TCC - Museu Sensorial do Parque Estadual Intervales

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SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA

MUSEU SENSORIAL DO PARQUE ESTADUAL INTERVALES

Elizeni de Queiroz Mota Lima

Itapeva – São Paulo – Brasil

SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA

MUSEU SENSORIAL DO PARQUE ESTADUAL INTERVALES

Autor Elizeni de Queiroz Mota Lima

Orientador Prof Liliane Bimbati de Moura Braatz

“Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Exatas como parte das obrigações para obtenção do título de Arquiteto (a) e Urbanista”. Dezembro

/ 2020 Itapeva - SP

(Juhani Pallasmaa)

“Arquitetura é uma mediação entre o mundo e as nossas mentes.”

Dedicatória

Dedico esta monografia à minha querida irmã Lenita Lima (in memoriam), cuja presença foi essencial na minha vida, e que foi e continua sendo minha maior inspiração de força!

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus que me deu forças para concluir este projeto de forma satisfatória.

Segundo agradeço aos meus pais pelo apoio incondicional em todos os momentos difíceis da minha trajetória acadêmica e que me acompanharam em todas dificuldades e nunca hesitaram em me ajudar.

Agradeço a minha irmã Thais Lima, por toda colaboração e companheirismo nos momentos difíceis.

Agradeço a minha professora e orientadora Liliane pela sua atenção dedicada ao longo de todo o projeto da minha monografia.

Agradeço também as minhas amigas e companheiras de trabalhos que estiveram comigo durante o curso, grandes companheiras de jornada. Em especial: a Rubia Siqueira, a Flavia Oliveira e a Mayara Oliveira.

Agradeço a todos os professores que me influenciaram na minha trajetória. Em especial a professora Suelen Costa e ao professor Raphael Sampaio, que foram influencias imprescindíveis para minha paixão por projeto arquitetônico.

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MUSEU SENSORIAL DO PARQUE ESTADUAL INTERVALES

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo reeducar e mostrar a importância que a Mata Atlântica tem na vida das pessoas. A ideia de um museu sensorial surge quando se encontra a reserva Intervales com um cenário preocupante, sofrendo com problemas que ameaçam sua existência, além de tudo isso também tem-se uma cidade pequena situada próximo a reserva que se depara com grandes dificuldades financeiras. O MUSEPI (Museu Sensorial do Parque Estadual Intervales) vem com o intuito de alavancar o turismo e a economia local e também proporcionar um espaço educativo e sensitivo aos visitantes do Parque Estadual Intervales.

Palavras-Chave: Economia, Mata Atlântica, Museu Sensorial, Reeducar, Turismo

MUSEU SENSORIAL DO PARQUE ESTADUAL INTERVALES

ABSTRACT

This work aims to re-educate and show the importance that the Atlantic Forest has in people's lives. The idea of a sensory outbreak museum when the Intervales reserve is found with a worrying scenario, suffering from problems that threaten its existence, in addition to all this there is also a small town located near the reserve that faces great financial difficulties. The MUSEPI (Sensorial Museum of the Intervales State Park) comes with the intention of leveraging tourism and the local economy and also provides an educational and sensitive space for visitors to the Intervales State Park.

Keywords: Atlantic Forest, Economy, Reeducate, Sensory Museum, Tourism

Figura 1: Parque Estadual Intervales....................................................8

Figura 2: Araçari Banana.....................................................................13

Figura 3: Foto do PEI...........................................................................15

Figura 4: Turismo + Museu...................................................................22

Figura 5: Trabalho e Rendimento.........................................................25

Figura 6: Ribeirão Grande e o interesse

Figura

Figura

Figura 22: Pousada Sítio da Capivara..................................................47

Figura 23: Pedra Furada.......................................................................47

Figura 24: Museu da Natureza..............................................................47

Figura 25: Centro de visitantes..............................................................47

Figura 26: Albergue e Pousada Serra da Capivara...............................47

Figura 27: Vista do fóssil da Preguiça Gigante......................................49

Figura 28: Cortina de espécies .............................................................49

Figura 29: Os trilobitas...........................................................................50

Figura 30: Os Dinossauros que habitaram a América do Sul a milhares de anos..................................................................................................50

