ENS - Carta Mensal 1962-1 - Março

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MAR. 62

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Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora MARÇO

1962

SUMARIO

Relembrando nossa razão de ser Claro escuro Noivos e esp'Osos A co-participa~ão ( mise-en-commum J Nossa oração Notas de um inquérito Leitura Renovação do compromisso Unidade na caridade Qual a sua opinião? Objetivos do 11 Concílio Vaticano Oração para a próxima reunião O que vai pelas Equipes Bil hete do Centro Direto r - Di as de Estudos dos C.R. - Vida do Movimento - Co rreio do mundo - Aleg re mo- nos com êles - Deus chamou a si - Semana das Vocações Sacerdotais em São Carlos - Curws de Preparação ao Casamento - Mundo Melhor - Oração L:túrgica - Calendário.

Publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Casal Re•ponsável: Doris e Nelson Gomes Teíxe1ra Redação e exped1cõo: Ruo Poroguaçú, 258 - 52-1338 São Paulo lO - SP

Com aprovação eclesiástica


EDITORIAL

RELEMBRANDO NOSSA RAZÃO DE SER Março novo comêço para a vida em equipe, mesmo que esta não se tenha interromj:ido durante os mêses de férias. Vamos fugir do automatismo, da rotina, e renovar a nossa ade~ão lúcida e sinceramente, revendo as razões da existência dessa vida de equipe. Reunimo-nos em equipe, porque Jesus Cristo, no último dia , na última noite de sua vida , durante sua última conversa com os apóstolos , deu a conhecer o seu grande desejo: "Que sejam todos um . . . Eu lhes dei a glória que Tu me deste , para que sejam um , como tam bém nós somos um. Eu nêle , e Tu em mim , para que sejam consumados na unidade e para que o mundo conheça que tu me enviaste e que os amas-te, como amaste também a mim." (Jo 17, 21-23) e nós, discípulos de Cristo, pretendemos corresponder a seus desejos. Reunimo-nos em equipe, porque cremos na !)•resença constante de Jes us Cristo nêste mundo que ~le incansável , invisível, misteriosamente trabalha para conquistar trazendo a si homens e coisas a fim de realizar a obra que o Pai lhe confiou: a grande unidade de tôdas as criaturas. Ele e nós queremos colaborar nessa obra : "Tudo instaurar no Cristo". (Ef. 1 , 1 O) Reunimo-nos em equipe, porque acreditamos que não basta aspirar à unidade total nem comover-se com o pensamento da reconciliação de todos os çristão esperando que o próximo Co11cílio o consiga , mas que é


necessário que nás mesmos façamos essa unidade, trabalhemos pela unidade nos pontos em que a nossa ação fôr eficas, nos pontos mais acessíveis, essa realização será um penhor da qualidade de nosso desejo de uma equipe mais completa, mais vasta. Reunimo-nos em equipe, porque cremos que sonhar ecumenicamente sem começar a realizar a verdadeira união entre marido e mulher, entre pais e filhos , é viver com a cabeça nas nuvens e que para realizarmos essa união em nossos lares necessitamos do auxílio e das luzes de outra~ famílias. Reunimo-nos em equipe, porque queremos ser sempre, em todo o lugar, no prédio, rt o bai rro, na família , na paróquia operários na unidade e que precisamos aprender a trabalhar com os casais nossos ami gos sendo por êles amparados em nossos esforços. Reunimo- nos em equipe, porque queremos que todos os nossos irmãos saibam que Deus os ama e deseja salvá-los. e êles o poderão entrevêr contemplando o espetáculo de nossa união , de nosso amor fraternal pois Cristo: Que êles sejam um para que o mundo todo creia que Tu me enviaste." Reunimo - nos em equipe, porque queremos que haja no mundo mais um reflexo , mo desto, porém autêntico, da mais excelsa beleza, da mais alta santidade do maior amor, da vida Trinitária; homens que sejam um no Amor, no Espírito Santo. como o Pai e o Filho em união com o Esp írito Santo, por todos os séculos dos séculos. União entre marido e mulher, un1ao entre pais e filhos , união entre casais de equipe, união das equipes dêste Movimento SUJITanacional, tudo isso porque aspiramos com tôdas as far ças da nossa caridade 8 união de todos os seres no Cristo: eis a mística da unidade, alma das EQUIPES DE NOSSA SENHORA. HENRI CAFFAREL


PARA SUA BIBLIOTECA

CLARO ESCURO Custavo Porção Agir

Há certos livros que nos levam a vencer a habitual inércia, obrigando-nos a definir o pensamento em questões onde a nossa opinião é formada principalmente pelo hábito, pelo meio ambiente, ou por uma consideração superficial e mal info!'mada dos problemas. São convites à r evisão de idéias, à !"eflexão mais profunda, à discuS!:ão, à polêmica até. E o nosso primeiro interlocutor é o próprio autor que nos provoca . Gusta vo Corção é mestre nessa arte de espicaçar : a favor ou contra, ninguém é capaz de lê-lo impunemente. Desta vez, é o casamento, família e divórcio que se trata. Além da forma sempre original, um tanto paradoxal, de propor e.s q:Iestões, o grande mérito do livro consiste principalmente na largueza de visão em que se co!oca. Com o espirito lógico que o caracteriza, Corção parte da natur€za e dos fins do casamento para levar-nos a definir o que êle deve ser. Mas imediatamente situa a família no seu contexto social, pois "é na fa mília, com tôdas as was dificuldades, com todos os seus dramas, que se cruzam o social e o individual " e "não se pode isolar o problema e combater em prol da família sem combater, com igual ardor, em prol das estruturas sociais ".


Isto leva a conclusões que, à primeira vista, podem parecer pe.radoxais: em vez de progresso no sentido do nosso tempo, o divórcio é regresso ao individualismo do século passado; da mesma maneira, são anacrônicas e "monstruosas", no dizer do autor, certas pregações anti-divorcistas isoladas da preocupação social e baseadas nos postulados da moral burguesa. Oportunissima essa nova edição de Claro Escuro lançada pela Agir.

NOIVOS E ESPOSOS Pe. Negromonte

Rumo

Mons. Alvaro Negromonte autor de Histórias da Salvação, A Educação Sexual (para pais e educadores), A Educação dos Filhos, Corrija Seu Filho, Preparação Para A Primeira Comunhão, e Noivos e Esposos, é autor dos mais conhecidos dos leitores católicos brasileiros. A Editôra Rumo acaba de lançar em magnífica apresentação a 7a. edição dêste último. "Verificamos e lastimamos como muitos homens ou ignoram totalmente a grande santidade do matrimônio cristão, ou impunemente a negam, ou ainda a vão calcando com os pés, baseados sôbre princípios de uma nova pervertida moral" Encíclica Castl Connubi!. Baseando-se nesta Encíclica o autor nos apresenta uma obra notável em conceitos e clareza de exposição. Noivos e Esposos por todos.

problemas do matrimônio -

deve ser lido


a co - participação (a

"

.

m1se - en commun " )

"A mulher, pois deixou o seu cântaro e foi à cidade e disse àquela gente : " Vinde e vêde um homem que disse tudo o que tenha feita; será êste porventura o Cristo?" Sofram, pois, do cidade e foram ter com tle ." (João 4, 28-31).

A samaritana espalha a boa nova; o mesmo farão Maria Madalena e os discípulos de Emaús depois da Resurreição; Jesus Cristo o faz durante têda a sua vida. Como conheceríamos nós a Transfiguração e a Agonia se o Senhor não tivesse convidado três de seus discípulos a acompanhó-lo? Como saberíamos o episódio da tentação no deserte se tle não o tivesse contado? A "coparticipação" das equipes, tem por base justamente isso : entre cristãos, entre irmãos, as riquezas bem como as necessidades s::io partilhadas.

que nos dizem os estatutos? Durante o reunião

mensal

deve-se reservar um momento -

pode ser

durante o refeição à apresentação dos preocupações fam iliares, profissiona is ou socia is, dos sucessos e derrotas, das descobertos, alegrias ou aborrecimentos.

5


Essa "co-participação" é assunto frequente de conversas nas equipes, mas sébre ela não se têm ideias muito claras e além disso ela apresenta vários problemas. Alguns equipistas se queixaram de que damos muito pouco esclarecimentos sôbre o assunto . Po r is~o reso lvemos dedicar-lhe um número especial da Carta Mensal ; quanto mais experiências nos forem relatadas pêlas equipes, mais rico e proveitoso será êsse número. Foi dito por um de nosscs i1Ssistentes que a "co-participação" é a margem de Iiberdade da re união; por essa razão, não queremos dar normas muito rígidas a respeito, mas deixar que cada equipe encontre sua ff.rmula, invente a sua. Entretanto , pensando ajudar desde já aquêles que necessitam de orientação, daremos a seguir o resumo de uma palestra feita sôbre o assunto num Dia de Estudos. Veremos alguns princ1p1os gerais, veremos como não deve ser feita e quais as condições necessárias para que ela seja boa.

alguns princípios (r)

A vida espiritual tem uma dupla ex•genc1a, indiscutív el: comunhãc· com Deus, comunhão com os cristãos. Antes de fa12r sôbre a "co- participação" das Equipes, reflitamos sôbre essa ''comun hão com nossos irmãos" exigida por nossa vida espir itual. A vida de comunhão com nossos ir mãos é um fim em si mesmo . Não fomos criados para gozarmos as alegrias da int i-

midade fraterna, mas sim para gozarmos a felicidade da intimidade com Deus. Esta união co m Deus permanece, pois, o firn último que não devemos perder de vista.


Nossos esforços em prál duas finalidades :

da

comunidade

fraterna

terão

Acolher o dom de Deus, e corresponder a êle por interméd io dos irmãos. São os outros que me dão Deus e é por isso que devo conhecê-los: si não os conhecer, perderei um ~specto da mensagem que Deus me envia e à qual devo responder .

