ENS - Carta Mensal 1971-4 - Junho

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1971

N. 0 4 u n ho

EDITORIAL M ~nsagem

Fale com lllle ...... . ... .

de Esperança

A ECffi cc>nversa com vocês . . . ........ .

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O Valor da Oração num mundo secularizado . . . ... ... ........... . .... . .. . . . p. Marido e Mulher distribuem a comunhão

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A Famll!a, meta urioritária da Pastoral Arquidiocesana em São Paulo .. . .. . p. Comunicar-se P-

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Senta r-se para planejar . . . . • . . . . . . . . . . . .

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Notícias dos Setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Mutirões e Sessões de Formação . . . . . . . .

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Cõ:1. Caffarel no Brasil em Setembro . .

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Retiros para 1971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p . 31 Oração para a próxima r eunião . . . . . . . . p. 32


Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 - ZP 5 - Tel.: 80-4850 SÃO PAULO (CAP.)

- sàmente pata distribuição interna -


EDITORIAL

FALE COM

ÊLE

Fazem algumas semanas, fui ter a um convento de Trapistas. O padre que me recebeu conduziu-me através de longos corredores, claros, pobres, silenciosos, até a cela do prior. Entro num quarto pintado a cal, sem ornamentos, sem imagens, onde sou recebido por um homem todo silêncio e serenidade. Seu rosto é um misto de rudeza e doçura, de uma doçura tôda espiritual que atenua as rugas de sua face ascética. Em seu olhar se misturam a candura da criança e a sabedoria do ancião. Conversamos abertamente. E, no decorrer da palestra, vem êle a falar do dia já longínquo que decidiu da orientação de sua vida. Quando adoles~nte, frequentava êle, com outros jovens de sua idade, uma associação paroquial onde, ao lado de jogos nos quais se entretinham amistosamente, ouviam do vigário algumas orientações para a vida que se abria perante êles. Naquela !arde tinha falado da oração. Nosso adolescente, aparentemente para ajudar a por um pouco de ordem, deixou que os companheiros partissem. Na realidade, finha alguma coisa a pedir ao vigário, mas não sabia como abordar o assunto. Foi assim que, com aparente indiferença e enquanto arrumava a sala - é menos embaraçoso do que frente a frente - disse ao vigário: "Padre, o senhor nos repete sempre que é preciso rezar, mas não nos ensina como devemos proceder" - "É verdade! Você quer aprender a rezar ? Pois bem, Paulo, vá até a capela e, ali, fale com :t;:Ie". "Fui até a capela - disse-me o velhor prior - e, naquele entardecer, devo ter-me demorado bastante, pois lembro-me que, ao chegar em ~asa, fui severamente advertido por minha mãe. Pela primeira vez eu tinha rezado. E creio que, desde então, nunca mais deixei de falar com :t;:le". Acabada a sua confidência, o padre prior calou-se. Pela inflexão de sua voz eu compreendera que não fôra sem emoção que evocara esta antiga lembrança, primeiro elo de uma longa intimidade com o seu Deus. O silêncio, que eu não ousava romper, se prolongava: estava certo que êle Lhe falava. Certamente rendia graças por ter encontrado, aos quinze anos, o padre que o orientara no caminho da oração. -1-


O conselho do v1gano só era banal na aparênóa. Na realidade revelava um homem de oração, aquêle que, em lugar de um longo discurso, limitara-se em responder com essas breves palavras a um adolescente desejoso de aprender a rezar: Fale com t le. Não se fala a uma sombra. É preciso pois tomar consciência da presença de Deus, para com ~le falar. E para saber o que Lhe dizer, é preciso avivar a fé. E, para formular as palavras torna-se necessário não se contentar com impressões inconsistentes, mas sim exprimir pensamentos, desejos, sentimentos preciosos. São grandes, na realidade, os méritos de tal método - se podemos chamar de método um conselho tão simples. São tantos aquêles que, na meditação, deixam-se embalar por devaneios imprecisos, enternecer sôbre si mesmos, entorpecer no doce calor de vagas emoções piedosas, sem nunca chegar a fixar o espírito incapaz de concentração. Por que não ouviriam êles, por que não adotariam o conselho simples daquele vigário! Talvez o menosprezem, s~Ja: por orgulho, seja por preguiça espir itual, seja porque se julgam mais adiantados nos caminhos da oração, seja por aversão ao esfôrço. Se desejamos, nós também, aprender a rezar, ouçamos e ponhamos em prátirn o conselho do jovem vigário. Dia virá em que a meditação dispensará as palavras, quando tivermos, se as:oim m e posso exprimir, adquirido ·a tarimba. Ou, mais exatamente, quando a graça tiver lentamente realizado o seu trabalho. Mas não nos preocupemos em acelerar a marcha e, por enquanto: F alemos com ~l e. Henri Caffarel

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A PALAVRA DO PAPA

oe

mens~G em

esPeR~nç~

Apercebemo-nos de que na humanidade é sentida uma necessidade dolorosa e, em certo sentido, profética, de esperança, que se pode com,parar à necessidade da respiração para a vida. Não é possível viver sem esperança. A atividade do homem é mais ~ondicionada pela expectativa do futuro do que pela posse do presente. O homem tem necessidade do finalismo, do encorajamento e da prelibação da alegria futura. O entusiasmo, que é a mola real da ação e do risco, não pode surgir senão de uma espe~ rança forte e serena. O homem tem necessidade de otimismo sincero e não ilusório. Pois bem. Nós estamos em condições de vos dirigir uma mensagem de esperança. A causa do homem não só não está perdida mas encontra-se, ao invés, em segura vantagem. As grandes idéias, que constituem os grandes f·a róis do mundo moderno, não se apagaram. A unidade do mundo há de ser realizada. A dignidade da pessoa humana será, não apena.s formalmente, mas sim realmente, reconhecida. A intangibilidade da vida, desde o seio materno até à última fase da velhice, virá a ter um apôio efetivo. As indevidas desigualdades sociais serão aplanadas. A relações entre os povos serão pacíficas, justas e fraternais. O egoismo, a pr epotência, a indigên~ia, a licenciosidade dos costumes, a ignorância, e muitas outras deficiências que ainda caracterizam c afligem a sociedade contemporânea, não devem impedir a instauração de uma verdadeira ordem humana, de um bem comum e de uma civilização nova. A fraqueza humana, o deterioramento gradual das metas alcançadas, a dor, o sacrifício e a morte temporal não poderão ser ::J.bolidos; mas tôda a miséria humana poderá vir a ter assistência e confôrto; m elhor, poderá vir a conhecer a,q uêle super-valor que o nosso segrêdo é capaz de conferir a tôda e qualquer decadência humana. A esperança não se extinguirá; pre~isamente por fôrça dêste segrêdo,que hoje em dia, aliás, já deixou de o ser para todos os que nos ouvem ... Entendeis ao que queremos aludir: ao segredo, ou antes, ao anúncio pascal.

