ENS - Carta Mensal 1964-9 - Setembro

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Ed itor ial Baile de másca ras

8 Pnvindos A " parti lha" na re uniã o Uma obrigaçã o dos

Estatutos

A Reora da V id<~

Di a logo Oraçã o para a próxima reunião

r~ -


1)'

Publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Casal Responsóvel : Suzana e Alvaro Malhelros Redação e expedição: Rua Paraguaçú, 258 São Paulo 10 SP

52. 1338

Com aprovação eclésl6stlca


EDITORIAL

BAILE DE MÁSCARAS

A me nti ra está em tôda a pa rte.

À nossa volta.

Em nós.

A Senhora X detesta a Senhora Z , mas estende-lhe a mão com impecável SIOrriso. O Doutor A pas.sa a vida a criticar o seu colega B mas, se o encontra , felicita-o com entusiasmo pelo seu sucesso no concurso para os hospitais. Reparem para ~ssas pessoas que desfilam perante a família do defunto, na Igreja : ficarão edificados com a sua sinceridade... Mentira das p:!lavras e dos gestos. Mentira da vida. Cada um representa a sua personagem: a mulher perfeita, o pai de família numerosa , o braço direito do Senhor Vigario, o diretor da emprêsa, o cristão de idéias largas. Aplicar bem a máscara, compor bem o disfarce , é o grande golpe. E os partidos políticos. E a im:prensa ... quer se trate das últimas greves, da guerra da Argélia, de um grande processo em curso : lindas palavras por tôda a parte, muitas veZ"es a camuflar coisas bem mesquinhas. Ah . está-se tão habituado que já nemJ se liga importância. Tão habituado, quer d iZ"er t ão contaminado, Acham-me pessimista? Então façam .êste teste: Durante um único dia, esforcem-se por identificar tôdas as mentiras que se insinuam em suas atitUides, suas palavras, suas cartas, seus ges tos , seus silêncios, seus pensamentos , suas orações, para com a mulher, os filhos , os companheiros de trabalho, as pessoas que encontram, para consigo próprios (porque se mente .f si próprio, e não menos que aos outros) , para com Deus. Se não ficarem assustados no fim do dia , é porque são santos, a menos que sejam cegos. E nesta segunda hipótese o seu caso é grave.

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Tornar-se diana ...

verdadeiro deveria ser a nossa obsessão quoti-

Seremos auxiliados eticamente para tal objetivo se seguirmos lealmente as regras das Equipes. Se, na troca de impressões, cada um exprime com tôda a simplicidade o que pensa, confessa o que. ignora, pede resposta a um problema que lhe surge, reflete com •·odos os outros sôbre a maneira de traduzir na sua vida a verdade melhor comP'reendida , não tardará a tornar-se VERDADEIRO. Se a nossa oração na reunião mensal é ma is do que uma boa dissertação, se traduz em aJgumas palavras desP'idas de eloquê ncia , de literatura , e como se estivessemos sozinhos perante Deus , um pensamento, um desejo , um sentime nto profundo da alm a, tornar-no.s - e mos VERDADEIROS. Se cada um fizer lealmente aquilo a que chamamos partilha (le mbrem-se do texto d os Estatutos: "Cada e as;ol di%. c:om tôda, a, franqu eza. se durante o mê,. decorrido observou as obrigações que lhe cabiam" ), os membros da equipe não tardarão a tornarem - se VERDADEIROS. Parece t ão natural , para casais que se submeteram livremente a u ma regra juntos e num espírito de ajuda fraterna , que se mantenham a par dos esforços e d ific ulda des de cada um. Porque será , que tantos deles sentem pois, repugnância, por essa partilha? Não será P'recisamente na med ida em que ai nda e stã o habituados a blefar. a rel)resentar a !i:Ua per!<01'!1!9!!m, a1 c:ultivar a sua reputação? É precisamente porque vemos na partilha, entre outras coisas, um meio infalível de fazer cair a máscara e lutar contra o "bluff" mundano, que lhe damos tanta importância.

Quando os casais duma equ ipe se esforçam p-or' eliminar tôdas as mentiras, por se manterem numa sinceridade total , então, como me esc:revia um cfeles: "A comunhão dos santos entre cristãos que se tornaram transparentes uns aos outros, não é apenas. um dogma em que se acredita mas uma experiência que se vive". HENRI CAFFAREL

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LEITURA

Cristo ~raz à un1:10 conjugal, em primeiro lugar, uma graça . de cura. Os noivos a quem se fala em "cura do amor", ab rem o:~s olhos de admiração. É 110rque o vivem sobretudo pela imagina-

.,

ção: o amor se lhes apresenta como uma visão do paraíso. E, em certa medida, o amor é verdadeiramente um paraís~: entre i·ôdas as coisas humanas, é o melhor ··vestígio da antiga alegria . o o melhor prenúncio da Aleg1ia eterna; mas do mesmo modo qu& o Paraíso, ~em de ser merecido e duramente conquistado; Até o> atingir quantas tentativas, desânimos, recomeças, fracassos. O 1mor do homem é um a~or ferido :os que o_têm vivicf~ sabem-n~> muito bem. É preciso curar a febre carnal, sujeita ao arrebatamento e ao capricho. É preciso c11rar essa doença eSj)iritual: o egoísmo; a alegria de ser amado degenera bem depressa na exigência de ser servido... Para reconduzir o corpo ao seu papel de servo, para abrir a alma à doação e ao acolhimento, Cristo está presente;· Samaritano vigilante que levanta e que trata. Através da graça do <:asamento, parte de Cri~o passa para nós, apazigua a noss" carne, fá-la participar da transparência do seu Corpo glorioso, dilata o nosso coração, ensina-o a abrir-se e a· 'dar-se. Mas e~ta graca interior, de cura e de purificação, no é a única. Ou melhor, é apenas a semente duma outra graça de enob·ecimento e de lnnsfiguração. Pela graça de Cristo o amor .1prende 01éío ~ó .1 conservar-se mas i·ambém a ultra)lassar-se ...

Amor

Extracto de "O matrimônio é um sacramento", no livro "O <' ;o Gr;,c;"" do Pe, Caffarel. -

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9Jenoindos godos Este nunJtero 4 ãa Carta Men.sal tem um caráter um pouso parti cular. Na verdade, é dirigido só às equipes que fizeram o seu pc•Jido de admi$são nas Equipes de Nossa Se· nhora. Todos vocé8 pertencem poi$ agora ao Movimento e nós queremos desejar-lhes as boas vindaB da parte do Centro Diretor. Este sente-se com resp:msabilidade em relação a tJOcés e o set~ primeiro gesto e az; resentá-Zos a Nossa Senhora, padroeira das Equipes. Quer dizer-lhes também que cont a com a sua oração quotidiana pelo Movimento e que acredita muito profundamente que o Senhor, que acolhe javoràvel• mente todos os psàidos, abencoará os se!fs ~res e tc.tlo8 03 lm'68 do mundo, qM juntamente lhe confiamqs.

