ENS - Carta Mensal 1962-3 - Maio

Page 1

MAl 62

X/3


Carta Mensal das Equipes

Nossa

MAIO

de

Senhora

1962 A face sorridente e doce da Igreja Educar para a responsabilidade A vida silenciosa O que os Responsáveis viram e ouviram nos Dias de Estudo: a reunião preparatória. a co-participação. E' preciso orar sempre Casamento e apostolado No:sos Assistentes diante da Partilha Um Dever desconhecido. . . até mesmo nas Equipes Leitura Mate r et Magistra: primeiro aniversário Correspondência Oração para a próxima reunião.

P1.1blicaçõo mensal das Equipes de Nossa Senhora Casal Responsável: Doris e Nelson Gomes Teixeira Redação e expedição: Rua Paraguaçu, 258 - 52-1338 São Paulo 1O - SP

Com 8provação eclesiástica

O que vai pelas Equipes Bilhete do Centro Diretor - Dias de Estudos dos Responsáveis - Vida do Movimento - Instalação do Setor Jaú - Equipe de Coordenação em São João da Boa Vista - Balanço Financeiro Alegremo-nos com êles - Oração pelo Concílio - Reuniões dos Casais de Ligação - Curso de Cultura Relig iosa Ca 1endário - Lembretes.


EDITO RIAL

A FACE SORRIDENTE E DOCE DA IGREJA Um casal das Equipes de Nossa Senhora foi levado a se ocupar de jovens transviados. tle se abre para êstes, não sem discernimento e eis que para os rapazes a experiência se revela extraordinária. ~les descobrem uma realidade que nem supunham existir: um lar de amor. Para alguns isto foi a cura , o desafôgo. E' que o casal cristão, para preencher sua missão apostó lica, dispõe de recursos excepcionais que eu gostaria de convidá-los a inventariar, porque receio que o hábito os arrasta até perder de vista estas riquezas prodigiosas que são de vocês , e das quais é preciso que sejam bons administradores para tantos "pobres" a seu redor. Ilustrarei meu propósito com testemunhos tirados de uma das enquetes do ano passado: o apostolado do lar. Hoje limitar-me-ei ao apostolado do lar, reservando - me uma outra ocasião para tratar do apostolado fora do ambiente familiar. Suas riquezas são de duas ordens : riquezas humanas e riquezas de graças. Primeiro as riquezas humanas. A primeira , fonte de tôdas as outras, a mais preciosa: o seu amor conjugal. Isso ficou bem compreendido por aquêle que assim escreveu na resposta ao questionário : " Um casal apóstolo deve ser um casal amoroso. Único meio de fazer inveja". Mas seu amor conjugal frutificou: dêle jorravam êstes amores múltiplos , êstes valôres raros : amor paternal e ternura materna , amor filial e amor fraterno , que fazem do lar cristão um lugar único no mundo. E esta face

'

'


do lar, conforme a hora e segundo as estações, oferece aspectos verdadeiramente variados : refeições e vigí!ias, dias de trabalho e dias de festa, horas dolorosas , horas encantadoras. ( I ) Vocês parecem ignorar às vê%eS até que ponto para muitos seres isto é desconhecido. Para a criança do asilo , para o estudante pobre, para o casal em desarmonia . . . entrar para uma família assim é descobrir um mundo novo. "Uma empregada árabe , nõo cristã, vendo certa manhõ nosso filho de vinte anos beijar resp-eitosa e afetuosamente sua mõe , pôs-se a chorar di%endo : a sen hora é que t em sorte". Também um ambiente assim reconstitui o equil:brio interno dos que são acolhidos ao lar. Ali enfim seu coração , até então privado de amor, se nutre e vive. Percorram a terra que em parte alguma encontrarão o equivalente em rique%as de um lar onde se ama. Do amor humano ao amor divino a transição , para os hóspedes do lar, se fará insensivelmente. Como se sobe um rio até sua nascente, o conhecimento do amor humano os levará a entrever o amor divino , esta vida trinitária que o amor de um lar reflete , e que é a fonte viva de todo amor. Uma família onde se é um , como o Pai e o Filho são um , fa% pressentir o mistério de Deus, familiarin com ~le , se assim posso di%er. Tanto mais que estas realidades divinas aí são expressas pela linguagem mais inteligível , a mais universal , a linguagem internacional por excelência : o amor. Pode-se ignorar a Hngua do lar onde se entra, não se pode deixar de compreender sua mensagem se nesse lar amam-se os esposos, e amam-se também os pais e os filhos. fste lar onde se ama, e que não esconde que seu amor é devido ao Cristo , revelará uma outra verdade fundamental: que o Cristo, lá onde está presente, cura , reconcilia, leva a pa%. "Nosso amor , escreve um de vocês , deve proclamar a todos a vitória de Cristo sôbre o mal." Uma jovem di2:ia à irmãe mais

(]\ Não esqueço os casais sem filhos e suas riquezas própna3, mas um outro assunto.

2


velha , espôsa e mãe há já seis anos: "Se se duvidasse do amor, bastaria ver você para se certificar!" O lar cristão não se contenta em oferecer suas rique:z:as humanas , de fazer entrever as verdades capitais: dispensa a seus hóspedes as riqueus da graça com que vive. E' ela que precisamos agora inventariar brevemente. Sua grande riqueu espiritual é a presença de Cristo que fax desta comunidade familiar uma "pequena igreja". "Quando dois ou três se reunirem em meu nome , estarei no meio dêles"; e Tertuliano acrescenta: "Quando dois estão juntos, há a Igreja." E sem dúvida esta presença de Cristo e da Igreja permanece invisível. O muçulmano, o judeu que vem ao lar ignora, mas sua ignorância não impede a Cristo de agir nêles. Os cristãos mesmos , assim como os padres, experimentam grande benefício espiritual frequentando um lar assim . Ouçam êste testemunho : "Um religioso tendo fica algum tempo com uma família numerosa durante um período de rep·ouso, ao deixá-la disse à dona da casa: Vocês não duvidem do reconfôrto , do apaxiguamento que pode oferecer o contato com uma família como a de vocês. Penso que se um padre atravessa uma crise , como às vêxes sucede ao redor dos quarenta anos , não há melhor maneira de recuperar o equilíbrio do que participar, durante algum tempo , da vida de uma família cristã ." tste mistério de Cristo e da Igreja envolve , impregna quem mora no lar. Muitos de vocês nos participam as renovações e aprofundamentos de vida cristã , bem como as conversões que às vêxes se operam em casa . " Uma de nossas empregadas do mésticas que não passou mais que um ano conosco, provinha de um meio de cristianismo montanh ês onde a mudança à cidade significava descristianização fatal. Ela aprendeu conosco como a vida cristã pode se inserir no contexto da cidade grande. Ela nos deixou como chefe de lobinhos. Seu exemplo chocou a al deia natal. Um outra , provinda do meio popular de nossa cidade, inculta em todos os planos e não praticante, tornou-se militante jocista e responsável de um grupo que ela formou. Isto pressupõe numa e noutra uma participação completa na vida fa3


miliar : refeições em nossa mesa , conversações em comum, associação também à educação religiosa das crianças menores, assistência ao catecismo delas." Após êste rápido inventário de suas riquezas humanas e esp·irituais, vocês compreendem que se possa dizer do lar cristão que êle é um "instrumento de apostolado excepcionalme"1te eficaz." Ló , a graça e as riquezas divinas servem-se para se comunicar às realidades humanas mais modestas e ao mesmo tempo, mais atraentes: tôdas as riquezas de amor de que falamos. Como o apóstolo isolado é pobre em certo sentido co~parado ao casal apóstolo! O padre que visita o doente , o absolve, certamente dispõe de poderes excepcionais para transmitir a graça. Mas como é austera sua face humana! Em contraste como é sedutora a face da família cristã . Um de vocês disse de maneira admirável : "O lar cristão é a face sorridente e doce da Igreja". Também é preciso afirm'!r que providencialmente o lar cristão é uma J)'Ousada no caminho da Igreja. Lá, sem o saber, o incréu toma um primeiro contato com ela, o pecador experimenta sua misericórdia , os pobres e os abandonados descobrem sua maternidade. Todos êstes que nunca iriam diretamente ao sacerdote e aos sacramentos, alí são conduzidos docemente pela linguagem do lar cristão. Inversamente o clérigo pode enviar a êstes cristãos as criaturas frágeis e isoladas, catecúmenos, neófitos . . . que para se desabrochar e progredir na vida cristã precisam um enraizamento nesta primeira comunidade religiosa que é a família: "Porque nos conhecem como casal cristão, os padres, os religiosos nos enviam , frequentemente, is!~lados e desamparados que precisam da pousada que constitui a célula familiar antes de poder se incorporar num conjunto maior como a paróquia. Trata-se de pessôas que a vida traumatizou. Precisam de calor, de presença humana. O que procuram sobretudo é um clima de segurança proporcionado por um meio sadio." Para bem cumprir essa missão da Igreja que é o apostolado do lar no lar, os cristão casados devem ter muito cui.:lad:1 4


para cultivar suas riquezas humanas e espirituais , de apresentar õOs hóspedes as virtudes que fazem o encanto e a graça da hospitalidade cristã . A crer num de vocês , que me parece muito severo, "nossos lares cristãos, mesmo quando apresentam bons resultados no plano humano , de boa harmonia, são muito frequentemente tristes: a "virtude triste" é um pouco difundida demais , nas Equipes de Nossa Senhora em particular. Inútil esperar nessas condições um apostolado eficaz da parte dêsses casais desbotados." Outros declaram : "Para ser irradiante , um caO casal sal deve ser simples, verdadeiro , amoroso e alegre." deve demonstrar uma alegria discreta dando a impressão de ter sido adquirida graÇa aos esforços de todos , e de ser conservada partilhando sua boa vontade. Aquêles que a vida frustrou de qualquer bem não estarão mais ciumentos e tomarão sua parcela de alegria." Assim o casal cristão e a família aparecem como exercend ,~ entre o mundo e a Igreja hierárquica , pelo seu apostolado de acolhimento , uma "função de media!fão". E' uma expressã o grandiosa , mas , depois de tudo que eu lhes disse , não é a qu e melhor se enquadra? Henri Caffarel

tste editorial tomo um aspecto do mossõo apostól ico do lar cristão que o Pe. Coftorel expôs aos mil Casais Responsáveis reunidos em Paris em seu encon t ro anual.

5


PARA SUA BIBLIOTECA

EDUCAR PARA

A RESPONSABILIDADE Maria Junqueira Schm idt

Agir

~ste

livro propõe aos pais ou mestres uma visão humanfstica da tarefa formativa. Para a autora, a unidade pedagógica não é a oocledade e sim a personalidade. Portanto. incumbe ao edu · cador. através do :;eu ensino, tornar os jovens conscientes de seus recursos pessoais, despertando-os, simultâneamente, par:o~ suas responsabilidades. Todo dom é uma tarefa: recebemos pam dar, são os slogans que dominam o livro. Responsabi!L dades familiares, sociais e profissionais, cívicas e religiosas, de cultura e de superação. todos os aspectos da contribuição pessoal para o Bem-Comum são abordados muito objetivamente. Nos têrmos dessa concepção. o educador encontra sua verdn-· deira tarefa, conduzindo o seu educando ao encontro progre.;;sivo com o melhor de si mesmo e com suas finalidades eternas. Passando ao terreno cotidiano, a autora demonstra como se pode, no lar, na classe, na atividade extra-classe, nos movL mentos da juventude, extrair de cada experiência um valor de vida. Traça diretrizes para orientar crianças e adolescente.> 6


l1o sentido de conseguir convicções mais sólidas e hábitos mais firmes. Propõe aos pais e mestres. encontros para. o estudo conjunto dos filhos, expondo as finalidades e técnicas dos Círculos de Pais. Encara, por fim, a maturidade de educar como instrumento essencial de influência e ensina a suprema. técnica de transmitir ideais.

A VIDA SILENCIOSA T hom as Me rton

Vozes

Em nenhum outro livro Thomas Merton resumiu tão bem e com tanta simplicidade, sem deixar de ser profundo o que o estado monástico tem de essencial e caracteiistlco. O monge é aquêle que vive a vocação da adoração de Deus, da procura de Deus pela vida interior. E para isso é necessário, é indispensável, um mínimo de silêncio material. Certamente o autor ao escolher o título do livro, teve em vista particularmente os obstáculos que o mundo atual opõe à realização da vida interior, dificultando-a ao máximo. Como entretanto o homem foi feito PQr Deus para essa vida interior, r natural que a ausência dela provoque uma reação caracterL zada por uma busca de autêntica vida contemplativa. E' essa reação que explica o renovado interêsse pela vida monástica e contemplativa que se observa em nossos tempos e do qual M!rton é um dos expoentes mais conhecidos e de maior valor. A Vida Silenciosa, com prefácio de D011t Basilio •P enido, O.S.B., é obra que recomendamos a todos equipistas, em particular aos responsáveis, que têm a obrigação dos dez minutos de meditação diária; ela lhes será de grande valia. 7


o que os responsáveis viram e ouviram nos dias de estudos

A REUNIÃ O PREPARATÓRIA 1.

