ENS - Carta Mensal 1952-3 - Março

Page 1

S

as É Q.

u

I ' p EJ,S '

' NOS S A

' ) SUID4I,/iS~ .;IJ! , . . LIVR~ ., .~i} LtiTU!Wt · PIRITUA'Íi~[·,l VÍDA !lAS EQ.UIPE~ . CORJ{ESPONDENGIA . : ~ l..niciação d2.s o'!'ianças à pobreza. · 4 EXPERIENCIAS e TESTEMUNHÓS A prop6sito do tema de estudos 5 Ceremonial de compromisso 5 ORAÇÃO LITúRGICA e MEDITAÇÃO 7 NOVA ORAÇÃO DAS EQUIPES 8

D E

1'

'

S E NHORA

Março de 1952 São Paulo, março de 1952

.,,,

1:

'1.•

- - - - - - - - - - - - - - - - - -..,-- +·- - - ·- - - - - - - - - - - - - - - - - - - SUBBMISSÃO DE H~MEM LIVRE Durante as férias, por uma manhã de julho ~ltimo. Uma chuva fina e persistente retinha-me prisiQneiro no meu quarto. O carteiro bate e entrega-me a correspondência •••• Não me recordo mais das cartas recebidas naquele dia i mas nunca esquecerei o transtorno que senti ao ler uma circular anunoiando a ruptura com a Igreja de um sacerdote e de alguns leigos que eu conhecia muito bem : Impossível ~bedecer ao mesmo tempo •aos imperativos de Roma e ~s inspirações do Espirito-Santo, escreviam eles em essência, é preciso escolher, n6s escolhemos, •• Foi nesse dia que resolvi endereçar-vos este bilhete. '

/.

N 6s, sacer~otea, vos alertamos muitas vezes sôbre os perigos que a carne e o dinheiro vos fazem correr. Mas não haveJtá descuido excessivo de nossa parte em deixar de vos colocar em guarda ·contra certo espirito de independência ? Não me refiro ao desejó muito legitimo de melhor compreender afim de melhor obedecer, mas a essa tendência em criticar e discutir os ensinamentos e as decisões da Igreja : quer se trate de moral social ou de mora~ conjugal, da condenaçãe da Açã~ Franceza ou da condenação do Comunismo, da definição do Do~a da Assunção ••• Espíritc de independência mais subtil ainda que nos leva a oscolher entre as verdades : somos atraídos pela Ressurreiçãt,mas deixamos de lado a faixãe ;dedicamo-nos à caridade, mas recusamos a lei da abnegação i meditamos o discurso apÔa a Ceia, mas esquecemos o Sermão da Montanha ; .,uvimils de bàa vontade falar sobre o céu, mas ac~lhemos com um sorriso de septicismo ~ pregador que faz alusão ao inferno, - Sem davfda, dai ã.té a ruptúra, há um passo enorme. Mas não é já isto 'Pene·trar no caminho da l\.).ptura, afrouxar os laços que unem ao Corpo Míst'ico ? O ramo maio quebrado que só aderê ao tronco por algumas fibbras, não tardará a f~necer e os frutos a secar, ' I) Si o amor de Deus e da IgreJa fosse profundo, cedo desapareceria. este espiri to de independência. Pois que o amor aspira à submis·s ão, submissão ativa - que ~ oferta de si mesmo. Ser submisso a Deus e à Igreja, não é assumi r ~ma atitude de escravo, mas aim e·sposar os pensam;;ntos e as v~ntades de Deus e da Igreja ; ser submisso, é estar ligado - no sentido da ligação entre o ramo e o tro•co. Entãó a sraça circula e os frutos sã~ · ábUndantes e saborosos. Afim de chegar a. esta submissão profunda, é preciso poie amar, pois que é o amor que gera a s·u bmissão. Mas nem é menos necessário exerdlitar-se à. submissão, mortificar o gosto inveterado pela independênci<â, ·que habi tà em n6s todos. N ão é dos serviços de menor valia, aquele que vos é P!estado pelas Equi~ pes de Nossa Senhora, qual seja o de vos auxiliar n• aprendizado da submissão, ao vos pedir de adaptar voluntariamente uma Regra, de fazer apelo ao controle fraternal entre membros de um a mesma equipe, de lhes declarar ás vossas omissões às regrae do jogo. \