A "Partilha" na Reunião Depois do editorial que acabam 'd e ler, compreendem melhor a razão da "partilha". A partilha faz-nos ser verdadeiros uns diante dos outros, as máscaras cáem, a atmosfera purifica-se; ficamos mais aptos a participar da presença d~ Cristo, prometida aos que se reúnem em Seu Nome. Tencionamos agora ajudá-los a fazer a partilha. Realmente pode-se estar convencido que é necessário fazer um bom doce para o jantar ou os planos da contrução de uma cusa. ·sem saber fazer! E' também necessário s!l.ber como fazer. Muitas equipes tropeçam com dificuldades no principio; -4

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equipes mais antigas encontram outros obstáculos; é preclso ajudá-las a evitar rotina e monotonia. A Carta Mensal existe para isso. NAO EXISTE Ul\fA FóRMULA úNICA

Notemos desde já que não existe uma fórmula. E dizemos, com um sorriso, para que ele não leve a mal, que é preciso às vezes desconfiar do casal piloto - se é um principiante. Recentemente "formado" na sua equipe, que ama muito e que julga perfeita, terá tendência para impor o que ai se faz. Um dirá com segurança: "A p:.wtnha faz-se na oração; põem-se todos de joelhos e cada um se acusa de suas faltas às obrigações". Um outro: "A partilha faz-se em silêncio: dá-se a volta ao grupo, cada um diz se cumpriu as suas obrigações, ninguém intm'Vém". Um terceiro: "A partilha é um pôr em comum dos nossos êxitos e das nossas dificuldades, é preciso consagrar-lhes pelo menos três quartos de hora". Estas três formas de partilha, muito esquematizadas aqui, podem ser boas tojas três: podem convir a uma determinada equipe, a uma época da vida de certa equipe, a uma determinada reunião, para voltar a dar vigor e sentido a uma partilha que se tornava rotineira. Mas fixem bem isto: a sua equipe deve inventar-se a si própria, e não moldar-se por um molde único: dão-se-lhe algumas normas nos Estatutos e nas indicações que lhe vêm do Centro; dão-se-lhe também muitos c·onselhos, sugestões, experiências de outras equipes para que aproveite o que for bem para ela. Recomendamos aos casais responsáveis que tenham imaginação (que eles leiam a este respeito o próximo "Anexo"), e tenham-na vocês também. Que aquilo que se diz aqui da partilha os ajude a refletir sõbre a partilha, a encontrar o que deve ser na sua equipe, durante estes primeiros meses ela sua existência. Depois, hão de fazer juntos esta pergunta: "A nossa partilha corresponde à sua verdadeira finalidade, temos alguma coisa a modificar, ajuda-nos a ser verda deiros?" Se é preciso inventar a sua própria vida de equipe não é preciso inventá-Ia duma vrz para sempre, mas inventá-la "nas várias idades". ...._ 5 -


'SENTIDO DA ·''PARTILHA", O QUE DEVE ABRANGER

"Após a oração, um momento é consagrado à "partilha" sôbre as obrigações dos Estatutos. Cada casal diz, com tôda a franqueza, se observou durante o mês decorrido, as obrigações que lhe cabiam .. . Como se insere na linha da verdadeira caridade evangélica, a prática dêste intercâmbio e também a de apelar com tôda a simplicidade, para o auxílio mútuo fraternal." Neste parágrafo, os Estatutos indicam, sem insistir, dois aspetos da partilha: ·O contróle -

o auxílio mtítno

Expliquemos um pouco: Contrôle de si próprio : a partilha lembra-nos as nossas próprias obrigações e obriga-nos a verüicar as nossas falhas ou os nossos progressos. Contrôle mútuo: não é só diante de Deus e de nós pról,rios que nos examinamos, mas diante dos outros e os outros diante de nós. Isto porque aceitamos a idéia de nos a judarmos no cumprimento dos Estatutos. Contrôle do Movimento: visto que o resultado da partilha é comunicado pelo responsável de equipe ao casal de ligação, e por êste ao Centro. Ajuda em equipe : pela troca de experiências e o assumir a responsabilidade uns dos outros. Ajuda entre equipes: visto que as experiências comunicadas podem ser úteis a t odos através do canal da Carta Mensal e das várias diretrizes; e também porque podemos tirar a percentagem do cumprimento das obrigações dentro do Movimento, e chamar .a atenção para as falhas que se notarem.

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COJ.\IQ FAZER ESTA 'PARTILHA"?

Mas como deve fazer-se a partilha? Depois desta introc:ução vamos abordar o nosso assunto que tratar·emos sobretudo citando experiências. Para que haja contrõle e ajuda é necessário, é óbvio, que haja possibilidade de contrõle e de ajuda. Isso leva-nos imediatamente a fixar dois pontos: - Cada um deve dizer expllcitamente se cumpriu ou não cada obrigação (a partilha deve fazer-se todos os meses sôbre t0dos os pontos ( 1), com exceção das obrigações anuais de retiro e cotização). Esta declaração simples e sincera tem já valor em si mesma - Não basta enumeração seca de sim ou não, mas deve haver troca de idéias; se não fõr sôbre todos os pontos de cada vez, pelo menos de cada vez sôb?'e um ponto ou dois, normalmente escolhidos pelo casal responsável mas que também podem ser propostos por um outro membro da equipe. ALGUNS EXEMPLOS COMENTADOS

"Na nossa equipe o casal responsável interroga cada um por sua vez sôbre tôdas as obrigações. Tem uma lista na mão e marca um ponto para cada obrigação observada. No fim êle mesmo nos diZ se respeitou as suas obrigações de responsável - dizem-no os dois, marido e mulher, bem entendido". Isto parece mais um interrogatório do que uma partilha! E' preciso que o casal responsável esteja muito seguro da humildade dos seus companheiros de equipe - ou então

Consideramos aqui o caso das equipes em que já foram aceitas tôdas as obrigações. E' claro que as equipes novas só fazem a sôbre as obrigações que já estudaram e decidiram pôr em prática. Todavia não será conveniente que esperem multo tempo para se exercitarem no cumprimento de tOdas as .. obrl.gações. (1)

p~rtilha

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muito cego - para continuar a ooriduzir a párhlhâ destà maneira. Fixemos a seu favor que êle fala das suas obrigaç&·s de ' responsável: oração· <Iiária e missa semanal. O casal responsável deve realmente "partilhar" sôbre as obrigações que lhe são próprias como sôbre tôdas as outras. "Falamos de cada obrigação por sua vez. Leitura do editorial, Regra de vida, Oração familiar, Oração das Equipes, Resposta ao tema de estudo, Dever de sentar-se, Retiro . . . Cada um diz sucessivamente, a propósito de cada ponto, o que fêz, ou não fêz, e porquê. Os outros intervêm, dão experiências e conselhos. Isto permite-nos uma partilha muito completa, mas que leva muito t empo, e nós já não sabemos como fazer para consagrar um tempo suficiente ao tema de estudo". Também à nós, parece que será difícil. A fól'mula talvez não seja má em si mesma, mas envolve o risco de cansar, por pouco que alguns insistam demasiadamente, todos os meses, sôbre os porquês das faltas e dos sucessos. "Nosso casal responsável faz circul ar um "santinho" com tôdas as obrigações inscritas no verJo; cada um por sua vez diz ràpidamente os "sin1" ou "não", acrescentando às vêzes: peço a ajuda de vocês sôbre êste ponto, não hesitem em me chamar a atenção sôbre êle 'durante o mês, e rezem p ara que eu faça o fôrço necessário. Mas pràticamente não há troca de experiências. Parece-nos que falta êsse aspeto da aju· da mútua". Esta fórmula é boa, deve ser rápida, mas realmente é insuficiente. T erá vantagem em ser completada por aquela troca de que falávamos acima: depois de dar a volta, trocar-se-ão experiências e dificuldades sôbre um aspeto particular : por exemplo, uma vez sôbre a oração em familia ; outra sôbre o dever de sentar-se. Cada um dirá, não só se cumpriu a Dbrigação, mas COMO. -8-


