ENS - Carta Mensal - 470 - Abril/2013

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Ano LIII• Abril 2013• nº 470

C A R TA Equipes de Nossa Senhora

Mensal

PÁSCOA

Celebrar a Páscoa é morrer e ressucitar com Cristo


CARTA MENSAL nº 470 • abril 2013

eDITOrIaL Da Carta Mensal ................................... 01 sUPer-reGIÃO Portas abertas ..................................... 02 Jesus Cristo: raiz da espiritualidade cristã . 03 IGreJa CaTÓLICa Páscoa.......................................................05 entrai por suas portas dando graças .... 06 Viver a Páscoa hoje............................... 07 a verdade que nos traz felicidade ........ 08 MarIa Mãe de Deus ........................................ 10 FOrMaÇÃO Desafios e renúncias equipistas ............ 11 a eucaristia, fonte e ápice da espiritualidade................................. 12 Orientações de que...? ......................... 13 Filhos do mundo .................................. 14 VIDa NO MOVIMeNTO I encontro dos Ces ................................. 15 eeN - encontro de equipes novas .......... 16 eaCres ................................................. 18 raÍZes DO MOVIMeNTO Baile de máscaras ...................................... 26 estamos prontos ....................................... 27

TesTeMUNHO Nossa espiritualidade antes e depois das eNs... .............................. 28 Fomos Cre no ano que findou ................. 28 Onde reina o amor .............................. 29 O altar da nossa ecclesia ...................... 31 O testemunho de um sCe .................... 31 Deixar ser guiado por Deus .................. 32 Ninguém dá o que não tem ................. 33 Nosso presente de natal ....................... 34 ParTILHa e PONTOs CONCreTOs De esFOrÇO O dever de sentar-se............................. 35 Faço por obrigação .............................. 36 regra de Vida, exercício do amor ........ 37 Um PCe sustentável .............................. 38 TeMa De esTUDO em busca de uma espiritualidade ......... 40 Pe. CaFFareL Padre Caffarel, e o espírito santo ......... 42 NOTÍCIas ........................................... 44 eJNs eaJOre: um momento importante de formação para as eJNs .................... 47 reFLeXÃO Deixar o passado para trás .................. 48

Carta Mensal é uma publicação periódica das equipes de Nossa senhora, com registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: super-região Brasil - Cida e raimundo N. araújo - equipe editorial: responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. espiritual: Frei Geraldo de araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) edição e produção: Nova Bandeira Produções editoriais - r. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - são Paulo sP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Dreamstime - Diagramação: samuel Lincon silvério - Tiragem desta edição: 23.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para eNs - Carta Mensal, rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 são Paulo - sP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br a/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site eNs (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial

Queridos irmãos

“Por que buscais entre os mortos o que vive? Ele não está aqui, ressuscitou. Ide, dizei aos seus discípulos e a Pedro que o verão na Galileia” (Lc 24, 1-8)

Esta passagem, de extrema fé, iluminou o papa Bento XVI: “Mediante a Carta Apostólica Porta Fidei proclamei este Ano especial, precisamente para que a Igreja renove o entusiasmo de crer em Jesus Cristo, único Salvador do mundo... e testemunhe de modo concreto a força transformadora da fé. (Audiência Geral – Pça.de São Pedro – 17.10.2012). Nessa mesma linha Cida e Raimundo iluminados pela Porta Fidei alerta-nos para “portas” que se irão abrindo para nosso “encontro pessoal” com Jesus Cristo e nos mostram que as ENS também apresentam uma porta aberta por Jesus. O CRP - Centro-Oeste, Olga e Nei, nos mostram que a espiritualidade cristã tem em Jesus Cristo o núcleo essencial e a sua característica permanente, o seu grande fundamento. Tudo gira ao seu redor e lembra que no plano de Deus, se ficarmos passivos, cheios de conhecimentos, não chegaremos a nenhum lugar. É necessário que nos coloquemos a serviço uns dos outros e no “servir” façamos nossa experiência de fé e vida. Abastecido pela Carta Apostólica, Pe. Osmar Bezutte - SCE Província Centro-Oeste faz das suas palavras um caminho, iniciando no Concílio Vaticano II até a Páscoa: O Ano da Fé quer, entre outras coisas,

comemorar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II... glorificação de Deus, da qual foram prelúdio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal de Sua sagrada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa Ascensão. Lourdinha e Falcão fazem um conto da história de Jesus Cristo passo a passo e falam: Um jovem nazareno percorria os povoados e as cidades da Galileia, principalmente as que circulavam o lago de Genesaré, também chamado Mar da Galileia... Naquele domingo radioso, Ele ressurge do túmulo, vivo e glorioso para nunca mais morrer. Não deixem de ler o que aconteceu nos EACRES; há muitas experiências bonitas e revelam aprendizados das Orientações de 2013. Os artigos do EEN – Encontro de Equipes Novas - e das EJNS – Equipes Jovens de Nossa Senhora nos atualizam sobre o que está acontecendo. Muito ricas também as bandeiras Igreja Católica e Formação, recheadas de muitos ensinamentos que contribuirão para o crescimento espiritual de todos nós. Boa Páscoa! Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

tema: “Caminho da vida espiritual em casal” CM 470

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Super-Região

POrTas aBerTas Queridos equipistas: Neste ano temos a graça de ter diante de nós “portas” que se irão abrindo para nosso “encontro pessoal” com Jesus Cristo. Essa era a preocupação do Pe. Caffarel: ajudar as pessoas a realizar esse “encontro” que ele mesmo fizera e que transformara sua vida. A Igreja, mediante a Car ta Apostólica Porta Fidei (a porta da Fé), apresenta um novo tempo. É tempo de entrar pela Porta aberta pelo Bom Pastor e Mestre! É tempo de viver o Ano da Fé (até 24 de novembro de 2013)! Diz o então Papa Bento XVI: “Será um momento de graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n’Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo”. Só pela fé reconheceremos o Cristo, vivo e presente na nossa vida e na história. As ENS também apresentam uma porta aberta por Jesus: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7,37). O convite é pessoal e para todos. Com sorriso de acolhimento aos sedentos da água viva, Ele aguarda com paciência e ternura o momento de cada um. Para chegar à “fonte” há vários meios. Para o “nosso casal”, afirmamos-lhes de todo coração: são as Equipes. “Se a união com Cristo é para vocês o essencial, e se as Equipes de Nossa Senhora lhes parece o meio providencial para alcançá-lo, então lhes digo que as Equipes devem ocupar um 2

lugar essencial em suas vidas” (Pe. Caffarel). Neste Ano da Fé, somos desafiados a estabelecer uma “regra de vida” que nos leve ao “encontro” com Jesus. Além dos PCEs Escuta da Palavra diária, Oração Pessoal (Meditação) e Oração Conjugal, grandes meios propostos pelo Pe. Caffarel para o desenvolvimento da espiritualidade conjugal, há a Eucaristia. “O sonho maior de Jesus era de que o mundo todo fosse, também, um mundo eucarístico” (14º CE,33). Jesus nos olha, abre a porta e nos chama para saciar nossa sede. Quem resiste ao olhar de Jesus? A resposta a este chamado é a fé. “Eles, deixando as redes, o seguiram” (Mt 4,20). Amigos, confiemos nossa fraqueza àquela que foi proclamada “feliz”, porque acreditou e ousemos ir ao encontro de quem já nos espera. Unidos em oração  Cida e Raimundo CR Super-Região CM 470


JesUs CrIsTO:

raIZ

Da esPIrITUaLIDaDe CrIsTÃ O capítulo II do Tema de Estudos 2013 propõe aprofundarmos os “Fundamentos da Espiritualidade Cristã”. O tema da Espiritualidade é tão vasto que mereceu até um “Dicionário de Espiritualidade”, publicado pela Editora Paulus. O dicionário esclarece que não tem a pretensão de esgotar por completo o assunto e procura mover-se principalmente em torno da experiência cristã. Quando falamos de “fundamentos”, vêm-nos à mente alicerces, raízes, bases sólidas. Imaginemos a espiritualidade como uma árvore com suas raízes, tronco, galhos, folhas e frutos, sem deixar de pensar também na seiva, na fotossíntese, na qualidade da madeira, etc... Durante este ano equipista, vamos conhecer esta árvore em sua totalidade, de maneira que, ao chegar ao fim do ano, teremos uma visão mais completa do que significa, se assim podemos expressá-la, a espiritualidade cristã-católica-laical-equipista. Falaremos apenas sobre os seus fundamentos, suas raízes ápice, suas razões maiores e os seus porquês mais profundos. A espiritualidade cristã tem em Jesus Cristo o núcleo essencial e a sua característica permanente, o seu grande fundamento. Tudo gira ao seu redor. Cada um deve acolher Cristo em sua própria existência, penetrar progressivamente em seu mistério, identificar-se cada vez mais intimamente com sua pessoa, pois Ele é o centro, o CM 470

ápice e raízes de nosso caminho de fé e santidade. Neste caminho, o cristão tem inúmeros meios e condições que favorecem o encontro com Cristo: a comunidade eclesial e os sacramentos, a Palavra de Deus, o próprio ser humano em seu mistério, a criação, o cosmos... Sem falar ainda de outros meios do passado e de hoje que abrem janelas para a experiência cristã: a devoção a Maria (ad Jesum per Mariam), a oração mariano-cristológica do rosário, o exercício da via sacra, o Retiro, os PCEs etc... No plano de Deus, se ficarmos passivos, cheios de conhecimentos, não chegaremos a nenhum lugar. É necessário que nos coloquemos a serviço uns dos outros e no “servir” façamos nossa experiência de fé e vida. Pelo que realizamos chegaremos à vida plena, o que significa que “evoluiremos em nossa espiritualidade cristã na medida do progresso de nossa união com Deus e o grau de intimidade com Cristo”... “O essencial da espiritualidade cristã consiste em seguir Jesus Cristo, sermos seus instrumentos partilhando seu projeto de vida e fazermos a vontade de seu Pai”. Naturalmente, na base de todas estas mediações está a obra do Espírito Santo, que tem de ser acolhida com docilidade; a ele compete 3


fazer-nos compreender as palavras de Jesus (Jo 14, 25; 16, 13-15), promover em nós a vida filial em Cristo (Rm 7,6; 1Cor 6,17; Gl 5, 16-25), tornar-nos cada vez mais conformes ao Senhor (2Cor 3,18) até vivificar nossos corpos mortais (Rm 8,11). A espiritualidade cristã, hoje mais do que nunca devido à atual crise de identidade, deve significar, de modo inequívoco e atualizado, o encontro pessoal, íntimo, perseverante, experiencial com Jesus Cristo, o Senhor glorificado, cabeça da Igreja e presente no universo, o determinante absoluto e o significante plenário para o ser humano que caminha rumo a Deus, realidade suprema que sacia seu coração inquieto (cf. DE FIORES, S., Jesus Cristo, in Dicionário de Espiritualidade, Paulus, 2ª ed., 1993). Se o fundamento por excelência é Jesus Cristo, caminho para a comunhão com o Pai e o Espírito, então é preciso conhecê-lo. Deveríamos aproveitar esse ano para ler algum bom livro sobre Ele. A comunhão com Ele precisa do conhecimento, pois “ninguém ama o que não conhece”. O Ano da Fé nos anima a “crer” em Jesus Cristo. A fé é o primeiro passo para chegar a Jesus Cristo e viver o seu mistério. A fé implica a atitude de abertura e de acolhida, ou seja, de conversão e de disponibilidade. É preciso celebrar Jesus Cristo, que tem seu ponto culminante na eucaristia, pela qual se entra em comunhão com o seu corpo e sangue. Por consequência, através da atualização do seu Mistério Pascal, estabelece-se a comunhão e unidade fraterna entre todos aqueles que a ceia eucarística 4

une com Cristo. Da espiritualidade eucarística brota consequências importantes: o amor fraterno, a responsabilidade pelo irmão necessitado, a luta em defesa dos famintos, a busca da justiça para uma sociedade mais humana, mais fraterna. A espiritualidade do “pé-no-chão”, das “mangas arregaçadas”. É preciso também viver em Jesus Cristo. Segundo a doutrina de S. Paulo, o cristão deve tomar consciência da situação que decorre de sua união com Cristo e viver em consequência disso: quem está em Cristo é eleito e chamado por Deus, é homem livre do poder do pecado e do mundo, é nova criação. Então, inseridos em Cristo, somos convidados a “crescer” progressivamente em Cristo rumo à perfeição (santidade). Então, tem razão de ser a pergunta no início do segundo capítulo do nosso livro do Tema de Estudo: “O que é para vocês a santidade?”. Das raízes profundas da espiritualidade cristã (Jesus Cristo), chegamos ao fruto mais alto e precioso desta nossa árvore: a santidade! Ser santo é sair do estado de conforto, da comodidade, desobrigação, deixar de ter uma fé morna que distancia o que sabemos ser o bem e do que efetivamente praticamos. Ser santo é viver em Jesus Cristo, em comunhão com Deus e os irmãos, em todos os lugares. Só dão frutos de santidade aqueles que têm raízes profundas em Jesus Cristo. Que Ele conserve a todos nós em seu amor e sejamos pessoas disponíveis para, em seu nome, amar e servir a todos que estejam a nossa volta.  Olga e Nei CR Província Centro-Oeste CM 470


Ano da Fé. Em sua carta Porta fidei Bento XVI diz que “a obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (Jo 6). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação” (7). Esta salvação nos veio pela sua paixão, morte e ressurreição, Mistério Pascal, “páscoa de Jesus na vida da gente”. O Ano da fé quer, entre outras coisas, comemorar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica. O Concílio nos fala sobre o Mistério Pascal: “...a obra da Redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, da qual foram prelúdio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal de Sua sagrada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa Ascensão. Por este mistério, Cristo, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, recuperou a nossa vida”(n. 5). O Catecismo acrescenta: “a Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e a oferta sacramental de seu único sacrifício na liturgia da Igreja, que é o corpo dele... O memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação

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das maravilhas que Deus realizou por todos os homens. A celebração litúrgica desses acontecimentos torna-os de certo modo presentes e atuais. É desta maneira que Israel entende sua libertação do Egito: toda vez que é celebrada a Páscoa, os acontecimentos do êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes, para que estes conformem sua vida a eles” (n. 1363). Como neste ano de 2013 as ENS estudam a Espiritualidade, nada mais justo do que abordar a Páscoa sob esta ótica, supondo como já conhecidos os acontecimentos históricos que originaram a Páscoa dos judeus e a dos cristãos. Os acontecimentos históricos da saída do povo de Israel do Egito, a ceia do cordeiro, a passagem do Mar Vermelho, a Aliança no Sinai... são como que o prelúdio daquilo que Cristo realizou pelo seu Mistério Pascal: Ele, “morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, recuperou a nossa vida” (Prefácio da Páscoa). Assim, como o povo escolhido fez a experiência da passagem (= páscoa) da escravidão para a liberdade, do Egito para a Terra Prometida, atravessando o Mar Vermelho e selando um pacto com Deus no Monte Sinai, assim também os cristãos fazem a experiência da passagem (= páscoa) do