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Tôda a esperança se funda numa certeza, numa verdade, a qual, no drama humano, não poderá ser somente experimental ou científica. A autêntica esperança, que deve amparar o homem no seu cantinho, funda-se na fé. Esta, efetiv-amente, na linguagem bíblica, "é o fundamento das coisas que se esperam" e, na sua realidade histórica, é o acontecimento, é Aquêle que hoje celebramos: Jesus Ressuscitado! Não se trata de um sonho, nem de uma utopia, nem de um mito: é realismo evangélico. E , nêste realismo, nós, crentes, fundamos a nossa ~oncepção da vida, da história e da própria civilização terrena, que a nossa esperança transcende mas, ao mesmo tempo, impulsiona para as suas ousadas e confiantes conquistas. Não é êste o momento propício para nos determos a explicar-vos as razões válidas dêste paradoxo; ou seja: como é que nós. homens da esperança transcendente c eterna, podemos sustentar, c com quanto vigor, as esperanças do horizonte temporal e presente? disso falou sapiente e amplamente o recente Concilio (Gaudium et Spes). Mas, por outro lado, é êste o momento em que n. Nossa voz se torna eco da voz do vencedor, Cristo Senhor: "tende confiança, eu venci o mundo" (Jo., 16,33); e da voz do evangelista intérprete: "a vitória que venc:e o mundo é a nossa fé" (1 Jo. 1,4); entendendo por mundo, obviamente, todos os aspectos caducos e perversos do cenário natural da existência humana. OlJ1amos, mais uma vez, do alto desta tribuna, ou seja, do vértice apostólico do Nosso humilde ministério, para o panora-· ma que se oferece à Nossa vista e nêle contemplamo-vos: a vós. homens que trabalhais e sofreis; a vós, que envidais todos o<; esforços para guiardes a sociedade pelos caminhos da justiça e da paz; a vós, jovens, ávidos de autentiddade e dedicação; a vós, pléiades inumeráveis de gente bôa e honesta, que, em silêncio, dais sentido, com a oração e com as obras, com a fidelidade e com o sacrifício, à própria passagem no tempo; a vós, que sofreis e estais desiludidos com um bem-estar que já não voz diz nada; e, s obretudo, a vós, que conosco acreditais em Cristo Ressuscitado e a :J;:.le vos consagrastes. E então, o Nosso espírito inunda-se de alegri·a e de esperança e a todos proclama: "Alegrai-vos sempre no Senhor; repito: alegrai-vos sempre" (Fil 4,4): CRISTO RESSUSCITOU! Aleluia! (aos fiéis, na Domingo de Páscoa)

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A ECIR CONVERSA COM VOCÊS

Caros amigos AqU'êles dentre vocês que participaram do Encontro dos responsáveis de Equipes de abril último estarão certamente lembrados da conferência pronunciada logo no início, sôbre a "orientação do ano". Devem ter notado- e isto é importante que esta "orientação" vinha se inserir dentro de um plano mais amplo, abrangendo todo o Movimento, no âmbito internacional. Assim sendo o trabalho a desenvolver êste ano é parte integrante de uma progmmação que se prolongará por todo o ano próximo. Êste plano mais amplo se acha condensado nestas palavras que constam do resumo daquela conferência: "Para 1972 o Movimento vai pedir a tôdas as suas equipes um profundo exame de consciência. Cada um de nós, diante de Deus, deverá dar resposta a esta indagação: por que estamos nas Equipes de Nossa Senhora?" Em outra palavras, estamos nos preparando êste ano para um ano de aprofundam_ento a ser desenvolvido durante todo o correr de 1972. Aprofundamento no sentido de tomar consciência nítida do que são, na realidade, as E.N.S. e encaminhar as sim os espíritos para uma decisão a tomar no fim do ano próximo, quaL seja a de nossa real adesão ao Movimento. Tal preparação consiste essencialmente no estudo do discurso de Paulo VI, pronunciado o ano passado, por ocasião da peregrinação das Equipes a Roma. Consiste em levar os equípistas a uma tomada ou retomada de consciência do que é o casamento no plano de Deus, que quis fazê-lo um caminho de perfeição, um caminho de santidade e fazer da família uma verdadeira célula da Igreja, "a mais pequena sem dúvida, mas também a mais fundamental do organismo eclesial". Estas perspectivas deverão levar-nos, o ano próximo, a considerar e tomar também consciência exata do papel das Equipes de Nossa Senhora, que se propõem, como meta fundamental, fornecer aos ~asais que a elas aderem, meios adequados e eficazes para os ajudar a tender para a realização do plano de Deus sôbre êles.

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Caros amigos, talvez muitos de vocês 1rao dizer: para que, por que todo êste trabalho? As Equipes vão indo tão bem, o que é atestado pelo seu desenvolvimento firmemente progressivo ... Sim , as Equipes estão se multipLicando, mas elas o fazem dentro de um mundo conturbado, caracterizado pelo espírito de contestação ao mais autênticos valores de uma tradição humana que é posta em xeque, arrastando também consigo a contestação da própria revelação divina. Para não ser envolvido pela maré montante do materialismo e consequente desliquescência mora1 e religiosa, o cristão preci .. sa retemperar as suas fôrças espirituais. Mais do que isto, precisa estar em ~ondições de exercer, mais do que nunca, o seu papel de fermento na massa, para o que precisa possuir um forte dinamismo apostólico, através de um sólido dinamismo espi ritual. É êste dinamismo espiritual e apostólico que as Equipes têm a missão de desenvolYer em seus membros. Para isto, torna-se necessário que cada uma de nossas equipes seja autêntica. É para evitar a distorsão do Movimento, a diluição de sua mística, sempre possíveis em tôda e qualquer expansão numérica. que e torna necessário um trabalho de conscientização que as Equipes de Nossa Senhora estão levando avante.

Contamos com voeês para fazer das Equipes um Movimento forte e dinâmico, formado de ~asais ambiciosos por serem membros fortes e dinam.icos da Igreja de Cristo. A ECIR

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ESPER!ITUALIDADE

O VALOR DA ORAÇÃO NUM MUNDO SECULARIZADO

Durante uma reun1ao ecumênica interna:cional de jovEns realizeda em Taizé em 1967, D. Antônio, Exarca do Patriarcado de Moscou, (1 ) foi interrogado sôbre qual ssria o valor da oração para jovens cristãos que vivem em pleno mundo secularizado e como poderiam realizar concretamente essa oração. A sua resposta, que impressionou vivamente os jo. vens, dirige·se a todos os que têm dificuldade em unir a vida e a oração.

"A vida e a oração são completamente inseparáveis. Uma vida sem oração é uma vida que ignora a dimensão essencial da existência, é uma vida que se satisfaz com o visível, como o nosso próximo, mas com o nosso próximo físico com o nosso próximo no qual não decobrimos a imensidão e a eternidade do seu destino. O valor da oração consiste em descobrir, afirmar e viver o :tato de tudo ter uma dimensão de eternidade e de imensidade, se assim se pode dizer. O munqo em que vivemos não é um mundo profano. É um mundo que nós sabemos muito bem profanar, mas que em si mesmo saiu das mãos de Deus e é amado por Deus. O valor que Deus lhe dá é a vida e a morte de seu Filho único. A oração manifesta o nosso conhecimento dêsse fato, a nossa des~oberla de que todos à nossa volta, tôdas as coisas à nossa roda, têm um valor sagrado aos olhos de Deus e se nos tornam preciosas c queridas. Não rezar é deixar Deus ficar de fora da existência. Não apenas Êle, mas também tudo o que Êle significa no mundo que criou, no mundo em que vivemos. (1) -

Na Igreja Ortodoxa Russa , o Patriarca é o chefe supremo. O "exarca", ou metropo:ita, é um arcebispo, o "eparca" , um bispo.