UMA "PARTILHA" MAIS PROFUNDA

Verão abaixo, ao ler a carta que nos enviou um caea.l de ligação, como se pode desenrolar essa troca de idé:as verdadeira. Esta partilha mais profunda sôbre todos os pontos tinha um caráter excepcional, mas compreenderão o interêsse C:as trocas verdadeiras que suscitou, provocando um muito maior conhecimento mútuo e maior abertura de alma: ""Oltimamente tomamos parte na reunião de uma equipe de boa vontade, preocupada em cumprir as obrigações dos Estatutos, mas que, nós o sabiamos, ainda não conseguira realizar bem a partilha". Chegamos cedo à casa do casal responsável, para nos inteirarmos da ordem do dia: "E' élaro que, dissemos, abordaremos a partilha depois da oração". "Com certeza, respondeu-nos com certa reserva, mas os casais da nossa equipe sentem ainda muitas dificuldades. São de idades e maturidade muito diferentes; de nivel social e de meio provinciano em que existe ao máximo o cuidado de não mostrar aos outros senão o que se julga ser o aspeto mais apresentável de si próprios". Por fim decidimos juntos começar a parti· lha imediatamente depois da oração, como se não houvesse qualquer problema a prior!. Mesmo assim perguntAmos a nós mesmos como se iriam passar as coisas. O acolhimento que recebemos à nossa chegada, a atmosfera da refeição em comum, depressa acalmaram as nossas apreensões. O casal responsável, com a sua generosa simplicidade, tinha sabido colocar as relações de todos os membros da equipe num tal clima de franqueza que tudo podia ser livremente evocado entre êles. Imediatamente depois d3 oração, o responsável começou prudentemente a. partilha. pelos pontos em que -9-


não havia dificuldades:· 'p!fgarrtento ·da cotização, leitura do Editorial da Carta Mensal. Aproveitando a euforia surgida dêste testemunho de sabsfação, experimentamos abordar a oração familiar. Receávamos encontrarmo-nos em face de sérias dificuldades: E' um problema muito diferente prestar homenagem a Deus com filhos ~os 18 aos 20 anos e ajudar as 01·ações dos muito pequeninos. E eis que o primeiro testemunho dá o melhor resultado. Mas é melhor lermos : "Ainda não tínhamos tido a coragem de abordar com os nossos filhos maiores o problema de uma oração familiar em comum, à noite. Incitados pelos Estatutos resolvemos fazê-lo, sem termos preparado de forma alguma o terreno. Logo que o 'problema foi pôsto, em luga r das objeções de princípio ou de forma que esperávamos, o nosso filho mais velho (dezoito· anos) respondeu: "Mas, papai, só me admira não ter o senhor pensado nisso há mais tempo, pois p lrece-me perfeitamente natural que uma família cristã faça junta a sua otação na noite". Depois disto os problemas de métodos foram resolvidos ràpidamente. Um outro nota o aprofundamento da vida interior, através do que a parte espontânea da oração familiar lhe trouxe e o bem que lhe faz, ver a seriedaae que as crianças põem no enunciado das suas intenções pessoais. Um terceiro reconhece que não se trata de deixar o filho "fazer a sua oração" diante dos pais, mas que cabe a êstes, e de maneira especial ao pai, dirigir a oração familiar. Depois, o famoso "dever de sentar-se" permitiu trocas interessantes. Eliminando, como não satisfatórias, as conversas de dez minutos em que, mais ou menos a d01mir ou limpar a louça, os esposos comunicam um ao outro as decisões que tomaram durante 6 ·día e· verificam que não têm nenhuma queixa um


SUPLEMENTO à Carta Mensal

das Equipes de Nossa Senhora SETEMBRO DE 1964

Bilhete do Centro Diretor O sentido do Movimento

A. nona leitura do Evangelho Cabe-lhes Responder

O que vai pelas Equipu Dom Pedro Pau(Q Koop Encontro Regional em Camplna.i Para s maior vltalfdade das Eqwipea P~regrinação

VIela do Movimento Equipes admitida. Equipes compromlssa.da10 Deus chamou a ar

Retiros


Caros amigos

Um recente inquérito-sondagem sôbre a Carta Mensal (foram inte rrogadas 750 pessoas, tanto homens como mulheres, escolhidos levando em conta a antiguidade relativa das equipes, e os vá rios países), revel ou-nos que, fora o Editorial, era êste "Bilhete do Centro Diretor" o ma is lido e apreciado. Vinha em seguida a "Vida do Movimento" e, depois, as rubricas: vida. familiar, vida de equipe, espírito do Movimento . . . Num próximo número serão dadas mais pormenorizadamente as conclusões deste inquérito que nos interessaram muito. Agradecemos a todos os que responderam A primeira conclusão, quanto a nós, é fazer com que êste "Bil hete" já que é assim lido e esperado, lhes traga sempre ajuda pa ra as ~uas vidas. Só podemos abordar, de cada vez, um assunto muito breve, um aspeto limitado. Em junho pedíamos um amor conjugal e fraternal cada vez mais exigente. Em iulho concitávamos os casais a serem pródigos em partilhar com o próximo os talentos recebidos. Hoje queremos alertá-los para_ o sentido do Movimento. 10 preciso notar que o seritid~ do Movimento não deve transforniar_-se ·em ' "espfrito de capelinha", estreito, fechado, que não tleix'a ver o bem qúe existe nos outros, mas que deve ser uma adesão profunda a êste Movimento ao qual pertencemos, porque o escolhemos. Porque os convidamos a ter o sentido do Movimento? Seró porque é mais--agradável para os dirigentes verifica~ _que o encontram em todos os seus membros? Não, embora seja, também verdade! II


Mas sim porqLie o sentido do. Movimento. é qualquer coisa positiva, fator de uniC.o, de caridade, de vida. O c(Jntrário nem sabemos como lhe chamar - é destruidor, solapa não semente o próprio Movimento, mas compromete também a- vida de nossa equipe, a no~sa própria vida espirituaL Desconfiem, não de tôda crítica, mas de todo descrédito._ E não pensamos aqui somente na atitude que têm em relação ao Movimento, mas também em relação a todos os aQrupamentos a que pertencem. O sentido do Movimento deve levar-nos a uma atitude de acolhimento em relação às comunidades a que pertencemos, a vê.tas com olhar de simpatia e de amor. Os que fazem parte de uma comunidade devem amar-se uns aos outros, levar os fardos uns dos outros. Devem também sustentar os chefes, os responsáveis da comunidade, apoiá-los, esforçarem-se por esclarecê-los, mas tendo sempre em vista o maior bem da comunidade e, a priori, com um sentimento de confiança. São tantos os católicos que se habituaram a denegrir tudo. a criticar tudo, mesmo dentro da Igreja. A pretexto de uma im perfeição que not2ram, ou - ainda com menos razão de tal posiçC.o que não coincide c<'m a deles, tudo é passado pelo crivo, denegrido: a Igreja está atrazada, ou está muito avançada, ou não compreende nada! Chega-se a fazer uma escolha nas orientações dadas, e adere-se a elas quando correspondem às. nossas próprias idéias; protesta-se no caso contrário, muitas vezes sem conhecer todos os elementos do problema. Passámos do sentido do Movimento ao sentido de Igreja e é de propósito que terminamos desta forma. Com efeito, o Movimento visa a fazer-nos melhores filhos da Igreja. Fiquem certos, Caros Amigos, da nossa amizade muito cordial e fraterna.

O CENTRO DIRETOR

III


À Nossa Leitura do Evangelho

"Antes de ter sido escrito, o Evangelho foi contado e transmitido.

Espalhava-se, nos primeiros tempos da Igreja , de famili<~

para família, de comunidade par3 comunidade; não havia outro catecismo: ensinavam o catecismo como Cristo o fizera .

A pró-

pria origem do Evangelho, antes mesmo de ter sido fixado por escrito pelos Evangelistas, ajuda-nos a compreender que ele deva ser transmitido pela Igreja , na Igreja, que o casal cristiíol. tem a m issão de o dar a conhecer porque faz parte da Igreja e porque quer participar no trabalho da Igreja.

Nessa altura 11stamos muito

·longe de um livro morto; trata - se sempre de uma Palavra bem viva: uma grande nova que corre o mundo, transmit ida de geração em geração.

