiados, numa favela, só pode ser obra do Senhor!

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Desde então, . pa~sou . a ..coqviver com .o.u tras co,rnunidades, bem como com vários conventos religiosos, para melhor se orientar, se definir. ;E assim., po,1; ocasião do Natal, participou à família: "Dia ll '· de 'feveniiro/ ingressarei na Ordem dos Dominicanos, em Juiz de Fora".

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Vera, Taly e os filhos reuniram-se na chácara, juntamente com tios, primos e amigos, para uma solenidade de despedida. Foi muito bonita, marcante mesmo, pois contou com uma celebração conduzida pelo próprio Taly, que é M;nistro da Eucaristia e da Palavra, e que, feliz da vida, mas muito comovido, teceu considerações sobre o significado da reunião. Na hora da homilia, o próprio José Onofre contou aos presentes seus ideais e o porque da sua escolha. Agradeceu o exemplo e o incentivo de seus pais, bem como de todos os parentes, equipistas e amigos. Na oração dos fiéis, sua tia Teresa conclamou a todos para que o ajudassem em sua missão, que não é nada fácil, permanecendo sempre unidos a ele em oração. Vera, contentíssima e muito comovida, pediu que todos, parentes, amigos, conhecidos e, principalmente, nós, equipistas, rezássemos muito por ele. Na hora da Comunhão, houve muita emoção, com o José Onofre, de alva, já parecendo um Frei, distribuindo aos presentes o Sagrado Corpo do Senhor. As lágrimas que se viram eram realmente de muita felicidade, de muito respeito e de entrega total ao nosso bom Deus. Vá em frente, José Onofre, com seu ideal, pois nós, unidos à Virgem Mãe, que invocamos com o título de "Rainha dos Apóstolos", estaremos sempre ao seu lado.

A Equipe 12/D, São Paulo

A família que está aberta aos valores transcendentes, que serve os irmãos com alegria, que desempenha as suas funções com generosa fidelidade e que tem consciência de sua participação quotidiana no mistério da Cruz gloriosa de Cristo torna-se o primeiro e o melhor seminário da vocação para a vida de consagração ao reino de Deus. (Familiaris Consortlo, 53)

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NOVOS PASTORES PARA O POVO DE DEUS

Enquanto D. Romeu Alberti assume a Arquidiocese de Ribeirão Preto, o Rio de Janeiro ganha dois novos Bispos Auxiliares: D. João D'Avila Moreira Lima e D. José Palmeira Lessa, e a Diocese de Marília recebe como Bispo Auxiliar Mons. Oswaldo Giuntini, Vigário Geral de Jundiaí, o Pe. José Geraldo do Valle, Conselheiro Espiritual do Setor de Ribeirão Preto, torna-se o primeiro Bispo de Almanara, M.G. Conselheiro Espiritual de equipe há 20 anos - antes de ir para Ribeirão em 1976, era assistente das Equipes 2 e 7 de Campinas -, o Movimento muito deve ao Pe. Geraldo. Apesar de suas responsabilidades na Arquidiocese, onde, além de responsável pela Pastoral Familiar, era Coordenador do Conselho de Presbíteros e representante desse mesmo Conselho junto ao Regional Sul I da CNBB, era Conselheiro das Equipes 1, 4, 9, 13, 18 e 19, e do Setor. Seis equipes e o Setor, todos podemos imaginar o que isto representa em termos de tempo e dedicação ... Escrevem os equipistas da 1: "Sabemos que as palavras não traduzem em plenitude nossos sentimentos mais profundos e nem sempre são suficientes para expressar tudo o que queremos comunicar. . . . O Pe. Geraldo, para todos os que tivemos a alegria de conhecê-lo, de conviver com ele, de estar sob seus cuidados por algum tempo e de nos fazermos seus amigos para sempre, não "vai embora". Ele fica conosco, como todo verdadeiro amigo fica: nas palavras, na palavra, nos conselhos, na orientação, nos exemplos, no exemplo, na vida, no coração. . . Que a dádiva que ele nos deixa de si reverta em seu próprio bem e no da nova parte do rebanho que lhe foi confiada." D. Geraldo recebeu a ordenação episcopal em Ribeirão Preto - onde também foi ordenado sacerdote, em 1954 - no dia 23 de julho, devendo tomar posse de sua Diocese a 6 de setembro. As orações dos equipistas o acompanham, pedindo ao Espírito Santo que fecunde o seu ministério e a Maria Santíssima que seja sempre a estrela a iluminar o seu caminho. E a D. Romeu, D. Oswaldo, D. João e D. José, dizemos: benvindos, e contem conosco! ,.

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EACRE/ RIO - 1982

O mau tempo reinante na madrugada de 26 de junho não foi suficiente para abalar o ânimo e a fé dos casais equipistas que, provindos de várias cidades do país, compareceram ao Colégio São Bento para, durante dois dias, participar ativamente de um programa cuidadosamente elaborado. Com efeito, estiveram presentes ao EACRE 189 casais, 4 viúvas e 36 Conselheiros Espirituais, tendo a Equipe de Serviço contado com 58 casais, 3 viúvas e alguns jovens, filhos de equipistas. Das três Regiões que participaram do EACRE/Rio (Regiões Rio, Centro-Leste e São Paulo/E) , se fizeram representar as cidades: Rio de Janeiro, Niterói, Nova Friburgo, Fortaleza, Recife, Petrópolis, Valença, Juiz de Fora, Varginha, Belo Horizonte, Caçapava, Jacareí, Guaratinguetá, Aparecida do Norte, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Taubaté. Além de um equipista da França em serviço no Brasil, tivemos a presença, como convidados, de 2 casais representantes do Serra Clube e 1 representante do Movimento Familiar Cristão. A abertura do EACRE foi feita por Mary-Nize e Sérgio, responsáveis pela Região Rio, que apresentaram o Conselheiro Espiritual do Encontro, Pe. Joaquim Horta, do Santuário da Medalha Milagrosa. As palestras do primeiro dia, a cargo de Lilian e Quadra e do Frei Antonio Moser, de Petrópolis, versaram respectivamente sobre a "Missão do Casal Responsável de Equipe" e sobre a Exortação Apostólica Familiaris Consortio. A primeira, mais elucidativa, mais didática, e · a segunda apresentando um panorama bem atual da família em geral. Ainda à tarde do primeiro dia, houve a Celebração Eucarística, presidida pelo Bispo-Auxiliar e Responsável pela Pastoral Familiar do · Rio de Janeiro, D. Affonso Felippe Gregory, que, muito amigo e conhecedor das E.N.S., proferiu significativas pa-20-