.J

i

Eu acho que por vezes, há de vossa parte falta de al.t ivez, São por demais

nume rosos aqueles que se vangloriam em desobede.c er. Porque não havetia entã•• cristãos quC: se orgulhariam em se ex;eráitarem à submissão ? H

o

o

.c.

o

LEITURA ESPIRITUAL Não dispomos so~ente das nossas próprias forças para amar, compreender e servir a Deus, mas de tudo ao mesmo tempo, desde a Virgem bêndita no aito dos céus, até este po.b re leproso afric·ano que empunhando uma campainha serve-se de labios semi apoarre-, cidos para exalar · o responsório da missa. Toda a creação visível e invisível, toda a

,,'

·~

,,


•• , história, todo ~ pausa~0 , to do o rr~~en~0 G todo o futuro, tod~ a natureza, todo o ·tesouro dos santos mult: :.;tlic ado pel .:>, graç::. , tudo isto está á nossa disposição, tudo i~'!;o é o nosso prolongamento e xx nossa prodigiosa soma de utensílios. Todos os santos, to~ dos os anjos são nossos. Podemos nos servir da inteligência de Santo Tomaz, 'do braço de São Miguel e do coração de Joana d'Arc e de catarina de Siena e de todos estes recursos latentes que apenas nos é preciso tocar para que entrem em ebulição. Tudo o que se faz de bom de uma a outra extremidade da terra, tudo o que produz santidade, da . mesma forma como o organismo produz a febre, é como si f ·osse obra nossa, O heroismo dcs missionários, a. inspiração dos doutores, a generos~dade dos mártires, o gênio dos artistas, é como si fOsse n6s mesmos, é nós mesmos ! Do Norte ao Sul, do Alfa ao Omega e do Levante ao Ocidente, tudo isto faz uma coisa lfuica conosco, n6s revestimos, n6s pomos em martl'ha tudo isto. E é em toda el!!ta operação orquestral que nós somos ao mesmo tempo revelados e aniquilados. C1audel - "un po~te regarde la. Croix" - p,lOO

• 00 •• VIDA DAS EQUIPES Os casais responsaveis acabam de ter dois dias de estudos em Paris, nos dias 8 e 9 de Dezembro, Tiveram inicio com a mmssa, muito recolhida, na cripta da Igrej a de Hossa Senhora dos Campos e o Rvmo. Pe. Caffarel acentuou em sua alocução a grande alegria para todos de dar início a estes dias na festa da Imaculada Conceição, Em face do número crescente de participantes, casais e assistentes, fôra necessário prever um local mais amplo, Renunciou-se à apresentação habitual dos assistentes e doe casais com receio de prejudicar o horário, Depois das saudações de boas vindas, Charles Rendu, em nome d~ Equipe Dirigente, deu um apanhado da extensão do movimento do ponto de vista. numérico e geográ- . fico: 153 equipes . contra 122 no ano anterior- 2 novas equipes na Tunísia., uma no Lu- . xemburgo, todas representadas ef•ectivamente ; uma em Londres. Por outro .laõ,o,. a equipe de São Paulo tinha enviado uma mensagem. Falou em seguida das modificações que sofreu a equipe dirigente : as novas ocupações de Gérard d'Heilly, que i obrigam a frequentes ausências· de Paris pUZ€lram fim ao papel. tão importante que exercia na E.D. e · ~ colaboração fraternal de mui tos anos. Os casais das equipes não podem alcançar sem dúvida tudo ~ que Gérard e Madeleine deram ao movimento em trabalho, devotamento, generosidade, Invariavelmente na frente,sem preocupar-se com o cansaço, Gérard durante vários anos, passou o seu tempo em crear, em animar, Todos muito lhe devem. Pierre e Genevi~ve Poulenc, "to.mbem eles na erigem do movimento, deixam igualmente a equipe dirigente. Obrigações profissionais e familiares muito pesadas, grande responsabilidade na Ação Cat6lica profissional, tinham-nos levado, há já um ano a pedir o seu afastamento. Eles 11 penea.ram" et conduziram • movimento, mas uma preocupação extrema de discreção e de humildade fazia com que se mantivessem um pouco por tr.az. São muitos os que conheceram e cenhecem sempre a abertura de seu lar, a. sua acolhida cheia de sorrisos, Ao exprimir aos d'Heilly e aos Ptulenc agradecimentos e recomhecimento, Charles Rendu fala em nome de todos os casais das Equipes.

