

A nova linha de bisnagas Globoplast Ecostone é um marco rumo à sustentabilidade.
Com um inovador composto mineral, conseguimos reduzir significativamente o uso de plástico na composição da bisnaga, sem abrir mão da performance, da estética e da versatilidade que o seu produto precisa.
Menos impacto ambiental. Mais valor percebido.
A Globoplast foi destaque na 32ª edição do Prêmio EMBANEWS, um dos mais importantes reconhecimentos do setor, sendo premiada nas categorias Sustentabilidade e Inovação Reafirmamos nosso compromisso com soluções que aliam desempenho, responsabilidade ambiental e criatividade no desenvolvimento de bisnagas plásticas.
Produzido com resinas recicladas (PCR), PE Verde e 100% monomaterial, o Perfect Tube facilita o descarte e promove a economia circular.
Sua tampa Eco Low Profile utiliza menos material, mantendo a mesma eficiência, e ainda traz o diferencial da aplicação do Braille em relevo, promovendo acessibilidade.
Performance, inclusão e sustentabilidade em uma só solução.
Na Globoplast, qualidade, sustentabilidade e responsabilidade social são compromissos reais. Desenvolvemos embalagens plásticas de alto desempenho para os setores cosmético, farmacêutico, veterinário,
Cada solução é pensada para reduzir o impacto ambiental e ampliar o valor percebido pelas marcas — sem abrir mão de design, funcionalidade ou inclusão.
fone: +55 11 4156-8400
www.globoplast.com.br
SEGUNDO PAULO ENGLER, DIRETOR-EXECUTIVO DA ABIPLA , ANUALMENTE, A INDÚSTRIA QUÍMICA, DA QUAL FAZEM PARTE OS SANEANTES, INVESTE CERCA DE R$ 2,5 BILHÕES EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PARA PRODUTOS MAIS BIODEGRADÁVEIS, ECONOMIA DE ENERGIA E MENOR GERAÇÃO DE RESÍDUOS
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OBrasil produz cerca de 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos anualmente, mas menos de 4% são recicladas, de forma efetiva, de acordo com dados da ABRELP (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).
“O índice é preocupante, sobretudo quando comparado a países que já conseguem reaproveitar mais de 30% de seus resíduos. Diante desse cenário, a indústria de limpeza e saneantes tem intensificado seus esforços para ampliar sua contribuição na economia circular e na destinação correta dos materiais descartados, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que todas as fabricantes se engajem a esse movimento”, enfatiza Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLAAssociação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional. Até o fim de 2024, foram coletadas e recicladas 198.733 toneladas de resíduos urbanos, das
quais 38.598 toneladas ficaram sob responsabilidade das empresas associadas à ABIPLA, o que representa 19,4% do total processado. “Entre os associados da ABIPLA, há indústrias que já superam sua produção, chegando a 115% de reciclabilidade de materiais. Ou seja, reciclam mais do que produzem, o que é um dado fantástico e que deve ser seguido por todos”, comemora Engler.
Na avaliação do executivo, a prática não é seguida por todas as indústrias de limpeza, nem por outros setores. “Apesar da lei estar em vigor desde 2011, determinando que as empresas devem patrocinar a reciclagem das embalagens em uso, é essencial que o poder público consiga estabelecer estratégias para engajamento, como é o bom exemplo da CETESB no Estado de São Paulo quando da renovação da licença de operação da indústria”, alerta Paulo Engler, que afirma que a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, pode ser uma data propícia para reforçar a importância do comprometimento coletivo voltado à economia circular e à logística reversa de resíduos sólidos, como embalagens pós-consumo, em todos os segmentos.
Programa “Mãos pro Futuro” - A ABIPLA destaca resultados expressivos do programa “Mãos Pro Futuro”, do qual a entidade faz parte, desde 2009. O programa é voltado à logística reversa de embalagens pós-consumo e à inclusão social de cooperativas de catadores.