lavras. Todos os Conselheiros presentes concelebraram e vivemos momentos de grande recolhimento e de muita contrição. Na manhã do domingo, tivemos interessantíssima palestra versando sobre "0 Compromisso", a cargo de Marisa e Fleury, de Jundiaí. Marisa, com sua maneira simples, direta e objetiva de falar, "deu o recado" e sua mensagem, pelos comentários ouvidos, foi por todos captada. Enquanto os Grupos de Trabalho se reuniam, todos os Conselheiros tiveram uma palestra especial, proferida pelo Pe. Horta, e puderam amplamente trocar idéias. A tarde, um precioso momento, quando os chamados "grupões" se reuniram. Tivemos três - das Regiões Rio, Centro-Leste e São Paulo/E. Maria Alice e Adelson, representando a ECIR, e o Pe. Horta deram por encerrado o EACRE e, ao término da comovente Celebração Eucarística, vivemos a última passagem significativa de amor fraterno cristão, quando os dois casais do Serra Clube exibiram os paramentos e o cálice usados pelo celebrante, explicando sua origem: os paramentos haviam sido usados pelo Papa João Paulo II por ocasião de sua vinda ao Brasil em 1980 e o cálice era presente do Papa Paulo VI, ambos oferecidos ao Serra Clube. O Serra Clube homenageava as ENS ao trazer ao EACRE seu precioso tesouro para partilhá-lo conosco. Pela alegria desses dois dias vividos em permanente contato com Deus e sob o carinhoso e materno olhar de Nossa Senhora, louvamos ao Senhor e pedimos Sua bênção para todos aqueles que, com sua participação e seu trabalho, tudo fizeram para o êxito deste EACRE.

Lourdes e Mário Equipe 27, Setor C, Rio de Janeiro

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ORACÃO DE UM

PAI

Senhor Jesus, nosso irmão. Em primeiro lugar nós queremos te agradecer neste momento por nos teres ensinado a chamar o Senhor Deus, teu Pai, de Abba, Papai, e assim tornar possível esta aproximação tão íntima e sentimental com o nosso Criador. Contigo, através desta visão nova de paternidade, nos foi aberta a grande porta para a compreensão vertical do infinito sob a luz do amor e do perdão. Contigo, através do entendimento novo de fraternidade, nos foi possível dimensionar a extensão horizontal da possibilidade de PAZ entre os homens. Senhor Deus. Neste dia queremos te agradecer pela graça de sermos pais; pela repetição em nós do milagre da vida, que recebemos de nossos pais pela ação do amor que neles infundiste; te agradecemos pelos presentes que recebemos da tua bondade e que, mesmo sem merecermos, nos ofereces no dia a dia da vida, no sorriso dos nossos filhos, na alegria de vê-los crescer, no contemplar de seu desenvolvimento. Obrigado, Senhor, por eles; obrigado pela preocupação responsável que temos com a felicidade deles; obrigado por termos, pelo menos neles, a oportunidade de nos doarmos sem esperar recompensa, pois isto representa um aprendizado da capacidade de amar a todos desta mesma maneira, como tu desejas de nós. Obrigado, Senhor, pelo barulho que eles fazem em casa, pois assim aprendemos a sair do silêncio do acomodamento interior; obrigado pelas coisas que eles quebram, pois isto nos ensina a não nos apegarmos às coisas mater;ais; obrigado pelas noites que por causa deles não conseguimos dormir, pois assim aprendemos a sair da escuridão do nosso comodismo para a vigília do trabalho pelo irmão que sofre; obrigado pelas perguntas que insistentemente fazem, pois isto nos obriga a pensar, questionar e cres-

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cer com eles; obrigado pelas vezes em que eles nos convidam a rezar, pois assim nos estimulam a nos aproximarmos de ti na oração; obrigado pelos pedidos que constantemente nos fazem, pois desta maneira aprendemos a compartilhar; obrigado sobretudo pelos exemplos que eles nos dão de simplicidade, de alegria constante e pr:ncipalmente de fé, pois neles as tuas palvras e as tuas verdades penetram e são aceitas sem encontrar barreiras. Queremos hoje te pedir, Senhor, uma só coisa; te pedimos que nos ajudes no sentidu de que o nosso comportamento, o nosso agir diário em amor, em compreensão, em perdão, em fidelidade, em doação e em bondade seja para eles uma imagem visível do Deus Pai que tu és de todos nós. Amém. Júlio EqW.pe 2 de Manaus

A efetiva participação na vida e na missão da Igreja no mundo é proporcional à fidelidade e à intensidade da oração com que a familia cristã se une à Videira fecunda, Cristo Senhor. De união vital com Cristo, alimentada pela Liturgia, pelo oferecimento de si e da or~ão, deriva também a fecundidade da familla cristã no seu serviço específico de promoção humana, que de per si não pode deixar de levar à tranGformação do mundo. (Famlllarls Consortio, 62)

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CARTA DE UM CASAL RESPONSAVEL A SUA EQUIPE

.)