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Parece-nos muitas vêzes ser difícil coordenar a vida e a oração. É um êrro, um êrro absoluto. E' devido a termos uma idéia falsa tanto da vida como da oração. Pensamos que a vida consiste na agitação e a oração em retirarmo-nos para qualquer parte e em esquecer tudo, o nosso próximo e a nossa situação humana. É falso, uma calúnia da vida e uma calúnia da própria oração. Se quisermos aprender a rezar, é preciso, em primeiro lugar, tornarmo-nos solidários da realidade total do homem, do seu destino e do mundo inteiro: assumi-lo totalmente. Foi êsse o ato essencial que Deus realizou na Encarnação, é o aspe~to total daquilo a que chamamos intercessão. Normalmente, quando pensamos em intercessão, pensamos que consiste em recordar delicadamente a Deus tudo o que Ê1e esqueceu de fazer. Na realidade, intercessão consiste em dar um passo que nos leve ao âmago de uma s!Í.tuação trágica e um passo que seja da mesma extensão do passo de Cristo ao se tornar homem de uma vez para sempre. A uma solidariedade cristã que é simultâneamente orientada para dois polos opostos. Cristo encarnado, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, inteiramente solidário com o homem no seu pecado quando se volta para Deus e inteiramente solidário com Deus quanto se volta para o homem. É esta dupla solidariedade que nos faz, ao mesmo tempo, estranhos e unidos aos dois campos. Agora dir-me-ão: que fazer? Pois bem, a oração nasce de duas fontes: a admiração que sentimos em relação a Deus e às coisas de Deus (o nosso próximo ou o mundo que nos rodeia . apesar das suas sombras), ou então o sentido do trágico, o nosso e o dos outros sobretudo. Berdiaeff dizia: "Se tenho fome, é um fato físico, se o meu vizinho tem fome, é um fato moral". Pois bem, eis o trágico tal como nos aparece a cada instante: o meu vizinho tem sempre fome. Nem sempre tem fome de pão: às vêzes tem fome de um gesto de humanidade, de um olhar de caridade. Pois é aí que começa a oração, nessa sensibilização maravilhosa e trágica. Quando subsiste, tudo se torna fácil. Rezamos fàcilmente, na admiração, tal como rezamos fàcilmente quando o sentido da tragédia nos invade. (Na existência diária), a vida e a oração devem formar um todo. Não tenho tempo de dizer muita ~oisa, mas queria apenas sa!.ientar o seguinte: Levantem-se de manhã, apresentem-se a Deus e digam: Senhor, abençoai êste dia que começa. E , a seguir, tratem todo êste dia como um dom de Deus e considerem-se ~omó os enviados de Deus neste desconhecido que é o nôvo dia. Isto quer dizer simplesmente algo de muito difícil: que nada do que aconteeer ao longo dêste dia é estranho à vontade de Deus; tudo, sem exceção, é uma situaçã<;> na qual Deus os terá colocado para que sejam a Sua presença, a Sua caridade, Sua compaixão, a Sua inteligência criadora, a Sua coragem, etc. E, por outro lado, cada vez -8--


que enfrentarem uma situação, serão aquêles que Deus lá colocou para fazer ofício de cristão, para ser uma parcela do corpo de Cristo, uma ação de Deus. Se fizerem isto, verão fàcilmente que, a cada instante, terão de se voltar para Deus e dizer: Senhor, ilumina a minha inteligência, reforça e dirige a minha vontade, dá-me um coração de fogo, ajuda-me. Em outros momentos, poderão dizer: Senhor, obrigado! E se forem sensatos, se souberem agradecer, evitarão a asneira chamada vaidade ou orgulho, que éonsiste em imaginarse ter feito algo impossível. Foi Deus que o fez, foi Deus que lhes deu êsse presente maravilhoso: a oportunidade de realizar aquilo tud o. Quando, à noite, se apresentarem a Deus e fizerem um rápido exame do dia, poderão cantar os Seus louvores, glorificá-Lo, agradecer-Lhe, c:horar sôbre os outros e chorar sôbre si mesmos. Se começarem a unir a sua vida à sua oração, elas nunca mais se separarão. A vida será como um combustível que, ao alimentar um fogo , torna-o a cada instante, mais rico, mais ardente e pouco a pouco transformá-los-á naquela sarça ardente de que fala a Sagrada Escritura."

* llustra bem o pensamento de D. Antônio o seguinte texto de um pastor protestante japonês:

"Quando mergulhamos as mãos no tanque ou atiçamos o lume com o fole de bambu; quando ali-nhamos algarismos sem fim em nossos registros; quando o sol nos queima ou afundamos no lôdo do arrozal; quando permanecemos diante da fornalha; se, nesse exato momento, não realizarmos a mesma vida religiosa como se estivéssemos em oração num mosteiro, então nunca o mundo será salvo."

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A IGREJA PRESENTE

MARIDO E MULHER DISTRIBUEM A COMUNHÃO

Na Igreja pós-conciliar, tudo pode acontecer, dirão os mais <!onservadores, lembrando, neste mês de junho em que se festeja o Santíssimo Sacramento, o s·a nto temor com que na sua infância foram acostumados a aproximar-se da Eucaristia ... Os que compreendem a gravidade dos problemas que se colocam para a Igreja num país sem clero alegrar-se-ão com a notícia: começam a multiplicar-se, pelo menos na arquidiocese de São Paulo, os cursos destinados a formar religiosas e leigos, mclusive C'asais, para assumir algumas das tarefas eclesiais em que é possível substituir os sacerdotes, permitindo aos mesmos dedicar-se a um número maior de fiéis. Durante o ano de 1970, formaram-se várias "tunnas" de Ministros Extraordinários da Eucaristia e começam a formar-se êste ano os primeiros Minis.t ros Extrardinários do Batismo e da Palavra. Alguns pensarão: daí ao diaconato, é um passo. De fato é, mas não um passo obrigatório, embora muito necessário tendo-se em vista o pequeno número de leigos em condições de dá-lo. De qualquer maneira, o fato de o clero poder contar com religiosas e leigos capazes de assisti-lo e mesmo de substitui-lo na distribuição da Eucaristia, na administração do Batismo, na pregação da Palavra tem um significado espeC'ial num país como o nosso que, embora do tamanho da Europa, conta com quatro vêzes menos sacerdotes. Representa uma grande esperança para a Igreja: a possibiLidade de atingir, num futuro menos remoto, um número imenso de batizados que se encontram hoje "co1no ovelhas sem pastor". Já existem em São Paulo várias centenas de Ministros Extraordinários da Eucaristia (mais ou menos 500), colaborando ém paróquias de maior movimento, hospitais, escolas, etc .. No entanto, é bastante raro, ainda, o caso em que ·marido e mulher foram investidos dêsse mandato e constitui motivo de alegria para nós o fato de casais equipistas terem estado entre os primeiros a recebê-lo. Entrevistamos um dêles.

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Os que não conhecem Nívia e Antônio Basile talvez imaginem tratar-se de um casal de mais idade, já aposentado. Engano! tEle tem 43 anos, é engenheiro, ocupadíssimo, chega em casa muito tarde, salvo quando tem algum compromisso na paróquia ou no Movimente. Ela é mãe de cinco filhos, educados alegres e equilibrados, e leciona em dois colégios. São membros fundadores do Conselho Paroquial e responsáveis pelos Cursos de Noivos e Círculos Familiares na sua paróquia. Ambos, apesar de todos êsses encargos, estão sempre calmos e sorridentes, bem humorados e prontos para "dar uma mão" onde quer que se precise dêles. O ministério que assumiram não é "um encargo a mai!!l', mas o prolongamento natural do espírito de doação que caracteriza os dois.

C.M.

QuaL a reação de vocês ao saber que foram es~olhidos para Ministros Extraordinários da Eucaristia?