Conceito A Reunião Preparatória tem por finalidade REVER, PREVER, INVENTAR, PROGRAMAR TUDO quanto d iz respeito à próxima Reunião Mensal e não apenas o exame das respostas escritas para a troca de idéias sôbre o Tema de Estudo.

2.

Prática : Um roteiro ou guia deve ser organizado para: a) tornar ordenado e eficaz o desenrolar da reunião, sem prejui:zo da expontaneidade; b) possibilitar a co-participação nos diferentes "momentos" da reunião; c) prever os avisos ou informações a serem transmitidos (comunicações do Setor, leit u ra de trechos da ca rta do C.L. conferências, Missas, retiros, etc.) e o momento oportuno para isso;

8


d) programar em seus pormenores a oraçõo da reuntoo: clima favoráve l ao encontro com Deus (silêncios, crucifixo. etc. ) . método a ser adotado naquêle dia (quem vai ler o texto , como será feita a explicação do Assistente, ordem das orações pessoais, maneira de ser rezada a Oração litúrgica, etc.) ; c) prever o modo de conduzir a partilha (por casal, por obrigação, concentrando-se na análise de uma obrigação apenas, etc.) ; f) organizar a discussão do tema , com base nas respostas ou independentemente delas se não tiverem sido entregues em tempo ou não fornecerem matéria a debate; escolher pontos complementares, não abordados no tema, ou controvertidos; pedir ao Assistente que traga informação sôbrc aigum ponto particularmente delicado ou importante; prever a maneira de levar todos a tomar parte nos debates, os mais quietos em particular.

3.

O papel do animador :

A êle compete criar o ambiente para que a reunião seja realmente uma "assembléia cristã"; deverão ser abordadas na preparatória as medidas a tomar : de ordem espiri tual : o animador deve preparar-se pela oração porque vai receber em sua casa e é a êle que compete dirigir a oração na reunião; de ordem mate rial : deverá zelar para que esteja tudo organizado, com simplicidade e pontualidade. 9


4. -

ÃlGUMAS NOTAS PARÁ REFLEXãO : "Recomendo-se, com grande empênho, que o Casal Responsável prepare com o Assistente do Equipe o Reunião Mensal e, rYl(Jito especialmente, a troco de idéias ... " (ESTATUTOS - pg 7)

- Ao molôgro completo ou, pelo menos, ao pouco sucesso e oequeno proveito, estão destinados os Reuniões que se realizam sem o devido preparo, passando por cimo do encontro prévio do Assistente, Responsável e Animador. Além do Temo, é nessa Reunião Preparatória que se prevê tôda a Reunião do mês, desde a Oração até os avisos. As dotas importantes, que estiverem próximas, deverão ser estudadas e o Casal Responsável de preparar um roteiro para esclarecer e entusiasmar seus companheiros ... " (Ob,ervação de um Casal de Ligação - C.M . 7158)

- E' necessário que tôdo o técnico de que se trate não seja apenas aplicado, mas seja capaz de comLnicor vida e onimoçôo . .. Será conveniente ater-se a elo, mas tendo o cuidado de adaptá-lo, reinventá-lo segundo os necessidades ... " (Manual do Casal Pil oto - pg 1) - "Mas, será bom prever um tempo de silênco a fim de permitir a cada qual um contato mais íntimo e mais pessoal com Deus ... " (Estatutos - pg 5)

A CO-PARTICIPAÇÃO 1.

Conceito :

"Nas reuniões mensais, um momento deve ser reservado (pode ser a própria refeição o "ógape") para que sejam postos em comum as preocupações familiares, profissionais, cívicas, os sucessos e os insucessos, as descobertas, as tristezas e alegrias. . " (ESTATUTOS, pg 6 l

2.

Obervação.

A co-partic ipação é antes de mais nada uma disposição de espírito , o querer abrir-se aos outros, num dar e receber, num falar e ouvir, num oferecer e pedir. 10


~.

Prátlca : Devendo m1c1ar-se no decorrer da refeição comunitoria, a co-participação não se circunscreve a êste momento da reunião: extende-se por toda a reunião, devendo emergir: das intenções pessoais : banir ca tegoricamente as "intenções particulares"; da oração pessoal : fugir do literário, ser verdadeiro. da partilha sôbre as obrigações: que cada um exponha realmente seus problemas; da resposta escrita e troca de idéias sôbre o tema: que todos procurem con tr ibuir com sua experiência.

4.

Importante : A co-participação prolonga-se através da contínua disponibilidade dos casais para o auxílio fraterno, nas d iversas contingências e problemas da vida.

5.

Condições da co-participação. a) Consciência de que estamos reunidos em equipe para carregar os fardos uns dos outros; b) receptividade, sem o que o item anterior fica letra morta; o C. R. deve escolher e preservar o momento para que essa receptividade ossa manifestar-se mais abertamente; deve procurar os casais que tenham um problema e hesit?m a falar; deve dar o exemplo da abertura; c) abertura , depende muito do amor fraterno; para incrementá-lo deve o C. R. sugerir e organizar encontros de amizade, reuni ões extras, etc. d) discreções na equipe: não é tudo que pode ou deva ser posto em comum fora da equipe : nada deve se r divulgado do que se partilhou na reunião. 11


6 -

ALGUMAS NOTAS PARA REFLEXãO : -

"A vida

não !e

!imita a fatos precisos. Se

um ou

outro teni

problemas a apresentar, um cansêlho a pedir, sabe ê le que tem na Equipe cinco, ou seis casais amigos, decididos a ajudá-lo em espírito de Fé e Caridade, e sob a

orientação de um sacerdote. A co-par-

ticipação é 0 auxílio mútua para os problemas da vida. Trata-se, portanto, mais de uma disposição de espírito da que de um momento definido no decorrer da reunião. ~sse 11 por em comumn incide, geral-

mente, sôbre dois campos, a vida no decurso do mês, os problemas mais importantes .. . " -

(Notas

sôbre

a

Informação -

pg 5)

"Se ria ilusório pretender-se ajudar os amigos o vida espiritual, sem os auxiilor primeiramente o

levarem uma superarem os

próprias preocupações e dificuldades E' porisso que as casais das Equi-

pes

esforçom-5e

fraterna :

poro

DAR -

sat isfazer a

RECEBER -

existencio

quádrupla

PEDIR -

SABER

do

RECUSAR"

amiZade (Estatutos

PO 3)

"Logo antes da

oração, os casais põem em

comum os próprias

intenções. Para que sejam adotadas par todos, a ta ção deve ser

suficientemente

circunstanciada,

e deve

sua apresen-

ficar

bem evi-

dente que são muito coros a o coração daquele que a s recomendam ." (Estatutos -

11

pg 4)

E' preciso conhecer os outros tal como ê les sÕo o fim de saber 1

o que estão aptos a dar e receber, não nas detendo nas apa-

rências mas esforçando-nos por conhecer cada qual no suo mais profundo verdade. E' precis0 1 pois, que estejamos atentoS 1 não apenas com uma

atenção

vigilante,

mas principalmente

lente sem espírito crítico ... "

12

com

uma

(Estuda li dos Estatutos)

atenção benevo-


é preciso orar sempre Fim de fevereiro. E' o recomêço, os equipes vão retomar suas reuniões. Muitas têm novos responsáveis. Na reunião do Equipe de Setor, em X. . . perguntou-se: como nós ajudaremos os responsáveis a fazer a sua meditação? A melhor maneira pareceu ser a organização de urna reunião destinado aos responsáevis e dirioentes onde uma parte será consagrada a uma exposição sóbre a meditação seguida de troca de pontos de visto.

Abaixo vocês encontrarão o esquema da exposição feita por um Assistente de equipe. Talvez seja útil também aos outros e não só aos

responsáveis; com efeito, Quando o Senhor disse

"uma parábola poro

mostrar que é preciso orar sempre e não desfalecer" (Lucas 18,1 ), ~I e não falava sõmente aos apóstolos mas a todos que o seguiam. Mas

"para orar sempre é necessário também tomar o tempo com uma oração mais consciente''. E' por isto que se insiste tonto, nas Equipes, e ainda não muito talvez, poro que cada um consaore, em cada dia, um momento 5 meditação. Que estas reflexões nos ajudem.

natureza da medítaç;ão Um discípulo de Jesus é aquêle que reza sempre ... A experiência espiritual de séculos, sobretudo dos últimos, mostrou que para orar sempre é preciso, cada dia, parar um pouco para uma oração silenciosa. A oração é uma elevação de nossa alma para Deus (a fórmula é imperfeita, comumente esta atitude do homem é significada por gestos ou palavras são os sinais). Pode acontecer que os si nai s apaguem a coisa significada, que as palavras não traduzam grande coisa . . . 13


A meditação é um esfôrço de retôrno à fonte da oração: o coração que acolhe Deus e se dó a Deus (eu dou à palavrd coração o sentido tradicional não de potência sentimental mas daquilo que faz minha vida interior, minha vida íntima). É no coração que nós nos damos ou nos recusamos a Deus. Na meditação, para se ter certeza de não se estar estorvado pelos símbolos da oração palavras e gestos nós nos despojamos o mais completamente possível. Não totalmente bem seguro: eu tenho necessidade de palavras para redescobrir Aquêle que procuro e a posição respeitosa do corpo ajuda a atitude da alma. E' necessário situar bem a meditação. Quando le io uma pog1na sôbre Deus, faço um trabalho intelectual é ainda de ordem espiritual - ; a meditação começará quando, livro fechado, direi sim a Deus presente em mim. Quando me sinto tocado e quase convertido por uma bela peça de órgão, experimento uma emoção que se pode chamar religiosa mas não faço meditação. A mesmo coisa, quando se escuta um belo sermão ... Quando eu encontro o silêncio de uma igreja ou de meu quarto e aprecio o recolhimento, antes ou depois da agitação, eu gozo a calma de meu ser físico ou psicológico, eu não faço forçosamente meditação é ainda da ordem da sensibilidade. Tudo isto é próximo da meditação e, em certos casos, condições de meditação, mas não meditação. Eu entendo meditação contemplativa que é aquela na qual nós queremos nos exercitar e que se situa na ordem da caridade. Reflexão não é meditação, mas uma oreparação. O sen timento religioso não é meditação mas um eco da meditação. O recolhimento de tôdas as minhas faculdades no silêncio não é meditação mas uma condição de meditação ou ainda um de seus efeitos. A meditaçéo é minha alma, meu coração livres diante de Deus. Ela se liga essencialmente ao exercício das virtudes teologais, aquelas que me situam diante de Deus: Fé (Deus é Verdade) , Esperança (Deus é o Bem) , Caridade (Deus é Amor) . Eu olho Deus, eu O vejo na fé. Eu espero encontrá-lO sempre mais. Eu Lhe devolvo seu amor e me dou a ~l e . 14


Quando me apresento diante de Deus, apresento-me em Jesus em quem sou filho. N'Eie sou amado pelo Pai, n'Eie eu amo o Pai . Esta atitude de Pai , é o Espírito de que me foi enviado é o sôpro de minha

filho todo aberto ao Pai e todo doado ao Jesus que coloca em m1m, o Espírito Santo pelo Pai e pelo Filho, o Espírito Santo que vida com Deus.

A oração é pvis uma tomada de consciência da vida divina em mim : a vida de meu corpo escapa à minha atenção habitual mas eu posso parar e escutar meu coração bater; a vida divina em mim me escapa mais frequentemente mas, quando no recol h imento eu olho Deus que é meu Pai, confio n'Eie e O amo, eu tomo consciência desta vida . E' necessário, pois, orar sempre como é preciso viver sempre. E' necessário também tomar o tempo com uma oração mais consciente e , para desobstruir esta oração mais consciente, de tudo que pode ofuscá-la (algumas vezes sôbre o pretêxto de ;~judô-la), é necessário fazer a meditação, isto é, entregar-se a uma oraçco mais pura, um pouco desencarnada que dará mais fôrça às orações encarnadas que são a oração comum, a vocal e a l1túrgica .