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igreja Católica

PÁsCOa


pecado (morte, escravidão...) para a graça (vida, liberdade,...) na morte e ressurreição do Senhor atualizadas no memorial da Eucaristia: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos vossa vinda” (aclamação anamnética após a Consagração). Celebrar a Páscoa é morrer e ressuscitar com Cristo, recuperando a alegria de viver num mundo

transtornado pela violência, corrupção e injustiça. No Ano da Fé somos convidados a reforçar nossa fé em Jesus Cristo, vivendo seu Mistério Pascal: “a páscoa de Jesus na páscoa da gente e a páscoa da gente na páscoa de Jesus”. “Se não me espanto de mim mesmo, é porque Cristo ressuscitou” (Pe. Franco Delpiano). Isso é Páscoa!  Pe. Osmar A. Bezutte SCE Província Centro-Oeste

eNTraI POr sUas POrTas DaNDO GraÇas (salmo 99, 4) No início do ano, por ocasião do Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI, gostaria de meditar com você, conforme nos permitam estas poucas linhas, sobre a porta. Não qualquer porta, mas a “porta da fé”. Esta expressão foi extraída do livro dos Atos dos Apóstolos (14, 27). Após uma viagem missionária, São Paulo voltou à cidade de Antioquia, de onde havia sido enviado para a missão. Estando lá, convocou os fiéis da cidade. Durante a reunião, contou a todos como Deus havia sido generoso para com os missionários e como havia aberto aos pagãos a “porta da fé” (ostium fidei). A fé tem uma porta! Depois de atravessar a “porta da fé”, aqueles homens haveriam de trilhar o

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“caminho da fé”. Vejamos um pouco mais o que significa dizer que “Deus abriu a porta da fé”. As cidades antigas, como, por exemplo, Jerusalém e Roma, costumavam utilizar muros para se proteger contra assaltos de invasores. O que nos interessa, no momento, não são os muros, mas as portas para acesso da cidade. Junto à porta se concentrava a vida do povo: lá se realizavam os encontros, as atividades comerciais, as manobras políticas e a saída para a guerra. Bem rapidamente a porta da cidade ganhou um duplo sentido figurado. A porta significava ao mesmo tempo, acolhida e seleção. Acolhida para os amigos; seleção e julgamento contra os inimi-

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gos. Quem entrava pela porta, participava da vida da cidade. Aquele, a quem as portas fossem fechadas, ficaria excluído. Deste modo, a porta se identifica com a própria cidade. Entregar a chave da cidade a alguém significa dar a ele um poder: o poder de entrar e sair quando quiser e o poder de abrir ou fechar o acesso a outras pessoas. Voltemos ao nosso assunto. Falemos da vida da fé. Jesus tem a chave da morte e do inferno, tem a chave de Davi. Por isso, abre, e ninguém fecha; fecha, e ninguém abre (Apocalipse 1,18; 3,7). Jesus não somente tem a chave, mas é a “porta das ovelhas” (Jo 10,7). É a porta do céu. Ele diz: “Vereis o céu aberto e os anjos subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1,51). Para atravessar a porta das ovelhas, é preciso nascer de novo. De fato, “quem não nascer da água e do Espírito”, isto é, quem não for batizado, “não poderá entrar no reino de Deus” (João 3, 5). Não é sem razão que os céus se abriram, justamente quando Jesus recebeu o batismo. Para os cristãos, o batismo é a porta da fé, a porta

do reino de Deus, a porta do céu. Mas, depois de atravessar a porta da fé que Deus abriu para nós, é preciso trilhar o caminho da fé. Estas poucas palavras nos fazem entender muitas coisas. A porta é o batismo; a cidade, o reino de Deus; e Jesus, uma coisa e outra. Mas o próprio Jesus constituiu o apóstolo Pedro como a pedra da Igreja e entregou-lhe “as chaves do reino dos céus”. E disse mais: “Tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus” (Mt 16, 18). Pedro tem as chaves da cidade. Abre e fecha a porta. O que isso significa? Significa o poder de disciplina. Se atravessarmos a porta da fé pelo batismo, trilhamos o caminho da fé observando a disciplina interna do reino, isto é, a disciplina da Igreja. E qual a finalidade de tudo isso? A entrada definitiva no reino de Deus. Foi para isso que Jesus iniciou para nós um caminho novo e vivo.  Pe. Givanildo dos Santos Ferreira SCE Eq.26D - N. S. de Guadalupe Brasília-DF

VIVer a PÁsCOa HOJe Neste Ano da Fé, realça a nossos olhos a falta de fé e os questionamentos sobre os valores cristãos. É hora de o equipista ser testemunho de fé e ação. Para tanto, deve mer-

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gulhar na oração, para depois sair fortificado para a missão. Assim, o cristão pode vivenciar sua Páscoa a partir de hoje! São três passos:

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1º) Ler ou reler os trechos evangélicos que falam da Ceia do Senhor, da paixão e morte de Cristo e da sua Ressurreição e Ascensão. 2º) Meditar aqueles textos relacionando com nossa vida: Ceia – alegria de viver, Paixão – sofrimento do homem se vê aqui na terra, Ressurreição é a recompensa ao fiel. 3º) Levar esta meditação para a Santa Missa e lá identificar, em meditação ascética: A alegria eu vejo no Ofertório e no Santus; o sofrimento do homem eu vejo na Consagração e orações seguintes. A recompensa hoje eu sinto e constato na realidade do PÃO que agora é Cristo Ressuscitado. Nesse instante, estou vivendo a minha Páscoa, pois estou me tornando outra pessoa, agora um ser invadido pela pessoa de Cristo (comum+união). Então seu corpovivo entra em meu corpo e age, ilumina tudo, me abraça. Ele quer habitar em mim, Ele, o Rei dos Reis, em mim, pobre pecador! Ele me invade e agora me trata como amigo, na intimidade, conversando comigo e eu falo tudo para Ele. É um ensaio da Páscoa, isto é, da passagem de minha alma para o Cristo-vida. Todo dia fazendo isto, vou me

tornando mais amigo, mais íntimo... até o último dia. Assim penetrando no conhecer Cristo-Amigo, não terei medo da morte, pois é uma mera passagem definitiva, enquanto a Páscoa de hoje é temporária. O pós-comunhão é “o céu aqui na terra”: Cristo me invade, toma conta de mim, eu me recolho para melhor acolhê-Lo. A exemplo de Maria Santíssima, medito calmamente, me alegro profundamente a conversar com Ele... é o céu me envolvendo; entro em união quase perfeita com Ele, pois ainda estou a caminho da santidade. A cada missa, vivo este “ensaio” de estar presente com Cristo (é o céu); assim eu me esforço para viver, reviver, abrir-me a essa visita: o Cristo-céu vem à minha alma-corpo. A Páscoa diária me dá crescente intimidade com Cristo-Deus, de tal forma que a minha morte não será mais uma dor/desespero, mas uma PASSAGEM desta vida material para a vida celeste, a qual já experimento a cada Missa. Este esforço também é “tender à santidade, nem mais nem menos”.  Elza e Edilson CR Região Centro-Oeste Brasília-DF

a VerDaDe QUe NOs TraZ FeLICIDaDe Um jovem nazareno percorria os povoados e as cidades da Galileia, principalmente as que circulavam o lago de Genesaré, também chamado Mar da Galileia. Ele anunciava a 8

Boa Nova, apelava para a conversão, porque o Reino de Deus estava próximo. Era um mancebo elegante, seu olhar era penetrante e a sua voz se fazia ouvir, principalmente pelas CM 470


ovelhas perdidas da casa de Israel. Todos vinham a Ele em busca de alívio para as suas chagas, eram: cegos, leprosos, aleijados e acometidos de outros males físicos e mentais, sendo prontamente curados por Ele. E do mesmo modo exorcizava aqueles perturbados pelos espíritos maus. Este Jovem é Jesus de Nazaré, o Cristo esperado, o Messias de Israel; Ele é a encarnação do Filho de Deus, prometido pelo Pai e anunciado pelas Sagradas Escrituras. É o Filho de David revelado por Deus através do profeta Natã ao rei David, quando diz: ... “levantarei de tua posteridade um dos teus filhos e firmarei teu Reino, e firmarei teu trono para sempre. Serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho”; Ele é o Filho do Homem, revelado ao profeta Daniel no cativeiro da Babilônia: “vi um ser semelhante ao Filho do Homem e Ele adiantou-se diante de Deus e a Ele foram dados por Deus, o império, a honra e a realeza para sempre”; Ele é sacerdote das Nações, prometido pelo Pai ao patriarca Abraão: “por tua posteridade serão abençoadas todas as Nações da terra, porque me obedecestes”.

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Querendo permanecer fisicamente conosco, porque sabia que iria ser preso e morto, Ele reuniu os Apóstolos, na quinta-feira que antecede a páscoa dos judeus, para a última refeição, e tomando o Pão e o Vinho, os transformou em seu Corpo e em seu Sangue, e disse: “Fazei isto em memória de mim”. Naquela mesma noite Ele foi preso pelos judeus e na manhã seguinte, entregue a Pilatos, governador romano, foi condenado à cruz. Naquela sexta-feira, na mesma hora em que os sacerdotes judeus sacrificavam as vítimas pascoais, Jesus assumindo a função de sacerdote, se entrega ao Pai, como vítima pascal em remissão dos nossos pecados. Todos nós estamos salvos em Jesus de Nazaré! Naquele domingo radioso, Ele ressurge do túmulo, vivo glorioso para nunca mais morrer. Antes de ascender aos céus Ele nos faz seus discípulos e nos manda levar o Evangelho a todas as gentes e sermos suas testemunhas em toda parte da terra. Nós, das Equipes de Nossa Senhora, Movimento inspirado pelo Espírito Santo, para os tempos modernos, temos um compromisso muito sério de vivermos o Evangelho para que possamos testemunhar o Cristo, tornando nossas equipes em pequenas Igrejas, onde se pratica o amor, a perseverança e o auxílio mútuo. Para isto, é preciso estar com o Cristo, sendo assíduo à Eucaristia, Sacramento que fortalece o nosso Matrimônio, como um lugar de amor, um projeto de felicidade e um caminho de santidade. Cristo é a verdade que nos traz felicidade!  Lourdinha e Falcão Eq.02B - N. S. da Saúde Recife-PE 9 9


Maria

MÃe De DeUs A doutrina invariável da Igreja ensina que Jesus Cristo, enquanto pessoa humana, foi gerado verdadeiramente por uma mãe humana. Jesus Cristo é, rigorosamente, Filho de Maria. Da maneira que toda mãe subministra todo o fruto de suas entranhas, Maria subministrou uma natureza humana, com a qual se identificou o Verbo, e o fruto foi Jesus Cristo. Movendo-nos dentro do alcance e do significado do dogma elaborado pela reflexão da Igreja a partir de Éfeso, Maria não é apenas a mãe de Cristo enquanto homem, mas também a Mãe de Jesus Cristo enquanto pessoa divina do Verbo. É esse o significado do primeiro dogma mariano, proclamado com tanto júbilo em Éfeso, em 431. O Verbo é seu filho, e Maria é sua Mãe, como as outras mães o são da pessoa completa. Por hipótese, o Verbo poderia ter-se encarnado, por exemplo, identificando-se consubstancialmente, em determinado momento, como uma pessoa adulta. Mas, de fato, não foi isso que aconteceu. De acordo com a Verdade revelada, Deus entrou na humanidade de Maria pelo caminho comum de um processo biológico, a partir das primeiras fases do embrião humano. Por isso falamos da maternidade divina. Foi por isso também que Isabel perguntou estupefata: Que é isso, “a mãe do meu Senhor” aqui? São Paulo, falando do Eterno Jesus Cristo, diz que foi “fabricado” no seio de uma mulher (Gl 4, 4) e utiliza uma vigorosa expressão: Nascido “segundo a carne” (Rm 1, 2). E o anjo da anunciação, quando falou a Maria sobre a identidade daquele que floresceria em seu seio, disse que se tratava do “Filho do Altíssimo”... Poderíamos dizer que, simultaneamente, a humanidade assumiu a divindade, e a divindade assumiu a humanidade. E esse ponto de convergência, nó central da história do mundo, consumou-se em Maria. Sob essa perspectiva poderíamos afirmar, com todo o direito, que Maria é o centro da história. Procurando falar com maior precisão, podemos dizer que Jesus Cristo é “o homem que chega a ser Deus”, segundo a expressão mais repetida dos Padres gregos. Ao mesmo tempo poderíamos dizer que Jesus Cristo é “o Deus que chega a ser homem”. Esta seria a tradução mais exata do nome “Emanuel”. Por isso dizemos tantas vezes que Deus se manifestou em Jesus Cristo. (Extraído do livro “O silêncio de Maria” de Frei Inácio Larrañaga).

Colaboração da Equipe da Carta Mensal 10

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Nas andanças e conversas com equipistas de nosso querido Brasil, quantos fatos presenciamos e quantas histórias ouvimos de casais que não se esforçam para entender o espírito do nosso Movimento. Como a gente procura complicar as coisas! Vamos citar apenas alguns casos: - O casal escolhido para complemento de uma equipe cria mil empecilhos para não participar dessa equipe. - Quando uma equipe é desfeita, um casal remanescente finca o pé para escolher equipe para a qual deve ir. - Um casal, depois de bastante tempo na equipe, se diz “cansado” dela e pede para ser transferido para outra. Meus irmãos, isto não se trata de clube do “bolinha” ou da “luluzinha”. A equipe é uma COMUNIDADE: “[...] Os seus membros, para levar a bom êxito seu propósito comum, aceitam viver lealmente a vida comunitária. Esta vida comunitária tem as suas leis, as suas exigências próprias [...].” ¹ Pe. Caffarel na Carta Mensal (Lettre Mensuele N°2, fevereiro de 1948) afirma: “[…] Uma Equipe não deve ser uma ‘capelinha’, mas uma fonte onde se vem beber a caridade de Cristo para poder levála aos que estão em torno de nós. Não se entra numa Equipe para isolar-se com alguns eleitos, mas

para aprender a doar-se a todos.”² E por falar em leis acontece também de equipistas, com o passar do tempo, se retirarem do Movimento por acharem que estas leis (ESTATUTO) não mais se adequam ao seu ponto de vista. Muitas equipes se acabaram e continuam se acabando por não observarem o ESTATUTO. Sem ele, o nosso Movimento já tinha deixado de existir há bastante tempo. Para reflexão, descrevemos abaixo parte da Carta de Fundação do Estatuto (08.12.47) publicada na Carta Mensal (Lettre Mensuele janeiro de 1948), escrita pelo Pe. Caffarel: “[…] “Depois de ler e meditar o documento (ESTATUTO), ponhamno em prática. É possível que, então, passe a lhes parecer terrivelmente exigente, sem, ao mesmo tempo, parecê-lo. Não por se tratar de obrigações extraordinárias, mas por exigir que tudo aquilo que veio sendo feito “mais ou menos”, de agora em diante, se faça bem feito. Ao se sujeitarem a seguir fielmente as obrigações desta regra, vocês estarão ajudando a si mesmos e aos casais seus amigos a viver de forma cada vez mais perfeita sua vocação de homens e mulheres, de esposos e de pais. Se fossem mais amenos, estes Estatutos conviriam provavelmente a um número bem maior. Mas foi propositadamente que renunciamos a desvalorizar a mística e a disciplina, por

¹ Guia das ENS-Documento: O que é uma Equipe de Nossa Senhora? p. 73. ² Henri Caffarel, um homem arrebatado por Deus, p. 72 – Jean Allemand. ³ A Missão do Casal Cristão, p. 26 - Henri Caffarel.

