Encontro Internacional de Arte e Comunidade 7ª Edição A Irrelevância
Porto 23 — 25 maio 2025
7º Encontro Internacional de Arte e Comunidade
A 7ª edição do Encontro estrutura a sua programação em 3 dimensões:
APRESENTAÇÃO
(espetáculos, instalações, performances)
PENSAMENTO
(conferências, conversas e encontros de partilha)
MEDIAÇÃO (participação, formação e criação)
O programa que se apresentará de 23 a 25 de Maio de 2025, a partir da cidade do Porto, e em particular do Bonfim, pretende apresentar, valorizar, descentralizar e divulgar projetos artísticos participativos e comunitários, envolvendo diferentes comunidades locais nos processos criativos, da investigação, conceção à apresentação, potenciando instrumentos de acesso destas à participação cultural. Esta edição é marcada pela forte componente de mediação para estabelecer um diálogo constante com a comunidade, através de atividades com intenção de criar, envolver e capacitar.
João Ferreira Diretor Artístico
O MEXE voltou.
Se há 4 anos, depois de um processo pandémico que abalou as estruturas sociais, tanto formais como informais, discutíamos o risco de sermos humanos, hoje, os tempos provam-se de incerteza no que respeita ao futuro dos lugares de encontro comunitário e da real força da democracia e da ação coletiva. A cidade do Porto vê-se especialmente afetada. Com uma população cada vez mais desenraizada, observamos associações, vizinhanças e espaços públicos a darem lugar a uma cidade, outrora invicta, sem capacidade de se defender de um processo que condena os cidadãos ao lugar de consumidor.
Em 2025, refletimos sobre a pergunta que Lola López Mondéjar, oradora da sessão de abertura desta sétima edição nos coloca: Seremos hoje menos humanos?
O mundo, apresenta-nos uma Europa irrelevante no cenário internacional, e incapaz de parar uma guerra às suas portas ou travar a constante escalada de forças antidemocráticas.
O genocídio, programado e documentado diariamente, que acontece hoje na Palestina, reabre as feridas das consequências da desumanização, que se fazem sentir também nos nossos bairros, na forma como acolhemos os migrantes que chegam e os vizinhos que vemos partir involuntariamente.
Fruto de uma apropriação das novas tecnologias por um sistema económico que tem em vista unicamente o lucro, números recorde de jovens dizem sentir-se hoje sozinhos, incapazes de sair da bolha das redes sociais e do ativismo digital –ausente de emoções e vivência coletiva.
Quando as decisões que nos afetam são tomadas numa dimensão tão distante da realidade comunitária, o MEXE propõe a reflexão: Como mexer perante a irrelevância?
A mesma força que cria cidadãos acríticos e individualistas, pode também ser um lugar de reinvenção e revolução para grupos sem agência política.
É nos momentos críticos que os indivíduos encontram a capacidade de (re)escrever a sua própria narrativa. A irrelevância pode assim ser uma ferramenta para a autodeterminação e crescimento assente na força coletiva – combatendo a fragmentação e fortalecendo a democracia participativa.
O MEXE apresenta-se como um lugar de resistência e diálogo.
Ao longo destes 14 anos do Encontro MEXE, demonstramos que a arte participativa e comunitária é, em si mesma, um reflexo do processo democrático, e que o trabalho de artistas e instituições tem um efeito transformador.
Nesta edição, começamos a programação meses antes, com convocatórias abertas à população para, através de vários processos de mediação, construírem a base daquilo que faz o Encontro – pessoas com vontade de mexer!
Com uma programação plural e participada, o MEXE procura refletir sobre a irrelevância em várias dimensões e realidades – no que procura refúgio numa cidade que o esmaga, no corpo negro periférico, na criança que não sabe se terá água para beber no futuro, num coletivo que ainda não desistiu da revolução que há dentro de cada um e noutro para quem o espaço público é o único lugar que pode existir. Procuramos a irrelevância dos sons, do amor, da cooperação, do que comemos e do que podemos vir a ser.
