ENS - Carta Mensal 1981-4 - Junho e Julho

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N9 4

1981

Junho-Julho

"Ele ensinar-vos-á todas as coisas" .. . . ..... . J ulho-junho de 1980 -

João Paulo II no Brasil

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Coração peregrino e Eucaristia

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Mensagem do Papa às E.N.S.

lO

Um homem enviado por Deus

ll

O segredo da santidade

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A ECIR conversa com vocês . . . . . .. .

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Jovens casais e dever de sentar-se Viver comunidade ...... . .

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Ser ou não ser equipista

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Uma equipe no Zaire .

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A E.J .N.S. de Florianópolis .. .. .. .. . .. .. .. . . .

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Oração de um casal eleito resp onsável . . . . . .

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Pense com sua cabeça ... . . . . . . . ..... . . . ... .

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ltaici em março : o Encontro de Respons áveis de Regiões , Seto: es e Coordenações . . . . . .

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Vamos ler ......

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Notíc ias dos Seto res

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A fonte e o cume

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ENCONTRO AN UAL DE CASA IS RESPONSÁVE IS DE EQUIPE E CONSELHEIROS ESPIRITUAIS

27 e 28 de junho -

em Curitiba em ltaic i

no Rio de Janeiro em Osório

4 e 5 de julho -

em Cric :úma em São Carlos em Taubaté


EDITORIAL

"ELE ENSINAR-VOS-Á TODAS AS COISAS"

Do Espírito Santo, que ele promete enviar aos seus Apóstolos, Jesus diz: "Ele ensinar-vos-á todas as coisas" (Jo 14, 26). Somos nós suficientemente sensíveis, pessoalmente e como casal, a esta função do Espírito? Estamos suficientemente dispostos a nos deixarmos ensinar por Ele? "Não tendes necessidade de que alguém vos ensine", lembra São João aos cristãos tentados a seguir mestres abusivos, pois "A Sua unção vos ensina a respeito de tudo" (1 J o 2, 27). Será a unção do Espírito Santo efetivamente o nosso recurso, no meio da nossa ignorância e incerteza?

* O Espírito Santo ensina como Jesus ensinou. "Tudo o que Jesus fez e ensinou", tal era para Lucas (At. 1, 1) o objetivo da sua primeira obra, do seu Evangelho. Na segunda, os Atos dos Apóstolos, ele mostra tudo o que Jesus, pelo seu Espírito, continua a fazer e a ensinar. É importante compreender que o "ensinar" e o "fazer" são nEle indissociáveis. O Espírito Santo ensina o que Jesus ensinou. "Ele receberá do que é meu e vo-lo anunciará." (Jo 16, 15). Ora, o Filho nunca ensinou senão o que recebia do Pai: "Eu não falei por mim mesmo, foi o Pai que me enviou quem me prescreveu o que tenho a dizer e a declarar" (Jo 12, 49). Não imaginemos portanto duas eras sucessivas e diversas, uma de Jesus e outra do Espírito! O Espírito Santo ensinará todas as coisas. Isso não significa "de repente", mas significa certamente "no momento oportuno". O próprio Jesus procedeu assim: primeiro ensinando em parábolas, depois mais claramente, e deixando que se operasse nos Apóstolos uma tomada de consciência progressiva. Provam-no as suas últimas palavras: "Não vos compete conhecer os tempos nem os momentos ... " (At. 1, 7). Isto quer dizer que, no -1-


nosso desejo de tudo saber, e sem diminuir o papel do Espírito, que é de tudo nos ensinar, é preciso que aceitemos o caminhar progressivo da pedagogia divina.

* Assim como o Espírito nos deve ensinar, assim também devemos querer deixar-nos ensinar por Ele. Deixar-nos ensinar! Esta fórmula é capaz de não nos agradar. Não gostamos, geralmente, de ser ensinados: não é reconhecer àquele que pretende ensinar-nos o direito de exercer um poder? Desconfiamos de um ensinamento que se limite a comunicar um saber. Não cremos no valor do ensinamento, porque preferimos a "experiência". São reações que teremos de analisar ... e moderar. E acaso não teremos necessidade de aprender? Com razão caçoamos daqueles que julgam que "nasceram sabendo". Uma existência humana digna desse nome será porventura outra coisa ·senão uma aprendizagem? O homem que mais progride em cultura autêntica, em inteligência verdadeira é aquele que reconhece os limites do seu saber e procura alargá-los na medida do possível. Podemos, portanto, reconhecer a necessidade de nos deixarmos ensinar. E não digamos que é uma atitude passiva: não se deve · confundir ensinamento com lavagem de cérebro. Ensinar não é abarrotar de conhecimentos e aquele que é ensinado deve mostrar-se particularmente ativo. Deixarmo-nos ensinar pelo Espírito é mobilizar, para escutá-lo, todas as nossas faculdades de atenção e de penetração, de retrospectiva e de prospectiva, de iniciativa e de obediência.

* Falta-nos meditar acerca de "todas as coisas" que o Espírito deve ensinar-nos. De que poderá tratar-se? De "tudo" aquilo de que temos necessidade, dada a nossa vocação e o nosso estado de vida. De tudo o que nos é necessário para uma vida conjugal plen.a mente realizada segundo a vontade de Deus. O Espírito nos ensinará tudo o que temos necessidade de saber. Pode ser aquilo de que sentimos falta: Não sabemos "rezar como deve ser"? É o momento de pensar que "O Espírito vem

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em socorro da nossa fraqueza" (Rom. 8, 26). Não sabemos o que fazer, não sabemos o que dizer, não sabemos como explicar ... Já pensamos em confiar esse cuidado ao Espírito Santo? Mas pode ser também uma necessidade de que não temos ainda consciência, e o Espírito sensibilizar-nos-á para isso: uma mais profunda percepção da nossa vocação de esposo ou de esposa, um dom mais completo ao outro, uma gratidão mais freqüentemente exprimida, um perdão mais generoso, uma paciência mais constante e mais dinâmica, etc. Não tenhamos medo de nos sujeitarmos a esta interpelação do Espírito: ele só descobre as nossas falhas para nos ajudar a remediá-las, só perturba a nossa instalação para nos propor certezas mais fidedignas.

* "Nada me poderá faltar ... " diz o salmista (SI. 22). Deus dá mais liberalmente àqueles que só nEle põem a sua confiança. Não é àqueles que se deixam dominar pela sua ciência ou pela sua riqueza, não é aos sábios e aos inteligentes que lhe apraz revelar-se, mas aos pequeninos (cf. Mt. 11, 25). Se queremos que o Espírito nos ensine todas as coisas, temos de acolhê-lo com um coração de pobre e escutá-lo com uma alma de criança. Roger Tandonnet, s.j.

o

O Espírito que Jesus Cristo põe no nosso coração é o Espírito de testemunho. Somente no Espírito Santo podemos testemunhar que "Jesus é o Senhor". A todos os cristãos é dada esta capacidade e todos são chamados a testemunhar. Cada um de nós deve perguntar-se se o seu testemunho de vida pessoal e o seu comportamento público e profissional correspondem ao que üS homens esperam da Igreja e ao que a Igreja espera dos homens. JOAO PAULO II

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JUNHO -

JULHO DE 1980:

Em nome de Jesus Cristo, João Paulo II, Sucessor de Pedro, Mensageiro de Paz, veio confirmar nossa fé e reavivar em cada brasileiro o compromisso da fraternidade. Quem se esquecerá tão cedo dos dias de graça e união que juntos vivemos? No coração do nosso povo, dir-se-ia que a esperança renasceu. Agora, fica a grande tarefa: que a semente de sua palavra possa crescer em frutos de justiça e solidariedade cristãos.

D. Luciano Mendes de Almeida (No prefácio da edição Loyola. dos pronunciamentoo do Papa no Brasil)

Em minha passagem entre vós, eu quisera ser um pálido mas autêntico reflexo do próprio Senhor Jesus, que passou Ele também entre os homens, atento a todos, sem discriminações ou exclusivismos, porque portador de uma mensagem de salvação para todos, mas solícito especialmente pelos pobres e pequenos, pelos sofredores. JOÃO PAULO II

(Em Teresina, 8-7-80)

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JOÃO PAULO 11 NO BRASIL

Penso numa visão do homem que não tenha medo de dizer: o homem não pode abdicar de si mesmo, nem do lugar que lhe compete no mundo visível; o homem não se pode tornar escravo das coisas, das riquezas materiais, do consumismo, dos sistemas econômicos ou daquilo que ele mesmo produz; o homem não pode ser feito escravo de ninguém, nem de nada; o homem não pode prescindir da transcendência - em última análise, de Deus sem amputação no seu ser total; o homem, enfim, só poderá encontrar luz para o seu "mistério" no mistério de Cristo. <No Palácio do Planalto, 30-6-80)

A diretriz que desejo deixar-vos como lembrança desta minha viagem são as palavras de São Pedro às comunidades da Igreja nascente: "Permanecei firmes na fé." Firmes na adesão interior, plena e sincera, ao Evangelho; e firmes na proclamação exterior, isenta de qualquer intemperança ou desrespeito para com as opiniões alheias, mas franca, corajosa, coerente, perseverante, digna da fé dos vossos pais. (Em Porto Alegre, 5-7-80)

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A PALAVRA DO PAPA

CORAÇÃO PEREGRINO E EUCARISTIA <Na abertura do Congresso Eucarístico de Fortaleza>

