ENS - Carta Mensal 1965-3 - Março

Page 1

Editorial Submissão de homem livre Para a sua biblioteca Caminho Vocês têm o espírito de equipe? Para viver melhor os Estatutos E Deus abençoa-os Duas obrigações dos Estatutos O dever de acolhimento A contribuição Diálogo Oração para a próxima reunião


Publicação mensal dos Equipes de Nosso Senhora Casal Responsóvel: Nancy e Pedro Mancou J r. Redação e expedição: Rua Paraguaçú, 258 São Paulo 1O SP

52-1338

Com aprovação ecléslóstlca

(

'


EDITORIAL

SUBMISSÃO DE HOMEM LIVRE

I!} I'

Numa manhã das últimas férias, achava-me eu nas montanhas. A chuva fria e persistente retinha-me prisioneiro no meu quarto. O carteiro bate e entrega-me a correspondência . . . Já não me lembro das cartas que recebi nesse dia, mas jamais esquecerei o choque que experimentei ao ler uma circular anunciando o rompimento com a Igreja, de um •padre e de alguns leigos que eu conhecia muito bem: lmpossivel obedecer ao mesmo tempo aos imperativos de Roma e às inspirações do Espírito Santo, 'escreviam êles e.m resumo; é preciso escolher e nós escolhemos . .. Foi nesse dia que resolvi escrever-lhes este bilhete. Nós padres, chamamos muitas vê:z:es a atenção dos fiéis para os perigos da carne e do dinheiro. Mas, não descuidamos demasiadatr~ente pô-los de sobreaviso contra um Clerto espírito de indepe!ldência? Já não falo do desejo muito legítimo de compreender melhor a fim de obedecer melhor, mas desta tendência que leva a criticar e discutir os ensinamentos e as decisões da Igreja, quer se trate de moral social ou de moral conjugal, da condlenação de doutrinas ou da condenação do Comunismo, da definição do Dogma da Assumção . . . Espírito de independência ainda mais subtil que leva a escolher entre as verdades: adere-se à Ressurrteição, mas negligencia-se a Paixão; aceita-se a caridade, mas recusa-se a lei

-

1


da abnegação; medita-se o discurso da última, t,ei~ , mas omite ~ s.e o Sermão da Montanha; ou.v e-se de bom grado farar ck céü, mas ~colhe-se com sorriso cético o p·regador que faz alusão ao inferno. E' certo que a distância é grande entre· tais atitudes e o cisma . .Mas, afrouxar os laços que unem ao Corpo Místico, não será já enveredar no caminho da ruptura? O rebento meio partido que só adere à vide por algumas fibras não tardará a definhar e as uvas muito cedo perecerão. Esse espírito de independência desapa•eceria se o amor de Deus e da Igreja fosse profundo. Porque o amor aspira à submissão, submissão ativa que é oferenda de si. Ser submisso a De41s e à Igreja não é assumir uma atitude de escravo, mas sim desposar os pensamentos e as vontades de Deus e da lgrleja; ser submisso é estar ligado no sentido do rebento que adere à vide. Então a gfaça circula e os frutos são abundantes e saborosos. · Para atingir esta submissão profunda, é pmciso pois amar, pois é o amor que gera a submissão. Mas não é menos necessar1o , exercitar-se na submissão, mortificar êste gôsto inveterado da independência que existe em todos nós . .· .. Não é um dos menolles serviços que lhes prestam as Equipes de Nossa Senhora, êste de ajudá-los no aprendizado da submissão, pedindo-lhes a a.dopção voluntária dos Estatutos, levando-os a apelarem para o controle fraterno do. outros membros da equiptl e lhes comunicarem as falhas na ob~ervância das regras do jôgo. Acho que às vêzes falta-lhes altivez. São muitos os que se vangloriam de desobedecer. Por que não hó-de haver cristãos que se orgulham de serem submissos?

HENRI CAFFAREL

·l

-2-


PARA A SUA BIBLIOTECA

CAMINHO

Josemarlo Escrivã de Baloguer Ed. Panorama

O volume que a Editora Panorama acaba de lançar é o fruto de longos anos de direção de almas. Impregnado de uma espiritualidade profunda e humana, "CAMINHO" aDima o leitor a procurar o sobrenatural na vida corrente de todos os dias, oferecendo ao homem de hoje a resposta exaustiva às suas perguntas. Os milhões de pessoas que encontraram nesta obra um apôto para a sua vida, converteram-na em uma obra clássica de vida espiritual, numa "Imitação de Cristo dos tempos modernos", como alguém disse. A propósito deste livro, diz o "Osservatore Romano" de 24-3-1950: "Monsenhor Escrivã de Balaguer escreveu algo mais que uma obra prima: escreveu atingindo diretamente o coração, e ao coração diretamente chegam, um por um, os breves parágrafos que, como as pérolas soltas de um colar, embora completo, formam o Caminho... :S: êste um código de santidade, a que falta, no entanto, a rigidez fria de um "código", na indulgência quente e fraterna do Autor, nessa paternal solicitude com que êle vê, compreende e corrige, persuadindo e não ameaçando". A leitura de suas páginas, presta-se admiravelmente para a meditação, contanto que sigamos os conselhos que o Autor nos dá, logo na primeira página: "Lê devagar êstes conselhos. Medita pausadamente estas considerações. São coisas que te digo ao ouvido, em confidências de amigo, de irmão, de pai. E estas confidências as escuta Deus ... "

-

3 -


LEITURA •. . É nos confins do Antigo. Testamento qu~ vemos desabrochar na maior simplicidade a graça do amor conjugal e nascerem , como magníficos frutos das uniões de S. Zacarias e de Sta. Isabel, de S. Joaquim e de Sant' Ana, as mais etevadas santidades: a ife S. João Baptista e de Maria. .

Que penhores! E que lu~es, se nos esforçarmos por seguir os canais divinos que condusiram à Menina Imaculada. nõo ~r algum artifício de .magia, mas porq.,_e aperfeiçoaram de há muito o ainor desse homem e desSa mulher, purificando progressivamente a sua unrao, para que a graça reinasse nas fontes da vida a• tal ponto que o pecado já lá não tivesse o menor lugar! "Todos os problemas espirituais, eternos e carnais gravitam à volta de um ponto central em que não deixo de pensar e que é

a chave da minha religiãó. Este ponto é a Imaculada Conceição". 'As palavras pt"ofundas de Péguy abrem-nos novos horizontes. Se, a partir da criança, formos até àquele e àquela que a geraram, vemos a que ponto terá sido tocado pela graça o seu casamento para que produ.z isse tal fruto. E surge assim, ultrapassando Zaca.rias c Isabel, o casal humano que se elevo~ à mais· Perfeita realização carnal do matrimónio. Os rostos de Joaquim e de Ana estão ocultos a nossos olhos pela sombra espessa em que Deus os manteve. Mas· a luz résplandecente que deles provém fala-nos de tudo o que devíamos sabler, deixando-onos adivinhar tudo. -4 -

I


Eles são o ponto virtual, o casal invisível p·ara quem se devem orientar o pensamento e a oração de todos os cristãos casados. O amor de Maria e José ultrapassa as nossas condições carnais. Reali:.r:a-se na ordem miraculosa que já não é da terra. Tal como Cristo, elevando-se nas nuvens, marca a direção para onde Deus nos conduz. E naquilo em que ainda eshío submetidos à ordem do tempo, incarnam formas ' de amor perfeitamente imitáveis. O silêncio e a força de, Maria, a coragem tranquila da sua obediência, a abertura humilde ao acontecimento e aos homens, a lealdade, o trabalho; a · fidelidade ~e José, a troca recíproca dos dons de Deus que se permitiram um ao · ~utro até à morte, a sua ternura, essa docílicfade única que os tornou os educadores humanos de Jesus, tudo isso os cristãos devem realizar. Se não é a mesma fecundid~, é o mesmo amor conjugal e paternal. Maria realizou-o sem luta com o pecado, mas não sem esforço e progresso; José, para a imitar, sentiu a re;sistência ou os temores de uma natureza ferida originalmente. Pouco a pouco sentiu que partilhava a graça da sua bem-amada companheira. Entre todos os filhos de Adão, ficará sendo o homem que se santificou mais perfeit&mente no e pelo amor duma mulher. Aqui Deus triunfa porque é a criação que retoma a sua forma primtiva e mais bela, através da Redenção. MIRABIÍ..IUS REFORMASTI. Aqui recebe o amor conjugal dos cristãos 'a prcmessa duma realização ai11da mais perfeita do que aquela que unia na sua pureza nativa Acfão e Eva, beijandose sob o olhar de Deus. PAUL DONCOEUR

-

5 -


vocês têm o espirito de equipe? " Porque conhecem o próprio fraqueza e o limitação dos próprio s f ô rç a s, como também do boa vontade que os animo . . . decidiram un ir~ se em equipe" .