Caminhar com o outro, ouvir o que ele tem a nos dizer, apren~ der corp sua experiência, acrescentar-lhe a nossa: eis a maneira mais simples de se buscar o crescimento. Numa tentativa de fomentar o espírito de equipe, queremos; como casal responsável, a todos acolher e ser acolhido com amor fraterno e, com isso, perseguir o ideal de unidade para a equipe. Inicialmente, o nosso agradecimento a todos pela confiança que em nós depositaram ao escolher-nos para casal responsável da equipe. Se é um privilégio, devêmo-lo a vocês que nos deram esse prêmio; se é um serviço, oferecêmo-lo desde já a Cristo e Maria, pelo crescimento de nossa equipe e, conseqüentemente, do Movimento. Regressamos do EACRE (1) e de lá trouxemos ensinamentos para o "pôr-em-comum" com a equipe. Durante este ano equipista, desejamos viver numa comunidade cristã, de acolhimento e abertura mútua e, como tal, lhes propomos perseguirmos o ideal maior de estarmos ao mesmo tempo ligados ao Pai, em comunhão estreita com a Igreja e plenamente abertos para o mundo. Como ponto de partida, achamos aconselhável para a equipe · uma maior interiorização e para tal sugerimos cinco fontes às quais deveremos recorrer, como quem recorre às fontes vitais para a vida biológica. A Eucaristia, a meditação diária sobre a Palavra, Maria, amor fraterno e oração profunda se nos afiguram como fontes vita;s para a vida espiritual, alimento e força para o nosso peregrinar. De resto, lembramos da co-responsabilidade que deve ser assumida por todos. O crescimento da equipe estará na razão direta desse conscientização, que poderá ser expressa numa áurea de envolvimento e interesse pelos problemas de cada um e numa atividade direta na ação organizacional da equipe. Em Cristo e Maria, recebam os nossos abraços.

Neuza e Alves Equipe 18 de Bras1lia (1)

De 1981 .


O MOVIMENTO NO MUNDO

OS VERDADEIROS EMPECILHOS

Quantos de nós, quando chega a hora de nos inscrevermos para o retiro, encontramos mil dificuldades: é a falta de quem fique com as crianças, é uma delas que está em provas, é o excesso de trabalho que exige a presença no escritório no sábado de manhã - invocar-se-ia até o apostolado na paróquia, que não pode prescindir de nossa presença. . . Tudo isso não são dificuldades, mas meros pretextos, encobrindo nossa pouca vontade de nos desinstalarmos, nosso receio inconfessável desse face-a-face com Deus que, emborCll misericordioso, poderia repreender-nos por nossa tibieza . .. Bastaria o exemplo dos poloneses, que fazem um retiro de duas semanas, às vezes em lugar de suas férias, e que lhes custa ainda três meses de salário, para nos cobrir de vergonha. Eis . que agora nos chegam notícias de equipistas que sonham em fazer um retiro, embora isto represente para eles perigo de vida. Isto acontece num país do Oriente Médio, onde os cristãos são perseguidos. Escreve o Casal Regional, na Carta francesa: Um retiro para nossos equipistas em país árabe. . . seria aconselhável? seria até realizável? Depois de um tempo de oração e de reflexão, diante do desejo cada vez mais vivo de todos os casais, começamos, com a ajuda de um Conselheiro Espiritual, a programar o retiro. Como era de se esperar, logo surgiram os problemas. No entanto, com o Senhor a nos ajudar, conseguimos que se realizasse o desejado encontro com Ele! Ficamos maravilhados com a fé tão profunda de todos esses casais e Conselheiros Espirituais, que têm de suportar inúmeros vexames e serem sistematicamente colocados à margem, sem contudo curvar a cabeça ... Esse tempo forte vivido em conjunto durante vários dias, com uns vinte casais e seis Conselheiros Espirituais, permitiu-nos, com a ajuda do Espírito Santo, partilhar em profundidade, -25-


com uma simplicidade e uma verdade toda evangélica, e viver intensamente esses dias. Houve coisas edificantes e muito estimulantes, que mereceriam ser relatadas, mas que somos obrigados a calar. Para coroar esses dias cheios do amor de Cristo vivo e de um autêntico amor fraterno, pudemos deslocar-nos durante uma semana por esse país em muitos aspectos cativante, especialmente pela qualidade do acolhimento que nos foi dispensado. Diante de tanto calor humano, nosso cansaço derreteu por completo. Nossos irmãos e irmãs vivem, em condições difíceis, mas com o melhor de suas forças, tudo o que o nosso Movimento oferece a todos os seus membros para conduzi-los pelo caminho da santidade almejado na nossa Carta. Foi com muita pena e dor no coração que nos separamos de todos esses rostos tão abertos, tão serenos, tão cheios da verdadeira alegria de Deus. Terminando este "flash", gostaríamos de repetir o que o nosso Conselheiro Espiritual dizia ao sobrevoarmos esse país, do qual trazíamos tantas recordações edificantes: "Verdadeiramente, voltamos às origens, foi como se vivêssemos com os primeiros cristãos . . . "

• RETIROS

AGOSTO -

3017 a 01/8 -

em Porto Alegre

13

a 15

-

em São Carlos

20

a. 22

-

em Porto Alegre

27

a 29

-

no Rio de Janeiro

SETEMBRO -

03 a 05 -

em Bauru

17 a 19 -

em São Paulo

24 a 26 -

em Porto Alegre

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UMA EQUIPE ORIGINAL (Da

Carta francesa)

Formamos uma equipe por correspondência, que é a nossa alegria. Será a única? Não sabemos. De qualquer forma, representa muito para nós e queremos partilhar com vocês a nossa experiência. Encontramo-nos há seis anos, exatamente a 19 de setembro de 1976, no trem: estávamos a caminho de Roma, éramos a Equipe 175 da Peregrinação. Todos tínhamos em comum o desejo de participar nessa peregrinação com espírito de fraternidade e de pobreza: o mínimo de turismo e o máximo de partilha. Ninguém levava máquina fotográfica, nem dinheiro para gastar. Desde o início, tudo foi posto em comum. Ajudados pelo fato de estarmos durante 24 horas num compartimento com pessoas de quem ignorávamos tudo, a não ser o nome, decididos a procurar antes de mais nada o que era o essencial, ouvindo com toda a atenção o que os outros tinham a nos dizer num espaço de tempo assim tão curto, cada minuto que decorria era sumamente precioso. Estimulados por uma simpat:a mútua e habituados a partilhar devido à convivência em nossas respectivas equipes, fizemos da nossa primeira apresentação uma verdadeira co-participação, bem profunda, que nos permitiu ficar a par dos problemas de cada um, das suas alegrias, tristezas e do seu caminhar no movimento. Não poderia mesmo ter sido de outro modo, unidos como estávamos pela meditação do maravilhoso texto de São João: "Pai, que todos sejam um ... " Realmente, desde as primeiras horas, nos sentimos em uníssono, tal como Cristo pediu ao Pai lJa sua última noite, há quase vinte séculos. Em Roma, vivemos juntos, e muito intensamente, os cinco dias do Encontro. Mas foi preciso "descer da montanha" e, no caminho da volta, novamente reunidos no nosso compartimento no trem, foi proposto e aceito com entusiasmo, na hora do balanço, o projeto de nos tornarmos a encontrar. Escolhemos a data do encontro: seria a 11 de novembro, em casa de um dos casais do que, então, era apenas "o nosso grupo". Nesse reencontro, procuramos reviver o "tempo forte" de Roma, o que nos levou a rezar e a meditar a Oração de São Franrisco, e tivemos como uma equipe, co-participação e partilha. E a idéia de escrevermos uns aos outros uma carta circular tomou vulto. Um segundo encontro foi previsto para julho do ano seguinte, num retiro dos ''Foyers de Charité". A nossa equipe estava formada.