A Escritura e a Tradição a que

.1

1 .a Sessão

do Concílio chamou as duas Fontes de Revelação, séío ambas a P.olavra de Deus viva na Igreja , anunciada viva pela Igreja .

t

a Igreja toda que recebe, é toda a Igreja que vive, é toda a Igreja que transmite a Palavra de Deus.

O Senhor não quer que

a sua Palavra seja transm itida por livros , mas sim por homens que a vivam: "Não se trata de recitar Cristo aos outros, dizia o Pe. Peyriguiere, m;u; de lhos dar" .

M. P.

IV

'


CABE-LHES RESPONDER O "Bilhete do Centro Diretor" que publicamos no número anterior, com o título acima, figurava como "editorial" da Carta Mensal francêsa de fevereiro dêste ano . Seja por causa do título - que convidava a uma resposta - seja por causa do assunto abordado, êsse artigo suscitou uma correspondên· cia numerosa. O número de maio da mesma " Lettre Mensuelle" traz vãrios extratos das cartas recebidas. O assunto é também de atualidade para nós. Não hesitamos, portanto, em dar a conhecer aquelas cartas e os comentários do Centro Diretor. Oxalã os nossos equlplstas nos en· viassem também, de vez em quando, as suas reflexões sôbre os artigos que a Carta l\Iensal publica. Não hesitem em fazê-lo . . . . Esperamos que, além da correspondência que o editorial suscitou, tenha êle provocado ainda maiores reflexões dos casais e das equipes. Fazemos votos que os poucos extratos de cartas que vamos transcrever, sejam um convite para que vocês reconsiderem o problema de suas vidas e de suas responsabilidades, da ajuda que o Movimento lhes traz ou lhes pode trazer.

O MOVIMENTO DEVE CONTINUAR COMO É "O editorial de fevereiro provocou várias reações entre nós, e acabamos de analisar, no decorrer de nossa reunião de equipe, as nossas posições perante as críticas que sã o fe1tas au Movimento .

I)

Antes de mais nada, devemos lhes dizer que não concordamos com essas críticas . O Movimento deve continuar como é : exiqente no plano da fé , incitando- nos a uma vida sempre mais orientrtOa para o Senhor e, por consequência, para os nossos irmãos Parece-nos evidente que não se pode cont[nuar a fazer parte da· Equipes, se não se tiver - por êsse mesmo fato - a preocupação dos outros, da quipe, da paróquia, da cidade, do meio de trabalho, etc. A formação espiritual oue recebemos, deve levar-nos aos ::ompromissos exteriores. Na nossa opinião, o papel das Equipes pode e deve ser, obrigar-nos él tomar consciência da no;;sa missão de


cristãos, ajudar-nos a cumprí-la, levar-nos a assumir compromisso5 em função das nossas disposições. A híerarquia das tarefas a cumprir, é por vezes difícil de estabelecer e o Movimento ajuda-nos murro neste domínio, pela vrdad e oração e elementos de meditação que nos traz. A nossa formação de cristãos adultoSI e conscientes das suas responsabilidades, tem sempre necessidade de ser aprofundada. Os retiros, sessões de quadros ou outros encontres, o trabalho dos nossos assistentes, tudo nos obriga a sermos ma1s exige~tes conosco mes· mos, 'O que é ·ótrmo! É evidente que ficar nas Equiprs n não fazer na:la for2 delas, seria um contrasenso. Trocámos impressões, na equipe, sôbre êste assunto, com ·respostas escritas sôbre os nossos compromissos redprocos. Dois casais assumiram compromissos paroquiais, depois ·que estã·o na equipe. Dos nossos. 6 casais, 5 são casai5 de ligação, o que talvez faça compreender uma reação um pouco viva : parece-nos que o Movimento nos pede muito. . . É verdade que êle está em desenvolvimento e é preciso q\.le a_s equipes néío fiquem isoladas É certo, entretanto, que o tempo que dedicamos ao Movimento nos impede de estarmos totalmente livres para outras tarefas" . Esta última reflexão é freqüentemente manifestada e pa· rece-nos útil abordá-la, para lhe dar uma resposta. - Quantos casais encontram no Movimento elementos que lhes permitem aprofw1dar a sua fé e levar uma vida mais cristã? - quantos membros das equipes adquirem nele uma vida mais adulta? Depois disto, será todo o ser que irradiará e difundirá a mensagem cristã, Acrescentemos que numc· rosos casais, graças às Equipes, descobriram a importância das tarefas apostólicas, podendo-se citar milhares de exem· pios. Trabalhar nos quadros das Equipes é pois colaborar tressa ação do Movimento que forma melhores cristãos, cris· tãos mais Irradiantes e mais atuantes. - Por outro lado, não há dúvida que se pode verificar um abuso de quadros em certos Setores. Haveria evidente· mente menos casais absorvidos pelas tarefas do Movimento, se os quadros aceitassem dar-se mais. Quando cada casal de ligação só tem uma ou duas equipes, tem-se a impressão de que, no Setor, tôda a gente pertence aos quadros! E certos

VI

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~ ,, •


casais menos devotados podem então tomar o seu , trabalho nas Equipes como pretexto para recusar outros compromissos. E' preferível um trabalho mais importante (or exemplo, · 4 equipes para serem "ligadas", ou 3 pilotagens num ano) mas limitado no tempo, em vez dêsses quadros que tem indefinida· mente um pequeno cargo, que, afinal, n ão é multo rendoso para a equipe (ou equipes) de que se ocupam, e que os im· pedem, pensam êles, de assumirem compromissos em outro lugar.

UMA CARIDADE SEMPRE MAIS AUTê NTICA

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I

J

" L. e reli com mu ito interesse, o editorial de feve reiro. Da início, creio que é ot1mo smtoma se rmos criticados, r:o·rque 'é prova de que vivemos. Devemos levar a sério essas críticas. A equipe deve ajudar-nos - e, para nós, ela o faz -·· a descobrir Deus, a conhecê-lo c a arr.á-lo cada vez ma is. Este aprofund<lr d:. nossa vida religiosa, deve levar-nos 'a uma caridade mais autêntica, que nos abra aos outrós, desde os mais próximos aos mais afastados. Devemos chegar a amar todos os nossos irmãos el'tl Deus e, em certos momentos, devz surgir em nós verdadeira in~ quietação por não podermos ajudar tcdos os que pedem auxílio Não seremos então levados a instalar-nos num conforto espiritual, de que nos podem censurar. A ·e qu ipe pode aiÚdar-nos muitl., através do amor fraterno, da ajuda mútua, da exigência . · Preocupei-me muitas vezes com a pouca irradiação do nosso ~a·r, da nossa equipe e das equipes que nos rodeiam. É bom sermos levados a examinar em equipe em que ponto estamos. Mas por outro lado, parece-me que as críticas que nos fazem se assemelham um pouco às que se ouvem tantas vezes c_ontra os coritemplativos. . Aos olhos do mundo, onde tantas vezes só a açêío conta, onde o material domina o espiritual, acusam-se os contemplativos de se isolarem e de não arregaçarem as mangas para trabalhar! As nossas equipes séo para todos nós, bases .Je oração, de reflexão, de renovnçéo espiritual e religiosa, de que todos necessitamos. A equipe, como tal, não tem como missão lançar-se em .obras. mas é como que o cenáculo onde vimos restaurar-nos na

VII


oração e na caridade fraterna, e donde cada um partirá depois, para onde Deus o espera no Seu serviço. Este aspeto nem sempre é compreendido lá fora, e talvez seja por i~ que nos censuram. Termino agradecendo por nos terem sacudido; temos sempre necessidade disso!" VERDADEIROS VOLUNTARIOS