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Formação

DesaFIOs e reNÚNCIas eQUIPIsTas


não querermos decepcionar a um grande número de casais, sobretudo a muitos jovens, que desejam uma lei assertiva, que os ajude a viver um clima de virilidade cristã. Assumimos a nossa responsabilidade. Rezem, reflitam e assumam as suas.”³ Quem assim entende o nosso ESTATUTO, sabe que a beleza da vivência cristã também se expressa nos desafios e renúncia, eles anteveem a alegria e a bênção, numa sentença: a cruz prenuncia a ressurreição. Em um mundo marcado pelo relativismo e frouxidão dos costumes, Deus nos escolheu em sua benevolência para que fôssemos sinais de sua presença no mundo. Quando Cristo instituiu a vida

em comunidade a começar com os discípulos, posteriormente com os Apóstolos e Igreja, nos deixou como legado a missão de amar. Amar sem reservas e medidas. Aqueles que escolheu, beijou-lhe os pés e a nós deixou a indicação: “Fazei o mesmo”. Abracemos com alegria e entusiasmo nossa missão, amemos indistintamente nossos irmãos, zelemos pelo nosso ESTATUTO. Ele é canal da voz de Deus que nos conduz às verdes pastagens, embora antes tenhamos de passar algumas vezes pelo vale tenebroso.  Eneida e Álvaro. Eq.01B - N. S. Auxiliadora Fortaleza-CE

a eUCarIsTIa, FONTe e ÁPICe Da esPIrITUaLIDaDe A Eucarístia é o memorial da paixão de Cristo, é a presença de Deus no meio de nós, é fonte de vida, é nela que encontramos todos os bens espirituais, por isso precisamos priorizá-la em nossa vida. A espiritualidade nasce também na Eucaristia, por isso devemos buscar, ardentemente, sempre, todos os dias, se possível for. Na vida dos equipistas deve ser praticada com todo fervor e respeito. Para aqueles que não costumam ter o hábito de comungar sempre, que possam fazer um exame de consciência e comecem logo a receber Jesus Cristo, na hóstia consagrada. Se não se acharem dignos de recebê-la procurem um sacerdote 12

e façam sua confissão. Pois ela é nosso alimento espiritual. Todo o mérito de nossas vidas é de Deus, mesmo que caiamos em tentação, que pequemos, mesmo que às vezes não nos sintamos dignos de receber esse Sacramento, devemos rever, nos redimir de nossas falhas. Creiamos que quando comungamos, Jesus toca o nosso coração, todo o nosso ser, nos fortalecendo e nos conduzindo cada vez mais ao amor a Deus, e ao nosso próximo. Precisamos, sim, como casais pertencentes ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, testemunhar no dia a dia a nossa participação na Eucaristia. Já ouvimos pessoas darem testemunhos de que passaram por situaCM 470


ções extremamente difíceis e encontraram forças nessa prática para superar os problemas. Experimente você, e sinta a presença real d´Ele em sua vida.

Comungar é um ato de fé. Professe!  Meiry e Raimundinho Eq.01 - N. S. das Graças Cruz-CE

OrIeNTaÇÕes De QUÊ...? De vida!! Quem entra para as Equipes as recebe como proposta e as aceita. como orientação de vida conjugal de forma a: 1a) progredir no amor a Deus sobre todas as coisas 2a) progredir no amor ao próximo como a si mesmo. Nada mais, nada menos do que o exercício do primeiro mandamento e do mandamento novo. As orientações de vida são um verdadeiro Ato de Caridade que o casal equipista pratica todos os dias, renovando-o a cada mês na reunião mensal com a prática da Partilha. Também é como o eco da resposta de Jesus após ser experimentado pelos fariseus, sobre qual era o maior dos mandamentos (Mt 22,34-40). A resposta de Jesus reverbera nas Equipes de Nossa Senhora e é como a pedra fundamental do Movimento. A resposta d´Ele se transformou em nossas orientações de vida para estímulo de nossa natural predisposição para conhecer a Deus (Formar) para amá-Lo e servi-Lo. Estas palavras que ecoam ainda hoje, e ecoarão para sempre são a materialização da profecia de Isaías (Is 55, 10-11): “a água que fertiliza a terra que não voltará ao céu sem fazer o seu trabalho”. A terra será fertilizada se permitir-se fecundar e nós equipistas somos o terreno fértil. CM 470

A pergunta é: Nós nos deixamos fecundar? Nossa vida de equipista reflete a vivência das orientações de vida ou somente temos tempo de equipe? Sabemos todas as regras? Conhecemos todos os manuais? Praticamos todos os preceitos e regras numa rotina sem frutos para a nossa vida de casal? A nossa Partilha é reflexo da nossa vivência das orientações de vida? Quão longe estamos das orientações de vida pelo testemunho que estamos dando para nossa equipe e para a comunidade a nossa volta! O desafio das Orientações de Vida como se pode perceber é para ser superado com caminhada, todos os dias. Vamos cair e levantar. Vamos nos apoiar na esposa ou no esposo ou nos ombros dos irmãos equipistas, na prática da verdadeira ajuda mútua. A ajuda mútua, portanto, é ação concreta que auxilia nossos irmãos e cônjuge e a nós mesmos a cumprir as orientações de vida. As Orientações de Vida são objetivos que não conseguimos tocar e, apesar disso, temos de transformar em ação concreta para caminhar dia a dia na sua direção. Embora intangível, transformam nossa vida e isto é visível: em casa, no trabalho, enfim em qualquer lugar. Fica mais fácil superar obstáculos usando-se a ferramenta apropriada e aplicando-a 13


com precisão. Estas ferramentas, tal como alavancas são os PCEs. Quando formos praticar os PCE não façamos porque temos que partilhar na próxima reunião mensal, façamos para vivenciá-los, para nos tornar-

mos pessoas melhores, um esposo(a) melhor, um cristão melhor.  Dirlene e Magno Eq.04F - N. S. Mãe Rainha de Schoenstatt Rio de Janeiro-RJ

FILHOs DO MUNDO E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo. 1 Reis 13, 11

Um velho provérbio diz que a justiça divina tarda, mas não falha. Contudo, raramente percebemos o quanto somos nós os responsáveis por esse atraso. As famílias vêm sendo assoladas de todos os lados. Quem nunca ouviu falar em sexo virtual, amor livre ou camisinha? Não podemos simplesmente fechar os olhos e negar a existência dessa nova realidade, pois nossa omissão tem um preço alto e não seremos nós que pagaremos por ela, mas certamente nossa descendência sofrerá as consequências. Esses assuntos não podem ser um tabu, ao contrário, precisam ser avaliados e questionados. O papel de pais e educadores nunca foi tão difícil, nem tão essencial e, para isso, necessitamos da iluminação de Deus. Buscar o entendimento necessário para propiciar aos nossos jovens a fortaleza necessária a motivá-los a combater o bom combate, regá-los com tanta constância 14

que sejam capazes de brotar mesmo entre as pedras; estimular suficientemente seu espírito para que tenham coragem de optar pelo caminho estreito, avançar pelo vale de sombras da morte até vê-Lo face a face. O mundo necessita de cristãos quentes, que se afastem do comodismo e se voltem a uma renovação. Num momento em que a ordem é reciclar, devemos reciclar não somente os resíduos materiais. Para nós cristãos a reciclagem deve abranger principalmente a busca por novas fontes de energia positiva e uma melhor formação. Voltemos à nossa fonte de Água Viva, a única capaz de nos impulsionar com fé, esperança e caridade. Assim estaremos colaborando na construção do reino de Deus e, consequentemente, de um mundo melhor. As ENS nos propõem, na prática constante dos PCEs, uma arma contra o hedonismo, o desamor e a destruição dos casais cristãos. Ainda assim, por vezes, esquecemo-nos de fazer de nossa vida uma constante ação de graças. Na atualidade é missão de todo cristão, fazer de sua família uma realidade valorizada, única, inigualável.  Rita e Sodré Eq.01A - N. S. das Graças São Gonçalo-RJ CM 470


“Apascenta as minhas ovelhas”. (Jo 21,15) Este foi o lema de abertura do I Encontro dos CEs da Província Sul I, realizado no dia 05.11.12, na Casa de Retiros Santa Fé em São Paulo. Foi lembrado aos 97 Conselheiros e Conselheiras Espirituais participantes que nas ENS exercem seu tríplice múnus: “ensinar, santificar e reger”, a grande ação de, promovendo a vocação dos esposos na sua vida conjugal e familiar pelos vários meios pastorais, pela pregação da Palavra de DEUS, pelo culto litúrgico e por outros recursos espirituais, bem como humana e pacientemente fortificá-las nas suas dificuldades e confortá-las com caridade, para que se formem famílias que sejam verdadeiramente focos de luz”(Gaudium et Spes). Para conhecimento de todos, foi apresentado aos CEs a composição atual dos membros da Província Sul I e cada Casal Responsável Regional deu as boas-vindas aos seus conselheiros(as) presentes. Pe. Paulo Renato, SCE da Província, falou do Tema de Estudo para 2013: O caminho da vida espiritual em casal, da sua profundidade, suas etapas e o que fazer para ajudar os casais a crescerem na espiritualidade conjugal. Em suas belas colocações definiu Espiritualidade como: “Espiritualidade é uma maneira concreta de a pessoa se relacionar com DEUS, com o outro, consigo e com o mundo.” (Dom Dimas Lara Barbosa) e “Espiritualidade é o profundo e dinâmico de seu próprio CM 470

ser: suas motivações maiores e últimas, seu ideal, sua utopia, sua paixão, a mística pela qual vive e luta e com a qual contagia...” (Dom Pedro Casaldáglia) E concluiu com as palavras do casal Volpini, no XI EI, em Brasília, que o Tema 2013: • Tem “o objetivo de despertar em nós a questão de Deus”. • É “um tema de estudo que nos permite Ousar o Evangelho, porque nos renova hoje a pergunta de Cristo aos discípulos João Batista: “Que procurais?” (Jo 1, 35-39a). • Quem responde a essa questão é o Padre Caffarel, válida para todos os equipistas de todos os tempos: “procuremos juntos”! Padre Flávio Cavalca, grande missionário nas ENS, nos falou sobre o papel do Conselheiro Espiritual, suas origens e função do Sacerdote e do Acompanhante Espiritual Temporário, de sua preciosa missão no Movimento, mas que não seja a “Lei”, mas o “Espírito” que nos une! O que o Movimento espera do Conselheiro(a) Espiritual é, antes de tudo, que seja padre e que preencha em primeiro lugar na equipe, comunidade eclesial, sua função sacerdotal, “tornar presente o Cristo como Cabeça do Corpo (Sínodo dos Bispos, 1971). O SCE tem assim esse papel, que permite às Equipes enriquecerem-se com o encontro dos dois sacramentos: o da Ordem e do Matrimônio. 15

Vida no Movimento

I eNCONTrO DOs Ces


Ele encontrará na Equipe as vantagens da amizade recíproca com os casais, suas realidades conjugais, um incentivo para sua vida pessoal e para sua ação pastoral. Pe. Flávio fez um apelo: ajudem os casais para o amadurecimento espiritual nas ENS e também um questionamento: Por que não têm surgido mais vocações sacerdotais na família Equipista? Após as belas palestras tivemos uma plenária, com a mesa composta por Pe. Flávio Cavalca, Dom João Evangelista e Pe. Paulo Renato, e ainda com o CRP, que responderam com sabedoria e clareza, às diversas questões e dúvidas dos participan-

tes. Um tempo curto para tamanha troca de experiências. Irmã Ildeci, em testemunho comovente, agradeceu à Equipe da Província pelo acolhimento, pelas formações, orações, refeições, pela lembrança etc..., que tudo foi maravilhoso e se abasteceu muito espiritualmente! E, no final da Celebração Eucarística, o CRP, agradeceu a presença e a participação de nossos queridos Conselheiros(as), traduzindo um pouco do carinho e amor que recebemos de cada um deles.  Conceição e Nelson CR Região SP Leste II São Paulo-SP

eeN - eNCONTO De eQUIPes NOVas

Região Goiás Sul Pela primeira vez, na Província Centro-Oeste, Região Goiás Sul, realizou-se no Setor Ituiutaba-MG, o 1º Encontro de Equipes Novas, no salão paroquial da Paróquia São Francisco de Assis. Dele participaram 31 casais, mais o Casal Provincial, o Casal Regional e 16

o casal de Setor. O encontro foi realizado pela Equipe de Formadores, constituída por um casal de Setor de Goiatuba, um casal de Anápolis e o Pe. João Batista, Conselheiro Espiritual da Equipe de Formadores. Foram dois dias de intenso CM 470


aprendizado e de surgimento de um novo fervor da fé, bem como do sentimento de unidade e de pertença ao Movimento. Tudo foi revisto num clima de grande interesse e harmonia. Há um fato estimulante a observar: o preparo extraordinário da Equipe de Formadores, o que, por si só, é um belo e poderoso testemunho do valor da formação. Já é velho o ditado: - ninguém ama o que não conhece - mas é absolutamente verdadeiro e significa que a formação é sempre um instrumento valioso, pois leva ao conhecimento, que leva ao amor, ao comprometimento, à dedicação e à mudança de vida para uma vida mais cristã e mais santa, resul-

tando testemunhos que glorificam a Deus, a Igreja e o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Na medida em que o conhecimento gera mudança de atitudes de vida, gera conversões, isso significa, dentro do nosso limitado entorno a construção do reino de Deus, que pode espalhar-se como se fossem as ondas de um lago formadas em torno de um objeto que nele cai. A realização de Encontros de Equipes Novas é um investimento abençoado que está revalorizando tudo nas ENS, especialmente a Reunião de Equipe que é uma das razões de sua existência.  Cida e Hélis CR Setor Ituiutaba Goiás-GO