“O Programa Mãos Pro Futuro é um conjunto de ações que busca o bem-estar da sociedade, e que se traduz como a concretização da circularidade, prevista na Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no país, deve ser seguida e estimulada. Esta lei define a logística reversa como um conjunto de ações, procedimentos e meios para viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento ou destinação ambientalmente adequada”, explica Engler, que complementa: “Nessa direção, o Programa Mãos pro Futuro demonstra, de forma inequívoca, não ape- nas o compromisso da indústria de saneantes, mas o quanto é possível realizar quando todos os setores industriais se aliam entre si e a outros setores envolvidos na economia circular, como catadores, recicladores e transformadores.
ABIPLA u
Apoiamos a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) nessa iniciativa, trabalhamos juntos e temos a certeza de que somente por meio do uso consciente dos materiais recicláveis é que alcançaremos o equilíbrio do progresso sem afetar o meio ambiente”, avalia Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA. Segundo levantamento preliminar do “Mãos pro Futuro”, entre janeiro e abril de 2025, com o apoio do Programa, o volume total de materiais recicláveis, comercializados no Brasil, foi de 39.338 toneladas. Desse montante, o papel representou a maior parcela, com 49%, seguido pelo plástico (28%), vidro (15%) e metais (8%), sendo 7% de aço e 1% de alumínio. “Os dados evidenciam a predominância de determinados resíduos na cadeia da reciclagem e reforçam a necessidade de ampliar o reaproveitamento de materiais, como o vidro e o plástico de difícil triagem”, adverte o diretor executivo da ABIPLA.
Produtos de limpeza apoiam meio ambienteAlém de fortalecer a cadeia de reciclagem, a ABIPLA e seus associados incentivam a inovação em fórmulas concentradas e embalagens reutilizáveis, aumentando a circularidade do plástico e reduzindo a pegada de carbono do setor. Segundo o diretor executivo da entidade, anualmente, a indústria química, da qual fazem parte os saneantes, investe cerca de R$ 2,5 bilhões em
pesquisa e desenvolvimento para produtos mais biodegradáveis, economia de energia e menor geração de resíduos.
“Neste Dia do Meio Ambiente, queremos chamar a atenção para a transformação estratégica que atravessa nossa indústria. A meta é clara: oferecer soluções que respeitem o planeta e elevem os padrões de bem-estar da sociedade”, ressalta Engler.
Necessidade de mais engajamento - Apesar dos avanços, a ABIPLA alerta para a baixa adesão de parte das empresas do setor às práticas de sustentabilidade. “Muitas ainda não se engajaram de forma efetiva em iniciativas como a logística reversa ou na reformulação de produtos e processos com menor impacto ambiental. É preciso que mais empresas compreendam que sustentabilidade não é um custo, mas um investimento estratégico e urgente. O futuro da indústria passa, necessariamente, por práticas mais responsáveis”, reforça Paulo Engler.
A entidade também destaca a importância de políticas públicas, que incentivem o consumo consciente e o descarte adequado de resíduos, além do fortalecimento das cooperativas envolvidas na cadeia da reciclagem, mas orgulha-se de fazer parte de um movimento contínuo e que deve crescer, a cada ano, no Brasil.
https://abipla.org.br
Dedicada à fabricação de selos de indução e discos de vedação, a empresa familiar Inducoat, iniciou sua trajetória com materiais autoadesivos na empresa de rótulos e etiquetas Flexcoat, em 2022. Localizada em Jundiaí, noroeste de São Paulo, a empresa atende diversos segmentos – cosméticos, alimentícios, automotivo, químico e agroquímico – com uma variedade de soluções de vedação de tampas. Essas soluções oferecem muitos benefícios de alto valor agregado, como evidência de violação, prevenção de vazamentos, extensão da vida útil e segurança infantil.
Para garantir uma laminação eficaz, que é crucial para alcançar a integridade da vedação, a Inducoat instalou uma máquina multitecnológica BOBST CL 1000D como parte de sua configuração de produção. “Depois de pesquisar cuidadosamente as opções de laminação do mercado, escolhemos a máquina CL 1000D da BOBST para o nosso negócio, porque nos permite produzir uma grande variedade de aplicações e porque é conhecida pela alta confiabilidade e qualidade”, disse Alexandro Agostinho, Gerente de Processos e P&D da Inducoat.
Como a demanda por selos de indução cresceu significativamente nos últimos anos em sintonia com o aumento do comércio eletrônico, a Inducoat enfrentou desafios significativos para manter seu lugar na vanguarda do setor.