... Ao despedir-se, o Senhor Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não deixa aos seus amigos um símbolo, mas a realidade de si mesmo. Vai para junto do Pai, mas permanece entre nós homens. Não deixa um simples objeto para evocar sua memória. Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente presente, com seu Corpo e seu Sangue, sua Alma e Divindade. Assim, como dizia um clássico da vossa língua (Fr. Antônio das Chagas, "Sermões"): "Ajuntando-se um infinito poder com um infinito amor, que se havia de seguir senão o maior milagre e a maravilha maior?". Cada vez que nos congregamos para celebrar, como Igreja Pascal que somos, a festa do Cordeiro imolado e redivivo, do Ressuscitado presente no meio de nós, é forçoso ter bem vivo na mente o significado do encontro sacramental e da intimidade com Cristo. É desta consciência, amadurecida na fé, que brota a resposta mais profunda e gratificante à pergunta que orienta a reflexão deste Congresso Eucarístico Nacional: "Para onde vais?". Para que horizontes se dirigem os esforços com os quais constróis fatigosamente o teu amanhã? Quais são as metas que esperas alcançar através das lutas, do trabalho, dos sacrifícios a que te submetes no teu dia-a-dia? Sim, para onde vai o homem peregrino pela estrada do mundo e da história? Creio que, se prestássemos atenção às respostas corajosas ou hesitantes, esperançosas ou dolorosas, que tais perguntas suscitam em cada pessoa - não somente neste País, mas também nas outras regiões da terra - ficaríamos surpreendidos com a identidade substancial que há entre elas. Os caminhos dos homens são, não raro, muito desencontrados entre si. Os objetivos imediatos que se propõem apresentam normalmente características não só divergentes, mas às vezes até contrárias. E, no entanto, a meta última, para a qual todos indistintamente se dirigem, é sempre a mesma: todos procuram a plena felicidade pessoal, no contexto de uma verdadeira comunhão de amor. Se tentardes penetrar até o mais profundo de vossos próprios anseios e dos anseios de quem passa

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ao vosso lado, descobrireis que é esta a aspiração comum de todos, esta a esperança que, após os fracassos, ressurge sempre, no coração humano, das cinzas de toda desilusão. O nosso coração procura a felicidade e quer experimentá-la num contexto de amor verdadeiro. Pois bem, o cristão sabe que a satisfação autêntica desta aspiração só se pode encontrar em Deus, a cuja imagem o homem foi criado. "Fizestes-nos para Vós, e nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Vós". Quando Agostinho, de volta de uma tortuosa e inútil procura da felicidade em toda espécie de prazer e de vaidade, escrevia na primeira página de suas "Confissões" estas famosas palavras, não fazia senão dar expressão à exigência essencial que emerge do mais profundo de nosso ser. É uma exigência que não está fadada à decepção e à frustração: a fé nos assegura que Deus veio ao encontro do homem na pessoa de Cristo, no qual "habita toda a plenitude da divindade". Se, pa.is, o homem deseja encontrar satisfação para a sede de felicidade que lhe abrasa o coração, é para Cristo que deve orientar os seus passos. Cristo não está longe dele. Nossa v: da aqui na terra é, na realidade, um contínuo suceder-se de encontros com Cristo: com Cristo presente na Sagrada Escritura, como Palavra de Deus; com Cristo presente nos seus ministros, como Mestre, Sacerdote e Pastor; com Cristo presente no próximo, especialmente nos pobres, nos enfermos, nos marginalizados, que constituem os seus membros sofredores; com Cristo presente nos Sacramentos, que são os canais de sua ação salvadora; com Cristo, hóspede silencioso dos nossos corações, onde habita comunicando sua vida divina. Todo encontro com Cristo deixa marcas profundas, sejam eles encontrc·s durante a noite, como o de Nicodemos; encontros casuais, como o da Samaritana; encontros procurados, como o da pecadora arrependida; encontros suplicantes, como o do cego às portas de Jericó; ou encontros por curiosidade, como o de Zaqueu; ou também encc·ntros de intimidade, como os dos Apóstolos, chamados para segui-lo; encontros fulgurantes, como o de Paulo a caminho de Damasco.

Mas o encontro mais íntimo e transformador, para o qual se ordenam todos os outros encontros, é o encontro à "mesa do mistério eucarístico, isto é, à mesa do pão do Senhor". Aqui é Cr!sto em pessoa quem acolhe o homem, maltratado pelas asperezas do caminho, e o confc·rta com o calor de sua compreensão e do seu amor. É na Eucaristia que encontram sua plena atuação as dulcíssimas palavras: "Vinde a mim todos os que estais fatigados e oprimidos e eu vos aliviarei". Aquele alívio pessoal e profundo, que constitui a razão última de toda a nossa canseira pelas estra~

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das do mundo, nós o podemos encontrar - ao menos como antecjpação e pregustação - naquele pão divino que Cristo nos oferece na mesa eucarística.

Uma mesa. Não foi por acaso que, desejando dar-se todo a nós, o Senhor escolheu a forma da comida em família. O encontro ao redor de uma mesa diz relacionamento interpessoal e possibilidade de conhecimento recíproco, de trocas mútuas, de diálogo enriquecedor. O convite eucarístico se torna assim sinal expressivo de comunhão, de perdão e de amor. Não são estas as realidades das quais o nosso coração peregrino se sente necessitado? É impensável felicidade humana autêntica fora deste contexto de conciliação e de amizade sincera. Pois bem, a Eucaristia não só significa esta realidade, mas a promove eficazmente. São Paulo tem uma frase extremamente clara a este respeito: "Nós - observa ele - somos um só corpo: participamos todos de um só pão" (1 Cor. 10, 17). O alimento eucarístico, fazendo-nos "consangüíneos" de Cristo, faz-nos irmãos e irmãs entre nós. São João Crisóstomo sintetiza assim, com estilo incisivo, os efeitos da participação na Eucaristia: "Nós somos aquele mesmo corpo. Que coisa é na realidade o pão? O Corpo de Cristo. Que se tornam os que comungam? O Corpo de Cristo. De fato, como o pão resulta de muitos grãos, embora permaneçam eles mesmos, contudo não aparece a sua distinção, por causa da sua união, assim também nós, nos unimos mutuamente com Cristo. Não se alimenta este de um e aquele de outro corpo diferente, mas todos do mesmo corpo." A comunhão eucarística constitui, pois, o sinal da reunião de todos os fiéis. Sinal verdadeiramente sugestivo, porque à sagrada mesa desaparece toda diferença de raça ou de classe social, permanecendo somente a participação de todos no mesmo alimento sagrado. Esta participação, idêntica em todos, significa e realiza a supressão de tudo o que divide os homens e efetua o encontro de todos a um nível superior, onde toda oposição fica eliminada. A Eucaristia torna-se assim o grande instrumento de aproximação dos homens entre si. Toda vez que os fiéis dela participam com coração sincero, não podem deixar de receber um novo impulso para um melhor relacionamento entre si, com o reconhecimento recíproco dos próprios direitos e também dos correspondentes deveres. Desta forma, facilita-se o cumprimento das exigências pedidas pela justiça, devido precisamente ao clima particular de relações interpessoais que a caridade fraterna vai criando dentro da própria comunidade. É instrutivo lembrar, a este respeito, o que acontecia entre os cristãos dos primeiros tempos, que os Atos dos Apóstolos nos

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descrevem "assíduos ... na fração do pão". Deles se dizia que "estavam unidos e tinham tudo em comum: vendiam as suas propriedades e seus bens e distribuíam o preço entre todos, segundo a necessidade de cada um". Com tal procedimento, os primeiros cristãos punham em prática espontaneamente "o princípio segundo o qual os bens deste mundo estão destinados pelo Criador para atender às necessidade de todos, sem exceção" (Paulo VI, Mensagem para a Quaresma, 1978). A caridade, alimentada na comum "fração do pão", expressava-se com natural prosseguimento na alegria de gozar juntos dos bens que Deus generosamente tinha posto à disposição de todos. Da Eucaristia brota, como atitude cristã fundamental, a partilha fraterna. . . . No início desta celebração cantastes com entusiasmo: "Reunistes num só povo emigrantes, nordestinos, estrangeiros e nativos: somos todos peregrinos". É uma verificação plenamente ligada à realidade. Sim, todos somos peregrinos: perseguidos pelo tempo que passa, errantes pelas estradas da terra, caminhamos nas sombras do provisório à procura daquela paz verdadeira, daquela alegria segura da qual tanto precisa nosso coração cansado. No banquete eucarístico, Cristo vem ao nosso encontro para oferecer-nos, sob as humildes aparências de pão e de vinho, o penhor daqueles bens supremos para os quais tendemos na esperança. Digamos-lhe, pois, com fé renovada: "Nós formamos o teu povo, que é santo e pecador. Cria em nós corações novos, transformados pelo amor." Homens de coração novo, um coração transformado pelo amor: disto precisa o Brasil para caminhar confiante ao encontro de seu futuro. Eis, por isso, a minha oração e o meu augúrio: que esta Nação possa prosperar sempre espiritual, moral e materialmente, animada com aquele espírito fraterno que Cristo veio trazer ao mundo. Desapareçam, ou se reduzam gradativamente ao mínimo, no seu interior, as diferenças entre regiões dotadas de particular bem-estar material e regiões menos afortunadas. Desapareçam a pobreza, a miséria moral e espiritual, a marginalização, e que todos os cidadãos se reconheçam e se abracem como autênticos irmãos em Cristo! Tudo isso será certamente possível se uma nova era de vida eucarística tornar a animar a vida da Igreja no Brasil. O amor e a adoração a Jesus Sacramentado sejam, pois, o sinal mais luminoso de vossa fé, da fé do povo brasileiro! ó Jesus Eucaristia, abençoa a tua Igreja, abençoa esta grande Nação e dá-lhe a prosperidade, a calma e a paz autêntica! Amém. (9 de julho de 1980)

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MENSAG EM DO PAPA AS E.N.S .