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Esta equipe funciona desde então, do seguinte modo: uma carta circula entre nós, esforçando-se cada um por respeitar os prazos para que cada casal receba as notícias todos os meses. Detalhe prático: esta carta tem vários "espaços em branco", cada casal escreve no maior, que está no meio, e os comentários são feitos pelos outros nos "espaços" laterais. O casal responsável da equipe (cada um é responsável por sua vez) é encarregado de chamar à ordem os retardatários. Esta carta leva, além do relatório dos acontecimentos familiares, a partilha e o fruto de nossas r eflexões e meditação sobre uma leitura ou um texto da Escritura, ou sobre uma conferência a que se assistiu. Um de nós, o "exegeta" da equipe, enriqueceu-nos muito com o que nos contou sobre um curso de formação bíblica do qual participou. Temos aprofundado juntos os seguintes temas: "Não leveis nada para o caminho", "Como viver a pobreza em casal", "Deus Pai" e "Como viver a nossa fé no nosso papel de pais e de avós". "Bernadette e Lourdes" foi o tema tratado por um médico da nossa equipe, sua mulher, que é enfermeira, e um filho de 12 anos, que viveram uma peregrinação a Lourdes. Apesar dos 500 kms. que nos separam, encontramo-nos 2 vezes por ano, durante um fim de semana. Estes encontros são para nós dias básicos no decorrer do ano, sendo as cartas circulares o laço que alimenta e prepara os próximos encontros. Estivemos juntos por 8 vezes, sem contar as ocasiões surgidas devido a viagens profissionais, férias, encontros organizados pelas Equipes de Nossa Senhora, ou acontecimentos familiares. Em caso de urgência, apelamos para o telefone. Seja como for, quando dois casais se encontram, os outros estão no centro de seus pensamentos e de suas orações. P arece-nos que esta nossa equipe pode ser considerada uma equipe como qualquer outra embora vivendo num ritmo diferente: fins-de-semana semestrais intensos, tempos "vazios" alimentados pelas cartas; grande união na oração, em que sempre rezamos pelas intenções que cada um pede aos outros. É uma forma diferente de enriquecimento, pois, por carta, abordamos assuntos que, de viva-voz, talvez não tratássemos, evitando os atritos que às vezes se dão numa equipe. Todos continuamos a fazer parte das nossas equipes "normais", que estão a par do que vivemos na nossa equipe "romana". Estamos convencidos de que esta experiência para nós tão enriquecedora é uma das inúmeras graças recebidas em Roma, durante aquele Encontro. É uma fonte de renovação na nossa vida cristã e em part~cular como casais equipistas. A Equipe 175 da Peregrinação a Roma em 1976

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SOLIDARIEDADE NA AFLIÇÃO

Um pai, uma mãe um dia saem do consultório médico pálidos, mudos. Na mão uma receita, na cabeça o desespero. O diagnóstico médico, fulminante, fatídico, viera como se fosse um seco desferido sem aviso prévio na boca do estômago. Desespero, revolta, inconformismo, não sei quantos sentimentos passaram pela mente daquelas criaturas. Leucemia, num grau bastante adiantado. Aqui não podemos fazer nada, sentenciou o médico, num centro maior alguma coisa pode ser feita, mas não posso oferecer garantias. Aquele casal subitamente se vira colocado diante de uma dura provação. A princípio, uma sensação infinita de impotência diante do fato consumado, mesclada com a dúvida do diagnóstico. Depois, uma resolução. Brotando da alma generosa de pais cristãos, a fé inquebrantável em Deus deu-lhes forças para, superando os obstáculos, rumarem a São Paulo em busca de novos exames e de tratamento adequado à gravidade da doença do Jonathan. Perdidos no meio da multidão de vários milhões de paulistanos, Ademar e Lizete encontraram nos equipistas de São Paulo a mão segura que conforta, o aconchego de um lar e a certeza de que, onde quer que estejamos, há um equipista irmão de braços abertos para nos receber, para nos indicar um caminho, para nos socorrer. J onathan, contrariando todos os prognósticos médicos, sobreviveu e continua sob tratamento intensivo. Equipistas paulistas, vocês fizeram renascer em nós, catarinenses de Itajaí, a crença na fraternidade humana. A todos vocês que acolheram Ademar, Lizete e Jonathan, o nosso reconhecimento, a nossa gratidão. Há dois mil anos, um casal procurava abrigo numa noite fria de dezembro, em Belém. Ninguém o acolheu. Ainda hoje muitos casais continuam procurando abrigo e poucos encontram uma porta aberta. Que o lar de vocês, equipistas paulistas, continue abençoado por Deus e e3tejam certos de que a semente de amor plantada frutificará. Cada gesto de bondade, cada manifestação de solidariedade humana é uma prova irrefutável de que Cristo não morreu em vão.

Sydney e Gilda Equipe 1, Na. Sra. do Perpétuo Socorro de Itajai

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NOTíCIAS DOS SETORES

JUNDIAi -

Vinte anos de E.N.S.