Este é o momento para transformar, saltar muros e reinventar o comum.
Estamos aqui. Estamos a mexer!
PROGRAMAÇÃO PERMANENTE
SEX 23.05 e SÁB 24.05
Das 14:00 às 18:00
DOM 25.05
Das 10:00 às 13:00
Espaço Ócio
The Dictaphone Group (LB) STORIES OF REFUGE Instalação
SEXTA
23.05.2025
10:00, Aula Magna FBAUP
Carlo Ferretti (IT)
MEDIR O QUE É IMPORTANTE:
IMPACTO SOCIAL PARA AS ARTES
Formação
16:00, Cassandra
Carlota Matos e MoYah (PT/MZ) UM PASSADO PRESENTE
Performance
17:30, Praça da Alegria
Sessão de Abertura
Lola López Mondéjar (ES) A IRRELEVÂNCIA
Conferência, com moderação de Hugo Cruz
21:30, Cooperativa dos Pedreiros
Lukanu Mpasi (AO/PT) MATXIKADU
Performance-Concerto
SÁBADO
24.05.2025
10:30 e 14:30, Associação de Moradores da Lomba
Caterina Moroni (IT) BLOOM & DOOM
Performance itinerante
11:30 e 15:30, Espaço Agra
Erva Daninha (PT)
Q-CIRCO
Espetáculo
17:00, Escola Artística Soares dos Reis CULTURA E COMUNIDADES NO PORTO - A RELEVÂNCIA DA COOPERAÇÃO
Conversa, com moderação de Patrícia Portela
18:30, Escola Artística Soares dos Reis Silly (PT)
OS RESTOS DO ECO Concerto
21:30, Cooperativa dos Pedreiros
Grupo Teatro Comunitário do Bonfim (PT) SET REVOLUÇÃO
Espetáculo
DOMINGO
25.05.2025
12:30, Largo do Padre Baltasar Guedes
Landra (PT)
SEMEAR A VIZINHANÇA
Almoço Comunitário
15:00, Praça da Alegria
Col·lectiu Güilis (ES)
IA DE BICICLETA E CHAMARAM-ME TERRORISTA
Performance itinerante
16h30, Alameda das Fontainhas PARADA MEXE
17h00, Alameda das Fontainhas CONCERTO E BAILARICO COMUNITÁRIO
Direção artística António Serginho
21:30, Cooperativa dos Pedreiros
Grupo Teatro Comunitário do Bonfim (PT) SET REVOLUÇÃO
Espetáculo
+
Programação de Mediação Cultural entre artistas e comunidades locais antes e durante o Encontro
MORADAS
Espaço Ócio
R. do Heroísmo 139 B
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP)
Av. de Rodrigues de Freitas 265
Cassandra Av. de Camilo 118
Cooperativa dos Pedreiros
R. de Dom João IV 1000
Associação de Moradores da Lomba
R. de Vera Cruz 24
Espaço Agra
R. João Martins Branco 172
Escola Artística Soares dos Reis
R. do Maj. David Magno 139
PARTICIPAÇÃO NO MEXE
A entrada é gratuita em todos os eventos do Encontro MEXE. Os bilhetes para os espetáculos estarão disponíveis no local, 1 hora antes de cada evento (máximo 2 por pessoa) - excepção do espetáculo Q-Circo. Limitado à lotação de cada espaço.
ACESSIBILIDADE
Acessível a pessoas em cadeira de rodas Interpretação em língua gestual portuguesa
KIT DE ACESSIBILIDADE SENSORIAL E DE COMUNICAÇÃO
Com o compromisso de tornar o Encontro MEXE mais inclusivo, disponibilizamos, em todos os momentos de apresentação, um Kit de Acessibilidade Sensorial e de Comunicação. Este kit inclui tampões para os ouvidos, máscaras, cartões de comunicação alternativa (CAA), informação de contacto acessível em caso de emergência, entre outros materiais pensados para apoiar pessoas neurodivergentes e o público em geral que possa beneficiar de apoio sensorial. Pode ser solicitado à equipa de acolhimento no local.