Já há muito que a equipe dirigente pensava em se anexar casais maia jovens e 6 assim que acaba de apelar para Louis-Emile e C:ll.therine Lambert, que ·a Carta Mensal de Novembro apresentou rapidamente : 3 filhos, ele, administrador civil, responsavel de uma e·quipe de Versa.illes, Aceitaram em tomar a seu cargo o secretariado da equipe dirigente, E muito recentemente, Erice Françoise Maunier .de la Espriella, casal de ligação, 3 fil hos, ele, conselheiro em organisação. Charles Rendu nos de·screve em seguida a nova estructura do Movimento tornada necessária em virtude da extens~o do movimento. Foram criadas !regii5es 11 , Si num ponto qualquer desta região há uma concentração de equipes e possibilidades de difusão da espiritualidade conjugal e familiar, um Seotor é romado. À testa destas Retiões e destes Sectores, acham-se reaponsáveis de Seotor e responsáveis de Região. A Equipe Dirigente composta de pariSienses em virtude das pr6prias necessidades do trabalho, quer, ante a extensão do Movimento,anexar-se uma· espócie de conselho consultivo no qual teriam assento representantes das províncias, da Belgica, Suissa, etc •••• Trate-se de um pro.teto, mas que deverá tomar corpo rapidamente, · o

Estavam inscritas tres grandes questões, nos pr,gramas de trabalho des tes dias

~

"


- J espirito de submissão

- Q.ê_f!!.~.tq_<!O_f?__q_~..!.!:ê:E_~~ho, e pudemos comparar os métodos empregados pelas E.N.S. e os da A.C. graças à exposição cerrada e doQumentada feita pelo

Pe. Foulquié, assistente geral · da A.C. I. - A formaç_ão de .B.~.ill?.'2..~.~-9~~1_3,J1!. Para tratar destes assuntos, foi utilisado um método em tres tempos; um pouco diferente daquele empregado nos anos anteriores : - Relatórios baseados em questionários lançados anteriormente nas equipes, - 4 ou 5 curtos testemunhos, emvez da troca de idéias geral, que teria corrido o risco de se tornar confuso, naquela grande assistencia. - e uma "mise a.u point 11 ou conclusão final, pelo Pe. Caffarel. No decorrer de tempos livres, algumas breves comunicações nos foram feitas: citemos em particular um apelo em favor da difusão do 11 Anneau d 1 0r 11 e a comunicação da nova oração das Equipes, que esta Carta Mensal publica. As concentrações (carrefours) eram bem mais numerosas este ano, 9 em vez de 3. Os assuntos eram os seguintes: - A oraQão na equipe - C Controle sobre as Obrigações das Regras - A organisação da reunião da equipe - O dever de sentar-se - A regra de vida - A correcção fr~ terna - A colaboração material - Os que tem mais de 41 anos - 1 casal de ligação. Por fim, como todos os anos, uma janela aberta para o exterior : a rrisória moral e fisica dos refugiados na Alemanha. Critica destes dias Por entre os defeitos apontados, retivemos a ausência de apresentação de cada oasal, o que prejudicou a atmosfera do primeiro dia, Deplorou-se igualmente a falta de tempos livres apezar do horário rigorosamente preparado, os momentos de repouso foram encurtados e os contactos entre os casais responsáveis e a equipe dirigente sofreram com isto. Mas· em compensação, o que é mui to reconfortante e merece ser bem .acentuado é a mui to grande fraternidade que reinava. entre. todos ; esta fraternidade em meio a outros sinais, manifestou-se no sábado à noite, por um reagrupamento amistoso ao redor dos Responsáveis Regionais e dos Casais de ligação. Foi notada finalmente a preocupação em compreender as direotrizes e a atmosfera acentuada de prece, A procissão de entrada na Capela para a missa do domingo foi geralmente &preciada, Era nosso desejo analisar vs principais relatórios, relembrar alguns apartes; mas o eapaQO nos falta, Falaremos provavelmente sobre o assunto nas próximas Cartas. Mas antes de terminar esta rápida visão de conjunto e de abordar as conclusões, lembremos a exposiçã~ feito pelo Pe. Caffarel sebre o espfrito de submissão : convite para que modelemos a nossa atuaçãe pela atitude filial e de obedi~ncia de Cristo para com o Pai - de que tedos guardarão por muito tempo a profunda impressão. Conclusões Eis a seguir, brevemente comentadas, as principais conclusões que se destacaram no decorrer dos dois dias de estudos Fazer passar para a vida os ensinamentos tirados do dos temas.