Procurar em comum qual é a vontade vida de seus filhos, sôbre a nossa vida .

de Deus sôbre a

O conhecimento que essa comun hã o fraterna exige não é um conhec imento comum , é antes um conhec imento de amizade, de caridade que chega até ao amor. Não se baseia em uma procura , mas em uma troca. Nem indiscrição nem exibicionismo, mas um dom recíproco de si mesmo do qual nascem a simpatia e a confianç~ ; um diálogo entre pessoas, que simboliza o diálogo entre Deus e os homens.

Conhecer e tornar-se conhecido : não se é íntimo de é'lguém antes de lhe fazer uma confidência. Foi assim que Deus agiu conosco, como podemos ver na Bíblia : ~le se revelou . A "co-participação" é, pois, uma ocas1oo de conhecer;;;~·s os outros e de nos tornarmos conhecidos por êles através dcs elementos de nossa vida cotidiana . I remos não apenas criar um (lima de confiança e de simpatia mas também descobrir a influência providencial de Deus em nossas vidas, ou sentido de seus apê los e as respostas que ~le espera de cada um de nós.


devemos evitar A co- partici pação t ipo infantil: (necessidade de imitar, timidez, são características da infância) . Trocam- se receitas : contam-se casos parecidos com os que se estão discutindo, dando a solução · que foi adotada : "O padre X disse . . . ", "Os Y agiram de tal forma ... ". Procura-se segurança : esperando que os outros apresentem uma solução da qual não se será responsável. Não se tem nada para dizer. Tudo vai muito bem, nã o há problemas. E' prova de leviandade , de falta de vida interior ou então de timidez e orgulho. A "co-part icipaçã o" ti po ad olesce nte: (egocentrismo, esp írito de oposição, intelectualismo são características da adoles cência ). A getne traz avalanchas de problemas : só se escuta a si mesmo, acentuando a sua importância . O casal -é o centro do unive rso. Se por acaso se ouve o que um outro diz é para logo transferir o caso a si mesmo : " Foi isso mesmo que nos acontece u" e conta a própria história . Co- participações baruhentas, prolixas, muito "consoladoras" , talvez, mas bem pouco construtivas ! A gente contradiz , nega o problema dos outros ou o despreza; transforma-se a "co- participação" em discussões bizantinas, em cursos de psico- pedagogia , de apologética ou de economia política . último defeite do tipo adolescente : a gente se comove ou procura comover os outros com seus problemas; reage-se sem refletir, apenas por- sentimentalismo ou paixão. 8


condições para uma boa "co-participação', Essas atitudes errôneas decorrem de uma falta de fé ou de espírito de fé . A "co-participação" deve ser um ato de fé, um gesto à procura de Deus. E' o ponto fundamental que deve ser freqüentemente relembrado. Quais são a~ maneiras práticas para favorecer esta atitude? Escolher o mom e nto : final da refeição, depois da partilha, depois da discussão do tema? Em reunião de amizade , cada 2 ou 3 meses? Cada equipe deve encontrar o se u momento favorável. Escolher um método : troca de idéias completa sôbre os principais fatos do mês? Escolha de um assunto importante dentre as preocupações dominantes dos casais? Escolha de um mes · mo tema para todos? O primeiro método parece o melhor para as equipes novas, os outros para as mais antigas, mas isso d-. modo geral. Ter a preocupação de preparar : todos devem preparar a "co-participação", isto é, devem indagar : "como agiu Deus através dos acontecimentos cotidianos? Quais as questões que se apresentaram, apêlos que percebemos?" Partindo dai , escolher-se-á aquilo que se quiser contar à equipe. Vamos propôr um certo critério:

Não dizer inutilidades; se se trata de doença de criança, não entrar em detalhes sôbre os tratamentos mas contar, antes, a nossa maneira de reagir. Não escanda lizar: podemos contar nossas fraquezas e dificuldades mas sem escandalizar ou desencorajar os outros. Melhor será colocar em comum suas riquezas do que seus micróbios! Nada dizer que possa ferir os outros : nada que possa fazer pensar mal do cônjuge, das crianças, das outras pessoas ... 9


saber falar e saber escutar Como falar? na pri!sençil de Deus, dirigindo-se aos próprios irmãos : com simplicidade , com amizade, reconhecendo as limitações de sua própria natureza : forçando um pouco mais de abertura quando se fôr normalmen·· te pouco tagarela . obrigando-se a ficar sintético e preciso quando se fôr . muito prolixo. Como escutar? com a atenção que se deve ter ao ouvir um filho de Deus. com a preocupaçc o de descobrir na vida dos outros as riquezas da graça que talvez êles mesmos desconheçam . procurando fazer com que todos possam se exprim~r . Interrogando os mudos , escutando com paciência os tagarelas 1 é dever do responsável cortar-lhes a palavra , se fôr o caso } . ajudando a falar aquêles que sabemos ter um problema , sobretudo criando uma ·atmosfera favorável . evitando a apresentação de soluções puramente humilna, de conselhos moralizadores, de receitas infalíveis. Concl uindo : devemos pôr em comum nossas preocupações, nossas vidas, para descobrir a "preocupação de Deus conôsco" e a maneira de corresponder a ~le ajudando-nos mutuamente . Naturalmente não poderá jamais haver "co-participação" sincera e franca em uma equipe a não ser que cada um tenha certeza da discrição absoluta de todos os outros.

( 1) - N. R.: Os :>rincípios aqui expostos podem aplicar-se perfeitomente à discussão do temo. ~ste é, realmente, ocasião de troco · de idéias e de conhecimentos. Não devemos permitir que se torne ocasião de um debate aéreo e doutorei o~enos porque existe no reunião um momento próprio à abertura dos corações, oo conhecimento mútuo dos problemas do vida de cedo dio . Em umo equipe que já tivesse atingido o perfeição (mos não há nenhuma ... ) hoverio grandes probabilidades de que tudo aqu ilo que fôsse importante no vide do cosol fôsse dito ou durante o refeição ou no oroçõo, no controle ou no discussão do temo. 10


nossa oração oração à Nossa Senhora

~sse belo texto de Bernanos nos ajudará, no início dêsse novo ano, a contemplar Maria, "mais jovem que o pecado", e a nos apresentar à terna compaixão de seu olhar: 11 Mas "E o Virgem Santa, você reza poro o Virgem Santo? é cloro!" "Costuma-se falar assim ... Mos resto o ver si você rezo CC"mo se deve, si rezo bem? Elo é nossa mãe, não se discute. E' mãe co gênero humano, o novo Eva. Mos é também suo filho . O mundo antigo, o mundo doloroso, o mundo anterior à graça, embolou-o por

muito tem!)o em seu seio desolado durante séculos e séculos no espera obscuro, incomr>reensível de uma ''viroo genitrix ". . . Durante

séculos

e

séculos, com

suas velhas mãos carre~odos de crimes, suas

pe!:.adas mãos, proteC,'eu a menino maravilhoso do qual nem mesmo o nome sabia. Uma menininho, essa rainha dos Anjos! E continua a

sê-lo, não se esqueço!

Mos agora, preste atenção, criança: o Virgem Santo não teve nem triunfo nem milagres. Seu filho não permitiu que o alório humano o

tocasse, nem mesmo com o pontinha de suo enorme asa selvagem. Ninguém viveu, sofreu 1 morreu com tanta simplicidade e numa ignorância têio profundo de suo próprio dignidade, de uma dignidade que o coloco, entretanto, acima dos anjos . Pois afinal, elo nascera sem pecado, que solidão espantoso Uma fonte tão puro, tão límpido, tão límpido e tã o puro que nem mesmo podia ver nela refletido suo próprio imagem, feito Unicamente poro oleqrio do Pai a solidão sagrada! Procure imaginar os antigos demônios familiares do homem, ao mesmo tempo servos e senhores, os terríveis patriarcas que guiaram os primeiros !)Ossos de Adão nc limiar do mundo amaldiçoado, o trapaça e o oroulho, o olhar de longe essa crioturo miraculoso colocado fóro de seu alcance, invulne-

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róvel e desarmado . Sem dúvida nosso pobre espécie não vale mos o Infância comove sempre suas entranhas, o ignorélncio dos ninos o foz baixar os olhos, êsses olhos que conhecem o bem e êsses olhos que viram tontos cousos! E afinal de contos, troto-se

muito, pequeo mal, apenas

de ignorância . A VirQem era inocência . Você !')ercebe o que somos para

elo, nós do roço humano? O', naturalmente elo detesto o pecado, mos afinal,

não tem

dêle

nenhuma

experiência,

essa

ex!')eriência

que

não

faltou nem mesmo aos grandes santos, ao l)róprio santo de Assis, por mais seróf ico que seja . O olhar do Virgem é o único olhar verdadeiromente infantil, o único verdadeiro olhar de criança que algum dia se ergueu poro nosso vergonha e nosso infelicidade. Sim, meu pequeno, poro rezar bem poro elo é preciso sentir sôbre si êsse olhar que não é propriamente de indulgência pois o indulgência

supõe alauma experiência amargo -

mas de terna

compaixão,

ae surpresa doloroso, de não sei que sentimento ainda, inconcebfv~l, inexprim ível , que o fo:t mais jovem que o pecado, mais jovem que o roço do qual saiu , e, embora Mãe pelo graça, Mãe dos graças, o caçula do gênero humano."

oração de súplica

Uma mulher jovem das Equipes, cujo marido fôra chamado a Deus um ano antes, responde a um tema de estudo sôbre a oração de súplica·: " Depois do estudo dêsse temo percebo que é bastante raro que eu faço uma oração de súplica . Isso porque, mais ou menos conscientemente, parece-me que imoorto apenas o vontade de Deus, que só elo 100de nos levar oo bem de nosso olmo e que nado !>Ode mudar o rumo dc~so vontade . E' aqui que descubro em m im um certo fatalismo; sem dúvida troto-se de uma reação oo ponto de interro:;:oção deixado pelo partido de X . .. , chamado o Deus há um ano. Mos quando retorno oo Evon~elho , descubro nêle : Deus, Pai atencioso, conhece !)Ortonto nossos Cristo, pelo incornoção, natureza humano, nado 12

" o" Pai. Conhece o cedo um de nós pelo nome, mais íntimos necessidades. Além do mais, o conhece as exigências e os limites de nosso lhe é estranho.