Os produtos para e-commerce devem atender aos rígidos requisitos das plataformas online, como Amazon e Mercado Livre, com vedação hermética garantida para evitar vazamentos durante o transporte. A Inducoat também deve garantir a segurança e integridade dos produtos, fornecendo selos invioláveis que garantam aos consumidores a qualidade dos produtos.
E, adicionalmente, a Inducoat deve ser vista como líder na produção sustentável com produtos e processos que ajudam a diminuir a pegada ambiental das embalagens.
Diante desses desafios, a Inducoat emprega tecnologias avançadas, como a laminadora BOBST CL 1000D, para garantir a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. As soluções incluem selos de indução simples, selos ou discos de indução de duas peças, discos de vedação, selos e tampas de fácil remoção, selos de alta resistência e selos com válvula, entre outras.
Além da alta produtividade e excelente qualidade, a capacidade multitecnológica do laminador BOBST CL 1000D, igualmente hábil em executar serviços com adesivos sem solvente, com solvente ou à base de água, foi um fator chave na decisão de investimento da Inducoat.
Com o foco crescente do mercado em sustentabilidade, a tecnologia sem solvente é particularmente importante, pois evita a emissão de solventes na atmosfera, tornando o processo de fabricação mais ecológico. No entanto, a tecnologia sem solvente ainda enfrenta desafios em termos de resistência a altas temperaturas, especialmente durante o processo de indução, onde as temperaturas de selagem podem exceder 200° C.
O investimento estratégico na laminadora BOBST CL 1000D, com sua alta flexibilidade e eficiência na produção, deu à Inducoat uma vantagem competitiva significativa. Desde o início, a máquina permitiu à empresa oferecer a mais ampla gama de selos de indução com diferentes características, permitindo-lhe atender praticamente todas as indústrias que necessitam desse item.
https://www.bobst.com
• Eficiência no uso de matéria-prima
• Leveza e compactação
• Redução de consumo de energia
• Redução de consumo de água
• Sustentabilidade no transporte
• Reciclabilidade e eco-friendly
• Maior proteção do produto
• Maior durabilidade do produto
Tenho um grupo de amigos que por coincidência são todos especialistas reconhecidos no nosso setor e um tema de discusão que surgiu em nossas conversas foi a constatação de que Embalagem é uma vantagem competitiva do Brasil, pois o País é autosuficiente em produção de energia, grande parte limpa e renovável, produz todas as matérias-primas utilizadas na fabricação de embalagem, dispõe de escolas e centros de pesquisas para a formação de profissionais de alto perfil e tem uma indústria de embalagens capaz de produzir todos os principais tipos de embalagem, contando inclusive com industrias multinacionais de seu segmento instaladas com fábricas no território nacional. Considerando esses aspectos e acrescentando o fato de estar trabalhando na construção da primeira Inteligência Artificial exclusiva e totalmente dedicada ao setor de embalagem no Brasil, me ocorreu perguntar para a IA como uma Inteligência de Embalagem 5.0, a primeira IA Exclusiva e 100% dedicada ao Setor de Embalagem pode contribuir para a evolução desse Setor no Brasil?
VEJAM A RESPOSTA QUE RECEBI:
“ Uma Inteligência Artificial (IA) exclusiva e totalmente dedicada ao Setor de Embalagem no Brasil pode impulsionar transformações significativas em diversas frentes, combinando inovação tecnológica, sustentabilidade e eficiência operacional. Aqui estão algumas contribuições estratégicas:
1. Otimização de Materiais e Sustentabilidade
l Redução de Desperdício: Algoritmos de IA podem analisar padrões de produção e consumo para projetar embalagens com uso mínimo de matérias-primas, mantendo a funcionalidade.
l Materiais Alternativos: Simulações de IA podem testar performance de materiais biodegradáveis, recicláveis ou de origem renovável (ex.: fibras vegetais brasileiras), acelerando a adoção de soluções sustentáveis.
l Economia Circular: Rastreamento via IA para monitorar o ciclo de vida das embalagens, incentivando reutilização e reciclagem.