SECRETARIA DE ESTADO

N. 55.200

VAT IC A NO.

6 de MarçO de 19 81

Senhor Cardeal Por ocasião da visita do Santo Padre João Paulo II ao Brasil , quiseram as "Equipes de Nossa Senhora~; pelo casal regional de são Paulo e pelo casal responsável pelo movimento, testemunhar-Lhe sentimentos de regozijo e de veneração~ acompanhados de votos de bem, numa atitude de homenagem, explicitada

em

mensagem. Desempenho-me da incumbência de recorrendo à disponibilidade e bons préstimos de Vossa Eminência, exprimir a gratidão ~everente

de Sua Santidade o Papa ?elo qesto delicado e pelas palavras

de estima a Ele dirigidas; isto entra, por certo, no çontexto daquela boa "acolhida que Lhe fez o Brasil , por mil sinais mais ou menos perceptiveis, de fervor e afeição". Assim, mais me cumpre ser intérprete dos votos do Sumo Pontifice: da.s melhores felicidades para os membros do Movimento e para os seus entes queridos, em fidelidade a Cristo e na lUz perene da sua mensagem, votos que ~arrobara com a Bênção Apostólica. Aproveito o ensejo para lhe afirmar protestos de respáitosa estima em Cristo Senhor

~&!~ ·

(&..

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Martinez, Subst.)


UM HOMEM ENVIADO POR DEUS

Ao início de seu peregrinar pelo solo brasileiro que, num gesto cativante, osculou, saudou-o o Presidente Figueiredo com as palavras proféticas: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" E quem é esse enviado do Senhor, que atraiu à sua volta 12 milhões e mais de pessoas?

"Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João". As palavras do Evangelista aplicaram-se, outrora, a João Batista, o precursor de Cristo. Usou-as, mais recentemente, Atenágoras, então patriarca da Igreja Ortodoxa, saudando, num gesto comovente, o advento do Papa João XXIII. E, agora, o enunciado· da Escritura Sagrada parece-me adaptado a João Paulo II. É ele o João enviado por Deus ou, simplesmente, o "João de Deus", como o chamou o povo brasileiro, entoando-lhe hosanas e súplicas de bênçãos. Nunca, talvez, em sua história, o Brasil encontrara, de modo tão palpável, sua própria alma, sua própria identificação. Um povo, que parecia "implodido" em seus ideais mais nobres, passa, de repente, por um processo de explosão de entusiasmo, de esperança e de fé nos valores mais altos do espírito. Vimos o povo fascinado aclamar João Paulo como seu rei e lhe pedir que aqui !"casse. Era como que um rebanho desalentado a encontrar, finalmente, seu pastor. Escreveu um conhecido teólogo que "mais importante que suas palavras, foi a figura do Papa. A grande mensagem deixaàa ao-s brasileiros foi ele mesmo. Dentro de pouco, pouca gente guardará um pouco de suas muitas palavras. Mas todos saberão contar suas histórias, recordarão gestos significativos e jamais esquecerão sua imagem fascinante" (Leonardo Boff, in Folha de São Paulo, 23-07-80). -11-


Encontrei o Papa no cenano manífico da praça junto à Basílica Nacional de Aparecida, naquela memorável sexta-feira, dia 4 de julho, contemplado que fui, em companhia de minha esposa, com um convite para ficar próximo ao altar das celebrações. Impressionaram-me a suavidade humana e a aura de espiritualidade estampadas na figura desse Papa. A sua volta, logo se cria um ambiente de comunhão e de fraternidade. Durante o tempo em que olhei de perto João Paulo II e com ele rezei, ali aos pés da Virgem Santa, guardei comigo seu olhar, sua voz, seus gestos, nele identificando o grande Apóstolo desta difícil conjuntura histórica em que vivemos. É ele o Pastor que vai ao encontro do seu rebanho, lá onde estiver, cumprindo as palavras de Cristo: "Apascenta meus cordeiros, apascenta minhas ovelhas", e, ainda, "Confirma teus irmãos". Vale-se, para isso, de incrível disposição física, aliada à capacidade intelectual e moral, que lhe dão o poder de se comunicar tão bem com as massas. Em apenas 12 dias, realizou João Paulo II autêntica maratona, ao percorrer 13 cidades brasileiras e ao fazer quase 50 pronunciamentos, ao longo de milhares de quilômetros percorridos de centro-sul a norte deste País continente.

Sentiu o povo sua atuação carismática, acolhendo sedento seus pronunciamentos inspirados. Suas palavras semearam reflexões e levantaram bandeiras, assentando, com vigor, seguras diretrizes no tocante a realidades palpitantes de ordem religiosa e política, de justiça social e de família, do papel do jovem na sociedade, do relacionamento patrão-operário, da pobreza e da miséria, dos migrantes, e outros mais. Repetindo, entre sorrisos e cansaço: "Até logo, Até logo, Até logo", em seu último discurso entre nós, nas terras amazônicas, o Papa João Paulo II recusou-se a confirmar uma despedida definitiva do Brasil, como que se referindo, de modo indireto, à necessidade de voltar à nossa Pátria, a fim de dar continuidade a um trabalho apenas iniciado nessa primeira visita, mas que, inegavelmente, falou bem alto à consciência da Nação e levantou bandeiras que jamais poderão ser arriadas.

Geraldo Ferreira Lanfredi Equipe 5 de Caçapava

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O SEGREDO DA SANTIDADE

6 Espírito Santo alma de minh'alma eu vos adoro iluminai-me guiai-me fortificai-me consolai-me dizei-me o que devo fazer dai-me vossas ordens eu vos prometo submeter-me a tudo quanto desejardes de mim e aceitar tudo quanto permitirdes que me aconteça fazei-me somente conhecer a vossa vontade! Cardeal Mercier

Dizia o Cardeal Mercier a propósito desta oração: Vou revelar-lhes um segredo de santidade e de felicidade. Se, todos os dias, durante cinco minutos, vocês souberem calar sua imaginação, fechar seus olhos às coisas sensíveis e seus ouvidos aos ruídos da terra para entrar dentro de si mesmos e, aí, no santuário de sua alma batizada, que é o templo do Espírito Santo, falar com esse Divino Espírito, dizendo-lhe:

"ó Espírito Santo, alma de minh'alma ... ", se fizerem isto, sua vida desenrolar-se-â feliz, serena e consolada, mesmo em meio às aflições, pois a graça será proporcionada à provação, dando-lhes a força de carregá-la, e chegarão à porta do Paraíso carregados de méritos. Esta submissão ao Espírito Santo é o segredo da santidade.

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A ECIR CONVERSA COM VOC~S

Há precisamente 11 anos, no dia 5 de maio de 1970, por ocasião do grande Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora em Roma, o Pe. Caffarel pronunciou uma conferência intitulada "As Equipes de Nossa Senhora em face do ateísmo". Nela o nosso fundador traçou os contornos do que poderíamos denominar a nova. vocação das Equipes de Nossa Senhora. Do que se trata precisamente? Eis a resposta do Pe. Caffarel: "No decurso deste longo período, procuramos, de um lado, o pensamento de Deus sobre o amor e o casamento; de outro lado, a sua tradução na existência cotidiana do casal; o que nos escapou é que esta procura não devia ser somente orientada para a santificação, o desabrochar, a irradiação de nossos lares, mas também para este testemunho que devemos dar do Deus vivo ante o mundo. Não tenho dúvidas de que, também para vós, a descoberta desta vocação pareça exa.ltante." No momento em que nos aprestamos para avaliar, sob o olhar de Deus, a caminhada que percorremos nestes últimos 12 meses, parece-nos fundamental que examinemos a repercussão que teve na nossa vida de casal e de equipe esse brado de alerta. Para tornar-nos aptos a responder a esse apelo do Senhor, o Pe. Caffarel, em face da anemia espiritual de muitos casais, propôs ao Movimento as transformações que se impunham:

- A ascese cristã. O Movimento deve ajudar os seus membros a se engajarem no caminho de uma imitação de Cristo na vida cotidiana. - A escuta da Palavra de Deus. A ascese, no sentido de marcha para a sant:dade, exige uma busca ativa e perseverante de Deus, especialmente pelo estudo das Escrituras. - A oração mental - meditação. Para encontrar a Deus, é preciso, sem dúvida, primeiramente ouvi-lO; mas é preciso também responder-Lhe, abrindo e abandonando à sua Palavra as profundezas de nosso ser. Honestamente, qual a nossa resposta? Como temos vivido essas orientações?

o Há uma passagem ainda dessa conferência cheia de profundo significado e que exige de cada um de nós sério exame de consciência, uma vez que ela hoje permanece tão atual: -14-


"Se, por um lado, me parece essencia.l que nunca sejam desencorajados aqueles casais que, cheios de boa vontade, têm dificuldade em observar os meios de CLperfeiçoamento, por outro lado, parece-me igualmente ilógico e perigoso que entrem ou fiquem no Movimento aqueles que não estão de acordo com os objetivos ou os meios propostos, ou aqueles que, estando de acordo, não têm vontade de 'fazer o jogo'." Ora, entre os meios de aperfeiçoamento, da mais alta importância para combater essa anemia espiritual é precisamente o retiro. Você, casal equipista, fez um retiro de pelo menos 48 horas nestes últimos doze meses? Se não, é porque, cheio de boa vontade, tem dificuldade . .. ? ou porque não está de acordo com a orientação do Movimento? ou porque não tem vontade de "fazer o jogo"?

o Finalmente, entre as orientações de vida que o Movimento propõe para ajudar-nos a progredir no amor do próximo, destacamos:

-

que dêem testemunho concreto do amor de Cristo, em especial por um ou vários compromissos com a lgrejCL ou com o mundo.

