EMBANEWS Nº 406 - JANEIRO 2024

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ANO 34 | EDIÇÃO 406 | JANEIRO 2024

EMBAIXADOR JOSÉ CARLOS DA FONSECA JUNIOR Gestão do novo presidente-executivo da Empapel visa fortalecer o setor de embalagens de papel no Brasil e no exterior P.14

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#EmbalagemCompostável

EMBALAGEM NO MARKETING

RECICLAGEM QUÍMICA

SOLUÇÃO PARA EMBALAR PRODUTOS QUENTES

EM 2024 E NO FUTURO HAVERÁ MAIS EMBALAGENS

TECNOLOGIAS AVANÇAM

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SUMÁRIO

14 ENTRE EM CONTATO COM A EMBANEWS NO WHATSAPP

ENTREVISTA NOVO PRESIDENTE-EXECUTIVO DA EMPAPEL, EMBAIXADOR JOSÉ CARLOS DA FONSECA JUNIOR, TEM ENTRE SEUS OBJETIVOS AMPLIAR A REPRESENTAÇÃO DA ENTIDADE, PARA ALÉM DO PAPELÃO ONDULADO

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FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)

#EmbalagemCompostável #EmbalagemNaSaúde #TintasDeEmbalagem EMBALAGEM NO MARKETING #FilmesFlexíveis #Rebranding RECICLAGEM QUÍMICA PESQUISA FRONTEIRAS COMPETITIVIDADE A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.

Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com; redacao@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Colunistas desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Fabio Mestriner, Raquel Massulo Souza Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal

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Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de emba­ lagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equi­pamen­tos e periféricos para envase e emba­ lagem; cadeia de supply chain e logística; e pres­ta­dores de serviços de apoio, asso­ciações, universidades e ins­ti­tui­ções ligadas ao ramo de embalagem.

As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação impresso, digital ou outros meios sem prévia autorização. Telefone: (11) 3060-8817 / WhatsApp 11+94721-4102 site: embanews.com e-mail: embanews@embanews.com youtube.com/embanews linkedin.com/company/embanews instagram.com/revista_embanews facebook.com/Embanews twitter.com/embanews

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#EmbalagemCompostável

SOLUÇÃO PARA EMBALAR PRODUTOS QUENTES

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fabricante italiana de sacolas de papel, Sacma S.p.A, está ampliando sua gama ecológica com B.Life Gaia: uma solução que oferece uma alternativa renovável e compostável para embalar produtos quentes, como frango cozido, entre outros. Essas novas sacolas combinam papel de grama certificado pelo FSC com um forro interno celulósico NatureFlex™ da Futamura. O produto resultante é uma solução altamente técnica para o segmento de rotisseries, um saco de alto desempenho que também oferece opções valiosas para o fim de vida da embalagem. Os novos sacos Gaia, ideais para embalar produtos quentes, possuem camada interna termosselável NatureFlex™, que garante que os sacos sejam à prova de vazamentos, mesmo na presença de sucos, e à prova de gordura para proteger o consumidor. Os materiais são resistentes a altas temperaturas, podendo ser utilizados em fornos e estufas, ou no micro-ondas para reaquecimento do produto. A Sacma também testou os sacos para uso em temperaturas tão baixas quanto -40°C, para confirmar sua adequação ao congelamento. As sacolas estão disponíveis com visual de papel ou com janela transparente para que o consumidor possa visualizar o produto. Os sacos Gaia não apenas fornecem o desempenho exigido para embalagens voltadas para rotisseries, mas também são certificados pelo padrão OK Compost Home 6

para compostagem doméstica. Isso significa que podem ser compostados após o uso, tanto em casa quanto na indústria. Os sacos Gaia também são certificados como recicláveis com papel pela Aticelca. Segundo Robert Pellegrino, Gerente de Vendas e Exportação da Sacma S.p.A., “as novas sacolas termosseláveis Gaia proporcionam o desempenho técnico dos plásticos convencionais laminados em papel, bem como opções válidas para o fim de vida após o uso da embalagem”. Andy Sweetman, Diretor de Vendas e Marketing EMEA da Futamura, acrescenta: ‘estamos muito satisfeitos que nosso novo filme NatureFlex™ NVO tenha sido considerado para esta aplicação food-to-go. É impraticável reciclar mecanicamente embalagens que tenham sido fortemente contami-

nadas por alimentos. Ter a opção de compostar as embalagens permite uma solução válida para o fim de vida». A fabricante italiana de sacolas de papel, Sacma S.p.A., fundada por Eligio Maestri, produz embalagens flexíveis descartáveis à base de papel há mais de 55 anos. Para reduzir o seu impacto ambiental e aumentar a auto-suficiência, produz hoje a maior parte da energia que necessita com painéis fotovoltaicos no telhado da sua fábrica. Em 2023, a empresa obteve a certificação ISO 14001 e agora busca ativamente a ISO 14064 com a visão de se tornar neutra em carbono nos próximos anos.

https://www.sacmaspa.com/; https://www.futamuragroup.com/en/

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#EmbalagemNaSaúde

PROJETO AEDES DO BEM

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ntre os vencedores do WorldStar Awards 2024, anunciados no início do mês, um dos mais interessantes é o Projeto Aedes do Bem, desenvolvida pela empresa de biotecnologia Oxitec. A premiada é a fabricante brasileira de papelcartão Papirus, na categoria “Materiais e Componentes de Embalagem”, responsável pelo desenvolvimento da caixa para o Projeto Aedes do Bem, uma solução de controle biológico para o mosquito da dengue. Neste projeto, a embalagem tem a função de transportar os ovos do mosquito AEDES DO BEM, geneticamente modificados para que, uma vez nascidos, os mosquitos (machos) sejam inseridos na natureza e seus descendentes (nascidos de fêmeas silvestres) não transmitam a dengue, febre amarela e outras doenças tropicais). O desafio era desenvolver uma embalagem para B2C e B2B à base de fibra de celulose, que fosse viável para o ponto de venda, e-commerce e funcional na incubação dos ovos e na liberação do Aedes na natureza. Era preciso durar três semanas sob chuva/sol, servindo como isolante térmico, permitindo assim o ciclo de reprodução do Aedes.