"modos" de medítação Nossa meditação está prêsa à vida, é por nossa vida que

é preciso preparar-nos para a meditação. E' preciso libertar-se do pecado. A fidelidade à vontade divina é uma libertação mesmo quando ela nos prende a um serviço dos outros que poderia parecer um monopólio. E' necessário também, libertar-se de uma certa prisão do corpo: a morti ficação tem o seu lugar numa preparação longínqua da meditação. Quando se recusa qualquer coisa a Deus, há desacôrdo , qualquer coisa que não vai bem. 15


1. -

E' preciso desobstruir-se: recolhimento físico, psicológico, espiritual, que seja atenção a Deus. Não é uma questão de tempo mas de amor. Quanto mais se está acostumado a um certo recolhimento, a um certo silêncio do coração, melhor se medita. Desobstruir-se quer dizer também não se prender a tudo que é sentimental, sensível. 2. -

E' necessário um trampolim. Nós cremos em alguém; é preciso lembrar-se quem Êle é e o que Êle é. Antes, portanto, um pouco de leitura e de reflexão. Esta reflexão pode ser sôbre um fato de nossa vida ou da vida do mundo. Deus fala através dos fatos, tôda história é uma história santa. Note-se que o hábito de pensar em Deus ou na graça divina pode fazer com que eu me abstenha dêste trampolim. E' preciso então renunciar a êle desde que seja inútil; nêste domínio , o que é inútil é obstrução. A Ordem do Carmelo procura o Senhor no deserto. Pode acontecer que se tenha necessidade de uma leitura meditada ou da volta frequente a um texto, um pouco como o pássaro que, alternativamente, bebe levanta o bico. 3. -

E' preciso segui r a Deus : a vida com Deus é uma história de amor. O amor, crescendo, muda, e pode sofrer alguns embaraços de que é preciso saber libertá-lo. E' Deus quem conduz, é necessário aceitar a forma de oração que Êle nos dó . Não somos nós que fazemos nossa meditação, é Deus que a dirige. 4. -

Enfim, é preciso um professor de oração, como i' preciso um mestre de ginástica. Um manual não é suficiente. O mestre ajudará aquêle que ora a desobstruir-se pela fuga ao pecado e o exercício do recolhimento. O mestre ajudará cada um a encontrar o trampolim que lhe é necessário, em quillquer tempo. O que tem valor no início pode não valer mais dez anos depois, o mestre ajudará a ouvir os apêlos de Deus e a respondê-los. 16


q u e v a i p e l a s

q u

p e s

Paris, moia de 1962 Caros Amigos Uma carta, recebida há algumas semanas de um casal de ligação das Equipes da Tunísia, nos servirá hoje de tema. Que nossos amigos co Tunísia não fiquem preocupados ou desconfiados; de maneira algumas vamos aqui fazer qualquer crítica, não se preocupem, pois vocês ~abem que aqui estamos para ajudá-los ao máximo. Nós, unicamente utilizaremos esta carta para convidar a todos a refletir novamente sôbre as razões profundas de nosso engajamento nas Equipes: "O futuro é bem incerto para um grande número de nossos casais. Como podemos ajudá-los a manter, sinão uma vida de equipe, pelo menos vínculos permanentes de auxílio espiritual nêstes momentos que se apresentam cada vez mais diffceis, que na Vida normal? Depois de alguns ~ses, nós estamos assustados pelas reflexões que nos mostram que, por certo, mesmo seriamente, a vida de equipe, as obrigações, são boas paro os "tempos normais". Que aquêles que estão dobrados pelos cuidados, pela fadiga, pelas decisões a tomar ,perdem de vista aquéles "supérfluos dias felizes", feitos para os que vivem na calma e na estabilidade!" Compreendem por que êste problema nos preocupa? As Equipes estão implantadas em mais de 20 países do mundo; lemos tôda razão de pensar que alguns dêsses países terão que atravessar também períodos difíceis, conturbados, trágicos mesmo. Os casais, as equipes, então, se encontrarão como estão nossos amigos tunisianos. Como êles reagirão? Como reagiremos nós? As Equipes de Nossa Senhora são uma "escola de vida cristã", di-


·-

zemos seguidamente, escola onde se vem ap,enc~r e se exercitar. Nós viemos o elo, escolhemos uma regra e um ouxíli.> fraterno. A partilho mensal é a ocasião privilegiada, o meio apreseniado pelo Movimento poro se auxiliar o cumprir as obrigaçõ~ dos Estatutos. Será que, se éle vier o nos fa ltar por uma ou outra raziõo, tudo deve desabar, e os obrigações de~oporecerem de nossa vida? Se nós pensamos que estas obrigações são aptas o sustentar PO!Jsa vi:ia cristã, elos terão ainda sua razão de ser, mesmo, em períodos difíceis. O Movimento nos oferece, para colocá-los em nossa vida, o apôio de umCi vida de equipe baseada ~ôbre o auxílio fraterno, mais êstes "exercícios" que são, o regra de vida, o oração, os retiros, o estudo do tema, que não são menos necessários para o indivíduo ou o cosol - em coso de interrupção do v:da de equ:pc. Tôda que"tão é de se saber se então elos não são bem sucedidas, elas falharam em seu fim. Eis algumas questões que opreseõ'ltamos P..Jra verificar se as obrigações das Equipes são outra coisa para voo:é: além de obrigoç6es exteriores, mos prOpriamente elem'":ntos vivos de r.ossa vida esplr;tuol Depois que vocês entrare~ poro tB Equipes, re.:onheceram \J ;mportância de se fixar uma Regra Ce Vida? Sua regra de vida é viv,l, obriga-cs a um progresso, ou ao menos a em e:;fôrço? Têm uma, mais adaptado, paro os períodos de férics? Se vocês podem responder "sirr." o estas questões, então há grande probob.I:Co·Je de que voc1s ouar-

dem por tôda vida o cuidado de ter uma r(!'Jra de vida viva e progressista, quaisquer que sejam as dific•Jidodes que atravessarem c mesmo se o opôio de uma equipe ou do Mcvimento v:e:- o Ih.:..: fa!:-a!". O Dever de Sentar-se, meomo se é ainda dificil (e poro certos casais êle o é por muito tempo), tomou-:::c wn dos elem.:mto~ importantes de sua vida conjugal? E' êle, para você:;, o ocasião de um "rever" de seu amor paro melhor oferecê-lo ao S::!nhor, de uma ajudo

real e profundo entre esposos, de uma procura comum co vontade do Cristo poro o lar? Ou então estão vocês ainda no etapa ·- l>em infantil do dever de sentar-se rápido, mal preparado ou não pr.'porado, feito às vésperas da reunião, no obje{vo de não ser, ma:s uma vez, tomado em falto? Nêste último caso, com efeito, há mu ;ta cran-

ce de que com o menor tempestade venha êle não deveria ser encarado com

o desaparecer. Pcrtanto,

mais seriedade e como uma neces-

sidade? poises,

Imaginemos um instante em que, nêste cu noqu01e Qe ncssns atravessando, por exemplo, um perío<.b de perseguição, não

haver mais meios de se organizar retiros. O t.:seja, impossibilidade de vida de equipe, impossibilidade de meios como nós os entendem os ho!)ituolmcnte. A preguiço ou o desencorajomento tomariam conto dos casais

a

não

mais

con~ograrcm

o

Deu~

êsses

dois

dias anua :s

que

lhes pedem os Estatutos? Isto provaria que êles não entenderam ql'·'l seu sentido, e o prova de que o Movimento não lhes trouxe aquilo que quer trazer o seus membros: uma forma ção tal, hábitos tois que êles possam resistir às provas mais seveias e manter seu amor a Deus no meio dos situações os mais graves.

11


I

Se nada diste

ocorrer

desde

que nos cnconlremos desligados de

uma vida de equipe, é que os Equipes terão sido ooro nós "uma estufa", e não uma escola de vida cristã. Se, ao contrário, os Equipes nos têm dado o desero de melhor co-

nhecer, amor e servir o Deus, se os métodos mostraram-se eficazes, cn tõo nós teremos sido ftéis mesmo nos horas dtfícets. Gostaríamos, o êsse propóstto, de chamar porttculormente o aten ção poro o oração familiar . Principalmente, num período agitado, não seria poro os crianças, o sua prática. uma dos mats tmportontes? Ver !:cus país f iéis à oraçõo, nos dificuldades., confiantes no ajuda de Deus,

lhes aprove1tará muito mais que lonoos discursos. Em certos países, onde nem sempre é possível a porttcipoçõo à missa, ou onde, por ou tro lodo, os jovens são submetidos na escola à influ~ncia marxista pensamos par exemplo no Alemanha do Este sõm:nte a família será educaaora de sua té, e ajudará o graça o crescer em suas almas de batisados. Terminemos êste bilhete um tanto quanto severo! As obrigações que aceitamos ao entrar para os Equipes não são poro o "supérfluo" dos dias felizes"; nos parece que elos são antes o mín1mo vital que reconhecemos necessário o nosso progresso. Se um dia o estrutura do Movimento, e da equipe, viesse o nos faltar, precisaríamos nos agarrar desesperodomef"'te o êsse exercício onde tÔdo o razôo de ser está em nos aprax1mor do Senhor. Consideremo-los desde já com êste espírito e não como ~e "àssem Simples "ingredientes", o temperar nossa vida de equipe. Como disse o casal citado acima : "Quando nos encontramos privados do apóio do equipe, do responsável , do assistente, não é ocasião de se apoiar ainda mais uns sôbre os outros, e em conjunto no Senhor?" Nossas obriQações existem poro nos auxil iar! Nós lhes asseguramos, cores am1gos, t oda nosso amizade, e nosso oracõo fraterna.

I

O Codro Vírdor P.S. que gos não que os

Um casal da Argélia r:os escreveu há ol-:•u1s dias· "Nós não poderemos m-:1is faze r nossos reuniões à noite, dcv1do ao ''tode recolher" a portir dos 20 horas. Nós as teremos nos domin após o aimôço. Rezem por todos nós nêstes momentos duríssimos, só fisicamente como moral e espiritualmente ." Estamos seguros vocês entenderam o apêlo aflito que lançam, através deste casal, 12 eouípes argelinos . . I

111


I

DIAS DE ESTUDOS DOS RESPONSÁVEÍS Como todos já sabem, tivemos nos dias 7 e 8 de a b ril , no Colégio Santa Cruz, em São Paulo, o Encon tro dos Casais Responsáveis dos ENS. Estávamos redigindo para esta Carta Mensal algun s 1ópicos sôbre os pontos principais dos mesmos, quando nos chegou a no ticia de que um Casal Responsável havia escrito uma '' longo " corto para cada um de seus equipistos 11 Sentiu " o Encontro . descrevendo o que foi e como _ M ais do que depressa, procuramos localizá - lo, ou pel o menos uma de suas cortas, e Graça s a Deus, uma nos che-

gou às mãos .

E' realmente algo que deve pistas, como ótimo descrição

Estudos, e

se r levado a tod os os equido que foram êstes Dias c1e

muito mais do que isso, como magnífico teste-

munho e exemplo para outros Responsáveis. Muito obrigado e parabéns a Maria Helena e Nicolau Zaríf, C.R . da Equipe de Nossa Senhora da Santíssima Trin dade -

SP

40 .

"Maria Helena e eu, entendemos que deveríamos prestar contas a vocês do que foram os "Dias de Estudos dos Responsáveis" . Poderíamos fazê-lo de improviso, na própria reunião mensal, mas não o quizemos assim , por uma série de razões: - a ) poderíamos omitir algum aspecto importante dos estudos; b J poderíamos tornar-nos dispersivos; c ) e o que é mais importante, estaríamos distanciados alguns dias dos evento~. menos aquecidos pelo sadio entusiasmo de nossos irmãos equipistas e não saberíamos contar como agora, (manhã seguinte. do encerramento dos dias de estudos ), as experiências e os ensinamentos que colhemos. \

I

j 1:

,:

Como neó fitos e com o pêso da responsabilidade que vocês no5 atribuiram, aguardamos esmagados o alvorecer do sábado que marcava o ínício da jornada de trabalhos. Com o perdão da comparação , sentiamo-nos como o arqueiro titular do Arranca-Toco Futebol Club quando lhe contaram que o próximo jôgo iria atuar contra uma linha de ataque comandada pelo Pelé . Acomodadas as crianças, partimos para o Colégio Santa Cruz e lá já fomos encontrar vários equipistas desta capital, do interior e de outros Estados do Brasil. O ambiente era o melhor possível. A naturalidade de todos IV

'·


era de tal ordem que, contagiados, acalrn~rno-nos e sentirl'los que iríamos participar de uma reunião de família . Para os mais tímidos e que não se atreviam a "entrar no jôgo", havia equipistas especializados em "quebrar o gêlo" que os traziam para o meio do campo" . Às 9 horas, como estava estabelecido, foram iniciados os "Dias de Estudos" , com meditação orientada pelo Padre Corbeil, ( merecedo r dos melhores elogios pela sua participação ativa nos trabalhos) . na capela do Colégio Santa Cruz . Em seguida, os casais apresentaram - se na secretaria para apa nharem as pastas de trabalho e os cartões de identificação (grupo de estudo e reunião noturna) . Às 1O horas, no auditório-geral, Luiz Marcelo Moreira de Azevedo, do Casal Responsável pelo Setor A, em eloquentes palavras, abordou o tema que lhe estava destinado : "Por que os dias de estudos?" Com muita felicidade, Luiz Marcelo contagiou com seu entusiasmo todos os presentes e terminou por concluir que tudo iria bem , já que trabalharíamos com os olhos voltados para Deus e ~le é todo amor. A seguir, por volta das 10,30 horas, teve 1n1c1o a conferência de espiritualidade, subordinada ao tema "As Equipes de Nossa Senhora, escolas de vida cristã", a cargo do Revmo. Pe . José de Almeida Prado, o único sacerdote brasileiro da Congregação da Santa Cruz. Para evitar generalidades, como disse o conferencista escolheu , como ponto central de sua palestra , o "auxílio mútuo" , o qual é "uma das formas da caridade" e, por via de consequência, é o próprio amor e o contrário de egoísmo. Assim, "auxílio-mútuo e amor, identificam-se", ou, nas palavras de São João : - "Se alguém d isser que ama a Deus mas nõo ama seu irmão, é mentiroso". O conferencista esclareceu que o "auxílio mútuo deve começar em casa. Tem que ser geral e não limitar-se a um só equipista. Será preciso jogar o jôgo franco das Equipes. Mais adiante, ponderou: - " Não basta que se aceite cada equipista como Deus o fez, mas é preciso que o próprio equipista se aceite como Deus o fez". Para terminar , lembrou o Pe . Almeida Prado que o "objeto do auxílio mútuo é o equipista em tôdas suas dimensões (i nclusive o próprio equipista e o cônjuge )". Sob vibrantes aplausos, o conferencista concluiu sua bela palestra .

v


'

:

' ' u

I!'