Figura 31: Sistema construtivo do Museu da Natureza 1 .....................51

Figura 32: Sistema construtivo do Museu da Natureza 2......................51

Figura 33: Sistema construtivo do Museu da Natureza 3......................51

Figura 34: Fluxograma e setorização do Museu da Natureza...............52

Figura 35: Croqui do Museu da Natureza..............................................53

Figura 36: Estudo de Massa..................................................................53

Figura 37: Mapa, Museu da Natureza em relação a José Dias ...........54

Figura 38: Arte rupestre gravadas em pratos, copos e tigelas..............55

Figura 39: O município de José Dias....................................................55

Figura 40: O Museu da Natureza..........................................................56

Figura 41: Serra da Capivara................................................................57

Figura 42: Museu de Arte Audain..........................................................59

Figura 43: Museu de Arte Audain vista da ponta...................................61

Figura 44: Localização de Whistler........................................................62

Figura 45: Museu de Arte Audain localização........................................62

Figura 46: Museu de Arte Audain implantação......................................63

Figura 47: Museu de Arte Audain localizações de serviços..................65

turístico.................................25
7: Visitantes em Ribeirão Grande..............................................26
dos visitantes...................................................27
8: Permanência
etária dos visitantes.....................................................27
Figura 9: Faixa
visita....................................................................28
Figura 10: Motivo da
................................................................................28
Figura 11: Gênero
na mata.........................................................................37
14: Museu da Natureza visto a distância .................................39
15: Do macro ao micro..............................................................41 Figura 16: Museu da Natureza visto de cima 1....................................42 Figura 17: Museu da Natureza visto de cima 2....................................43 Figura 18: Museu da Natureza visto de cima 3....................................43
19: Museu da Natureza localização..........................................44 Figura 20: Museu da Natureza topografia............................................45
21: Museu da Natureza localizações.........................................46
Figura 12: Caverna...............................................................................33 Figura 13: Rio
Figura
Figura
Figura
Figura
• LISTA DE FIGURAS

Figura 48: Museu de Arte Audain o entorno..........................................66

Figura 49: Museu Whistler.....................................................................67

Figura 50: Biblioteca pública Whistler....................................................67

Figura 51:Rinque de patinação no gelo Whistler...................................67

Figura 52: Centro cultural Whistler........................................................67

Figura 53: Mapa de Whistler..................................................................67

Figura 54: Render do Museu de Arte Audain........................................69

Figura 55: Claraboia..............................................................................69

Figura 56: Exposição de máscara.........................................................69

Figura 57: Galeria..................................................................................70

Figura 58: Corredor de vidro..................................................................70

Figura 59: Exposições...........................................................................70

Figura 60: Entrada do Museu de Arte Audain.......................................71

Figura 61: Nível do solo........................................................................72

Figura 62: Nível Principal......................................................................73

Figura 63: Nível Superior......................................................................74

Figura 64: Cobertura 1..........................................................................75

Figura 65: Cobertura 2..........................................................................75

Figura 66: Corte 8.1..............................................................................75

Figura 67: Corte 9.1..............................................................................75

Figura 68: A cidade de Whistler...........................................................76

Figura 69: A estrutura do museu.........................................................76

Figura 70: Museu de Arte Audain........................................................77

Figura 71: O Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji....................79

Figura 72: Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji em meio as árvores ...............................................................................................................80

Figura 73:Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji área externa......81

Figura 74: Abertura na cobertura do museu..........................................81

Figura 75:Revestimento de pedra no museu........................................81

Figura 76:Elevação do museu..............................................................83

Figura 77:Planta baixa 1.......................................................................83

Figura 78:Planta baixa 2.......................................................................83

Figura 79: Implantação..........................................................................83

Figura 80: Escadaria de entrada do Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji..................................................................................................85

Figura 81: Lago.....................................................................................87

Figura 82: Ficha técnica de Ribeirão Grande.......................................88

Figura 83: A cidade de Ribeirão Grande..............................................89

Figura 84:A cidade de Ribeirão Grande 2...........................................89

Figura 85: Do macro ao micro..............................................................90