2. Eficiência Operacional e Custos
l Previsão de Demanda: Modelos preditivos para antecipar necessidades do mercado, ajustando produção e estoques, reduzindo custos de armazenagem e obsolescência.
l Manutenção Preditiva: Sensores integrados a IA monitoram máquinas de produção, alertando sobre falhas antes que ocorram, minimizando paradas não planejadas.
l Design Inteligente: Ferramentas de generative design criam embalagens otimizadas para logística (ex.: formato para maximizar espaço em caminhões), cortando custos de transporte.
3. Personalização e Experiência do Consumidor
l Embalagens Customizadas: IA analisa dados de consumo para criar designs segmentados (ex.: embalagens regionais, edições limitadas ou interativas via QR code).
l Funcionalidade Aprimorada: Soluções como embalagens “inteligentes” com sensores IoT (ex.: indicadores de frescor para alimentos), integradas a sistemas de IA para melhorar a segurança e conveniência.
4. Conformidade Regulatória e Mercado Global
l Monitoramento de Normas: Sistemas de IA atualizam automaticamente processos para atender a regulamentações nacionais e internacionais (ex.: ANVISA, ISO, diretivas da UE).
l Certificações Automatizadas: Geração de relatórios e documentação para certificações ambientais (ex.: FSC, Selo Eu Reciclo), agilizando a entrada em mercados exigentes.
5. Inovação em Logística e Cadeia Suprimentos
l Roteirização Inteligente: IA planeja rotas de distribuição com base
em tráfego, clima e demandas locais, reduzindo emissões e tempo de entrega.
l Blockchain para Rastreabilidade: Integração com IA garante transparência na origem dos materiais, atendendo a exigências ESG de clientes globais.
6. Competitividade para Pequenas e Médias Empresas (PMEs)
l Plataformas Acessíveis: IA cloud-based permite que PMEs acessem ferramentas de design avançado, simulação de custos e análise de mercado, democratizando a inovação.
l Treinamento Adaptativo: Sistemas de IA capacitam colaboradores em novas tecnologias (ex.: embalagens inteligentes), preparando a força de trabalho para mudanças.
7. Resposta a Desafios Locais
l Soluções para Agroindústria: Embalagens agrícolas com IA para controle de umidade e temperatura, reduzindo perdas pós-colheita (especialmente relevante para o agronegócio brasileiro).
l Combate a Contrafação: Identificação via IA de irregularidades em embalagens (ex.: lotes falsificados), protegendo marcas e consumidores.
IMPACTO ESPERADO NO BRASIL:
8. Posicionamento Global
l Alinhar o setor às tendências mundiais de embalagens sustentáveis e inteligentes, atraindo investimentos e parcerias.
l Redução de Custos: Até 20-30% em desperdício de materiais e energia, segundo estudos de casos internacionais.
l Fortalecimento da Economia: Fomentar cadeias locais de suprimentos (ex.: biomateriais da Amazônia) e exportação de soluções inovadoras.
Em resumo, uma IA dedicada ao setor pode ser a alavanca para transformar o Brasil não apenas em um consumidor de tecnologia, mas em um hub de inovação em embalagens, alinhando crescimento econômico, responsabilidade ambiental e competitividade global. “
Essa IA que estamos construindo com a Amazon AWS tem uma curadoria de conteúdo conduzida por um experiente profissional para garantir que seu conteúdo seja exclusivo, relevante e selecionado para consolidar uma “referência qualificada” para que as empresas e profissionais do nosso setor possam utilizar com confiaça.
Além disso, as empresas e a comunidade dos profissionais de embalagem poderão participar da evolução dessa plataforma contribuindo com sugestões de ajustes e melhorias que farão com que a IE 5.0 evolua com melhor conteúto e em tempo mais rápido. Dois paineis reunindo ao todo 160 especialistas do nosso setor já contribuiu na fase Beta da IE 5.0 e suas contribuições ajudaram na evolução para a fase PRÓ que será lançada em Junho.
A Inteligência de embalagem 5.0 está sendo construída com o objetivo de contribuir para a evolução do setor de embalagem em nosso país.