Como é que nós, casais cristãos das Equipes de Nossa Senhora, estamos sendo ativos? Que compromissos assumimos ou não assumimos? Por que? Na mesma ordem de idéias, ocorreu-nos ainda uma pergunta. Raramente é feita, e como é importante! Que fizemos nós dos talentos que nos foram confiados - ou seja, que fizemos dos nossos padres? Como somos ricos! Em que pese toda a carência de sacerdotes em nosso país, temos um padre que nos acompanha... Que fizemos por ele? O que responderemos a Cristo? "João, ouvindo falar, na prisão, a respeito das obras de Cristo, enviou a ele os seus discípulos para lhe perguntar: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro? Jesus respondeu-lhes: Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo . .. " (Mt. 11, 2) Não seria o caso de nós nos perguntarmos: o que estarão os que nos cercam ouvindo e vendo? Que Maria, que contemplava todas as coisas em seu coração, seja nossa mestra no discernimento das coisas de Deus.

A ECIR -15-


JOVENS CASAIS E DEVER DE SENTAR-SE

(Da Ca-rta francesa)

- "Não vemos bem a utilidade do dever de sentar-se. Temos por costume dizer-nos imediatamente, espontaneamente, o que pensamos." -"Assim que nos encontramos, falamos do que cada um fez. Não poderíamos esconder coisa alguma um do outro. Mesmo que doa na hora, é preciso falar. Então nada mais temos a dizer-nos no dever de sentar-se." - "O que nos interessa, o que nos preocupa, dizêmo-lo naturalmente, na primeira ocasião, sem esperar. Então o dever de sentar-se parece-nos artificial." Quando as Equipes de Nossa Senhora lhes propõem como "ponto concreto de esforço" encontrar-se a cada mês para o tempo de um verdadeiro diálogo conjugal, sob o olhar de Deus (dever de sentar-se), muitos jovens casais dizem: o diálogo faz parte de nossa vida desde que nos conhecemos! É justamente essa comunicação que mais valorizamos! Não é um dever, é uma necessidade! As primeiras gerações das Equipes reconheceram no dever de sentar-se um meio eficaz para suscitar a troca de idéias e desenvolver a comunicação. A educação recebida, o costume de calar suas reações mais íntimas, o medo de abrir-se dificultavam muitas vezes a expressão dos sentimentos, a partilha das preocupações e das aspirações, a elucidação dos mal-entendidos. Esse diálogo mensal fez com que muitos descobrissem o valor da palavra partilhada, criadora de comunhão. Ora, um outro tipo de educação, uma grande liberdade de expressão em família, o costume de longas discussões entre jo-16-


vens, a importância dada a afetividade e a comunicação no casamento, tudo isso criou um estilo de casal em que é indispensável poder-se partilhar tudo, dizer-se tudo. A troca não é mais uma paciente vitória sobre o mutismo, está subentendida desde o início! Não deve portanto causar surpresa que o dever de sentar-se não provoque o entusiasmo nos jovens casais de hoje, que não percebem, de imediato, sua utilidade. No entanto, o dever de sentar-se nunca foi um simples processo para facilitar a comunicação entre os esposos. Nem mesmo para fazer-se o balanço sobre "o que vai bem" e "o que não vai bem". Está a serviço do amor conjugal. É um instrumento de ajuda mútua entre marido e mulher para melhor perceberem os apelos do Senhor, para melhor enfrentarem suas responsabilidades.

Amar-se melhor Mesmo que se tenha o costume de "dizer-se tudo", "espontaneamente", será mesmo supérfluo esse diálogo conjugal metódico que é o dever de sentar-se? Não basta falar para dialogar. Quem "fala pelos cotovelos" pode perfeitamente entrincheirar-se em si mesmo. O que partilhamos realmente nessas trocas feitas ao sabor da ocasião? Até onde vai a abertura, a comunhão? Há muitas maneiras de se ficar na superfície dos problemas, de permanecer em posições tacitamente estabelecidas, de deixar as coisas seguirem seu rumo, de escamotear aquilo que poderia levar a um questionamento e a uma necessária conversão. . . Pode-se falar sem nada dizer e pode-se falar precisamente para evitar que o problema seja colocado em plena luz.

Dialogar diante de Deus implica a vontade de "fazer o jogo da verdade", na lealdade e no respeito mútuo. D:ante de Deus, falar é também, e talvez, primeiro, ouvir. Dizer espontaneamente e logo o que se pensa pode ser um meio de não se dar ao trabalho de ouvir o que o outro tem a dizer. Acaso não comporta o diálogo uma parte de silêncio para permitir que o outro se expresse verdadeiramente? Para permitir que diga até o fim o que tem a dizer - o que talvez esteja tendo muita dificuldade em traduzir em palavras e que pode ser muito profundo, muito importante, embora ainda confuso - o que pode ser doloroso, carregado de inquietação, de dúvida - o que pode ser um surdo apelo por compreensão, por ajuda- ou ainda a tímida expressão de uma esperança, de uma aspiração espiritual, de uma busca de Deus? O diálogo não é feito somente de palavras. É atenção às hesitações, aos silêncios, ao "não dito". . . ao que é o outro, à sua busca, ao seu mistério pessoal ... -17-


Melhor ajudar-se "Dialogar diante de Deus" é uma forma de oração, é entregar-se à ação do Espírito, é deixar que o Senhor transforme o olhar com que vemos o outro num olhar benevolente, cheio de atenção confiante, de esperança, inspirado na caridade. É buscar juntos o que Deus quer para nós como casal - o que Ele nos chama a ser, o que nos convida a viver. Há o vastíssimo campo dos trabalhos proflssionais, das responsabilidades sociais, dos engajamentos na Igreja, das amizades. Obviamente, e felizmente, podemos abordar tudo isso na volta do trabalho, enquanto preparamos a refeição, nos momentos de intimidade - assim como a oração pode brotar das atividades mais familiares. No entanto, como a própria oração, acaso não necessita esse d 'álogo de tempos fortes, de momentos privilegiados? Acaso não será preciso ir além do hábito, da espontaneidade, para encontrar-se em plenitude na intimidade do Senhor, acolhido na fé e na oração?

Yves Le Chapelier

O êxito da vida de um casal ou a evolução de um amor cristão. . . está no termo de uma longa pac.l.ência, sustentada pela esperança. René Volllaume

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VIVER COMUNIDADE

O autor foi Conselheiro Espiritual de várias equipes. Es· creveu esse bilh-ete especialmente para a Carta Mensal.

Para vivermos o Evangelho, é necessário que o vivamos comunitariamente. Jesus Cristo fundou a sua Igreja, por isso mesmo Ele quer que vivamos a mensagem cristã em comunhão. Comunhão é comum-un·ão: cada um unido ao outro na fé em Jesus Cristo. Viver comunitariamente é saber compartilhar o que temos e o que somos com os outros. Não é só morarmos próximos que faz com que nos tornemos uma comunidade. É prec ·so muito mais. O estarmos junto com os outros não significa que estamos vivendo comunidade. Uma coisa importante para se viver comunidade é conhecer bem os outros. É preciso conhecer o nosso irmão naquilo que ele tem de mais ínt'mo. É preciso também que nos façamos conhecer como somos. Os laços que unem as comunidades humanas são os mais diversos. Na família, são os laços de sangue. Ninguém escolheu esta ou aquela família. Assim também a nação, a cidade em que nascemos . .. Na comunidade cristã, o que une a todos os seus membros são C·S laços do amor de Jesus Cristo. Isto é que une. Isto é que torna a comunidade comum-unidade, comunhão. A escolha de cada um dos membros de uma comunidad..~ cristã é mu to importante. Porque não é apenas a amizade que une a todos. É mais do que isso. É o amor que vem de Deus. É o amor que une a todos num só coração e numa só alma. Todos com um mesmo ideal. A pluralidade pode existir, mas deve ser fonte de maior enriquecimento para todos. Daí surge o respeito e a solidariedade. "Que todos sejam um como Eu e o Pai somos um", é o que pede Jesus Cristo. É preciso estar atento aos apelos de Deus para que a vontade dEle seja manifesta. Pe. José Eduardo de Souza Campos Filho