GRUPO DE TEATRO COMUNITÁRIO DO BONFIM
Coprodução
MEXE Associação Cultural, Encontro MEXE e Junta de Freguesia do Bonfim
Direção Artística
Susana Madeira
Criado em 2022, em parceria com a Junta de Freguesia do Bonfim e o programa Cultura em Expansão da Câmara Municipal do Porto e com o apoio do Sporting Clube São Vitor, o Grupo de Teatro Comunitário do Bonfim tem encontros semanais para abordar questões pertinentes para cada um dos participantes, das suas comunidades, da freguesia, cidade, país ou mundo. Os integrantes do grupo, com idades entre os 14 e os 83 anos, encontram neste projeto um espaço de encontro e discussão plural e aberta, com a certeza de serem escutados e respeitados e de que as suas opiniões influenciarão as decisões e direção do projeto.
O novo projeto do Grupo, com o tema “Assembleias Comunitárias”, começou em Outubro de 2024, com uma chamada aberta à população. Desde aí, mais de 80 pessoas diferentes passaram pela sala de ensaios ou pelas várias atividades de democratização cultural que coordena como visitas a museus, cinemas ou salas de espetáculo.
Deste processo de criação coletiva resultou o espetáculo “Set Revolução” que terá estreia no Encontro MEXE.
Ao longo de 5 sessões, o Laboratório Corpo Sónico desenvolve uma prática coletiva e experimental, com vista a criar um espaço plural, aberto à colaboração e de transmissão de experiências. Entre as danças urbanas, como o Kuduro, o Afro-house, Popping, Breakdance, Krumping, e a criação de uma dramaturgia que parte do corpo para a palavra, Gio Lourenço partilha metodologias e linhas de pensamento através da prática artística. A relação entre o corpo, o movimento, o sónico e o verbal no processo de criação são os elementos estruturantes para a construção de narrativas pessoais e coletivas ao longo deste Laboratório. Realizado no contexto do espetáculo Matxicadu, de Lukano Mpasi, o Laboratório Corpo Sónico culminará numa apresentação informal dia 23 de maio de 2025, antecedendo a apresentação deste espetáculo.
O percurso convida famílias e professores a explorar o Parque de Serralves com o coletivo Landra.
Nesta experiência é realizada uma viagem ao mundo invisível do subsolo, através da exploração sensorial. Neste percurso, em diálogo sobre a biologia do solo, ilustram-se diferentes grupos de microorganismos com pigmentos naturais, numa toalha de piquenique onde se provarão várias espécies provenientes do Parque.
Na oficina dedicada a educadores, são dados a conhecer diversos biomas, dos compactados caminhos de saibro e pedra, aos solos macios da Mata. Neste laboratório vivo, a exploração envolverá a recolha de amostras de diferentes solos, a observação ao microscópio e o contacto com pequenas formas de vida. Através da partilha da peça “Invisible Life Drawing”, o diálogo sobre a evolução dos biomas terrestres imprimirá na ilustração diferentes grupos de microorganismos com pigmentos naturais provenientes de várias espécies do Parque.
SAUDADES DO AMANHÃ! – OFICINA DE PENSAMENTO CRÍTICO
Parceria
Encontro MEXE e Escola Artística Soares dos Reis
Coordenação
Beatriz Sarmento e João Ferreira
Esta oficina convida a comunidade estudantil da Escola Artística Soares dos Reis a elaborar questões para serem apresentadas na Conversa “A Relevância da Cooperação”, programada no Encontro MEXE, com o objetivo de espelhar as urgências e pensamentos da nova geração artística para a sua cidade.