Região Mato Grosso do Sul

“Como é sábio o Movimento das ENS!” Talvez essa frase possa nos ajudar a afirmar o que foi o 1º EEN – Encontro de Equipes Novas da Região Mato Grosso do Sul, realizado durante os dias 08 e 09 de dezembro de 2012, na cidade de Dourados-MS. A ideia de um EEN era, até en17 470 CM

tão, inovadora. Nós, da Equipe de Formadores, juntamente com o CR da Província Olga e Nei, nos reunimos por várias vezes para nos prepararmos para a missão. A cada encontro, fomos nos aprofundando no conteúdo a ser apresentado e consequentemente, sem que percebêssemos, fomos nos preenchendo CM 461 17


com o amor de Deus. Chegado o momento, a mão d´Ele mais uma vez nos conduziu. O EEN - Encontro de Equipes Novas nos permitiu relembrar que, para sermos equipistas de verdade, necessitamos seguir um caminho de santificação sem máscaras, através de um amor mútuo irradiante de uns para os outros, de uma sincera e decidida caminhada dentro das ENS, conhecendo e vivendo todas as riquezas que o Movimento nos oferece. Nos dois dias de encontro, a sabedoria divina transpassou nossa ansiedade humana e se manifestou de uma forma alegre e espontânea. Todos puderam rever seus conceitos, sua participação dentro de sua equipe de base e no Movimento, seu caminhar pessoal e em casal e novamente decidir e se comprometer com um novo caminhar. O EEN renovou o sentido de que as ENS nos oferecem muito mais do que ser simplesmente um grupo de casais, mas sim, um instrumento que nos dá a oportunidade de um verdadeiro encontro com Deus. Lembrou-nos que, se mergulharmos no que nos é oferecido e vivermos plenamente o que nos é pedido, deixando que a luz do Espírito Santo nos condu-

za, certamente sentiremos a ação de Deus em nossas vidas. Os 37 casais que estiveram presentes participaram ativamente através dos grupos de assimilação, plenários, perguntas e respostas, palestras, celebrações e muito mais. Saíram entusiasmados, cheios de vontade de seguir adiante, renovados em seus compromissos e convictos de que é necessário decidir por um caminho santo, porque somente assim poderemos ser testemunhas vivas da grandeza do sacramento do Matrimônio. Nas avaliações, eles relataram que gostaram muitíssimo e saíram muito animados e renovados para seguir “o caminho”...... e afirmamos que o fogo foi reaceso! Inclusive os pedidos para que esse encontro se estenda a outros equipistas é unânime. Resta a nós casais da equipe formadora e Pe.Jair Máximo, agradecermos a Deus pela oportunidade de continuar Lhe servindo, pois além de uma experiência enriquecedora, o EEN nos encheu de ânimo para continuarmos firmes na missão.  Solange e Kleber Eq.01A - N. S da Santíssima Trindade Dourados-MS

eacres PROVÍNCIA SUL I Região São Paulo Centro I Nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2013, na casa de Retiros Vila Kostka - Bairro Itaici em Indaiatuba-SP, aconteceu com as graças de Deus e a proteção de Maria, o EACRE da 18

Região SP Centro I. A celebração Eucarística de abertura foi presidida pelo Arcebispo da arquidiocese de Campinas, D. Airton José, profundo conhecedor e admirador do MoviCM 470


mento das ENS. Foram momentos de acolhimentos, celebrações, orações e muita formação para os CRE, CL, CRS e SCEs. Conforme o lema do ano “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, vivemos momentos em que nossos cálices transbordaram, quando todos partilharam e receberam as Orientações para 2013, as formações e o tema do ano. Sob a luz do XI Encontro Internacional, nosso querido CRP Hermelinda e Arturo, falou sobre as Orientações para 2013. Fomos convidados a “Ousar o Evangelho”, quando Pe Miguel, SCE

da Super-Região Brasil, nos apresentou o Tema do Ano “O Caminho da Vida Espiritual em Casal”. Fomos presenteados por outras palestras que muito nos enriqueceram. Contamos também com a presença de diversos SCE e AE. Rogamos ao Espírito Santo de Deus que com sabedoria e perseverança, os CRE, CL e SCE, conduzam , animem e motivem suas equipes, fortalecendo ainda mais nosso tão amado Movimento.  Lúcia e Roberto CR Setor Valinhos Valinhos-SP

PROVÍNCIA SUL II Região São Paulo Nordeste Foi com muita alegria e um espírito renovado que se realizou em 23 e 24.02.13 em Ribeirão Preto-SP o EACRE da Região SP-Nordeste, que é composta de oito Setores, com um total de 130 casais, e acompanhados de seus respectivos CRS. Todos ficaram maravilhados com a presença do Casal Provincial, Inez e Natal, e do SCE da Super-Região Brasil, Pe. 19 470 CM

Miguel Batista. O EACRE aconteceu nas dependências do Colégio Marista, um local acolhedor e que, além de oferecer conforto e bem-estar para os presentes é um local onde transborda espiritualidade em cada espaço. Foram dois dias marcados por muita espiritualidade, por um profundo sentimento de união que veio CM 461 19


reforçar a caminhada do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Um fato marcante foi a presença de D. Davi, Bispo de São João da Boa Vista e D. José Geraldo, Bispo Emérito de Guaxupé-MG, bem como os 22 SCEs e 04 Irmãs AET que participaram do painel formado pelos Sacerdotes com a participação dos CRE formulando perguntas relacionadas ao Movimento. O Casal Provincial falou com muita propriedade e entusiasmo a respeito dos objetivos do Eacre e Orientações para 2013. Entre os assuntos abordados, destacamos a palestra do Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região Brasil, sobre o tema de estudo para 2013. Com objetividade, sua facilidade de expressão, seu dinamismo, conta-

giou a todos, contribuindo para que todos tivessem uma boa compreensão dos objetivos do tema proposto para 2013 - “O caminho da vida espiritual em casal”, e o lema: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”. O EACRE foi muito oportuno para o crescimento no amor e na comunhão, despertando todos para uma vontade de ir mais além: “de beber mais desta água viva que é Jesus”. Todos os participantes, sem margens de dúvidas, saíram deste EACRE encorajados, reabastecidos e mais otimistas quanto aos verdadeiros objetivos do Movimento.  Lúcia e Rubson Eq.02B - N. S. das Graças Ribeirão Preto-SP

PROVÍNCIA CENTRO-OESTE Região Centro-Oeste I Eacre diferente Como as demais regiões, a RCO-I realizou em fevereiro o seu XXXI EACRE. Porém, houve coisas novas, diferentes de outros anos. 20

A preparação foi minuciosa, cada equipe de trabalho interessada em planejar tudo. A Equipe Orante convidou as outras equipes a se juntarem a ela e formarem assim uma grande CM 470


equipe em que todos se preparariam com orações para o EACRE. Além disso, realizaram 03 Vigílias Noturnas, jejuns e mutirão de confissões. Tudo isto para que o EACRE fosse o melhor possível. Durante o EACRE, os membros da Equipe Orante ficaram diante do Santíssimo Sacramento a interceder pelos CREs. Eis as consequências: 1. No ar havia um clima de amor fraterno, no bom-dia amigo em meio a um sorriso aberto que trocávamos a cada passo, entre as dependências do Colégio Militar. 2. A PORTA DA FÉ, única entrada para a sala de Palestras, nos convidava a algo novo, e logo encontramos nossa Mãezinha do Céu, como que nos falando: Venham, me sigam que os levarei ao Pai. É por aqui o “caminho da vida espiritual em casal”... Ao lado de sua imagem estava a “água viva”, jorrando inesgotável de uma fonte que nos falava: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”! 3. Um ponto alto foi a abertura do 21 470 CM

EACRE com a Missa concelebrada e presidida pelo Revmo. Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha. 4. Nosso Casal Provincial falou sobre as Orientações para 2013, Frei Cléber nos convidou ao Caminho da vida Espiritual em casal. Ouvimos também sobre a Campanha da Fraternidade, sobre o andamento da Causa da Beatificação do Pe. Caffarel, O Ano da Fé, Ecos do XI Encontro Internacional e a Carta de Brasília. Houve belos testemunhos sobre a Regra de Vida e sobre o Casal em Missão, além do emocionante convite a participar do III Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. 5. Os membros participantes, em suas avaliações, destacaram como pontos altos: as palestras, os grupos de assimilação e a liturgia do Encontro. N ó s a pre nde m os que um evento deste tamanho só tem CM 461 21


a harmonia entre as equipes de trabalho, se a dedicação incansável dos Coordenadores e de seus membros estiver revestida de

muita oração e dedicação.  Elza e Edilson CR Região Centro-Oeste I Brasília-DF

PROVÍNCIA LESTE Região Rio V

Tendo como pano de fundo o tema de estudos “O caminho da vida espiritual em casal”, a Região Rio V realizou nos dias 02 e 03.02 o EACRE-2013, em Jacarepaguá. Dele participaram cerca de 200 pessoas e 03 Conselheiros Espirituais. A presença do casal SRB, Cida e Raimundo, foi uma surpresa muito boa, pois com sua simplicidade, profundidade e conhecimento do Movimento, enriqueceram ainda mais esses dois dias. O EACRE foi iniciado com a celebração Eucarística, festejando a apresentação do Senhor no Templo. O casal animador, com criatividade, proporcionou momen22

tos de descontração e oração. O CRR, Sônia e Aramis, apresentou-nos os objetivos do EACRE e uma mensagem do CRP, Bete e Carlos Alberto. Frei Arthur, SCEP, abordou o tema do ano, enfatizando as 3 fontes de espiritualidade para o casal equipista: a Bíblia, a Igreja e as ENS. Inquietou-nos questionando: O que Jesus representa para nós? Que água sai de nossa boca? Finalizando, deixou a seguinte reflexão: Somos peregrinos neste mundo. Dele tudo usufruímos, dele nada levamos, a não ser o caminhar rumo a Deus. Desta forma, o que nos resta é caminhar. CM 470


O CRSRB, apresentou as Orientações para 2013, destacando a unidade do Movimento, lembrando que os atalhos são perigosos e podem nos desviar do caminho certo. Em outro momento o casal apresentou a estrutura das ENS. A metodologia, para um melhor proveito do conteúdo do livro tema, foi passada pelo Casal Responsável do Setor C. Tivemos flashes sobre a CF-2013, a JMJ Rio 2013, Regra de Vida, o XI EI, o III Encontro Nacional em Apare-

cida e EJNS. O CRR falou-nos sobre os Casais Jovens e Idosos nas ENS. A troca de experiências nos grupos foi muito proveitosa, com a participação entusiasmada dos casais. O EACRE foi encerrado com a Missa de Envio, presidida pelo Pe. Dirceu, SCE do Setor C, que motivou todos para um bom serviço às ENS, incentivando a nossa ação, para que os dons recebidos cresçam e frutifiquem.  Vera e José Eq.68C - N. S. Imaculada Conceição Jacarepaguá - RJ

Região Minas V No clima do amor-doação, EACRE 2013! Num mundo cada vez mais violento e descrente foi uma bênção desfrutar de um ambiente de oração e de paz, nos dias 2 e 3 de fevereiro, ao lado de pessoas cheias de tarefas e limitações como nós, mas motivadas ao crescimento fraterno na espiritualidade! E dentre tanta sabedoria partilhada, disse-nos o Padre Moacir Arantes: “Quem deseja realizar uma obra, sempre encontra os meios e quem não deseja, sempre encontra uma desculpa!” Não podemos jamais fugir da coerência entre o que propomos a nós mesmos como equipistas e o que vivemos no nosso dia a dia! Tivemos a certeza de que precisamos, cada vez mais, disponibilizar a nossa missão de CRE, em favor de nossas equipes, assim como constatamos na dedicação de todos os SCE, CRS, CR Minas V e o CRP, que, de forma carinhosa, estiveram à frente de tudo, doando seu tempo 23 470 CM

ao amor a Deus e ao Movimento das ENS! O EACRE foi animado, com muita música bonita, alegres coreografias e ricos testemunhos de fé, No ano da Fé e encorajados pela Campanha da Fraternidade e pelo Encontro Mundial da Juventude, somos impulsionados a apoiar os jovens e ajudar a implantar as EJNS – Equipes de Jovens de Nossa Senhora em nossa cidade e esperar que também eles levem ao mundo a boa nova! Ninguém melhor do que eles, com tanta alegria e coragem, para conosco “ousar o evangelho!” Ao final do EACRE 2013, saímos com a nossa fé renovada, os corações aquecidos e comprometidos com as Orientações do Movimento para 2013, fazendo-as também incorporar em nossos irmãos de equipe com entusiasmo e alegria. Podemos resumir tudo, com duas frases citadas pelo Pe. Edilson: “O mundo está ficando tão ateu, que na virada do milênio, o único CM 461 23


Evangelho que os outros poderão ler, será a nossa própria vida e testemunho!” E mais: “A vocação de todo cristão é gerar fome de Deus para aqueles que não têm e saciar a fome

daqueles que têm!” Não precisamos dizer mais nada, só agradecer!  Maria Raquel e José Raimundo Eq.03A - N. S. da Conceição Região Minas V – Província Leste

PROVÍNCIA NORDESTE Região Alagoas Equipes em festa “Graça divina é começar bem. Graça maior é persistir na caminhada certa. E graça das graças é nunca desistir”. (Dom Hélder Câmara)

Nos dias 15 e 16 de dezembro de 2012, os Setores A, B e C de MaceióAL, os Setores A e B de ArapiracaAL e o Setor de São José da Tapera, juntamente com as Equipes distantes de Penedo e Maragogi, estiveram reunidos no EACRE 2013 da Região Alagoas. Foi um encontro marcado pelo aspecto espiritual, convivência familiar e de excelentes mensagens muito bem planejadas e repassadas. Com o Tema: “O caminho da vida espiritual em casal” e o Lema: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, tivemos o privilégio não só de estudar esses assuntos, nos aprofundando em cada texto, mas também de “mergulhar” com muita fé, dedicação e ativa participação em debates internos formados por grupos que tiraram suas conclusões e apresentaram aos Casais Responsáveis dos Setores, para avaliações e ponderações a respeito de cada grupo. Foi dada muita ênfase também ao envolvimento com novos movimentos, como de Jovens, Idosos e Casais 24

recém-casados, além da motivação dos equipistas para participarem e estimularem esses movimentos, e também foi incentivado o estímulo às Interequipes. Além disso, tivemos a grata satisfação de receber a visita de nosso Arcebispo, Dom Antonio Muniz, que fez excelentes explanações a respeito não só dos movimentos da Igreja, mas de Projetos criados pela Cúria. Foi muito comentada, não só a pujança da Igreja em nosso Estado, mas também a quantidade de Movimentos Cristãos. Para nós, da Eq.03 - N. S. da Conceição, foi muito gratificante não só o privilégio de participarmos do EACRE, mas de termos sido convidados a comentar a respeito da quantidade e qualidade das informações recebidas e do fato singular de ser um ano atípico, não só pela pujança da Igreja local, mas pelo empenho da Igreja no auxílio aos jovens do nosso Estado, do Brasil e do Mundo, em uma nova perspectiva da realidade cristã, fatores importantíssimos na formação das nossas futuras lideranças em todos os níveis da sociedade. Portanto, pelo que vivemos e pelas graças recebidas, não poderia ser outro o título desse texto: Equipes em festa! (Eq.03 - N. S. da Conceição) CM 470


Região Ceará II Eacre 2013 Peço inspiração divina Para um relato fazer, Como foi o nosso EACRE E em verdade dizer Tudo o que aconteceu E sem de nada esquecer Houve orientações Do casal regional Conduzidas com alegria De forma bem informal, Quando Deus está presente Tudo é bem original Tivemos na animação O termômetro da alegria. O casal animador Transbordou em simpatia Nos mandava ir ao poço Ver a água que bebia.