Ao <.lcpOi~. o equipi~fa Jo~é Eduardo de M11cedo Soares leu uma carta de D. David Picão, bispo de São João da Boa Vista , explicando a razão pela qual não pôde comparecer aos "Dias de Estudos" . O mesmo equipista apresentou, em seguida, aos Casais Responsáveis, os Casais Dirigentes e os Padres Assistentes que acompanhavam os trabalhos. Às 11 ,30 horas, Gérard Duchêne, com muita felicidade , disAs Equipes de Nossa Secorreu sôbre a "Vida do Movimento nhora, em 1962". Maria Helena, especialista em números, anotou os seguintes dados: Número de Equipes existentes em setembro de 1960 - 819; atualmente - 1075. Número de países onde há Equipes: em setembro de 1960- 17; agora- 25. Crescimento do Movimento no Brasil : Equipes compromissadas: em 1960 - 4; atualmente - 6 . Equipes filiadas: em junho de 60 - 32; agora - 82 . Equipes em formação: em junho de 1960 - 35; agora - 40 . Total de Equipes no Brasil : em junho de 60 - 71 ; atualmente - 128. Tecendo considerações em torno dos números apresentados, Gérard demonstrou a vitalidade do Movimento. Em seguida, esclareceu a inter-ligação que há entre os Casais Responsáveis , Casais de Ligação, Centro Regional e Centro Diretor das Eqúipes de Nossa Senhora . Para demonstrar como funciona o Centro Diretor, sediado em Paris, informou que to dos os países onde existem Equipes se fazem representar no mesmo. O Brasil, por exemplo, foi representado até há algum tempo atrás, pelo Casal Picot. Ficamos sabendo que a Senhora Picot, por deferência ao nosso país, aprendeu o português para traduzir os relatórios daqui enviados. Como residisse longe de Paris e como em sua pequena cidade não houvesse professor de português, obteve ordem da Superiora do Convento das Carmelitas tomar das lições com uma freira portuguêsa de mais de setenta anos de idade e que estava afastada de Portugal há mais de cinquenta . . . Finalmente , E ISSO E' IMPORTANTE, lembrou a todos uma recomendação do Padre HENRI CAFFAREL , no sentido de que todos os irmãos equip1stas dediquem suas oraçãe > de família, às quartas-feiras, pelo bom êxito do Concílio Ecumcnico. Ao meio dia almóço (muito bom); bate-papo (ótimo) e às 14 horas, reinlcio dos trabalhos , com uma espl€-ndida palestra VI

,,


poferida por João Payão Luz, subordinada ao tama: - · "O responsável diante da Equipe", ou, "A mística de "um passo à frente". A palestra dividiu-se em vários itens: 1 - O próprio progresso espiritual; 2 - O progresso espiritual dos casis; 3 O progresso da "Equipe" - CONTROLE; 4 - O progresso da reunião mensal - REUNIÃO PREPARATóRIA; 5 - O progresso da caridade fraterna - CO-PARTICIPAÇÃO e 6 - O progresso do espírito apostólico. Como se constata, pelos vários itens do trabalho, o Payão foi feliz em dar à palestra o sub-título de "A mística de "um passo à fre nte". O importante, como acentuou, é não parar, no caminho da espiritualidade. Hó sempre novas conquistas a serem feitas pelos equipistas e o casal resonsóvel deve ser o "baliza" desses avanços. Com a dedicação que lhe é habitual, Payão ofereceu, inclusive, quadros demonstrativos sôbre questões afetas às equies. Às 1 5 horas tiveram início os grupos de trabalho. O nosso grupo era composto de casais de Equipes de Limeira, ltapetininga, Campinas, Pederneiras, Santos, Rio de Janeiro, Caconde, Águas da Prata, Baurú, Sõo Paulo e era orientado pelo casal Zé1ia e José Maria Duprat (competente. simpático e compreensivo, enfim um autêntico casal de equipistas). No sábado, estudamos e debatemos os seguintes pontos: - a) a reunião preparatória; b) a co-participação; c I a parti lha sôbre as obrigações da regra. Futuramente, nas oportunidé:des que surgirem, iremos nos referir aos ensinamentos auferidos. Às 1 7 horas comparecemos à missa vespertina, dialogada em latim. Durante a Comunhão foi cantado pelos presentes o "Magnificat", de modo a tocar o coração do mais indiferente (se ali existissem indiferentes). Após a Comunhão foi rezada a "oração dos esposos"; após o último Evangelho a "oração pelo Concílio Ecumênico" e, finalmente, e>ntoaram os equipistas a "Salve Regina". Por volta das 18 horas, os equipistas se dirigiram a seus lares para se aprontarem para as reuniões de Equipes que participariam . Maria Helena e eu, fomos engajados na Equipe n. 0 4, que se reuniu na hospitaleira residência do casal Terezinha e Antonio Mastrocola, à rua Thomaz Carvalhal, 71 7. Compareceram a essa reunião, como casal responsável, Maria Lúcia e JorVIl


ge do Amaral Cintra . Deixamos d~ fazer os "elogios de praxe" aos mesmos por que são nossos cunhados . . . Compareceu como Assistente, Frei Nuno Alves Correia (nome de donatário de Capitanias hereditárias), da Equipe n. 0 5, de Santos. Um Assistente maravilhoso. Frei Nuno nos deu grande ajuda. Tomavam parte na Equipe n. 0 4, casais de Jaú, Caxias do Sul (do Rio Grande do Sul) , São João da Boa Vista, Santos e São Paulo. Foi uma excelente reunião, onde aproveitamos para falar de todos vocês (bem, é claro, por espírito de sacrifício). O texto para meditação foi tirado da Epístola de São Paulo aos Coríntios. Antes da meia noite estava encerrada a proveitosa reunião, onde puzemos nossas intenções pelo êxito de nossas Equipes. No domingo, logo às 9 horas "da madrugada", já inciávamos um novo dia de orações e de estudos. A meditação foi dirigida pelo Cônego Pedro, de Jaú. A seguir, no salão principal, presentes todos os equipistas, Monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo pronunciou uma conferência subordinada ao tema: "As Equipes de Nossa Senhora, na Igreja e na cidade". Faltam-nos palavras para dizer da maravilha que foi essa palestra. Eis r.lguns pontos da mesma, anotados na ocasião: As Equipes e a Igreja formam um todo harmônico, o "laicismo separou os homens d11 Igreja e seria um laicismo às avessas se as Equipes separassem, agora, a Igreja dos homens"; "a mística das Equipes não é mística de exceção, é a mística da Igreja no plano das famílias"; "não há mendigos nas Equipes, todos podem "dar" a seu modo e o "dar-se" é um receber"; "a Equipe é mais "vivência do que "normas"; "às vezes é preciso saber recusar Jesus recusou quando isso implicava em caridade"; "a Equipe transporda nas cidades pelos seus equipistas: - a l pela perfeição da família; bl pelo testemunho (cada equipista é uma manchete de Cristo); cl pelo apostolado (através da ação católica) ; e finalizando: "a mística das Equipes de Nossa Senhora consiste em acender uma fogueira , aos equipistas compete fazer dela um FAROL". Terminada a conferência, voltamos a nos reunir na sala "C", para a continuação dos estudos dos grupos de trabalhos. Foram estud<>dos e debatidos os seguintes pontos: a) a regra de vida; b) missa semanal e meditação diória; c) o retiro. Foi reVIII

.. '

~-

.,,. ~·

-~:.

o

-

,,


comendado que se tome a regra de vida , tão logo a Equipe já tenha assumido todas as obrigações e, também, que sejam cumpridas as determinações referentes aos retiros (pelo menos um , cada dois anos) . Ao meio dia , deveríamos almoçar. Faltou energia elétrica e por culpa da São Paulo Light e não dos Casais Dirigentes, a refeição foi transferida para as 1 3 horas. . .. Para não perder tempo (pois os equipistas não são de perder tempo), fomos para o salão geral, onde José de Souza Meirelles demonstrou que é imprescindível, para bom funcionamento das Equipes, que os responsáveis informem o Movimento , principalmente através do re latório e dos anexos, sôbre o que vai sucedendo em cada Equipe . E' necessário, ainda, segundo êle, que os responsáveis levem o Movimento aos equipistas do seu grupo. A palestra do Meirelles, subordinada ao título de "O Responsável diante do Movimento", foi ilustrada com um organograma organizado pelo próprio conferencista . Meirelles, com muito espírito, citou um dito de Bernard Shaw (não muito católico, como disse) : "nõo se pode fazer um omelete sem, primeiro, quebrar os ovos". Com essa citação apelou para os equipistas para que se empenhem no que estiver a seu alcance para desenvolvimento do Movimento. Às 13 horas, pouco mais ou menos , fomos almonçar . . . e almoçamos mesmo, porque a fome era muita . Durante a refei ção, os equipistas e Assistentes que não se conheciam ainda, aproximaram-se para bater-papo. Nêsse dia , o Cônego Pedro, Cla"do Jahur", fazia anos e o casal de equipistas cariocas rice e Sebastião Ribeiro de Oliveira comemorava mais um aniversário de casados, pelo que tivemos bolos e canções, no de correr do almôço. Por volta das 1 5 horas , voltamos aos grupos de trabalhos, es tudando: a I o relatório e o anexo; b) o compromisso; c) o papel do Casal de ligação. Foi chamada a atenção para o fato de , até agora, somente seis Equipes terem se compromissado no Brasil. Um dos pontos visados nesses "Dias de Estudos", foi, justamente, incremeintar o Movimento das Equipes no se ntido de conseguir- se um maior número de compromissadas. Às 16,30 horas , os equipistas foram para o salão geral , onde se deu o encerramento dos "Dias de estudos dos Casais ResIX

- ....


I

'

'

i ,!

ponsóve~" ,: com uma .?Splêndida mensagem de· FE' e de AMOR lida pelo Dr. Pedro· Moncau Junior (o "Papa" das Equipes brasileiras, como é amigàmelmente chamado>. Terminadas as palavras do Dr. Moncau, um dos equipistas do interior, em breve e vibrante oração, agradeceu aos Reverendíssimos Padres do Colégio Santa Cruz, principalmente ao Padre Corbeill ), <:Os Casais Dirigentes, aos Casais Orientadores, aos Casais Anfitriões, os favores recebidos e os proveitos obtidos nos "Dias de Estudos". Às 17 horas comparecemos à missa de encerramento, celebrada pelo Cônego Pedro. Tôdas as emoções sentidas na missa do sábado, foram renovadas e, como na missa do dia anterior, pràticamente todos os equipistas receberam a Santa Comunhão. Despedidas cordiais. Trocas de enderêços. Promessas de visitas. Grandes abraços_ ... E cada casal responsável ficou autorizado a levar para seus companheiros e irmãos de Equipe o mesmo entusiasmo que pretendemos ter transmitido a vocês." NOTA: As duas conferências de espirituolidode aqui referidos: As ENS , escolas de vida cris tã, do P ~. José Almeida Prado, esc, e As ENS, no Igreja e no Cidade , de Mons . Roberto Mascarenhas Roxo estão sendo impressos, e seguirão em anexo à próxima Carta Mensal.