Figura 86: Localização do PEI em relação as cidades.........................91

Figura 87: Localização do terreno em relação ao PEI..........................92

Figura 88: Acesso ao PEI e localização................................................93

Figura 89: Localização do terreno.........................................................94

Figura 90: Perfil de estradas.................................................................95

Figura 91: Estrada do PEI 1..................................................................95

Figura 92: Estrada do PEI 2..................................................................95

Figura 93: Estudo solar e ventos...........................................................96

Figura 94: Topografia...........................................................................97

Figura 95: Mapa 3D..............................................................................97

Figura 119:Ideia inicial croqui 2..........................................................112

Figura 120: Desenho em aquarela do MUSEPI..................................113

Figura 121: Lago Novo........................................................................114

Figura 122: Vista do Mirante da Anta..................................................114

Figura 123: A mata na trilha do Castelo de Pedra..............................114

Figura 124:Gruta da Luminosa...........................................................115

Figura 125: Cachoeira Água Comprida...............................................115

Figura 126: Foto do Lago Velho..........................................................116

Figura 127: Paisagem Mirante da Anta........................................118,119

Figura 128: Esquematização do programa (pavimento térreo)..........120

Figura 128: Esquematização do programa (pavimento superior).......120

Figura 129: Os cincos sentidos...........................................................123

Figura 130:Gráfico Níveis de Sensações...........................................123

Figura 131: Concreto protendido........................................................125

Figura 132: Pilar estrutural..................................................................125

Figura 133: Parede de concreto moldado in loco................................125

Figura 134: Piso de cimento queimado...............................................125

Figura 135: Rampa de acesso............................................................125

Figura 136: Corrimão de alumínio ......................................................125

Figura 137: Piso intertravado..............................................................125

Figura 138: Porta de madeira..............................................................125

Figura 139: Porta de vidro....................................................................125

Figura 140: Porta de alumínio ............................................................125

Figura 141: Pele de vidro....................................................................126

Pousada Lontra................................................................102 Figura 101: Pousada Esquilo..............................................................103 Figura 102: Pousada Onça Pintada.....................................................103 Figura 103: Entrada.............................................................................103 Figura 104: Centro de visitantes..........................................................103 Figura 105: Quiosques........................................................................103 Figura 106: Terreno.............................................................................103 Figura 107: Restaurante......................................................................103 Figura 108: Pousada Pica-Pau............................................................103 Figura 109: Mapa de localizações.......................................................104 Figura 110: Foto do terreno, vista do Mirante da Anta.......................106 Figura 111: Foto do terreno 1..............................................................107 Figura 112: Foto do terreno 2..............................................................107 Figura 113: Foto do terreno 3..............................................................107 Figura 114: Foto do terreno 4..............................................................107 Figura 115: O Projeto..........................................................................109 Figura 116: Vista da entrada do MUSEPI............................................111 Figura 117: Trilha Intervales................................................................112 Figura 118: Ideia inicial croqui 1..........................................................112
Figura 96: Mapas comparativos............................................................99 Figura 97: Imagens do meio da floresta..............................................101 Figura 98: Mapa do entorno................................................................102 Figura 99: Lago Velho.........................................................................102 Figura 100:

Figura 142: Brises de madeira............................................................126

Figura 143: Revestimento de pedra....................................................126

Figura 144: Piso de madeira...............................................................126

Figura 145: Parede branca..................................................................126

Figura 146: Tijolo a vista.....................................................................126

Figura 147: Grelha..............................................................................126

Figura 148: Claraboia tubular.............................................................126

Figura 149: Painéis solares................................................................126

Figura 150: Catálogo de espécies 1............................................128,129

Figura 151: Catálogo de espécies 2............................................130,131

Figura 152: MUSEPI visto de cima.....................................................132

Figura 153: MUSEPI visto de frente....................................................139

Figura 154: MUSEPI o nome..............................................................140

Figura 155: MUSEPI e o corredor sinuoso.........................................141

Figura 156: MUSEPI bilheteria...........................................................142

Figura 157: MUSEPI lanchonete........................................................143

Figura 158: MUSEPI praça de alimentação.......................................144