eê;u~~

Fazer passar para a nossa vida, isto consiste em modificar os nossos modos de ver, de pensar e de atuar. 22 -Difusão : Houve sem d~vida no qÜe-Õ-seu número aumenta, mas cada membro de equipe reflita dos amigos, das relações, dos ele diga a si próprio que não recebe. ~~

decorrer do ano findo, um esforço das equipes, já este esforço é ainda insuficiente, E' preciso que muitas vezes sobre este esforço. Que ele se lembre casais que ele conhece nesta ou naquela cidade, Que tem o direito de guardar s6 para si tudo aquilo que

- Animação e controle - N o momento em que os métodos se delineam, não perder de vistã-qÜÕ-Õ-ÕÕntrÕle e a disciplina estão a serviço do espfrito, da mistica, A disciplina e a mfstica estão intimamente ligados. A organisação cada vez mais fcrte não redundará em esclerose, mas permitirá que esta mística seja mais viva e mais intensa. E esta mística é a caridade do Cristo, é o Evangelho vivido.

4g - Compromisso : As equipes novas devem progredir regularmente em direção ao compro-

missõ-e-fãzer o controle sobre as obrigações às quais já subscreveram. Para assumir o compromisso sucessivamente às diferentes obrigações, não há necessidade de uma ordem rigorosa. Normalmente uma equipe deve assumir o compromisso total no fim de um ano e meio ou dois.


4

5~

As equipes que j1 fizeram o compromisso total, devem cuidar escrupulosamente em fazer o control e r egular sobr e as obrigações das Regras. São aconselhadas igualmente em renovar anualmente o seu compromisso. As equip es antigas ainda não compromissadas, deverão tomar rapidamente uma decisão, - Nova oração das equipes : São as antifonas à Virgem e variam conforme o tempo litilrgicÕ-tii-cãrtã-Mensã'l cont em um:1 tradução, mais adiante) Depois de cada antífona, acrescentar "Nossa Senhora das Familias, rogai por nós«, o

o 00

CORRESPONDENCIA Iniciação das crianças à pocreza A carta transcrita na Carta Mensal de novembro suscitou diversas e contraditórias reações. Publicamos de bcrm grado uma destas respostas o que no entanto não significa que estejamos de acordo sobre todos os pontos. · Pensamos que este assunto merece estudo. Antes de esboçar um apanhado, pedimos aos nossos amigos enviarem-nos as saas .reações a esta carta e sobre a que foi publicada na C.M. de novemb~o. Tocamos ai 1 na verdade, em um dos assuntos muito essencias à educação dos nossos fllhos. "Acabo de receber a Carta Mensal de Novembro. A leitura do artigo de um dos assinantes sõbre a iniciaçãao das crianças à miséria me surpreendeu profundamente, direi mesmo que me chocou. Peçe permissão para uma resposta por intermédio da C.Mensal, "Tratar-se-ia de iniciar as crianças à miséria, da mesma forma como são elas iniciados à. pintura, quando as levamos em cortiços ? Esta maneira de 11 ir para os pobres" parece-me na hora atual um anacronismo e um atentado ao pudor destes "pobres". " Não sois de opinião que ao ind~zir os vossos filhos a dar as calças velhas e os velhos brinquedos aos filhos de X. estais construindo no espírito deles dois mundos: 1 dos pequenos X que vivem da caridade de mundo dos pequenos burguezcs folgados. Instalais os pequenos pobres de um lado 1 vossos filhos de outro lado. Pessoalmente, ao dar roupas usadas a crianças infelizes eu o faço desculpando-me ao mesmo tempo em relação a esta pobre gente e em relação aos meus filhos. 11 Esta caij:.ça é muito pequena para o Lourenço. Penso que assenta bem no Luizinho que é um pouco menor, etc,, •• Parece-me que o melhor meio para que os nossos filhos ignorem este sentimento de "arranjados" de que falais é de faze-los ir para o Grupo Escolar lado a lado com o~ pequenos X, os pequenos Y. O mesmo uniforme cobre então as velhas como as novas calças e o pretexto de fazerem juntos as lições permite que o menino Y venha trabalhar tranquilamente e tomar a merenda num ambiente confortavel e brincar com os nossos filhos repartem e emprestam então os brinquedos ~~ aqueles mesmo que eles mais apreciam. Por outro lado os nossos filhos irão tambem em casa dos meninos Y, mas por camaradagem e não por curiosidade (ou iniciação ••• o que vem a dar muitas vezes no mesmo). Em vez de visitas paternalistas (trmemdamente desagradáveis para todos) serão então contactos reais; concretos com esta vida de ape~turas. " Eles irão constatar no entanto as diferença,s na maneira de arranjar a casa, de alimentar-se, de vestir-se e farão perguntas. Entre parêntesis, devo dizer que o meu filho de 4 anos que é companheiro dos filhos do jardineiro voltou da casa deles, encantado: "Mamãe, eles dormem todos na casinha" 1 o que ele considerava como o c11mulo da felicidade. Bem sei que crianças mais crescidas perguntarão talvez porque razão ~s Y habitam num único quarto ao passo que~es tem uma casa grande, Eu direi então: E'possivel que um dia tambem nós tenhamos sómente um quarto - Agradeça ao bom Deus que nos empresta ~sta grande casa por enquanto mas lembra-te que o menino Jesus não nasceu num quarto bem quentinho mas sim num estábulo", "Não pretendo de nenhum modo resolver o problema insoluvel da diferença de condições sociais e ma~eriais mas para o problema particular que é o de tudo fazer para evitar que os nossos filhos tenham uma mentalidade de 11 arra.nl).ados" penso que é preciso evitar-lhes que venham a pensar que há do$s grupos de homens, os pobres e os ricos, e para isto antes de tudo evitar de separa-los, deixando-os brincar e trabalhar juntos. " Depois que tiverem resolvido lado a lado os mesmos problemas de aritmética, naturalmente o.s mais favorecidos saberão dar com todo o tacto e a amizade necessarios o dooe ou o brinquedo que os seus camaradas menos favorecidos tanto invejam. " O"pobrezinho" como dizeis, não terá então esta penosa impressão de um1.'. esmola e o pequeno rico não se julgará desobrigado para com ele por se ter desembaraçado de suas velhas calças e de seus brinquedos usados."