Deus, Pastor, o Bom Pastor. Vai adiante da ovelha perdido, provendo mesmo às suas necessidades materiais. Deus quer que peçamos: Cristo nô·lo ensinou, mostrando-nos como pedir no Pai Nosso, dizendo-nos ainda : "Pedi e recebereis". Deus não precisa, paro conhecer nossas necessidades, que os d igamos, mas gosta de dor o quem lhe pede. E' por orgulho que não queremos reconhecer uma total dependência em relação a nosso Pai apresentando-nos o êle como um mendigo. Paro recorrer a Deus como a um pai, como uma criancin ha que

pede

tudo a seus pois, é precisa uma olmo desprendida : uma alma de pobre. A

Igreja reza

sempre por uma intenção es!Jeciolmente mencionado, mas

pede sempre paralelamente o bem de todos, o santificação de seus membros e termino pelo magnífico oração do Glória Patri ou pela evocação do mistério do Trindade : rJer Dominum Jesum Christum . . . E' como si dissesse:

" Preciso

de

9Õo · para

meus

filhos,

!)reciso

de

moradia

para

aquêle, de saúde poro tal outro, mas desejo também poro todos os homens o bem-estar que os conduziró para vós e quero antes de tudo vossa glória Quero humildemente praticar essa oração de súplica, por ocasião de qualquer informação lido ou ouvida, de todo problema encontrado, o fim de que 'venho a nós o vosso reino" . 11

oração : "Sem a oração parece-me impossível progredir verdadeiramente nesse caminho de santidade que livremente escolhemos e desejamos ao entrar para as Equipes." "Consigo cada vez melhor vencer o principal obstóculo à minha oração cotidiana: tempo. Acontece-me freqüentemente mesmo, prolongar por meia hora meu ter.cpo de oração, e entretanto tenho 3 filhos e sou professôra. Gostaria de oritor o nossos amigos e o nossos co-equipistas que o obstóculo à oração- está em nós e não em nossas ocupacães e que, pelo contrário, ~ua.nto mais sorr.os absorvidos por nossos funções , quanto mais formos dedicados, engajados no temporal , tanto mais temos necessidade de voltar à fonte da Verdade, do único Amor : o Pai , com e pelo Cristo, em seu Espírito . De minha parte o primeiro benefício que tiro da oração, além desta alegria de rr.e sentir filha do Pai, é de med ir cada vez melhor as exiaências do Evan!:!elho e minha fraqueza . Sem a oração parece-me impossível proQredir verdadeiramente nesse caminho de santidade que livremente escolhemos e desejamos entrando poro os equipes . E' tão difícil tentar ir até o fim nos experiências do nosso cristianismo que me !)Orece impossível continuar o auxílio nêste caminho si, depois de alguns anos de vida de equi!)e não conse~uirmos nos sustentar mUtuamente paro chegar a fazer a oração" . Estão de acôrdo? 13


oração da noite 330 casais estão inscritos para a nossa permanência de oração noturna; quer dizer que de meia noite às seis horas dois casais estão em guarda. apresentando ao Senhor as necessidades de tôdas as cquies, as do Movimento, as da Igreja . ' 1 E' preciso ter ex!)enmentado essa parado de urr.o hora, no silêncio, para so~er que oi comec:o verdadeiro!T'ente o dis!)onibilidade para com Deus, e que somo de lur e de fôrça isto oode !)rojetor em nosso vida, nossa a ção e por conseguinte, uns estão muito "engajados', no

exterior e inscrevendo-se paro uma hora de guardo mostram que não querem se deixar motor !')elo o~ão , nem contar ·~nicomente consigo :>ora dor mesmo. Outros que têm encargos mu ito :-'esodos de família 11 físico, se alemuito tempo à ação, ou QUe sofrem de um "hondic0!'

gram de poder, também êles, trabalhar no colheita graças à essa oroçõo."

Citemos a carta de um Casal de ligação a um equipista, que relembra as grandes intenções dessa permanência de oração: " Vocês estõo chocados de que se tenho dado como inten~õo o essa oroçõo os intenções do Movimento, o desenvolvimento do espirituolidode conjugal. Reconheçam 9rimeiro que vocês leram moi. O editorial "Pede-se voluntários" , diz textualmente: tenho necessidade de acrescentar

oração nõo se limitará às Equipes? Unindo-o des oronte> do noite : cormelitos, tro;>istos, êles !JrÓprios Àquele de que o E:>ístolo aos dereito do Pa i "su:> lico sem cessar !)O r todos grandes intenções do

(!Ue

suo

àquela de todos o: granbeneditinos.. . unindo-se Hebreus nos diz que, à nós", levarão à Deus os

!~rejo, intercederão ,!)elo humanidade inteiro."

Mas oensom vocês oue si êsses "voluntários" rezassem sOmente pelo dese,.volvimento do espirituolidode conjugal e ;>or todos os inten ções dos membros dos Equi!)es, o mundo teria tonto o perder? Nõo é que sejamos muito coisa , mos o que somos, e se todos os equipistas do mundo se tornassem melhores instrumentos no mão de Deus, dóceis

à suo inspiração, deixando a ~raça passar, o mundo não se beneficiaria?

Assim os voluntários se voltaM paro Deus poro O!Jressor o dia do Senhor o chegado do Reino e lhe oferecer o adoração, em nome de todos, ' que espero do humanidade . O valor dessa oroçõo está em ser in1eiramente pela

I4

~lório

de Deus ."


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CarQs amigos Nosso bilhete de hoje será breve porque as notícias recebidas do Brasil, Tunísia e Dinamarca parecem ter um interêsse tão grande que lhes reservamos um bom espaço. Esperamos apresentar, nos próximos mêses, cartas provenientes de outros países. Queremos, sõmente, pedir suas orações para os Dias de Estudos dos Responsáveis, que se realizarão em várias Regiões. (Brasil 7/8 Abril) . Muitos de vocês sabem a importância que têm êsses Dias de Estudos dos Responsáveis, tanto para o Movimento como para cada Equipe . ~les obrigam a dar mais um passo na reflexão sôbre o Movimento e arrastam cada equipe a fazer o esfôrço que lhe é pedido, a continuar a marcha iniciada há mêses ou anos. Nada de bom se faz sem oração. Jesus dizia , mesmo, que certos demônios não se combatem senão através da prece e do jejum. Talvez não se trate de expulsar demônios mas se trata de aumentar o Reino de Deus. Nós esperamos que muitos de vocês acrescentariam o jejum à prece (jejum tomado no sentido largo de mortificação) . E, dêsde que 350 dentre nós e muitos de nossos Assistentes asseguram a oração da noite do Movimento, é para êles especialmente que nos dirigimos. Além das intenções gerais do Mo-


vimento e dos casais, além das intenções da Igreja, êles reza · rão muito especialmente, nêste mês, pelo sucesso espiritual dos Dias de Estudos dos Responsáveis. Assegurando-lhes, caros amigos, nossa fraternal amizade

O Cotil'o Vi,.do,. P. S. Quando se fala do que não se sabe . . . Três vêzes nestas últimas semanas falou-se ao Centro Diretor que casais inquietavam-se pensando se as Equipes não se tornariam um "Instituto Secular". Um " Instituto Secular" reune pessoas que fazem, entre outros votos, o de castidade, como os religiosos, embora vivam no mundo. Se vocês disserem a alguém advertido, que as Equipes de Nossa Senhora tornar-se-ão um Instituto Secular, correrão o risco de receber em troca um sorriso de zombaria ou farão crer que a d ireção do Movimento beira a loucura . Se o disserem a alguém desconhecer do assunto, êle o repetirá e se volta às hipóteses precedentes, sorriso de zombaria ou temor de que a direção do Movimento esteja perigosamente mal informada ou tomada de loucura mística . Atenção, portanto, ao que dizem e ào que ouvem! As Equipes de Nossa Senhora não são e não serão jamais uma Ordem Terceira, um Instituto Secular ou Movimento de Ação Católica . Cada um, na Igreja, tem seu caráter próprio e sua missão. As Equ ipes são um movimento de espiritualidade para os . cristãos casados, uma "escola de vida cristã". Se querem estar bem informados sôbre o Movimento leiam com atenção seus documentos: Estatutos, Cartas Mensais, "A Ecclesia ", Memorial aos Bispos, O Santo Padre e as ENS, As · ENS e o Apostolado do Cristão Casado, Manuais dos Casais Responsóveis, Piiótos, Ligações, etc.