Sôbre o aspeto particular dos compromis5os externos, ao serVi.$0 dos outros, penso que não. podem acusar diretamente o Moyimento. A abertura e o engajamento apostólico decorrem logicamente de tôda a orientação das Equ ipes de Nossa Senhora . Suficient~mente eloquente, é preciso que rer e . poder compreen:dê-lo. Se há membros das Equipes que nõo cor resoondem às exigências do Movimento, isto nos deve levar a pensar e talvez ponha em causa, indiretamente, a responsabilidade das Equipes de Nossa Se~hqra . Esses membros das equipes que o editorial convida a se retirarem, por que e como os deixaram instalar-se nas Equipes? Não !er6 porque o Movimento cedeu à tentação de se expandir, no desejo de ver a esplritualidade conjugal enriquecer o maior número possível de casais? Não será porque se fizeram r~uniões de informação e se multiplicaram as equipes, acentuando as palavras sedutoras : amizade, auxílio mútuo .. . . ao passo que se diminuiam as exigências, o que provoca um desnivel nít ido entre os Estatutos e os editoriais por um lado, e ce rtas atitudes ou reflexões nos membros das equipes por outro lado" . Interrompemos mÕmentâneamente a leitura desta carta, para notar que o nosso correspondente aborda aqui um problema difícil. O Movimento, através dos quadros e especial· mente através dos Casais Pilotos, deve evidentemente controlar os motivos que levam os casais a entrarem nas Equipes. Nem sempre é fácil vê-los claramente desde logo e é durante

VIII


tôdas as etapas da vida de uma equipe que os quadros devem, com exigência inteligente, procurar que as grandes orientaçõe& do Movimento sejam levadas a sério. O nosso correspon· dente continua:

"Só deveriam entrar para as Equipes os casais verdadeiramente voluntários. Voluntários, ambos os cônjuges, e não um arrastando o outro! Eis algumas reflexões recolhidas em diversas circunstâncias, de que fomos testemunhas. Alguns meses antes de nossa partida de X, ao falarmos das exigências dos Estatutos a um casal das Equipes, disse-nos êle : "Ora, aproveitam-se umas e deixam-se outras . . cada um se arruma como pode ... " Pouco depois de nossa entrada nas Equipes: "Os Estatytos estão ultrapassados; foram escritos por pessoas que viviam 110 ambiente da guerra e êsse tempo já passou : as equipes, é a amizade". Alguns meses antes do compromisso da nossa equipe, fomos a Paris para O!. Dias de Estudos dos Responsáveis e fomos hospedados em casa de um casal das equipes, a quem perguntámos como encarava o compromisso. Eis a resposta do marido: "Mas, o compromisso é simples formalidade!" Calculem a nossa decepção, nós, para quem o compromisso era um verdadeiro problema, tão a sério o encarávamos .. . " De alV:l a baixo nos vãrios planos do Movimento, deve· riamos unir-nos para convidar aquêles que não observam as regras do jôgo, a se retirarem. Sob êste aspeto, somos todos solidàriamente responsáveis.

TRIUNFO DA CARIDADE "Se as nossas equipes - e os nossos casais - fOssem jã um triunfo da caridade (cf. Editorial da Carta Mensal Equipes Novas n.o 1), é evidente que não haveria nenhum problema". Esta reflexão de um membro de uma equipe pa·

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receu-nos .muito justa e corresponde à carta Citada acima. "tste ~uiplsta desenvolve -como segue, o seu pensamento:

"Pensamos que o Movimento não deve contentar-se em dize r que tôda a espiritualidade bem compreendida e bem viyida, transborda em atividades exteriores. Se as nossas equipes fossem já triunfos de caridade, não haveria certamente problemas! Parecenos que o Movimento, e especialmente a Carta Mensal, deveriam abordar francamente êste problema do apostolado dos membros das equipes, promovendo in iciativas, sacudindo os tímidos, apresentando testemunhos de casai~, ou de equipes, convidando os equipistas a dialogarem com o seu clero sôbre as necessi dades locais, despertando o 5e ntido e o gôsto das responsabilidades -3SSumidas em todo u nosso contexto social ... Não se. trata de lançar o Movimento na ação, mas sim de recomendar às crianças que nós somos, o que é evidente para os adultas que, tantas vezes, airrda não somos. . . No nosso caótico caminhar para a caridade, é preciso que seja mos chamados à ordem de vez em quando, para nos abrirmos às preocupações e necessidades do mundo que nos rodeia" . Várias outras respostas nos pareceram ainda de interêsse, mas voltaremos ao assunto brevemente. Os nossos agradecimentos para todos os que nos responderem.

X


DOM PEDRO PAULO KOOP

Registramos com satisfação a nomeação de Doliõ1 Pedro Paulo Koop para Bispo de Lins. Desde 1960 presta êle o seu concurso ao Movimento, néo só como Assistente da primeira Equipe d€ Baurú, como também como pregador de nossos retiros e, ainda . por várias vezes, com a sua palavra autorizada e profunda, err. vários Encontros do Movimento. Ao vê-lo investido da dignidade de Bispo, elevamos ao Senhor as nossas preces, mixto de regozijo e de agradecimento. E, por sabermos da grave responsabilidade que o elevado cargo implica solicitamus dos casais as suas orações fervorosas, para alcançar do Espírito Santo as graças tôdas de que Dom Pedrot Paulo Koop necessita para c desempenho de sua árdua missão de pastor da parte do rebanho de Cristo que lhe foi confiada. '

ENCONTRO REGIONAL EM CAMPINAS No dia 8 de agôsto último, o Setor de Campinas levou a efeito um Encontro, para todos os casais das equipes que o integram. Cuidadosamente preparado, este Encontro foi, como no ano passado, o ponto alto das atividades coletivas do Setor. Não só os casais de Campinas estiveram presentes, como

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também das cidades vi!inhas, numa confraternização das mais calorosas, para a qual prestaram também o seu concurso, "veteranos" de Jaú, numa das conferências pronunciadas . O programa desenvolvido previa uma parte de espiritualidade que cu lminou com a celebração de uma missa dialogada, e de uma parte de formação , com uma conferencia precedendo "círculos de estudo". À noite, os participantes foram distribuídos em "equipes" que agrupavam 6 a 8 casais, o mais das vezes desconhecidos uns dos outros, para "reuniões de equipe'". Mais uma vez ftcou evidente, nessas reuniões, a facilidade com que se realiza o entrosamento perfeito entre equipistas, permitindo uma total abertura de uns para com os outros. É a segunda vez que o Setor de Campinas realiza Encontros dessa natureza . Vem eles responder ao anceio manifestado frequentemente por casais das equipes : "Por que não se realizam, entre equipistas, reuniões idênticas às que, todos os anos, congregam, em Sõo Paulo, os Responsáveis?" Campinas resolveu o problema. . Merece ser imitado por outros Setor~s ou Coordenações. P;ua Maior Vitalidade

Ao ser distribuída es ta Carta Mensal, estará se realizando em Valinhos, a 111 SESSÃO DE QUAD~OS . Como sabem, é um encontro que tem por finalidade, dar àqueles que exercem funçõ es dirigentes no Movimento ou que se dispõem a dar a sua colaboração neste sentido, um maior aprofundamento espiritual, um melh01 conhecimento do Movimento, um treino para o cargo que desempenham, ao lado de uma consciência mais nítida do papel das Equipes e de sua atuação dentro da Igreja.

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Estas "sessões de quadros" têm uma importância incontestável para o Movimento. Com efeito, a vitalidade das Equipes depende em grande parte da atuação de seus "quadros", isto é, do desempenho que tiveram os Casais Pilotos, Casais de Ligação, Responsóveis e Membros de um Setor ou Coordenação. Hó necessidade, portanto, de uma formação em profundidade. daqueles que receberam o encargo e têm a missão importante de animar -- dar alma -- às equipes, desde a sua fundação, e durante tôda

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sua vida.