Nívia e Antônio -

Grande foi a nossa smprêsa ao sermos convidados para Ministros Extraordinários rla Eucaristia. Não conhecíamos ainda essa função, e muito menos nos julgávamos dignos dela. Não sabíamos, por outro lado, como nossos filhos e parentes a receberiam: teriam êles alguma objeção contra êsse nosso nôvo en<5argo? C.M. -

E qual foi a reação de seus filhos?

Nívia e Antônio -

Ficamos muito contentes ao verificar que a sua reação foi favorável: ficaram felizes e orgulhosos. Contavam a todo mundo que os pais iam poder distribuir a Comunhão. Nosso filho de 7 anos estava, nessa época, se preparando para fazer a Primeira Comunhão, e ficou felicíssimo porque ia poder recebê-la de seu pai; olhava para as irmãs mais velhas com superioridade, porque elas não tinham tido êsse privilégio . . . C.M. -

Vocês fizeram algum dato?

~urso

Nívia e Antônio -

antes de receber o man-

Por ser o encargo muito importante, foinos dado um curso, na Igreja Coração de Maria, sede da Região Episcopal Centro. Foi um curso intensivo, minisb·Hdo por sacerdotes da arquidiocese, quase todos professôres de seminário ou universidade. Os assuntos tratados versaram sôbre a História do Povo de Deus, Teologia e a Liturgia da Eucaristia. -

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Antonio dando a Primeira Comunhão ao

C.M. -

~llho.

Quanto tempo durou o curso?

Nívia e Antônio -

Mais ou menos quatro semanas. Foram ao

todo 8 aulas, que eram dadas duas vêzes por semana, à noite, com duração de mais ou menos duas horas. Apesar de breve, foi o curso denso de ensinamentos, dando nos uma visão geral elo pensamento da Igreja. C.M. -

Muitos outros Ministros receberam o mandato com vocês?

Nívia e Antônio

Nossa turma - que foi a segunda em São Paulo - era de 93 ministros, entre leigos e

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religiosas, representando as vár;as paróquias da Região Epis~o ­ pal Centro. Da paróquia Nossa Sra. de Fátima, éramos 11: três casais, que já vinham com uma vivência religiosa das Equipes de Nossa Senhora, um leigo que já participava do Movimento Familiar Cristão, um Vicentino, duas religiosas do Colégio NotreDame. Depois da nossa, outras turmas de ministros extraordinários têm se formado nas várias Regiões Episcopais de São Paulo e do Brasil. C.M.- Como vocês se sentiram ao receber o mandato? Nívia e Antônio -

A recepção do mandato foi uma das maJOres emoções que já sentimos. Nesse dia, nós tomamos a Comunhão de nossas próprias mãos, sob as duas espécies. C.M. -

:v:ocês se sentiram muito emocionados, também, ao dar a Comunhão pe1a primeira vez?

Nívia e Antônio -

A segunda grande emoção foi, realmente. a primeira vez que demos a Eucaristia ... Para Antônio, foi na Igreja Nossa Senhora de Fátima, no domingo em que os m ;nistros extraordinários foram apresentados à comunidade paroquial. Os primeiros fiéis a comungar por suas mãos foram freims do Colégio Notre-Dame; em seguida. vieram os leigos, entre os quais sua espôsa e suas duas filhas mais velhas. . . Par'c'!J Nívia, que distribui a Comunhão durante a semana, os primeiros a receber a Eucaristia de suas mãos foram pessoas doentes ou idosas, em suas próprias casas. Um f.a.to marcante foi a Primeira Comunhão de um senhor de 86 anos, que desejou ~omungar na segunda visita que a Ministra Extradinária fêz à sua casa. C.M. -

Quer dizer que Nívia nunca distribui a Eucaristia durante a Missa? Por que? Não pode?

Nívia -

Posso, mas só se não houver Ministro Extraordinário algum presente - o que não acontece aqui em Na. Sra. de Fátima, onde cinco homens foram investidos do mandato. Eu já dei duas vêzes a Comunhão na igreja, fora do horário da. Missa, e posso dar sempre que eu fôr pegar o Santíssimo se houver alguém na igreja que queira comungar. C.M. Nívia -

Como você se veste quando vai dar a Comunhão? Como sempre, mas tenho que usar um véu. Antônio põe a. alva e o cíngulo.

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C.M. -

Como seus amigos e familiares receberam a notícia dêsse encargo de vocês?

Nívia e Antônio -

A alegria que sentíamos com o ministério, e que já ~ontagiara nossos filhos, estendeuse a nossos familiares e amigos, que vinham, admirados, cumprimentar-nos pelo mandato. Sen"tíamos que todos ficavam surpresos, mas felizes, ao ver tão digna missão confiada a leigos. C.M. -

Como vocês se sentem agora, exercendo o ministério extraordinário?

Nívia e Antônio -

Nosso entusiasmo não diminuiu, embora a emoção não se faça sentir tão fortemente; mas não queremos nunca nos deixar cair na rotina; queremos lembrar-nos, cada vez que pegamos no Corpo de Cristo, que eslamos exercendo- um privilégio muito grande, que não merecíam os e que desejamos agradecer ao Pai todos os dias. C.M. -- E os outros casais ? Nívia e Antônio -

Como nós, estão muito animados e desejosos de cooperar cada vez mais com a nossa paróquia. Todos nós sentimos q:ue o leigo foi valorizado e que nos cabe uma tarefa muito importante junto a nossa Mãe, a Igreja.

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NOSSOS COMPANHEIROS DO RIO Ti1:M NõVO ARCEBISPO Quando o Senhor ~hamou a si D. Jayme, em circunstâncias que a todos impressionaram - acabara de celebrar em Aparecida a missa do seu jubileu cardinal:ício - unimo-nos de cora~ão aos equipistas cariocas que viam partir aquêle que durante quase trinta anos foi seu dedicado Pastor. Congrat~lamo-nos agora com_ êles pela nomeação de Sua Ema. Rvma. D. Eugênio de Araújo Salles, e queremos aproveitar a oportunidade para contar a todos os equipistas alguma coisa sôbre a personal,i dade do nôvo Arcebispo do Rio de Janeiro, até agora Cardeal Primaz do Brasil.

Para os que porventura não saibam, o Primaz é aquêle que ocupa a Sé da primeira diocese fundada no Brasil - isto é, Salvador. Deixando essa cidade, D. Eugênio ~ontinua Cardeal, mas não é mais Primaz, título que passa a pertencer a D. Avelar Brandão Villela que, deixando Teresina, o substitui à testa da Igreja da Bahia. D. Eugênio Salles notabilizou-se pelo Movimento de Natal, exemplar organização de obras educacionais e assistenciais, criada e dirigida por êle. Já ocupou importantes cargos no Canse .. lho Episcopal Latino-Americano (CELAM), do qual D. Avelar é o atual presidente, e na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Membro da Pontifícia Comissão para os Instrumentos de Comunicação Social e Consultor da Comissão Pontifícia Justiça e Paz desde 1967, é tido ~omo perito em pastoral, problemas de comunicação, doutrina e ação social. No Brasil, foi ainda um dos pioneiros do Movimento de Educação de Base, para a educação de adultos através de rádio-escolas. Foi legado do Papa durante a Assembléia da CNBB em Brasília, no ano passado - i. e., representante do Santo Padre para todos os efeitos durante a ·s olenidade.