DIAS DE ESTUDOS DOS CASAIS RESPO~SÁVEIS Todos os Assistentes, Dirigentes, Responsáveis, Pilotos e Ligações·, estão desde - já , convidados e convocados para os Dias de


Estudos dos Casais Responsóveis, em Sõo Paulo, nos dias 7 e 8 de abril. Desnecessário será falarmos da importância d~sses Dias de Estutudos, para a vida do Movimento em 1962. Já foram enviadas circulares com amplas notícias e detalhes sôbre os mesmos. Se ainda não receberam procurem URGENTEMENTE entrar em contato co mo Secretariado. Contamos v~-los em São Paulo, nos próximos dias 7 e 8 éle abrilf

VIDA DO MOVIMENTO Estatística

Como em todo o IniCIO de ano, procuraremos dar aqui uma estatística das Equipes no mundo que certamente para nós tem grande inter~sse . Foi o seguinte o crescimento do Movimento nos diferentes países: Totlf Equipei filiadas País Equipes em dez 60 em 61 22 14 8 Alemanha 2 1 3 Áustria 69 42 27 Brasil (x) 12 6 6 Canadá 1 1 Congo 2 2 Costa do Marfim 1 1 Dinamarca 62 20 42 Espanha 2 5 3 Estados Unidos 721 113 609 França 14 Ilha Maurício 8 6 1 4 3 Inglaterra 1 2 Itália 3 Luxemburgo 6 1 1 Marrocos 5 5 Portugal 20 20 40 Senegal 2 1 3 Suíça 6 31 25 Tunísia 8 3 11 Equipes por correspondência 11 11 TOTAL 812 247 1.027 111


Alguns comentários: (x) com referência ao Brasil, os dados computados pelo Centro Diretor (Paris), foram até setembro de 1961 . A Dinamarca aparece na lista dos países onde já há equipes; a Itália triplica seu efetivo; o Canadá e Portugal dobram- no. Na Alemanha, Brasil, Ilha Maurício e Estados Unidos o aumento é superior ou igual a 35%. Na Áustria, Espanha, Senegal, Inglaterra, França e Suiça o mesmo se situa entre 20 e 30% . Temos uma boa nova! Graças aos Anexos aos Responsáveis, maior eficiência aos casais de ligação, etc., o envio dos Anexos aos Relatórios, remetidos pelos casais responsáveis de equipe, ultrapassou a casa dos 85%! O Centro Diretor pôde assim muito melhor que em ~nos anteriores seguir o progresso e as deficiências das equipes e do Movimento em seu conjunto. Aqui estão as percentagens das obrigações cumpridas: Anexos aos Relatórios

Obrigações

Ano precedente

97% Presença à reunião 97% Resposta ao tema 87% 77% 67% Dever de sentar-se 77% Regra de vida 80% 77% Oração em família 87% 81% Oração das Equipes 89% 81% Retiros e recolhimentos 74% 51% Leitura do editorial 91% 91% Para as obrigações dos casais responsáveis, as percentagens são as seguintes: Missa semanal 78% 88% Meditação diária 66% 64% Houve algum progresso, não há dúvida . Mas devemos assinalar uma grave falha que não aparece nas percentagens gerais, sôbre a época das férias. 10% sõmente das obrigações foram cumpridas durante as férias! Então isto quer dizer que as oprigaçães de equipe são negligenciadas durante esta época ou ao se fazer o ncontrole"?


Pedimos aos casais responsáveis que reflitam sôbre esta questão à qual damos grande importância. Escrevia recentemente um Assistente : "E' absolutamente necessário encontrar-se um me10 de fazer com que os casais compreendam que não há férias na vida de oração, na vida espiritual. A ausência do "controle" faz com que um grande número negligencie o dever de sentar-se, a H-:Jra de vida, a oração, a cultura religiosa .. . " Ao término de 1961, no dia 31 de dezembro, na Capela do Colégio Des Oiseaux, durante a Missa de Natal das ENS de São Paulo, a Equipe São Paulo 7 - Nossa Senhora do Sim - composta pelos casais: Monique e Gerard, Ester e Marcelo, Lúcia e Jorge, Gracinha e D'Eiboux, Doris e Nelson, Patsy e Togor, prestou o seu Compromisso Solene junto ao seu Assistente, Pe. Oscar Melanson, esc, ao Casal Responsável Regional, Nancy e Pedro Moncau, ao Assistente Regional, Pe. Lionel Corbeil, esc, e todos os irmãos equipistas que participaram daquela Missa. Foi o seguinte o texto do Compromisso da Equipe de Nossa Senhora do Sim: Querem levar até o fim os compromissos de seu batismo? QUEREMOS. Querem viver para Cristo, com Cristo, por Cristo, entregar-se a ~le sem condições e serví-lo sem discutir? - QUEREMOS. Reconhecem n~le o Chefe e Senhor de seu lar? - RECONHECEMOS. Querem fazer de seu Evangelho o estatuto da própria família? - QUEREMOS. Querem que o amor que se dedicam, santificado pelo Sacramento do Matrimônio, seja um constante louvor a Deus, um testemunho aos homens, uma reparação pelos pecados contra o Matrimônio? - QUEREMOS. Querem ser competentes na própria profissão e fazer de têdas as suas atividades, uma colaboração à obra de Deus e UI'T' serviço prestado aos homens? QUEREMOS. Querem ser por tôda a parte os missionários de Cristo, de-

Compromisso

v


votados à Igreja, sempre prontos a responder aos apêlos de seu Bispo e do sacerdote? - QUEREMOS. Estão decididos a unir os seus esforços e, num espírito de fraternidade e auxílio mútuo, ajudarem-se uns aos outros a alcançar êstes objetivos? ESTAMOS. As perguntas são feitas pelo C.R. Regional, e as respostas sãc dadas por todos os casais da equipe, em voz alta; depois, casal por casal, de joelhos junto ao altar, repetem a seguinte afirmação de Compromisso: N'ós . . . . . . . confiando no auxílio de Nossa Senhora do Sim e apoiando-nos uns nos outros, comprometemo-nos, diante de Deus, da Santa Igreja e do Movimento, a viver o ideal proposto pelos Estatutos das Equipes de Nossa Senhora e trabalhar pela expansão do Reino de Cristo.

6 foram as equipes do Estado de São Paulo que tiveram o seu pedido de Filiação aceito. Com alegrra comunicamos o seu ingresso em nossa família : Filiação

Baurú 2 - Equipe NaSa Aparecida

Assistente: Pe. Humberto Rademakers C.R. : Maria Tereza e Wladir Teixeira Viegas Lins I - Equipe NaSa Auxiiladora Assistente : Pe. Elso Cizotto C.R.: Vicentina e Homero Libretti Marília I - Equipe NaSa Aparecida Assistente: Pe. José Nagali C.R. : An61ia e Otávio Augusto Correia Marília - Equipe NaSa de Fátima

Assistente: Pe. Gervósio Labbé C.R.: Célia e Nardy Zillo Santos 4 - Equipe NaSa do Carmo

Assistente: Pe. Frei Nu no Alves Coreia, o.carm. C. R.: Mercedes e Antonio Pereira São João da Boa Vista 3 - Equipe NaSa Aparecida

Assistente: Pe. José Carlos Silveira Lisboa C. R. : Vilma e Hélio Vaz de Rezende


CORREIO DO MUNDO Tunísia Em julho havia, na Tunísia, 1O equipes agrupadas em um Setor. No comêço de outubro, h6 elementos para s6 4 equipes: três em Tunís e uma em Sfax. Eis o texto da carta enviada ao único casal restante da Equipe de Setor e seu Assistente: "No momento de retomar nossas atividades, depois da dolorosa prova dêste verão, nós nos perguntamos como nossas equipes querem sobreviver. A Equipe de Setor, em grande parte, foi dispersada, muitos casais deixaram a Tunísia para não mais voltar. Mais que nunca , portanto, nós temos necessidade de apôio fra-· ternal uns dos outros para estarmos atentos à vontade de Deus. Para sobreviver só há um meio : reagrupar o pouco que restou em equipes suficientemente numerosas para que elas possam subSistir algum tempo. Após um exame rápido da situação constatamos que 4 equipes podem funcionar . . . Nós os convidamos a entrar em uma ou outra, mesmo se têm em vista uma partida próxima. E' precisamente nêstes períodos crUCiais que nossos casais têm necessidade de inserir-se na "ecclesia". Tendo sido suprimida e Equipe de Setor, os três Casais Responsáveis reunir-se-ão regularmente para estudar as questões de interêsse comum. As Equipes terão por Casal de Ligação nosso antigo responsável d!1 Setor, atualmente morando na França. ~sse casal nos transmitirá as diretrizes necessárias. Que uma oração intensa e fraternal nos reúna cotidianamente no coração de Cristo e sob o maternal olhar de Nossa Senhora. " Esta carta não precisa de comentários . . . Nós também reuniremos nossa oração àquela de nossos amigos. Por outro lado, acolheremos fraternalmente os que, dentre êles aqui vierem. Dinamarca

Os Casais de Ligação devem visitar suas equipes ao menos uma vez por ano. . . mas não podem quando essas equipes estão a VIl


2.000, 5 .000, 10.000 quilômetros! Ficam muito felizes quando um ou outro membro das Equipes pode visitar a Dinamarca ou a Austrólia. Eis a carta de um destes "viajantes", dirigida ao Casal de Ligação da Dinamarca que reside na região parisiense. "Algumas palavras para lhe dar notícias de minha viagem a Aarhus. Como não sei o que conhece da equipe eu direi tudo que me foi possível observar, após passar 4 horas com alguns dêles. Somente pude avisá-los, por telegrama, algumas horas antes da minha chegada. Encontrei, no enderêço indicado, o Casal Responsável, suas três crianças e um avô que falava um pouco de francês. Deus seja louvado! Ao cabo de 5 minutos mostraram-me suas fotografias, crentes de que os conhecia. ~les se apeiam muito em vocês e eu senti, em diversas ocasiões, que a minoria católica !25.000 em 5 milhões) tinha necessidade de ligar-se ao mundo católico. Jantamos em comum e fomos depois a outro lar - seu irmão - onde encontramos ainda outro casal. Malgrado as grandes dificuldades de tradução eu compreendi que o Casal Responsável e seu irmão nasceram católicos e seu pai converteu-se aos 18 anos. A Equipe mostrou-se animada por um grande zêlo. A regra não parece dura para seguir e sim muto conveniente ao caráter disciplinado dos dinamarqueses. A oração pessoal e a partilha lhes são o mais difícil. A "mise-en-commun" lhes é facilitada pelo caráter aberto e alegre dos dinamarqueses e pela necessidade de comunhão que êles sentem para ser uma célula da Igreja vivente. A Carta Mensal é esperada e muito apreciada . Ela é um liame concreto e indispensável e marca mais ainda a catolicidade do Movimento, de que êles têm tanta necessidade. E' precis;:~ que saibam até que ponto êles vivem num meio "sem Deus''. Grande número de protestantes, o são só de nome, e uma fa· chada que esconde um confortável paganismo. Rezamos juntos antes de separarmo-nos e o Pater foi um momento que não esqueceremos nem êles, nem eu . Disseram-me como estavam felizes por pertencer às -Equipes e que desejavam que seu Casal Responsável viesse a Paris para os VIII