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TEMPO DE BALANÇO

SER OU NAO SER EQUIPISTA

O homem durante sua vida tenta realizar-se, de maneiras diversas, segundo seu nível de interesses e sua maturidade. Em se tratando do ser adulto, essa realização varia desde a aquisição de afeto, estima, até a conquista de uma profissão, de status e de segurança. Infelizmente, o indivíduo valoriza essa realização mais no plano horizontal, e a realização vertical fica em plano secundário. Pode-se adquirir maiores conhecimentos, mais informações, grau de cultura mais elevado, mas a relação homem-Deus permanece relegada às lições receb:das numa catequese distante. O que nós equipistas temos pela frente é o ideal de perfeição: de crescimento na fé, de crescimento espiritual, de conhecimento da Verdade que o Evangelho nos assegura. Para que possamos sair da mediocridade e da superfície, é preciso mergulhar de cabeça na palavra de Deus, cumprindo os meios de aperfeiçoamento que o Movimento nos propõe. Se isso não é para nós vital, importante, necessário, não existe razão em nos filiarmos ao Movimento. Por que ler o tema? Por que fazer dever de sentar-se? Que sentido tem a oração em família? E a regra de vida? O lar é sem dúvida o lugar de importância maior na educação dos filhos e vivência do amor conjugal. Uma vez ou outra há real necessidade de serem ordenadas as coisas, os pontos de vista, os interesses, etc. Por que é tão difícil ver no dever de sentar-se a oportunidade de encontro do casal, de diálogo, de abertura, de ajuda, de enriquecimento do outro, de si mesmo e do lar? Por que nós, adultos, que estamos em equipe e nos reunimos, temos conosco a presença de um sacerdote, nos negamos a usar os -20-


meios que nos conduzirão ao aperfeiçoamento tão discutido e necessário? Aderir ao Movimento é estar disponível às suas regras, levá-lo com seriedade, cumprir seus estatutos. Aceitar isso e não cumprir é falta de lealdade para com os irmãos equipistas, é impedir seu próprio crescimento e comprometer o crescimento da equipe. A submissão às regras é o passo primeiro para se atingir os objetivos que os meios de aperfeiçoamento propõem. A falta de disciplina pessoal (por falta de esforço e por comodismo) leva a equipe a uma indisciplina geral. As reuniões tornam-se estéreis e sem fundamento se os casais a elas vierem sem preparo pessoal, conjugal, sem disposição de ouvir o outro e de sentir sua importância. Qual a nossa contribuição efetiva ao nosso irmão equipista? Clima de fraternidade é necessário, mas mais necessário ainda é assumirmos o nosso lugar na vida de cristãos, amadurecermos e procurarmos nosso fim último em Deus - Deus Criador e Eterno. Que na troca de idéias possamos meditar sobre nossa presença na equipe; nossa contribuição ao outro e nosso índice de melhoria; e sobretudo se devemos ou não ser equipistas.

Berê e Orlando Equipe 14 de Ribeirão Preto

• O que nos fa.z envelhecer não são os a.nos, é renunciar a.o nosso idea.l. Maria Claudia Monchaux

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O MOVIMENTO NO MUNDO

UMA EQUIPE NO ZAIRE (Da Carta francesa)

Acabo de chegar do Zaire, onde tive a graça de encontrar o meu irmão, vigário de uma grande paróquia, e de conhecer, no seu início, a Equipe de Nossa Senhora da qual é Conselheiro Espiri tua!. Vivi com seus casais uma reunião durante uma tarde de domingo. Quem simplicidade! Que boa vontade! Falaram no próprio dialeto, mas o maridos "viravam"-se em francês e interpretavam as minhas respostas. Sem acanhamento algum, interrogaram-me sobre como vivem as Equipes na França e sobre cada uma das obrigações. Para eles, o dever de sentar-se e o retiro são difíceis; a oração, a partilha, a missa e a escuta da Palavra do Senhor, contudo, correspondem bem ao desejo que têm de aperfeiçoamento. Por outro lado, todos os cristãos dessa paróquia são muito sensíveis à presença do Reino de Deus. Sua participação na missa é tão fervorosa, recolhida e expressiva, mesmo durante a semana, que me deixou muito pensativa ... A religião "vive" e nascem muitas vocações novas. gião do za·re (Kalemie) retoma o estandarte da fé, não a miséria e as privações de toda ordem. Nada possuem, felizes. Quantas lições a tirar, para nós, que vivemos do luxa e da abundância, na pressa e no "stress" ...

Esta reobstante mas são no meio

Confio às suas orações esta equipe, bem como os paroquianos que se reunem uma vez por semana, sentados em esteiras, perto da cabana, partilhando o Evangelho. Confi~lhes, também, todos os padres que deles se ocupam; e as Irmãs, algumas delas instaladas em pleno povoado indígena, que os preparam para o batismo, o casamento e a morte e que, pela sua dedicação, levam a mensagem do Senhor. Foi um banho de fé que ali vivi.

Bernadette -22-


OPÇAO PELOS JOVENS

A E.J.N.S. DE FLORIANóPOLIS

O dia 7 de junho de 1980 marca definitivamente um momento memorável na vida das Equipes de Nossa Senhora em Santa Catarina: o da implantação da primeira Equipe de Jovens de Nossa Senhora em Florianópolis, carinhosamente conhecida como "a Equipinha". A idéia e a motivação iniciais foram trazidas de São José dos Campos por alguns jovens, filhos de equipistas, que haviam comparecido ao Encontro de Jovens organizado por ocas·ão da Peregrinação a Aparecida para a comemoração dos 30 anos do Movimento no Brasil. Da diversidade de modos de sentir, pensar e agir dos 16 jovens que compõem a Equipinha, vamos nós, casal coordenador, com um pouco de esforço e muita ajuda do Espírito Santo, fazendo nascer pouco a pouco aquela un·dade que possibilita uma confiança mútua e gera a possibilidade de autêntica abertura cristã em nossas reuniões. Os encontros mensais são precedidos de uma reunião preparatória, da qual participamos como casal coordenador e à qual também comparecem os dois jovens responsáveis pelo grupo, escolhidos em ele!ção muito democrática: Adriana Abdalla e João Alberto Horn de Andrade. Assemelham-se nossas reuniões, pela sistemática de realização e pelos momentos de espiritualidade, a uma reunião de equipe de casais, sendo os tempos principais: oração inicial e intenções individuais; meditação sobre texto da Bíblia; partilha e cc-participação; resposta ao tema. A meditação é muito rica e nós, casal coordenador do grupo, muito temos lucrado com as reflexões apresentadas. Já pudemos sentir de maneira inequívoca o clima de união que congrega o grupo, tendo havido cc-participação bastante ativa de todos. -23-


Quanto aos temas de estudo, versam geralmente sobre assun- · tos de interesse de nossos jovens, quase sempre escolhidos ou propostos em comum acordo com eles:

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"Responsabilidade do jovem no mundo atual"

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"Momentos que mais tocaram nossos jovens na vinda do Papa ao Brasil"

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"Na moro"

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"Feminilidade - o papel da mulher no mundo" "O Espírito Santo"

são alguns dos temas já debatidos em reumao. O tema de abril versava sobre a falta de amor no mundo contemporâneo, onde o egoísmo impera e é motivo de tantos desentendimentos e discórdia.

o

Como não poderia deixar de ser, a Equipinha conta com apoio de um Conselheiro Espiritual: um seminarista em fase final de estudos, escolhido pelo grupo e que muito tem cooperado para a vida espiritual de nossos jovens. Quanto a nós, somos apenas um casal equipista, com espírito jovem e que, com a alegria e a disponibilidade que o Movimento exige, aceitou o chamado de Deus para acompanhar em seu crescimento a primeira Equipe de Jovens de Nossa Senhora de Florianópolis, para cujo sucesso pedimos humildemente as orações de todos.

Lourdes e Fernando Boíng Equipe de Nossa Senhora Auxiliadora Equipe de Jovens de Nossa Senhora Aparecida

Nota da Redação -

Metade dos componentes da equipe já fez o seu retiro ( cf. C.M. de março) .

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ORAÇÃO DE UM CASAL ELEITO RESPONSAVEL

Senhor, este é nosso primeiro encontro com a equipe que nos elegeu como casal responsável. Ainda temerosos, porém bastante agradecidos, queremos iniciar dizendo: - Deus, Pai, na tua infinita bondade, quiseste nos colocar à frente de uma das Equipes de Nossa Senhora, mesmo sabendo que estamos repletos de fraquezas e imperfeições, apenas humildemente dispostos a desempenhar tal encargo apostólico; - ajuda-nos a respeitar as características próprias de cada um destes nossos irmãos, para que eles possam cada vez mais desenvolver a sua personalidade, sem que no entanto se afastem das linhas mestras que o Movimento nos propõe; - ensina-nos a aproveitar todas as circunstâncias, para podermos responder a cada uma delas, com sabedoria e prudência; - concede-nos uma nova vida, mais espiritual, pois dia a dia vemo-nos mais atribulados com os afazeres materiais; - dá-nos a preocupação do engajamento a serviço daqueles que precisam de nós; - reforça-nos a coragem para não desanimarmos frente a obstáculos inevitáveis; - fortifica a nossa lealdade, retidão e franqueza, para que possamos partilhar, sem medo nem reservas, as nossas experiências e riquezas descobertas; - envia-nos a tua palavra, para que estejamos sempre providos de tudo e preparados para toda a boa obra; - finalmente, permite-nos uma vida mais cristã, sempre animada pelo Espírito Santo, unidos para formar uma comunidade onde mutuamente nos ajudemos a crescer em direção a Ti.

