garota em pedaços - Kathleen Glasgow

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— Vai se foder. O que você quer, afinal? — Estão dizendo que você tem dado shows noturnos para o bairro e que o som não anda ruim. Então eu me perguntei: Riley West voltou para o jogo? Isso pode ajudar a vender ingressos. Ninguém vai querer perder seu inevitável colapso no palco. — Vai se foder. — Calma. É por Luis. Ele nos ajudou muito no passado. — A outra voz soa baixa, quase suplicante. — Você consegue, Riley. Eu sei que consegue. — Tiger. — Riley suspira. — Eu não toco há quase dois anos. Fico o mais imóvel possível, tomando cuidado para não perder uma palavra. — É por Luis. Ele está doente, cara. Várias outras pessoas já aceitaram. Vai ter Hold-Outs, Slow Thump, Cat Foley, California Widows, Hitler’s Niece, o Swing Train, Eight-Men-On, e vou conseguir mais, prometo. Depois de um tempo em silêncio, Riley finalmente diz sim. — Bom garoto. Já gravou alguma das coisas novas? Eu tenho que ouvir o que Riley West anda fazendo. Ouço-o atravessar o quarto, vestir uma calça jeans e murmurar que já volta. Tiger Dean ainda tem cabelo preto, como nas capas dos discos, mas não tem mais os cachos perfeitos caindo na testa. Está curto, bem penteado e rareando. Quando eu estava pesquisando Riley e Long Home no computador da biblioteca, encontrei o site de Tiger Dean. Dizia que ele ainda fazia música com bandas locais, tocava em festas particulares e estava disponível para atender às suas necessidades, como designer


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