Dias de Estudos dos Responsáveis. Eu lhes disse a importância dêsse fato e lhes afirmei que as equipes, em particular a nossa, tomará parte, se fôr necessário, nas despezas de viagem . Pediram-me ainda, que transmitisse ao Centro Diretor seu abraço fraternal e pedido de orações." A!LEGRIMO-NOS COM ILES! 18/ 7

Lígia

23/ 7

Ivan

20/ 8

Silvia Cristina

30/ 8

Luiz Fernando

6/ 9

Luiz Fernando

19/ 9

Paulo Tarso

21/ 9

Sylvia Helena

22/ 9

Clarice Raquel

30/ 9

Ana Sylvia

2/10

Maria Mônica

10/10

Marisa

11/10

Cláudia

22/10

Mônica

23/10

José Carlos

27/10

Flávia

Vilma e Hélio Vaz de Rezende Eq. NaSa Aparecida - S.J. da Boa Vista Judite e Wladimir Hunold Eq. N'aSa Rosa Mística - São Paulo Ana Maria e Mareio Junqueira Eq. NaSa Auxiiladora - Lins Ana Lia e Manoel Carlos Carrera Neves Eq. NaSa daa Cra~as - Campinaa Neuza e José Guedes Eq. NaSa da Glória - Florianópolis Sodênia e Ruy Santos Eq. NaSa da Luz - Curitiba Henriqueta e Milton Brazõo Eq. NaSa da Candelória - São Paulo Graziela e Agostinho Sielskl Eq, NaSa da Glória - Florianópolis Eduly e José Carlos Ross Eq. NaSa das Vitórias - Curitiba Sylvia e Levy Scall i Eq. NaSa da lm. Concei~ão - Caconde Graciette e Leo Opperman Eq. NaSa do Bom Conselho - Jaú Sônia e Evaldo Schaefer Eq, NaSa do Rosário - Florianópolis Cleonice e Lourival de Arruda Camargo Eq. NaSa Auxiliadora - Lins Beatriz e José Luiz Costa Auler Eq. NaSa do Sagrado Coração - Jaú Neuza e David Pares Eq . NaSa do Sagrado Cora~ão - Jaú IX


31/10 3/11 11/11 15/11 19/11 22/11 27 / 11

Marcy e Carlos Coelho Neto Eq. NaSa Aparecida - S.J. da Boa Vista Alice e Roberto Cantusio André Eq. NaSa das Craças - Campinas lvani e Pedro Paulo Fiorelli Simone Maria Eq. NaSa da Consolação - Jaú Maria de Jesus e Antonio Sapienza Tarcísio Eq. NaSa do Carmo - São Paulo Erly Therezinha Lygia e Ernestino Barbosa de Morais Eq. NaSa Auxiliadora - Lins Lucila e José Luiz França Pinto Maria Cecília Eq. NaSa do Patrocínio - Jaú Regina Augusta Lina e Benno Meyer Peressoni Eq. NaSa do Destêrro - Florianópolis

Marina

DEUS CHAMOU A SI Um dos nossos partiu . Um dos que mais trabalhava. Um dos mais ativos. Um . dos mais queridos. Francisco Xavier Pinto Lima, responsóvel pela Equipe São Paulo 12 - NaSa da Assunção - , colaborador dedicado e permanente, em vários setores do nosso Movimento, faleceu dia 17 de dezembro, deixando uma grande lacuna em nossas vidas e principalmente nas vidas de sua espôsa querida e de seus filhos. Só a palavra do Cristo, em meio à dor, é consoladora : "Disse Maria a Jesus: Senhor, se tivésseis estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas sei que mesmo agora Deus Vos concederá tudo o que lhe pedirdes. Disse-lhe Jesus : O teu irmão há de ressuscitar. Maria respondeu: Sei que há de ressuscitar na ressurreiçéío, no último dia . Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; o que tem fé em Mim, ainda que tenha morrido viverá, e todo o que vive e crê em Mim, não há de morrer nunca." SEMANA DE VOCAÇõES SACERDOTAIS EM SÃO CARLOS A Semana das Vocações Sacerdotais em São Carlos, caracterizou-se, êste ano, por um trabalho apostólico realizado pelas Equipes de Nossa Senhora, coadjuvadas pelo Movimento Familiar Cristão e pela Legião de Maria , sob a orientação de Cônego Virgílio de Pauli. X


Alguns dias antes, a Legião de Maria, percorrendo os vários bairros da cidade, procurou convocar os seus habitantes católicos para assistirem às palestras que seriam realizadas por equ 'pes de casais e indicando os locais das conferências, Foram escalados grupos de do is casais, tanto da primeira COITI O da segunda equipe, para falar nos lugares indicados, abordand'l o tema "O Padre e a Família". Assim, em cada dia da semana , às I 9,30 horas, dois casais estariam promovendo, juntos, a sua palestra-. No domingo teve lugar o encerramento com a palestra final, a cargo de Inês e Orozimbo Loureiro Costa, Casal Responsável pela Equipe de Setor de Jaú, realizada na própria Catedral, com a presença de Cônego Virgílio, que fez as apresentações e Cônego Saroni, representando Dom Ruy Serra, DD Bispo Diocesano. Tôdas as reuniões tiveram boa receptividade, com os audi · tórios regularmente repletos. Os casais conferencistas procuraram ressaltar o papel do Sacerdote em todos os momentos de nossa vida, frizando o seu papel como representante de Cristo na ter .. ra e, como tal , digno de elevado respeito. Procurou-se salientar suas gigantescas tarefas dentro de uma paróquia e sua missão divina no seio da sociedade. Mostrou-se a necessidade de incentivar a vida sacerdotal e vocações no meio familiar através de uma espiritualidade familiar consciente e uma prática de vida cristã autêntica . De um modo geral, tudo correl.l bem, notando-se grande entusiasmo por parte dos conferencistas que souberam levar, com elevado senso de responsabilidade, a incumbência que lhes coube realizar.

CURSOS DE PREPARAÇÃO AO CASAMENTO Tereza e José Eduardo Macedo Soares (Praça Morungaba, 26 80.383 I) continuam õ espera de suas indicações para noivos que queiram fazer um dos Cursos de Preparação ao Casamento promovidos pelas Equipes de Nossa Senhora . Os mésmos terão infcio na segunda quinzena de Março. 'XI


MUNDO MELHOR Você que recebe MUNDO MELHOR já renovou sua assinatura para 1962? Vamos renová-la já? Você ainda não é assinante? Vamos assiná-la urgentemente? Vale a pena! MUNDO MELHOR Revista de Diretrizes e Experiências Humanas Rua José Bonifácio, 209 10.0 si. 1008 35.1892 - São Paulo. ORAÇÃO LITORCICA Nesta Carta Mensal, assim como em muitas das próximàs, os salmos e comentários que aparecerem como Oração Litúrgica, ~c­ rõo extraídos de "Salmos para Re:ur" de autoria do Pe. Hélio Ângelo Raso, antigo assistente da J ICF e atual Reitor do Seminário de Belo Horizonte, ao qual muito agradecemos a autorização que nos concedeu na utilização dos textos de seu trabalho . CALENDÁRIO mar abr mai ago set out

23-25 7-8 18-20 24-26 2 31-4

no v dez

23-25

2 Retiros e Recolhimentos : detalhes e incrições com Su zana e João Batista Villac Rua Monte Alegre, 759 - 62 .8092 Pedimos a tôdas as Equipes do Brasil que nos enviem com urgência suas programações de atividades para que possamos publicá-las nos próximos calendários.