Precedida de muitas vigílias de oração, a missa comemorativa dos vinte anos da fundação das Equipes em Jundiaí foi um tempo forte na vida do Movimento naquela cidade, congregando os equipistas, muitos ex-equipistas e filhos de equipistas. Presidiu a concelebração D. Roberto Pinarello de Almeida, Bispo Diocesano, que enfatizou, na oportunidade, sua profunda confiança no Movimento, como aliás consta da mensagem dirigida aos equipistas que publicamos nesta mesma Carta. Durante a bonita cerimônia, tomaram posse Ana Maria e Osmar, que substituem Nilza e José Antonio como Responsáveis pelo Setor. Foi distribuído na ocasião número especial do Boletim, contendo, além da mensagem de D. Roberto, as do antigo e do novo Casal Responsável do Setor, bem como o histórico das Equipes na cidade, artigo de Marisa e Fleury ( cf. CM maio de 1980). Escrevem Ana Maria e Osmar: "Uma coisa que nos chama a atenção é a disponibilidade aos irmãos e a fé que (os casais da Equipe 1) depositam no Movimento, na sua mística e nos seus métodos . . . A motivação para continuarmos na caminhada ... deve ser procurada fundamentalmente na fonte da v:da: 'Melhor buscar o Senhor do que confiar nos homens' (SI. 117). Acreditamos que foi essa confiança no Senhor que permitiu, não só o desenvolvimento das E.N.S., mas também de outros movimentos da Igreja de Jundiaí que contaram no seu início com a colaboração de equipistas, notadamente da Equipe 1." FORTALEZA -

Notícias

E de primeira mão: Marília e Franzé, responsáveis pela Equipe de Fortaleza, antes de voltarem do EACRE no Rio, passaram por São Paulo e nos contaram como vai o Movimento por lá. Muito bem, obrigado, pois estava prestes a sair a Equipe 2,

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formada por 7 casais, encontristas que buscavam algo de mais substancial - e o Pe. Silvio, que estava voltando do EACRE vibrando e decidido a divulgar o Movimento entre o clero, já pensava na Equipe 3. . . Disse Marília: "O Franzé é um apaixonado pelo Movimento, nós já estávamos entusiasmados, imaginem agora: voltamos com toda a força! O EACRE foi uma experiência fabulosa, e nos deu uma visão melhor do dinamismo do Movimento." Quanto aos casais da equipe, estão todos engajados na paróquia, trabalhando em Pastoral do Batismo, Pastoral da Saúde, ECC, grupos de jovens; os próprios Marília e Franzé trabalham com cursos de noivos e ambos são Ministros da Eucaristia. Fizeram seu primeiro retiro, sobre o qual Marília e Franzé nos tinham enviado a notícia que segue: "Dando cumprimento a um dos nossos pontos concretos de esforço, os casais da equipe de Fortaleza participaram, juntamente com outros casais, de um retiro espiritual pregado pelo Pe. Luciano, jesuíta, e cujos temas foram fundamentados nos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. O retiro transcorreu num clima de meditação e oração, tendo sido de muito proveito espiritual, segundo os testemunhos dados no encerramento. Chegamos à conclusão: neste mundo conturbado, estamos precisando mesmo é de oração e recolhimento para poder ouvir a voz do Senhor, que nos chama a segui-lo e dar o nosso testemunho de cristãos." FLORIANóPOLIS -

O Terço e Nossa Senhora

As equipes de Florianópolis estão rezando, com seus filhos, o terço em homenagem a N assa Senhora, no dia do seu número (a Equipe 1 reza no dia 1.0 , a 3 no dia 3, e por aí afora). Algumas equipes convidam parentes e amigos para participar. A idéia surgiu no Setor A, mas o B também aderiu e, em breve, haverá equipes rezando o terço todos os dias, atendendo assim ao pedido insistentemente renovado por nossa Mãe, Maria! O Setor A tem procurado incentivar a devoção a Nossa Senhora: recomenda aos equipistas que procurem conhecer a história da própria invocação, que organizem noites de estudo sobre a figura de Maria e, dando o exemplo, a Equipe de Setor começa meia hora antes as suas reuniões com os Responsáveis para rezar o terço. MANAUS -

Dez anos de equipe

No d 'a 20 de junho de 1972, Malvina e Edgard Silva, da Equipe 1 do Rio de Janeiro, fundavam a primeira equipe em

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Manaus. Apesar das dificuldades devidas à distância, a sementinha plantada e carinhosamente regada germinou: Deus deu o crescimento (I Cor., 3,7) e hoje, com a proteção de Maria Santíssima, Manaus está com 15 equipes, um Setor do qual o Movimento se orgulha. A data foi comemorada com uma missa em ação de graças na igreja de Nossa Senhora Aparecida. Damos a notícia agora, mas esperamos que nos cheguem mais detalhes!

MAFRA/RIO NEGRO -

~

Coordenação

Escrevem Regina e Ruy, Casal Regional do Paraná: "Carta Mensal n. 0 7, 1975: ' ... pequenina vela, a cuja chama um pequenino grupo se aquece, cheio de fé e com esperança de ver esse fogo crescer ... '. Cresceu: 5 equipes. No dia 19 de junho, instalamos a Coordenação de 1.0 grau de Mafra/Rio Negro. Na celebração eucarística, concelebrada por Pe. Mieceslau, Pe. Ivo e Frei Simão, o casal Dinorá e Marcos Schweizer prestou seu compromisso de responsável pela Coordenação. A solenidade, que foi precedida de uma reunião do Casal Regional com os Casais Responsáveis das cinco equipes, compareceu a maioria dos equipístas locais. Vieram de Curitiba (a Coordenação situa-se nos limites entre Santa Catarina e Paraná, mas pertence à Região Paraná) , além do atual Regional, casais que têm acompanhado as equipes de Mafra/Rio Negro, desde o início ou nos últimos anos.