EXPERIENCIAS E TESTEMUNHOQS ~rc~ósito

do tema de

~studos

Ach am alguns casais que a discussão do tema de estudos na reunião mensal &muitas vezes trabalhosa e confusa em uonsequ~ncia da falta de divisão do trabalho prep a r a tório esntre os membros da equipe e da fRlta de orientação , Eis a ini~iativ a de uma equipe da Bélgica oom o fito de melhorar a troca de idci as : "Lamentávamos a grand e pcrdr, d e tempo nas nos sas troc as d0 idéias sôbre: o tema de estudos, na r eunião mensal. Pa r 11 corrigir este def eito , adap tamo s uma f~rmuL1. que , por enquanto, dá excelent es r esultados . Não há mais dispersão de idéi as , não há mais desvios do tema, ganhamos um tempo enorme qu o podemos consagn1r à oração , à pa rtilha e às realisações apostólicas e espirituais, Eis como prodedemos: Assim que a discussão sobre o tem~ de e studo s eatd enc e rrada , fazemos a leitura rápida do tema da reunião seguinte que fc,. desbastad-:• pe lo c asal que irá rec e: ber na reunião segui nte, Este casal nos in dic:·. :;: tcdc:3 "' ,;:;~mci:·r ;.'e1L ~1mJ. ~ .:' ·•·· ··r.s tratar o assunto afim de ::tssegurar certa lJ.nitl P.de . Um exemplo: Reunião de janeiro: DesignamotJ de comun f!c ortlo

revereirõ-e-dê-mãrço.

0s

casais q_ue C'ricntarão a roun.J.H.(J

U(

Oi to dias antes da reun1ao d<~ fevereiro , as res:pos·•:as silo envü·tdas ao casal que deverá orientar a r eun ião, Este c R.sal Cullv id a o assi..stcnte ao mesmo temp0 que o case.l encarregado de or i entar a reunião de mar ço . Juntoe estudam as respostas recebidas e pr epar am a r eun iãr de fevereiro . Term inado este trabalho pro c edem ;\ dei tura do t ema de es tudos de març(. . e decidem a maneira pela q_UBl deverá ser abordado . Todas as questães não se rão tr atad as por todos; a lgumas são eliminad2.s , outras são acrescentadBs c finalmente fic a prevista a distribuição entre os membros da equipe a fi m do obtP.r maior coesão e eficiência, Reunião de fe vere iro - Trata-s e devidamente do t ema que está na ord en do dia, Em s eguiparu conduzir da reunião de r:~arço propõe a di visão do t rabalho, conforme foi previsto no decorrer da rounião preparatória, para o e stuG.o do tema s eguint e , Antes de t erminar, designa-se o casal que rec ebe rá. em abril,

d;-;-õãsãí-designÕ.dÕ

1s resultados obtidos sã• comprob a tórios, Há grande unidade na troca de idéias e um aprofundamento muito maior do assunto. o