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XII

Retiro em Baruerí Dias de Estudos dos Responsáveis Retiro em Baruerí Retiro em Baruerí Recolhimento Retiro para Dirigentes e Responsóvei~ Pregador: Pe. Henri CaHarel Retiro t:m Baruerí Recolhimento


notas de um inquerito Não se tra ta de prestar contas aqui dos inquéritos aos quais as equipes tiveram que responder, sob o título "Os casais e o Concílio". Seus resultados são extremamente interessantes e serão divulgados de diversas maneiras notadamente pelo "Anneau d'Or" . Aqui publicamos apenas, sem comentários, curtos trechos que têm valor de testemunho :

paternidade e maternidade espirituais "O desejo de ter filhos ;>oro fazer dêles adoradores de Deus e mesmo sêres "consagrados" ao serviço do Senhor, habitou ~ nos desde o tempo de nosso noivado. Cada um de nós hav ia com!JoSto uma oração pedindo o Deus que nos ajudasse o realizar êsse ideal. E depois, conhecemos o

grande provo~õo:

nosso casamento continuávamos sem

f ilhos; e

vórios anos depois de vivemos um período

di -

fícil , perturbador, do qual o revolto não estava ausente . Foi nosso fé no sacremento do matrimônio, nas (l rot:os de fecun didade que êle nos comunico o responso'Jilidode mútuo assumido no ereção que nos levaram pouco a !)Cuco o ace i tar a vontade de Deus " o procurar o que ~le esperava de nós. Foi o descoberto de que existe uma paternidade e uma maternidade es!)irituois que nos !'lossibilitou re ..

encontrar o equilíbrio de nosso lar, ao mesmo tem,:')o que nos trazia desabrochamento e alegria profundo". 15


etapas "Visto que devíamos fazer de nosso lar um louvor o Deus e um testemunho, quizemos que nosso coso fôsse aberto. Foi o tomado de consciência dos graças recebidos que nos impelia o um esfôrço de irradia ção. Queríamos dor o conhecer aos outros o maravilhoso de nosso descoberto. Essa idéio nos sustentou igualmente em nosso ação no seio dos Movitnentos de Ação Católico aos quais pertencemos . Foi somente sob o impulso dos Equipes, por ocasião do peregrinação à Roma que pensamos em desejar vocações poro nossos fi lhos. Enfim, foi só muito recentemente que descobrimos o verdadei ro dimensão do amor conjugal : 11 Como o Cristo e a Igreja" . Conhecíamos, é cloro, o texto de São Paulo, mos só aoora compreendemos que nosso amor é semelhante ao de Cristo e do Igreja; essa idéio nos esclarece sôbre o profund ido que ê le deve at ingir e, reciprocamente, somos ajudados no compreensão dêsse mistér io referindo-nos ao amor que sentimos um pelo -outro. Nosso amor é o representação verdadeiro, o moterioliZ'oção, do Mistério do amor divino".

o senhor, ~ uardião de nossa promessa "Ao nos casarmos tínhamos o sensação que ser ia impossível fazer vàlidomente o promessa de fidelidade que nos era pedido . Como S. Filipe de Neri que, de manhã, pedia a o Senhor de conservá-lo no fé, se m o que tinha certeza de tornar o ser !)agão à noite, espontâneomente no dia de nosso casamento pedim os ao Senhor que fôsse o guard ião de nosso promessa . E é certo que êle nos tomou em suas mãos, como o demonstram os 15 an os passados. As ~raças se sucederam para enriquecer nosso lar na união e na fecundidade. "

uma ~ra ça especial 11 Uma idéio muito coro poro nós é a de que o dever de sentar-se e o correção fraterno que êle comporto são um privilégio do sa cramento do matrimônio. Efetivamente, em d iversos ordens reli:;:iosos ex iste uma formo de correção fraterno . Esta é muito difícil e exige urr.o grande caridade fraterno . Mas parece-me que os esposos tê m uma graça es!)eciol poro isso, que foz r>orte de seu sacramento de Matrimônio, visto que o correção fraterno é . um meio de progresso não O!)enos poro cada umOos esposos, mos poro o casal. Existe portanto uma groco especial poro nosso dever de sentar-se, mos o diabo, que bem o sabe, faz também os maiores esforc;os poro dêle desviar os esposos. Daí vêm, a nosso vêr, as inumeráve :s d if iculdades que encontramos no prático regu la r e constante dêsse " dever".

16

I


as crises "Dois aspectos nos parecem muito pou~o familiares aos espôsos que às vêzes se afobam quando encontram d ificuldades entre si. Pensam estar vivendo uma provação excepcional, Quando se trata de crises

que nado têm de anormal e devem fazer progredir o amor si forem bem vivido~ : - uma verdade iro noção do dom de si, do socriffcio, que coloco em seu verdadeiro

lugar

a

continência, encarado em seu aspecto positivo.

E'lquonto oquêles que se consagraram o Deus fazem no in feio de suo vida os votos de oobrezo , castidade e obediência , no casamento é pouco o pouco que Deus nos despojo, de outro modo, mos sôbre os mesmos planos: o nós compete consentir. - um conhecimento dos crises possfveis no vida conjuool: o espôso pode se tornar como que um estranho, um estranho, um não-amado a t é um inimigo, enquanto um terceiro !JOde parecer o omi~o luminoso .. .

Tudo · isso é inerente à nosso pobre natureza hurmlho. Porque deixa r de assina lá- lo, de o pôr em paralelo com os crises de obscuridade no vida religioso? Essas crises, como outros, são o cominho que deve nos conduzir a

uma etapa

mais alto . . . "

aceitar o princípio "Te ndo sido levados, r>or razões de saúde, o ter que limitar o quatro o número de nossos filhos, primeiro nos foi r>reciso conhecer os diretivos do Igreja . Não tivemos imediatamente coro~em de nos submeter o elos, mos fizemos um esfôrço . Quizemos r>rimeiro submeter nosso pensamento, aderir com o coração, aceitá-las em seu princípio. A confissão, os retiros, nos trobolhorom insensivelmente, um e outro. Nem sempre pudemos abordar o assunto entre nós, no temor de pedir ao outro um socriffcio que talvez não estivesse em condições de suportar. Sem nado dizer um ao outro querfomos progred ir juntos, não soltar o mão do outro num momento diffcil, dispostos o esperar por mais tempo o solução dêsse delicado problema . Foram-nos precisos anos !>Oro encontrá- lo. Em cada confissão, paciência e humildade nos eram recomendados, bem como o frequêncio à Eucaristia do qua l provàvelmente nos terfomos afastado si não fôsse isso. Foi então que nos lança mos no Ação Católico, entramos nos Equipes e começamos c fazer uma meditação d iário . Pouco depois, sentimo-nos com fôrças !)aro praticar a continência que parecia nos ser :>ed ido, e t omamos o decisão de fazê-lo. Tôdo nossa vida espiritual se beneficiou : uma fôrça que não podíamos ima-

ginar nos vem dos sacramentos (confissão mensal e comunhão quosi diário) e o alegria que sentimos em nós compenso largamente a socriffcio consentido."

a primeira pergunta "Poro cada um de nós chegará um dia em que, face o face com Deus, p restaremos contos de nosso vida. Imagino que o r>rimeiro pergunto, si ouso diZ'ê-lo, será : Confiei-te uma mulher, filhos, poro que os ajudasses o se tornarem meus santos. Que fizeste dêles?"

17


LEITURA

l

COMPANHEIROS DE FTERNIDADE Pe. Carré, op

Três conferênc ias poro estudantes, numa solo do " Quartier Lotin " , deram origem o " Compognons d' Etern ité", do Pe. Corré, de grande sucesso no

li 1:

li

El!ropo . Esta obra está prestes o ser lançada em português pelo Flomboyont. Devido a o seu grande valor, o Carta Mensal adianto -se, in iciando hoje o publicação de alguns de seus trechos, em tradução de uma nossa irmõ de equ ipe Mario Helena Dutra de Oliveira , da Equipe No . So . à qual profundamente agradecemos. da Saúde, de Ribe irão Prêto -

O casamento é um estado de vida "Ah! descobri uma coisa tão grande! E' o amor que deve me dar as chaves do mundo e não m 'as retirar ". Para que um tal poder tenha sido dado por Deus ao amorpoder que as heroínas dos dramas não são as unicas a confessar e que os nossos jovens cristãos descobrem cada dia com en· cantamento - é preciso que o lar, o casamento seja outra coisa e não ap-enas a posse de um ser muito tempo desejado e a exaltação e a calma de uma atração física. J!: um estado de vida. l!: por vocação que o cristão entra nêle. Por vocação div\r.a e humana. Não digam : episódio de aventura, modificação parcial do ritmo ordinário de uma existência ou simples con trato de direitos e devêres recíprocos destinados à proteção e ao bem estar comuns. Ao mesmo tempo que se exalta o sangue de uma raça, do fundo da alma sobe o próprio apêlo do Criador. 18


Deus, com efeito, criou o homem à. sua imagem diz o Oênesis, "Ele os criou homem e mulher" . Isto quer dizer qtie ~le quis para participar de sua Felicidade - dois sêres que fizessem a humanidade, e que, destinados a se completar reproduzissem juntos e não isoladamente, a imagem de Deus. Entre êstes dois seres, a diferença de constituição não é pois, sõmente física, mas propriamente metafísica. Sua união não será ditada apenas pelo desejo carnal, mas pela inclinação total, essencial, de duas criaturas incompletas que procuram sua plenitude. Dai esta ferida no lado do homem desde qu~ Deus tirou a mulher, e êste sofrimerlto em seu coração, em seus sentidos. e de um certo modo em sua alma, enquanto a imagem de Deus não encontrar sua integridade. Ora, de um dos gestos dêste encontro, Deus fez o princípio da vida. El-los associados à obra misteriosa, que supera infinitamente o seu pQder e entretanto não pode se realizar ~em sua colaboração. O ser concebido por sua união espiritual e carnal, animado pelas pulsações de uma vida vegetativa, se tornará humano, pela infusão de uma alma, diretamente criada por Deus. Assim, a Criação, ao mesmo tempo se completa e se continua, realiza qualquer coisa de sua plenitude e lOgo, porque esta é fecunda, estende seu domínio, retoma seu impulso. Como é bonitO o estado de vida oferecido a esta plenitude e a tais horizontes! Sob o pretexto de que êle é normal, proposto à maioria dos seres, não o julguemos banal, não percamos o sentido de "vocação" que êle exige. Porque êle toma o homem todo, e quer seu corpo como sua alma, não o considertmos suspeito. Porque o mstinto aqui é forte e misterioso. e porque no instinto a raça fala imperiosamente, não o exaltemos por i&o e não lhe demos por regras apenas as que a paixão cega conhece. E' preciso o olhar do batizado para ver o lar dos homens tal qual é, em sua grandeza e fragilidade: porque êle julga todas as coisas com a lucidez de Deus. 19


RENOVAÇÃO DO COMPROMISSO

SP.rá por um a.no apenas rzue se faz o Compromisso? Tem-se e~t'a. impressão, pois torios os anos se fala em renovar nosso compromisso.