Houve reza e oração Missa e celebração Tivemos posse dos CREs Momento de devoção Alegrias ressaltadas Com lágrimas e emoção Em cada palestra ouvia Contextos de formação, Tema, Lema retratados, Matérias para oração Se o casal for esperto Busca a santificação O tema dois mil e treze Nos coloca no “Caminho da Vida Espiritual” Não para viver sozinho, A proposta é “em Casal” Por uma vida espiritual O lema é transbordante, Pois é fonte de água viva. Pra quem tem sede de Deus Vai para a fonte beber, Na palavra de Jesus Encontra amor e saber Vai ”Ousar o Evangelho” 25 470 CM

Aquele que a Deus amar E servir a sua Equipe, Serve mais quem mais amar Terá amor exigente Quem sua Equipe cuidar Reuniões, testemunhos, Tiveram sabor de mel Informaram os conteúdos Dos livros de Caffarel Incentivando os casais Na caminhada pro Céu “Regra de Vida” será Nesse ano muito forte O casal vai se esforçar Num esforço sem igual, Fará tudo que puder Pela vida espiritual Vamos gente sem perder De nosso rumo a visão, O Movimento precisa De mais casais em missão, Pra servir outros casais Com amor no coração Gente de toda parte Da cidade e do sertão Acorreram ao EACRE Feito de amor e ação De quem pegou no arado Para servir aos irmãos O Deus vivo está presente Perante tanta alegria Habitando os corações De quem a paz irradia Isso sem nunca esquecer A presença de Maria Agradecemos a Deus E a todos da Região, Que se esmerou no servir Sem se cansar um momento, Tudo feito com amor, Aos irmãos e ao Movimento. 

Maury da Elena CR Setor Vale do Jaguaribe Jaguaribe-CE CM 461 25


Raízes do Movimento

BaILe De MÁsCaras1 Por Henri Caffarel Em toda a parte a mentira; ao redor de nós; em nós mesmos. A Sra. Y detesta a Sra. Z; estendelhe, porém, a mão com um sorriso impecável. O Dr. A vive criticando o seu colega Dr. B; encontra-se com este e com que entusiasmo apresenta-lhe felicitações pela classificação obtida no concurso do hospital. Examinai o grupo de pessoas que, na Igreja, desfilam diante da família do defunto; ficareis surpreendidos com a “sinceridade” de todos... Todos representam o seu papel: a mãe perfeita, o pai de família numerosa, o braço direito do Sr. Vigário, o modelo social, o cristão de ideias largas. Afivelar bem a máscara, ajustar bem o disfarce, esta a grande preocupação. E os partidos políticos! E a imprensa!... e seja lá o que for, a última greve, a sucessão presidencial, o grande julgamento no Tribunal: sempre palavras belas, escondendo quase sempre coisas sujas. Estamos, aliás, tão habituados que nem mesmo atenção prestamos a tudo isto. Tão habituados, quer dizer, tão contaminados... Pessimista, direis. Utilizai-vos, então, deste teste: durante um dia apenas, esforçai-vos por descobrir todas as mentiras que se insinuam nas vossas atitudes, palavras, cartas, gestos, silêncios, pensamentos, 1 2 3

orações, seja em relação à vossa esposa, filhos, empregados e demais pessoas com quem cruzais, seja em relação a vós mesmos (pois mentimos a nós mesmos e, talvez, mais do que aos outros), seja em relação a Deus (pois, quantos cristãos não seriam mais leais se se abstivessem durante algum tempo, como Peguy, de recitar o Pai Nosso, tendo em vista o “seja feita a Vossa vontade” que é desmentido pelo proceder diário). Se vós não vos espantardes, à noite, com o resultado da experiência, é porque ou sois santo ou, quando menos, cego. E nesta segunda hipótese, o vosso caso é grave. Tornarmo-nos verdadeiros - tal deveria ser o nosso ideal de todos os dias. E nesse sentido sereis eficientemente ajudados se jogardes lealmente o “jogo” das Equipes. Se durante a troca de ideias2, todos os casais exprimirem com toda a simplicidade, aquilo que pensam, confessarem aquilo que ignoram, solicitarem a ajuda dos outros para a questão que os preocupa, raciocinarem em harmonia com os demais de forma a traduzir em sua vida a verdade melhor compreendida, estes não tardarão a se tornar verdadeiros. Se a vossa oração, na reunião mensal, for alguma coisa mais do que uma boa dissertação, se ela

Editorial da Carta Mensal de Novembro e Dezembro de 1954. Momento de reflexão do Tema de Estudo Pontos Concretos de Esforço

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traduzir em algumas palavras despidas de eloquência, de literatura, como se estivéssemos a sós diante de Deus – um pensamento, um desejo, um sentimento profundo da alma, tornar-vos-eis verdadeiros. Se praticarem os casais, lealmente, aquilo que chamamos de “Partilha” (recordai o texto do Estatuto: - “Cada casal dirá, com toda a franqueza, se observou, durante o mês, as obrigações3 assumidas e não tardarão a se tornarem verdadeiros”). Pôr-se a par dos respectivos esforços e dificuldades é coisa absolutamente normal para os casais que, conjuntamente e com o objetivo de entreajuda fraternal, assumirem o compromisso de seguir uma regra. Não é compreensível, pois, a ojeriza de certos casais para

com a “Partilha”. E não haverá isto precisamente na medida em que eles estão ainda habituados a “blefar”, a representar os seus papéis, a cultivar a sua reputação? É precisamente porque vemos na “Partilha”, entre outras coisas, um meio infalível de fazer cair a máscara, de lutar contra o “blefe” mundano, que lhe atribuímos tamanha importância. Quando os casais de uma Equipe se esforçarem por eliminar toda a mentira, numa tentativa de sinceridade total, então, - conforme me escreveu um de vós: “Entre cristãos que se tornaram transparentes uns para os outros, a comunhão dos santos não é somente um dogma no qual se crê, mas também uma experiência que se vive”. 

esTaMOs PrONTOs Os casais do Movimento estão prontos? O Movimento está pronto? Permitir-me-eis, penso eu, que, como pai espiritual do Movimento, me abstenha de vos lisonjear, mas vos fale não só com amor, mas também com exigente franqueza. Eis, em primeiro lugar, o que, a meu ver pode ser levado a crédito do Movimento: • Uma busca sincera do pensamento de Deus sobre o casamento e a vontade de viver de conformidade com este pensamento • A convicção de que todo cristão é chamado à santidade e que o casamento é um caminho de santidade. CM 470

• O empenho em se entreajudarem, marido e mulher, neste caminho e de levar por ele os filhos. • O empenho, não menos certo, de ajudar os casais da equipe e de recorrer também ao seu auxílio. • Uma amizade, no seio da equipe, que ultrapassa o mais das vezes a simples amizade humana. • O desejo de comunicar aos outros casais o que compreendemos e o que procuramos viver das riquezas do casamento cristão.  (Extraido do Livro “A Missão do Casal Cristão” p 117 - Pe. Henri Caffarel) 27


testemunho

NOssa esPIrITUaLIDaDe aNTes e DePOIs Das eNs Casamo-nos em 1996, uma cerimônia simples, sem comemorações. Porém, bênçãos e graças estavam por vir sobre nós, apesar de termos uma vida espiritual infantil, baseada apenas nas missas dominicais, de vez em quando. Vivemos desta maneira, sem cultivar nossa espiritualidade, desde o casamento, até o dia em que fomos convidados para participarmos da Experiência Comunitária das Equipes de Nossa Senhora. A partir daquele momento aconteceu uma verdadeira reviravolta na vida espiritual deste casal tímido e envergonhado que, mesmo dizendo-se cristão católico sentia até remorsos ao falar de Jesus Cristo. Hoje após 08 anos nas ENS, somos muito gratos ao Movimento que, através da vivência dos PCEs, nos fez perder todo o medo e timidez para nos engajarmos nos servi-

ços da nossa paróquia. Atualmente somos comentaristas nas missas, damos palestras para pais e padrinhos, na preparação para o batismo, somos o casal vice-coordenador da Pastoral da Família e somos zeladores do dízimo. Tudo isso graças a Deus, a Nossa Senhora e às ENS. Temos dois filhos que, para a honra e glória do Nosso Senhor Jesus Cristo, já receberam a primeira eucaristia e em breve se prepararão para o crisma. Louvamos a Deus todos os dias por este Movimento ter entrado nas nossas vidas, e podemos distinguir perfeitamente duas etapas na nossa vida espiritual e conjugal: antes e depois das Equipes de Nossa Senhora.  Gecilma e Batista Eq.06 - N. S. da Conceição Caicó-RN

FOMOs Cre NO aNO QUe FINDOU Entramos na Equipe para completar o quadro. A própria equipe refez sua pilotagem e isso para nós foi uma bênção, pois nos incutiu um sentimento muito grande de pertença ao Movimento e nos fez dar o nosso SIM para sermos CRE. Esse sim ao chamado custou-nos um grande esforço, pois estaríamos à frente de uma equipe com uma longa caminhada, (29 anos), que vivencia com responsabilidade as três atitudes e cultiva uma amizade 28

verdadeiramente fraterna. E nós? Tão novos, recém-chegados, querendo receber e sendo chamados a dar tanto. Mas como acreditamos, verdadeiramente, que quem nos tinha escolhido fora Aquele que pode todas as coisas, que prometeu estar conosco e nos enviaria o seu Espírito, não tememos. Po d e m o s g a r a n t i r q u e re c e b e mos toda a força e orientação necessárias para exercer a missão. Fizemo-nos presentes nas oporCM 470


tunidades de crescimento que nos foram propostas pelo Movimento com muita humildade. Foi um ano em que recorremos sempre à oração nos momentos de dúvida e discernimento, consultando, interrogando, pesquisando, pois decidimos doar o melhor de nós para Deus e para a Equipe. Um lembrete aqui, um torpedo ali, um livro da equipe mais parecido conosco, uma dinâmica diferente nas reuniões, o silenciar ou questionar somente o necessário, tudo enfim, para que a equipe caminhasse e não sofresse descontinuidade. Entre tantas coisas que nos encantam no Movimento uma é a transitoriedade, pois, ninguém é dono da Equipe e de missão alguma. Nem mesmo o Pe. Caffarel. O Espírito Santo, sim. Por isso, no ano que se inicia nossa Equipe terá a cara do novo CRE, que nos conduzirá, nos amará

mais e nos servirá, utilizando-se dos dons que Deus pôs à sua disposição. Numa comunidade, cada um deve colocar seus dons à disposição de todos, até porque não há nenhum indivíduo completo. (1Cor 12,4-11). Neste ano, nosso compromisso é de estar sempre disponíveis e sendo corresponsáveis com o novo CRE. Recebemos nossa cota de alegria e regozijo pela missão desempenhada, em bênçãos, luz, crescimento espiritual, mudança de hábitos, de visão da vida e de muita fé, mas também, a consciência de que muito ainda tem que ser feito. Não queremos jamais achar que fizemos mais que nossa parte, pois, ‘servos inúteis’, só fizemos o que devíamos fazer. Sempre teremos algo a concretizar, visto que, “A quem muito foi dado, muito será pedido”  Suely e Franzé Eq.02E - N. S. de Fátima Fortaleza-CE

ONDe reINa O aMOr Nossa caminhada como casal responsável do Setor Indaiatuba no ano de 2012 adentrava para seu 2º ano. E, junto aos membros do Colegiado da Região SP Centro I, em fevereiro dávamos início ao processo de discernimento para eleição do novo Casal Regional. Num clima de intensa espiritualidade e união acolhíamos a todos em nossa casa como casal anfitrião. Nossa vida seguia seu curso e, dentro da nossa equipe de base, iniciávamos também um brusco processo de mudanças. CM 470

Pois em janeiro um casal havia se desligado do Movimento e, ainda não recuperados da perda, em meados de abril, sofreríamos um novo impacto, a uma só vez, dois desligamentos de casais e também do nosso SCE. E em meio a esse turbilhão de emoções, 29


fomos surpreendidos pela ação de Deus: recebíamos o convite do nosso Casal Provincial para assumirmos a missão de novo Casal Regional. Um misto de alegria, medo e insegurança tomava conta de nossa caminhada naquele instante e, antes de responder, pedimos ao Casal Provincial que nos permitisse conversar e refletir. Diante dos muitos questionamentos que nos surgiam, surgia mais forte a certeza de que trazíamos desde há muito em nosso coração: se nada de grave nos impedisse de aceitar um chamado, uma nova missão, nunca responderíamos “não” ao Movimento e a Deus. E assim assumimos o compromisso, a nova missão de Casal Regional para a Região SP Centro I. Mas nosso coração ainda se consumia na expectativa de qual destino seria dado a nós, os três casais da equipe de base. Partilhamos e buscamos ajuda junto ao novo Casal Responsável de nosso Setor. E assim fomos trilhando nossa caminhada: a Equipe entregou para Deus todas as suas expectativas, porém pedindo que nos abríssemos à ação do Espírito Santo e que Ele intercedesse por nós para que tudo acontecesse pela vontade de Deus e não pelas nossas. Muitas situações transcorreram, geradas por momentos de insegurança, tristezas, orações, alegrias, dúvidas. Após esse período chegávamos ao momento 30

de nossa Reunião de Balanço e por sua solicitação o nosso novo Casal Responsável do Setor participaria conosco. Sabíamos que o Casal Responsável viria para posicionar-nos algo sobre o destino de nossa equipe de base. E assim, num momento novamente especial e importante para nós essa reunião aconteceu em nossa casa, pois também desta vez seríamos o casal acolhedor. Apesar da tristeza pelo desfazer-se de nossa equipe, fomos abençoados com a notícia de que cada um de nós casais seria acolhido em três equipes, pois não era possível, por questões de número de componentes, irmos juntos para uma mesma equipe. Porém, tudo foi recebido por todos nós casais, como motivo de louvor, bênção e agradecimento a Deus, pois ainda, hoje, é fato que às vezes, infelizmente, existem e prevalecem dificuldades, para o acolhimento de casais nas ENS, tanto para quem acolhe, quanto para quem é acolhido. E nós, através da graça de Deus e a ação do Espírito Santo, encontramos acolhimento sincero e pleno em três equipes, o que nos leva a certeza de que quando caminhamos para Deus, somos todos irmãos e que o amor que nos une é maior que qualquer outra dimensão humana, tudo é possível! Pois onde reina o amor fraterno, Deus aí está! Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!  Márcia e Rubens CR Região SP Centro I Indaiatuba-SP CM 470


O aLTar Da NOssa ECCLESIA Todos os dias ao sentarmos à mesa Comemos juntos, sempre a nos olhar. Partilhamos nossas incertezas, Nossos sucessos, nosso caminhar. Ali, noutras vezes, a Deus entregamos nossa família, Nossos amigos, nossos erros e planos. Entregamos-Lhe quem o mal nos queira Piedade, meu Pai, porquanto lamentamos. Na mesa agradecemos a Deus pelo alimento, Rogamos misericórdia por quem nada tem do que se alegrar naquele momento. Nossa mesa - altar de nosso templo - há um lugar para Jesus, também. Tal qual em nosso casamento, estendei Vossas mãos, Pai e abençoe-o para sempre. AMÉM! Eleniza e Júnior Eq.04B - N. S. da Guia Jaboatão dos Guararapes-PE

O TesTeMUNHO De UM sCe Ingressei nas Equipes de Nossa Senhora, como muitos conselheiros, penso, sem saber ao certo o que iria encontrar e que sentido isso daria ao exercício do meu ministério sacerdotal. Ouvi falar sobre o Movimento durante uma série de palestras no Curso de Teologia sobre o Sacramento do Matrimônio, ministradas por leigos que estavam envolvidos com movimentos eclesiais sobre a vida familiar ou conjugal. Entre os palestrantes estava o José Luiz Ferraz Luz, que juntamente com a Rose, eram o Casal Responsável pela Região São Paulo Capital (2001). O casal era CM 470

antigo conhecido da comunidade monástica a que pertenço. Foi uma ótima surpresa encontrar o José Luiz e conhecer um pouco mais de suas atividades na Igreja. Independente disso, lembro-me de que julguei a proposta das ENS muito boa. Um ano depois, o mesmo casal viria conversar comigo para solicitar, por indicação de meu abade, que eu acompanhasse como SCE sua equipe de base, a Equipe Regina Mundi. Dois anos depois, o mesmo casal fez com que eu assumisse a equipe que pilotava, a Equipe Nossa Senhora da Anunciação. 31