~ para isto que perto de 50 casais se acham reunidos em

Valinhos, procedentes de todos os Setores e Coordenações das 3 "Regiões". Esperamos poder dar, no próximo número, um apanhado dos trabalhos realizados. Peregrinação do Setor Campinas ~ no próximo dia 20 de setembro que teró lugar a peregrinação que, todos os anos, o Setor de Campinas promove nessa

cidade. Os casais se reunirão na Fazenda Jaguariuna, de onde se dirigirão, a pé, até a Igreja de Santa Maria, onde será celebrad<l a Santa Missa.

XIII


EQUIPES ADMITIDAS

Foi aprovado o pedido de adm issã o das seguin te s equ ipes : Africa -

Brazzaville 2, Jadotville 2 .

Bruxeles 1CO, 1O1, Florenville 1, Gand 8, Liege C. 14. A. 22. 24. Marche en Famenne 3, Virton 1.

Bélgica Brasil -

Espanha -

Dois Corregos 1, São Paulo 54. Ba rce lona 67, Gerona 7 , Valencia 12.

Arl es. 2, Auxo11ne 1, Bagneux 2. Béthisy St . Pierre 2, Bordeus 18, Châten.3y 1, Courbevoie 4, Draguignan 1, Epinal 3, Le Blanc 1, Maisons Laffite 2, Nantes 21, Neufchâteau 1, Nice 4, Paris 95, 96, 97, 98, 99, Poissy 1, Saintes 1, St. Cloud 2, St~ Maixent - 3, St. Sauveur 1, Toulon 8, Versailles 16, Viroflay 5.

Fran,a -

Almeda 2, Aveiro 4, Coimbra 8 , 9; 1O, 12, Lisboa 28, 29 , 30 .

Portugal -

U.S.A. -

Las Cruces 1.

EQUIPES COPROMISSADAS Foram as seguintes as equipes qu" fizeram o seu compropromisso:

.BéJgin XIV

Charleroi 9, Liege B. 13, Waterloo 5.

o


Brasil - Ribreirão Preto 3 . Canadó - Montréal 12, Ottawa Hull 2, Sherbrooke 1. França - Aix-en- Provence 7 , Annecy 9 , Argentan 1, Barle- Duc 1, Caen 5, Caudebec 1, Evreux 1, Le Chesnay 1, Lectoure 1, Lille 15, Lyon 17 , Ma isons-Aifort 2, Montélimar 1, Montreuil-sur-Mer 1, Moulins 1, Paris 81 , Rennes 6, St. J en-de-Maurienne 1, St. Omer 2, Tou louse 9, Ver.sailles 11, 12, Vexin 1. Ilha Maurícia Portugal -

Mauricia 1 7 .

Porto 6. 7 .

Suíça Pully 1, Slon 3. As equipes do Brasi I que foram admitidas, são as seguinte; : Dois Corregos 1 Assistente: Pe. Miguel Lanero C. Respons.: Ali ta e Nilson Prado Telles São Paulo 54 N.S. Rainha do Lar Assistente : Pe. Victor Gialuisi s.i. C. Respons. : Celia e Sergio Parmigiani DE.US CHAMOU A Sf

Nicolas Wagner, de Creutzwald 2 , pai de 6 crianças, a 16 de março. lsabelle Munos, de Washington 1, a 9 de abril. Pe. Georges Sarat·, Assistente de Valencia 1, em abril.

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RETIROS

Promovidos pela Região São Paulo Setembro: 11 - 13

Em Valinhos - Pregador : Pe. Mario Zu queto . Em Val inhos - Pe. Waldemar Martins.

25 - 27 Outubro: 9 - 11

No Colég io Santana - Cônego Lúcio Fl6ro Grazzioni Em Baruerí - Pe . Afonso Pastore m.e.

16 - 18

Novembro : 6 -

8 2Q- 22

Em ValfnhosEm Baruerí - Frei Francisco Areujo o .p.

Promovidos pelo Setor de Jaú Outubro 31 a Novembro 2 Joaquim. Dezembro 13 lhimento.

Em Val inhos - Çh_6cara São

Em Jaú - Colégio São José - Dia de Reco-

Promovidos pelo Setor de Campinas Outubro 9 - 1 1 -

Em Val inhos - Chócara São Joaqu im .

Promovidos pela Coordena~ão de Curitiba Outubro 1O - 1 1 -

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Em Rondlnha-Cur it iba - Frei Fernando Zanini o.f.m. c


·-

...,...

do outro, soubemos: - Das dificuldades que um casal tem em abordar seriamente os seus problemas ( êste casal vive com os sogros). - Das vantagens tiradas, ao contrário, de uma separação de vários meses por um casal que realizou por correspondência o que não conseguia fazer de viva voz. Sairnos da reumao com a sensação <.le que esta partilha foi, para os casais desta equipe, um alivio, até mesmo uma espécie de libertação. De nosso lado, tiramos grande proveito dela; verificamos como é preferível, em situação análoga, abordar a partilha de frente, como se não levantasse problemas. E sem ser de forma alguma milagrosa, mas ajudada pela boa vontade e a fraternidade, - e seguramente pela graça do Senhor - esta partilha foi muito 'Vantajosa, não só para a equipe que encontrou o seu verdadeiro clima, mas para os visitantes que não esqueceram a confiança dada espontâneamente às suas bem fracas luzes. , ORAÇAO COMPOSTA. POR UM ASSISTENTE, PARA SER DITA ANTES DA PARTILHA

O' Cristo, no momento de fazermos a nossa partilha, compreendemos melhor que somes, em Vós, membros uns dos outros. Conservai-nos recolhidos diante da Vossa misteriosa J;resença em nós. Através da vida conjugal a que nos conduzistes, Senhor, Vós nos destes o sentido do Amor: quet·er e procurar o bem t'm do outro. Fazei que um amor da mesma espécie una os casais da equipe. -11


Faze! com que a nossa caridade não seja cega. nem falsa. Ajudai-nos a revelarmo-nos uns aos outros na caridade e na lealdade. Ajudai-nos a revelar as nossas deficiências, para pedir perdão por elas à equipe que tornamos mais pesada, para suscitar a misericórdia dos outros e apelar para a sua ajuda. Ajudai-nos também a manifestar os nossos sucessos com humildade, p ara provocar a ação de graças de to:los para Vós, para encorajar aquêles que se arrastam ou que vacilam. Que possamos durante esta partilha tomar melhor consciência das nossas responsabilidades mútuas e agir em conseqüência.

Uma Obrigação dos Estatutos Os Estatutos apareceram em 1947. Entre as obrigações que determinavam como base das Equipes de Nossa Senhora, figurava a Regra de Vida. Eis o que diziam exatamente ee:êrca dela : "E' para ajudalr e orientar os seus esforços que as Equipes pedem a seus mem bros que f i xem eles próprios uma r eg·r a de vida (a grande diversidade de casais não permite p r or; or a mesma a todos). Bem regra de vida a fantasia pr eside mui tas vezes à vida religiosa dos casais e torna-a caótica. Esta regra de vida ( es· ousado será dizer que cada c6njugue deve ter a S<Ua) nllo é mais do que a fixação do tempo e do lugar que cada um entende deve dispensar à assisténcia à Missa,

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ao Sacramento da Pi!miténcta, d. oração, d lertura espipritual, etc. - N{lo se trata de multiplicar as obrigações, mas •Je as definir a fim de afirmar a vontade e evitar desvios. O conselho e controle de um padre sao dssejáveis, a fim de evitar a sob1·ecarga ou a facilidade. Nao existe obrigação de dar a conhecer a equipe a regra de 1:ida adotada, nem a maneira como é observada. N atemos no entant oque algt,ns casais se deram muito bem com o tato de levar a ajud<t mktua (tté esse ponto". O princípio da regra de vida estava p:Jis nlt!damente formulado; o seu sentido, primeiro que tudo espiritual, b em marcado; sublinhada vigorosamente a sua necessidade como remédio para a fantasia e como meio de assegurar maior método e perseverança. O papel do sacerdote estava ai indicado. O da equipe também. O essencial estava dito. Havia no entanto muitos pontos a precisar. Houve inquéritos que permitiram que isso se fizesse, ao mesmo tempo que levantavam novos problemas. Foi consagrado um número especial da Carta Mensal à regra de vida. Daremos a seguir alguns primeiros e breves conselhos para. ajudá-los a escolher a regra da vida.