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A caixa é feita em papelão onda B, utilizando acoplamento de papelcartão Vitaliner 225 g/m², da Papirus. A embalagem é de fácil montagem e de manuseio simples pelo usuário. Possui aberturas que permitem a fuga do Aedes e um buraco na parte traseira como gancho. O formato cúbico e suas dimensões são otimizadas para o menor consumo de material e maior cubagem na paletização e transporte e também são adequados para exposição e manuseio no ponto de venda. Todas as peças são separáveis e recicláveis. O design gráfico utilizou cores atraentes para os PDVs físicos e canais virtuais. Foram privilegiadas informações claras sobre o produto e como utilizá-lo, incluindo códigos QR para obter mais detalhes sobre os benefícios da tecnologia para a saúde pública. Um dos QR Code variável leva a informações mais detalhadas sobre o projeto. Outro QR Code ao lado leva ao App da empresa para mais informações. Além disso, informações sobre como funciona a tecnologia e mais detalhes do projeto podem ser encontradas nas laterais da caixa. Internamente são apresentadas instruções de uso. Este é o terceiro prêmio con-

quistado pela Papirus com esta embalagem, O desenvolvimento da embalagem teve a participação de um time de parceiros da Papirus, formado por Renato Larocca, diretor da consultoria SIDE - Sistema Integrado da Diversidade de Embalagens -, Álvaro Azanha, consultor de embalagem da How to Pack, Manolo Amato, técnico da Papirus, e Leandro Heredia, diretor geral da Novoriginal Gráfica e Editora. Esta edição do WorldStar premiou 214 projetos, de um total de 435 inscritos por 41 países. Os países mais premiados foram Japão (28), Alemanha (21), Austrália e Nova Zelândia (16), EUA (12) e Brasil e Áustria (11 cada). A cerimônia de premiação será realizada na Tailândia, em 15 de junho, durante o evento ProPak Asia. Na mesma ocasião, a WPO anunciará os vencedores das categorias especiais, incluindo o Prêmio Presidente, Prêmio Sustentabilidade, Prêmio Marketing e Prêmio Embalagem que Salva Alimentos.

https://www.papirus.com; https://www.oxitec.com/br/home; https://worldstar.org

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#TintasDeEmbalagem

UM ANO DE INVESTIMENTOS E LANÇAMENTOS

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ACTEGA, fabricante de revestimentos especiais, tintas, adesivos, selantes e compostos para o setor de impressão e embalagens, comemora um ano de sucesso em 2023. Apesar da queda no volume nas vendas em comparação a 2022, o ano foi impulsionado por investimentos significativos nas principais instalações de produção, pesquisa e desenvolvimento. Em abril, a ACTEGA realizou um investimento de US$ 5 milhões na unidade de Nova Jersey, para a realização de diversos projetos de expansão e melhorias nos processos das operações de revestimento. O plano de desenvolvimento total está previsto para ser concluído durante o primeiro trimestre de 2024. Logo após, a ACTEGA divulgou seus planos de inaugurar uma grande fábrica em Kings Mountain, na Carolina do Norte, com o objetivo de unir quatro instalações entre a Carolina do Norte e Indiana, que ocupará 22.110 m2, o equivalente a duas vezes a área das quatro instalações juntas da empresa. Em outubro, a ACTEGA também anunciou a consolidação das três fábricas do Brasil em uma nova fábrica de 22.500 m2 em Araçariguama, São Paulo. Esta instalação de produção, pesquisa e desenvolvimento de última geração é resultado de um grande investimento, no valor de US$ 7 milhões, feito nos últimos anos, consolidando a ACTEGA como líder industrial da região. A fábrica, que conta com tecnologia de ponta, oferece aos clientes elevados padrões de segurança, e um novo patamar no desenvolvimento de soluções. Em 2023, a ACTEGA focou em investimentos estratégicos em novas instalações ao redor do mundo, 10

incluindo o laboratório recém-construído em Sedan, na França.

SOLUÇÕES MAIS SUSTENTÁVEIS Além dos investimentos, 2023 foi um ano de desenvolvimentos e parcerias para a ACTEGA. A empresa lançou diversas novidades, inclusive os produtos destinados a soluções sustentáveis de embalagem e em atendimento à conformidade regulatória. Segundo Thorsten Kröller, Presidente da ACTEGA, “a empresa conseguiu manter o foco em inovação, impulsionando uma maior sustentabilidade nos setores de impressão e embalagens. Em consequência, continuamos a alcançar diversos marcos importantes neste ano. Para o início de 2024, ficarão faltando apenas 12 meses para batermos a meta de neutralização de carbono, estimada para 2025, conforme estabelecido pela ALTANA, empresa do grupo. Não há dúvidas de que no próximo ano deveremos avançar ainda mais para alcançar essa marca.” A ACTEGA também é conhecida por suas inovações de produtos e, em 2023 foram adicionados novas tintas, vernizes, revestimentos e tecnologias ao portfólio, que deverá se expandir em 2024, a partir dos investimentos em produção, pesquisa e desenvolvimento. Entre alguns destaques, a tecnologia de metalização ECOLEAF foi apresentada na Labelexpo Europe, além da linha de revestimentos com efeito tátil da ACTEGA, os revestimentos de LED-UV e as tintas de impressão nos tons branco e metálico. Em agosto de 2023, a empresa criou e lançou uma nova linha de revestimentos Paper & Board no mercado dos Estados Unidos, linha

A unidade brasileira da ACTEGA em Araçariguama (SP), recebeu investimentos de US$ 7 milhões nos últimos anos

Thorsten Kröller, presidente da ACTEGA

mais sustentável que segue diversas normas regulatórias. Novos vernizes livres de PVC com selagem térmica para cápsulas de café ACTEseal® foram lançados durante a Interpack 2023. Durante a METPACK 2023, ocorreu o lançamento do UV DIRECT TO METAL, que permite aplicar o revestimento UV diretamente sobre uma superfície pré-tratada com plasma atmosférico. Também foi lançada a INNOCAN™, desenvolvida em colaboração com a Brasilata Labs e a HP-Indigo, possibilita a decoração digital com qualidade de offset de chapas metálicas em latas de 3 peças. https://www.actega.com/br/pt

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EMBALAGEM NO MARKETING

EM 2024 E NO FUTURO HAVERÁ MAIS EMBALAGENS EMBALAGEM É COMO A ELETRICIDADE, NOSSA SOCIEDADE NÃO FUNCIONA MAIS SEM ELA!!!!