SAO CARLOS -

Jubileu sacerdotal

No dia 16 de junho, comemorou o Setor os vinte e cinco anos de sacerdócio do Pe. Antonio Desan, primeiro Conselheiro Espiritual do Movimento em São Carlos. Foi assistente, como se dizia naquele tempo, da Equipe 1, da Coordenação e também da Equipe 5. Há 13 anos é Conselheiro Espiritual da Equipe 3, "sendo responsável direto pela profunda espiritualidade de seus membros", como reconhecem os equipistas, agradecidos. Começava assim a celebração eucarística de ação de graças: "As Equipes de Nossa Senhora e a nossa comunidade estão em festa, pois, hoje, Pe. Desan comemora seu Jubileu de Consagração ao reino de Cristo e à salvação dos homens. Sirva sua vida dedicada, cheia de bondade e solicitude, como exemplo, a fim de que mu·tos outros, por graça de Deus, até nossos próprios filhos, possam se consagrar à tarefa de pastor das almas." -32-


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Campanha de medicamentos

O Setor promoveu, em maio, uma campanha de aqms1çao de medicamentos a serem enviados a regiões carentes. Graças à compreensão e ao espírito fraterno de todos, foi possível uma arrecadação substanciosa, encaminhada aos enfermos das regiões mais necessitadas de Corumbá e Puerto Soares. Um jovem, filho de equipistas, encarregou-se do trabalho de arrecadação e da remessa dos medicamentos. -

Com os noviços

Visando proporcionar aos noviços passionistas horas de lazer, bem como um maior entrosamente com as famílias, a Equipe 2 organizou um churrasco de confraternização. A Equipe 13 já aderiu à idéia e, se outras seguirem o caminho, os noviços estarão adquirindo, no lugar das famílias que deixaram, muitas outras famílias - cf. Me. 10, 29-30! -

Terço em equipe

Durante o mês de maio, a Equipe 10 reuniu-se toda semana, cada vez em uma casa, para rezar o terço. Fizeram meditações, orações de louvor e invocações à Virgem Santíssima pela paz mundial, pela Igreja universal, pelos doentes, etc. -

Encontro de Jovens

Sessenta e cinco (65) jovens participaram do J.O Encontro de Jovens da Pastoral de Vila Prado, coordenado por Rosalina e Garcia, da Equipe 11. Duas palestras foram ministradas por casais equipistas e o Encontro foi encerrado com uma palestra do Cônego Pera, seguida de belíssima missa. -

As equipes no esporte

Após várias semanas de disputa, encerrou-se mais um campeonato de futebol de salão patrocinado pelo Setor. As equipes estiveram integradas pelos equipistas, seus filhos, genros e namorados das filhas. Teve até um Conselheiro-goleiro que fraturou um dedo. . . Campeãs: as equipes 13 e 4, que se fundiram para disputar o torneio; vice-campeã, a equipe 8, e o terceiro lugar coube às equipes 5 e 12. A maior vitória, todavia, foi do Setor, que conseguiu, num clima de fraternidade e alegria, reunir todas as equipes, entrosando e aproximando mais seus integrantes, altamente motivados pelas disputas esportivas. -33-


RIO DE JANEIRO -

A missão da família no mundo de hoje

Coordenado pelo Setor D, mas reunindo todos os Setores do Rio, realizou-se no penúltimo domingo de maio um Dia de estudos que congregou, no Colégio Santa Marcelina, quase 70 casais e mais de 60 crianças! O tema era "A missão da Famíl'a Cristã no mundo de hoje" - ou seja, a exortação apostólica Familiaris Consortio. A abordagem simples e direta de Mons. Vital Brandão Cavalcanti colocou o tema ao alcance de todos, mesmo daqueles que ainda não haviam lido o importante documento. Composto por casais de todos os Setores, um painel apresentou testemunhos de vivência do Movimento, empolgando principalmente por divulgar os trabalhos que envolvem os casais do Setor E, constituído por bairros do Grande Rio. "As impressões colhidas foram as mais entusiastas", afirma Dayse, que nos enviou a r.otícia. LAGES- Retiro

Com a presença de vinte e cinco casais, realizou-se o retiro anual dos equipistas de Lages. Foi pregador o Pe. Antonio Lorenzatto, de Porto Alegre, e o retiro teve como tema os meios de aperfeiçoamento. O Pe. Antonio impressionou vivamente pela grande experiência que tem do Movimento e pelo entusiasmo que transmite. Foram momentos de muito aprofundamento espiritual. SANTOS -

Pela paz e pela peregrinação

Dentro das promoções do mês de Maria, foram reunidas, no CEFAS, quase cem pessoas, para rezarem o terço, ped .ndo pela paz no Atlântico Sul. Na mesma noite, realizou-se a oração pela peregrinação a Roma. Além dos equipistas, participaram casais de outros movimentos, como Cursilho, Encontro de Casais com Cristo, Renovação Cristã, etc. -

Manhã de estudos com os Conselheiros

Estiveram reunidos com o Setor D. David Picão e dez Conselheir os Espirituais. Foi ouvida a gravação da palestra feita em Itaici pelo Pe. José Carlos Di Mambro (1 ) , por ocasião do Encontro Nacional de Responsáveis de Setor e Coordenação. Além das (1)

Cf. separata da C . M. de junho de 1982.

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colocações do Pe. José Carlos, foram discutidos varws assuntos, incluindo o tema para o balanço. Os Conselheiros Espiritu~is participaram com grande interesse e auxiliaram na preparaçao da programação para os próximos meses. A manhã de estudos encerrou-se com um almoço de confraternização. -

Equipe de viúvas

Foi formada agora também em Santos uma equipe de viúvas, integrada por 15 senhoras. Tem como Conselheira Espiritual a Irmã Laura Liberato, M.J.C. Invocação escolhida para a equipe: "Nossa Senhora da Esperança". Para reflexão, as equipistas estão usando o livreto "Cristo Caminha Conosco", visando caminhar junto com os casais equipistas e pedir pelas intenções da peregrinação a Roma. -

Retiro sobre a F.C.