:f: minha intenção vir lembrar-lhes hoje algumas das leis da vida de equipe. Regulam o bom andamento da equipe a que pertencem e, porisso, o progresso cristão de seus membros.

Não me venham dizer : "Que importância tem a maior ou menor coesão, a maior ou menor perfeição da nossa eqUipe? o essencial é o benefício que tiramos das nossas reuniões". Se só importam as aquisições inteletuais, para que se hão de formar equipes? Um circulo de estudos, uma palestra por alguma "competência ·• fariam o mesmo, senão melhor. O essen.: cial é precisamente fazer o " jogo de eqUipe", de equipe cristã,' porque é isso que combate o nosso velho individualismo e o elimina pouco a pouco ; porque é isso que nos faz ascender a maior amor fraterno, a mais perfeita entreajuda espiritual ; porque é isso que realiza esta "ecclesia", esta "assemb.l éia de Deus-" à qual Cristo prometeu a Sua presença: "Quando dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles" . Também penso que, de tôdas as obrigações dos Estatutoo, a mais importante é exatamente essa de formar "equipes" e ·de .jogar francamrnte o jôgo. Acabo de dizer "jogar francamente o jôgo". 1!: necessário. pois, conhecer bem êste jõgo de equipe. Vejamos as suas leis fundamentais:

-6-


A LEI DO CONHECIMENTO

Conhecer os outros . Ilmporta conhecer os outros, }JQrque sem isso é impossível ·com ámor verdadeiro e ajudâ-Ios eficazmente.

amá~Ios

Conhecer o seu contexto, se assim posso dizer, contexto familiar, profissional e social. Apoios e dificuldades que encontram, responsabilidades que assumem ou deveriam assumir. Conhecer o que forma a sua personalidade: a sua maneira de pensar, seus gostos, aptidões, caráter. Pressentir (não digo conhecer) o seu mistério pessoal. Cada um, com efeito, é um filho de Deus único, em quem está encerrado um tesouro, ou seja. o germem de uma santidade única O desenvolvimento ou aniqUilamento desta semente é que decidirá de tôda a sua vida. Não é fácil conhecer assim os outros. É preciso atenção extrema, perspicaz, clarividente, que é uma qualidade, diria quase, uma faculdade do amor. Qualidade que exige em seu aspeto negativo, estar livre de si mesmo; em seu aspeto }JQsitivo, esta graça prometida a Ezequiel, em nome de Deus: "Porei o Meu olhár ~o teu coração". ,,,

Esta atenção que provém do amor, leva ao amor, a um amor maior. Permitindo descobrir as riquezas de um ser, suscita a admiração que desperta o amor. Revelando-nos as suas penas, as suas imperfeições, os seus defeitos, gera a piedade. mas uma piedade que desperta a afeição e a dedicação.

Esta atenção faz milagres, faz nascer fontes, amadurecer colheitas, desabrochar a personalidade humana e cristã de um ser.

Dar-se a conhecer


Seria inútil convidar os membros de uma equipe a conhecer os outros se, ao mesmo tempo, não fossem também êles convidados a se darent a conhecer. Não se trata de falar de sí, de se exibir - formas. habituais de egoísmo vaidoso - mas de coisa totalmente diferente. Trata-se de dom de sí. Como para qualquer dom de sí, é preciso vencer a preguiça e a avareza do coração, o falso pudor e o individualismo ciumento, o orgulho em suma. E isto é uma grande virtude. Dar-se a conhecer, poderá consistir em confessar uma indigência, uma necessidade, dar a perceber que uma ajuda seria benvinda. • um amigo meu, trouxe-me certo dia, triunfante, aquilo a que chamava a definição do Lionês (realmente, o meu segundo pecado original, é ter nascido em Lião) : "Devemos limitar-nos a julgá-lo cheio de perfume, mas renunciar a abri-lo". Jogar o jôgo da equipe, é dar aos outros o seu perfume (ou pelo menos um saca-rol'has!). A LEI DO " ASISUMI R O ENCARGO '

A ssumir o encargo

Amar não é sentir uma emoção mais ou menos a~~áv;el na: presença de um ser, mas sim, prometer a si mesmo nãp poupar · nada. - não se. poupar - a fim de lhe permitir . o seu desenvolvimento humano e cristão. será preciso ajudá-lo a utilizar os talentos ·que recebeu, talentos êstes que teremos ·sabido descobrír'. Para que êle o consiga, Jé preciso que tenhamos· fé nele. Precisa desta nossa fé, como do nosso estímulo, das -mossas expenencias. E que o ajudemos também a tomar consciência do que deve retificar, transformar, cm;rigir, ~dquir~r. cumprir a lei de Cristo é carregar os fardos uns dos outros, 8'


escrevia. S. Paulo ao~:> Gálatas. Os fardos materiais e os fardos espirituais; a preocupação deste homem que perdeu o seu emprego; o esfôrço daquele para aprender a rezar; o desalento deste casal que não consegue consolidar a sua unidade; esta dor sem nome de pais que têm um filho anormal. .. Uma só palavra diz isto tudo, mas de tanto ser usada esvaziou-se de seu magnífico significado : devotar-se. Devotar-nos aos nossos irmãos, como nos devotamos a Deus.

Deixar-se tomar a cargo Devotar-se aos outros é sinal de verdadeiro amor fraterno, Permitir a dedicação dos outros é sinal de amor fraterno ainda maior. Como tôdas as coisas grandes, também isto pode degenerar em indolência: há mendingos profissionais e nem todos são andrajosos. A esses, é preciso chamá-los a um são orgulho. Mais numerosos são aqueles a quem é preciso chamar a uma sã humildade: saber pedir à eqUipe a sua ajuda. Sei de uma equipe que é das mais sólidamente unidas na caridade de Cristo, depois que um dos casais, não sem dificuldade, resolveu abrir-se aos outros, sôbre a complicada situação profissional que o levava à falência, financeira e conjugal. Ao "não quero ficar a dever-lhe nada" dos individualistas do mundo, o cristão opõe a sua alegria de reconhecer: "devolhes tanto". A LEI DA DOAÇÃC

D a r

Vocês assumiram o encargo dos membros de sua eqUipe, sentem-se, querem ser responsáveis (em parte) pela sua realização humana e cristã. Precisam pois pôr mãos à obra. Precisam dar-lhes. Precisam dar-se. -9-