Lembro-me nitidamente do meu primeiro encontro com a Equipe Regina Mundi em março de 2004. Reunimo-nos na sala do casal anfitrião para dar início à primeira reunião daquele ano. Eu não conhecia nenhum outro casal e o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça quando sentamos foi: Como posso aconselhar esses casais em sua vida conjugal, se eles têm a idade de meus pais? Eu não podia encontrar nenhuma outra solução à questão, senão aquela semelhante a do Pe. Caffarel: Vamos descobrir juntos... Oito anos se passaram. Alguns retiros e algumas missões me foram confiadas no Movimento, incluindo a assistência ao Casal Responsável da Região São Paulo Capital II entre os anos de 2007 e 2011, o que me ajudou muito a tomar mais consciência das dimensões estruturais e espirituais das ENS. Chego hoje à conclusão de que a minha missão como SCE diz respeito ao exercício comum do ministério pastoral na

circunstância particular da vida conjugal e, de modo especial, a ajudar os casais a discernirem o sentido do carisma espiritual das ENS. Para os casais equipistas, o ingresso nas ENS é muito mais do que um simples ato de escolha. Trata-se de aceitar um convite de Deus para receber o dom da salvação mediante a pedagogia espiritual das ENS. Ser equipista é ter uma vocação na Igreja e da fidelidade a essa vocação depende o progresso na vida cristã e a participação mais plena na vida eclesial. Sou beneditino por vocação e, por missão, fui levado a penetrar o mistério de outra vocação espiritual na Igreja.  D. João Evangelista Kovas, OSB (Monge beneditino no Mosteiro de São Bento de São Paulo acompanha duas Equipes na Região São Paulo Capital II e a Equipe de formadores dos Encontros de Equipes Novas da Província Sul I. Atualmente assumiu a abadia do Mosteiro de São Bento em Olinda-PE)

DeIXar ser GUIaDO POr DeUs Quando fomos convidados a ser CRS, sentimos medo e insegurança, mas ao mesmo tempo tivemos certeza no que diz a poesia de Pe. Zezinho: “Não deixes que fale à toa / Nem finjas que não ouviste/ Que a vida é vazia e triste / Pra quem não arrisca no amor./ Não digas não a Deus /Mesmo que doa não digas não. / Quando é Teu Deus quem fala / Meia resposta não vai valer! / Não digas não, nem talvez / É do que tu disseres que vais de32

pender!”... E assim aceitamos a missão, certos de que Deus nos capacitaria. Maravilhas têm acontecido na nossa vida! Não que os problemas deixaram de aparecer ou que dificuldades não teremos de enfrentar, pelo contrário, tudo acontece normalmente, mas é através do amor que começamos a praticar que mudou e, com isso, Deus vai abrindo caminhos e chegamos a pensar o quanto tínhamos sido egoístas anteriormente... CM 470


Hoje, percebemos que estamos ousando o Evangelho, com erros humanos, é claro, mas nos dispusemos a servir com amor e alegria. Quantas graças temos recebido em nosso Setor! É grandioso se entregar ao serviço, mas grandioso mesmo é poder saber que, por um gesto ou uma simples palavra, você tenha contribuído com algo para alguém. Vemos o mundo lá fora dilacerando famílias, invertendo valores, destruindo lares. Louvado seja Deus por nos dar a oportunidade de ser-

mos exceções. Ser equipista requer muita dedicação e esforço, mas é isto que nos torna verdadeiramente melhores! Como diz Mateus em 7 13-14 “Entrai pela porta estreita. Pois larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Mas, estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que a encontram.”  Mônica e Joviamar CR Setor A Itumbiara/Cachoeira Dourada-GO

NINGUÉM DÁ O QUe NÃO TeM Em nossa caminhada nas ENS, já ouvimos dizer inúmeras vezes que, ao assumirmos uma missão no Movimento, somos chamados a amar mais... Refletindo sobre os temas estudados e orientações de nosso querido SCE Padre Oslei, vimos que, a cada um de nós, casal equipista, testemunha do sacramento do Matrimônio, independentemente de cargo, responsabilidade ou função, também somos chamados por Cristo para amar mais; para amar mais nosso cônjuge, nossos filhos, nossa família e sermos testemunhas do amor conjugal na Igreja e no mundo. Cada um de nós tem um ou mais dons a oferecer, mas tudo nos é concedido pela graça de Deus! Uns recebem o dom de cantar, outros de falar, outros de escrever, mas todos os dons são frutos do amor de Deus. “Nemo dat quod non habet”, ou seja, “Ninguém dá o que não tem”. Por isso fomos chamados, através das Equipes de Nossa Senhora, para CM 470

exercer esse dom tão belo e tão maravilhoso, que é o dom de amar. Que cada um de nós, casal equipista, possa sentir, no coração, o desejo de ir ao encontro de famílias que passam por dificuldades e dar nosso testemunho para a construção de um mundo melhor. São Paulo diz: “Ai de mim se eu não evangelizar”(1Co 9,16). E nós? Qual seria nossa resposta ao questionamento: Ai de mim se eu não... Cabe a cada um fazer o seu questionamento, de acordo com a sua consciência e dar sua resposta para Deus e para si mesmo. Ninguém sozinho é capaz de transformar o mundo, mas, unidos em oração e com gestos concretos de amor seremos células transformadoras deste mundo tão carente de amor, porque para Deus nada é impossível.  Chico da Chica Eq.01 - N. S. da Guia Monte Alegre de Minas-MG 33


NOssO PreseNTe De NaTaL No final do ano de 2012, nós, junto com nossos filhos (Laura e Pedro, 12 e 6 anos), vivemos uma das maiores emoções de nossas vidas: tivemos a graça não apenas de participar da Missa do Galo no Vaticano, mas de levar o ofertório até às mãos de Sua Santidade o Papa Bento XVI. Esse momento único em nossas vidas foi possível graças à iniciativa do Padre Paulo Visintainer (que conhecemos por intermédio das ENS, pois foi SCE de nossa equipe, mas precisou deixá-la quando se mudou para Roma para fazer doutorado), que indicou nossa família para participar do ofertório. No dia 24 de dezembro, pela manhã, participamos de um ensaio preparatório da Santa Missa, ocasião em que os cerimoniários do Vaticano nos deram as orientações necessárias para participar dessa solenidade. No horário marcado havia uma multidão dentro e fora da Igreja de São Pedro, e lá estávamos nós, e nosso querido amigo Pe. Paulo, ansiosos e felizes, por vivermos momentos abençoados e de grande emoção. Na fila do ofertório, a certeza de levar nas mãos nossas vidas, nossa história de fé, nossa 34

paróquia, nossos padres formadores e amigos, nossa comunidade, nossa ENS, e cada familiar, cada amigo, enfim de levar o Brasil! Quanta alegria, quanta responsabilidade! Em alguns momentos, no coração pairava a pergunta: Por que nós? (jamais ousamos sonhar com um momento assim em nossas vidas). Só Deus sabe o porquê. O que dizer ao Santo Padre? Entre outras coisas pedimos que abençoasse a vida de Missão Evangélica de nossa família, ao que ele respondeu ser “o mais importante”. Nosso filho Pedro, por conta da idade, não podia levar nenhum sacramental. Dissemos então a ele que levasse nas mãos seu coração. É incrível ver nas fotos, que ele não desfez o gesto de mãos ofertantes por um segundo sequer! Ser abençoado pelo Santo Padre, tocar suas mãos, olhar em seus olhos, conversar com ele, ficar em família reunida na presença de Sua Santidade, são bênçãos indescritíveis. Essa graça divina só poderemos retribuir ao Senhor ouvindo atentamente seus chamados, fiéis à Igreja e ao Evangelho, com generosidade de amor e serviço. Estaremos agora, sempre unidos ao Papa Emérito Bento XVI em oração. Agradecidos por tudo que ele fez e fará por nossa Igreja Católica. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.  Cláudia e Marcelo Eq.08C - N. S. de Fátima São Paulo-SP CM 470


Que riqueza de Movimento as ENS têm sido para nós! Desde o começo, ainda na Experiência Comunitária, percebemos o fascínio de um Movimento que se preocupa com o caminhar do casal cristão. Deus seja louvado por todos que são chamados e aceitam as ENS como um caminho contínuo de conversão e santidade. Os PCEs são sinais concretos do amor de Deus pela humanidade através dos casais. No exercício assíduo de cada um, vamos manifestando esse amor que não para de crescer. Podemos lembrar e testemunhar frutos desse esforço abençoado, realizado em casal: com alegria cristã escolhemos um dos nossos Dever de Sentar-se para partilhar com os nossos irmãos de jornada: Já é um hábito nosso, preparar com antecedência, o que vamos rezar, conversar, agradecer, renovar, projetar, comprometer-se. Desta vez o texto inspirado para a escuta da Palavra foi Lc 24, 13-35. O que sentimos no relato dos discípulos de Emaús? Dois discípulos, por que não um casal? Mulher e marido, um casal equipista. Nessa perspectiva fomos transportados por aquele caminho. Casal caminhante, buscando Jesus, mas sem ânimo, triste, inseguro, vacilando na fé. Mas, o casal encontra Alguém que os acompanha e vai junto, ouvindo suas queixas, conversando lado a lado. É preciso abrir mais o nosso CM 470

coração, para falar Àquele que caminha conosco, as nossas dúvidas, as nossas fraquezas, os nossos temores. É preciso ter coragem para o abrir-se, para revelar a nossa verdade, muitas vezes oculta pela nossa covardia de aceitá-la e transformá-la. Ter humildade para escutar Jesus durante a caminhada, que nos interroga muitas vezes o porquê das nossas atitudes omissas ou pouco assumidas. É necessário respondê-lo. É necessário sentir o nosso coração ardendo por um agir novo, por um novo jeito de viver como cristãos em conversão. Chegou a hora de convidar Jesus a ficar conosco, pois a noite da nossa cegueira é tenebrosa, e talvez seja tarde demais. Não podemos ficar à espera do “extraordinário” sozinhos. Convidar Jesus para ser e fazer parte da nossa vida é uma resolução que se faz necessário constantemente, para enfrentarmos as situações mais inesperadas possíveis, com confiança inabalável Naquele que nos ama incondicionalmente. Sentar-se à mesa com Jesus, à mesa da partilha, do diálogo amoroso, da Escuta da Palavra, do Pão Eucarístico, é caminhar confiantes na esperança de fazer a vontade do Pai. É dizer sim ao seu Projeto de Amor, é ser “uma só carne”, é assumir a missão de anunciar Cristo Ressuscitado. Esse ato de “sentar-se” nos leva a olhar profundamente sobre 35

partilha e pontos Concretos de esforço

O DeVer De seNTar-se


o nosso viver cristão num mundo tão frenético pelo “ter” e tão apático pelo “ser”. Ao nos projetarmos como discípulos de Emaús, concluímos que reconhecer Jesus em nossa caminhada, é anunciar as maravilhas que Ele realiza na vida da sua Igreja; é aceitar a missão de casal comprometido com o Reino; é testemunhar o amor humano como reflexo do amor divino. O Dever de Sentar-se é para nós, momento sublime de receber graças, de celebrar o amor a três, de projetar a nossa vida sob o olhar amoroso do Senhor. Ele nos dá a oportunidade de avaliar a nossa missão de casal marcados

por Deus, pelo Sacramento do Serviço e do Amor. Sempre saímos do Dever de Sentar-se mais renovados, porque o Nosso Senhor nos fortalece com abundantes graças. Somos animados pelo Espírito para continuar a serviço do amor. Peçamos ao Senhor Jesus, para que nós, Casais Equipistas, possamos nos encontrar e coroar este encontro, sentindo os efeitos da presença de Jesus, que sempre vai estar no coração dos casais desejosos de realizar com prazer “O DEVER DE SENTAR-SE”.  Ivânia e Espedito Eq.05H - N. S. de Fátima Fortaleza-CE

FaÇO POr OBrIGaÇÃO Em 2012, em um tema de estudo, falou-se e questionou-se muito se os PCEs eram praticados de boa vontade ou por obrigação. A maioria dos equipistas declarou em suas respostas, por escrito, que praticava de boa vontade. Na verdade existe uma ideia generalizada entre as pessoas (não é exclusivo dos equipistas) que as coisas que nos desagradam são feitas por obrigação e as coisas que nos agradam são feitas de boa vontade. Declaramos, pois, que, também, é possível fazer as coisas de que gostamos “por obrigação”. Se você trabalha numa empresa que admira muito e realiza uma tarefa que gosta muito, ainda sim você vai trabalhar por obrigação 36

profissional. Normalmente você não chega ao seu local de trabalho na hora que quer, nem sai na hora que quer, mas mesmo assim você faz de boa vontade. Outro exemplo: Se o seu filho liga às 3h da manhã pedindo para você ir buscá-lo na festa de aniversário do amigo, você fala: “O quê? Se vira, vem de ônibus?” Não! Você levanta e vai buscá-lo. Sinceramente não é agradável acordar de madrugada, ou ficar acordado de madrugada esperando seu filho ligar para ir buscá-lo, mas mesmo assim você vai, e vai feliz! Quem te obriga? Ninguém te obriga! Você mesmo se obriga por amor ao seu filho. Assim devem ser praticados os PCEs. Por obrigação, mas por obriCM 470


gação imposta a você, por você mesmo! Ninguém te obriga a não ser você mesmo. E essa auto-obrigação nasce do amor. Única e exclusivamente do amor. Escutamos casais dizendo: “temos dificuldade em praticar os PCEs porque não é uma obrigação...” É verdade! No nosso estilo de vida atual estamos acostumados a fazer as coisas por obrigação. Ou o chefe nos obriga, ou o patrão, ou o professor, ou o cliente, ou o sócio e na maioria das vezes são coisas que preferíamos não fazer. Daí a ideia