Figura 159: MUSEPI rampa e entrada das salas...............................145

Figura 160: MUSEPI sala de vegetação 1..................................146,147

Figura 161: MUSEPI sala de vegetação 2.........................................147

Figura 162: MUSEPI sala da gruta1............................................148,149

Figura 163: MUSEPI sala da gruta 2..................................................149

Figura 164: MUSEPI sala da caverna 1.......................................150,151

Figura 165: MUSEPI sala da caverna 2..............................................151

Figura 166: MUSEPI sala dos solos 1.........................................152,153

Figura 167: MUSEPI sala dos solos 2................................................153

Figura 168: MUSEPI sala das aves 1..........................................154,155

Figura 169: MUSEPI sala das aves 2.................................................155

Figura 170: MUSEPI sala invertebrados 1..................................156,157

Figura 171: MUSEPI sala invertebrados 2.........................................157

Figura 172: MUSEPI área de descanso 1..........................................158

Figura 173: MUSEPI área de descanso 2..........................................159

Figura 174: MUSEPI jardim 1.............................................................160

Figura 175: MUSEPI jardim 2.............................................................161

Figura 176: MUSEPI estacionamento 1.............................................162

Figura 177: MUSEPI estacionamento 2.............................................163

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................9 2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................13 2.1. Importância das Unidades de Conservação (UC)..................................15 2.1.1. As Unidades de Conservação.......................................................17 2.1.2. Importância do Parque Estadual Intervales (PEI).........................19 2.2. Os benefícios do turismo para reserva..................................................20 2.3. Turismo em Prol do Desenvolvimento da Cidade..................................23 2.4. Um plano de turismo para cidade de Ribeirão Grande..........................25 2.5. Arquitetura Sensorial..............................................................................30 3. MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................33 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................36 4.1. Referencias Projetuais.........................................................................37 4.1.1. Museu da Natureza.......................................................................40 4.1.2. Museu de Arte Audain...................................................................61 4.1.3. Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji...................................79 4.2. Análise do local de projeto...................................................................87 4.2.1. A cidade de Ribeirão Grande.......................................................88 4.2.2. Localização do terreno.................................................................90 4.2.3. Características das estradas de acesso.....................................95 4.2.4. Caracterizações do terreno..........................................................96 4.2.5. Entorno do terreno......................................................................101 5. O PROJETO................................................................................................109 6. REFERÊNCIAS..........................................................................................164

Fonte: modicado de httpwww.oscarbressane.comportfolio-itemparqueestadual-intervales-sp

Figura 1: Parque Estadual Intervales
1. Introdução

1. INTRODUÇÃO

Uma extensão de área que necessita de preservação e cuidados especiais é denominada reserva florestal. Essa por sua vez visa à melhoria da vida selvagem, cuidando e protegendo sua fauna e sua flora.

A reserva possui um papel importante para toda uma região, tendo como intenção a qualidade do meio ambiente, onde afeta de forma relevante a vida de todos se tratando de saúde, segurança e bem-estar da população. A reserva funciona ainda como agente direto nos fatores biológicos, regulando o clima, normalizando a umidade do ar, controlando a quantidade de chuvas e monitorando a vida selvagem. Ela também pode influenciar nas atividades econômicas e sociais, conforme torna o espaço convidativo as pessoas.

Por essas razões temos o Parque Estadual Intervales (PEI), situado do município de Ribeirão Grande, SP (São

Paulo), segundo a Secretarial Municipal de Turismo de Ribeirão Grande, a reserva recebe esse nome por conter em si grandes vales. Essa que abrange uma vasta área de 42 mil hectares de Mata Atlântica protegida, um dos poucos remanescentes da floresta existente. Ainda em 1999 o parque foi reconhecido pela UNESCO como Sítio Natural do Patrimônio da Humanidade, ganhando maior notoriedade como reserva.

Porém, o município de Ribeirão Grande é pacato e sem enfoque, não conseguindo se desenvolver como cidade, e não podendo proporcionar assistência necessária ao parque. A floresta acaba que por sofrer graves problemas, como o de agentes criminosos que conduzem seu trabalho em silencio alterando a forma de vida nativa da mata, em principal e mais agravantes, temos os caçadores de animais, os comerciantes de palmito e os garimpeiros.