Fossemos nós os mais pobres, teríamos no e~tanto irúínl'ta. mente a dar, porque aquilo de que os que nos r~deÍam Íl~ces_Si­ tam, antes de mais nada, não são os nossos bens mas nós prõprios. Mas é também o mais difícil de fazer. "O meu coração está prêso por um elástico ; sempre que dou, volta de novo para mim": exprimia-se desta maneira, na confissão, um homem que queria fazer-me compreender o seu egoísmo. :10: difícil, é fatigante dar-se ao próximo, estar sempre disponível aos outros. Disponível, sem dúvida, para lhes prestar um serviço material, mas acima de tudo, esse serviço de preço bem superior que consiste em lhes oferecer um coração atento, compreensivo, encorajador, que inspira confiança, que sabe dizer a verdade, que ousa exigir. Há outro dom ainda mais precioso. São raros os que vão até ai. Refiro-me a essa vida de Deus em nós que é a nossa principal riqueza e de que somos tão avaros. Quer se trate de avareza ou de pudor, ou de respeito humano, o fato é que essa vida lfica prisioneira no intimo de cada um. Sairão deles rios de água viva, dizia Cristo dos discípulos que haviam de vir. Mas os discípulos fecham as comportas! Há uma perfeição cristã da dádiva: é o sacrifício. "Não há maior amor do que dar a vida por aqueles a quem amamos". A vida de equipe exige muitas vezes que se sacrifiquem gostos, vontades, preferências pessoais. Recuar ante esta exigência é enfraquecer o amor. :10: recusar o maior beneficio que podemos esperar da equipe: que nos faça morrer para nós mesmos - Cristo surge no homem que morre. Uma equipe corre perigo quando os seus membros perdem o espírito de sacrifício. Pedir e receber

· ·Recusar pedir, se não é orgulho, é desprezo pelos outros : não lhes damos a honra de acreditar que têm riquezas, ou pelo -

10


menos, que têm amor suficiente para partilhar. E nada esperar dos seres é destruí-los. As nossas dádivas acabarão por oprimi-los, por pouco que sejam bem dotados, não fazemos apêlo às suas riquezas.

1

Sabem pedir, nA. equipe, uma opinião, um conselho, um serviço material ou espiritual? Solicitar eventualmente deste casal amigo da equipe, aquilo a que se chamou no Movimento, à falta de melhor termo, a "correção fraterna " : que êle lhes diga o que pôde notar em vocês que lhe parece não estar na melhor forma, que talvez vocês não vejam, em que talvez os outros tenham reparado e de que falam na sua ausência? Com esta correção fraterna atingimos um dos pontos máximos da amizade cristã. E é grande a minha alegria quando posso verificar que esta prática contribuiu prodigiosamente para o surto cristão de um casal. A LEI DO BEM COMLIM

Fazer passar o bem do outro antes do próprio, é a lei do amor fraterno. Fazer passar o bem da equipe antes de tudo é a lei bem comum, é o grande critério ao qual cada um se deve reportar Rejeito aquilo que pode prejudicar o equilíbrio, a solidez, a alegria da eqUipe. Pelo contrário, procuro tudo o que pode contribuir para o progresso desta equipe de que me sinto responsável. lt preciso que ela se torne um triunfo da caridade, logo, 'quero procurar ativamente tudo o que possa contribuir para uma oração mais intensa, para uma "partilha" mais leal e educativa, para um "pôr em comum" mais rico, para um auxilio mútuo material e espiritual mais generoso, para uma troca de idéias que seja procura mais ativa do pensamento de Deus. -11-


Uma equipe é como a umao dos esposos: não é a sorte grande que sai aos "felizardos", mas é uma conquista. E dizer conquista equivale a dizer esfôrço, labor, combate. Mas, em contrapartida, quanto mais nos houvermos sacrificado pelo amor, pela equipe, tanto mais receberemos. ll: a velha lei do quem perde, ganha.

PARA VIVER MELHOR OS ESTATUTOS Daremos, a partir deste

número, uma

espécie de comentário do

primeira parte dos Estatutos, através , de textos das Escrituras. P.e nsamos ass1m poder ajudá- los a compreender cada vez melhor o ideal que todos procuramos.

"Ambicionam levar até o fim os compro1nissos do seu batismo. Querem viver para Cristo, com Cristo, por Cristo. Entregam-se a Ele sem condições. Resolvem servi-lo sem discutir".

"Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos pois sepultados juntamente com Ele, na sua morte pelo batismo, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos mediante a - glória do Pai, assim caminhemos, nós também, numa vida . nova .... Mas, se nós morremos com Cristo, acreditamos que também -

12-


viveremos com Ele ... (que) vive para Deus. Do mesmo modo, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus". Rom. 6, 3-4,8,10,11 "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados, e comportai-vos com amor, segundo o exemplo de Cristo, que vos amou e se entregou a sí mesmo por nós ... " Ef. 5,1 •·. . . que Cristo habite, pela fé, nos nossos coraçõt!s, arraigados e fundados na caridade . .. ". Ef. 3,17 "Sem mim, nada podeis fazer". João 15,5 "Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim também o que me come viverá por mim" . João 6,57 ·, ~·com Cristo me encontro crucificado! Já não sou eu que vivo; · é Cristo que vive em mim". Gal. 2,19-20

I

"Tudo é vosso; mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus". I Cor. 3,22-23 "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a sí mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-me". Lucas 9,23 "Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por minha causa, esse há de salvá-la". Lucas 9,24 "Felizes daqueles servos que o Senhor, quando vier, encontrar vigilantes•:. Lucas 12,37 " ... quando tiverdes feito tudo o que VOs foi ordenado, dizei: "Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer". Lucas 17,10 "Tudo posso naquele que me dá força". Fi!. 4,13 -

13


E DEUS ABENÇOA-OS Assim acontece à palavra que minha bôca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter exeetttado minha vontade e ettmprido sua missão

(!saias, 55, 11) Abrimos para vocês wn pequeno livro que os cristãos não conhecem suficientemente e que se chama o Ritual. Uma de suas partes é consagrada às bençãos, atos de Deus que fazem reintegrar os homens e as coisas no Seu plano. Pensamos que gostariam de conhecer um pouco esta riqueza da Igreja. Leiamos a Bíblia, nas suas primeiras páginas: " E Deus criou o homem a sua imágem; criou-o à imagem de Deus e criou-os homem e mulher. E DEUS ABENÇOOU-OS, dizendo: Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra e sujeitai-a" .

Passemos agora à última página do Evangelho : "Depois, levou-os até junto de Betdnia e, erguendo as mãos ABENÇOOU-OS. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi levado até ao Céu".

A comparação destes dois textos permite uma meditação -

14 -

'


impressionante. Eis o primeiro ato do Criador para com o homem e eis o último do Salvador: uma bênção. O inicio do Antigo Testamento c o fim do Evangelho são marcados pelo mesmo sinal. Por um lado, antes de qualquer palavra, Deus prefere manifestar-se ao homem abençoando-o com um gesto em que, ao mesmo tempo que Se revela, consagra e enobrece, estabelecendo assim, desde o pricfpio, as bases das relações entre o Criador e a criatura. Por outro lado, na Ascensão, Cristo t·essucitado não separa da Sua Bênção a última imagem que deixa aos Apóstolos e portanto ao mundo inteiro. Não será para testemunhar que, graças ao sacrifício do Calvário a Bênção de Deus ao homem é restabelecida na sua plenitude inicial, enriquecida agora pela Paixão? Deus que dá a vida e abençoa, Deus que salva e abençoa : ent re estas duas bençãos situa-se todo o drama da humanidade, desde o pecado original à Redenção, mas, precisamente graças a esta, já não há senão uma bênção, tal como nos primeiros tempos, mas dada agora pelo sinal da Cruz em nome da Santíssima Trindade. É verdadeiramente a revelação de um Deus que é Amor : logo que O conhecemos sabemos que nos abençoa. Desta bênção total e complacente que Deus concede à Sua imagem, provém a infi· nidade de bênçãos especiais que a I greja tem por missão dispensar-nos. Hoje, recordamos as bênçãos que a Igreja estabeleceu para a casa e para as alianças dos esposos. Seria interessante falar também da bênção das pessoas, dos noivos, da futura mãe, da mãe recente, duma criança doente, das bodas de prata e das bodas de ouro. Não podemos fazê-lo aqui, mas vocês próprios terão gosto em procurar os textos em alguns missais ou melhor ainda no "Ritual". A PRIMEIRA PEDRA DE UMA CASA