(errada) de que tudo o que se faz por obrigação é desagradável. Não é assim. Como dissemos acima, é possível fazer por obrigação, o que se gosta. A isso damos o nome de disciplina. É nesse espírito de disciplina (mas sem jamais esquecer o amor) que se devem praticar os PCEs. Tente fazer isso! Tente praticar os PCEs “por obrigação” e veja os frutos!  Manoela e Fernando Eq.08A - N. S. dos Anjos Piracicaba/Sta. Bárbara D’Oeste-SP

reGra De VIDa, eXerCÍCIO DO aMOr Somos seres humanos com nossas imperfeições, nossos defeitos, nossas fragilidades e nossas incoerências, mas, apesar disso, somos pessoas, somos casais que buscam um direcionamento para o crescimento espiritual e humano. No entanto, para isso sabemos que é preciso um exercício contínuo. Um ourives precisa das ferramentas certas para ferir o diamante e dar forma à joia. Um biólogo precisa de ferramentas apropriadas para invadir o invisível mundo intracelular. Um astrônomo precisa de equipamentos adequados para vislumbrar fenômenos que estão a anos luz de distância da terra. É lógico que a vida é mais importante que a regra, mas temos consciência de que precisamos de regras para nos ajudar a não nos desviarmos do caminho do Senhor. A Regra de Vida é essa ferramenta CM 470

que tem a finalidade de nos ajudar a fazer com que Deus seja prioridade, seja soberano nas nossas vidas e nos nossos lares. Quando pensarmos em adotar uma Regra de Vida, devemos nos questionar: - O que devemos mudar para não apagar a vida de Deus, em nós? - Alimentamos suficientemente esta vida de Deus em nós? - Exercitamos no amor e no servir a Deus? Nenhum de nós vai conseguir exercitar no dia a dia todas as virtudes ao mesmo tempo; precisamos adotar uma estratégia pessoal e estar atentos a certos detalhes; não confundir programa de vida com Regra de Vida. Regra de Vida é um ponto particular sobre o qual precisamos fazer um esforço especial. Estabelecemos uma Regra de Vida 37


normalmente nos momentos em que temos a possibilidade de rever a nossa vocação cristã, nos Retiros, no Dever de Sentar-se, quando buscamos a vontade de Deus na leitura da Palavra e na Oração diária. Nesses momentos é que Ele nos encontra. Ele nos fala. Ele se revela. Ele nos esclarece sobre o que espera de nós, Ele nos conquista. E para dar-lhe uma resposta e d´Ele mais nos aproximarmos estabelecemos uma Regra de Vida. Em princípio a Regra de Vida deve ser pessoal, mas pode-se fazer uma Regra de Vida comum aos

dois cônjuges. A Regra de Vida deve ser simples, precisa e escrita. Ela nos leva a amar mais, a ser uma pessoa generosa, solidária, tolerante, nos ajuda a expandir nossos níveis de afetividade, paciência e tranquilidade. A Regra de Vida nos ajuda a “ser” antes do “fazer”, nos ajuda a mostrar para o mundo, através de nosso testemunho a riqueza da vida matrimonial conquistada através de nossos esforços e da graça de Deus.  Toninho da Nilda Eq.01 - N. S. Aparecida Caraguatatuba-SP

UM PCe sUsTeNTÁVeL A Regra de Vida é a coluna que sustenta o arcabouço moral, que a nossa vida alimenta. E neste Ano da Fé, é com este PCE que a luta a gente enfrenta. Uma boa Regra de Vida para nós é essencial, pois a disciplina trucida as fraquezas do casal. Vamos, então, discernir como devemos agir na luta do bem contra o mal. Ter boa Regra de Vida é vitória garantida nessa batalha renhida dos pecados capitais. Peçamos que Deus ajude, com uma firme atitude, usando bem as virtudes teologais e morais. Começando pela FÉ, que alimenta a ESPERANÇA, fortalece a CARIDADE, dá PRUDÊNCIA e TEMPERANÇA com retidão da JUSTIÇA, a FORTALEZA é premissa de uma vida em segurança. A FÉ dá ao equipista a certeza da conquista; é uma força altruísta, contra a negatividade. Caso tropece, não cai, nunca fica, sempre vai coloca nas mãos do Pai qualquer adversidade. 38

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Se a Fé nos fortalece, a ESPERANÇA aparece como força que engrandece a certeza da vitória. Quem aceita a provação, caminha com os pés no chão, confia em Deus e, então, pode mudar a história. Outra virtude fantástica, para nós é a CARIDADE que transforma o nosso orgulho, numa sublime humildade. nos ensina a perdoar e nos leva a praticar, atos de boa vontade. Quem pratica a CARIDADE, perdoa uma falsidade, convive com a maldade, em busca da comunhão. Fica mais compreensivo, muito menos agressivo, e o efeito positivo, ninguém pode medir, não. Vem a JUSTIÇA, em seguida, mostrando o nosso dever, nos dando um comportamento com regras do bem viver. Ser reto, honesto e leal, é a missão do casal é isso que deve ser. Temos, também a PRUDÊNCIA, que ativa a consciência e nos conduz à essência de toda a ponderação. Nos ensina a decidir, se há erros, corrigir, e nos mostra como agir em qualquer situação. A virtude TEMPERANÇA trata da moderação que leva o homem sensato ao controle da emoção. Para o casal equipista, é uma grande conquista que fortalece a união. Para uma boa Regra de Vida, perseverança é exigida, paciência é requerida face às contrariedades. Fidelidade e firmeza, contra a nossa tibieza, somente com FORTALEZA, se vencem as dificuldades. Que o Divino Espírito Santo nos ensine a planejar, nos faça perseverar, para jamais fracassar em nossa REGRA DE VIDA. Que a Virgem Mãe Maria, dia e noite, noite e dia seja a nossa estrela guia, nos dando sempre guarida!  Edmilson da Ana Maria Equipe distante - N. S. do Perpétuo Socorro Icaraí/Caucaia-CE CM 470

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tema de estudos

eM BUsCa De UMa esPIrITUaLIDaDe Um dos pontos fundamentais do nascimento do Movimento das Equipes de Nossa Senhora está quando casais sentem a necessidade de amadurecer sua espiritualidade e com isso recorrem ao Padre Caffarel apresentando-lhe o desejo e obtêm a seguinte resposta: “Façamos o caminho juntos”. A dinâmica do livro-tema de 2013 parece-me reforçar bem este aspecto de que os casais estejam atentos à necessidade de “se fazer o caminho juntos”, seja através da própria conjugalidade ou no relacionamento estabelecido na equipe de base. A meta não é buscar uma espiritualidade individualista, mas de comunhão e consequentemente de entreajuda. Partimos sempre de um lugar, de uma realidade, de uma situação, de uma condição. Com o Movimento não é diferente, pois cada casal e cada equipe de base deve se perguntar em que parte do caminho se encontra e aonde quer chegar. Não podemos partir e nem querer chegar a qualquer lugar. É preciso ter claro o destino, por isso, a temática assumida pelo livro-tema deixa claro que o ponto de partida e chegada é o amadurecimento da espiritualidade como lugar onde o casal nutre sua experiência esponsal, comunitária, doutrinal, profissional e assim se vai. Outro ponto fundamental que o primeiro capítulo nos aponta é 40

saber também que espiritualidade buscamos. Não nos faltam opções de espiritualidades na Igreja, aliás, uma das riquezas de nossa eclesialidade está nesta diversidade. Se de um lado, isto é magnífico, como fruto do Espírito Santo, este mesmo Espírito ajuda-nos a optar e discernir por qual espiritualidade nos identificamos. Poderíamos aqui recordar, quantos casais que buscaram a espiritualidade e a dinamicidade do Movimento e no entanto não se adequaram. Do mesmo modo, quem se envolve com as Equipes de Nossa Senhora deve amadurecer a clareza de sua opção, que está em desenvolver uma espiritualidade conjugal. Descoberto de que participar e envolver-se com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é ter ciência de que se procura desenvolver uma espiritualidade, cada casal, bem como cada equipe deve buscar tomar consciência de uma outra realidade, de que a espiritualidade conjugal é senão uma extensão, ou ainda mais, um desdobramento daquilo que é o central da vida da Igreja: Jesus Cristo. Devemos ter claro que o ponto de partida está na assimilação de uma espiritualidade cristã (que parte de Cristo) e que se desenvolve e é absolvida nas suas ramificações ou poderíamos chamar aqui, no modo como as diversas realidades assimilam e procuram viver dentro do seu específico. Entenda, a espiritualidaCM 470


de conjugal assumida como dinâmica do Movimento das Equipes de Nossa Senhora é fruto desta espiritualidade que vem de Jesus Cristo. O ponto de partida é: em busca de uma espiritualidade. Qual? A cristã ou a conjugal? Não seriam as duas complementares? Que sinais o casal percebe dentro da conjugalidade como decorrência da espiritualidade cristã? É importante perceber que não se quer apontar a necessidade de duas espiritualidades, isto é, cristã ou conjugal, mas entendermos que são realidades que se entrelaçam. Não posso dizer que vivo uma espiritualidade conjugal sem ter como princípios os valores cristãos. Aqui podemos até ampliar o leque de questionamentos e pensar no real motivo que leva cada casal a nutrir sua permanência no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Não esqueçamos que na gênesis daqueles casais que foram atrás do Padre Caffarel está um desejo: crescer espiritualmente, no conhecimento, no relacionamento e na aliança com Jesus Cristo. Um outro ponto fundamental na busca concreta de espiritualidade é de que ela não nos tornará em pessoas que vivem alienadas, como “extraterrestres” ou protegidas por uma redoma de vidros. A espiritualidade ajuda o casal a enxergar sua humanidade com os olhos da Fé e isso se acrescenta quando entendem que os pontos concretos de esforço são os meios pelos quais esta espiritualidade abre os olhos, não 41 470 CM

de super-heróis, mas de casais e equipes humanas, limitadas, mas com um único desejo, que parte da resposta do Padre Caffarel: “façamos o caminho juntos”. Cada casal e cada equipe deve entender que desenvolver uma espiritualidade é sentir-se provocado diariamente a lidar com os dons e as arestas da conjugalidade. Entrelaçar a espiritualidade cristã e conjugal é sentir-se a cada momento chamado pelo próprio Jesus Cristo a dar passos de transformação. Uma espiritualidade, seja ela qual for, quando assumida com veracidade, nunca nos deixará estagnados, mas sempre nos colocará a caminho. A espiritualidade da qual o casal e a equipe devem buscar, fará de todos novas criaturas, dará a capacidade de olhar para o interior não como um abismo, mas como um lugar de transformação, trará o olhar do amor e do perdão sobre a humanidade da conjugalidade, por isso, concluo com umas palavras de um grande pensador Roy Croft: “Amo-te não apenas pelo que tu és, mas por tudo aquilo que sou quando estou ao teu lado. Amo-te não apenas por aquilo que tens feito por ti mesmo, mas pelo que estás fazendo comigo. Por ignorar todas as coisas tolas e fracas que encontraste, mas nada podias fazer a respeito, e por trazeres à luz todas as belezas que possuo e que ninguém havia olhado o tempo suficiente para encontra-las”.  Pe. Kleber Rodrigues da Silva SCE Eq.04 - N. S. do Carmo Caçapava-SP CM 461 41


pe. Caffarel

PaDre CaFFareL, e O esPÍrITO saNTO Como seria a vida de um franciscano que desconhece a vida e obra de São Francisco? Como agiria se não tivesse conhecido seus pensamentos, ideais e visão de Deus? Em 2013 somos motivados ou “convidados” a ler, em casal, as obras do Padre Caffarel. Ora, se participamos das Equipes de Nossa Senhora, cuja fundação e carisma foram fortemente embasados nas ideias desse santo homem, o que mais estamos esperando? Muitas vezes ouvimos de alguns colegas equipistas e principalmente de conselheiros, em algumas palestras, citações do conteúdo do “Discurso de Chantilly”. Quem já não “ouviu falar” desse discurso? Aguçada a curiosidade, partimos para a leitura desse material. A surpresa foi grande. Trata-se de uma análise do próprio Padre Caffarel após os primeiros quarenta anos decorridos do Movimento. A nós, trouxe outra visão sobre as ideias do nosso fundador. É um material extremamente esclarecedor. Nesse material saberemos um pouco dos desafios encontrados nesses anos de Movimento e os caminhos pelos quais o Espírito guiou o Movimento. Através dessa leitura nos convencemos de que precisamos realmente conhecer mais sobre a vida e pensamento do nosso fundador. Nesse discurso ele nos diz: “É só hoje, após quarenta anos, diante do desenvolvimento das ENS, que eu penso: em 1939, com os quatro primeiros casais, houve alguma coisa que não era apenas uma boa ideia; alguma coisa mais do que o simples entusiasmo; aquele encontro não foi um encontro fortuito; a Providência e o Espírito Santo ali estavam por alguma razão. Agora dou graças ao Senhor, mas ao mesmo tempo faço-me uma pergunta: O que foi bem compreendido do carisma fundador, no decurso destes anos? O que, nesse período, não foi bem compreendido? O que era impossível compreender, e que se compreende melhor na atual conjuntura”? Quer a resposta a essas questões? Podemos afirmar, com absoluta certeza, que todas essas respostas são mais atuais do que nunca. Então mãos à obra, e que nossa leitura, assim como toda a obra do Padre Caffarel, seja também à Luz do Espírito Santo.  Fabiane e João (Eq.01A - N. S. Rosa Mística Piracicaba-SP 42

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Eq.01 - N. S. das Graças Itumbiara-SP

No dia 15.02.88, foi realizada a 1ª reunião das ENS em Itumbiara que era pilotada pelo casal Wilma e Orlando. Essa equipe era composta de 07 casais e acompanhada pelo SCE Pe. Euclides, dando início ao Movimento das ENS em Itumbiara. Em 15.02.13 completa 25 anos com muita fé e espiritualidade. Seis casais dela fazem parte desde a sua formação Hoje somos 07 com o ingresso de mais um casal, damos graças a Deus por tudo. Atualmente a Região Goiás Sul tem 619 casais, 01 viúvo, 02 viúvas, 45 SCEs somando 97 equipes distribuídas em 08 Setores, fruto desse inicio de Movimento. O Senhor nos faz maravilhas!... Parabéns Equipe 01 - Nossa Senhora das Graças, pelos seus 25 anos de existência! Parabéns a todas as Equipes que fazem parte do Movimento das Equipes em Itumbiara! Que Jesus abençoe cada vez mais esse Movimento que tem nos proporcionado tantas mudanças em nossas vidas e que possamos, a exemplo de CM 470

tantos casais que colaboraram para a expansão do Movimento em Itumbiara, sempre dizer: “Eis-me aqui! Envia-me! (Is 6,8). (Mônica e Joviamar - CR Setor A - Itumbiara-SP) Eq.03B - N. S. Aparecida Campo Grande-MS

Em 15.08.87, realizou-se a reunião de informação com os casais e o Pe. Delarim. A 1ª reunião formal realizou-se no dia 31.08.1987, com 06 casais e escolhemos como Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Em setembro de 1988, a equipe acolheu com alegria um casal vindos de Araçatuba-SP, cuja equipe havia se desfeito. Tivemos a felicidade de ver um irmão formar-se em medicina clinica geral e se especializar em Cardiologia. Com o falecimento de sua esposa em Janeiro de l996, continuou como viúvo na equipe. No dia 03.08.2011, ingressou no Seminário, e se ordenou Sacerdote. Com a transferência do Padre Delarim, para nossa alegria e felicidade, nosso irmão equipista, agora Pe. Jaime tornou-se nosso conselheiro espiritual, para nós foi uma benção e um presente de Deus. Mais tarde, alguns casais deixaram a equipe por motivos diversos e outros ingressaram, dando novo vigor à equipe. Desses, uma ficou viúva, mas continua na equipe. A vida da Equipe sempre foi 43

Notícias

JUBILEU DE PRATA EQUIPE


muita importante na caminhada dos casais, tivemos grandes alegrias e momentos de dificuldades, tudo suportado juntos, e hoje vivemos bons momentos, com os filhos, netos e bisnetos e com muito amor comemoramos os 25 anos de vida em equipe. Quando estamos bem ou em dificuldade, o mais importante para todos é a união, a oração e o amor entre nós. Comemoramos Bodas de Prata, com bela Celebração Eucarística, celebrada e animada pelo Pe. Jaime, e concelebrada por Pe. Paulo Oliveira. Em seguida, confraternizamos com familiares e irmãos equipistas. Que Nossa Senhora Aparecida, continue abençoando e protegendo todos nós! (Hilda e Oswaldo - Eq 03B - N. S. Aparecida - Campo Grande-MS) Eq.02E - N. S. do Carmo Porto Alegre-RS