Ceremonial de

compro~isso

Pediram-nos .a publieação de relatórios contendo o ceremonial de compromisso, cuja concepção é d eixada à iniciativa das equipes. Damos a seguir tres formulas diferent es . A :prime.i ra relata um ceremoni al de compromisso na Bélgica e que foi inspira do sem dúvida na renovação das promessas do batismo. o ') Assistente: André e Madalena, Alberto e Eliana, Gilberto e Lucia, Leonc io e Ju.lia,::.qui estai<: reunidos par a rcnov8.r ~~erantG Deus, perante vós mos mofJ e na equi:Pe, os ccmp.,...o·· missas de vo ss o bat ismo . Viestes f~zer a Deus o dom de vossa confiant e dispo sição, desejosos de vi vel' aind2. mais ~u ra ele, com ele , nele , desejando f aze r de toda a vossa. vida uma coJu-· boração à sua cbr'L e um serviço pn.ra com os homens~ Conv<mcidos de que o plano que Deus escolheu para vós é o melhur, entregr..e 'TO • üe Bogundo a vo::Jsa condi c;ão de esposos e vindes a ele p::tra pedir-lhe que ab(.mço e ") ':i.,.itique o V()iHJO lar . Providencialmo'f!to tocados pela fé, ma13 sentindo cada dia a dificuldr.vle de vj.ver como crif;tão neste mundo pawmistl.do , conhecendo as vo~;;sas fr ::J.quez as o os J.irJi·:;f.Js .. :.,•; vonsus forç!:ls , persuadidos de quo uma vida crist ã dificilmente pode sar realh:c\da n:.l I>Cllid!.l.o e tendo fé no auxilio rnutuo fr·aternal, tornastes a decisão de unir as voss~~s for ças do a c ordo com as Reeras das Equipes de Nossa Senhorg. o casal r e sponsavel l embr a em resumo as princi pais obrigações dos estatutos).


6 Assistente- A. eM., A.e E., G. o L., L. e J •••• , tornastes a resolução de reagir ~m co~ junto afim de tentar colocar Deus no centro de vosso lar. Acreditais poder atingir este objetivo por meio do apoio que as Regras das Equipes de Nossa Senhora vos propõe ? Todos - N6s cremos. A Acreditais que o sustento material e moral da vossa equipe vos permitirá atingir uma vida espiritual mais elev ada ? T Cremos. A.- Estais prontos em satisfazer a todas as exigôncias da caridade fraterna e a desenvolver o vosso espirito comunitário ? T - Deus nos ajudando, ascim estamos dispostos. A Credes no b0neficio de uma regra? Admitis que assumir um compromisso livremente é enriquecer a pr6pria liberd~dc ? Admitis um controle dentro do uma fraternal colaboração ? Quereis assumir o compromisso de respeitar as Regras das Equipes de N.~~ ? T - N6s o queremos. Cada um dos casais por sua vez Senhor, dou a minha adesão solene às Regras das Equipes de Nossa Senhora. Perante v6s, e perr..nte aqueles que se unb.·em em equipe oomj go , prometo O'Jloc::·' t'Jda a minha melhor vontade em permanecer-lhes fiel. Consciente das exigências de minha promessa, peço-vos humildemente de me ajudar a mantê-las. Fazei com que eu não seja um fardo que diminua o ardor da equipe e fazei com que o m3u exemplo possa sustentar cada um de meus companheiros. Fazei que eu guarde sempre na mem6ria o presente compromisso e dai-me forças suficientes e esperança bastante para que eu possa, com perseverança, dar testemunho desta fé que vós me destes. Nossa Senhora, ouvi a minha prece e sustentai os meus esforços ! COMPROMISSO DA EQUIPE : Senhor, vós dissestes : "Si deis dentre v6s sobre a terra se puzerem de acordo para pedir o que quer que seja, em verdade eles o obterão de meu Pai que está nos céus.Pois que onde dois ou tres estiverem rewtidos em meu nome, eu estou presente em meio deles~ N ôs cremos na vossa palavra. Sabendo que para dar cumprimento h vossa lei temos que carregar os fardos uns dos outros, n6s vos suplicamos que conside:eis e que abençoeis esta equipe ; dibnai-vos recebe!' a nossa promessa de nela continuar, amando-vos cada vez mais e fazendo reinar a vossa caridade no meio de nós, segundo o espirito e as regras das Equipes de Nossa Senhora. Nossa Senhora, socorrei-nos ! SALVE RAINHA. o