Olga e Dion Equipe 9 de Mogi das Cruzes

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PENSE COM SUA CABEÇA

Talvez pareça absurdo, mas existe hoje um grande número de gente que já não usa a própria cabeça para pensar. São famílias inteiras que foram substituindo a cabeça pela televisão e agora, quase inconscientemente, em tudo o que decidem e fazem, são movidas pelos critérios da TV. Você certamente conhece pessoas assim. Deus queira que não faça parte desse número! Levadas, é claro, pela necessidade de estarem bem informadas, colocaram um dia a televisão na sala principal de sua casa. Acontece, porém, que essa sala se tornou a escola de seus filhos, s~ntados ou deitados horas e horas diante da televisão. E toda a família, como se não fosse gente, começou a ser massificada pelo poderoso instrumento de dominação. Vem então o bombardeio diário de idéias, mensagens, comerciais, insinuações, informações "científicas", novelas uma atrás da outra, e ... quem não tem senso crítico já caiu na rede. Todo o seu ver-julgar-agir deixa de ser um ato humano e pessoal para se tornar um comportamento eletrônico. Apaga-se a capac' dade de enxergar a realidade de seu ambiente, do mundo do trabalho, da periferia, da zona rural, porque a única realidade que ele vê é aquela que a televisão lhe apresenta. E para julgar as coisas, os fatos, os valores, evidentemente os critérios só podem ser impostos pelos programas de grande audiência, a onda do momento, que ninguém gosta de ser taxado de antiquado... Mesmo as grandes decisões da famWa, como vocação, profissão, amor, casamento, em que se fundamentam, se é só televisão que lhe entra pelos olhos e ouvido.s ? Como conseqüência, é fácil verificar o agir do "telediota" nova palavra do dicionário para o idiota que se deixa guiar pela televisão. - Em primeiro lugar, uma notável preguiça mental, que o torna incapaz de suportar uns poucos minutos de leitura. Afinal - pergunta o "telediota" - por que gastar horas a fio lendo -26-


um livro, uma revista ou até um jornal, se posso receber todas as informações confortavelmente instalado, sem cansar a cabeça? E, mais ainda, numa embalagem sofisticada de fantástico padrão "global"? - Outra conseqüência é o fechamento da família dentro de si mesma. Quase ninguém sai para um passeio, uma reunião, uma vis;ta porque, naquele chamado "horário nobre", quem perder alguns capítulos corre o risco de ficar por fora do assunto das conversas. Além disso, visitar os amigos no horário das novelas, você já pensou como atrapalha? - Outros sintomas dessa doença dos nossos tempos que é a "telemania" podem ser facilmente diagnosticados: violência, agressividade, competição, neuroses, consumismo desenfreado. Só saberá aproveitar bem da televisão, como instrumento positivo a serviço do homem, quem não perdeu o senso crítico e, portanto, não se deixa dominar por ela. Se, porventura, você se identifica com algum desses elementos que estão sendo engolidos pela engrenagem, ainda é tempo de tomar uma decisão importante, em homenagem à inteligência que Deus lhe deu: volte a pensar de novo com sua cabeça! Pe. Achiles Pacelli Pinheiro Conselheiro E-spiritual da Equipe 12 de Maril1a

Há muitas coisas que reprovamos . . . mas deixamos como está. Criticamos muitos programas de TV, novelas, propagandas. Criticamos... e ficamos n.lsto. Jl: preciso saber usar o poder qu·e representa a compra. Por que não manifestar n~sa opinião sobre certo.s programas e propagandas, boicotando os produtos quando a firma nos inunda com uma propaganda indecorosa e desonesta?

Vamos começar já! Transmita nossa mensagem a seu vizinho e reproduza-a em qualquer boletim. Grupo Defesa da Família.

de Marilia

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ITAI CI EM MARÇO O ENCONTRO DE RESPONSAVEIS DE REGiõES, SETORES E COORDENAÇõES

Impressões de um casal participante

Não sei se é porque nossas almas vão amadurecendo, se é porque, a cada retiro, a cada Encontro nacional, vamos subindo um degrauzinho a mais no caminho de Deus, mas eu senti que desta vez a caminhada foi muito suave, rodeada de flores as mais lindas, enchendo de pétalas multicolores a estrada. Não houve um senão, um ruído maior a empanar as horas de reflexão·. E, das contas do rosário de graças, foram surgindo figuras preciosas escolhidas por Deus, como D. Geraldo Penido, a dizer sobre o Sínodo dos Bispos e as ENS, e a deix ar em nossas mentes frases como esta: "Valorize a família no uso discreto dos bens, na hospitalidade aos outros, sentindo um álacre entusiasmo com a chegada de amigos, e cultivando em seu coração uma devoção à pessoa humana." Passou depois o Pe. Aquino e nos deixou uma lição de humildade ao falar sobre a "D ives in Misericordia" . . . "A misericórdia é a última expressão do amor nestes tempos." A luz da misericórdia, nunca podemos dar como esgotados os nossos recursos quando procuramos acudir o nosso semelhante e nada conseguimos. "Jamais devemos dizer 'esse problema é dele', porque o amor dirá sempre que 'esse problema também é nosso'." Chegou Pe. Gregório e, em seu alegre falar, no-s fez penetrar mais no conhecimento do Espírito Santo, fazendo-nos sentir verdadeiramente a Sua presença. "O Espírito Santo é uma fortaleza para quem quer ser Igreja hoje." "Vamos ser dóceis ao Espírito Santo e deixar que Ele nos guie, hoje e sempre."

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E que dizer daquela figura humana pequenina, miúda, humilde, mas gigante no transmitir as coisas de Deus, verdadeiro relicário de preciosidades d'alma, exemplo vivo da existência do Espírito de Deus, que é D. Gabriel. Parecia que ele ia crescendo, crescendo, à medida que nos falava de Deus e dos homens. Lembramo-nos de quando disse: "Você quer que seu filho seja padre? E a resposta seria: não. Então você quer que seu filho seja médico, dentista, advogado? Sim. E padre? Padre, não, é para o filho do vizinho, não é para mim." E também: "Quantas vezes gritamos, pedindo o socorro de Deus. Mas não precisamos gritar, porque Deus não dorme, está ali, ao nosso lado, velando por nós." E Pe. Antonio, ao falar, com entusiasmo incontido, do papel do Conselheiro Espiritual, a demonstrar, no seu jeitão de gaúcho autêntico, o amor que sente pelas ENS. "Eu, que por amor ao reino de Deus abandonei a minha família e um lar próprio, encontrei nas ENS o cêntuplo que promete o Evangelho, em pais, mães, irmãos e irmãs." E o que dizer dos leigos, a dirigirem e complementarem os painé"s? Lilian e Quadra, com o papel do casal de ligação, Dirce e Rubens, com o problema do retiro, Theresinha e Thiago, com a caminhada das ENS para os mais humildes, todos deram seu recado com muita felicidade. De Cecília e Eduardo, "nuestros hermanos de Colombia", das palavras que nos dirigiram sobre o caminhar de seus equipistas, e do Padre Nuestro rezado à tardezinha, na Capela? Mais uma vez, em Itaici, sentia-se a profundeza do silêncio e reinava a verdadeira Paz de Deus.

Fabri e Adalgisa Setor de Valinhos-Vinhedo

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VAMOS

LER

JESUS CRISTO, PAO PARTIDO PARA UM MUNDO NOVO - 42~ Congresso Eucarístico Internacional, Lourdes, 1981 - Edições Paullnas, 1980, Cr$ 80,00. A Eucaristia. é um tema .sempre novo para aqueles que procuram d~scobrir o sentido real e dinâmico do mistério presente na celebração eucarística. Este livro, um estudo teológico sobre a Eucaristia elaborado para servir como texto-base do Congresso Eucari.stico de Lourdes, constitui um precio.so subsídio para os que se querem aprofundar ne.s.se grande mi.stér.l.o da. no.."Sa fé. M.F.S. O PAI NOSSO - A ORAÇAO DA LffiERTAÇAO INTEGRAL Boff - Editora Vozes, 1980, Cr$ 240,00.

Leonardo

O conhecido teólogo nos apresenta o Pai No.s.so como a oração da Iiberta.ção integral, em três níveis: no primeiro, analisa o sentido que Jesus atribuiu às palavras que empregou; no segundo, nos apresenta a teologia. da Igreja apostólica, quando esta. oração era. rezada. pelos primeiros cristãos em todas as suas reuniões; no terceiro, o autor interpreta. o Pai No.s.so escutando também o no.ssu tempo. Livro que nos faz .sentir próximos e contemporâneos de Cristo, ensinando-nos a descobrir mais um pouco dos ensinamentos profundos contidoo na Oração do Senhor. D.P.S. CAMINHOS DA EXPERitNCIA CRISTA llnas, 1981, Cr$ 170,00.

Luigi Giussani -

Edições Pau-

Cristo .se inseriu na História e penetrou no coração do homem. Pessoa alguma. é capaz de responder aos anseios e às interrogações do homem: só ELe dá uma resposta. Só na. experiência do encontro Cr.i.sto-homem a vida humana atinge .sua perfeita realização. Este livro é uma meditação teológica dos mistérios de Cristo, feita com simplicidade e profundidade, e com multo amor. M.F.S. A AVE MARIA - O FEMININO E O ESPíRITO SANTO Editora Vozes, 1980, Cr$ 180,00.

Leonardo Boff -

Rezando repetidas vezes a oração mariana, corremos o risco de perder a sua profund.idade. Leonardo Boff nos oferece .sugestões para meditação, num comentário teológico da. Ave Maria que encerra todas as riquezas do mistério

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de Deus em Nossa Senhora. Se a tradição enfatizou a dimensão cristológica de Maria, hoje importa fortalecer a perspectiva da ação do Espírito Santo em Maria. "Somente Deus pode gerar Deus . Para gerar Jesus, o Espírito Santo tomou morada em Maria." D.P.S. SAO PAULO -VIDA E MENSAGEM- Santos Benettl 1981, Cr$ 250,00.

Edições Paulinas,

Paulo é sempre um santo atualizado. Paulo é experiente, ex.lgente, paciente, e sem "meias medidas". Mais do que nunca, um modelo para os que querem ser apóstolos de Jesus Cristo. Este livro representa nova alternativa para aqueles que passaram horas proveitosas no estudo do tema "As epistolas de São Paulo". F.S.

TEMPERAMENTO CONTROLADO PELO ESPíRITO Edições Loyola, 6~ edição, 1979, Cr$ 220,00.

Tim La Haye

Livro que, embora seja muito conhecido, ainda causa agradável surpresa a quem depara com ele pela primeira v-ez. Diz o autor que nada é mais fascinante a respeito do homem que seu temperamento. É o temperamento que marca cada um com qual,idades singular-es, que o tornam diferente de qualquer outro. O temperamento dá forças e fraquezas a cada um. Deus concede o Espírito Santo ao cristão para ajudá-lo a conhecer-se melhor e vencer a insegurança, o medo, o d-esamor. É preciso aprender a entregar-nos total e incondicionalmente ao Espírito, para que seja Ele e não nós a controlar nosso temperamento - o que nos ensina este livro. D.P.S. CEGO E SEM MAOS -

Jacque~ Lebreton -

Edições Loyola, 1978, Cr$ 385,00.