Escola Artística Soares dos Reis
30.04.2025
07.05.2025
PARADA MEXE
Direção Artística
António Serginho
A Parada MEXE convoca toda a comunidade a juntar-se e ocupar o espaço público! Os três encontros-ensaios, com coordenação de António Sérginho, convocam a população para um processo de construção de alguns ritmos básicos para caminhar em celebração.
De entrada livre, sem limite de idade, os encontros servirão também para partilhar o hino oficial do Encontro MEXE, composto em 2017 e que em 2025 é gravado em estúdio, juntando dezenas de músicos da cidade.
MEXE MEXE, O MEU CORPO MEXE! MEXE MEXE, MINHA ALMA CRESCE!
Desde o início da revolta na Síria em 2011, os refugiados sírios têm fugido à brutalidade do regime no seu país e procurando novos destinos, sendo Munique um deles. Muitos destes requerentes de asilo chegam por terra, atravessando fronteiras não oficiais e passando por vários países europeus.
O coletivo Dictaphone Group, sediado em Beirute, colaborou com um grupo de refugiados sírios que tinha chegado recentemente a Munique. A cada um destes participantes/colaboradores foi entregue uma câmera discreta para usarem durante um dia, com a única instrução de filmarem o seu quotidiano e os seus locais preferidos na cidade. Em conjunto, produziram três vídeos que foram inicialmente apresentados num contentor marítimo colocado numa rua de Munique.
Em Stories of Refuge o público é convidado a deitar-se em beliches metálicos para assistir e escutar os vídeos realizados.
Conceito e Edição de Vídeo por Tania El Khoury; Criado em colaboração com Petra Serhal; Vídeos filmados por requerentes de asilo anónimos.
Numa era em que as instituições culturais são chamadas a demonstrar a sua relevância para além da excelência artística, a avaliação do impacto social surge como um poderoso quadro estratégico para apoiar as organizações na geração de valor tangível para as suas comunidades. Esta sessão explora a forma como as ferramentas e metodologias de avaliação de impacto - baseadas na investigação social e no design participativo - podem servir não só como instrumentos de medição, mas como catalisadores para a co-criação, reflexão e transformação.
Através de conhecimentos práticos e de uma reflexão baseada em exemplos concretos, descobriremos como as organizações artísticas podem reposicionar a avaliação como um processo partilhado de criação de significado, alinhando a intenção artística com as necessidades sociais e aspirações. Ao integrar a avaliação na sua prática organizacional, os agentes culturais podem reforçar a sua responsabilidade, promover ligações mais profundas com parceiros e melhorar a sua capacidade de atuar como agentes de mudança.
Esta formação acontece graças ao apoio do Perform Europe, enquanto parte do projeto HAND IN HAND.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Inscrição através do email: info.encontromexe@gmail.com.
Um Passado Presente é um projeto de performance de Carlota Matos com a sua mãe, Fátima Matos, “retornada” de Moçambique aos 12 anos, e MoYah, artista moçambicano de hip-hop e afrofusion. Entre o íntimo e o político, refletem sobre identidade, família, conflitos geracionais e relações pós-coloniais, através de uma abordagem multidisciplinar. Explorando memórias e (des) encontros, confronta narrativas coloniais, questiona silenciamentos históricos e abre espaço para um diálogo crítico.
Como é “retornar” a um país onde nunca se esteve, ou mudar-se para um país colonizador? Qual a perspetiva de uma criança acerca de uma situação política que não compreende? Qual o impacto destas descobertas em adulto?
Esta será uma apresentação informal, parte de um processo de criação em desenvolvimento. Incluirá momentos de conversa e convite à partilha.
Criação: Carlota Matos e MoYah; Com Fátima Matos; Apoios ao desenvolvimento: O Rumo do Fumo – Programa de Residências 2024, CAMPUS PCS – Residências Artísticas 2024-2025.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Os bilhetes podem ser levantados no local 1 hora antes do espetáculo.