FABIO MESTRINER
Designer, Professor, Escritor
Especialista em Design e Inteligência de Embalagem
Autor de Livros Didáticos sobre Embalagem adotados nas universidades brasileiras
https://www.mestriner.com.br
De modo geral, a FDA tem como preceito analisar detalhadamente a tecnologia de processamento desenvolvido por cada empresa com o intuito de garantir que o processo de reciclagem utilizado origine produtos com pureza adequada para aplicações em embalagens de alimentos. Isso é feito a partir da análise de toda uma documentação que contempla:
• descrição completa do processo de reciclagem, incluindo a fonte, todo o procedimento para controle da origem do polímero a ser reciclado, e as medidas a serem tomadas para que o material não seja alvo de contaminação, tanto antes da coleta quanto durante o processo de reciclagem, para garantir que apenas materiais que atendam à regulamentação sejam reciclados;
• apresentação dos resultados de testes demonstrando que o processo de reciclagem é efetivo para remover possíveis contaminantes (challenge test). A utilização do material PCR como substituto do material virgem só deve ser feita quando é garantido que não haja possibilidade de contaminação com outras substâncias (além dos alimentos em si), isso sendo feito ou porque há um controle rigoroso da origem do material a ser reciclado ou porque há uma alta eficiência de limpeza durante o processo de reciclagem. Além disso, testes adicionais de migração ou modelagem podem ser realizados caso seja necessário demonstrar a capacidade de reduzir, a níveis consideravelmente baixos, possíveis contaminantes acidentais;
• descrição das condições propostas de uso do material PCR (temperatura de uso pretendida, tipo de alimento com o qual o polímero entrará em contato, duração do contato, destinação para uso único ou repetido etc.).
Verificada a adequação do processo de reciclagem, a FDA emite um parecer favorável ao fabricante, por meio de uma carta de não-objeção (non-objection letter, NOL). Como já foi comprovado que o processamento por reciclagem terciária para o politereftalato de etileno (PET) e o polinaftalato de etileno (PEN) ge-
ram materiais com pureza adequada, a FDA não avalia esses processos e não emite, portanto, NOLs para esses materiais.
De fevereiro de 1990 a novembro de 2024, foram emitidas 361 NOLs para diferentes empresas considerando o uso de polímeros PCR para embalagens para alimentos. Não é possível ter acesso a essas cartas, mas o site da FDA disponibiliza informações sobre a empresa que submeteu o pedido, o tipo de polímero PCR e de reciclagem, as limitações de uso (considerando os tipos de alimentos e de contato) e a data de emissão. Quanto ao tipo de processamento, 90% das NOLs emitidas são para reciclagem física e as demais são para reciclagem química do PET. Considerando o tipo de material, a maioria das NOLs é emitida para o PETPCR (62%), seguido pelo polietileno (PE) PCR (14%), pelo polipropileno (PP) PCR (11%), pelo poliestireno (PS) PCR (8%) e outros (5%).
Um ponto importante a ser destacado é que, se um processo com parecer favorável for sublicenciado para uso por outro fabricante, não há necessidade de uma nova NOL em nome dessa empresa, desde que todo o processo de reciclagem e as condições de uso do material reciclado permaneçam idênticos.
FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Recycled Plastics in Food Packaging. Site da Food and Drug Administration, 2023. Disponível em: <https://www.fda.gov/food/packaging-food-contact-substances-fcs/recycled-plastics-food-packaging>. Acesso em: 8 nov. 2023.
FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Use of Recycled Plastics in Food Packaging (Chemistry Considerations): Guidance for Industry. Site da Food and Drug Administration, 2023. Disponível em: <https://www.fda.gov/regulatory-information/ search-fda-guidance-documents/guidance-industry-use-recycled-plastics-food-packaging-chemistry-considerations>. Acesso em: 23 nov. 2023.
FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Submissions on Post-Consumer Recycled (PCR) Plastics for Food-Contact Articles. Site da Food and Drug Administration, 2023. Disponível em: <https://www.cfsanappsexternal.fda.gov/scripts/fdcc/?set=RecycledPlastics>. Acesso em: 8 nov. 2023.
Artigo original completo foi publicado no Informativo Cetea Vol. 36 nº 3
Parte 3 do artigo na revista EMBANEWS - edição 422 - MAIO 2025
Pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Ital/Apta/SAA
Aintrodução do café no Vietnã aconteceu no século XIX, trazida pelos colonizadores franceses, que logo perceberam que as condições geográficas e climáticas do país eram ideais para o cultivo. Hoje, o Vietnã é um dos principais produtores de café no mundo.