Na casa de retiros do CEFAS, realizou-se de 21 a 23 de maio o retiro pregado pelo Pe. Paulo, reitor do seminário de Aparecida, sobre a Familiaris Consortio. Tomaram parte no retiro 42 casais equipistas, entre eles uma pré-equipe. Escrevem Mailú e Oswaldo, a quem devemos todas essas notícias, que muito agradecemos: "Pe. Paulo cativou a todos os presentes com sua simpatia e seus conhecimentos." GUARATINGUETA -

Convite

No 3. 0 domingo de cada mês, às 8h30, na Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, D. Geraldo Penido celebra a Missa da Família. Os casais equipistas de Aparecida e Guaratinguetá participam desta missa, entrando em procissão com os sacerdotes e ajudando nas leituras e orações. Esta missa é irradiada pela Rádio Aparecida para todo o Brasil. Heloisa e João Mauricio, Casal Responsável do Setor de Guaratinguetá, convidam os irmãos equipistas que passarem por Aparecida para participar desta missa, identificando-se na sacristia, "para que juntos, diante do altar do Senhor, possamos pedir à nossa Mãe e Padroeira proteção para todas as famílias do Brasil e do mundo". SAO PAULO/O -

Boletim, etc.

Está de parabéns o Setor D pelo boletim que publica com regularidade, trazendo ótimas contribuições. Todo mês, Maria Helena e Nicolau Zarif abordam um ponto concreto de esforço, e o resto são notícias da vivência de diversas equipes. -35-


A Equipe 2/D, Nossa Senhora do Rosário, atendendo à solicitação do Movimento, está realizando encontros mensais para refletir sobre o tema Cristo Caminha Conosco e orar por intenção da peregrinação a Roma. Os equipistas se reunem durante 2 horas na casa do casal responsável, e o aproveitamento tem sido excelente.

VOLTARAM PARA O PAI Henrique Adriano de Lucena Novaes

Da Equipe 68, Setor D, do Rio de Janeiro. Casado com Angela Maria. No dia 3 de março, aos 30 anos de idade. Ao regressar, à noite, ao seio de sua família, foi vítima de brutal acidente automobilístico, em que seu carro foi de encontro a uma árvore, deixando-o mortalmente ferido. Transportado para o hospital, faleceu poucas horas após seu internamento. Escreve o P e. Raimundo Queiroga, Conselheiro Espiritual da Equipe: "Apesar de uma aparente timidez, Lucena era um homem de fé ardente e profunda, preocupando-se muito com o testemunho de vida, principalmente no ambiente do seu trabalho. Sempre empenhado em viver um cristianismo autêntico e compromissado, ele buscou realizar, no último Natal, um trabalho de conscientização cristã entre os moradores do edifício em que residia. Seu devotamento à família, sua preocupação pela formação cristã de seus filhos, seu amor e dedicação à causa do Movimento foram as características mais sensíveis de uma vida que não se apagou, pois se encontra presente no meio de seus familiares e de cada um de nós, seus companheiros da Equipe 68. Houve apenas uma mudança de habitação, segundo afirma o Prefácio da missa dos mortos: 'Para os que crêem em Vós, ó Pai, a vida não é tirada, mas transformada e, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos Céus, um corpo imperecível'." Isaura Bruza Patriani

Da Equipe 7, Nossa Senhora das Graças, de Santos. Casada com Dario Patriani. No dia 8 de junho. Doente há alguns meses, teve oportunidade de testemunhar sua fé, suportando serenamente sua cruz. O casal sempre foi muito ativo na participação nos trabalhos apostólicos da Diocese de Santos. Além de pertencer às E.N.S., fazia parte de algumas entidades de auxílio aos necessitados. Prestou sua colaboração ao Movimento como membro de Equipe de Setor de Santos e, no momento, era responsável da sua equipe. Grande incentivadora do Movimento, Isaura deixou muita saudade entre os companheiros. -36-


NOVOS RESPONSAVEIS Rio Grande do Sul

Nery e João Carlos Pezzi substituem Helma e Pauletti à testa da Região. A Coordenação do Interior do Rio Grande do Sul foi transformada em Setor Leste, do qual continuam como responsáveis Maria Olívia e Luiz Carlos Bozzetto. O Setor B de Porto Alegre tem novo responsável: Célia e Herculano Azambuja, no lugar de Circe e Carlos. Santa Catarina

Foi criado em Florianópolis o Setor C, cujo primeiro casal responsável é Maria das Dores e José Júlio da Silva. O Setor A tem novo responsável: Nancy e Aécio Teixeira da Cunha, que substituem Cida e Carlos. Também no Setor B, Almira e Sebastião foram substituídos por Dalva e Marco Aurélio de Oliveira. Na Coordenação de Itajaí, Vanir e Air Aníbal Gaya substituem Eneide e Liberato. Paraná

Criada a Coordenação 1,0 Grau de Mafra/Rio Negro, cujo casal responsável é Dinorá e Marcos Schweizer. Rio de Janeiro

No Setor A, substituindo Dayse e Adolfo, assumiram Lucília e Jefferson de Góes Soares. Também o Setor C tem novo responsável: Elza e Luciano Brito Pereira, no lugar de Maria Luiza e João. Jundiaí

Ana Maria e Osmar Luiz Guedes substituem Nilza e José Antonio. São Paulo

A Coordenação E foi transformada em Setor, continuando sob a responsabilidade de Myriam e José Francisco Ferraz Luz. Teresa e Gaivão comunicam que, com a mudança do Pe. Chiquinho, ·o Setor B está contando agora com a assistência espiritual do Pe. Elizio de Oliveira. 37-