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Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM iniciou em 2011 um estudo para avaliar o futuro da embalagem numa perspectiva até 2025. Para auxiliá-lo nesta tarefa, o Núcleo contou com o apoio de importantes indústrias do setor de embalagem que contribuíram para a contratação da empresa multinacional de pesquisas GFK. O estudo resultante deste trabalho foi apresentado num Fórum que lotou o auditório da escola com a presença de centenas de profissionais e especialistas que debateram os resultados da pesquisa contribuindo para a compreensão mais abrangente do tema. Sabemos que a embalagem que encontramos no mercado é o resultado da ação de uma cadeia complexa e multidisciplinar que tem como principal característica a integração de materiais, tecnologias e processos industriais que competem entre si e muitas vezes se unem para conseguirem melhores resultados e benefícios para seus clientes e consumidores finais. As conclusões mais importantes deste estudo e sua principal recomendação indicam que a integração da cadeia e dos materiais com vistas a obter vantagem competitiva é o melhor caminho para o sucesso no futuro. A partir dos diversos estudos como este que fizemos e pelo que continuei estudando, posso afirmar com segurança que a embalagem não pode mais ser usada apenas para “Carregar o Produto” mas precisará cada vez mais se tornar um fator de competitividade que ajude o negócio das empresas. Outro estudo complementar, este sim baseado em observações objetivas do cenário onde vivemos, me levou a concluir que certos fatores determinantes apontam claramente numa direção. São elas: 1 - A população mundial já ultrapassou 8 BILHÕES de habitantes e continuará crescendo; 2 - Graças aos avanços da medicina, da geriatria, dos novos medicamen-

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Imagens das conclusões apresentadas no Fórum O Futuro da Embalagem ESPM

tos e a difusão de informações sobre saúde, as pessoas já estão vivendo mais tempo e o tempo de vida deve continuar aumentando; 3 - O PIB mundial continua crescendo com o consequente aumento na renda per capita e do consumo nos diversos países; 4 - A urbanização, fenômeno que vem se acelerando com a grande maioria das pessoas vivendo nas cidades, longe da horta e do galinheiro e perto dos supermercados. Portanto, mais pessoas, com maior renda per capita, vivendo mais tempo, nas cidades, perto dos supermercados, consumido mais alimentos e produtos embalados indicam que no futuro haverá mais embalagens. Mas existe um outro fator que é tão importante quanto esses, que aponta na mesma direção e corresponde à natureza em si da embalagem, constituindo sua principal função, pois “embalagem não tem a ver apenas com o consumo; sua principal função é suportar a vida humana dos 8 BILHÕES de habitantes da Terra garantindo sua sobrevivência”. Não é possível vacinar uma criança, tomar um remédio, tratar os doentes sem embalagem. Sem ela, os ovos não conseguem sair da granja e chegar até nossa mesa, o leite não consegue sair da vaca e chegar até nós, os alimentos não conseguem sair do campo e chegar nos supermercados, não conseguimos tomar banho, lavar a roupa, limpar a casa nem tomar uma cerveja, um suco, um refrigerante, um sorvete... Embalagem hoje é como a eletricidade, nossa sociedade não fun-

ciona mais sem ela e assim como a luz que acendemos no interruptor, só nos damos conta da presença dela em nossas vidas na hora que ela falta. Portanto, podemos ter a certeza de que, no futuro, a indústria de embalagem vai continuar crescendo e aí sempre surge a pergunta: “e o meio ambiente?”. Felizmente já existe uma ampla conscientização no nosso setor sobre a importância crítica deste tema e muitas ações estão sendo tomadas para reduzir o impacto ambiental da embalagem e promover uma série de medidas neste sentido, que inclusive gerou uma outra indústria que vem obtendo índices de crescimento cada vez maiores: a indústria da reciclagem de embalagem. Hoje no Brasil existem milhares de cooperativas e indústrias de reciclagem de embalagem que movimentam cerca de R$ 20 bilhões, mostrando que mesmo depois de utilizada ela continua gerando valor, trabalho e renda para milhões de brasileiros. Não me estenderei neste aspecto pois já tem gente demais cuidando desse assunto e o que desejo deixar claro neste artigo é que por sua grande e vital importância para a sociedade, a embalagem precisa ser mais bem compreendida e considerada tanto pelos que as produzem como por todos aqueles que as utilizam em seu dia a dia... FABIO MESTRINER Especialista em Design e Inteligência de Embalagem, professor e autor de livros didáticos fabio@mestriner.com.br

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ENTREVISTA

EMPAPEL, PARA ALÉM DO PAPELÃO ONDULADO Gestão do novo presidente-executivo visa fortalecer o setor de embalagens de papel no Brasil e no exterior

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Embaixador José Carlos da Fonseca Junior assumiu a presidência executiva da Associação Brasileira de Embalagens em Papel, Empapel, em setembro de 2023, com o desafio de liderar a entidade em seu objetivo de consolidar e fortalecer ainda mais a representação da cadeia das embalagens de papel. Ele é oriundo de uma longa trajetória na carreira diplomática, com funções no Brasil e no exterior, que recentemente foi complementada por uma rica experiência no setor privado, já que, desde 2019, foi o Diretor-Executivo da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Aprovado em concurso ao Instituto Rio Branco em 1980, o Embaixador José Carlos teve formação acadêmica em Direito e Relações Internacionais. Ao longo da carreira, em diversos momentos trabalhou na área da promoção comercial e da diplomacia econômica, no Itamaraty e em postos no exterior. Além disso, por duas vezes exerceu funções no Ministério da Economia/Fazenda, tendo sido Chefe de Gabinete do então Ministro Pedro Malan, entre 1996 e 1998. 14

Foi Embaixador do Brasil em Yangon, Myanmar, além de Ministro Conselheiro em Nova Delhi, Índia. Também serviu duas vezes em Washington (DC), nos EUA, bem como em Ottawa, Maputo, Abu Dhabi, Santiago e Manila. Licenciado da carreira diplomática, o Embaixador Fonseca também foi Deputado Federal, entre 19902003, representando seu estado de origem, o Espírito Santo, onde atuou também como Secretário da Fazenda e Secretário-Chefe da Casa Civil. O Embaixador Fonseca cumpre mandato como membro do Comitê Diretor do The Forests Dialogue (TFD) e do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA), além de ser o Vice-Presidente do Advisory Committee on Sustainable Forest-based Industry (ACSFI/FAO). Desde dezembro de 2021, tornou-se co-facilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, representando o setor privado naquela plataforma de diálogo multissetorial composta por mais de 350 membros que representam o setor privado, o setor financeiro, o mundo acadêmico e as ONGs.