História verídica de um soldado francês que ficou mutilado num combate desert<> da Líbia. Depois da guerra, casa-se, tem cinco filhos, empenha-se em diversas at.!.vidades, é um batalhador incan.~ável. A experiência da fé, como a do sofrimento, é incomunicável, mas Lebr·eton, com o exemplo de sua vida, nos prova que, aconteça o que acontecer, a vida tem sentido, e um combate, por doloroso que reja, é o triunfo do Amor. "Eu perdi a vista, mas E·le me concedeu a luz interior. Imensa é a fé que sinto em mim". Bom presente para aqueles qt e não conseguem aceitar seu s<>frirnento como caminho de santificação. lJO

M.F.S.

APRESENTO-LHES A BARONESA - Beber Salvador de Lima Paulinas, 4~ edição, 1980, Cr$ 140,00.

Edições

Vida de Cathar.lna de Hueck Doherty. Enfermeira, com apenas 15 anos, na Rússia, durante a primeira guerra mundial, recebeu por seus atos de he-

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rofsmo a Cruz de São Jorge. Teve que fugir da revolução comunista, casou·.s<:, teve um filho. Muito doente, veio para a América, viveu as experiências mais diversas e dolorosas, mas assim mesmo conseguiu fundar uma grande obra de apostolado leigo, a "Madonna House", em Combermere, no Canadá, que ela mesma, hoje com 80 anos, ainda d.irige. Livro empolgante, recomendado inclusive para jovens. M.F.S. EVANGELHO SEM RESTRIÇõES - Cat harina de Hueck Doherty Paulinas, 21J. edição, 1981, Cr$ 120,00.

Edições

Amor, pobreza, oração, dons e virtudes, comunidade, são alguns dos temas abordados, de uma maneira muito clara, simples e moderna, pela "baronesa". "Os homens precisam começar a amar. Uma vez que é impossível provar a existência de Deus com argumentos intelectuais dirigidos aos que não crêem, então eles devem ver este Deus em nossas vidas. Esta é uma prova existencial: o cr.l.stão clamando o Evangelho pela própria vida . " E ainda: "A missão dos cristãos de hoje será especialmente estabelecer comunidades de amor e mostrar aos outros seu amor mútuo como membros destas comunidades. Desta forma poderão mostrar ao mundo a face do Deus vivo, do Cristo ressuscitado." M.F.S. ROTA DE ESCAPE - Rev. Don Wilkerson e David Manuel tania, 1981, Cr$ 150,00.

Editora Be-

Complemento do best-seller "A crnz e o punhal". A recuperação, pela graça do Espírito Santo, dos viciados, alcoólatras e assaltantes, focal.tzada do ponto de vista dos próprios rapazes em recuperação. Se você ainda não leu o primeiro livro, leia-o antes. Ficará impressionado com a presença palpável do Espírito em todos os passos do Rev. Wilkerson nesse trabalho. M.E.B . ONDE NliO HA M:tDICO -

David Wemer -

Edições Paulinas, 1981, Cr$

280,00.

Embora destinado aos que vivem e trabalham no campo, este excelente livro é aplJ.cável também à cidade, onde há médicos... Extremamente prático, de linguagem fácil, com muitas ilustrações, conta com a aprovação da O .M.S. e é um precioso auxiliar na Pastoral da Saúde. F.S.

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NOTíCIAS DOS SETORES

RIO DE JANEIRO -

Engajamentos apostólicos

O Casal Regional, Mary-Nize e Sérgio, procedeu a um levantamento dos engajamentos apostólicos dos equipistas da Região. Publicaremos detalhadamente em outra oportunidade, pois são muito diversificados. Resumindo: constata-se, de início, ser nos Encontros de Casais com Cristo - como em Brasília - que mais trabalham os equipistas. Segue-se o Curso de Noivos e a Pastoral do Batismo. Depois vêm a Pastoral da Juventude, do Crisma, Círculos de Pais e Círculos de Estudos Bíblicos. Há 18 Ministros da Eucaristia, várias pessoas (20) fazendo curso superior de teologia e cursos universitários de fé e catequese. São 23 catequistas (catequese de crianças e de adultos), mais 6 dando curso de religião de nível primário, mais 7 casais que se dedicam a um trabalho de evangelização de famílias a domicílio. Cursos de dinâmica familiar e educação para o amor. Aconselhamento em paróquias, Pastoral do Anônimo (orientação), acompanhamento de toxicômanos, encarcerados, excepcionais, pessoas idosas. Movimento em Defesa da Vida. Cursilhistas, membros do Serra Clube, da Renovação Cr'stã, Congregados Marianos, Vicentinos. Todos os tipos de trabalhos de promoção humana, em serviços sociais, centros comunitários e diretamente com favelados, incluindo palestras e até grupos de oração. Atividades em orfanatos e obras de amparo à criança. Finalmente, há os que trabalham diretamente ligados à Pastoral Familiar, seja em nível de paróquia, de região episcopal (vicariato), em nível arquidiocesano e até de CNBB. Como conclusão do levantamento, Mary-Nize e Sérgio colocam uma observação: "A grande maioria dos casais engajados nos diversos apostolados declararam ter começado essas atividades após a sua entrada nas E.N.S. Todos afirmaram recebe-33-


rem nas E.N.S. o reabastecimento espiritual necessário para o desempenho das suas atividades." -

Jubileu sacerdotal

Em cerimônia singela e fraterna, todos reunidos em torno do altar armado na quadra de esportes do Seminário São José, no dia 26 de abril, o Cônego Djalma Rodr.' gues de Andrade comemorou vinte e cinco anos de ordenação sacerdotal. Um arranjo de flores amarelas entremeadas de algumas rosas enfeitava a mesa: no meio das alegrias, alguns espinhos, a exalar perfume de santidade. Vinte e cinco anos vividos plenamente por alguém que "lá na praia deixou o seu barco e com Cristo foi buscar outro mar". Atualmente Conselheiro Espiritual do Setor B e da Equipe 34, Cônego Djalma é muito requisitado para pregar retiros, pois tem extraordinário poder de comunicação, além de ser grande conhecedor do Movimento. -Retiro

Em local ótimo, por ser equidistante das zonas Sul, Norte e da Barra, ou seja, na Casa de Retiros Padre Anchieta, na Gávea, realizou-se de 10 a 12 de abril o retiro pregado pelo Frei Pierre Secondi, conhecido dominicano que, na mesma semana, comemorava seu jubileu de ouro sacerdotal. Com o tema Redescoberta da fé, proporcionou aos participantes "uma reciclagem na capacidade de amar e mostrou mais uma vez que, em grupo, se ama mais e se t em fé com menos esforço". Frei Secondi "surpreendeu pelas mensagens que transmitiu, pelo timbre de voz, pela dicção e pelo vocabulário tão rico: é extraordinário que um sacerdote que está fazendo 80 anos possa se comunicar melhor do que muitos jovens, expressando-se com tal vivacidade!" As crianças ficaram sob os cu:dados de casais e de jovens das Equi,. pes. -

"Na saúde e na doença"

Glória e J efferson, na Equipe 39 há mais de sete anos, Ministros da Eucaristia, colaboradores dos Cursilhos e dos Encontros de Casais com Cristo, tiveram sua vida transformada quando, três anos atrás, Jefferson foi baleado por assaltantes, ficando paralítico da cintura para baixo. Muita fé em Deus, muita confiança - e aquele indefetível espírito apostólico fazendo com que na enfermaria do hospital aproveitasse para catequ'sar os companheiros, levando inclusive um deles, já adulto, a fazer a Primeira Comunhão. Quanto a Glória, assumiu, além da lida da -34-


dona de casa, tudo o que o marido não pôde mais fazer. A celebração de Bodas de Prata do casal foi um testemunho emocionante. Jefferson fez ele mesmo a homilia, dirigindo-se especialmente aos jovens, noivos e recém-casados, dizendo-lhes do valor do matrimônio e que, até na adversidade, vale a pena. Transcrevemos as palavras que colocaram no texto inicial da missa: "(Em ação de graças) pelos vinte e cinco anos de vida matrimonial do casal Glória e Jefferson, que, alegres, agradecem a v:da que lhes destes, assim como ela é, assim como ela foi. Pelos sonhos que tiveram e não floriram, pelos sonhos que têm e florirão talvez. Agradecem também pelas falhas de que a vida se tece como os furos de uma rede que por vezes se rasga mas que Vossa Mãe Divina sempre conserta com dedos cheios de amor. E agradecem principalmente pelos retoques: ficou tudo tão diferente do que sonharam. Mas está bom assim! Obrigado, Senhor!"