D. CONSTANTINO AMSTALDEN Recem-nomeado bispo-coadjutor de São Carlos com direito à sucessão de D. Ruy Serra, tomou posse no dia 23 de Maio. Unimo-nos aos equipistas de São Carlos para cumprimentá-lo e desejar-lhe abençoada gestão. 15 -


UM CASAL DAS E. N. S. NA SEMANA DOS INTELECTUAIS CATóLICOS EM PARIS

Durante o tradicional encontro, dedi~ado êste ano ao tema "Sacramento, ato de fé ou gesto religioso?", estêve entre os oradores o casal Germa.ine e Francis de Baecque, ambos auditores no Concílio Vaticano Il. Encerrando a sessão, o Cardeal Marty, Arcebispo de Paris, depois de salientar que "os sacramentos não são atos mágicos que teriam eficácia quase automática: êles são a palavra eficaz de Jesus Cristo, hoje, para os que ~rêem", afirmou: "Não há vida evangélica sem os sacramentos. Para o cristão. o sacramento é tão vital como o oxigênio para todo ser vivo."

A FAMíLIA, META PRIORITÁRIA DA PASTORAL ARQUIDIOCESANA EM SÃO PAULO

Nos dias 16 a 18 de abril, todos os Movimentos de apostolado leigo da arquidiocese de São Paulo estiveram reunidos para um estudo, em profundidade, das metas prioritárias da Pastoral Arquidiocesana. );:sses vários Movimentos acham-se em permanente diálogo, <ttravés da "Coordenação Ar-q uidiocesana dos Movimentos de Apostolado Leigo - CAMAL", sob cujos auspícios foi realizado uquêle encontro. O objetivo principal era, ao lado de mna maior conscientização do papel de cada um na pastoral de eonjunto, analisar os meios de coordenar as atividades dos movimentos com objetivos de ação semelhantes, e, em particular, estudar a colaboração que cada um poderia dar para a promoção da família; objetivo central dentro do programa da Pastoral Arquidiocesana. Devido ao enfoque dado à problemática da família nesse encontro, a ECIR havia designado vários casais para representá-la. Infelizmente, só um pôde comparecer, mas a sua presença permitiu que, ao lado do Movimento Familiar Cristão, as Equipes de Nossa Senhora participassem dos trabalhos realizados e pudessem contribuir com a sua experiênda para o encaminhamento dos estudos. -- 16-


Durante os dois dias passados no Instituto Social do Morumbi, anexo ao Colégio Santo América, num ambiente de cor.. dialidade dos mais fraternos, a família foi particularmente focalizada e cabe destacar a conferência proferida por S. Excia. Rvma. Dom Lucas Moreira Neves, na qual fêz uma exposição de "Quais vs principais problemas que a família enfrenta na Arquidiocese de São Paulo". Com a clareza que lhe é peculiar, Dom Lucas analisou as influências múltiplas que atuam sôbre a família: influências sociológicas, políticas, psicológicas, religiosas e morais. Qual a repercussão de tais influências nas várias classes da sociedade - clas~e alta, média, popular. O impacto causado sôbre o auditório por esta conferênóa motivou fortemente os presentes para a troca de idéias que se seguiu nos vários grupos de trabalho e nos quais foram estudados, de um lado, os principais objetivos de uma pastoral fami · liar e, de outro, os principais campos desta pastoral. Os métodos de trabalho da CAMAL, com os encontros periódicos dos vários Movimentos de apostolado leigo, irão certamente favorecer o desdobramento e a efetivação das conclusões a que se chegou no Plenário de encerramento. Cabe salientar que a direção da CAMAL deixou bem daro que se tratava de promover uma coordenação de trabalhos para um objetivo comum, sem interferência nas atividades e objetivos peculiares a cada Movimento.

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TESTEMUN HO

COMUNICAR-SE

Recebemos de uma equipista o texto seguinte, e alegramo-nos em publicar essa primeira contribuição espontânea.

Comunicar-se - coisa dificil. Estou empenhada em fazer do meu casamento um sucesso. Para isso, preciso comunicar. Comunicar tudo. Mesmo o que fôr secreto. Comunicar pensamentos, emoções. Comuniéar para que haja encontro, para que haja diálogo. Será êste o ponto que faz com que nosso casamento persista bastante bom? A sinceridade é a base da comunicação. Mas é necessário que haja compreensão para o que fôr comunicado. Sinceridade mais compreensão leva à integração. Isto já é mais difícil. .. Primeiro, comunicar-se. Segundo, compreensão para o que foi comuni~ado. Pergunto: será que nós nos comunicamos como no tempo do namôro? Como nos primeiros anos de casados? Isto não me satisfaz, pois onde estaria o aprendizado dêsses anos todos ? Nossa comunicação hoje deveria ser mais rica, mais profunda. Será que há empenho de ambas as partes em aprofunda!' essa comunicação? Comunicar só com o olhar, com palavras, ou também com gestos, com todo o corpo, comunicar com o espírito, ~om o não dito mas só intuido. Mas será que só isto basta? Descobri que é necessário ler coragem para comunicar pensamentos íntimos, anseios, enfim, tudo o que sou. O bonito e o feio também.

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E descobri que junto com a comunicação é necessano ter a coragem da ~mpreensão. Compreender as atitudes tomadas, os gestos esboçados, o olhar anunciador, as palavras ditas, às vêzes rudes, sêcas, dolorosas de se ouvir. Se não houver compreensão não haverá crescimento. Mas sempre haverá comuni cação, que é melhor do que silêncio. Em tudo isto pensei hoje enquanto minhas filhas na piscina tentavam uma melhor comunicação com a água. E ~oncluí outra coisa importante: a gente preósa ter coragem de se olhar. De olhar os fatos, nossas atitudes, nossos gestos, nossos pensamentos e também olhar a dois nosso casamento, nossos carinhos mútuos e Lôda a forma de comunicação que usamos no rela~io ­ namento de um com o outro. Aí, os dois, êle e eu, podemos responder se nossa comunicação é boa, ou melhor, se há casamento de verdade enlre nós. Casamento é êsse relacionamento básico que não pode ser rotina, nem silêncio, nem desligamento, mas que precisa de comunicação entre os dois que estão casados. Acho que há tempos em que não há casamento: há tempos em que o comuni~ção com a empregada, a mãe, o avô, o amigo é maior que entre o casal. E o casal pensa que está casado. Isto tudo é muito pessoal, mas acho também que às vêzes atravessamos fases em que um só carrega o barco. Mas o que creio fundamental, é que se tenha consciência do fato.

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SENTAR - SE PARA PLANEJAR

Uma das coisas que mais sul'preendem é descobrir que a maioria dos esposos levam em comum apenas uma vida física. ~les ~onvcrsam entre si tanto quanto um patrão conversaria com o seu chofer: um "bom rua" distraído, quem sabe um comentá-.:-io sôbre o tempo; e depois só o estritamente necessário para que o chofer leve onde quer e o espere onde quer ser esperado. Em verdade, todos nós conhecemos casais que conversam entre si tanto quanto o faz um casal de ursos, ou discute e briga em público como um par de baitacas. Não se trata no primeiro caso de apatia natural, nem no segundo de agressividade nata; trata-se apenas, de casais que, entre si, levam "lmicamente vida físic:a. A luta pela vida, a monotonia das repetições diárias dos mesmos gestos, dos mesmos trabalhos, das mesmas palavras, fêzlhes esquecer que é necessário coisa mais do que trocarem as frases mínimas indispensáveis para uma vida em comum ou, por causa desta, questionarem constantemente - e também é necessário coisa mais do que amarem-se físic:amente de quando em vez, para serem marido e espôsa. A vida de hoje é mesmo agitada e difícil: a espôsa com os trabalhos domésticos, com os filhos, muitas vêzes também com trabalho externo; o marido cada vez mais ocupado com a sua profissão, com o sustento da família. Desencontro de horários, cansaço, preocupações. A vida desgasta, separa; cada cônjuge tem seu caráter, seus gostos, seu temperamento. É preciso harmonizar tudo isso. Tarefa às vêzes difícil, principalmente quando se torna necessário tirar a máscara um diante do outro, deixar que o outro nos veja com os defeitos e fraquezas que temos. É preciso, acima de tudo, planejar a vida em ~omum e a vida do lar. E planejar não significa apenas fixar horários, programas e atitudes. Planejar é por as partes em contato, as pessoas em comum acôrdo; respeitando cada um as fraquezas do