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EMBANEWS: Quais são as suas metas à frente da Empapel neste novo ano que se inicia? EMBAIXADOR FONSECA: Um dos principais objetivos da criação da Empapel foi o de ampliar o escopo de trabalho de representação para além do papelão ondulado, a fim de abranger os demais papéis para embalagem e as embalagens em papel, de um modo geral. Em 2024, seguiremos com esse trabalho de consolidação e fortalecimento da Empapel, no Brasil e no exterior. O ano de 2023 foi bem positivo também em termos de exposição para a Empapel. A associação realizou diversos eventos, além de participar de encontros, workshops, congressos, conferências e convenções no país, colocando a associação na rota dos realizadores do setor. Para 2024, nossa meta é intensificar ainda mais esse ritmo e trazer novidades em termos de realizações, tanto do ponto de vista de participação e produção de eventos, como de ações de marketing e comunicação. Além disso, vamos aumentar a integração com nossas empresas associadas, que tenciono visitar pessoalmente, até para delas colher recomendações e orientações sobre o desenvolvimento de nosso setor. EMBANEWS: Qual a sua avaliação sobre o desempenho do setor de papelão ondulado em 2023? EMBAIXADOR FONSECA: O Brasil hoje é o sétimo maior produtor mundial de Papel Ondulado, e tem espaço para galgar posições nesse ranking. Em termos de expedição de papelão ondulado, na comparação com 2022, em 2023 houve aumento de 0,7% (segundo prévia da Empapel de dez/23). Isso indica a retomada de crescimento do setor. Os últimos resultados divulgados pela prévia dos indicadores da Empapel sinalizam que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) subiu 4,1% em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou 315.463 de toneladas no mês. O resultado é inferior ao do atípico dezembro de 2020 (326.756 toneladas), porém superior ao mesmo mês, em 2021 e 2022. Portanto, 2023 teve o quarto dezembro consecutivo com números de expedição acima de 300 mil toneladas. EMBANEWS: Em quais segmentos o setor se destacou? EMBAIXADOR FONSECA: Setores resilientes no fornecimento de embalagens para bens não duráveis, como alimentos e produtos de limpeza, foram os que mais impactaram. O e-commerce, embora em menor ritmo, e a busca por embalagens mais sustentáveis também colaboraram para a performance no período. Destaco também o crescimento de soluções em papel sackraft para o segmento de flexíveis, com envelopes para atender o segmento de vestuário, recicláveis, biodegradáveis e compostáveis. No segmento de embalagens flexíveis, no Brasil, esperamos um crescimento de 3% a 4% a.a. até 2030, considerando não somente o e-commerce, mas todos os usos destas embalagens, inclusive o delivery de alimentos e a construção civil. Além do crescimento orgânico projetado para estes segmentos, é esperado que estes produtos também ganhem market share de embalagens que hoje são feitas em plástico.

EMBANEWS: Quais são as perspectivas do setor para 2024? EMBAIXADOR FONSECA: Os dados mais recentes da FGV/IBRE sobre o crescimento do setor dão conta, em cenário moderado, de uma previsão de expedição próxima a 2023 (cerca de 4 milhões de toneladas de embalagens de papelão ondulado), mantendo os níveis de crescimento observados em 2023 e 2022. O relatório FOCUS do Banco Central projeta crescimento de 1,5% para o PIB brasileiro, com influência do aumento de consumo das famílias brasileiras. Por outro lado, teremos também uma mudança estrutural na maneira como comunicamos nossos dados. A partir de 2024, introduziremos a informação do IBPO Índice Brasileiro de Papelão Ondulado) em mil metros quadrados, nos alinhando aos indicadores globais. Teremos informação que será mais aderente ao número de embalagens colocadas no mercado. EMBANEWS: Como vê o os principais desafios e oportunidades para o setor diante das demandas climáticas e de sustentabilidade? EMBAIXADOR FONSECA: O consumidor, de uma maneira geral, vem cobrando dos fabricantes e do varejo uma mudança, no sentido de oferecerem alternativas cada vez mais sustentáveis. O mercado de embalagem de papel e papelão ondulado vem-se movendo fortemente nessa direção, em boa sintonia. Desta forma, nos últimos anos, temos visto cada vez mais a adoção de metas de sustentabilidade por grandes brand owners e governos no mundo, com foco em soluções de embalagem que venham de fontes renováveis, sejam recicláveis, biodegradáveis e que, sempre que possível, sejam ao menos parcialmente recicladas. Nossos grandes desafios sempre estão no segmento de inovação e tecnologia para transformar os produtos em versões ainda mais adequadas às crescentes exigências dos consumidores, especialmente aos das novas gerações. Investimentos em pesquisa, desenvolvimento e em tecnologia estão na pauta das indústrias produtoras de papéis e embalagens, com investimentos para produção de materiais mais leves, inteligentes, resistentes e prontos para substituição das embalagens plásticas. Além disso, o setor de embalagens de papelão ondulado segue com anúncios de novas operações. No funil da inovação, os fabricantes estão desenvolvendo projetos 100% de fonte renovável para atender a essas demandas dos consumidores: papéis, barreiras e demais insumos. Sacolas, copos, bandejas de papel, sacaria de papel para alimentos já são realidade. Mas podemos avançar muito mais, sempre com uso racional das fibras, atento à sustentabilidade do processo produtivo em toda a cadeia, até chegar ao consumidor e ao pós-uso, com correta destinação dos resíduos e circularidade. Afinal, todos nós e cada um de nós somos responsáveis pelo enfrentamento das mudanças climáticas e pela reversão da perda da biodiversidade.