Cuidado, de fato, com as confusões possíveis. Renovar, tornar novo, não significa fazer de novo. Do mesmo modo que a Igreja nos pede para renovar solenemente os compromissos de nosso batismo quando chegamos aos doze anos, do mesmo modo que agora ela nos pede para os renovar todos os anos dul'ante a vigília pascal, as Equipes nos pedem para renovar todos os anos nossos compromissos de equipe, afim de que nos fazer retomar consciência do fim para o qual tendemos e da adesão que demos aos meios propostos pelo Movimento. Parece que quando se compreender bem isso não se terá mais a tentação de cada vez repor em dúvida êsse compromi<;so. Ter que renovar seu compromisso não quer dizer que de cada vez se tenha que tomar uma decisão sôbre o fato de pertencer à equipe. Esse compromisso, feito em conhecimento. de causa, deve nos salvaguadar de voltar atrás, de dúvidas, de escrúpulos. Ultimamente um Cas!\1 Regional nos assinalava que são numerosos os casais que, um, dois, três anos depois do compromisso não se julgam mais "dignos" de fazer parte das Equipes, acham que deixaram de ser suficientemente bons para isso! Como si para fazer -parte das Equipes fosse preciso mais do que uma leal bõa vontade e uma fidelidade cada vez maior à regra aceita ... Esse Casal Regional nos dizia a êsse respeito : "Não poderão vocês dj.zer e repetir que o compromisSil deve evitar que, com demasiada frequência, ponhamos em dúvida o fatp lfe pertencermos à equipe? E' êsse justamente _o 20


farol nos momentos de escuridão. Não sendo assim, qualquer cansaço, uma reunião menos bem sucedida, um fracasso no que se refere às obrigações, tudo será pretexto para alguns criarem problemas. Parece-nos que isso não é bom para êles, e também que é ruim para suas equipes onde acaba-se por viver numa atmosfera de provisório e de inquietação. Não é nos momentos de desânimo que se deve por em questão uma decisão colocada nas mãos de Deus como a de nosso compromisso". A renovação do compromisso deve encontrar em nós uma atitude positiva, uma resolução de entrar melhor no jôgo da equipe tanto no que diz respeito a nossas obrigações, como no que diz respeito à amizade fraterna, à tomada do encargo uns dos outros. O melhor ponto de partida para a renovação. do compromisso da equip~ é a prestação de contas da reunião de balanço em que são tomadas, em função das falhas do ano anterior, as resoluções particulares e comuns que se impõem. o Movimento deve estar presente nessa renovação (que vocês têm interêsse de faz er sem tardar, pois ela deve da r novo impulso à sua vida de equipe) : suas grandes orientações, suas grandes intenções. Alguns de vocês talvez pensem não as conhecer; que êstes leiam com atenção as Cartas Mensais, espesialmente os editoriais e os "o que vae pelas Equipes", que interroguem os Casais Responsáveis que tiveram contato com a Jarte central do Movimento; acharão nisso alimento para f.eu conhecimento do Movimento e sua ligação com êle. NOTA : Freqüentemente nos é feita uma pergunta a respeito dos casais que entrarCll1n numa equipe depois que esta se compromissou. Logo que êste casal estiver maduro para o compromisso deve fazer seu compromisso, mas não é um ato individual que deve realizar : é normal que tenha lugar na re·novação do compromisso da equi pe pois todos os membros devem também se compromissar com êle e para com êle, englobá-lo em seu compromisso de equipe, dando-lhe a entender as~ sim que taz parte da equipe, que os casais tomaram o encargo dêle -como êle toma o enc(lrgo dos outros. 2}


PALAVRA DO ASSISTENTE

UNIDADE NA CARIDADE As nossas pequeninas equipes de casais hão de ser grandes focos de caridade, na Igreja de Deus e na sociedade dos homens. Reunimo-nos, para nos unir. A razão pois de nossas reuniões é o amor . Unidade na caridade . E para isso, rezamos juntos. Pensamos juntos. Uma só fé . A doutrina do Evangelho traduzida para a vida do casal. Um só batismo. Na fôrça insuperável dos sacramentos, sobretudo da comunhão, a união com Deus, na mesa comum da Eucaristia . Colocamos em comum as nossas intenções, para que todos rezem por todos . Dizemos de público a nossa meditação, para dividir entre Irmãos as inspirações que recebemos de Deus, naquele momen· to da reunião . Como é bom dar! Como é bom receber! E na hora da partilha, quanto vale a humanidade de uns e a simplicidade de outros! Os que rezaram gempre a Salve Rainha! Os que se habituaram à oração em comum! Marido e mulher, pai , mãe e filhos! Os que encontraram um tempo precioso para a leitura da Carta Mensal! Os que puderam pensar juntos para responder ao tema e dar assim à reun1o0 aquêle colorido diferente · de vários estilos, de vários modos para dizer o mesmo pensamer)to I Unidade na Caridade . Finalmente e sobretudo os que conseguiram sentar-se diante. de Deus, para trocar numa revisão sincera e amiga, os prés c os contras, as dificuldades e as alegrias do lar! Tudo para a unidade . Tudo pela Caridade. Em Cristo . Com Nossa Senhora. Cônego Alfredo Sampaio Assistente do Eq . No. So . Rainha dos Apóstolos • Santos (Extraldo de "A EQUIPE ", de Santas)


qttal a

Sll~l

opinião?

um cord ão de explosivos ... Foi comentando a Corta Mensal aue tE:mente as seguintes palavras: ·

U!'!'l

equi~isto

escreveu recen-

"A maior parte dos movimentos, se deterioram ao envelhece r e . ao aumentar. . . e "si o sal perder a sua fôrça" . . . Isto nã o deveria acontecer com as E.N.S. po is que sua finalidade é a santificação de seus membros. E não há limite para a santidade! Mas, apesar disso , as Equipes correm o risco de deteriorar, ce aburguesar-se. . . por falta de exigência . Refiro-me ao conjunto aas equipes e não a uma ou outra dentre elas. Realmente , há a primeira parte dos Estatutos e alguns editoriais da Carta Mensal. Mas cada um pode interpretar aquilo como quiser e no fim adotar umas obrigações mais ou menos impostas do exterior e que , se no comêço exigem certo esfôrço, depois de alguns anos, já se tornam rotina. . . Não se exige nem mesmo que essas obrigações sejam cumpridas para que se possa continuar nas equipes! Então para que se esfalfar se vai tudo mu ito bem como está? Atenção quem está com a ;>a lavra é o nosso correspondente ... ver nosso comentário no fim do artigo.

Um lembrete frequente sé.bre nossa vocação de santidade, sôbre as exigências do Senhor nêsse particular, deveria aparecer sempre nas Cartas Mensais. Mas estas parecem pertencer a 1..m movimento de iniciação para equipes de 3 a 6 anos. Dêsse modo não se "ajuda as equipes a descobrir as ex igências do amor de Deus" (conforme o publicado num dos últimos editoriais do Pc. Caffarel ). Aliás, não seria mais acertado dizer "descobrir as exigências do amor de Deus e ajudar os equipistas a melhor corresponder a essas exigências?!' Esta carta nos levou a pensar que talvez f ôsse útil definir o que

é santidade, não a individual que é multiforme e é assunto entre Deus e o indivíduo, mas a sontidode. 23


A santidade é o Cristo! Aquilo que Jesus tinha para nos dizer, já o disse nos Evangelhos. A Carta Mensal quasi nunca nos fala do Evangelho. No el'ltanto é ali que estão as exigências do cristianismo - e elas não são facultativas! Será que cremos nele? Cremos que suas palavras são dirigidas para nós e estarão presentes até a consumação dos séculos? Ou será que achamos que dali poderemos escolher oue queremos aplicar à nossa vida já que "tudo " é impossível e que se Deus deseja a nossa santificação ~le provid7nciará? Se a Carta Mensal falasse do Evangelho sem exegese nem casuística? Ou em me ama que me siga! Amamos a Deus, sim ou não? E, em primeiro lugar, saberemos nós o que significa amar? Em nossos tempos o mundo se esfacela por causa da in·· diferença dos cristãos para a maioria dos quais as palavras do Senhor - como também a dos Papas nada significam . . • (e isto sem falar do testemunho contrário). A Carta Mensal nos recomenda viver entrosados no mundo. Estará isto implícito nas exigências do Movimento? A sugestão de troca de experiências entre equipes de diferentes países nos parece ótima sob êsse ponto de vista. Qual o testemunho de cristianismo real, evangélico. que poderemos dar a nossas irmãos dos países onde a Igreja corre o risco de esfacelar-se? Qual o tes 1emunho que dão os equipistas às pessoas com quem convivem, aos companheiros de trabalho que frequentemente não são praticantes? . O padre Caffarel , no editorial citado condenou as tendências muito comunitárias de alguns equipistas. Si as equipes devessem ser fechadas, êle teria tôda a razão. Mas por que isso se elas deveriam ser abertas, serviçais, irradiantes? Pode-se conceber que isolados os cristãos de hoje possam "viver" as beatitudes em um meio tão materialista e paganizado? Os irmãozinhos do Padre Foucauld se reunem em equipes e não sàmente uma vez por mês. Para irradiar, para conquistar, é necessário ap1ar-se em uma base muito sólida . A atomisaçãc das equipes é perigosa . Por que a Carta Mensal não lança alguns questionários como por exemplo : com-:> podem as equipes ou uma equipe ser 24


missionária? Como vivem as equipes o Evangelho? Sua equipe dá realmente testemunho do Cristo? Si não, qual a razão? E qual o remédio? Quais as condições que deveriam ser impostas a seus membros? Quais os meios a ser utilizados? Sei muito bem que isto vai longe e que seriam feitas inúmeras objeções cuja finalidade, consciente ou não, seria evitar ter qu~ tomar uma atitude. Mas estaremos nós ao menos inquietos e insatisfeitos com a nossa falta de calor? Será que nos basta seguir de longe ao Senhor, por palpite ou por radar? Não seria necessário que, de uma vez por tôdas, escolhêssemos entre Deus e o mundi, entre Deus e o dinheiro, entre Deus e nós? A dinamite é uma moténo pengoso, mos é útil si fôr bem empregado. O que o nosso correspondente quer é alertar-nos contra o perigo de ccntiormos demais em nossos métodos . . . Relembremos aqui algumas dos questões suscitados: Cumprimento das obrigações : 11 " Não se exige nem mesmo • • • Em princípio isto não é exato, mas, de foto, encontramos frequentemente responsáve is que não têm coragem de exigir o cumprimento dos obrigações assumidos. Em algumas equipes, seus membros não têm coragem de realmente fazer um auxílio mútuo e um controle mais exigentes. Não é verdade? Vocês todos oce1tom de boa vontade os "pitas" do Casal Responsável e do ligação? Ficariam tristes se êles não os passassem?