VIDA DO MOVIMEH'TO Foram as seguintes as equipes que fizeram seu Compromisso: Alemanha : Sarrebruck 1 - Arg é lia Argel: 1 , 3 - Espa nha : Barcelona 1 3, Sevilha 2 - Fran ça: Alençon 1, Angers 7. Cambrai 3, Chantilly 2, Chartres 2, Chaumont 1, 2, Dijon 2, Grenob!e 8, 9, 1O, Massy 1, Metz 2, 3, Niort 2, Pertuis 1, Rennes 4, Saint- Louis 1, Saint-Quentin 1, Thion ville 2, Toulouse 7, Tours 2, Troyes 7, Vannes 3, Versail les 9 - Sui ~ a : Bôle 1, Fribourg 5. Comp·rom isso

Com alegria comunicamos a Filiação das seguintes equipes: Al e manh a: Paderborn 3 - Arg é lia : Tizi-Ouzou - Austrália: Melbourne - Áustria : Viena 4 - Brasil : ltapetininga 1, Limeira 1, Santos 5, São José dos CamFiliaçã o

X

-r


pos -1, São Pauld 41 - Colômbia : Bogotá 1 - Espanha :. Barcelona 34, 36, 37, 39, 43, Gerone 4, Madri 5, 6, Moinho do Rei 2, Matare 3, Santa Colona Gramanet 1, São Felix Lobregat 2, Sevilha 1O - Fran ça: Antony 2, Arpajon 1, Auch 7, Bar-le-Duc 1, Blois 6, Bourgueil 1, Briançon 1, Chaâteauroux 2, Compiégne 4, Epinay 2, Grenoble 15, La Celle-Saint-Cioud 1, Le Mans 12. Li li e 1 5, Limoges 8, Lion 16, Louveciennes 1, Marselha 17, Montélinar 1, Nantes 16, Nevers 1, Orléans 3, St-Dié 2, Tain-I'He rmitage 1, Tarbes 2, Verriéres 2, Ve rsailles 11, Vienne 1, Villefranche 1, Equipe de Viuvas 7 - Ilha Maurício: Ilha Mauríc io 15, 16 - ltólia : Roma 3 - Marrocos : Romani 1 - Portugal : Coimbra 6, Porto 6, 7, 8. As equipes brasileiras que se filiaram foram: lt pc tininga I

- Equipe NaSa da Ajud a

Assistente: Pe. Luiz Bazzo C. R.: Nivea e Ireneu Mascarenhas Limeira I - Equip·e NaSa das Dores

Assistente: Cônego Silvestre C. R.: Erna e Ernani Mercadante Limeira 2 - Equipe NaSa do Sag rado Coraçõo Assistente: Pe. Gustavo Mantovani C.R.: Bernardete e Luiz Vinhas Santos 5 - Equipe NaSa das Vitórias

Assistente: Pe. Antonio Thill C. R.: Suza na e Sylvio Sandall Pires Sõo José dos Campos I - Equipe N aSa do Amo r Assistente: Pe. Jairo Moura C. R.: Sonia e Mauricio Cury Sõo Paulo 41 - Equipe NaSa Me nina

Assistente: Pe. Francisco Gandolfo C. R.: Célia e Carlos Gagliardi

INSTALAÇ ÃO DO SETOR DE JAU ' -

SP

Rea lizou-se no dia 1 1 de março no Colégio São Norbe(to a cerimónio da instalação do Setor de Jaú. Foram escolhidos para CaXI

I

1

l I


I

,)

li.

sal Responsável do Setor lgnez e Orozimbo Loureiro Costa ; o Revmo . para Conselheiro Espiritual do Casal Responsável Cônego Pedro Rodrigues Branco e os casais Helena e Oswaldo Contador, da Equipe Jaú 2, e Lilia e Eurico Azevedo da Equipe São Carlos 1 para Conselheiros do Casal Responsável do Setor. Estiveram presentes Sua Excelência D. Ruy Serra , bispo diocesano de São Carlos, Pe . Corbeill , o Casal Responsável Regional Nancy e Pedro Moncau , o Casal Responsável pelas Equipes do interior do Estodo dE> São Paulo, Monique e Gérard Duchene, vários As sistentes de Equipes e numerosos casais equipistas de Jaú e de outras cidades. A palavra inspirada do Pe . Corbeill encan tou a todos pela sua jovialidade e entusiasmo. Orozimbo em expressi vas palavras deixou perceber o quanto é dedicado e e ntusiasta pelas coisas das Equipes. Dr. Moncau falou também agradando a todos com seu modo bondoso e sereno de expressar-se . Antes da Missa, na Capela , o Casal Responsável Regional deu por instalado o Setor em nome do Centro Diretor Internacional , e em nome da Reg;ão. Após a Consagração a Nossa Senhora dos Casais da Equipe de Setor, Dom Ruy Serra impôs sôbre êles as mãos , abençoando-os. E quais novos apóstolos de Cris to, os casais receberam com esta bênção a certeza de que cumprem a sua missão levilndo para todos os lares Seu Santo Nome. Antes da mi;sa os seminaristas entoaram bonito hino . A mis s~ que foi celebrada pelo senhor bispo comoveu profundamente . Os casai s equipistas entoaram hinos que acrescentaram maior encantamento à cerimônia. Após a missa todos dirigiram-se à fazenda dos Casais Rcmez e Claudia, Emílio e Glória, para um divertido piquinique , que ape~ar da chuva esteve esplendido.

EQUIPE DE COORDENAÇÃO EM S. JOÃO DA BOA VISTA

.-[:~·

Com grande alegri<o comunicamos a organização da Equipe de Coordenação em São João da Boa Vista, que irá congregar as equipes das cidades de : São João da Boa Vista , Águas da Prata, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Caconde, Guaxupé, Casa Branca , Mococa e Poços de Caldas, tendo como Casal Responsável Nilde e Clovis Laranjeiras de Alencar.

XII

- • .1,1

::- ' ..


Pe d imos as· orações . dos eq u ipistas para que se inicie agora um;. nova fase de ap rofu ndamento e expansão das Equipes de Nossa Se nhora em tôda essa região.

BALANÇO FINANCEIRO

BA LANÇO DO ATIVO E PASSIVO EM 31 / 12/1961. IMOBILIZADO

MOVE IS E UTENSILIOS MóveiS e Máquinas

135.984,00

BIBLIOTECA Livros poro o con!iulta nossos Equipistas

de

45 .394 ,20

DISPONIVEL

BANCO

Soldo do n / conto

47 .819 ,30

Soldo em dinheiro

132.070,00

CAIXA REALIZAVEL

LIVROS

E ASSINATURAS DE Livros poro revenda

REVISTAS

17 .910,00

N ÃO EXIGIVEL

PATRIMONIO

Soldo do conto

360.47 0 ,50

EXIGIVEI.

REPART .o KETIROS RECOLHIMENTOS

18 .707,00

Seu soldo de Ca ixa 379.177,50

379. 177,50

DEMONSTRAÇÃO DA RECE ITA E DESPESA Soldo de Caixa em 31 / 12 / 1960 Soldo de Banco em 31 I 12/ 1960

52 .680,70 47.857,20 XIII


Rece'b1mcntos durénl.e o onoCONTRIBUICÃO DAS EQUIPES DONATIVOS RECEBIDOS JUROS CREDITADOS PELO BANCO REND A S DIVERSAS (Coletas) VENDA DE MATERIAL (Temas e outros trabalh os m ' rr>eografados) LIVROS E ASSINATURAS DE REVISTAS Venda de diversos

1.042.568,00 153.0000,00 Si 3,60 58 .614,80 28.907,00 14.866,20

Pogamer~tos durante o ano ABONO DE NATAL (Aos auxiliares) ALUGUEl$ (Da Secretaria) CCNDUÇÃO CONTRIBUIÇÃO P/ CENTRO DIRET. INTERNACIONAL n/ remessa para a França CORREIO (Compro de Selos e Remessas) DESPACHOS (Remessas efetuadas) DESPESAS BANCARIAS (Cobrança de Cheques) DESPESAS GERAIS (Despesas Diversas) DESPESAS SECRETl;RIA (Idem o / Secretaria ) DESPESAS MATERIAL MIMEOGR.AFADO (Material p / Tcmas e Carta Mensal ) DESPESAS VIAGENS (Viagens c1.e Casa is em v i<ita Equipes de fora) IMPRESSOS IMPRESSÃO DA CARTA MENSAL ORDENADOS (para n / auxiliares) SELOS E ESTAMPILHAS TELEFONES TELEGRAMAS

23.500,00 52.000,00 34.575,00 47 .900 ,00 65.263, I O 7.958,00 565,00 t21.288,00 18.168,80 123.614,00 75.925,00 54.129,60 97000,00 364.725,50 1.623,00 8.556,00 3.217,00

Outros sa ído ~ de Caixa DEP.ARTAMENTO ,l;CÃO APOSTOLICA n / entr~go do seu saldo de Caixa DEPARTAMENTO DE RETIROS E RECOLHIMENTOS Redução, com referência ao saldo de 31 / 12/ 60

13.265,00

Poro Patrimônio MOV EIS E UTENSILIOS Comprns efetuadas BIBLIOTECA Idem idem

65.934 ,00 37.286,20 1.399 .307(50

SALDO PARA JANEIRO DE Saldo em Caixa Saldo em Banco

1.219.418,20

1962 132.070,00 47.819,30 1 .399.307,50

XIV

2 .925,00

1.399.307,50


OBS .:

.

1 . - Em 1960 o total dos contribuiÇÕes foi de 500mli cruzeiros, em 1961 de 1 milhão tonto num ono como no outro, muito se fe~,

mos muito omda ficou poro ser feito ..

Em 1962 ainda temos muito mais poro fazer e, qual vai ser o total das contribuições? Aumentará? Só depende da valorização e atua lização da contribuição mensal de cada um de nós. Vam os re ve r nosso

cálculo individual? 2.- Coros Casai s Resoonsóveis c Casais Pilotos não retenham a s contribuições menSais após os reuniões, por muito tempo. No seu

envio rc~ulor está o boa ordem de tôda a atividade do Tesouraria . 3.- Mais detalhes e informações com o Casal Tesou reiro : Carmen Cecíl ia e Roberto Bone cker, Rua Domício da Gama, 107 - Pe rdizes - 62.1030.

ALEGREMO-NOS COM ÊLES!

10/ 10 Ana Beatriz

lnah e Sérgio Goulart Faria

Eq . NaSa de Santa Cruz - S. Paulo

14/12 Tereza C risti n a

Ce lina e Moacyr de Almeida Cyrino

Eq. NaSa das Dores 1 Guaxupé

16 / 1

Maria O dete e

Miriam

João Francez

Eq . NaSa do Perpétuo Soco rro - São João da Boa Vista

3/ 2

Evanilza e Moacyr Neves

Moacyr

Eq. NaSa Aparecida - Sã o João da Bca Vista

4/ 2

M a ria

André

He lena e Antonio Granjo

l: q. N'aSa. Men ina - São Paulo

22/2

T ereza e Vicente Frota

A ndré

Eq. NaSa das Dores - Guaxupé

23 / 2

J oão Batist a

Isabe l e Alceu Costa

Eq. NaSa de Lourdes - Jaú

28/2

Pau lo Cesa r

Lu cila e Geraldo Severo

Eq. NaSa Mã e do Corpo Místico T aubaté

1I 3

Ma ria

Beatriz

Maria Leonor e Luiz Carlos Gayotto

Eq . NaSa do Rosário - Florianópolis

15/ 3

Má rci o A pareci,do

Vera e Deuseli n do Garcia

Equipe em Formação - Caconde XV


-.-li--: .,.. 18 / 3 9/ 4 11 / 4

Zuza e Chri stino Martins Eq . NaSa Mãe do Salvador - CaMpinas Luiz Henrique Gaby e Lui z H. Camargo Paschoal Eq . NaSa do Carmo - São Paulo Sérgio Maximiliano Carlota e Francisco Cozzupoli Eq. NaSa do Sim - São Paulo Fernando

ORAÇÃO PELO CONCíLIO "Propomos que , em cada quarta-feira , haja um momento particular para o Concílio, na oração familiar. Para marcar êste tempo, para lembrar-nos bem e fazer sentir aos nossos filhos a unidade católica, cada um , nêsse momento , voltar-se-á para Roma" . Isto publicamos em nossa última Carta Mensal , dentro do Biihete do Centro Diretor. Vocês já a colocaram em prática? Se ainda não, vamos começar esta semana mesmo? De um dos filhos de um casal equipista, ouvimos a seguinte conversa: "óti ma , essa oração que se faz voltado para Roma! Eu tenho a sorte de ter minha ca ma vo ltada para Já! . . . " Vamos "voltar" a nossa também , tôda a quarta-feira? .

REUNIÃO DE C. L. -

SETOR SÃO PAULO -

A.

A Equipe de Setor A, de São Paulo, programou para os seus Casais de Ligação, reuniões nos segui ntes d ias: 6 de junho , 5 de setembro, 4 de dezembro . Mais detalhes com Celina e Moacir -

37.2967 .