Recordando as palavras do Salmo: "Se o Senhor não edificar a casa, é em vão que trabalham os que a ecUtteam",

-

15 -


a Igreja estabeleceu a bênçã.o para a primeira pedra de uma casa. "ó Deus, de Vós provém o começo de todo o bem e de Vós recebe aumento à medida que progride. Concedet áqueles que Vos imploram, que consigam levar a termo, graças ao dom eterno da Vossa paternal sabedoria, aquilo que iniciaram para glória do Vosso Nome". UMA CA3A

" ó Deus, Pai Omnipotente, nós Vos pedimos, suplicantes, por esta casa, pelos que a habitam e pelas suas necessidades dignai- Vos abençoá-la, santificá-la, enchê-la de todos os bens, concedei-lhe, Senhor , a abundância do orvalho dos céus e o poder da fertilidade da terra; realizai os seus desejos e as suas preces, pela vossa misericórdia. Ao entrarmos, dignai-Vos, pois, abençoar e santificar esta casa como Vos dignastes abençoar a morada de Abraão, Isaac e Jacob; que os mensageiros da Vossa Luz nela permaneçam e que a guardem, bem como a todos os seus habitantes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo ... " . 'E frequênte os casais aproveitarem uma reunião de equipe para pedir ao assistente que benza a sua casa.

'E bom ouvirmos os amigos pedirem, juntamente com o sacerdote, todas estas graças para o lar, como também lembrarmo-nos de orar, em união com a Igreja, por aqueles. que nos sucederão nesta casa. AS ALIANÇAS DOS ESPOSOS

Lembram-se muita);

~_vezes

-

que usam constantemente 11m 16 -


SUPLEMENTO à Carta Mensal das Equipes de Nos~a Senhora MARÇO DE 1965

PreJI'arando a Reregrinação A vida é uma peregrinação

1965, ano da peregrinação das Equipes

O que vai pelas Equipes ... vida nova Compromisso da E.quipe Curitiba 1 e Instalação do Setor de Curitiba Compromisso da Equipe Rio de Janeiro 1. Vida do Movimento Equipes admitidas Calendário -

Retiros I


A VIDA É UMA PE~EGRINAÇÃO Este artigo é o primeiro de uma série que nos vai levar a té o Peregrinação dos Equipes de Nosso 9enhoro, foto marcante que deverá os : inolor de modo part icular o vida do Movimento em 1965. E' de autoria do Rvmo. Pe . Von Wynsberghe, d-: m inicono , Assistente de um dos 5etore> de Bruxelas e responsá vel pelo prepo roçüo espiritual dos !)eregrlnos, ou seja , de todos nós. Realmente , as duas peregrinações que se vão realizar êste ano o de Lourdes, em junho, poro o c : njunto do Movimento e o do f i m de ano poro o s Equipes do Brasil não são apenas paro aqueles que vão participar pessoalmente desse grande moni festoçã o de fé , mo• sim poro todos. Somos todos nós , equipistas, que deve mos êste an o empreen · der o esfê rço conjunto de aprofundamento que nos prepare poro a Peregrinação.

Assoberbados pelas mil preocupações da existência , esquece mo - nos normalmente até que ponto a Terra é uma morada provisória. Deus comprazia-se em recordar a nossos Pais, os Patriarcas, que eram "estrangeiros e peregrinos". Siio · Paulo dizia aos cristãos de Corinto que "não temos cá em baixo morada permanente" e . "enquanto habitarmos no corpo, viveremos afastados do Se nhor". "Minha querida, escrev ia o Pe. "de Foucault a sua irmã, não t e nho coragem para te falar do meu ermitér io, nem do jard im, nem do tempo , porque tudo isso passa. As nossas instalações desmoronam antes de estarem acabadas. Que palavra tão ridícula , "instalar-se", para homens que só passam uma noite na terra! Tu·· do nos chama para as coisas eternas e só delas é doce falar . Só elas contam verdadeiramente, pois o resto vale muito pouco!" II


,'1 I I

Qualquer peregrinação é a imagem da grande peregrinação da nossa vida, a que conduz para a Jerusalém celeste. O peregrino aquele que merece realmente êste nome -- volta a ser o pobre homem que sempre é: um estrangeiro, alguém que vem de outras terras; um viajante, alguém que vai para outras plagas. E' evidente que o lugar para onde vai, não é ainda o reino que procurêt. Jerusalém, Roma, Lourdes, não são o Céu! Mas, pelo menos, a caminhada, a expectativa, o desconforto, relembram-lhe o que é a condição humana. A estrada, o caminho que se percorre a pé, é a via ideal do peregrino. Pode-se, é verdade, fazer uma peregrinação verdadeira e autêntica, de trem . Santa Tereza de Lisieux foi assim a Roma. Basta ler a narração que deixou de sua viagem, para ver qual é a atitude do verdadeiro peregrino, que descobre um pouco mais da grandeza de Deus, da pequenez do homem, da instabilidade de todas as coisas e que, doravante, saberá melhor do que antes que é um viajante a caminho da Pátria. A preocupação de caminhar para Deus, será realmente a que está na base de nossa vida? Como estrangeiros e peregrinos? Não devemos todos nós reaprender que somos cá em baixo, seres de passagem, caminhantes fugitivos e que nada pode impedir que estejamos a caminho da Face de Deus? A nossa peregrinação dest~ ano quer precisamente recordar-nos isto. Creio ter respondido, com estas perpectivas, a certas reticências que nos têm chegado: "Será preciso ir tão longe para rezar a Nossa Senhora? Para que serve uma peregrinação? Antigamente ainda se justificava, mas nos dias de hoje. . . Nesta época de renovação Iiturgica, em que se procura o essencial (mistério pascal, missa, sacramentos, biblia, etc.), a idéia de uma peregrinação mariana não será uma devoção um tanto anacrônica ?", etc. E' evidente que podemos oferecer as nossas orações à Virgem Santa em nossa casa como em Lourdes, ou em qualquer outro lugar; é verdade que o essencial do cristianismo não está nas peregrinações, que uma peregrinação pode ser simplesmente um parêntesis na vida, e que o peregrino não é aquele que se contenta em tomar o trem em Paris ou Bruxelas, para descer em Lourdes,

m


com espírito de turista e a preocupação principal da comodidade . . E' muito importarnte, pois, que nos preparemos para a nossa peregrinação e que lhe demos o se u verdadeiro sentido e espírito: a imagem da grande peregrinação de nossa vida! E' o que vai procurar fazer esta "página.'' que encontrarão todos os meses na Carta Mensal. Pe. VAN WYNSBERGHE, O. P.

1965, Ano da Peregrinação das Equipes

Dentro de alguns meses, de 5 a 7 de junho, por ocas1oo das festividades de Pentecostes, as Equipes de Nossa Senhora vão realizdr uma grande peregrinação a Lourdes. Os casais todos, de têdas as Equipes do mundo, foram convocados para esta mani fes-· tação de fé .

I .