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#FilmesFlexíveis

INVESTIMENTOS EM METALIZADORA MODERNIZAM PARQUE DE BOPP

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Vitopel, que atua na produção de filmes de BOPP no Brasil, anunciou a recente aquisição da máquina metalizadora BOBST EXPERT K5, reforçando seu compromisso com a qualidade e a inovação. Este investimento estratégico é parte integrante do contínuo processo de modernização do parque fabril da empresa, alinhado com sua missão de atender às crescentes expectativas dos clientes e às demandas da nova geração de substratos sustentáveis. A BOBST EXPERT K5 representa uma evolução tecnológica significativa, posicionando a Vitopel na vanguarda da produção de filmes de BOPP para embalagens flexíveis. Projetada para otimizar o processo de metalização, essa inovação atende à crescente conscientização dos consumidores em relação à busca por opções alimentares mais saudáveis e naturais. Os brand owners, em sintonia com as mudanças de hábitos de consumo, encontram na Vitopel uma parceira estratégica capaz de oferecer filmes para embalagens altamente eficientes e que preservam as características e valores nutricionais dos alimentos. Os diferenciais da EXPERT K5 não se limitam à elevada barreira proporcionada aos filmes metalizados.

Este equipamento de alto desempenho oferece uma proteção excepcional e shelf life prolongado, enquanto contribui para a otimização da conversão, redução de resíduos e economia de energia. Osvaldo Coltri, CEO da Vitopel, destaca: “Estamos reafirmando nossa estratégia de fornecer filmes de alto valor agregado ao incorporar a metalizadora BOBST EXPERT K5 ao nosso parque. Este equipamento espetacular é a expressão do compromisso da Vitopel em oferecer filmes de alta qualidade e atributos diferenciados. A Vitopel ampliará sua produção em 600 toneladas mensais com esse novo projeto. Isso não apenas garantirá prazos de entrega ágeis aos nossos clientes, mas também impulsionará as exportações para a América Latina e América do Norte. A expectativa é que a metalizadora entre em operação no segundo semestre de 2024.” Este anúncio é parte de um amplo programa de melhorias nas instalações da Vitopel, iniciado em 2021 e previsto para ser concluído em 2025. As fases anteriores incluíram uma parceria com a Brückner Servtec para aprimorar o Controle Integrado de Processo (“IPC”) e o upgrade das linhas de produção de filmes, viabilizando o desenvolvimento de especialidades e incorpo-

rando melhorias tecnológicas em todos os equipamentos associados. “Contribuir efetivamente para o desenvolvimento da indústria de embalagens no Brasil e no mundo tem sido o compromisso da BOBST desde sua fundação em 1890 e no Brasil há 50 anos. Nossa presença na Vitopel, empresa líder em seu setor, é motivo de grande orgulho para nós. Estamos totalmente engajados em trabalhar nos próximos meses para entregar não somente a tecnologia, mas também a capacitação que permitirá à Vitopel atender seus clientes com ainda mais qualidade e inovação”, reforça Eduardo Petroni, General Manager da BOBST no Brasil. Ao prosseguir com essas iniciativas, a Vitopel reafirma sua posição de liderança do mercado, tanto na produção e inovação, quanto em seu compromisso com a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva do setor de embalagens, oferecendo serviços e atendimento de qualidade, e desenvolvimento contínuo de produtos, alinhados às metas ambientais que orientam a indústria.

https://vitopel.com; https://www.bobst.com

Metalizadora EXPERT K5 Os times da Bobst e Vitopel

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#Rebranding

NOVA IDENTIDADE VISUAL MARCA PRÓXIMA FASE DE EXPANSÃO

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Antilhas, umas das marcas líderes de embalagem na América Latina, lança sua nova identidade visual, marcando uma nova fase em seus quase 35 anos de história. Com o conceito “Mais moderna, mais inovadora, sem esquecer dos nossos valores”, vem reforçar seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação. A empresa demonstra a evolução da sua marca através da ampliação do seu centro de distribuição em Cajamar/SP e expansão do seu parque gráfico para novas cidades: Camaçari/BA e Salto/SP, solidificando a posição da Antilhas como uma empresa de abrangência nacional. Por quase uma década a empresa se organizou em torno de quatro unidades de negócios que agora se agrupam em torno de três plataformas de negócios: Antilhas Embalagens Varejo, Antilhas Soluções Logísticas e as unidades Cartucharia e Flexíveis se uniram para formar a Antilhas Embalagens Indústria. Juntas elas fortalecem o propósito da empresa de “Impactar positivamente o planeta com inovações e tecnologias aplicáveis às embalagens”. Bruno Baptista, Diretor Geral da Antilhas, destaca: “Somos uma empresa que continua crescendo sem perder nossos valores fundamentais. Buscamos transmitir nosso propósito de forma tangível em cada embalagem que fabricamos. A junção das operações de Cartu18

Nova identidade da Antilhas

Comparativo do logo antigo e logo novo

charia e Flexíveis busca capturar sinergias internas e principalmente aumentar a nossa relevância como fornecedor de soluções de embalagens para os segmentos de indústrias que atuamos”. O rebranding apresentado pela empresa, incorpora elementos que representam a essência da marca, como o círculo inspirado no movimento das bobinas e rodas dos caminhões, e o quadrado que simboliza papel, caixas e paletes. A folha unifica esses elementos, destacando o compromisso da Antilhas com a responsabilidade ambiental “Nossa nova identidade de marca expressa o nosso compromisso sustentável e a energia inovadora de toda a empresa, que abraça a mudança e promove a inovação

mesmo em cenário de crescimento”, afirmou Amanda Labate, Gerente de Marketing da Antilhas Embalagens & Soluções. A paleta de quatro cores - dois tons de azul, verde e roxo - simboliza o futuro, sustentabilidade, ética e criatividade. Juntas, formam um degradê que representa a união entre as diversas unidades, proporcionando uma visão de um futuro harmonioso. Ao reafirmar seu compromisso com a inovação e sustentabilidade, a marca posiciona-se estrategicamente para enfrentar os desafios e oportunidades que delinearão os próximos capítulos de sua história de sucesso. www.antilhas.com.br