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outro e valorizando suas qualidades. Planejar é, sobretudo, dia'" Jogar, comunicar o mais íntimo de si, conservar o entusiasmo, a grandeza e o ideal do matrimônio cristão, como no primeiro dia de casados. - -0 -

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Tudo isso levou as Equipes de Nossa Senhora a adotarem o dever de sentar-se como um dos meios de aperfeiçoamento dos casais. Essa adoção não ocorreu sem muitas e demoradas expcdênctas. Inicialmente partiu-se de um texto de São Lucas (14 . 28-34), que p or duas vêzes fala na necessidade de "sentar-se" para planejar. No inicio foi chamado o "dever desconhecido". Em essência é um meio para atingir a própria finalidade do casamento: a unidade do casal, os empreendimentos do casal, a realização humana e sobrenatural do casal e de cada um dos cônjuges. Se a linha de mira fôr menos elevada, já não será o dever de sentar-se. Não é um simples momento de agradável distensão ou repouso que marido e mulher se permitem. Sem dúvida é bom . agradável e útil que o casal se encontre depois do cansaço do dia. para usufruir al.guns instantes de diálogo ou de silêncio íntimo. um ao lado do outro. Mas isso ainda não é o dever de sentar-se.

O dever de sentar-se pode ser definido da seguinte forma: "um longo momento ou e passam calmamente, todos os meses . marido e mulher, juntos, para um balanço de sua vida, sob o olhar de Deus". A prática tem demonstrado que é bom marcá-lo com antecedência , para não correr o risco de adiá-lo indefinidamente. É preciso iniciá-lo com uma oração e no seu decorrer os espôsos devem manter-se inteiramente desarmados, como convém na presença de Deus - pois, desde que os dois estejam reunidos em seu nome, Deus está realmente presente. Finalmente, deve leva-r :1 resoluções nas quais irá o casal perseverar. -

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Todos os equipistas sabem quantos benefícios tiram de um dever de sentar-se. No entanto, é talvez, entre os meios de aperfeiçoamento , aquêle onde êles mais falham. A esse respeito e sôbre a necessidade de auxílio mútuo entre os companheiros de equipe para o seu cumprimento, contavam os equipistas mais velhos o seguinte caso, que vai narrado como era ~ontado: Um casal não conseguia fazer o dever de sentar-se. Esgotados todos os meios de persuasão e auxílio mútuo, resolveram

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seus companheiros de equipe fazer penitências até que êles consegtússem aqu1êle fim: um inveterado fumante deixaria de fumar durante êsse tempo; um outro, que tinha dificuldades em rezar, faria diàriamente meia hora de oração ajoelhado em chão duro, uma das espôsas, muito gorda por abusar de doces, não comeria açúcar, e assim por diante. A partir do segundo dia o ~asal renitente passou a receber apelos desesperados de seus companheiros penitentes. Afinal, quinze dias depois, cedeu e fêz um belíssimo dever de sentar-se, que foi apenas o primeiro de uma série mensal que não terminou mais. Mas o "happyend" não ficou aí; os maiores beneficiados foram os companheiros de equipe: o inveterado fumante quando voltou ao cigarro sentiu tal náusea que deixou de fumar definitivamente; o outro passou a achar facílimo rezar dez minutos por dia - não ajoelhado em chão duro; c a espôsa gorda, à vista dos muitos quilos que perdera em duas !'.emanas, continuou o regime até voltar ao normal. "Se non é vero é b en trova to".

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NOTíCIAS DOS SETORES

Cm dos aspectos mais importantes da Carta :Mensal é a informação: através dela pro~ura-se estimular a comunicação entre todos os Setores e Coordenações, entre tôdas as equipes. O ideal seria que viéssemos a formar no Movimento uma "equipe de equipes" ...

Mas para isso é preciso que haja troca de informações e experiências. Para que cada um se sinta realmente irmão do outro, o equipis~a de Malilia bem perto do de Curitiba, o de Ituverava bem próximo do de Brusque, o de Petrópolis vizinho do de Santos, nas preo~upações, nos problemas, nas soluções positivas, nas realizações e, plinclpalmente, naquele imenso desejo, comum a todos, de servir ao próximo, à família e à Igreja - para isso é preciso que haja ês e fluxo de notícias dos Setores, das Com·dcnações e também das equipes individualmente. Ora, essas notícias não chegam - e nós, é claro, não podemos inventá-las. . . Não que não haja o que contar, porque há, e bastante. Mas não ficamos sabendo, ou ficamos sabendo muito tarde - e quase sempre por a~so. O "fim" é quando descoblimos notícias dos Setores nos jornais, como já aconteceu por duas vêzes ... Por isso vai aqui um apêlo - a todos: Responsáveis de Setor e de Coordenação, Responsáveis Regionais, Responsáveis de Equipe, Casais de Ligação, Pilotos, Responsáveis por Retiros, Cursos de Noivos, Círculos Familiares, enfim: TODOS E crevam-nos, enviem à Secretaria notícias sôbre encontros e r euniões de qualquer tipo, r etiros, cursos, experiências novas, atividades apostólicas. novas equipes, compromissos, etc. Se vocês têm um boletim, enviem-no também à Secretaria. Lembrem-se: tudo interessa, tudo pode ser útil, servir de incentivo, e até as experiências negativas podem ajudar a evitar que outros caiam no mesmo êrro. Há tanta vida neste nosso Movimento - vamos trans · mití-la uns para os outros! Vamos fazer funcionar o auxilio mútuo, vamos estendê-lo a todo o Movimento!

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Vocês viram quão pobre tem sido esla Seção. :f:ste mês, fizemos muita fôrça, com o pouco material que tínhamos, para que saisse alguma coisa que pudesse dar a vocês um idéia de como poderia ser se vocês colaboras sem ...

LONDRINA -

Uma equipe, duas em pilotagem e um boletim ...

Eis o saldo atual dos esforços iniciados por um jovem sacerdote dois anos atrás. No dia 29 dêste mês de Junho, a Equipe 11. 0 1 de Londrina comemora dois anos de existência. O nome da equipe : Na. Sra. Rainha dos Apóstolos, é claro. É claro, porque nasceu da inspiração c perseverança de um apóstolo. Porque fci fundada no dia da festa dos Apóstolos São Pedro e São PauJo. E porque seus ~asais são animados do mais vivo espírito a,postólico. Para representar isto, o primeiro número do Boletim, ilustrado de maneira singela e encantadora, traz no frontispício um desenho representando Nossa Senhora segurando uma vela que irradia e uma família caminhando de mãos dadas debaixo da sua luz. Logo abaixo, o editorial do Pe. Clemente, do qual fazemos questão de transcrever alguns trechos: "Aqui estamos nós das E.N.S. de Londrina. Somos poucos ainda, é verdade, mas já somos alguém. E queremos dizer da nossa existência a vocês, queridos casais, que propugnais o mesmo ideal: a forma -· ção de lares estáveis, testemunhas do amor conjugal cristão, formadores de pessoas, educadores na fé. promotores de desenvolvimento. Aqui estamos nós para comunicar. É tão bom saber que não estamos sozinhos. Que nossas limitações, nossas imperfeições, nossas falhas, nossos desânimos, são partilhados ~om vocês ... Aqui estamos nós, assim como nós somos. Habitantes de uma cidade que brotou qual cogumelo, queremos transmitir a esta comunidade nossa parecela do espírito cristão. Para isso encontramos um meio: as Equipes de Nossa Senhora ... " Incrível como há gente que já nasce com espírito de equipe I "Aqui estamos nós para nos comunicar." "É tão bom saber que não estamos sozinhos., É aquilo que estávamos expli~ndo a vocês agora mesmo. . . Não há ainda em Londrina sequer uma Coordenação e êles já sentem necessidade de se comunicar com o resto do Movimento. Obrigado, Londrina.