CURSO DE CULTURA RELIGIOSA Continua com sucesso o Curso de Culhlta Religiosa , tôdas as terçar-feiras, õs 20,30 hs , na Faculdade de Filosofia Sedes SaXVI


(Rua Marquês de Paranaguó, 1 1 I l . E' o seguinte b final dês te semestre : O mistério da unidade de Cristo - Frei Bernardo Catão,op As perfeições da alma de Cristo - Pe. Domingos Cripa Cristo preparado para a Redenção - Mons. Robe rto Roxo O misté rio da Redenção: Pe. Eugênio Charboneau , esc A mãe do Filho de Deus - Je. Domingos Cripa Maria e a Igreja - Pe. Domingos Crippa 19: Seminário Mais detal hes com: lza e Newton Cavalieri - 8.3040.

pa lcntiac programa Ma i 8: 1 5: 22: 29: Jun 5: ! 12:

CALENDÁRIO

18-20 : 31: jun

6:

jul

27:29 :

ago set

24-26:

8:

2:

5: out ma i

12-14 : 5-6: 26-28 : 31- 4 :

no v

23-25 :

· dez

2: 4:

Retiro em Ribeirão Preto Ret iro em Barueri Pregador: Con. Lúcio Floro Grazziosi em Campinas - Recolhimento e Compromisso da Equipe Campi nas 1 . Reunião dos Casais de Ligação do Setor SP-A Retiro em Baruerí (sem crianças) Pregador: Pe. Pedro Paulo Koop, MSC Retiro em Jaú Retiro em Baruerí Recolhimento Reunião dos C. L. - Setor SP-A Retiro em Valinhos !Chácara das MissionóriJs l Pregador: Frei Barruel Langenest, op Retiro em Campinas Retiro p·ara Dirigentes e Responsáveis Preg;~~dor : Pe. C;~~ffarel Retiro em Baruerí Pregador: Pe . Eugênio Cha,boncau, esc Recolhimento Reunião dos C.L. Setor SP - A

Retiros e Recolhimel'ltos : detalhes e inscrições com Suzana e Joõe> Villac - R. Monte Alegre, 759 • 62 .8092

--.

XVII

l ~

I r


LEMBRETES

Atenção para ês1e dois acon tecimen tos próximos: de maio em Campinas : Compromisso da Equipe Campinas 1. Todos os eq uipistas das cidades vizinhas, desde jó estão convidadas. Detalhes com Pérola e Cícero Maga lhães, rua Sampainha, 329 - Campinas. 8 de jun ho Re tiro Extra - Calendário : Em Baruerí, sem crianças, tendo como pregador o Assistente da Equipe Baurú 1, Pc. Pedro Paulo Koop, MSC. 31

Ainda por alguns meses, para muitas equipes. estaremos envian do a Carla Mensal em pacotes aos Responsáveis para a "distribuição aos demais equipistas. Mais uma vez agradecemos a boa vontade e o empenho demonstrado por todos aqueles que 110s têm auxiliado nêsse serv iço de distribuição da C.M. Estamos completando o nosso fichá rio de chapin has "adressograf" para o preenchimento mecânico dos envelopes, e o consequente envio das mesmas pelo correio a todos os equipistas. Atenção Equipes de Setor , Equipes de Coordenação , e principalmente Casais Pilotos: no segundo semestre, possivelmente JO em agosto, teremos o início da publicação da série especial Carta Mensal 3s Equipes Novas

Em princípio, esta C.M. especial será enviada a tôdas as eq•Jipes que se estão formando nêstes meses, e para as que vierem a ser lançadas no futuro. Todo o neo-equipista receberá inicial e mensalmente a Carta Mensal às Equipes Novas , para só depois de terminada a sua série começar a receber esta, destinada a tódas as equipes. Julgamos ser esta uma notícia alviçareira para todos principalmente para os Pilotos. As equipes antigas também poderão, se o desejarem, recebê- la. Logo mais , voltaremos ao assunto. Testemunhos

Notícias -

Programaçõe s.

Pretendemos nos próximos números publicar várias experiências e XVIII

'


testemunhos, de atividades no campo apostólico, de algumas de nossas equipes, bem como de equipistas isolados. Certamente só poderemos divulgar aquilo que conhecemos ou que nos tenham comunicado. Logo - para atingir nosso objetivo, necessitamos que nos comuniquem tôdas as experiências, tôdas as reali:nções, tôdas as tent at ivas, todos os sucessos, realizados por equipes ou por equipistas, no campo do apostolado leigo. Escrevam mas escrevam mesmo diretamente para a C.M. ou insistam junto ao seu Casal de Ligação para que nos façam chegar seus testemu nhos, suas not ícias, suas prog ramações. A CARTA MENSAl. n.:io é nossa - é de vocês! Ela será t anto :nclt:or, quanto melho: iór a participação de todos.

'

1

I 1

, 1

i i I

: ,.

XX

i

t r


AÇÃO E MEDITAÇÃO Não foi na meditação que os santos Paulo, João da Cruz, Tomaz de Aquino, Francisco e tantos outros ilustres amigos de Deus, beberam esta ciência divino que arrebata os maiores gênios? Um sábio disse : "Dê-me uma olovanta, um ponto de apôio, e eu levantarei o mundo" . O que Arquimedes não

obteve

porque sua

pergunta não se endereça a

Deus

c era feita sõmcnte do ponto de vista mGterial, os santos obtiveram em tôda plenitude. O Todo-Poderoso lhes deu por ponto de apóia : tle mesmo e fie só ;por alavanca : a meditação que abrasa de um fogo de amor, e assim iHcs levantaram o mundo. E' assim que os santos mili-

tantes levantaram-no c que até o fim do mundo os santos futuros o levantarão também .

Sonta Tereza do Menino Jesus.

17


casamento e apostolado MtLitas vezes, aquí na Carta Mensal, nos referimos a um inquérito jeito no ano passado sob o titulo: Os lares e o Concílio" Um dos seus pontos era: Casamento e apostolado. T1·ezentos casais responderam a uma série de questões que podem se TesumiT assim: "Cada cristão tem o dever de apo~>to­ lado pelo seu batis•mo e sua conjinnação, os casais cristãos também. Mas pode se dizer que êste tem um dever de wpostolaclo que se funda no sacramento de matrimônio? Sendo assim. quais são os traços característicos dês te apostolado?" O con_ junto de respostas é extremamente interessante. Escolhemos uma delas que nos parece1L apta a nos jazer refletir. Vocês verão, com que lucidez e penetração, êste casal exprimiu sua reflexão sôbre a missão do lar na Igreja. E' raro darmos aqui textos longos . mas achámos que valia a pena.

apostolado e sacramento do matrímonío

Se os casois cristãos têm, como os outros cristãos, o dever de apostolado pelo bat1smo e pelo crisma, pode-se dizer que um dever de apostolado, bem particular, decorre do sacramento do matrimôn io. 18


Com efeito, se o batismo e o confirmação sacramentos de Incorporação ao Cr isto e à Igreja - fazem de cada um dos cristãos um apóstolo, chamado a testemunhar no mundo, rio mente que pertence a Deus; o casamento -

individual e comuni4.àque consagro o união

do homem e do mulher induz os cristãos casados o serem, especialmente no mundo, testemunhos no Aliança de Deus com o humo · nidode, "sinais visíveis" do União do Cri!'iito e do Igreja, numa palavra,

os testemunhos do amor de Deus. Transfigurado pelo sacramento,

esta

união do homem e do

mu-

lher é por si só ''um apostolado" já que anuncia ao mundo a boa nova

do Aliança de Deus e de suo criatura, assim como os relações que unem, entre si, os Três Pessôos da Trindade. a

A medida que os esposos cristãos se esforcem em viver conforme vontade de Deus, o sacramento do mo1rimónio dá a sua união um

valor sobrenatural efico2' poro marca

os

o

reino,

o despeito

do pecado

oue

realidades terrestres.

O sacramento é um "sinal''; bem mais, êle realiza o que signifiCO. Se pois, o casamento é um sinal do amor de Deus poro com

os homens ou mais particularmente do amor de Cristo poro com suo lgrCJO é êste amor que será revelado e realizado no mundo, pelo vida dos cristãos casados. As"m como o sacramento do Ordem foz do podre um testemunho e urn participante do único sacerdócio do Cristo, assim também o sacramento do rnotrimônio foz dos cristãos casados testemunnhos (ot1vos) de seu amor.

cara cter ísticas do apostolad o de um la r Todo apostolado, refletindo o vida do Cristo, passado comporto três funções: sacerdotal, real e profético

presente

função sacerdotal do lar O lar é oração, é uma comunidade do lgre1o (como um convento) que atrai o presença do Espírito Santo no mundo. Por outro lodo, oferect! ao Pa1

os

primícias da criação, sem

dúvida,

pelo seu

trabalho,

mos, principa lmente, pe lo suo função procreodoro. A v1do humano nasce nos lares. A função sacerdotal do lar será onentor esta vida poro see~ cnodor.

1'1


função real Deus confiou ao homem o cuidado de organizar suo realeza sôbre o mundo. Todo homem porticipo desta função: entretanto, parece nor-

mal, que os

lares tomem o encargo de defender e

truturas familiares

organizar os es-

e educativas.

função profética Profeta é oquêle que falo de Deus e em nome de Deus. Portanto, há aqui duas formos de apostolado: o do exemplo ou testemunho e o da palavra. O lar será o testemunho do vida trinitária da Alionca de Deus da Amor do Crista paro com a Igreja. -

e de seu povo -

Como o homem e o mulher, o Pai e o Filho, na eternidoje são um no Amor. O casamento humano é tão indissolúvel como a Aliança concluioa no Sinoi. Assim como, no lar, os esposos santificam-se um ao outra e adquirem um "ser conjugal" mais completa, assim também, o Cristo santifica sua Igreja e quer levá-la a sua plenitude. -

O lar é, pois 1 profeta simplesmente pelo testemunho de seu amor um amor humano "re-nascido" do Cristo e tornado Caridade: "Vêde

como se amam . ..

11

Segundo modo de apostolado profético: o palavra. Cada lar cristão deveria estar sempre ancioso de partilhar a todos os lares as riquezas humanas e espirituais que soube descobrir no amor conjugal e no sacramento do matrimônio. O ensino do catecismo a todas as classes, a preparação ao casamento, os movimentos familiares, etc., são esta atividade.

apostolado po r ... acolhim ento Apostolado po1 acolhimento entra na plano do apostolado profético. Evidentemente, é no meio de vida cotidiana em coso, que os cnstõos poderão revelaraos outros, a transformação que o Cristo realiza. quando presente num lar. Por várias vez'es, tivem,:;,s ocasião de encontrar lares cristãos que, nos simples gestos de sua vida familiar, nos deram o testemunho duma vida cristã autêntica. Suas ações, mesmo os mais banais. suas reações, seus julgamentos, tudo era impregnado do espírito de fé e de caridade, de tal forma que se podia sentir quanto suo vida espiritua l era intensa e como ela marcava tôda a suo existência.

20


Queríamos evocar, em particular, os pois de um podre, nosso amigo

em cuja caso, fomos

Acolhidos

com

constatamos

muito

que

os

recebidos por ocasião de suo primeira missa.

simplicidade, valores

nêste

espirituais

lar, que

imperavam

mal conhecíamos, e

transformavam

os valores humanos. Fomos testemunhas também, do acolhimento de um lar missionário, n o África do Norte, amplamente aberto a todos, europeus e muçu lma nos que se sen t iam como em suo cosa e encontravam, junto de cada um de seus membros, comopreensõo e ajuda.

beneficiários do apostolado do lar Parece-nos que o

apostolado do lar deve ser exercido

antes

de

tudo, no meio de vida que é seu e particularmente, junto dos lares com

os ouo1s está t-.obituolmente em relação. (Note-se que esta resposta deixo de falar do primeiro opo•toloao dos lares cristãos: o educação dos filhos. isto está subentendido. . . Apesar de tudo, não podíamos deixar de lembrá-lo). E' primeiramente, nos lares entre os quais vivemos, ou que encontramos de uma form-a natural, que podemos anunciar o Cristo~ é a êles que nos será possível, com mais eficácia e facilidade levar11 o depoimento da graça que transformo nosso vida. Tornar-nos-emas Si nais" poro os lares não cristãos, na medida em que nosso próprio lar

fôr transformado cipar,

por

suo

pelo graça sontificante,

vez,

desta

incitando-os

assim

o

parti-

riqueza.

No nosso meio de vida, seremos também testemunhas junto dos celibatários e particularmente dos jovens que desejam fundar um lar. Devemo:, dor o êles o des.ejo de um amor humano; transfigurado pelo

graça,

remida pelo Cristo. Como não destacar oqu1 o valor do teste-

munho que nós, cristãos casados, podemos dor, acolhendo em coso, os jovens. Se tivéssemos há mais tempo, consciência do papel que representa o acolhimento; como não teríamos sido mais atentos em abrir com ma1or amplitude nossa cosa aos isolados, "aos estrangeiros~~.

Quo:1tos não-cristãos convertem-se vendo, sent1ndo, participando do vida de um lar cristão?. . . Ao inverso, quantos "afastados'', sentiram de não 1er nunca pod1do penetrar numa família cnstã autêntico? dem,

Enfim, parece-nos importante destacar que os cristãos casados pomais que os ce libatários, participar do organização da cidade,

especialmente em todos os setores do atividade referente à família, alojamento, vida

municipal, etc ...