Praça da Alegria 60 min. com moderação de Hugo Cruz
Lola López Mondéjar é uma destacada psicoanalista, escritora e ensaísta espanhola. Com formação em psicologia clínica e psicanálise, tem conciliado a prática clínica com a docência em universidades espanholas e internacionais. É autora de uma obra literária e ensaística que entrelaça psicanálise, literatura e crítica cultural, abordando temas como a subjetividade contemporânea, a criatividade e a condição humana na era digital.
Entre as suas obras destacam-se o romance Mi amor desgraciado e o ensaio Sin relato. Atrofia de la capacidad narrativa y crisis de la subjetividad, que lhe valeu o Prémio Anagrama de Ensaio em 2024.
Traz-nos uma reflexão sobre os desafios da subjetividade e da irrelevância no mundo contemporâneo, especialmente no contexto da revolução digital.
Matxikadu é uma performance-concerto que mergulha nas tensões da masculinidade vivida por homens negros nas periferias de Portugal. Com uma fusão poderosa de hip hop, kuduro e música tradicional dos PALOP, Matxikadu questiona os pactos sociais que moldam o que é ser homem negro hoje.
Criado por Lukanu Mpasi, Matxikadu serve como uma plataforma de representatividade negra no panorama artístico português, com o compromisso de descentralizar o acesso à arte.
Performance precedida de apresentação do resultado da oficina “Laboratório Corpo Sónico”, coordenada por Gio Lourenço.
Criação e interpretação: Lukanu Mpasi; Música e performance: Henrique Leitão Silva, Nany Aguiar, Flávio Dias da Silva; Produção: Ana Tica.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Os bilhetes podem ser levantados no local 1 hora antes do espetáculo (máximo 2 por pessoa).
BLOOM & DOOM, um projeto com participação de crianças locais, é concebido como um sistema para comunicar a emergência do colapso climático que todos enfrentamos e inspirar as pessoas a tomarem ações agora em direção a um futuro mais sustentável.
Na fronteira entre uma visita guiada, uma festa e uma ação de ativismo, BLOOM & DOOM convida o público a participar ativamente de uma experiência imersiva na cidade. Um grupo errante de crianças conduzirá o público num ritual urbano dentro da cidade. Durante o caminho, o grupo de crianças transmitirá ao público (os adultos) os seus conhecimentos sobre adaptação, sobre como viver num mundo em colapso, como ser autónomo, como sobreviver, como continuar a sonhar.
Direção artística: Caterina Moroni; Assistência de Direção: Mariana Borges; Apoio: Fios e Desafios, Associação de Moradores da Lomba; Esta apresentação acontece graças ao apoio do Perform Europe, enquanto parte do projeto HAND IN HAND.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação. Os bilhetes podem ser levantados no local 1 hora antes do espetáculo.
Durante 3 anos perguntamos: Que circo é este? Disparamos as nossas perguntas e damos o corpo às respostas! Nesta viagem, apresentamos esboços de malabarismo, equilíbrio e suspensão em forma de diálogo entre o lugar, o corpo e o tempo. A pergunta fica no meio das infinitas respostas: Que circo é este?
Direção artística: Vasco Gomes; Cocriação / Interpretação: participantes do Centro Reabilitação da Areosa e do Centro Educativo Sto António, David Valente, Gustavo Carvalho, Martim Fatia, Mau Jara, Vasco Gomes; Mediação: Alan Sencades, Daniel Seabra, David Valente, Gustavo Carvalho, Mariana Eugénio, Teresa Domingos, Vasco Gomes; Apoio à mediação: Rita Pinto; Produção executiva: Andrew Ossada; Comunicação: Elísio Mota; Vídeo e fotografia: Ashleigh Georgiou; Direção Social: Hélder Nogueira; Gestão: Julieta Guimarães; Parceiros: Centro Social Soutelo, Fundação Salesianos.