Entre os cafés mais renomados do país está o produzido pela TRUNG NGUYEN. O café torrado SANG TAO destaca-se pela produção verticalizada, desde a colheita na província de Buon Ma Thuot até o empacotamento em fábricas próprias, assegurando a qualidade do produto. A empresa aposta em práticas agrícolas sustentáveis e renováveis, exportando seus produtos para mais de 50 países a partir de Singapura. A embalagem a vácuo, com estrutura reforçada, preserva o frescor do café durante toda a distribuição. As cores vermelha e preta agregam valor ao produto, enquanto a imagem do barco homenageia a tradição marítima vietnamita.
No Vietnã, assim como em outros países asiáticos, o chá é uma bebida altamente apreciada. As embalagens variam de simples e convencionais a sofisticadas. A empresa Trà Dai Gia oferece uma linha de chás em embalagens flexíveis reforçadas a vácuo, com uma “lapela” destacada para evidenciar a marca e o tipo de chá. O chá verde tailandês, por exemplo, vem em embalagem verde com folhas estampadas, e a cor de
fundo muda conforme o tipo de chá para facilitar a identificação.
Há também versões mais sofisticadas como o chá tipo Oolong, conhecido por seu aroma doce e sabor suave, menos amargo que outros chás verdes. A embalagem de papelcartão, no formato octogonal, apresenta uma mandala que conta a história ancestral vietnamita. As cores dourado e vermelho transmitem a excelência deste chá, elaborado com folhas cuidadosamente selecionadas e secadas ao sol do Vietnã.
O café e o chá são símbolos de uma rica tradição cultural que atravessa séculos. Esses produtos, cuidadosamente cultivados e processados, representam a dedicação do povo vietnamita à qualidade e à preservação de seus costumes. À medida que o Vietnã continua a se destacar no cenário global, suas bebidas tradicionais seguem contando histórias de um país orgulhoso de suas raízes e de seu futuro promissor.
Embalagens mundo afora melhores, mundo melhor.
ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO
Diretora do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br
Quando um novo produto é lançado, é natural que os holofotes se voltem para o resultado final. Mas, quem vive o dia a dia do desenvolvimento de embalagens sabe: por trás de cada solução bem-sucedida existe um time diverso, técnico e altamente comprometido.
Desde o início do processo, contamos com o talento das agências de design, que ajudam a traduzir conceitos em propostas criativas e alinhadas ao posicionamento da marca. Na sequência, as ferramentarias entram em cena, transformando ideias em moldes reais, com toda a expertise que só quem vive o chão de fábrica entende.
Do lado de dentro, nosso time de engenharia de produção trabalha lado a lado com a manutenção para garantir que tudo se encaixe: tecnologia, processo e viabilidade. E enquanto isso, o time de suprimentos atua como uma engrenagem silenciosa, buscando as melhores condições técnicas e comerciais para que o projeto avance com equilíbrio.
Não posso deixar de mencionar o papel essencial da qualidade, que nos acompanha desde o nascimento do projeto até o final do ciclo de vida
do produto — garantindo que o padrão estabelecido seja mantido em cada etapa, com rigor e consistência.
E claro, nossos fornecedores, que mobilizam times inteiros, ajustam cronogramas, refazem amostras e se comprometem com o que precisa ser feito. Sempre.
O desenvolvedor de embalagens, nesse cenário, age quase como um maestro. Coordena esforços, conecta disciplinas, antecipa desafios e conduz o projeto até sua materialização. Mas, nada disso seria possível sem a soma de competências, especialidades e pessoas por trás de cada etapa.
No fim das contas, inovação não é resultado de uma única ideia brilhante, mas, sim, de um ecossistema inteiro que trabalha junto para fazêla acontecer.