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1. INTRODUÇÃO

Nesse caso o turismo poderia ser uma boa opção, pois quanto maior o índice de visitação menos a área sofrera com os problemas recorrentes, dando maior notoriedade ao parque e fazendo com que as pessoas tomem consciência de sua importância e queiram cada vez mais cuidar desse espaço.

Diante dessa situação a ideia para chamar mais visitantes é imprescindível, logo então foi pensado na implantação de um museu que traga as mais diferentes sensações e que aproxime as pessoas da floresta, esse terá o objetivo de ativar todos os seus sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato). Ele irá fazer com que o visitante viaje

no mundo da Mata Atlântica, e tenha a experiência de viver um dia incomum, onde será representado a mata, deixando transparecer todos sentidos que essa pode oferecer, tudo isso dentro de um só espaço, espaço esse reconhecido como arquitetura sensorial.

O objetivo do trabalho é de propor e elaborar o projeto de um Museu Sensorial, esse por sua vez atrativo as pessoas, tendo isso como base para resolução ou diminuição a quase zero dos problemas sofridos pela floresta. E ainda proporcionar fins lucrativos para reserva e para o município, aumentando a economia da cidade através do turismo, e proporcionando maior reconhecimento ao parque.

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2. Referencial Teórico

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Figura 2: Araçari Banana Fonte: modificado de httpsvirtude-ag.comeventoworkshop-de-fotografia-em-intervales-com-joaoquental-3-5-out2014-por-seledon-turismo-e-adrianrupp (3)

2.1. Importância das Unidades de Conservação (UC)

No início da vida humana, o homem já possuía forte relação com a natureza, ela era fonte de vida e o lugar de onde era retirado tudo que lhe era necessário. Sua intenção era até harmônica, pois havia apenas a colheita de seus próprios alimentos, os vestuários e as moradias. Ele não trazia ao seu habitat prejuízos significativos.

No entanto, com o tempo essa utilização passou a ser bastante agressiva, ao passar dos anos a humanidade evoluiu e a necessidade desses recursos só aumentaram. O Homem já não utilizava mais a natureza de forma ordenada e suas riquezas passaram a se esgotar.

Logo se viu esses recursos escassos e de necessários seus cuidados. As florestas agora devastadas já não eram mais a mesma e sofriam com o risco do desaparecimento.

Figura 3: Foto do PEI Fonte: Foto por Elizeni Lima

2.1. Importância das Unidades de Conservação (UC)

A história da natureza no Brasil é um tanto crítica, já que com a colonização o país passou a ter suas florestas devastadas em decorrência da utilização de seus recursos naturais, e pouco delas se sobrou. Com interesse em seu cuidado e sua conservação foi criado às áreas protegidas.

“No século XX se tornou mais evidente a preocupação em proteger os espaços naturais para conservação da biodiversidade, entendendo a importância de conservar ambientes que guardam atributos ecológicos, cênicos, históricos e culturais” (SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE, 2019).

A Secretaria do Meio Ambiente comenta que, foi em 1876 o aparecimento das primeiras ideias de áreas de proteção, onde o engenheiro André Rebouças iniciou o movimento pela criação do Parque Nacional de Sete Quedas (PR) e de Bananal (GO). Porém, era necessária uma legislação que reconhecesse essa demanda. Com o passar

de quase 60 anos surgiu-se o primeiro Código Florestal em 1934, e logo após, foi criado o Parque Nacional de Itatiaia (1937), no estado do Rio de Janeiro, e o Parque Estadual Campos do Jordão (1941), no estado de São Paulo.

A partir daí o Brasil vem formulando diversas leis ambientais, onde se pode destacar o grande e importante Sistema Nacional de Conservação da Natureza (SNUC),

“uminstrumentolegalqueestabeleceeorientaa gestão de Unidades de Conservação (UC) que apresenta a importância dos processos educativos na gestão destas áreas, onde a conservação deve ser tratada integralmente e sempre lembrada junto à comunidade em que está inserida, como uma forte contribuição para amelhoriadaqualidadedevida” (SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE, 2019).