Q-Circo é apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo BPI / Fundação “la Caixa” através da iniciativa PARTIS & Art For Change.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Os bilhetes podem ser reservados diretamente em https://qcircomexe.eventbrite.pt
Que impacto pode ter o setor cultural nas comunidades da cidade através de projetos de arte comunitária, participativa ou de mediação? Enquanto questionamos a relevância dos coletivos, convidamos à reflexão sobre a cooperação: os desafios, as vitórias, e tudo o que ainda há por fazer.
Um espaço de conversa enquanto lugar de criação de pontes entre diferentes atores da área da cultura - o setor público, o setor privado, a academia, os artistas profissionais e os amadores.
Com a participação de João Miguel Ferreira - Diretor Artístico Encontro MEXE, Rui Silvestre - Diretor da Direção das Convergências (Ágora - Cultura e Desporto do Porto, E.M.), Mariana Roldão - Diretora Adjunta Educação, Ambiente e Qualidade e Coordenação do Serviço Educativo Ambiente (Fundação de Serralves), Isabel Menezes - Professora (Universidade do Porto).
A entrada é gratuita, sujeita à lotação. Os bilhetes podem ser levantados no local 1 hora antes do espetáculo.
Entre a música, palavra e ritmos, Silly convida-nos a mergulhar numa experiência artística sensorial e imersiva num universo eletrónico, a partir de gravações de campo feitas na rua e com as comunidades do Bonfim.
Silly é o alter ego de Maria Bentes, uma artista multifacetada que nasceu nos Açores, cresceu no Alentejo e hoje vive em Lisboa. Através de Silly, Maria expressa seu “eu” mais íntimo e sincero, unindo suas duas paixões: a música e as palavras. Com uma formação que inclui guitarra e piano, Silly é influenciada por gêneros como hip hop, jazz, R&B e bossa nova, que permeiam suas composições musicais.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação. Os bilhetes podem ser levantados uma hora antes do espetáculo.
Açoitemos a nossa passividade ao assistirmos à repetição da História. E não é uma boa História… SE NÃO SABES QUEM ÉS, Açoitemos ficar alheios ao sofrimento… TIRA O CHÃO DOS PÉS, Açoitemos ficar indiferentes… E DANÇA MAIS ALTO, Neste dia, este dia, este é o dia… E NÃO MAIS SÓ TE VÊS. Amanhã é tarde.
Formado em Abril de 2022, o Grupo de Teatro Comunitário do Bonfim é um espaço de encontro e discussão democrático, plural, político e aberto.
“Set Revolução” surge da reflexão sobre a relevância da participação dos cidadãos na vida política e comunitária e em paralelo, um convite à ação direta através de assembleias de cidadãos e da força do coletivo.
Criação Coletiva Interpretação: Grupo de Teatro Comunitário do BonfimAna Almeida, Ana Isabel Silva, Ana Pires, Anabela Reis, Aurora Carvalho, Clara Pino, Diana Coelho, Elisa Fonseca, Fábio Schuch, Guilherme Monteiro, Inês Armelim, Isaura Morais, Joana Lencastre, Joel Cardoso, Lais Borges, Luiza Fonseca, Manuel Pereira Teixeira, Marilia Guimarães, Miguel Cotrim, Rafaela Baptista Ferreira, Renata Marques, Sara Marques, Sílvia Silva, Sofia Santos, Teresa Pereira, Tiago Ferreira Valente e Xavier Monteiro.
Dramaturgia: Grupo de Teatro Comunitário do Bonfim e Susana Madeira, com excertos de Abubaker Abed, Angela Davis, António Guterres, Bertold Brecht, Caitlyn Jenner, Chico Mendes, Chimamanda Ngozi Adichie, Christine de Pizan, Dolores Ibárruri, Francesca Albanese, Getúlio Vargas, Greta Thunberg, Jacinda Ardern, José Mário Branco, José Pepe Mujica, José Saramago, Júlio Pomar, Malala Yousafzai, Maria de Lourdes Pintasilgo, Martin Luther King Jr., Mia Couto, Nelson Mandela, Rosa Luxemburgo, Sojourner Truth, Sophia de Mello Breyner Andresen, Theodor Adorno, Wangari Maathai.