SESSAO DE FORMAÇAO EM CRICIOMA

Depois de sediar, em maio de 1980, pela primeira vez, uma Sessão de Formação, a simpática cidade do sul de Santa Catarina, Criciúma, acolheu novamente de braços abertos, através do esforço e da dedicação dos casais integrantes da equipe de serviço, equipistas vindos de Porto Alegre, Osório, Curitiba, Itajaí, Blumenau, Florianópolis, Brusque, da própria cidade de Criciúma e até de Guaratinguetá, para uma das mais proveitosas Sessões de Formação de que tivemos a graça de participar. No conjunto daquilo que representou o gratificante encontro, realizado de 20 a 23 de maio de 1982, destacamos: - a honrosa e participante visita de Dom Osório Bebber, Bispo de Tubarão (que dista 100 kms. de Urussanga, local da Sessão). D. Osório abriu seu coração e seus braços para receber também na "cidade azul", quando pretendermos, as E.N.S.; - a presença emocionante da Marlene e do Jaime, acidentado e salvo milagrosamente dias antes e que, mesmo com ferimentos na cabeç~ e dedos quebrados e lesionados nas duas mãos, não aguentou ficar em casa e, no segundo dia, veio juntar-se a Tecla e Otokar, responsáveis - e muito bem- pela liturgia, para tocar para nós seu violão e cantar com suas vozes suaves; - os serviços de coração e mãos prestados na cozinha e no refeitório pelos irmãos equipistas de Criciúma, e as preces na capela que montaram no próprio local de trabalho; - a liderança silenciosa da Mira e do Cy, incansáveis durante as vinte e quatro horas do dia e da noite, supervisionados pela experiência e capacidade de Irany e Nereu; - as lições inesquecíveis que o querido Frei Estevão nos deu nas suas palestras, cada vez melhores; - o desprendimento de Mary Nize e Sérgio, vindos do Rio para transmitir-nos inestimáveis conhecimentos. Com Cristo a reinar em todos os corações, os 29 casais participantes sairam de lá ainda mais fortalecidos para testemunhá-lO no mundo em que cada um está inserido.

Edy e Adherbal -38-


SESSAO DE FORMAÇAO DE JUNDIAI

Misteriosos são os caminhos do Senhor! De repente, eis-nos em Jundiaí, participando da Sessão de Formação, desde a noite de quinta-feira, ctia 20, até a tardez:nha de domingo, 24 de maio. Foram dias repletos de meditação, de muita oração, durante os quais o Espírito Santo se fez presente nas diversas palestras, nos grupos de cc-participação e nas liturgias. Tudo contribuiu para que o Encontro fosse maravilhoso: c caloroso acolhimento dos irmãos da equipe de serviço, o local aconchegante, no alto de um morro, em meio a um grande jardim, favorecendo um ambiente de recolhimento e meditação, e, acima de tudo, as palestras, as meditações, os grupos de reflexão e a liturgia, que abriram o nosso coração à Palavra de Deus. Todas as atividades desenvolvidas levaram-nos a um crescimento espiritual como pessoa, como casal, como pais, como equipistas e, sobretudo, como cristãos. Ao final, sintetizando a temática da Sessão - "Um povo a caminho da Salvação" -, foi realizada uma marcha, lembrando a libertação do Povo Eleito do cativeiro do Egito, com cantos, leitura e meditação de textos do :t!:xodo. Deus caminha conosco! Seguir ao Cr:sto significa praticar a caridade, perdoar, colocar o Amor acima da justiça, viver cada dia no Seu Espírito; significa viver como filhos de Deus e irmãos dos homens. As Equipes de Nossa Senhora foram vocacionadas por Deus para responder às necessidades das famílias de hoje, para mostrar ao mundo as grandezas do Amor de Deus e levar a todos os casais as maravilhas desse Amor. Devemos ter fé e confiança no Movimento, porque, consagrado a Maria, como ela é movimento missionário, atento ao mundo e à Igreja, e, como ela, é também silencioso e na oração prepara os seus casais para darem testemunho do Amor de Deus. Por isso, nós, equipistas, também somos portadores da Palavra. É difícil descrever as bem-aventuranças de uma Sessão de Formação: é necessário vivê-las! Para isso, no entanto, basta apenas estar de coração aberto e ter espírito de despojamento. Obrigado, Senhor, que conduziste os nossos passos até Jundiaí!

Alba e Braz Equipe 8 de Bauru

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DEUS DA O CRESCIMENTO

TEXTO DE MEDITAÇÃO -

I Cor. 3, 5-11, 21-23, 4, 1-2

Quem é, portanto, Apolo? Quem é Paulo? Servidores, pelos quais fostes levados à fé; cada um deles agiu segundo os dons que o Senhor lhe concedeu. Eu plantei; Apolo regou; mas era Deus quem fazia crescer. Assim, pois, aquele que planta nada é; aquele que rega nada é; mas importa tão-somente Deus, que dá o crescimento. Aquele que planta e aquele que rega são iguais entre si; mas cada um receberá o salário próprio, segundo a medida do seu trabalho. Nós somos cooperadores de Deus, e vós sois a seara de Deus, o edifício de Deus. Segundo a graça que Deus me deu, como bom arquiteto, lancei o fundamento; outro constrói por cima. Mas cada um veja como constrói. Quanto ao fundamento, ninguém pode colocar outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo. Por conseguinte, ninguém procure nos homens motivo de orgulho, pois tudo pertence a vós: Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, as coisas presentes e as futuras. Mas vós wis de Cristo e Cristo é de Deus. Portanto, considerem-nos os homens como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer dos administradores, é que cada um seja fiel.

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ORAÇÃO DO PAPA PELAS VOCArÇõES

Senhor Jesus, Bom Pastor que destes a vossa vida para que todos tenham a vida, concedei-nos hoje a nós, a comunidade cristã espalhada por todo o mundo, a abundância da vossa vida, e tornai-nos capazes de a testemunhar e cormnicar aos outros. Senhor Jesus, dai a abundância da vossa vida a todas as pessoas consagradas a Vós, para o serviço da Igreja: tornai-as felizes na doação, incansáveis no seu ministério e generosas no seu sacrifício; e que o seu exemplo abra outros corações para ouvirem e seguirem o vosso chamamento. Senhor Jesus, dai a abundância de vossa vida às famílias cristãs, para que elas flejam fervorosas na fé e no serviço eclesial, favorecendo deste modo que possam surgir e desenvolver-se novas vocações consagradas. Senhor Jesus, dai a abundância da vossa vida a todas as pessoas, especialmente aos jovens, rapazes e meninas, que chamais para o vosso serviço; iluminai-os em suas opções; ajudai-os nas dificuldades; amparai-os na fidelidade; tornai-os disponíveis e corajosos para darem a própria vida, segundo o vosso exemplo, para que outros tenham a vida.


EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e fam iliar

Revisão , Publicação e Distribuição pela Secretaria das EQUIPES DE NOS SA SENHORA 01050 -

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Tel.: 34-8833


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