E agora, duas f6rmulas mais resumidas "Resolvemos pronunciar o nosso compromisso no final de um dia de recolhique teve inicio pela manhãa com uma missa grandemente recolhida. Ap6s a última instrução fizemos uma"partage", isto é, uma comunicação mútua, franca e sincera, do modo pelo qual caumpriamos as obrigações da Regra, bem como a comunicação mútua, na medida do possível, das respetivas regras de vida. Depois deste "parta.ge" ficamos de pé para ler em francez o Veni Sancte Spiritus, para solicitar do Espirito Santo, àuas graças de luz. Finalmente um de nós leu a f6rmula de compromisso seguinte:

mento

"Em nome do Padre e do Filho e do Espirito Santo, .reunidos neste dia lO de Junho de 1951, os casais aqui presentes: •......... assumem o compromisso de observar lealmente as Regras das Equipes de Nossa Senhora. Recebei, Deus Eterno e Todo Poderoso a oferenda de nossos lares para que neles seja respeitada a vossa vontade, mais a~ade a vossa pobreza, sempre presente a vossa caridade". Todos: Amen. Na realidade, em consequencia da emoção tinha perdido as minhas notas em que estava escr·i ta a fórmuL1., Tive portar,to de improvisar. O assistente soube com felicidade reun~r ! todas as noss asintenções nume o~ação feita em no~so nome. Alguns dias antes, cada um dos casais nos tinha enviado por escrito o seu pr6prio compromisso. Dentro de um ano, dia por dia, procuraremos rememorar este compromisso 0 fazer um balanço sobre o modo como foi cumprido


No :·inal de 1im 11 dia r1e amizade" que re.u niu toda:.s as equipes da cidade, dirtgirarn-se too.0s jur!tr,s par·a 2 ·:;:",)jo.. Àpós urna exortação p0lo assistente, cada c?sal da equipe que assume o compromisso, lê esta fórmula muito simples, transcrita sobre uma imagem 11

Eu rne comprometo ern ob-aervttr as Regras das Equipes de Nossa Senhora 1 na sua letra e no seu espírito", 11

Em seguida cada um coloca a sua assinatura, · A cerimônia é Gncerradr, c0m a benr;~l.o do Santíssimo Sacramento,

11

000

Esta diversidade é . 'Jheia de interesse, E' aí que c;v,o r+::':'amos as diY 3rsidade de temperamentos e tambem a Maneira j;ela qual cada uma d<.Hl ·r,qu].... es concebe o compromisso. Daremos outras fórmulas para que eada qual possa adota-las ou nelas se inspirar.

Hino dominicano Vésperas do

1~

;i.:' Dé ":.in :~ c

Dom, da Q.ua1·e r-;ma

a·~tí

a Paixão

Ouvi, Creador, cheio de bondade As nossas preces e as lágrimas Por nós derramadas Durunte este jejum .sagrado da Q.Llarc:sulc ..

Vós qu8 penetrais os corações, E que conheceis a nossa fraqueza A nós que para vós voltamos Conc 1dei a graça do perd:o. Muitas vezes pecámos atendai ao Losso ~r~bp&~dimento. Para a glória de vosso nome Curai a nossa aflição.

Mas

Fazei que mortifican1o o corpo Pela abstinência, A nossa alma por um jeju~ nspiritual Se abstenha de todo pecado, Oh Trindade bendita Unidade perfeita Tornai proveitosos a vossos fieis Os beneficios do jejum . .Ass)m seja. o