BREVES CONSELHOS

A regra de vida tem por finalidade fazer-nos progredir na vida cristã. Para o conseguir é p1 eciso fazer esfOrço numa tríplice direção: libertar-se -

alimentar-se -

exercitar-se

:Gls.tes três verbos ajudarão as nossas primeiras tentativas, mas poder-se-iam encher várias páginas com a indicação daquilo de que nos devemos desembaraçar, de que nos devemos alimentar, a que nos devemos exercitar. Assim, di· zemos desde já que a regra de vida será o ou os pontos bem determinados sôbre os quais, por um período limitado, faremos incidir o nosso esfôrço. Precisemos que a regra de vida será.: -13-


c·urta -

.p1·ecisa -

escrita

A regra de vida é pessoal. Os Estatutos sublinham-no. Mas: - Muitos casais têm um ponto de regta de vida comum e isto é bom. E' o esfôrço do casal que fica assim determinado: trabalho de leitura juntos, orações em comum, etc.; Para certos pontos da regt·a de vida pessoal é necessário o acõrdo do cônjuge. Ex.: Se resolvo ler tõdas as noites entre as onze horas e a meia noite, é preciso saber se minha mulher, a quem não consigo consagt·at outro momento durante o dia, c'onsentirá (mesmo antes disso, deveria pensar se está conforme com a caridade conjugal) . - Os esposos podem ajudar-se a praticar a sua regra de vida. Mas é muito legítimo guardar para si, sem o dizer ao outro, um ou outro ponto da sua regra. COMO ESCOLHER UMA REGRA DE VIDA:

- Refletir e rezar. Pode ser bom consagrar para isso um longo momento, por exemplo durante um retiro. - Interrogar aquêles que nos conhecem bem - e isso leva-nos a ser humildes - para que êles nos ajudem a orientarmo-nos bem: o cônjuge, o confessor ou diretor espiritual, a equipe ou um dos seus membros que seja mais íntimo, o assistente da equipe. Não perguntar: "Que regra de vida devo ter?", mas: "quais são as minhas tendências a combater, as minhas fraquezas, as minhas falhas, quais são os dons· que recebi, aquêles que Deus quer ver frutificar, como desenvolvê-los?", e depois "êste meio que eu penso parecelhe bom e adequado?". O que é preciso encontrar primeiro que tudo é a grande orientação da próp1ia r 3gra de vida, - que depois será pormenorizada nos seus "pontos de aplicação". A seguir encontrarão um florilégio de grandes orientações e de "pontos de aplicação", tirados de respostas a um inquérit o. Podem fazer a ligação entre os dois aspetos.

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O:HIENTAÇOES

Muitos casais acharam útil, para se lembrarem bem da sua orientação, formulã-Ia em algumas palavras muito breves: "Deus servido em primeiro luga1·". "De bom gra•lo" (aceitar tudo o que acontece, como a t'oHtade do Senhor). "Não fazer mais coi.sas do que faço mas dar mais valor àquilo que faço". "Estar com o pen.samento presente ao que [aço e consagrar-me a isso totalmente, sem pensar no que há-de vir nem no que passou". "Agradecer a Detts por tudo o que acontece de bom e de 1nau". "Di1·igir-me a Deu.s como a urn Pai". "Quando uma tm·efa desagrada, atacá-la imediatamente de frente". "Ver Cristo no mett próximo". f'ONTOS DE APLICAÇAO

Estas grandes fixarmos para nós cretos. Procuremos tejam na linha da

orient1ções ficarão letra morta se não p1·6prios pontos de aplicação muito conapenas escolher bem os esforços que esgrande orientação adotada.

Confissão mensal (ou bimensal, ott semanal) com exame de consciência incidindo especialmente sôbre determinado •p lano. Missa e comunhão (semanal, bissemanal, diá1·ia salva imr•edimento ae fôrça nwior) Lcitw·a espiTitual (freqüência, dw"Ctção). Meditação (freqüência, dtaação) . o

Os exemplos seguintes, tirados ainda das respostas a um inquérito, mostrar-lhes-ão que não devem ser esquecidos os esfm ços realizados no plano humano para uma m:tiot· oo.ridade. -

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Chegar do trabalho hnediatamente (o ea;em,plo vem de um funciontirio (lemasiado zeloso, na opinião da sua mulher). Não lerei o jornal nem ouvirei o rtidio enquanto nékl tiver feito a minha meditação. Sair com a Solange uma vez por semana (um• martdo demasiado caseiro). · A leitura é para mim uma espécie de paixão aniquilando momentaneamente tôda a vontade. Um •los pontos da minha regra de vida é, quando começar a ler, fixar a hora em que hei-de acabar. Escutar e levar o meu marido a falar da8 suas preocupações antes de lhe falar das minhas. Fazer esfôrço por atender o cliente na hora de fechar, sem mau humor e sobretudo sem mostrar ê.ste eventual mau humor. Tenho tendência pam. ar;'roveitar mal o tempo. Por isso, prever na véspera o meu ·emprego àe tempo ... e cumprir. Ir visitar tódas as semanas a nossa avó que esta numa casa de recolhimento e qu-e está abandonada ou quase abandonada por todos. Não falar mal dos outros. Ser acolhedora e manter o sorriso. Muita paciência, sobretu·do quando o marido estd enervado. Preparar a oração familiar todos os dias. Responder i'J,s cartas dentro de oito dias.

DIÀLOGO UM PEDIDO DE ADMISSÃO BEM CONSIDERADO

Esta carta chegou-nos da longl:nqua e pequena Ilha Maurícia. E' o pedido de admissão da ~quipe n .• 3 desta ilha do Pacífico que conta 600.000 habitantes. E' dirigida ao casal de ligação que acompanhava a equipe desde o seu lançamento: ~

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"Bo n4o lh~ respondemos mai3 cedo tot porque est4Vl't· mos à espera da remlião de maio rara comunicar aos o1~,o tros casais as pergttntas que vocés nos fizeram na sua pri· meira carta. Sentimo-nos felizes por podermos respon:ler-lhes afirmativamente. Todos os membros da nossa eqttipe tém a firme intenção de pôr em prática o "dever de sentar~se'' a partir àa próxima reunião, a 11 de junho, reunião que consagraremos precisamente ao est~· !o dessa obrigação, com a ajuda do número especial da Carta Mensal, sôbre ésse assunto, que recebemos dos casais da. primeira equipe. -Nós, como Casal Responsável, comprometemo-nos cada um a praticar as dttas obrigações 'J:>róprias: 10 minutos de meditação todos os dias, e tt1na missa durante a semana. Babem que já tínhamos aceitado as outras obrigações, po1· conseqiltncia agora estamos preparados e desejamos filiarmo-nos ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Gostarfamos de lhes •lar alguns esclarecimentos sôbre a nossa equipe e sóbre o que motivou esta adestLo um pouco tardia ao Movimento. O nosso grupo de casais ntLo é um grupo de amigos. Queremos dizer com isto que no., encontramos muito raramente fora das reuniões mensais, o qtte faz com que levássemos tempo a ((degelar" se assim se pode dizer. Du· rnnte éste ano de experié-ncia, cada um fez um esforço seguro não só para melhorar a sua espiritualidxde mas para faz&r crescer este espírito de amizade indispensável à equipe, na linha traçada pelos Estatutos. Poderíamos perfeitamente, tal como vocés notaram, ter utilizado os temas de estudo, termo· nos inspirado nos métodos dos Estattttos e ter adotado certas obrigações das Eqttipes de Nossa Senhora sem por isso nos termos filiado ao Movimento. Realmente, não escondemos que, quando se pôs o problema da filiação, tivemos a seguinte reação: "Vamos tão bem assim, para que nos havemos de sobrecarregar com correspondência, papelada, eto.. .. " Como ~ém não foi por entusiasmo ou •le repente que aceitamos a idéia de avançar dentro do Movimento. Mas, digamo-lo desde já, p0;ra desculpar a nossa franqueza, ficamos convencidos mn breve ela necessidade de o fazer. Como nos dizia o nos·