LEANDRO LIMA ANDRADE
Graduado em Química com especialização em Engenharia de Embalagens, possuindo 20 anos de experiência profissional na área de embalagens nos segmentos Cosmético, Alimentício e Limpeza
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DESAFIOS NA ECONOMIA CIRCULAR DE PLÁSTICOS: O PAPEL DA RECICLAGEM MOLECULAR
Atransição para uma economia circular no setor de plásticos enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados às limitações da reciclagem mecânica. Embora seja a forma predominante de reciclagem, a reciclagem mecânica apresenta restrições que impedem a plena circularidade dos materiais plásticos. No Brasil, apesar dos avanços na reciclagem mecânica, há muitas dificuldades estruturais, como a baixa taxa de coleta seletiva, a contaminação dos resíduos e a falta de incentivos econômicos para o uso de materiais reciclados.
A reciclagem mecânica, embora amplamente utilizada, possui várias limitações. Ela é mais eficaz com materiais plásticos homogêneos e limpos, o que nem sempre é o caso dos resíduos pós-consumo. Contaminações, mistura de diferentes tipos de plásticos e degradação das propriedades físicas ao longo dos ciclos de reciclagem reduzem a qualidade dos materiais reciclados.
Aplicações como certas embalagens cosméticas, como compactos e batons, frascos coloridos, filmes multicamadas e materiais contaminados com tintas ou adesivos, por exemplo, não podem ser reciclados pelo processo mecânico de forma eficiente. Assim, muitas embalagens plásticas ainda acabam em aterros ou incineradores porque não podem ser recicladas eficientemente pelos métodos tradicionais.
De acordo com dados da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria de Plástico), a reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo atingiu 20,6% em 2023, sendo 24,3% a taxa de reciclagem mecânica de embalagens. Esses dados reforçam que uma parcela significativa dos resíduos plásticos ainda não é reciclada, evidenciando as limitações do processo mecânico.
Nesse contexto, a reciclagem química surge como uma inovação promissora para superar essas barreiras e ampliar as possibilidades de reutilização de plásticos.
A reciclagem química, também conhecida como reciclagem avançada ou molecular, apresenta-se como uma solução inovadora para os desafios atuais. Este processo permite a transformação de resíduos plásticos, especialmente aqueles de composição complexa ou contaminados, em matérias-primas de alta qualidade, equivalentes às originais. Diferentemente da reciclagem mecânica, a reciclagem molecular pode processar mis-
turas de plásticos e tolerar certos níveis de contaminantes, como tintas, rótulos e papéis, ampliando o espectro de materiais recicláveis. Com isso, um volume maior de embalagens deixa de ser descartada em aterros.
Além disso, a reciclagem molecular permite a produção de plásticos reciclados de alta qualidade, sem comprometer as propriedades do material, tampouco a processabilidade, o que é essencial para aplicações que exigem padrões elevados de estética e desempenho.
Diferentemente da reciclagem mecânica, que degrada as propriedades dos plásticos a cada ciclo, a reciclagem molecular permite a quebra dos polímeros em suas unidades químicas originais, criando resinas recicladas de qualidade idêntica à virgem, sem comprometer performance ou segurança.
Esse processo não apenas aumenta a circularidade do plástico, mas também reduz as emissões de carbono em comparação à produção de resinas a partir de fontes fósseis. Com a reciclagem molecular, plásticos que antes eram descartados agora têm valor como matéria-prima renovável.
Para a indústria de embalagens, a reciclagem molecular representa uma oportunidade única de fechar o ciclo dos plásticos e atender às crescentes demandas por soluções sustentáveis.
A economia circular já não é apenas uma meta futura, ela é real e já está sendo aplicada agora. Com investimentos contínuos e políticas de incentivo, a reciclagem molecular pode transformar a forma como a indústria lida com resíduos plásticos, garantindo um futuro mais sustentável para o setor de embalagens.
Ao complementar as limitações da reciclagem mecânica, a reciclagem molecular reaproveita uma gama mais ampla de resíduos plásticos, contribuindo para a redução do impacto ambiental e promovendo a sustentabilidade na indústria de embalagens. Para que essa transição seja bem-sucedida, é fundamental o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento, além de políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis e a integração de novas tecnologias no setor.
ALESSANDRA LANCELLOTTI
Graduada em Engenharia Química e pós-graduada em Marketing.
Possui 20 anos de experiência profissional, sendo mais de 10 anos na área de plásticos.
KHS AT DRINKTEC 2025 15–19 SEPTEMBER
MUNICH/GERMANY HALL B4