Direção Artística: Susana Madeira; Direção Musical: Ricardo Carvalho; Direção técnica e técnico de som: André Leite; Desenho e Operação de Luz: Cárin Geada; Figurinos e Adereços: Sofia Silva; Assistência à dramaturgia: Hugo Cruz; Coordenação geral e direção executiva: João Ferreira; Assistência à direção executiva: Mariana Borges; Produção: David Calhau e Maria João Lamas; Assistência de produção: Cristina Queirós; Coprodução: MEXE Associação Cultural, Encontro MEXE e Junta de Freguesia do Bonfim; Apoio: Sporting Clube de São Vítor; Agradecimentos: Amigos e familiares do Grupo, equipa da Junta de Freguesia do Bonfim, Manuel Carvalho.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação. Os bilhetes podem ser levantados 1 hora antes do espetáculo. (máximo 2 por pessoa)
É de porta em porta que o coletivo Landra convida os moradores da Rua de São Vitor a fazerem parte do almoço comunitário do encontro Mexe. Por entre ilhas e muros, descobrem-se hortas de vizinhos, tão férteis quanto raras, e terrenos abandonados, uns sem acesso e outros já amadrinhados. Também de canteiros, mas principalmente de mercados, chegam-nos as sementes que nos convocam para um futuro de abundância local.
Estende-se a longa toalha de piquenique, do descampado à floresta, e desenha-se a rede da vida que emerge dentro e fora da terra. As relações vizinhas transparecem nas receitas, e as sementes contam-nos de famílias, comunidades, de escassez e fertilidade.
A participação é livre, com o convite a que os participantes tragam um alimento para partilhar e a semente de um dos ingredientes que o compõe.
Um espetáculo de rua onde um grupo de corpos viaja, habita e intervém no espaço público a partir de um itinerário base que se permite moldar em função da sua realidade mutável, espontânea enquanto partilhada com outros habitantes e transeuntes do lugar. Através de diferentes linguagens, recursos e canais de comunicação, usam objetos do dia-a-dia combinados com dispositivos de gravação (telemóveis), elementos plásticos e gráficos, e material sonoro para transformar lugares. Estas criações são destruídas e reconstruídas, criando uma experiência imersiva e itinerante. A proposta pretende denunciar e evidenciar as hostilidades do espaço público relacionadas com a arquitetura e o urbanismo que afecta o comportamento das pessoas.
Uma Parada é uma celebração. Só celebramos porque somos vários, diversos e sentimos um impulso de encontrar o outro. Numa Parada somos convocados a ocupar o espaço público transformando-o e deixando também que este nos transforme enquanto indivíduos e coletivo. Criação original feita para o MEXE desenvolvida e criada de forma comunitária. O espetáculo será apresentado de forma itinerante, levando-nos ao lugar de início do festival - a Praça de Alegria - ao mesmo tempo que reflete o ressoar do bairro a partir de vozes e tambores.
A parada convida a população a ocupar as ruas e as praças em momentos de encontro e festa, contestando a irrelevância do espaço público no dia-a-dia das comunidades.
Ana C. Fonseca, Aitor Ochoa Argany, André Leite, António Serginho, Beatriz Rola, Beatriz Sarmento, Carín Geada, Cristina Queiroz, David Calhau, Hugo Cruz, Inês Viegas Oliveira, Igor Fidalgo, Ivan da Silva, João Azevedo, João Ferreira, Luís Cepa, Maria João Lamas, Mariana Borges, Mariana Vasconcelos, Patrícia Barbosa, Susana Lage, Susana Madeira, equipas de todos os parceiros.
Acrescentam-se a estas todas as pessoas que contribuíram de forma decisiva para a grande celebração que é o Encontro MEXE
Artur Carvalho, Centro Social de Soutelo, Manuel Carvalho, Sara Almeida, Sara Rodrigues, toda a equipa da Junta de Freguesia do Bonfim