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GUARARAPES -

Dar banho em velhinhos é apostolado

Soubemos que os equipistas de Guararapes se ofereceram para ajudar as Irmãs a tomar conta do asilo de velhos: tôda semana, encarregam-se da limpeza do asilo, inclusive dando banho nos velhinhos. E soubemos também que êste testemunho de amor cristão está repercutindo por tôda a cidade ...

GARÇA -

Falar de casamento na roça também

Visando levar à população rural um pouco de espirilualidade conjugal, os equipistas de Garça, segundo ouvimos dizer, resolveram ir conversar com as familias e fazer palestras para das. Gostaríamos que mandassem notícias mais detalhadas sôbre esta experiência, a primeira do gênero no Brasil, ao que parece. Na ~idade , com o objetivo de conquistar novos casais para o Movimento, cada um dos equipistas se comprometeu a levar à missa mensal das Equipes dois casais não equipistas. Segundo lemos no Boletim de Marília, parece que Garça também já tem o seu Boletim - esperamos recebê-lo em breve! Por sinal, depois de fevereiro, não recebemos mais nada de Marília. O Boletim é muito bom e sentimos falta dêle - 'enviem logo, por favor!

HIBEIRÃO PRÊTO -

Círculos Familiares "pegam fogo"

Além das equipes novas, originadas de 4 Círculos Familiares, Ribeirão está com 10 - DEZ - Círculos ê te ano. No Boletim, O EQUIPISTA, contam éomo aconteceu: "Quando as fichas de inscrição começaram a chegar, fi~amos preocupados. A princípio, havia poucas, mas, de um dia para o outro, o número foi aumentando . .. e com êle a nossa alegria. Quanta gente, meu Deus! De inicio 10 casais, .. . 20, . . . 40, ... 60, . . . etc. Ao todü. 10 Círculos em. mãos. Graças a Deus, o trabalho tinha sido fecundo. Quantos ~asais tinham atendido ao chamado do Senhor - casais privilegiados que teriam a oportunidade de freqüentar e, sobretudo, viver um Círculo Familiar.... E para finalizar , uma notícia diferente: os pais dos casais da Equipe 9 vão formar um Círculo. Precisamos de um casal ,para êles e lá fomos nós telefonar para a Norma e o Geraldão, que se prontificaram a coordená-lo. Será o Cí·r culo dos Vovôs! . .. Aos nossos circulistas e novos equipistas, os nossos votos de boas vindas! Nós os recebe-

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mos de braços e ~oração aberto. Lutaremos juntos, por um crescimento juntos. Crescendo como indivíduos, como famílias, como sociedade, elevaremos o mundo para mais perto de sua meta específica: Deus ! "

PETRóPOLIS -

Como u.ma equipe se prepara para o Compromisso

A equipe n. 0 4 de Petrópolis está levando bem a sério a preparação para o Compromisso que deverá fazer no fim do ano. Eis o programa que estabeleceu: vida sacramental e oração; sededade e disponibilidade a todos os apelos; estudo do Catecismo Holandês com uma sessão por mês; e, como não podia deixar de ~er, estudo e revisão dos Estatutos, em pequenas porções distribuídas pelas reuniões do ano. PETRóPOLIS ainda -

Diário de viagem de um Conselheiro espiritual

Desde que o Frei Neylor foi para os Estados Unidos, tem mandado mensalmente para Petrópolis uma carta cheia de saudades do Brasil c de notícias sôbre a vida americana. O EQUIPETRóPOLIS tem publicado regularmente essas "cartas de Washh1gton", verdadeiras reportagens, escritas num estilo muito vivo e fruto de um espírito de observação e de uma sensibili'dadc muito agudos. Graças ao zêlo apostólico de Frei Neylor, a casa da irmã de uma equipista de Petrópolis em Filadelfia tornou-se o ponto de encontro de uns 30 a 40 brasileiros que ali se reunem com amigos ameri~nos do casal. Lá Fr~i Neylor celebrou a Missa de Natal, depois da qual todos cantaram "Noite Feliz", alternando estrofes em inglês e em português. No Carnaval, depois do "Ide em paz e o Senhor vos acompanhe", que encerrou a Missa, a turma, segundo conta o próprio Frei Neylor, "caiu no maior sapateado" , acabando por contagiar os americanos presentes, que já iam ensaiando também os seus passinhos, alguns com bastante sucesso . ..

JUNDIAf -

Um final diferente para uma reunião de equipe

Escreveu-nos o Casal Responsável de uma equipe para nos contar: "Nosso encontro mensal já eslava na troca de idéias e nos preparávamos para tirar as conclusões finais, quando a Marisa.

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grávida de nove meses, teve os primeiros sinais de que o parto estava próximo. Carlos, membro da equipe e médico, ~onstatou a procedência dos sintomas. A primeira providência que tomamos, nós que, desde as 16 horas, estávamos em jejum, recomendado pelo nosso Assistente pois estávamos em plena Quaresma, tratamos de fazer um rápido lanche, principalmente para dar fôrças ao pai. Gustavo. Em seguida, enquanto alguns, inutilmente, procuravam localizar o médico que vinha assistindo à l\iarisa, os outros a acornpanJ1amm à Maternidade. Ante a ausência do médico, o próprio Carlos resolveu fazer o parto. Assim, lá pelas 3 c tanto da manhã, com a presença de quase tôda a equipe, unida em oração, nascia o 5. 0 filho de Gustavo e Marisa." Realmente, não é Lodo dia que uma reunião de equipe termina na Maternidade .. . SANTOS -

Reunião de Conselheiros Espirituais

Os sacerdotes Conselheiros espirituais do Setor de Santos têm se reunido mensalmente, em reunião-almôço, ~da vez na residência de um dêles. Os objetivos do encontro são, antes de mais nada, "levar os padres a darem testemunho de espírito de equipe a êsse Movimento que faz , precisamente, da equipe um dos seus grandes ideais". Assim se expressou o Conselheiro Espiritual do Setor de Santos, Cgo. Lúcio Floro Grazziozi. SANTOS ainda -

"Encontrão" de férias

Durante as últimas férias de verão, o Setor de Santos, no intuito de congregar os equipistas que permaneceram na cidade e oferecer aos que vieram passar as suas férias em Santos e praias vizinhas a oportunidade de um encontro fraterno, promoveu o que chamou de "Encontrão", no Clube Internacional de Regalas. Como a iniciativa foi coroada de êxito, será mantida nas próximas temporadas. Se vocês querem saber ~omo foi o "Encontrão" , é só ir lá ver_ .. Em julho, os equipistas de outras cidades que estiveram em Santos e adjacências estão cordialmente convidados o tomar parte na Missa mensal do Setor, que será realizada no dia 3 de julho, às 18 horas, na Capela do Colégio Maria Imaculada, à Avenida Conselheiro Nébias, 668. Após o ato litúrgico, será servido um cafe, zinho acompanhado do bate-papo costumeiro.