Carta Mensal :

"Parece pertencer o um movimento de inic iação poro equipes de 3 o 6 anos" Tomemos os

testemunhos,

JO

últimos números. . . ed1toria1s, livros recomendados,

... pode-se realmente afirmar que isso seja verdade? Se

f ôr positiva a

resposta, como

reagir, e como fazer

paro continuar a

interessar tonto às equipes de 2 anos, como às mais antigos? Como colocor nelas o Evangelho? Atomisoçã o:

Perece-me que nosso amigo gostaria de ver os equipes mais unidos, mais coerentes,

mais

" permanentes" , paro que se transformem

em

''pontos

de port1do" bem sólidos. O que então devemos fazer? Si não é possível fa~er mais que uma reuniõo por mês (realmente é bem pouco) como deveria ser essa

reun iõo paro que o equipe se transformasse em uma

equipe fo rte, coeso, dinâmico? E' o que a podre Coffarel quis dizer em seu editorial que condenava apenas o tendência de alguns casais que 11

queriam fazer fl tudo " em equ ipe ou com equ ipistas. A equipe, como todo o Movimento, devem ser "sucessos da caridade"

poro que seus membros se projetem em seu ambiente e dêm realmente testemunho do Cristo. Vocês 1 que nunca nos escrevem 1 reajam! Ajudem·nos a enxergar e agir

certo, poro o bem de todos nós.

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OBJETIVOS DO 11 CONCÍLIO VATICANO

Vida relia iosa mais sacramental Firmeza do conceito de matrimônio cristão dê acôrdo com. a vontade do Deus e não segundo os caprichos dos homens Não tratará de facilitar a vida, mas dar melhores oportunidades paro o exercício do Missa Sacerdotal Ação dos Leigos, pe~a primeira vez, será considerada :-e lo Igreja em forma conciliar. COMISSÃO TEOLóGICA A qual compete examinar os questões concernentes à Segredo Escrituro, à Sagrado Trodicão, à Fé e aos Costumes. Esta comissão trotará pois, de todos os problemas doutrinários relacionados com o vida mo-

derna . A Igreja vai apresentar rumos que

não são novos, se conside-

•ormos o doutrrno imutável de Cristo seguido pelo Igreja, mos que cevem ser observados !'>elos fiéis em face dos erros modernos, tais como o comunismo, a compreensão errôneo da liberdade, etc. Tots rumo~ s~:-õo, por assim dizer uma maneiro moderno de atuar no mundo de hcJ e sem que pereço o sentido cristão do v ido .

COMISSÃO DOS BISPOS E DO GOV@RNO DAS

DIOCESES

No sentido do govêrno do Igreja também haverá muito trabalho de adaptação segundo o vida de hoje.

DISCIPLINA DO CLERO E DO POVO FIEL Questão de vestes sacerdotais e reli()iosos, necessidades do sacerdote ser mais p iedoso e mais santo . Ninguém julgue que esta comissão vai cuidar de tornar mais fácil o vida do sacerdote. Não se troto de foci licitor o vida mos de dor IT'oiores oportunidades poro o exercicio do missão sacerdotal. Em relação oo !>OVO fiel, o Concilio também desejo que sejam fovorecrdos os oportunidades de uma vida mais devoto neste século de tonto o~itoção . Neste particular o Concilio dá grande esperança de que seja bastante modificado o vida reli()ioso no sentido de torná-lo muito mais socromentol. As facilitações pore isto já forem iniciados por Pio XII, com o introdução dos missas vespertinos e com

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o modificação do lei do jejum eucarístico. São exemplos quo mostram como se pode fazer um trabalho de adaptação do essencial o indispensâvel às circunstâncias do vida moderno. RELIGIOSOS Um estudo sôbre o adaptação do vida religioso aos tempos modernos paro que o atuação dos reliaiosos e r~ligiosas não percam suo eficiência. Pio XII já fêz vários opêlos e o atual Pontífice foz auestão que sejam revistos todos os pontos essenciais do vida dos religiosos . Outro ponto o ser trotado é o maior colaboração entre os dais cleros, o secular e o regular. DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS Também nêste particular a Concílio pracurorâ assegurar as verdadeiras normas despertando cada vez mais os fiéis poro o significado e valor dos Sacramentos. Lembrorâ sobretudo, que o matrimônio cristão deve estar de ocôrdo com o vontade de Oeus e não ficar o mercê do capricho dos homens. SAGRADA LITURGIA Todos os problemas da vida litúrgico e sacramental estão sendo estudados. O temr.>a em que vivemos pode ser considerado como de grande desenvolvimento do vida litúrgico. Tudo o que se trotará no Concilio não represento nenhuma improvisação, pois já hâ muito assunto amadurecido em questões litúr~icos e que estâ aguardando oportunidades paro ser apresentado aos fieis. ESTUDOS E SEMINÁRIOS Esta comissão estudará não sâ o revisão dos programas de estuda e do vida nos Seminârios, como porâ em evidência o problema do vocação sacerdote I. MISS6ES Vivemos numa época missionârio. Esta comossoo terâ que pôr em foca assuntos de grande relevância social tais como o SU!)eroção do colonionism& no África e despertar vocações de leiaos que vão em equipe, trobdlhor nos territórios de missão.

APOSTOLADO DOS LEIGOS Em nosso época, tornou-se consciente o dever do Ação dos Leigos. Muitos trabalhos jâ tem sido realizados nêste campo, porém o Igreja nunca falou de formo conciliar sôbre o assunto. Agora jâ amadureceu algum trabalho e é hora da Igreja considerar mais decididamente o ação dos leigos no Apostolado. Uma dos coisas que se aponto como provâvel é o restauração do diaconato dos leigos como no Igreja primitivo.

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ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REUNIÃO

A Quaresma apresenta uma dupla orien tação. A pr imeira é penitenciai. A Igre ja espe ra de nós um esfô rço s incero de vida cristã mai s intensa, de ascese e de fervor. ~ste se rá o momento de revermos os pontos do nosso e ng aja mento em Cristo cuja realiação deixou a dese jar. Como todos os cristcos, faremos igualmente um esfôrço de penitência, intensificando as três práticas propostas na Quaresrr.a: a oraçco, o jejum, a esmola. A outra orientação é espiritual. A Páscoa é a reunião de todo~ ao redor do Cristo ressusci tado, na unidade da fé e da cari dade . MEDITAÇÃO -

Texto para Oração Pessoal

Rej ubila , Jerusalém, e vós todos que a amais, reuni-vos para partilhar do seu júbilo. Regozijai-vos com ela de prazer, vós que tendes vivido na na tristeza, p·orque sereis fartos de consolações ólbundantes. Alegrei-me naquilo que me foi dito: iremos para a casa do Senhor. (Intróito - 4. 0 Dom . da Quaresma ) A hora virá , e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, pois também dês ses adoradores quer o Pai. Uo 4, 231

ORAÇÃO LITúRGICA -

Salmo 121

E' um cântico de peregrinação a Jerusalém. Expressa a alegria dos peregrinos ao visitarem a Cidade Santa, onde se reuniria a comunidade do povo de Deus. A nova Jerusalém é o céu, mas lambém é a Igreja . E aquela que realiza tô'da a perfeição da Igreja, que reúne no seu amor todos os filhos de Deus, é a Virgem Maria .

zs


Rejubilai-vos , Jerusalém! Vós que a amais , vinde , acorrei! De alegria exultai! Exultei de alegria ao ouvir : "Vamos à casa do Senhor!" E, afinal , se detêm nossos passos às tuas portas, Jerusalém . Rejubilai-vos .. Jerusalém , como cidade edificada e unida firmemente , para lá é que sobem as tribos as tribos do Senhor. Rejubilai-vos . Vão celebrar, segundo a lei de Israel , o nome do Senhor, no lugar em que mora a justiça na casa de David . Rejubilai - vos . Pedi que viva e m pa:z: J e rusalém : em segurança os que t e amam! A pa:z: se conserve nos teu s muros , tranqüilidade em teus palácios! Rejubilai - vos ... Por amor de meus irmãos e meus amigos, p-eço a pa:z: sôbre tí! Pela casa do Senhor, nosso Deus, todo bem te desejo! Rejubilai - vos ...


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CENTRO

DIRETOR . Secr.

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Geral . 20 , Rue

th

des

R

Apennins . PARIS

XV

REGIÃO BRASIL . Secretariado . Rua Paraguaçú , 258 . SÃO PAULO 1


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