21


célula da Igreja O apostolado dos lares é particularmente importante poro o Igreja porque, conforme o plano de Deus, o obro do salvação não >e realizo pelo ação de seus membros individualmente, mos pelo conjunto do corpo. E' coletivamente, comunitàriomente que os cristãos devem participar do apostolado do Igreja. O lar, como célula do Igreja, tem um papel realmente privilegiado nêste apostolado. O sacramento do matrimônio faz do lar cristão, uma equipe apostólica, encarregada duma missão próprio. E', em nome do Senhor, que nos reunimos e o tim que devemos demandar é o glória de Deus. Esta equipe de um homem e de uma mulher, reunidos numa só carne. em nome do Senhor e querendo se colocar o serviço do Reino é comparável às equ1pes sacerdotais, formados poro se encarregarem de um setor do opostoloco do Igreja. Os lares cristãos serão eficazes poro o Reino, no medido em que transformarem os equipes em células vivos.

E' preciso destacar o necessidade que têm todos os lares de participar do vida do Igreja. Pelo Ação Católico geral, homens e mulheres sentem-se responsáveis pelo vida paroquial e ninguém duvido quantos trocos veraodeiromente fecundos estabelecem-se no interior dos lares, quando marido e mulher participam desta ação. Porém, porque, às vêzes, ergue-se uma barreiro que separa a ação dos homens e das mulheres? Ao mesmo tempo, é importante destacar que o apostolado não é sàmente do pai e do mãe, mos dos filhos, quando já crescidos. E' tôdo o fomflio, pois e filhos, como célula do Igreja, que tem missão apostólico .

atividades apostólicas individuais Se o sacramento do matrimônio impõe aos casados um dever de apostolado no lar, não se pode deduzir, a priori, que o apostolado do lar, apenas como tal, seja suficiente e dispense os cristãos casados de todo atividade apostólico Individual. Quanto o nó:;, pensamos que compete a cada lar, interrogar-se para saber como responder generosa, mos lucidamente , à vontade do Senhor , neste domínio

22


Tal lar, independentemente do testemunho que é chamado o dor, pelo suo simples existência, não exercerá uma atividade apostólico comum, mos cada um de seus membros terá uma atividade distinto. Outro ler, ao contrário, oue terá uma atividade apostólica no !ar, não poderá assumir outro compromis~so e será preferível, paro cada um de seus membros não ter atividade opostóloco individual. Como vimos, o escolho entre o atividade apostólico individual e atividade apostólico do lar é uma questão de equilíbrio de vida e rle

vocação. Mas, é importante nunca perder de visto que o cristão casado não pode encarar uma o1tvidode apostólico individual se não mantiver seu cônjuge e seu lar, com todo:; os encargos e obrigações que compor-

tom. Muitos

vez~es

os cristãos casados, assumem compromissos, como se

ainda fôssem solteiros o que resulto num prejuízo certo poro suo forr.ílio e naturalmente o testemunho que poderiam dor perderá seu valor

c sua eficácia.

e ·unid:.tdes do lar Haverá concorrência entre a necessária cberturo apostólico de que falamos?

intimidade

do

lar e esta

Quando se trata do Reino de Deus, nenhuma concorrência parece possível e também é tôdo existência do lar, que deve ser considerado numa perspectiva apostólico. A intimidade do lar legítimo e indispensável o educação do$ filhos, o profissão ou o compromisso em

tal movimento, não

são meios que permitem

aos cristãos casados

de

serem apóstolos. O problema para os lares é achar uma hierarquia, uma harmonia para as atividades através das quais devem realizar, no mundo, a mensagem cristã. Nesta perspectiva, concebe-se que não pode haver uma regra geral a impor, nem sobretudo, uma receita o aconselhar, que permita dizer se um lar é apóstolo ou não, conforme o listo de seus compromissos. Esta distribuição de atividades do lar é funcão do vocação próprio de cada um, conforme os dons que recebeu do Senhor, conforme suo situação.

Parece-nos que um compromisso apostólico que prejudique o intimidade dis cônjuges, a educação dos filhos ou o ex2rcício do profissão deveria ser reconsiderado, assim como, a organização da vida de uma família cristã que não desse nenhum lugar às atividades apostó licos.

23


Como

notamos,

compete

a

cada

lar,

examinar

sua

vida

em

tõdas suas mãnifestoções, numa perspectiva apostólico, levando em conto >UO situação particular a suas possibilidades. A vida é uma procura, constante de equilíbrio_. ao terminado de superação. Entretanto,

mesmo tempo lembrem-se os

que um esfôrço cristãos casados,

que êste equilíbrio e esta subido referem-se o célula família, completo c que seu apostolado será no lar, ou não será nada.

um

apostolado

pensado,

querido,

vivido

Terminando, destacamos os meios suceptíveis de trazerem harmonia

oo lar: o vida de oração e o dever de sentar-se. Somente o oração, que dó àqueles que o ela se consagram, uma visão espiritual das coisas, pode trazer aos cristãos casados, a luz de que têm necessidade para

conduzirem seu lar segundo a vontade de Deus. Assim também o dever de sentar-se quando é feito numa total submisão ao Espírito Santo, perm•1te

ao:;

esposos

cristãos

interrogar-se

mUtuamente

sôbre

o

valor

apostólico de suo vida.

fazer de nossos filhos apóstolos Um apóstolo de Cristo é um cristão que se sente membro ativo de uma Igreja em marcho poro o realização do Reino de Deus. ~le sente-se preso em um movimento e sobe, que deve também, alimentar êste movi mento. E' a esperança do volta do Cristo,é o pressa de ver tôda cr;oção reunido no Pai, pelo Filho, é tudo isso que impele o cristão

ao <lpos tolodo. No demando com Cristo, do redenção do mundo, êle age pelo caridade, que é justiça e verdade. ~ste rápido retrato de apóstolo deve nos dor os linhos mestras do educação de nossos filhos, no sentido apostólico. Pode-se distinguir três modos de educação que se ínterpenetrom: o educação re!ioiosc pràpriomente

dito, a formação do

caráter, a

forma-

ção poro o ação.

a educação religiosa Como ~embrom as diretrizes pontifícias é bom dor à

criança, tão

cedo quanto possível, uma 't(isõo de conjunto e uma visão dinâmica da religtão. As crianças do catecismo, dos primeiros anos, aceitam muito bem êstes dados (criação, queda, incarnação, redenção e até a

volto do Cristo). P<'>nsomos que poderiam oi chegar mais cedo. Seguramente as crianças não farão conscienciosamente o elo entre o desejo de comunicar sua fé ou de prestar serviço a seu redor, e a

redenção do mundo. Mos aos 16 ou 17 anos estarão de posse de uma síntese filosófico do v ido completo e. . . vivido. O que é muito importante.

24


ct

formação do caráter

A pnnc1pc I virtude a desenvolver-!é na cnança é o gener0s1doCe, o sentido dos outros. E' preciso desenvolver no criança desde seus primeiros anos (2 e 4) uma visão personolisto do homem, abrir-lhe os olhos sãbre o igualdade inato de todos os ohmens e não sôbrc as diferenças oc1dento1s que apresentam. Ex .: ooor os pequen1nos: emprestar ou dar seus brinquedos o todos seus amigos, seja o Crist1no filho de um engenheiro ou o Comdo, filho de um operáno.

Não se deve dividir os companheiros de jogos em ricos e pobres, brancos ou pretos, mesmo se fôr em benefício do pobre, do preto Asna criança senão a piedade e seu oposto, o

stm, não se despertaria VOidOde.

Mais tarde abriremos seus olhos sôbre o pecado coletivo, sôbre o má or(lanizoçõo do mundo, sôbre as injustiças; expcnmentoremos ensi nó-lo sóbre os injustiças; experimentaremos ensiná-la a desossociar o pecado que é preciso orlior, do pecador, um homem, um irmão que é preciso amor. Se soubermos fazer a criança compreender profundamente que a desordem social é um hondicop poro o reino de Deus, parece-nos que elo será naturalmente levado poro o apostolado. Pràticomente, pensamos que 1sto se pode fazer desde que a criança seja capaz duma visão mo1s amplo do m ,mdo (9, 1 O anos) . A televisão, o comcntóno do jornal, podem ajudar ê•te gênero de formação.

a formação para a ação Cremos na osmose entre o vida dos pois e o dos filhos. Se os pois tem urna grande abertura aos outros, se no lar recebem sempre e simplesmente amigos, podres, pcssôos de passagem, responsáveis, estrangeiros. . . cu mendigos, os crianças herdarão, naturalmente, estas qualidades . Pode-se, entretanto, apresentar um caso inverso. Se o apostolado dos pois ou m<Csmo de um só dos dois, se exercer de um modo mu ito exclusivo, em preju1zo dos filhos, êstes podem, muito bem, conceber um desgosto total poro o ação apostólico . Pode-se imaginar um pai de família passando todo seu tempo livre em companhia dos "ploy-boys", no fim louvável de trazê-los à vida normal e não se apercebendo que seu filho de 15 anos escorrega mansamente poro a delinquêncio.

Enf1m, há os movim:!nto de juventude que seria necessário apresentar aos jovens, não como uma sã ocupação poro os feriados, mas como uma iniciação ao apostolado. Pensamos fazer co1ncidir o entrada de nossos filhos num movimento com sua crisma. Pensamos assim fncitá-los o tomar consciência que o tempo do primeiro infância passou c que devem, doi em diante, tomar uma parte ativa no Reino de Deus . O movimento lhes fornecerá os meios temporais, o sacramento e os meios espir~tuais.

.25


LEITUR.A

CURAR O AMOR Cristo traz em primeiro lugar à umao conjugal uma gra~:J de cura. Os noivos a quem se fala em "curar o amor" arregalam os olhos. E' porque o vivem sobretudo na imaginação . êle se lhes oferece como uma visão do paraíso. E em certo sentido o amor é verdadeiramente um paraíso: entre tôdus a::; cousas humanas, é o melhor vestígio da alegria antiga e '1 melhor antecipação da Alegria eterna; mas, como o Paraíso, êle precisa ser duramente merecido e conquistado. Antes de o alcançar, quantos tateamentos, desfalecimentos, fracassofi. quantas vêzes é preciso recomeçar. Um amor humano é um coração ferido: aquêles que já o viveram bem o sabem. E' preciso curar a febre carnal, sujeita ao impulso e ao caprich;J. E' preciso curar essa doença espiritual: o egoísmo. A alegria de ser amado degenera tão depressa em exigência de ser servido! Para reduzir o corpo a seu papel de servo, para abrir sua alma ao düm e ao acolhimento, a! está o Cristo, Samaritano vigilante que ergue e trata. Pela graça do casamento, al · guma cousa do Cristo passa para nós, acalma nossa carne, fála participar da transparência de seu corpo glorioso, dilata nosso coração, ensina-lhe a se abrir e a se dar. Essa graça mterior de cura e de purificação não é a única. Ou antes, nã::> é senão o germen de uma outra graça de enobrecimento e ãe transfiguração. Pela graça do Crtsto, o amor aprende não apenas a se manter, mas a se ultrapassar . .. H. C. 26


"MATER ET MAGISTRA" Primeiro Aniversário A 15 de maio estará a cristan dade cmoemorando o primeiro on iversári" do Encíclica do Santo Podre João XXIII Meter Et Mogistro . Além cos reiterados convites e indicações a que todcs os equipistos to· mem conhecimento e coloquem e m rático seus ensinamentos, rnals U1T"v vez voltamos o insistir nêsse ponto, apresentando trechos do Curso sôbre "A Justiça Social no Bíb lia e no Ensino do Igrej a" , profer ido por frei Carlos Josophot de Oliveira, op, no ano passado.