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so- assistente com quem falávamos .sãbr·e. isso .ne.sta. fase, ttma eqttipe que cessasse de progredir estaria certa de recuar, ou, o que seria pior ainda, de mergulhar na meàiocri· dade ... Nas Equipes de Nossa Senhora, como vocés próprios nos demonstraram ct seguir, o contrõle, o auxfZio, os conselhos de que beneficiC1Jremos, serian~ a gar·antia de 11ma umarchu em frente", sem falar na oração de todos êsses casais unidos par 11m mesmo ideal. NUJ verdade, depoiS! dJ8 te1· a.profwnda.do o conjunto do Movimento prõpriamente· dito, depois de ter lido com regularidade as Cartas Mensais que r·efletem êsse espirito de amizade e de ajuda mútt,a, é recamente com p31'/eito conhecimento de causa que lhes escrevemos para lhes pedir· que nos aceitem na g·rande família dns Equipes de Nossa Benhoro. UM CASAL PILõTO "DEIXA O COMANDO"' ...

Antes de confiar o "comanqo" ao primeiro casal respon"ável. escreve-nos um casal pilôto: "Peço-lhes que recebam as fichas juntas, da equipe qtte pilotei. As reuniões continuam e tomam z;ottco a pouco o aspeto das r·ew1iões das Eqttipes de Nossct Sen1wra. Os casais são novos: há quctSe o intervalo de ttmct gernção entre éles e ett.. . Mas são extremamente simpáticos, profttndamente desejosos de acertar, e não estão muito ((contaminados" (sic) pelo Mnbiente atual. Liguei-me imenso a êles aí está o per·igo, sobretttdo quando se começa a embranquecer e há um. uav6zinho" dentr·o de nós, ainda não utilizctdo naturalmente por netos! Mas tomei a iniciativa e anunciei-lhes o fim do meu "reinado"; tiveram a llelicadeza de protestar, mas a equipe já irá bem sõzinha no fim do ano. Rezem pelos meus ((jovens", e r·ezem também por mi?n, tão pcTdido na solidão".

Estão vendo como nos podemos. apegar a êste trabalho da pilotagem e tomá-la a peilo. Compteenderão melhor a úllima frase um pouco angustiada, quando soubeiem que êste homem tinha perdido a sua .mulher alguns meses an-

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'·'

tes. Aceitou, pois, pilotar esta equipe sõzinho para ajudar outros casais a descobrir as riquezas que o seu lar recebeu das Equipes. Acontece muitas vêzes que o casal pilôto tenha pena em deixar a equipe pilotada, mas é um sacrificio necessário. Depois de ter aprendido muito com êle, a equipe tem necessidade de tomar ela própria as suas responsabilidades; o casal de ligação ai está para evitar as dificuldades e para continuar os laços de amizade (aliás por vêzes o casal pilôto continua como casal de ligação da equipe). PREPARAÇÃO DO TEMA DE ESTUDO: ·

E' com prazer que lhes transmitimos esta pequena anotação de um membro de uma equipe antiga. Se vocês não viajam . .. encontrarão fàcilmente outro momento, alguns minutos todos os 'd ias, para tirar o tema do bôlso ou da gaveta: "Já há alguns meses que trago sempre o meu tema de estudo no bôlso. Ando muitas vêzes em viagem e tôdas as manhãs ao tomar o café, no hotel, leio uma passagem do tema, reflito numa pergunta. Estou assim ooncentraldo no tema durante todo o mês e tenho realmente a impressão de que algo dessas reflexões começa a passar para a minha vida. Conforme está longe ou perto da reunião, a noite que eu e a minha mulher podemos consagrar ao tema, serve de ponto ou de conclusão às nossas pesquisas pessoais.

ORAÇÃO PARA A PRÔXIMA REUNIÃO TEXTO DE MEDITAÇÃO

Passagem da Primeira Epístola de S. Pedro, sôbre a caridade faterna e os diversos dons de Qraça. -

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"Aproxima-se o fim de tôdas as coisas. Sêde, pois, prudentes e sóbrios em vista da oração. Tendo, antes de tudo, uma caridade intensa uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão. dos pecados. Sêde hospitaleiros uns P'ara corn os outros sE:m murmuração. Servi os outros, cada um conforme o dom que recebeu, c nmo bons admin istradores das várias graças de Deus: se alguém fala, sejam as suas palavras como oráculos de Deus; se alguém exerce um ministério, seja pela· virtude que Deus lhe conc:: P.de; par~

QUA

em •ôdas as c::oisas seia Deu~ qltuifieado. por

Jesus Cristo, a Quem é dos séc ulos. Amém .

d~vida

a glória e o poder pelos séculos

ORAÇÃO LITúRGICA SALMO :

c O salmo 23 canta Deus criador, Deus salvador, Deus que abençoa .. . Também invoca a entrada do rei da glória - Cristo na humanidade e a sua entrada triunfal na glória celeste. (Para se recitar em coros alternados: voz de homens, voz de mulheres) . Do Senhor é a terra e tudo o que ela encerra; e a redondeza· da terra e os que a habitam.

Porque Ele a fundou sôbre os mares e a consolidou sôbre os rios. Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? O Inocente de mãos e limpo de coração o que não entrega às vaidades a sua alma, nem faz juramentos dolosos ao seu •próximo. Este receberá benções do Senhor, e recompensa de Deus, seu Salvador. Tal é a geração dos que O buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacob.

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20 -


Levantai, ó portas, os vossos dintéis: levantai-vos ó pórticos antigos, para que entre o Rei da glória! "Quem é este Rei da glória?" 11\: o Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso nas batalhas. Levantai, ó pertas, os vossos dintéis: Levantai-vos, ó pórticos antigos, para que entre o Rei da glória! "Quem é esse Rei da glória?" "O Senhor dos exércitos esse é o Rei da glória". Demos glória ao Pai todo poderoso, ao seu Filho Jesus Cristo, o Senhor, ao Espírito que habita nos nossos corações.

AMÉM

OR/I:ÇÃO DO CELEBRANTE

ó Deus, que abris.tes o coração dos fiéis para a inteligência das coisas divinas pela lux do Espírito Santo, permiti-nos que tenhamos n'Eie o gôsto de tôda a verdade e encontremos sempre a nossa alegria na sua consolação.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que

sendo Deus vive e reina convosco em unidade com o mesmo Espírito Santo.

AMÉM.


1\\o\11 mel\Jo de cM~IS

pott \H\\~ e.spi~tlt~hc:!Me COJ\j\J9~l

CENTRO DIRETOR . Secr. Ceral . BRASIL

.

Secretariado

.

e f~mlh~R

20, Rue des Apennins . PARIS XVII SÃO PAULO 10

Rua Pa raguaçú , 258


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