Na impossibilidade da participação global dos equipistas do Brasil, ficou assentado que as tnossas equipes realizarão também uma peregrinação a um santuário da Virgem, em união de intenções com a de Lourdes. Constituirá o fêcho de nossas atividade3 deste ano e terá lugar em Aparecida, ~

t

I>

I

Asim, o ano que agora começamos será de preparação para a peregrinação de Aparecida, havendo em junho, uma primeira;) etapa, a ser realizada em Lourdes. _{)

IV


Por que uma Pereguinação? Uma peregrinação é a imagem de nossa caminhada pela terra, em marcha para a Jerusalém celeste. É o que nos esclarece o Rvmo. Pe. Winsberghe, na página que abre êste Suplemento Ameaçados de sermos submergidos pelas tarefas cotidianas, sentimos todos a necessidade de "tomar pé", a intervalos regulares, a necessidade de realizar um gesto capaz de reanimar a nossa vida espiritual e obter de Deus a graça de uma seiva mats rica. É o que fazemos todos os anos, por ocasião dos retiros.

f:

O que é verdade para os indivíduos isoladamente, é também verdade pilra as comunidades. Precisam elas, de tempos a tempos, realizar gestos especialmente significativos e marcantes, que constituam "tempos fortes" em suas vidas. Há 12 anos, as Equipes de Nossa Senhora realizaram uma primeira peregrinação a Lourdes. Eram 450 casais presentes. Cnco anos depois, em Roma, 1 .000 casais das Equipes se encontravam ao redor do túmulo de Sêío Pedro e eram recebidos pelo Vigário de Cristo. O Centro Diretor julgou chegado o momento de as Equipes se apresentarem novamente a Nossa Senhora, oferecer-lhe os esforços realizados, procurar junto dela novas fôrças para continuar a jornada. As Equipes querem particularmenre pedir a Nossa Senhora as graças para uma vida mais evangélica. É porisso que no ano passado foi pedido aos equipistas a leitura dos quatro Evangelhos e êste ê.I10 o estudo do Evangelho de São Marcos.

I

Há mais, entretanto. João XXIII convocou o Concílio que agora terminou a sua terceira fase para que tôda a lgrej<J se renove. Em consonância com êste esfôrço da Igreja, o episcopado brasileiro, através do Plano de Emergência, lançou um veemente apêlo a todas as fôrças vivas, para esta mesma renovação no plano nacional. Renovação que quer ser uma retomada de consciência das fontes do cristianismo que são a Palavra de Deus e a Tradiçêío.

v


Cada um de nós deve pois tomar sôbre sí a parte que lhe cabe nesse esfôrço, inserir-se generosa e decididamente nessa corrente vivificadora . Lourdes em junho, Aparecida no fim do ano, devem ser etapas importantes nessa tomada de consciência das exigêm:ias evangélicas e um sinal de nossa d ec isão de "fazer do Evangelho o estatuto da própria família" . Resta-nos pedir-lhes trê s coisas. Trocarem idéias sôbre a peregrinação. Na próxima reunião, comentem o artigo que abre as páginas d este "Suplemento" . Com a ajuda do Assistente coloquem-se desde já em marcha para Lourdes e Aparecida . Mas, principalmente e antes de tudo, rezem conosco par:~ que nosso esfôrço comum alcance frutos eficazes, para que saib<>mos sacudir nossos hábitos e nossa rotina, e possamos pene trar cada dia mais no espírito da mensagem evangélica. Desde agora, a0 recitar todos os dias a Antífona de Nossa Senhora, tenhamos os olhos voltados para Lourdes e Aparecidil . Disponhamo-nos a estudar conscientemente o tema proposto pelo Movimento para êste ano "Os Grand2s temas do Evangelho de São Marcos" - a fim de nos deixarmos penetrar pela Palavra de Cristo .

'


;

j

'

. . . vida nova

Para grande parte de vocês, março assinala o reinicio da vi da de equipe . E' de esperar que as férias não tenham inte rrompido o cumprimento das normas que aceitamos livremente, ma s é sem dúvicl .> agora o momento de concentrar energias, para o esfôrço a empreender durante o ano. E' o momento de uma reflexêío inicial: "O que viemos faz e r na equipe? Não é ociosa a pergunta . Em meio a uma viagem , e fácil nos deixarmos atrair pelas flores ou pedras que margeiam o caminho. E' fácil também que a monotonia da estrada nos pene tre. Mas ao retomar a marcha, após breve parada, a nossa at.;:r,ção se concentra no obj e tivo da próx ima e tapa . Para onde vamos? Não será demais, neste começo de ano fazer a nós mesmos a pergunta . E por que C"' ão reabriríamos os Estatutos para refletir sôbre a sua primeira página? Por qu = nêíÕ relembraríamos a última reunião de balanço, os pontos sôbre ::>s quais julgamos necessário fazer incidir os nossos esforços? O que os meus companheiros de equipe estão no direito de esperar de mim, para que, todos juntos, possamos dar o passo à frente que o Senhor espera de nós êste ano? Qual o ponto düõ Estatutos em que devo mais particularmente me aplicar? Temos pensado que a equipe não tem em sí a sua finalidade, mas deve abrir os nossos olhos e o nosso coração para o mundo ...

VII


para o próximo que espera al ç:o de mim , para a paróquia que é ·" parcela da Igreja que cab2 a mim ajudar a construir, para a grande comun id ade dos homens, gera lmente esquecida de Deus? Seja a nossa decisão, neste início de ano , néi o regatear esforços para que , na nossa equipe, venhamos a conh ecer melhor a Deus , para m e lho r am á-lo e melhor servi-lo.

Compromisso da Equipe Curitiba 1 o instalação do Setor de Curit'bil

A. d ata de l 3 d e de zembro último marcou uma etapa significativa na vida do Movimento em Curitiba. Nesse dia a Equ ipe 1 , sob a invoca çã o de Nossa Senhora da Luz, filiou-se def in itivame nt e ao Mov ime nto e , em s2guida, instalava-se o novo Setor local.

Ni:l presença de Dom Manoel da Silveira D' Eiboux, Arcebi spu de Cu rit iba, e do casal Monique e Gérard Duchêne, que re prese n · t ava o M ovim 1nto, os casai s da Eq uipe l manifestaram sol e ne me nt e a s ua decisão de ader ir às Eq u ipes d e Nossa Senhora e de se aju darem m utu ame nte a vive rem se mp re m e lhor a vida de equipe e cami nh ar p3 ra os seus ob jetivos. A c e rimôni a re<J ii sou-se 1110 mom e nto do Ofe rtório, da missa c e lebra da por Sua Excia . Terminada a missa , foi instalado o Setor. Os memb ros da Eq ui pe de Setor, da qual é responsável o casal Lygia e J osé Maria Munhoz da Rocha , rec itaram jL;I!1tOs umil b reve fó rmula de comprom isso, pedindo as bençãos de Maria San·· ti ssi m a pelas m êi~s de se u Bispo, dispondo-se a envidar esforços para ajudar sempre um nú mero m ai or de casais a encontrarem o caminho de Cristo, através do casamento, ao mesmo tempo em que pediam as luzes do Espírito Santo e as bençfcos da Sa11ta Igreja, d :? quem desejavam ser filhos obed ie ntes e missic111ários atuantes.

VIII


Dom Manoel D'Eiboux abençoou os casais f:, nas breves pa!"vras que então pronunciou, confiou esp~ialmente aos membros das Equipes de Nossa Senhora, a preparação dos noivos de su:J diocése. Aos casais da equipe ora compromissada e ao novo Setor, nossa preces e votos para que possam caminhar com firmeza eficiência para os objetivos que se propuzeram.

d$

.~

li

Compromisso da Equipe Rio de Janeiro 1

'

A Equipe n. 0 1, de Nossa Senhora das Vitó rias, do Rio de Janeiro, realizou também a cerimôn ia de seu compromisso, n J tarde de 22 de novembro do ano findo. Um dia de Estudos, muito bem organizado e conduzido, pre cedeu o ato. Durante a manhã, o Rvmo. Pe. Marçal, em conferência muito apreciada, discorreu sôbre a Posição do Leigo e em par ticular da família, na Igre ja . Ludovic Szeneszi repetiu para os equipistas do Rio presentes em grande número a conferência que tinha pronu111ciado nos Dias de Estudos dos Responsávei s, sôbre "As obrigações das E.N .S. à luz do Evangelho". Dois Grupos de Trabalho permitiram aos equipistas aprofundarem, de um lado, a Vida Comunitária da Equipe e, de outro lado, a Vida da Equip·3 na Comunidade . A missa de encerramento foi oficiada pelo Assistente da Equipe, Monsenhor Fernando Ribeiro. Durante a missa, os casais d z. Equipe 1 aproximaram-se da mesa da comunhão e, na presença do Assistente e do casal Glória e João Payão Luz, que representava o Movime111to, o responsável da equipe, Ivan Bustamante, leu a 1 .a parte dos Estatutos. Em seguida foi lida pelos casais a fá~­ mula do compromisso, sendo êste simbàlicamente entregue a Maria Santíssima. Felicitamos sinceramente os casais recem compromissados.