BRASfLIA -

Nas férias, Maria

Os Setores de Brasília receberam com entusiasmo a recomendação de Dirce e Rubens (cf. C.M. de dezembro-fevereiro) de que se organizassem reuniões durante as férias para os equipistas que não deixam as suas cidades. Mesmo porque vários casais já haviam pedido para que as férias não fossem tão longas. A primeira experiência realizada nesse sentido foi coroada de êxito. Foram formadas 6 equipes. O tema da reunião, escolhido pelo Pe. Aleixo, Conselheiro Espiritual da Equipe 7, encarregada da organização dessa "inter-equipe de férias", era a Virgem Maria. Tema que, coincidência ou não, foi adotado por algumas equipes em sua reunião de março. Como muitas equipes continuaram durante as férias com a meditação do terço (a maioria semanalmente), Nossa Senhora deve estar contente com a atenção que lhe têm dedicado seus filhos. -

Sobre o terço

V árias equipes comentam os benefícios do terço que vêm rezando, a maioria, como já assinalamos, semanalmente. D:z o pessoal da 6: "Continuamos com nosso terço, agora às terças-feiras, o que tem nos aproximado cada vez mais." A 3 realizou durante as férias uma reunião de oração, cuja primeira parte foi dedicada ao terço. Escrevem os equipistas da 8: "A equipe contlnua se reunindo em noites de oração. Até mesmo durante o período de férias conseguiu rezar o terço semanalmente. Agora, na Quaresma, está fazendo a Via Sacra da Campanha da Fra-

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ternidade. Esses encontros muito têm contribuído para o crescimento e a união espiritual da equipe. A 10: "Em fevereiro, houve reunião informal - motivo: rezar o terço e integrar o grupo após as férias."

MANAUS -

Billings, etc.

Um casal de médicos, Maria Auxilium e Júlio, escreveu a Dirce e Rubens e, entre outras coisas, fala de sobriedade evangélica - "estamos morando numa casa bonita e grande, mas a simplicidade é ainda maior"; de crescimento do Movimento ''as Equipes continuam crescendo: Neusa e Antonio trabalham muito; ficamos impressionados, nas missas de equipe, com tanta gente nova"; do Encontro do Diálogo - "nós fizemos em janeiro: é um espetáculo para o diálogo do casal"; e de planejamento familiar (a propósito do relatório do Congresso Internacional pala a Família das Américas, que teve lugar em julho de 1980 na Guatemala e no qual tomaram parte) - "lá tivemos a felicidade de ouvir e conhecer os Billings e também Madre Teresa de Calcutá - foi maravilhoso". Auxilium e Júlio são os representantes da Organização Mundial do Método da Ovulação Billings/ Brasil na Região N arte do País.

INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL

Espalhada por extensa área geográfica, a Coordenação do Interior do Rio Grande do Sul compõe-se de 18 equipes, assim distribuídas: 4 equipes em Osório, 3 em Tramandaí, 2 em Glorinha, 2 em Gravataí, 2 em Santo Antonio, 2 em Terra de Areia, 1 em Corvo, 1 em Estrela, 1 em Maquiné. Um desafio e tanto para o Casal Coordenador, Maria Olívia e Luis Carlos que, em dezembro, substituíram Lídia e Leo, e para o Conselheiro Espiritual, Pe. Ermelinda Lotterman.

SAO CARLOS -

Intercessores

O Boletim publica a escala dos intercessores, com dias, horários e a forma de intercessão. São 53 ao todo, entre os quais 2 não equipistas. A maioria escolheu a oração, 8 o jejum, 12 o oferecimento das provações, 8 ainda duas formas: a oração e o -36-


oferecimento das provações (4) ou a oração e o JeJum (4). Entre os "orantes", vários (17) escolheram horários noturnos (23h-24h, 5h-6h.). Um casal oferece duas horas de oração, 2 casais, três. Todos nós, que nos beneficiamos indiretamente com a intercessão dos nossos irmãos, agradecemos. Possa também seu exemplo de abnegação incentivar muitos de nós a imitá-los! -

Campanha da Fratern.idade

Visando oferecer aos casais equipistas mais ampla visão dos objetivos da CF 81, realizou-se uma tarde de formação , a cargo do Pe. Gleiton, Conselheiro Espiritual das Equipes 8 e 13. Após a exposição do sacerdote, foram analisadas várias idéias para uma efetiva participação das equipes na Campanha. Como conclusão, foi marcado um encontro com a orientadora sanitária do Centro de Saúde da cidade. Além de outras iniciativas de ordem espiritual, resultados desses encontros: - a Equipe 10 realizou a escala de vacinação no Bairro Santa Felícia; - a Equipe 3 se propôs a colaborar na vacinação da zona rural; - todas as equipes organizaram um movimento de arrecadação de remédios disponíveis nas residências (fechados, não usados e não vencidos, ou amostras gratis) , remédios esses que foram doados ao Sindicato Rural, que possui serviço médico próprio para atendimento de doentes daquela área: a arrecadação ultrapassou todas as expectativas, entusiasmando sobremaneira o médico do Sindicato. -

Quando os jovens lideram

Foram os jovens do Setor os responsáveis pela organização do Encontro de Confraternização, que foi um sucesso. Num sítio das redondezas, reuniram-se 35 famílias de equipistas. Iniciou-se o dia com a missa campal, celebrada por Mons. Virgílio de Pauli, e animada pelas flautas e violões dos filhos. Seguiram-se as várias atividades programadas pelos jovens: gincana, churrasco, futebol e um teste imaginado por eles e ao qual deram o nome de "Os dez mandamentos": cada filho devia citar aquilo que considerava uma falha do pai ou um comportamento em que esperava a melhora do pai ou da mãe. Transcrevemos a seguir as respostas, pois algumas delas pareceram-nos bem parecidas entre -37-


si: na realidade, o primeiro item teria não 10 mas 18 votos que não deixa de merecer reflexão ... . -

o

Ter mais confiança nos filhos: 10 votos Ser imparcial entre os filhos: 2 votos Ter mais compreensão: 2 votos Ser mais amigo: 2 votos Aumentar a mesada : 2 votos Deixar de fumar (sic) : 2 votos D.lzer sempre a verdade : 1 voto Dar plena liberdade aos filhos: 1 voto Saber dar liberdade com responsabilidade: 1 voto Prender menos os filhos: 1 voto Deixar fazer lições com os amigos: 1 voto Acreditar menos nos outros que nos filhos: voto Verificar o porque dos erros dos filhos antes de falar : 1 voto Deixar ir mais aos bailes: 1 voto Deixar de ser "velas" para os filhos: 1 voto Fazer ma.is a vontade dos filhos: 1 voto Que os pais sejam melhores: 1 voto Não têm reclamações: 4 votos.

O Encontro tinha por objetivo, mais uma vez, aproximar pais e filhos, e também incentivar os jovens a promoverem iniciativas cristãs comunitárias, semente para as futuras "equipinhas". VOLTARAM PARA O PAI Edson Petrelli Silva

Da Equipe 9, Setor A, do Rio de Janeiro. Casado com Hortência. No dia 28 de março. Por duas vezes responsáveis de sua equipe, ele e Hortência trabalhavam nos Cursos de Noivos e atualmente eram o casal secretário do Setor. A notícia do agravamento do seu estado colheu os cariocas na saída para Itaici e foi lá que souberam que havia voltado ao Pai. Todos os participantes do Encontro elevaram preces ao Senhor, numa profissão de fé e esperança. Nelson Geraldo Avelar

Da Equipe 23, Setor D, do Rio de Janeiro. Casado com Thereza. No dia 2 de abril, depois de grave enfermidade, em que o casal deu um exemplo extraordinário de fé e coragem, enfrentando a adversidade com fibra incomum, vivendo realmente a esperança.

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NOVOS RESPONSAVEIS Interior do Rio Grande do Sul

Assumiram a responsabilidade da Coordenação, no lugar de Lídia e Leo, Maria Olívia e Luis Carlos Bozzetto. Limeira

Sucedem a Zuleika e Hermes à frente da Coordenação Célia e Essio da Cruz Madeiro. ltu

Lucila e João Valente de Almeida Jr. substituem Maria Haydée e João Fausto. Guaratinguetá

Marlene e João Roberto entregaram o Setor aos cuidados de Heloisa Helena e João Mauricio F. S. Viana. Região São Paulo/E

Os mesmos Marlene e João Roberto, por sua vez, assumiram a Região, cujos responsáveis, Irene e Dionísio, passaram a responder pela Equipe de Animação dos Anos de Aprofundamento.

RETIROS

Em São Paulo Em Brasilia Em Santos -

5 a 7 de junho

12 a 14 de junho

Em Bauru -

19 a 21 de junho

Em Florianópolis -

Em ValinhoS- 7 a 9 de agosto

Em Limeira -

3 a 5 de julho

21 a 23 de agosto 28 a 30 de agosto

Em Porto Alegre -

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28 a 30 de agosto


A FONTE E O CUME

TEXTO DE MEDITAÇAO

"A Eucaristia é a fonte e o cume". Com estas palavras, o Concílio Vaticano II manifesta a fé de toda a Igreja. A fé nascida no calvário e no cenáculo, a fé dos apóstolos e dos seus sucessores, a fé de todo o povo de Deus. . . . a Eucaristia é o vértice da Igreja, o vértice de toda a vida humana sobre a terra. O caminho da Eucaristia, que é para todos nós o Corpo sacramental do Senhor, passa por Aquela que lhe deu o corpo humano, Maria. Eis a Mãe que vos foi "revelada" para revelar incessantemente o Filho e todo o seu mistério divino e humano. Para mostrar os caminhos que levam a Ele e, por Ele, à casa do Pai, ao sacrário da Santíssima Trindade. Joio Paulo II

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Fortaleza)

ORAÇAO

6 Deus, nós Vos pedimos, "não faltem nunca, nos caminhos da sociedade brasileira, Cristo, e aquelas palavras de vida eterna que só Ele possui, não faltem nunca as palavras do Evangelho e o alimento da Eucaristia. De geração em geração, cumpra-se, ó Cristo, o desejo do Vosso coração, nos corações do vosso povo, aqui nesta ·terra. Amém. <1d . )

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar

R evisão, Publicação e D istribu ição pela S ecretaria d as EQUIPES DE NOSSA SENHORA ()1050 -

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Te!. : 34-8833


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