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BOLETINS Parabéns ao EQUIPETRóPOLIS e ao EQUIPISTA de Ribe:rão Prêto, não só pelo contéudo, como também pela pontualiàade com que nos são remetidos. De Marilia, rec'ebemos o de dezembro e o de fevereiro, ambos exc'elentes. Como já assinalamos, aguardamos ansiosamente os seguintes. Obrigado, Caxias do Sul e Londrina, pela remessa do primeiro número. Quanto aos outros, que fim levaram os boletins da Região Santa-Catarina-Rio Grande do Sul, de São José dos Campos, de Santos, etc.??? Pedimos a todos os "redatores chefes" dos respectivos boletins que enviem uma cópia de cada número diretamente à Secretaria.

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ENCONTROS -

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1.0 Encontro das E.N .S. em Dracena

Nos dias 17 e 18 de abril, os equipistas de Dracena, com o auxílio de Frei Júlio, Conselheiro espiritual da equipe 2, organizaram um Encontro para os equipistas de tôda a redondeza. Estiveram presentes casais de Marília, Araçatuba, Guararapes, Adamantina; assim como convidados de Junqueirópolis e "bicões" paulistanos - apesar da distância de 640 km da c'apital ... Foram quatro os oradores, Frei José Carlos Corrêa Pedroso, Provincial dos Capuchinhos e Conselheiro Espiritual da Equipe n. 0 35 de São Paulo, Fernando Frascá, das equipes de Guararapes, Franco Barusem, de Araçatuba, e Nicolau Zarif e Paulo Alex de Sousa, de São Paulo. Dois dias frutuosíssimos, onde a parte de oração foi cuidada com muito carinho por Frei Júlio. No programa entregue aos participantes, a observação bíblica: "Eu estou longe de casa: conduze-me, Tu pa.ra a frente! Não peço para ver já o que só lá adiante ~e deve ver; um passo por vez é o bastante para mim."

Nesse "cli-· ma", com muita humildade, todos os participantes, com a ajuda de Cristo,puderam dar e receber os mais valiosos testemunhos de vida cristã autêntka. Como não poderia deixar de ser, a confraternização foi "prá valer", imperando o sadio humorismo que caracteriza essa parte dos nossos encontros.

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O esfôrço desenvolvido por Frei Júlio, Izaura e Kyioshi, Hiroko e ~akashi, Clotilde e Mário e os demais organizadores fo1 largamente re~ompensado pela satisfação e eficiência com que os casais participaram do encontro - o primeiro de uma série. Dracena dista apenas 40 km da divisa de Mato Grosso e temos certeza que em breve o Movimento lá estará assentando as suas primeiras bases.

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Mutirões e Sessões de Formação SESSõES DE FORMAÇÃO DE I GRAU -

10/ 13 de Junho, em MARíLIA Julho, em PôRTO ALEGRE

MUTIRõES -

11113 de junho, em PETRóPOLIS (Haverá um programa especial .para os filhos, para que TODOS possam compare~r) - 25/ 27 de junho, em SÃO JOSÉ DOS CAMPOS -julho, em BAURU. De 29 de abril a 2 de maio, realizou-se uma Sessão de Formação de 1. 0 Grau em Curitiba, e outra em São José dos Campos. de 27 a 30 de maio, e um Mutirão em Itaicí dos Setores de Jundiaí e Campinas aos 14/ 16 de maio. Daremos notícias sôbre essas Sessões e Mutirões, na próxima Carta Mensal.

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Cônego Caffarel no Brasil em Setembro

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Está confirmada a chegada do Cgo. Caffarel para o dia 9 de setembro e já se acham fixadas as grandes linhas do programa que será desenvolvido durante sua permanência no Brasil. Infelizmente, a sua saúde exigindo cuidados, o Cgo. Caffarel terá de limitar os seus deslocamentos, não podendo estar em todos os Setores que gostariam de recebê-lo. Haverá portanto apenas três pontos centrais onde os equipistas das cidades mai!': "próximas" serão chamados a encontrá-lo: Sãc. Paulo - para a Capital e o Interior, F lorianópolis - para Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, e Rio de Janeiro, de onde êle deverá em]Jarear de volta para a França - para o Rio, Petrópolis e Juiz de Fora. O próximo número da Carta Mensal levará a vocês maiores detalhes: as datas das Sessões de Formação - principal objetivo da vis ita - em São Paulo e Florianópolis, e os dias em que estarão programados os encontros com todos os equipistas na5 respectivas cidades.

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~etiroJ para

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preparados pda Região São Paulo

11 a 13 de junho, em Baruerí (em silêncio) Pe. Domenico Trivi 6 a 8 de agôsto,em Valinhos 27 a 29 de agôsto, em Baruerí 10 24 8 22 5 19 26 3

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setembro, em Baruerí setembro, em Valinhos outubro, em Baruerí outubro, em Baruerí (sem filhos) novembro, em Valinhos novembro, em Valinhos novembro, em Baruerí dezembro, em Valinhos

Inscrições na Secretaria: Tel: 80-4850 preparados pelo setor de SEmtos

24 a 26 de setembro, em Baruerí D. Lucas Moreira Neves 5 a 7 de novembro, em Barueri Informações com o Casal Dacília e Raul Rocha do Amaral, rua Castro Alves, 14 - SANTOS (SP) - Tel.: 4-1325 preparados pelo setor de São José dos Campos

16 a 18 de julho, em S. José dos Campos 19 a 21 de novembro, em S. José dos Campos Informações com o casal Ma. Antonieta e Luiz Gonzaga Rios, rua H19-A, n. 0 101 -C. T.A. - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) - Tel.: 3212- r/398. preparados pelo setor de Marília

14 e 15 de agôsto- Pe. Oscar Melanson Informações com o casal Diva e Venício Aurélio Onofre, rua Mal'quês de São Vicente, n. 0 238 - MARíLIA (SP) - Tel.: 3629. -

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ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO

TEXTO DE MEDITAÇÃO (João 6, 53-58) Enlão Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo: Se não comerdes da carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e pebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último ma. Pois a minha carne é deveras uma comida e o meu sangue deveras uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nêle. Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também o que me come viverá por mim. Êste é o pão que desceu do céu. Não é ~orno o ,naná que vossos pais comeram e morreram. Quem come dêste pão viverá eternamente."

ORAÇÃO LITúRGICA (Sal. 14) Senhor, quem poderá ser hóspede na tua casa? Quem poderá comparecer na tua presença? Aquêile que caminha na integridade, realiza a justiça, fala a verdade, e não calunia, que não prejudica ao prox1mo, nem insulta o vizinho, não despreza os desprezados e honra os ·q ue a Deus temem, que jura e não se retrata, mesmüo com prejuízo seu, não empresta dinheiro com usura, nem aceita subôrno contra o inocente. Quem proceder dêste modo jamais va~ilará. oremos:

ó Deus Onipotente e eterno, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade, e fazei com que amemos o que ordenais, para que mereçamos alcançar o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.

AMÉM -32-


EQUIPES NOTRE DAME 49 Rue de la Glaciere Paris Xlli EQUIPES DE NOSSA SENHORA Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 - ZP 5 São Paulo (Cap.)

Te!.: 80-485ú


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