IX


EQUIPES ADMITIDAS

Foi aprovado o pedido de admissão das seg uintes equipes do Brasil: Belo Horixonte 3 N. S. da Imaculada Conceição, Assistente: Pe. América Maia S. J. Belo Horixonte 4 N. S. de Fátima Assistente: Pe. Carlos Gonçalves C. Respons.: lvany e Roldão Neves da Rocha Brusque 1 N'. S. de Caravaggio Assistente: Cônego Valentim Loch C. Respons .: Edeltraud e Aderba l Schaeffer Curitiba 1 O N. S. das Graças Assistente: Frei Fennando Zanini, O.F .M . Curitiba 11 N. S. das Do res Assistente: Pe. Bruno Hammes, S. J . Florianópolis 9 N. S. de Lourdes Assistente: Pe. Paulo Englert, S. J . C. Respons.: J oyce e Nazareno Amin lta,p etininga 2 N. S. dos Praxeres Assistente: Pe. Luiz Bazzo C. Respons.: Elisa e Mauro Leonel Petropolis 1 N. S. do Amor Divjno Assistente: Cônego Gastêío Oliboni C. Respons.: Magdalena e José Carlos Dale Ferraz Santos 1 O N. S. do Pe rpétuo Socorro Assistente : Pe. João da Silva Passos, S. J. C. Respons.: Maria lgnez e Luiz Panzoldo Neto S. Caetano do Sul 1 N. S. da Conceição Assistente: Pe . Cirilo Ambrosio C. Respons.: Tereza e Antonio Martini

X

J


CALENDÁRIO Março

13-14

Maio

8-9

JLnho Setembro

4-7

5-7

Encontro dos Responsáveis de Setor f' Coordenaç ~ o Dias de Estudo dos Responsáveis de , Equ ipe · Peregrinação das Equipes a Lourdes Sessão de Quadros

RETIROS

Acham-se programados os seguintes: Rjegião São Paulo

~

'1-

Março

26-28

Maio Junho Jul. 3 0 Agôsto Agosto Setembro Outubro Out. 29 -

14-16 11-13 Ago. 1 6-8 27-29 i 0- i 2 1-3 Nov. 2

Novembro Novembro

19-21 26-28

Barueri- Pregador : Dom Antonio Maria Alves de Siqueira Barueri V alinhos V alinho ~ Barueri Vaiinhos Baruen ,.. Barueri Vaiinhos: Exerc icios para um Mundo Me lho· Valinho·; Barueri __.

XI



objeto benzido?

Eis a oração que acompanha esta bênção:

"~ançai, Senhor, a Vossa benção sôpre estes anéis que nós em Vosso Nome abençoamos, para que aqueles · qtte os usarem guardem um ao outro inviolável fiàeli· ~e; se conservem sempre na Vossa Vontade e vivam

sempre em muita caridade. Por Cristo Senhor nosso. Amém .

.

'

Duas Obrigações dos Estatutos l

Algumàs das obrigações dos Estatutos são pessoais: a regra de vida, a preparação individual do tema; algumas são conjugais: o deve1· de sentar-se a oração familiar, a troca àe impressões em casal acerca do tema; outras dizem respeito à vicia em equipe: assistir às reuniões; finalmente outras são relativas ao Movimento: a recitação da oração das Equipes, a leitura do Editorial da Carta Mensal, acolher os casais das outras equipes e a cotização.

Hoje diremos algumas

palavras -

17-

sobre as duas últimas.


""i

,;Enfro'~ em contocto e acolher .com coração frot11rn9l, AUondo ~e lhes

ofer~cer

oportunidade, os casais dos outros equipes".

lt extraordinário como a prática desta ·Obrigação abre o coração e a alma de um casal. Descobrem que os une uma grande fraternidade, que podem conversar como velhos amigos, quando uma hora antes ainda não se conheciam. · 11: evidente que esta amizade cristã pode dar-se fora das Eqi.úpeS, mas é muito natural que beneficiem dela, em primeiro lugar; aqueles que escolheram os mesmos meios que nós para caminhar para o mesmo ideal. Se nos primeiros tempos hesita-se em receber assim casais desconhecidos, ou em pedir-lhes hospitalidade, depressa percebemos que as duas partes se beneficiam do encontro e que vale a pena aceitar o pequeno transtorno que isto nos causa. Descrevemos a seguir alguns tipos de casais; a qual deles nos assemelhamos?

Há o casal tímido que faz parte há seis meses de uma equipe distante e que vem passar as férias na Capital. Gostaria muito de ver outros casais, de assistir a uma reunião de equipe, passar mesmo alguns dias em casa de amigos desconhecidos, na praia ou no campo, mas não tem coragem de o pedir . . . Será preciso um acaso ou a insistência do seu casal Responsável, para que aproveite a grande. fraternidade das Equipes, para que assista a um Encontro Regional ·ou a uma reunião de equipe. Há o casal individualista (que airlda não conseguiu compreender o que procuramos viver) que diz: "Férias são férias. As Equipes são boaa, para a vida normal. Além disso . . . aprecio bastante a intimidade de minha equip-e; mas· as outras ... Não vejo porque hei de complicar a vida arranjando novos conhecimentos . .. " Há o casal mais simples, mais aberto, que, porque pediu 1


uma vez para ihe indicarem um casal ou uma equipe na região ónde vai todos os meses por causa do seu trabalho, fez amigos, pôde ajudar um dos casais que o recebia arranjandolhe trabalho, e fez com que a sua equipe (onde a troca. de impressões era sempre bastante fraca) aproveitasse a experiência e as ideias dos outros. Há o casal cheio de entusiasmo que aproveita as viagens de negócios ou de férias para encontrar outros casais e lhes dar a conhecer o nosso Movimento. Damos a seguir dois exemplos: Uma escala: "Tinha escrito para anunciar a minha escalo em Casabranco, exprimindo o desejo de encontrar alguns casais dos equipes. Mal o esquadro atracou no porto, recebi um telefonemo do responsável de equipe convidando-me poro almoçar. Fiquei conhecendo este casal e os filhos e devo dizer que não era de formo alguma o que 5e posso quando se encontram desconhecidos. X levou-me passear o tarde todo pelo cidade. Apreciei ainda mais o seu gesto parque assim sacrificava os últimos horas de intimidade com o suo mulher que ia sair de viagem . Pelos 18 e 30 um lanche reunia todos os membros de equipe presentes em Casobronco . Acabei o noite em caso de outro casal. No dia seguinte fiquei preso pelo serviço de bordo; era um Domingo. Vários membros do equipe vieram visitar o porto-aviões mos penso que foi sobretudo com o intensõo de me distrair. Foi o primeiro vez que tive contoctos com uma equipe diferente do minha. Fez-me imenso bem. Por um lodo, pude verificar que o caridade nos equipes não era letra morto e, por outro lodo perguntei muitos coisas e comporei-os: isto ajudou-me o compreender o que havia de bom e de menos bom no nosso próprio equipeu.

Uma viagem de negócios à América do Norte "Coros amigos, eu e Teresa partimos dentro de um més poro o América do Norte em viagem de negócios. Se pudermos ser úteis ao Movimento durante o nosso estadia nos Estados Unidos, teremos o maior prazer nisso; ainda não temos itinerário estabelecido mos ternos de passar, provàvelmente, por Novo Iorque, Washington, Chicago, Toronto e Montreal. Podem mondar-nos os enderêços de casais e de sacerdotes com quem queiram que tomemos contacto".