A encíclica Mater et Magistra veio chamar a atenção do mundo sôbre a dimensão social do cristianismo, sôbre a atualidade da doutrina da Igreja, - de que os Documentos Pontiff_ cios ~ão a. condensação oficial - e sôbre a missão dos cristãos, desafiados pela urgência dos problemas contempQrâneos. Embora marcadas pela personalidade do Pontífice que as escreve, as grandes encíclicas estão longe de ser episódios isolados. Representam elos de uma tradição qué remonta às origens da Regilião Cristã. Repetem e atualizam os ensinamentos da Bíblia, muito particularmente o clamor dos profetas, a pregação dos apóstolos e o essencial do evangelho de Jesu~ Cristo. Para bem compreender uma encíclica é bom situá-la dentro da tradição judaico-cristã. Os objetivos desta Encíclica se evidenciam com tôd<> a clareza na sua introdução. No prolongamento da missão de Cristo e em cumprímeu to do mandato dEle recebido, a Igreja se empenha na elevação do homem todo, corpo e alma, quer no plano sobrenatural. quer no temporal, quer em sua dimensão pessoal quer social. Concretização desse empenho milenar da Igreja, brotou a sua doutrina e ação social, de que a Rerum Novarum apresento~; em nossos tempos uma admirável síntese orgânica, prolongada e ampiada pelos Pontífices, seus :>ucessores. A Intenção do Papa atual é relembrar e confirmar os ensinamentos de Leão XIII, Pio XI e Pio XII, destacando-lhe 27


ns linhas mestras, para ministrar depois um novo ensinamento, em resposta à problemática social contemporânea. Assim n. Encíclica inclue e amplia os documentos precedentes. Completando e aperfeiçoando a doutrina de Leão XIII e Pio XI no tocante ao direito do trabalho e à estruturação d.ls emprezas. bem como às relações entre iniciativa particular e intervenção do Estado, a Encíclica vem oferecer: não um programa concreto para realizações imediatas; mas sim amp13.s diretivas para elaboração de dife1·entes programas. segundo as diversas conjunturas nos vários países. Raramente se viram, reunidas em um só documento tautas qualidades aparentemente contraditórias: audácia e equilíbriO. afirmação corajosa de todos os direitos e atenção a todo;; cs dados dos problemas. Em seu término o Papa coPvida os fiéis a reconhecerem nas tarefas sociais que lhes incumbem, o trabalho pela realização do reino de Cristo sôbre o tema : "Reino de verdaJe, de vida, reino de santidade e de graça; r Eino de justiça, de amor e de paz". Exaltando, em lingur..gem comovida a beleza e a eficácil:. da doutrina "da Igreja Catóica e Apostólica, mãe e mestra de tôdas as gentes", pede para o mundo o reino de Clisto, com o "restabelecimento da ordem, da paz, da prosperidade e da alegria entre todos os JJQVos". Em síntese - João XXIII nos oferece uma doutrina e uma espiritualidade de ação cristã no plano temporal. E' como um novo tipo de santidade apresentado à genero~idade do laicat:> católico: a procura de Deus na éra da técnica, através da construção de um mundo novo. de uma civilização vitalmente cris. tã, "na Verdade, na Justiça e no Amor". Tal apêlo pode no entanto ser escutado e seguido por todos os homens, sinceramente sedentos de justiça; pois o humanismo personalista e social - preconizado pela doutrina da Igreja - acima dos egoísmos dos indivíduos. dos grupos, das classes e regiões, é uma mensagem deveras universal, capaz de unir todos os ho . men.s e todos os povos. 28


correspondêncía auxílio mútuo Hoje temos dois casos a relatar, provenientes de duas certas qne rece!1emos quase que ao mesmo tempo. A primeira nos mostrará como não deve ser praticado o auxilio mütuo, e a segunda, como o mesmo pode ser verdadeirc;mentc vivido, mesmo no início de vida de equipe. Vamos à primeira: " Esta carta tem um sentida que é a de levar para a Carta Mensal um:~ sugestão que, na hir:>ótese de receber de vocês aprovação, poderio ser publicada. A suQestão viso explicar: é válido o auxilio mútuo dentro das Equipes e isso é básico. O auxílio representa mesmo, a próprio razão de ser das Equipes. TÓdavia, pergunta-se : é também válido o auxilio mútuo entre as equipes no campo material? Aqui surge a dúvida. Acontece que sou médico. E' com o maior boa vontade e convicção que presto auxílio doença, ou outros, dentro de minha equipe. Tenho o mais vivo satisfação de assim o fazer. Contudo, tenho sido procurado por membros de outras equipes que, valendo -se do auxíli o mútuo, me procuram a qualquer hora do dia e do noite para atender,

inclusive, seus empregados. Após a consulta, recebo como pagamento o "c lássico "muito obrigado". Até certo ponto, justificaria um auxilio desta 1:atureza para equipistos em dificuldades. O que não se entende é ser procurado paro prestar gratuitamente !erviços paro oquêles que, em ab-

soluto, não necessitam de gratuidade."

Não há dtívida de que o auxílio mtítuo é válido e deve e1:istir não só entre casais de uma mesma equipe. mas também entre todos os equipistas de uma cidade, de um país, do mundo ... Mas o que não é válido é o seu mau entendimento, e o SéU mau uso. No caso presente louvamos a êste equipista, e a tantos outros, que têm se colocado à inteim disposição de t odo.,• os de sua cidade. Mas censuramos aquêles que utilizando u11~ falso conceito de auxílio mútuo, os têm procurado e que em 29


condições de remunemr os serviços recebidos Co que é um dever cristão), deixam de jazê_lo, como isso colocando em jôgo a própria estabilidade econômica dos mesmos. Vamos agora à segunda: "Há menos de três meses frequentamos e participamos dos reuniões de uma das Equipes de Nossa Senhora de Florianópolis, e já pudemos constatar, e principalmente sentir, o quanto esta mos un idos aos demais membros da equipe, por laços profundos de espiritua l idade. Ainda há poucos d1as, quando a doença penetrou em nosso lar, atingindo a um de nós e à menor de nossas fi lhas, fo i de grande consôlo o ininterrupto tilintar do telefone, produz ido por ligações f eitos, bem como, os incontáveis visitas recebidas em nosso lar, todos preocupados em estar ao pa r da evolução da enfermidade, t ra zendo consigo, palavras de elevado confôrto moral e aquela suave paz, que somente a união dos espíritos pode proporcionar. A simples cirscunstancia de estarmos juntos a um ou mais ca sais da equipe, é sufiicente para produzir em nossos corações, um estado da mais completa alegria, participando dos efeitos benéficos dos que, unidos pela fé e mesmos princípios, aspiram sua perfeição espiritua l e a maior glória de Deus. Aclarados assim, com

tantas provas de

"união equipista", isto

é, a mútua amizade e solida riedade, e'l'istente entre os membros da equipe, sentimos cada vez mais um desejo firme e uma von ta de sólida de permanecer unidos, paro que possamos sentir sempre, êste

bem

estar espiritual que só a equipe pode proporcionar."

Para concluir, pedimos à Santa Tereza d' A vi la para falar vocês das vantagens do auxílio mútuo espir itual.

:t

Aconselharia aqueles que fa:rem oro ,; ão, o buscar, sobretudo no comêço, a on1izod e e o auxílio mútuo de pessoas que se dão igualmente o isso. E' êstt" um ponto da mais alto importáncia, mesmo si não trouxesse senão o prove ito de re zar ul".. s pelos outros . Ma s há muitas outras van · tage ns. Si no mundo, buscamos conversas e afeições que não são muito perfeitas, si arranjamos amigos para saborear junto dêles as doçuras do repouso e aumentar sua alegria pela narração de prazeres vãos, não vejo porque aquê le que se !)Õe resolutamente a amar e servir a Deus não se poderia entreter com certas pessôos de suas alegrias e de suas tristezas i pois umas e outras acontecem às a!mas de oração . . . Que não se tema a glória vã . Logo ao sentir seu primeiro movime~to, será vitoriosamente reprimido . Minha opinião é que com essa reta intenção e m se us colóquios, a !)essôa atrai 90ra si a s maiores vantagens assim como para os que a escutam . Soe disso com luzes mais vivas e, mesmo sem o saber, instrue seus amigos . .. lsse ponto é tão importante para a s olmos que ainda não estão fortalecidas na virtude que não saberia insistir demasiado " êle. Pois elas têm muitos inimigos e mesmo amigos paro os levar paro o mal.

30


Aí está, paroce- mé, urlló llrltlodilho qué o demônio l!mptegCI pórlju• serve odmiràvelmentc seu fim . De um. lodo, levo as almas fiéis a não ma· nifestar seus ardentes desejos de amor e de agradar a Deus, enquanto que de outro, excita as almas mundanas o reve lalor suas intenções cul· padas. hses usos estão de tal forma estabelecidos que são tidos como motivo de glória, parece, e se tornam públicos os ofensas que se fazem a Deus nêsse ponto . . . Hoje há tão pouca energia poro o serviço de Deus que aquêles que lhes são dedicados devem se sustentar mutuamen• te a fim de progredir. Acho-se tão natural lansor-se nas vaidades e alegrias mundanas que apenas se dá otençõo a isso . Mos si acontece, que alguém se dó a Deus, vê imediatamente levantarem-se tantas murmurações que precisa necessàriamente buscar uma boa companhia para s~

defender, até que esteja suficientemente forte para não temer o so· frimento . . . Aliás, desconfiar de si mesmo e acreditar que Deus nos ajudará por intermédio de nossos confidentes é um gênero de humil· dade; olém disso, a caridade cresce ao comunicar-se . .. Para me ajudar o cair, tinha amigos e m quantidade; mas paro mo levantar, achei- me completamente isolada.

ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO A festa da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma parte integrante do mistério pascal. Ela acaba o triunfo de Cristo ressuscitado e é ao mesmo tempo o penhor mais seguro do nosso. A Ascensão é também a resposta cristã mais adequada a tôdas as tentações pessimistas a respeito do corpo humano; a tôdas as formas de orgulho que fazem o homem se afastar de Deus. Contemplando-se o corpo glorificado do Cristo "a fragilidade de nossa substância humana alicerçada na glória à direita do Pa1 ", dois sentimentos nos animam: o do respeito imenso que Deus teve pela matéria corporal , da veneração que Éle a cerca , e do que êste corpo é capaz se estó col ocado a serviço do Senhor. Festejando-se a Ascensão do Cristo nós glorificamos esta maravilha da graça na qual, com efeito, nós já temos parte . 31


MEDITAÇÁO -

Texto para Oração Pessoa l

Durante a última ceia , ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém , mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai , "que ouvistes, disse rle , da minha bôca: porque João batizou com água , mas vás sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias." Assim reunidos , êles o interrogavam : "Senhor, é porventura agora que ides restaurar o reino de Israel?" Respondeu-lhes ~I e: "Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai reservou em seu poder; mas descerá sôbre vós o Espírito Santo e vos dará fôrça , e sereis minhas testemunhas em Jerusalém , em tôda a Samaria e até os confins do mundo." Dizendo isto , elevou-se à vista êles, e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. Enquanto o acompanhavam com os seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu , eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco , que lhes disseram: "Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu? ~ste Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu , voltará do mesmo modo que o viste subir para o céu." (Atos dos Apóstolos 1, 4-11 l, ORA'ÇÃO LITÚRGICA -

Oração Universal

Divulgada sob o nome do Papa C lemente X I inserida no Breviário Romano e indu lgenciada pelo Papa João XX III .

Eu creio , Senhor, porém , que eu creia mais firmemente; eu espero, porém , que eu espere mais seguramente; eu amo , que eu ame mais ardentemente; eu me compadeço, compadeça- me eu mais veementemente. Eu Vos adoro , meu Deus , como meu primeiro princípio; desejo-Vos como meu último fim; eu Vos louvo, como meu eterno benfeitor; inv$)co-Vos como meu propício defensor. Dirigi-me na vossa sabedoria , circundai-me de vossa justiça , confortai-me com vossa clemerência, protegei-me com vosso poder. 32


Ofereço-Vos, Senhor, meus pensamentos, a fim de que sejam para Vós; minhas palavras, para que sejam sôbre Vós; minhas ações, para que sejam segundo Vós; meus sofrimentos, para que sejam só por Vós. Quero tudo quanto quereis; quero porque quereis; quero como quereis; quero até quando quereis. Rogo - Vos, Senhor, iluminai minha inteligência , inflamai minha vontade, purificai meu coraçõo, santificai minhalma. Chore eu as iniquidades do passado; repila as tentações do futuro; corrija as tendências viciadas; cultive as virtu des idôneas. Dai-me, Senhor meu , o amor de Vós, o ódio de mim mesmo, o %êlo do próximo e o desprbo do mundo. Seja eu diligente em obedecer aos Superiores, em aju dar os inferiores, em aconselhar-me com os amigos , em j:erdoar aos inimigos. Vença eu a sensualidade com a austeridade, a ava rll%a com a generosidade, a ira com a doçura , a indolência com o fervor. Tornai-me prudente, nas deliberações, constante nos perigos, paciente nas adversidades e humilde na prosperidade. Fa%ei, me u Senhor, que eu seja atento nas orações, sóbrio nos alim entos , dilig ente no dever e fir me nos propósitos. Que eu %ele pela inocência, pela modéstia externa , pela vivê ncia exemplar e pela vida regular. Que eu vigie assiduamente as exrgencias da nature%a, os est ímulos da graça, a observância das leis e as promessas da salvação. Aprenda eu de Vós, Senhor, quão miseráveis são as coisas temporais e quão grandes as divinas; quão breve o que é terreno e quão durável o que é eterno. Da í, Senhor, que eu me prepare p·ara a morte, que eu tem:~ o jui%o , que eu fu ja do interno e que consiga o paraiso. Por Jesus Senhor Nosso. Amém.

(Trod . do Pe. Joaquim Conceição - SP28)

Solvodor

- Assis. do

Eq .

NoSo do

lmoculodo


po~ \Jf\\A espi~1t\J~I1ck.Je

CD~\J9~I

e f"mi\J~R

CENTRO DIRETOR • Secr. Geral • 20, Rue des Apennins . PARIS REGIÃO BRASIL . Secretariado • Rua Paraguaçú , 258 • SÃO PAULO


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.