PARA VOSSA

MED~TAQÃO

Senhor, faz oi-nos contemplar o crucifixo com uma visão nova. Sobre esta c.!ruz um Deus morreu. Mistério da humi lhação de Deus Mistério '!o ,ul!or infinito que se manifesta com vilênoia. E' per~nte ~ c.uz que tomamos consciênci a do se~tido de nossa vida, das s~n~ fraqueza~, das n ~ssas covar~ias que são peca~os isto é ofensas a Deus, ofens ~H reRgatadas por entre sofrimentos at rozes e qtie levaram o filho de Deu~ ató o limite ~ ~· me smo, até~ morte. Porque teria o inocente pago por nós, os culpados ? PJr amor. "Si soubesseis o dom de Deus". C arnor dG Deus, em ('~·is to Redentor, suscita o ·nosso amo,:, Do o.lto d<, :n :,., 1 c ;; r2.irei tudo para mima. :Ue·v-eriamos nos deixar seduzir por este amor humilde, pobrn, q·'.e perdoa, que reconcilia; :..sto nos perrJ i tiria compreender a necessidade yar·a r. ,,;·, ,•.n :,::·'.:.., da j,Jenitência, da renúncia, E' preciso então pedir este espírito de mortificação que é espfrito ,.:._., ;n ... (·. -~" para consigo mesmo afim de faz-er vi ver em n6s, Jesus Senhor nosso. E isto deve se concJ~etisar por tal resolução determinada, esta qualq lL.'~' L:o·.:.sa reln,cmte custosa e que ·machuca !Jlas quo nós ofereceremos :por amor • E.' este precisamente o esp:!ri to da Q.uaresma, é isto viver a Quaresma,_________,


t ~- ..

N~~-~J:j.!\.\,;Jl.~~'?....!:.."%U.1..t"J?.O .,"' """'"''"'"" '-'~····~··..

:' '·

ÂL~ REDEMPTORIS :

(Desde as Vésperas do Sábado que precede o. lg Domingo do Advento, até as Vésperas do di 2 de fevereiro inclusive).

'

Mãe fecunda d Salvador, Porta do céu empre aberta, Estrela do . m ovo desalentado Tão reerguer.

Alma Redemptoris Mater, Q.uae pervia Caeli porta manes, Stella Maria, succtl.rre cadenti Stl.rgere qui curat populo.

Vós que Perante admirado Ao Deus vos o Óreadar, Virgem ante~ e Virgem sempre v·ós que dos lábios de Gabriel Ouvistes o •ave" de saudação Tebde mise ic~riia dos pecadores.

Tu quae genuisti, Natura mirante Tuum sanQ~um Genitorem Virgo prius ao postérius, Gabriélis ab ore Sumens illud Ave, Pecoatorum miserere.

Nossa Senhora da5Familia5 1 rogai por nós. o

AVE, REGINA (Desde as Completas do dia 2 de f~vereiro até as Completas da Quarta-Feira Santa)

'\ I

r /.

-·~

Salve, Rainha tos Céus ; Salve, Rainha tos Anjos. N~s voe saudam3s, ó fonte, Nós vos eaudamqs, ó porta De onde fluiu illuz sobre o mundo. Juoilai, Virgem glor1osa, V6s, de todas a mais formosa, E por n6s a Cri to rogai. N 1ossa Senhora

Ave, Regina coelorum ; Ave, Domina Angelorum Salve radix-, Salve, porta, Ex qua mvndo est orta. Gaude, Virgo, gloriosa, Super omnes speciosa Et pro nobis Christum exora.

da~FamiliaJ

1

.i

rogai por n6s. o

.REGINA COELI (Desde as Completas do Sábado Santo até o sábado (exclusiva) dentro da Oitava de Pentecostes). Rainha dos céus alegrai-vos, Alleluia.

Regina Coeli laetare, Alleluia.

O filho dado ao vosso amor Alleluia.

Quia quem meruisti portáre Alleluia,

Ressuscitou, Como o anunciou, Alleluia

Resurréxi"i, Sicut dixit, Alleluia.

Rogai por nós, Ora pro nobis Ao Senhor Deum, Alleluia. Alleluia Nossa Senhora da)Fam!liaó Rogai por n6s. o

SALVE REGINA ( Desde das primeiras Vésperas da SS.Trindade até o Sabadp que precede o Advento), Eia pois, advogada nossa, estes vossos olhos misericordiosos a n_ós Yolvei. E depois ,deste desterro nos mostrai a Jesus, bendi to fruto de vosso ·rcntre 0' clemente 0' piedosa 0' doce sempre Virgem Mari a Nos.sa Senhora ·d a Famili a , rogai por nós.

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, · Vida, doçura e esperanç a no ssa, Salve. A v6s bradamos, os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste' vale de lágrimas


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.