-

19 -


ll: evidente que esta carta recebida no Secretariado não fiC<ou' liem resposta. o casal que assim oferecia os seus préstimos; recebeu uma lista de endereços, tanto mais que acabávamós de saber com muita alegria que um grupo de casais de Morúreai queria entrar para o nosso Movimento. Levando· na bagagem alguns endereços do Canadá e alguns endereços dos Estados Unidos, este casal levantou voo... · ·

No mês de outubro seguinte recebemos deles uma longa carta, datada do Canadá e, dias depois, uma de Chicago para nos dar conta das visitas feitas. Eis alguns trechos: 11 Em Montreal ficómos em caso dos X, o quem tínhamos anunciado a nossa visita e que nos convidaram muito· amàvelmente . t

um casal muito simpático, que espero o sext0 filho. Como lhe tínhamos pedido, orgonizorom uma reunlao do ···equipe o que assistimos no primeito noite .

·

um grupo de casais que existe há seis orles é que acabo de se fil}or às Equipes de Nossa Senhora. . Atmosféro excelente dj! equ1pe que trobol,ho em profund1dode; . pu~mos responder o todos as perQuntas e discutir com eles sôbre a oràçõo na ' reunião, 'c p~r em comum, o amizade, etc . . . Todos, 'cosois são muito profundos e dedicados porque o suo eqúipé ,se ·encarrego do d ifusão de gruPos de casais . Possómos o . s;e9l!r:tda n~ite com outro coso I que vai lançar brevemente uma outro . ~quipe e que, por ter passado um ano numa equipe em Françó , 's.e ~.er:atia feliz em• renover contacto com os Equipes. Na 'têrceiro noite, 'reUnião de in. formação em que tivémos de falar dos Equipes· 20 ou 25 casais. Com.e çómos , pelo oraÇão e seguiu-se o resuf11o .ao . história dos Equipes. , A pedido dos casais também foláil'!os ' do~ 'obrigações (especio Imente do dever de sentar-se e do oro·Çõo) ·e· 'do · desenrolar de uma reunião de equipe. Ficaram entusiasmados 'com . o ' que lhes dissémos do oração. . . · Estivemo~ ol~:~um tempo em Chicago onde fomos recebidos pelo casal responsável do "Christion Forilily MOvement", 'de · que vocês nos tinham falado . No fim do mês estaremos em Washington onde devemos ficar instalados em coso do casal que foz porte É

os

o

de uma equipe por correspondência" .

~

Folgamos em poder acrescentar que êste mesmo espírito se nota nas equipes do Brasil. Poderíamos mencioJilar aqui numerosos testemunhos de casais que, em fé~;ias .através de várias regiões do Brasil, em viagens de estudo, voltaram edifi-

20-

, '

>


cados com o acolhimento sempre fraternal de seus irmãos de e'q:'lipe. A primeira equipe de Nova York é fruto da visita de um casal brasileiro que, de passagem pelos Estados Unidos, conquistou para as Equipes de Nossa senhora, vanos casais, realizando com eles uma reunião de informação de que se ori'gltJ.Ou, pouco depois, aquela equipe. • iP

ll.

" Dor cada ano o título de contribui ção o produto de um dia de trabalho poro assegurar a vida material e o expansão do agrupamento ao qual devem, de certo modo, o próprio enriqueciment<>

..

espi ri tual 11 • É uma obrigação que se deve aceitar da mesma maneira que as outras, quando se entra para as Equipes e cujo espírito é,_;pTeciso compreender. É justo assegurar a vida material do movimento a que se pertence e de que se recebe. Mas se niio nos quisermos limitar ao que é justo é p'l"eciso fazer mais: ajudar êste movimento a desenvolver-se, a ser conhecido, para que possa dar a outros casais o que nos dá a nós:.

" O produto de um dia de trabalho". Não se poderia oferecer esse dia totalmente? Escoliher um dia, oferecê-lo ao Senhor pelas Equipes e pelos seus membros, pela sua difusão; viver o trabalho desse dia, quer seja no escritório ou em casa, verdadeiramente pelas Equipes, procurar descobrir em casal, o que se poderá fazer pelo Movimento, para o dar a conhecer e também para o servir? ... Então a contribuição seria verdadeiramente a repre&entação material da nossa dádiva. Esta ideia veio de uma equipe: uAo mandar-lhes o soma dcs contribuições do nossa equipe, escreve um responsável, quero dize--lhes que esta quantia concretiza uma oferta que quisémos fosse muito mais completo. Es-

-21-


colhemos um dia no equipe: o dia do Movimento. Nesse dia todos as orações, as nossas a legrias, os nossos sofriments, o nosso rrobolho, forem oferecidos pelo vide e desenvolvimento dos Equipes de Nosso Senhora através do mundo. Isto provocou em n6s maior generosidade, maior amor pelos Equipes e estamos contentes, este ano, ao darmos o nossa cotização. Contudo, para al guns, repres~nta verdadeiro sacrifício" .

Uma vez por ano, normalmente na última reun1ao do ano, far-se-á a partilha sobre esta obrigação na equipe. Cada um dirá diante de todos, não a soma dada, mas se deu a soma correspondente ao seu dia de ·trabalho. E, também a.i, deve intervir a ajuda mútua : se é impossível para êste ou aquele, é a equipe que deve completar a sua parte. Entre nós é quase geral a praxe da contribuição mensal. Para o cálculo desta contribuição basta dividir por 8 o montante de um dia de traballho (1/30 da renda mensal), já que, em regra, há 8 ou 9 reuniões de equipe por ano.

,.,

ll:: normalmente o Casal Responsável que recolhe as cotizações e as envia para o Secretariado local.

I

-22-


DIÁLOGO OS " CONVIDADOS" "Convidámos poro a nossa última reun1ao, um casal interes-

sado. Logo no dia seguinte escreveram-nos pedindo poro entrar nos Equipes. Mos por causo deste coso! convidado não fizémos o partilho sôbre os obrigações dos Estatutos . Segundo pensamos, o suo presença teria embaraçado alguns de nós . Que se deve fazer? 11

Esclarece muito um casal que procura informar-se, o fato de assistir a uma reunião de equipe. Mas é preciso que assdsta a uma reunião completa! No caso presente, e apesar do sucesso do convite, não teriam dado ao casal uma idéia falseada da reunião, ao mesmo tempo que privaram os outros da ajuda mútua e do controle que são próprios da partilha? Não convidem casais senão quando a equipe estiver suficientemente aberta e simples para aceitar viver diante deles, sem embaraço, a reunião completa; e não haverá por acaso, na cidade, uma outra equipe mais amadurecida para receber? Se não houver façam o esforço necessário de simplicidade, depois de terem informado o casal convidado, sôbre os diversos as~ctos da reunião e da vida das Equipes de Nossa Senhora. A ORAÇÃO DA EQUIPE E A DATA DA REUNIÃO

"Adotamos a idéio de passar entre n6s uma "imagem" para que o oração não se eternize com os silêncios demasiado grandes entre codo um. Nunca se sobio quando um tinha acabado ou se queria ainda falar. Quem não tenho nada para dizer, em voz alta, fica com o imagem por um momento, passando-a depois ao vizinho".

-- 23 -


"Decidimos, daqui por diante, fixar o dia da reuntao mensal poro todo o ano, de maneira que todos possam saber a data muito tempo antes; poderão evitar, assim, marcar viagens para essa época. Ganhámos também os 5 a 10 minutos que perdíamos todos os meses à procura de um dia que conviesse a todo a gente. Será a 2.a terça-feira, durante todo o ano".

Uma certa organização não prejudica nada! O DIA DE ORAÇÃO PELA EQUIPE

" Criám os um dia de oração pelo equipe. Cada dia há um de nós que fica "de plantão"; se possível vai à Mi ssa, e de qualquer maneira o ferece a sua ora ção, o seu dia, por todas a s intenções dos casais e do nosso Assi ste nte".