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RECICLAGEM QUÍMICA

NOVAS POSSIBILIDADES PARA AMPLIAR O USO DO PCR NAS EMBALAGENS TECNOLOGIA AVANÇA COM A CONSTRUÇÃO DE PLANTAS PILOTOS E PLANTAS EM ESCALA E BUSCA CLAREZA NO CAMPO REGULATÓRIO

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reciclagem química, que transforma o plástico à sua composição inicial por meio da mudança química, esteve entre os temas abordados durante o Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação 2023, realizado em outubro, em São Paulo, que discutiu as tendências em inovações tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da indústria química, em especial a química dos renováveis. Segundo André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, duas das missões da entidade para um horizonte a longo prazo são o uso de bioprodutos e de energias renováveis. “Utilizar insumos renováveis nos processos produtivos, substituindo matérias-primas e energia, ambas de origem fóssil, é um caminho inevitável no mundo e, ao mesmo tempo, uma vantagem competitiva do Brasil, em especial da indústria química brasileira. Sobre o tema da reciclagem química, José Carlos Pinto, professor de Engenharia Química da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE) da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) citou as várias rotas de reciclagem química estudadas no Laboratório de Engenharia de Polimerização (Engepol), que ele coordena. Entre elas as técnicas de termólise, consideradas como uma das vinte tecnologias mais importantes desta década, já que elas permitem a implementação real da circularidade. Segundo ele, a termólise é muito mais robusta na presença de impurezas do que outras técnicas. De partida, essa já é uma grande vantagem tecnológica e ambiental, já que não é preciso limpar o resíduo para reciclá-lo e reinseri-lo na 20

cadeia química. Após submeter o resíduo a uma certa temperatura, ele se degrada resultando inicialmente em correntes de gases líquidos e, por fim em um resíduo sólido. O processo é extremamente flexível porque o número de variáveis e graus de liberdade é imenso. Tudo é aproveitado. Recentemente a Engepol assinou um contrato com a Petrobrás para a construção de uma planta piloto de 1 tonelada por dia, com previsão para ser lançada em meados deste ano. Trata-se do projeto Orla Sem Lixo na UFRJ, que tem o objetivo de zerar os resíduos plásticos na Ilha do Fundão (RJ), cerca de 800 kg/dia, somando todo resíduo plástico gerado pela Universidade e empresas, incluindo o que se chega na praia da Ilha do Fundão. Uma das missões dessa planta é processar tudo isso de maneira a tornar a UFRJ net zero na produção de lixo plástico.

INVESTIMENTOS NA 1ª UNIDADE DE PIRÓLISE JÁ ESTÃO EM CURSO As iniciativas da Braskem em torno da reciclagem avançada foram apresentadas por Luiz Falcon, Recycling I&T Plataform Leader da empresa. A Braskem tem diversos projetos de pesquisas e linhas de pesquisa em desenvolvimento em que a matéria-prima circular passa a ser uma alternativa de matéria-prima, tornando a indústria química menos extrativista e mais circular no futuro próximo. Isso envolve o desenvolvimento de diversas plataformas de pesquisa convergentes à

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meta de atingir os objetivos de sustentabilidade da companhia. Falcon explica que a pirólise produz monômeros tão puros quanto os monômeros produzidos a partir de matéria-prima fóssil, ou seja, não há diferença entre eles. “Por meio desse processo, é possível ter uma resina virgem, contando ainda com uma quantidade de grades que se desejar, fazendo esse looping infinitamente; algo, sobretudo que a reciclagem mecânica não permite”. A Braskem agora vem buscando a questão regulatória, uma vez que há o entendimento de que o monômero produzido via reciclagem química atende às exigências legais e não apresentam risco algum para utilização em embalagens para contato com alimentos. Em parceria com a Valoren, a Braskem está construindo a primeira unidade de pirólise, para 3 mil toneladas/ano de óleo de pirólise em um investimento de R$ 44,4 milhões.

OS DESAFIOS PARA A RECICLAGEM AVANÇADA NA VISÃO DE BRAND OWNERS Entre os brand owners, a Unilever já percorreu um bom caminho no uso do PCR em suas embalagens, como parte de suas metas de sustentabilidade para 2025. Segundo a gerente de compras de resinas pós-consumo da Unilever Brasil, Agustina Sitler, em 2017, a Unilever iniciava a busca de parcerias para incorporar o PCR em suas embalagens, e chegou em 2022 nos 25% de PCR que era a meta para 2025. A empresa já está pensando em chegar nos 37% de inclusão até lá, e acredita que a reciclagem química pode ajudar neste processo. Como exemplos do uso de PCR em suas embalagens, por reciclagem mecânica, ela destacou as embalagens dos ketchups Hellmann´s, produzidas 100% com PCR e que a partir dessa iniciativa, a empresa deixou de utilizar cerca de 500 toneladas de plástico virgem por ano. Como parte do portfólio, ela afirmou que todas as marcas de produtos para limpeza da casa, e muitos dos produtos de higiene pessoal, como xampus, condicionadores, cremes para pentear e cremes de tratamento fabricados pela Unilever utilizam resina reciclada em suas embalagens. Comfort, Seda, TRESemmé e Rexona são alguns deles. Entre os aspectos da reciclagem química que Sitler acredita serem positivos, estão a possibilidade de maiores inclusões de PCR, como nos flexíveis; uso de food grade; e aumento na taxa de reciclagem. Mas há desafios, segundo ela, como a necessidade de clareza no campo regulatório; al-

tos investimentos; soluções em escala para que o preço não seja tão excessivo; e parcerias em toda a cadeia para incentivar o uso de PCR. A executiva ressaltou que a reciclagem química é só uma parte da solução, apesar de ser fantástica, pois tecnicamente a resina resultante é como uma resina virgem. No entanto, a preferência deve ser sempre pela reciclagem mecânica, por sua baixa pegada de carbono. “Precisamos trabalhar para que os materiais sejam recicláveis. Quanto mais pudermos reciclar mecanicamente, melhor. A infraestrutura na coleta, também deve ser melhorada, pois sem resíduo não podemos aumentar a capacidade, assim como melhorar a separação e seleção para ter um produto mais nobre”, disse.