Setor, RS I, Província Sul III, comemorou, em 23.09.2012, os seus 25 anos de caminhada, com uma bela Celebração Litúrgica, presidida pela nosso querido SCE Frei Xavier, OCD. Participaram todos os integrantes da equipe, seus familiares e o Casal Ligação. Foi um momento de ação de graças, bem como de reflexão. Momento de olharmos para dentro de nós mesmos e constatarmos os avanços 44

e recuos que tivemos. De agradecermos a Deus por tantas oportunidades que Ele nos concedeu ao longo desses anos e que continua a nos proporcionar por sua infinita bondade. Unidos e animados pelo mesmo compromisso que nos inspira o Movimento das ENS, queremos aprofundar cada vez mais a nossa espiritualidade conjugal para darmos nosso testemunho de vivência do Matrimônio cristão, como um lugar de amor, de felicidade e de busca da santidade. Somos profundamente gratos a Deus pelos SCE, todos da Ordem dos Carmelitas Descalços, que nos acompanharam ao longo desse tempo: Frei Ivo, Frei Canísio, Frei Avelino, Frei Miguel Ángel (de saudosa memória), Frei Paulo, Frei Charles e, atualmente, Frei Xavier. Hoje podemos afirmar, com toda a segurança, que a ENS do Carmo é, realmente, uma pequena comunidade, uma verdadeira família, onde todos nós vivemos uma amizade sincera e de ajuda mútua, partilhando a vida e fortalecendo a nossa espiritualidade. (A Eq.02E - N. S. do Carmo, Porto Alegre-RS)

JUBILEU DE OURO Ir. Maria Regina da Silva O Setor A de Itabaiana-PB, alegrase com o jubileu de ouro da nossa Acompanhante Espiritual Ir. Regina, (como é carinhosamente chamada), comemorado no dia 20.01.2013. Ela pertence a congregação das Irmas dos Pobres de Santa Catarina de Sena e agradecemos pelo zelo e amor com que se dedica as Equipes do nosso Setor, sempre nos ensinando a amar CM 470


cada vez o Movimento, e, diante das dificuldades aprendemos com ela a dizer Maria, passa na frente! (Denilza e Josevando – Eq.03 – N. S. de Lourdes – Itabaiana-PB)

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL Mons. João Luis Fávero “Senhor Tu me olhaste nos olhos e a seguir pronunciaste meu nome...” São 25 anos de aventura e abandono nas mãos do Senhor. Tenho certeza que só a graça da escolha e da unção, foram responsáveis pela perseverança e alegria como ministro do Evangelho e pastor desse povo a quem eu quis me consagrar. “Assim como Jesus entrou na barca de Pedro, entra também na nossa barca e somos convocados e enviados como discípulos, pastores e missionários, lançando as redes em águas mais profundas.” Foram essas as palavras do Monsenhor por ocasião do seu Jubileu. A Celebração Eucarística aconteceu no dia 07.12.2012, na Paróquia N. S. das Dores em Campinas-SP Nesta data, foi comemorado também o Jubileu de Prata do seu irmão Pe. José Eugênio. Pe. João, foi SCE do Setor Valinhos e atualmente é SCE das equipes 03 - N. S. do Rosário e 04 - N. S. da Conceição. Integrantes das 02 equipes estiveram presentes e juntamente com ele agradeceram pelas graças do jubileu. Rogamos a Nossa Senhora que sempre o CM 470

proteja e oriente na sua missão de Pastor. (Lucia e Roberto – CR Setor Valinhos-SP)

NOMEAÇÃO EPISCOPAL Pe. Marco Aurélio Gubiotti A Eq.03C - N. S. da Assunção em Pouso Alegre-MG, congratula-se com seu SCE, que no último dia 21 de fevereiro, foi nomeado pelo Papa Bento XVI, Bispo da Diocese de Itabira e Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Ele é natural de Ouro Fino MG, tem 49 anos foi Pároco em Brasópolis, Jacutinga, Tocos do Moji, São Sebastião da Bela Vista, Santa Rita do Sapucaí, e atualmente, Paróquia N. S. de Fátima em Pouso Alegre. Ele está conosco desde meados de 2001. Durante esses 12 anos, ele passou por várias paróquias, lutou muito pela concretização da Faculdade Católica, da qual foi seu primeiro Reitor, e onde sempre lecionou, visto que é Mestre em Estudos Bíblicos. Com sua humildade, firmeza e dinamismo, demonstra acima de tudo, a sua paixão pela missão que lhe foi confiada, o sacerdócio, o serviço à Igreja, para o crescimento do reino de Deus. E mesmo com todo o trabalho que sempre teve, foi muito dedicado à nossa Equipe. Esteve presente nos momentos de dor e nos momentos de alegria. Nosso coração se alegra por vermos reconhecido o seu valor, por sabermos que Deus o convocou, e ele disse sim mais uma vez. Sentimo-nos tristes por perdê-lo como Conselhei45


ro, mas de coração, desejamos a ele toda felicidade. Que Deus continue iluminando e guiando seus passos, que com certeza estarão a Seu serviço. Sua Ordenação Episcopal será dia 26 05.2013 em Ouro Fino. (Eq. N. S. da Assunção)

RECIFE E OLINDA ALEGRAM-SE D. João Evangelista Kovas No dia 25.01.2013, o Arcebispo de Olinda e Recife, D. Fernando Saburido - beneditino, concedeu a Bênção Abacial ao novo abade, na Basílica do segundo mais antigo Mosteiro do Brasil: O Mosteiro de São Bento, em Olinda. O novo abade o também beneditino D. João Evangelista Kovas, um paulista de 37 anos, é SCE de duas Equipes na Região São Paulo Capital II e da Equipe de Formadores dos EEN da Província Sul I. A Basílica foi completamente tomada por um público de irmãos beneditinos e equipistas de Olinda e Recife. No quadricentenário couro

da Basílica, estampou-se uma faixa de boas vindas à D. João, posta pelo CRR -PE I e Equipistas de Olinda e Recife. Estiveram presentes 4 casais de suas equipes de base (SP), o CRP Sul I, o CRP Nordeste, o CR Super-Região, o CR Carta Mensal e outros casais de Recife e Olinda. Dom João foi eleito no dia 21.11.2012 pelos monges do Mosteiro de Olinda após o abade Dom Felipe ter sido escolhido para ser o abade do Mosteiro do Rio de Janeiro. Dom João Evangelista fez Filosofia Antiga e Medieval e lecionava as duas cadeiras na faculdade de São Bento. Aos 33 anos assumiu um cargo de confiança do abade – foi Prior do Mosteiro de São Paulo, depois de deixar o curso de medicina. Que Deus o cubra de bênçãos na sua nova missão!

VOLTA AO PAI Wilson (da Sonia) No dia 19.09.2012 Integrava a Eq.03 N. S. dos Remédios Votorantim-SP Deorcílio (da Márcia) No dia 23.12.2012 Integrava a Eq.04A N. S. do Rosário Londrina-PR

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Heitor (da Toshiko) No dia 29.12.2012 Integrava a Eq.04B N. S. do Carmo Jundiaí-SP Luiz Carlos (da Adair) No dia 16.01.2012 Integrava a Eq.01A N. S. Aparecida Votuporanga-SP Evaldo (da Tania) No dia 03.03.2013 Integrava a Eq.10 N. S. da Rosa Mística Casa Branca-SP

David (da Ana Lúcia) No dia 02.03.2012 Integrava a Eq.03 N. S. de Fátima Santa Rita do Sapucai-MG Ylves (da Mariinha - in memorian) No dia 09.02.2013 Integrava a Eq.02A N. S. Mãe de Deus São Paulo-SP

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O Encontro Anual de Jovens Responsáveis de Equipe (EAJORE) acontece no começo de cada ano e tem como foco principal a formação de jovens equipistas que assumem funções em suas equipes de base. O encontro é baseado nos documentos das EJNS, assim como nas partilhas de experiências, direcionando os jovens a um maior aprofundamento de sua espiritualidade. Para reforçar a unidade do Movimento, todos os EAJOREs no Brasil seguem o mesmo tema e o desse ano foi: “Maria conservava todas estas palavras, meditandoas no seu coração” (Lc 2, 19). Este tema é embasado na leitura da Carta Apostólica Porta Fidei, escrita pelo Papa Bento XVI, que convoca a todos para o Ano da Fé. Segundo o Pontífice, “com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus, conservando no coração a memória de tudo”. Assim, a escolha deste tema teve como objetivo o aprofundamento nos mistérios de Cristo para, a partir daí, sermos transformados e levarmos a Boa-Nova aos demais. Queridos casais, além deste tempo de graça que a Igreja nos coloca hoje, o Ano da Fé, cabe mais uma vez ratificar que em 2013, entre os dias 22 a 28 de juCM 470

EJNS

eaJOre: um momento importante de formação para as eJNs lho, teremos a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Precisamos estar preparados para receber o “Doce Cristo na terra” e a multidão de jovens que estarão na cidade para encontrar o Senhor. A parceria de vocês neste grande evento é fundamental. Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para destacar nossa GRATIDÃO às ENS, pois é muito gratificante perceber a generosidade de vocês conosco. Notamos esse carinho de várias formas, como: aumento de casais que acompanham nossas equipes de base; apoio de “casais elo” e “casais piloto”, que nos ajudam com as novas expansões; doações e contribuições para realização de eventos e participação de jovens nos mesmos; participação de representantes das EJNS nos EACRES; entre outros. Na figura do querido casal Cida e Raimundo, agradecemos a todos vocês pela acolhida junto às ENS. Que a exemplo de Maria, a Estrela da Evangelização, guardemos em nossos corações os dons que Deus nos concede para que, alimentados deles, possamos ser instrumentos e multiplicadores de uma fé viva e inabalável. Rumo à JMJ! Paz e bem.  José Carlos Júnior Responsável - EJNS Brasil 47


Reflexão

DeIXar O PassaDO Para TrÁs Muito frequentemente não conseguimos avançar para o futuro porque estamos presos à realidade do passado. A fim de que consigamos nos desprender dessa realidade, sugiro as seguintes palavras de um autor: Numa cidadezinha do interior, uma professora estadual enviuvou de um conhecido vereador chamado Tobias, a quem amava muito. Os amigos do vereador fizeram uma “vaquinha” e deram de presente à viúva um austero busto de madeira com a figura de Tobias, que foi colocado solenemente na sala. Todos os dias a moça podia ser vista depositando flores na tumba do seu amado Tobias. E eis que começou a aparecer no cemitério outro viúvo, triste e enlutado, que perto da professorinha chorava também o seu amor perdido. As coincidências se repetiram. Eles fizeram amizade. A professorinha, um belo dia, foi seguida pelo seu triste companheiro de aflições até a casa onde morava. Convidou-o a tomar um cafezinho. Na sala o visitante encontrou o rosto de Tobias, que o fuzilava com seu olhar. As visitas se reiteravam. A amizade crescia. Mas entre os dois havia algo que os distanciava: era o olhar severo de Tobias. Um dia Maria - a empregada - disse que não podia fazer o café porque faltava lenha (a cozinha naquela casa antiga do interior evidentemente tinha fogão a lenha). Faltando lenha não haveria café; faltando café a conversa não se justificava... De repente a empregada ouviu uma voz cava que saía do fundo da garganta da professorinha: “Maria, racha o Tobias!” “Que disse a senhora? Que faça lenha com o busto de Tobias?” “Isso mesmo!”, repetiu de forma incrivelmente decidida a professorinha. “Racha o Tobias!” A partir daquele momento a 48

sombra agourenta de Tobias desapareceu... A amizade virou namoro e o namoro, casamento. Hoje se pode ver nessa cidadezinha do interior um casal muito feliz, que todos os dias à tardinha dá um passeio à beira do rio, acompanhado de uma criança, o seu filhinho, que alegremente corre por todas aquelas campinas. Essa história ficou para mim como um símbolo. Poderíamos perguntar: quem é o seu “Tobias”? Qual é a sombra que paira na sua vida? Que mágoa, que decepção, que medo, que derrota o prendem ao passado? Que complexo, que nostalgia, que rancor, que frustração o impedem de correr agilmente para o futuro? “Racha o Tobias!”, deveríamos ouvir gritar a nossa consciência. Se queremos ser jovens, não podemos carregar os mortos do passado. Jesus nos diz no Evangelho: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; vem e segueme” (Mat. 8, 22). Seguir o Senhor, livres dos mortos do passado - liberados do peso da nossa corcunda ligeiros - como os atletas, correndo livremente para o ideal do nosso futuro. “Racha o Tobias”, o “Tobias” que o está tornando um velho decrépito, e passa a viver livre dos fantasmas do passado (Rafael Llano Cifuentes, “85 Experiências sobre o Amor”). Peçamos a Deus que nos ajude a desprender-nos de todas as realidades do passado que devem ser esquecidas, mágoas, erros, fracassos, decepções etc, e que nos ajude a ter um olhar fixo para a frente, onde Ele nos espera. Uma santa semana a todos! 

Pe. Paulo M. Ramalho CM 470


Meditando em Equipe 22 de abril de 1500: a descoberta de um “país tropical, abençoado por Deus”. Para confirmá-lo, as “sete bênçãos da terra”, prometidas por Deus, parecem aplicar-se melhor à Terra de Santa Cruz do que qualquer outra: “Eis que Deus vai te introduzir numa terra boa: terra cheia de ribeiros de água e de fontes profundas que jorram no vale e na montanha; terra de trigo e cevada, de vinhas, figueiras e romãzeiras; terra de oliveiras, azeite e de mel; terra onde vai comer pão sem escassez – nela nada te faltará!, - terra, cujas pedras são de ferro e de cujas montanhas extrairás o cobre. Comerás e ficarás saciado, e bendirás a teu Deus na terra que ele te dará” (Dt 8, 7-10). O vocábulo terra é inculcado sete vezes neste texto!

Escuta da Palavra em Dt 8, 11-20 Sugestões para a meditação: 1. As bênçãos de Deus não são mero ufanismo. Confira isto no v. 11. 2. Qual a responsabilidade do Brasil, grande produtor de alimentos, perante a fome do mundo? 3. Procure entender a história do povo judeu à luz dos vv. 18-20. 4. Somos realmente um país cristão? Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica “Visitais a nossa terra com as chuvas, e ela transbordará de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo. É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e a aplainais, Os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras. O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; Transborda a fartura onde passais, brotam pastos no deserto.


JÁ teMoS papa! No final do fechamento da carta, nos chega a boa nova: “Habemos Papam”! Impossível não refazer nossa capa diante de tão importante notícia para todos nós cristãos católicos, e de modo especial para nós latino-americanos. Que o Papa Francisco seja iluminado pelas luzes do espírito santo para conduzir a nossa Igreja. Como ele mesmo pediu: rezemos por ele!

Equipes de Nossa Senhora Movimento de espiritualidade Conjugal R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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