Instituição excelente, já adaptada por equipes mais antigas, que a conservam há muitos anos. Cimenta a amizade fratet'nal, fundando-a na caridade. Graças a ela, a oração da equipe é constantemente ap-resentada ao Senhor. CONTROLE E ANEXO AO RELATóRIO

A propósito da r.artilha e do anexo ao r elatório, um casal de ligação recebeu uma carta que nos comunicou e que levanta a seguinte objeção: ~~~ cloro que este controle fraterno a partilha em equipe jos obrigações dos Estatutos - é um ótimo meio de entreojudo espiritual para todos e , não só o aceitamos, como o desejamos e queremos praticá-lo cada vez mais profundo e seriamente. ·Não compreendemos com o mesmo facilidade o controle do Movimento no conjunto das equipes e, em parte, a sua importância nos escapo. Mos o que não percebemos de formo alguma e nõo conseguimos admitir senão com espírito de submissão passivO, é o me io que adoptaram para realizar esse con trole : o anexo ao relatório mensal da equipe, somando as pessoas ou casais que cumpriram durante o mês o s obrigações propostos pelos Estatutos".

O Casal de Ligação comunicou-nos a sua resposta. Ei-la: -24 -

I.


"Permitam que lhes digo que o suo corto nos alegrou porque significo uma reação o que é um sinal de vida. Dó inicio o um diálogo de que tfnhomos necessidade poro nos obrigar o nós p~óprios o uma revisão dos outros equipes o nosso cargo. Tentarei responder a três pontos que me parece importante esclarecer:

.,.

-

Em primeiro lugar a "submissão passivo" -

Sim, mas com

o condição de o praticarem porque compreenderam que o regra à qual se submetem foi feito tendo em visto um objetivo que se aprova; a submis5Õo à regra imposto é então expressão de ccnfiança no Movimento e nos seus responsáveis, paro nos conduzirem o um fim o atingir. Qual é esse fim? Conduzir-nos o uma caridade maior. ~ necessário não perder nunca de v1sta que: todas as obrigações dos Estatutos, todos os meios de controle que nos são propostos, não têm outro objetivo senão concorrer para o triunfo do caridade .

..

Pensem nisto; comporem com boa fé abstendo-se de espírito de crítica estéril o objetivo e os meios propostos para o atingir; temos a certeza de que, uma vez feito este esfôrço de reflexão, compreenderão que não há uma única das obrigações dos Estatutos, um único método proposto pelos responsáveis do Movimento, que não conduzam a um progresso de corióade, nas

e pelas equipes. O controle do Movimento no conjunto dos equipes, dizem vocês? Está em causo todo o mística do Movimenta. As equipes foram criados para aqueles que, implícita ou expllcitamente falam o seguinte linguagem: "Sabemos perfeitamente que vamos tE:r momentos de cansaço, que não conseguiremos manter sempre os nossos compromissos. Pedimos que nas estimulem, pedimos que nos ajudem o cumprir os nossos compromissos, concordamos em

que nos peçam explicações pelas nossas falhas. . . é desta forrra que nos ajudarão o progredir".

O Movimento deve responder a êste apelo: dó uma regra e deve velar poro que seja aplicado por aqueles que o escolhem, sem a que, irá enfraquecer-se e enfraquecer os seus membros. O QUE. E.', NA REALIDADE, O ANEXO DO RELATóRIO E.' um aviso, o sinal vermelho , que se acende quando há qualquer coisa no motor. Tem valor como sinal e nado mois. Por exemplo: em certo mês, o anexo revela que o dever de sentar-se não foi feito por um ou vários casais do equipe: o casal de ligação informo-se; se sobe que esta falto foi provocado por uma separação momentâneo dos esposos, por motivo de saúde, por uma

-25-


razão profissional, fico descansado . Se sobe que há o bjeções, di ficuldades , tentará explicar e dor sugestões. Sobretudo não pensem que o Equipe dirigente se serve dos anexos poro avaliar o grau de progresso espiritual de um casal ou de uma equipe! Certo equipe pode cumprir conscienciosamente todos os obrigações dos Estatutos sem ter por esse foto atingido o máximo de caridade fraterno . O que não quer dizer que o respeito dos obrigoçes fundamentais não constituo um pora;lelto que impedirá um casal ou uma equ ipe de degringolar. Os que prat icam regularmente os obrigações sentir-se-ão mais ou menos obrigodos, se são sinceros cons igo próprios, a confrontar os meios com o espírito que os onimo e os justifico, e por esse motivo o s uo prático será poro eles ocasião de um progresso na caridaile. Mos no Centro, onde se recebe o conjunto dos anexos de todos os e quipes, pode-se fazer uma idéia geral do respeito dos obrigações. Ao on ilisó-los, tiram- se indicações úteis sobre o dificuldade relativa dos obrigações, o que pode permitir lançar um esforço geral sõbre êste ou aquele ponto. t o que se posso todos os anos quando se comunicam, nos Dias de Estudos dos Responsáveis e, depois, no Corto Mensa l, os resulta dos do estudo nos "anexos" recebidos .

-

26-


I

ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO TEXTO DE MEDITAÇÃO

Recordemos que o texto da Escritura indicado para a oração <leve ser lido e medi.tado antes da reunião, e deste modo estaremos abertos à palavra de Deus e a oração na reunião lucr.Há com isso. "As mulheres sejam submissas a seus maridos, come ao Senhor, porque o marido é cabeça da mulher, como Cristo é Cabeça da Igreja, Ele que é o Salvador do Corpo. Mas, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos".

,;

Maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a lg11eja e por ela Se entregou, a fim de a santificar, purificando-a com o banho da água que se dá com uma palavra. Queria assim apresentar a Si próprio essa Igreja cheia de glória, sem mancha, nem ruga, nem coisa alguma dessas, mas santa e imaculada. Assim, elevem também os maridos amar suas mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de fato, odiou jamais a própria carne, antes a nutre e acalenta, como Cristo ia Igreja, pois nós somos membros do seu corpo. Por isso, o homem cleixará pai e mãe, ligar-se-á õ mulher e serão dois em uma só carne. E' grande este mistério; digo-o relativamente a Cristo e à Igreja. (Ef. 5, 22-32, Epístola da missa de casamento) -27-


ORAÇÃO LITúRGICA

Leremos uma passagem da oração da bênção nupcial, ligando -a ao texto de S. Paulo, e orando por todos os casais presentes na reu nião. Sede propício, : Senhor, às nossas súplicas, e visto que instituístes o casamento para a propagação do gênoero humano, asisti-nos benignamente a fim de que esta união, de que fostn Autor, conserve pela Vossa graça.

se

O' Deus que por Vosso poder e virtude formastes o mundo do nada, e, postos em ordem todos os elenWn~ tos, criastes o homem à Vossa imagem, e depois: lhe concedestes o dom da mulher, como auxílio inseparável: Vós, ó Deus, que tirastes o corpo da mulher da · própria carne :do homem, ensinando-nos as.s im que não é líc.ito separar .aquilo que por Vossa Vontade te,v e um só princípio; ó · ~eus que consagrastes à união conjugal com um tão excelente mistério, de tal modo que esta aliança nupcial representa o mistério da união d e Cristo com a Igreja ( . .. ) Nós Vos pedim.os por Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo Dreus conVosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos Amen.

- - 28-

1



I

I


r:



•

)


l\\o\u mef\Jo de c~~IS f>Oa? \H\\.\ espi~lt\J~h&.de conj\H)~I e f~mthAR

CENTRO DIRETOR . Secr, Ceral . BRASIL

.

Secretariado

.

20, Rue des Apennins . PARIS XVII

Rua Paraguaçú, 258

.

SÃO PAULO 10


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.