FINANCIAMENTOS VIA BNDES A partir de uma revisão da estratégia do BNDES, a nova administração do banco definiu a reindustrialização como foco de atuação da instituição, estabelecendo que o desenvolvimento da indústria volte a ser prioritário na carteira do BNDES de forma a torná-la mais verde, inclusiva e digital. E para apoiar os projetos com foco em inovação e descarbonização, dois temas prioritários na atual agenda do BNDES, estão sendo estabelecidas quatro missões para promover a competitividade e o desenvolvimento em novas bases. São elas: Descarbonização da Indústria e apoio à Transição Climática; Transformação Digital da Estrutura Produtiva; Fortalecimento de cadeias estratégicas; e Bioeconomia e Materiais Estratégicos. Além das soluções financeiras já existentes para que essas missões aconteçam, haverá o Novo Fundo Clima que contará com um aporte de R$10 bilhões para 2024.

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PESQUISA

SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS DE EMBALAGENS E PRODUTOS APÓS O CONSUMO

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A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO E TROCA DE CONHECIMENTOS

Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Soluções para os Resíduos Pós-Consumo: Embalagens e Produtos (CCD Circula), iniciado em junho de 2022, almeja reduzir e até mesmo eliminar impactos ambientais dos resíduos resultantes do consumo de diversos produtos, sendo referência nacional e internacional nos temas sustentabilidade, gestão de resíduos sólidos, economia circular, desenvolvimento de materiais e tecnologias de reciclagem e embalagens. Para que esse objetivo audacioso seja atingido até meados de 2027, dezenas de profissionais de nove instituições de ensino e pesquisa do Brasil que integram o CCD Circula (Cetea/Ital, IPT, CNPEM, FGV, Senai, UFMG, Unesp, Unicamp e USP) precisam inovar em tecnologias, modelos de negócio e políticas públicas assim como em atividades, iniciativas, serviços, processos e produtos que resolvam

questões sociais e econômicas. Complementarmente, cientistas, pesquisadores e estudantes interessados e ligados a esses temas e gestores públicos e profissionais atuantes nas cadeias de valor de produção de alimentos, produtos de consumo e embalagens precisam ter acesso a informações do projeto, sendo igualmente valiosa a troca de conhecimentos. Ambas as frentes de ação são desafiadoras em um grande projeto multidisciplinar e interinstitucional como o CCD Circula. Não por acaso, as atividades estão sendo executadas através de plataformas, coordenadas por instituições de referência nos temas: Gestão e inovação para a economia circular nas organizações e cadeias; Mitigação do impacto de resíduos orgânicos; Design, materiais e tecnologias inovadoras; Tecnologias de reuso e reciclagem, e Educação e cultura para economia circular. Vale lembrar que, apesar de ter sido cofundado por empresas

(Ambev, Braskem, Grupo Boticário, Natura, Sonoco, Tetra Pak e Klabin), o projeto é liderado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a qual o financia assim como a Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp), portanto é fundamental que a sociedade seja impactada positivamente pelos resultados obtidos. Considerando todo esse contexto, a equipe do CCD Circula acaba de lançar um site próprio (https://ccdcircula.org.br/) com tradução para oito idiomas além do português, contendo blog com informações sobre as plataformas de pesquisa e área de cadastro para recebimento de newsletter. O projeto também possui uma página no LinkedIn (https://acesse.one/qpFvN) e seus integrantes podem ser contatados pelo e-mail: ccd.circula@ital.sp.gov.br

RAQUEL MASSULO SOUZA

Gestora executiva do CCD Circula e pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea/Ital)

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FRONTEIRAS

FOTO: FUTUREPACK

EMBALAGENS DESTACAM O VALOR CULTURAL DO AZEITE GREGO

A CULTURA DE OLIVEIRAS E DO AZEITE VEM DESDE OS TEMPOS DA GRÉCIA ANTIGA E PERSISTE ATÉ HOJE

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azeite é muito mais do que um ingrediente na gastronomia grega, é sua base. O azeite é associado a várias dietas e significa muito para os gregos, desde o início deste povo, símbolo de riqueza e paz. Suas embalagens refletem os valores da cultura: são requintadas e cuidadas nos detalhes. Independentemente de serem embalagens metálicas simples, seu design gráfico é primoroso, combinando os tons de verde das oliveiras com dourado e elementos como jarros antigos, azeitonas, ramos de oliveiras, a pomba (símbolo da paz) e o “olho grego”. Os ícones ou selos de autenticidade DOP (Denominação de Origem Controlada), indicadores de acidez, fragmentos da bandeira da 24

Grécia são utilizados para valorizar os produtos. O frasco de vidro branco pintado destaca o azul-grego que lembra a arquitetura do litoral grego e o “olho grego”: design simples e direto. O dourado fosco destaca a marca COCO-MAT FARMS na lata cilíndrica. A lata do azeite LIOKARPI de Creta (uma das ilhas mais famosas da Grécia) mostra o selo de DOP e seus prêmios de forma elegante. A oliveira é símbolo de longevidade e riqueza, assim, a marca Eleia preferiu usar uma garrafa de vidro verde escura, com formato especial, que remete ao tronco da oliveira, com a base pintada de branco, como as árvores da Grécia. Sem dúvidas, a marca Aheleon da Achaean investiu muito na embalagem do seu azeite especial,

com uma garrafa de porcelana, que lembra uma gota de azeite e sua azeitona. A garrafa traz apenas a gravação da marca, pois após o uso, a embalagem vira um objeto de decoração. As informações estão numa bula à parte, na linda caixa, aliás, um rico presente grego! Os gregos sabem valorizar seus produtos e homenageiam sua história e cultura investindo em embalagens. Um bom exemplo de embalagem melhor mundo afora.

ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO

Diretora do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br

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EVENTO TERÁ MAIS DE 90% DE OCUPAÇÃO

De 11 a 14 de março, acontece a FESPA Digital Printing 2024, que a pouco menos de dois meses do início do evento, ocupa todo o espaço do Pavilhão Azul do Expo Center Norte. A feira é realizada e organizada pela APS Eventos e pela FESPA. Alexandre Keese, diretor da FESPA Digital Printing, destaca o momento positivo, graças tanto a muitas marcas novas que agora fazem parte do time de expositores como de empresas que ampliaram seus estandes para poder levar mais soluções aos visitantes. O número de visitantes pré-cadastrados para visitar a feira também são animadores e apontam uma alta de 10% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando mais de 21 mil visitantes únicos passaram pela FESPA Digital Printing. Além de equipamentos, insumos, softwares e tudo que faz parte do ciclo de impressão, o visitante terá a oportunidade de participar de uma série de atividades técnicas gratuitas preparadas especialmente para quem busca crescer e aprimorar seu conhecimento em suas áreas de atuação. Serão congressos e atividades práticas, que terá entre as atrações: Ilha da Sublimação, organizada por Felipe Soares, diretor da Print Center; 3D Fab Lab, organizada por Rodrigo Dinardi, diretor do Universo da Criatividade; e CAMBEA Super Fast, organizado pelo time da Alltak. Credencial: www.fespadigitalprinting.com.br/visitar

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COMPETITIVIDADE

INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO: AVIDEZ VERSUS CANSAÇO CONSTRUIR O CONHECIMENTO A PARTIR DE UMA BASE ESTRUTURADA DE INFORMAÇÕES REQUER EQUILÍBRIO

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nício de 2024!!! Muitos planos foram feitos no final do ano que passou e parte deles é alicerçada no “aprender mais”. Os profissionais de embalagem estão ávidos na busca de informações que possam ser transformadas em conhecimento. É hora de agir! Ao longo do tempo, para facilitar a busca da tão sonhada vantagem competitiva de profissionais e empresas e seus ambicionados resultados financeiros, esquematizei a estratégia mostrada na Figura 1. A base é constituída por informações que são cada vez mais abundantes e carentes de curadoria para distinguir aquelas que, realmente, são alinhadas à estratégia. Essa abundância, um verdadeiro bombardeio, causa uma certa insatisfação, pois “nunca se sabe tudo o que é preciso saber”. É essencial ter em mente a frase atribuída a Sócrates que “tudo o que sei é que nada sei3”, para evitar que a citada avidez se torne companheira constante. Se não for estabelecido um limite claro nessa procura, chega o cansaço, que interrompe o aprendizado. Não temos a capacidade de ler e entender tudo o que está disponí-

vel nesse “mundo da embalagem” e, apesar de termos memória suficiente nos nossos HD’s (interno e externos), não temos tempo na vida para acessar tudo isso. Sugiro que o(a) leitor(a) administre a sua avidez para evitar se perder e, no limite, não ter aprendido nada a partir do oceano de dados obtidos. É essencial gerenciar a avidez para gerenciar o cansaço. Cabe aqui uma crítica: muitas empresas simplesmente “deixam de lado” projetos e dados passados, como se eles fossem descartáveis num “housekeeping” que destrói a história. Os experimentos vão se repetir e, com ele, os erros e os acertos. Inicia-se, em seguida, a etapa de criação do conhecimento que é a análise crítica das informações relevantes e o seu alinhamento à estratégia traçada. Para tanto, é necessário dedicar tempo, quase nunca disponível. No entanto, o chegar à vantagem competitiva não pode ser atribuído à sorte. É preciso trabalhar muito! Por sua vez, o conhecimento deve ser transformado em competência, definida como o “saber agir com a responsabilidade exigida4”. Para tanto, recomenda-se criar Ambientes BA que preconizam o aprendizado em células em vez da tradicional

FIGURA 1: ESTRATÉGIA DE TRANSFORMAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM VANTAGEM COMPETITIVA

Fonte: o autor, adaptado de Takeuchi e Nonaka1 e de Tidd, Bessant e Pavitt2.

abordagem linear. Trata-se de uma prática que realmente adiciona valor ao negócio e pode indicar correções de rumo para a empresa. Uma vez mais, há a demanda tempo, recurso cada vez mais escasso. Os competentes e conhecedores da estratégia conseguirão identificar oportunidades de inovação como definidas no Manual de Oslo5 ou publicações correlatas e, dentre elas, aquela que, realmente será, a vantagem competitiva desejada e os ganhos dela advindos. O que se pretende no Curso de Pós-graduação em Engenharia da Embalagem da Mauá é construir o conhecimento a partir de uma base estruturada de informações como as desejadas competências alinhadas à estratégia que desenharam. Cada um no seu tempo, transformará esse processo em inovações e vantagens competitivas que gerarão recursos para assegurar o sucesso. É preciso controlar a excessiva avidez para evitar cansaço, stress, burn out, entre outros tão frequentes desestímulos nesse caminho. _______________________________________ 1 TAKEUCHI,H. NONAKA,I. Gestão do Conhecimento. Tradução Ana Thorell. Porto Alegre: Bookman, 2008. 320p. 2 TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Managing innovation. West Sussex: John Willey & Sons, 1997. 375p. 3 https://encr.pw/fIGtV 4 FLEURY, A; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências. São Paulo: Atlas, 2000. 169p. 5 Manual de Oslo - Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica – 4ª Edição - Copyright OECD, 1997 - Traduzido em 2004 sob a responsabilidade da FINEP — Financiadora de Estudos e Projeto – disponível em https://acesse.one/ZJepa, último acesso em 14 de janeiro de 2024.

ANTONIO CABRAL

Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) antonio.cabral@maua.br acdcabral@gmail.com

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Apr i mei r aR900Ev ol ut i on doBr as i les t ác hegando Amanr ol anddoBr as i lagr adec eàEsc al a7pel aaqui s i ç ão des uamai snov ai mpr es s or aof f s etpl ana, apr i mei r a ROLAND900Ev ol ut i ondoBr asi l ! Apar c er i aent r easduasempr es ast ev ei ní c i onadéc ada de90es es ol i di f i c ouc om ac hegada,em 2017,da pr i mei r aROLAND700Ev ol ut i ondoBr asi l . manr ol andeEsc al a7:pi onei r i smo,c onf i anç aet r adi ç ão.

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