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2.1.1. As Unidades de Conservação (UC)

De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, Lei n.9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000, art. 2°, I, Unidades de Conservação é o “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção” (BRASIL, 2000). A conservação desses espaços é relevante e necessária, pois a natureza apresenta uma impressionante competência em realizar seus trabalhos e suas funções para conservação dos processos da vida. Dentre essas funções o Ministério do Meio Ambiente comenta:

• Dar fertilidade ao solo evitando que ele deslize;

• Produzir e proteger a água que vai para os rios e represas;

• Garantir ambientes conservados para que abelhas, borboletas, aves e vários outros animais possam transportar o pólen até diversas espécies de plantas para fertilização e frutificação, essencial para a produção de alimentos.

O SNUC subdivide essas unidades de conservação e o PEI entra na categoria de Parque Estadual. Os parques constituem em

• Amenizar o clima (deixar mais úmido, absorvendo o gás carbônico e liberando oxigênio);

“unidades de conservação, terrestres e/ou aquáticas, normalmente extensas, destinadas à proteção de áreas representativas de ecossistemas, podendo também ser áreas dotadas de atributos naturais ou paisagísticos notáveis, sítios geológicos de grande interesse científico,educacional,recreativoouturístico,

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2.1.1. As Unidades de Conservação (UC)

cuja finalidade é resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos científicos, educacionais e recreativo. Assim, os parques são áreas destinadas para fins de conservação, pesquisa e turismo. Podem ser criados no âmbito nacional, estadual ou municipal, em terras de seu domínio, ou que devem ser desapropriadas para esse fim”

(SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE).

Com isso pode-se ver que a finalidade das Unidades de Conservação vai muito além de proteger o meio ambiente, ela está diretamente ligada ao bem estar da população. Pois

ela é responsável pela vida e por proporcionar ao ser humano a sensação de bem estar, já que o contato com os rios, as árvores e os animais são capazes de aliviar o estresse adquiridos no dia a dia, trabalhando em sua saúde física e mental.

“As unidades de conservação são patrimônio comum, pertencendo a todos os habitantes. Valorizar essas áreas é de fundamental importância para a manutenção da qualidade de vida de todos nós” (SECRETARIA DE INFRAESTRUTURAEMEIOAMBIENTE,2019).

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2.1.2. Importância do Parque Estadual Intervales (PEI)

Na situação em que se encontram as florestas nos dias de hoje, pode-se ver o quanto às mesmas precisam ser amparadas e protegidas, e é isso que se procura para Serra de Paranapiacaba, proteger o pouco de mata atlântica que ainda resta, essa de extrema importância no âmbito ecológico. Ela contém o segundo maior continuo de mata atlântica do Estado, abrangendo um grande mosaico florestal com inúmeros parques, dentre eles:

O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR, criado em 1958; o Parque Estadual de Carlos BotelhoPECB, criado em 1982; a APA da Serra do Mar, criada em 1984; a Estação Ecológica de Xitué, criada em 1987; o Parque Estadual Intervales, criado em 1995; e a APA Quilombos do Médio Ribeira, criada em 2008 (PLANO DE MANEJO – PE INTERVALES, 2008, p. 661).

2.1.3. Tombamento

Segundo o Plano de Manejo – PE Intervales (2008, p. 661), a Serra de Paranapiacaba, onde está situado o atual

Parque Estadual Intervales, e também a Serra do Mar, são de

grande importância e podem contar com seu tombamento. Onde essas foram inscritas no livro de tombo em 8 de setembro de 1986 (inscrição n. 16, p. 305), e como justificativa de seus tombamentos pelo CONDEPHAATT temse:

O conjunto das Serras do Mar e de Paranapiacabadestaca-sepeloseugrandevalor geológico, geomorfológico, hidrológico e paisagístico (condição de banco genético de natureza tropical, dotado de ecossistemas representativos da fauna e da flora), e por funcionar como regulador das qualidades ambientais e dos recursos hídricos da área litorânea e reverso imediato do Planalto Atlântico.A escarpada SerradoMar,que serviu no passado de refúgio climático para a floresta úmida de encosta, exibe hoje os últimos remanescentes da cobertura florestal original do Estado de São Paulo, fundamentais para a estabilidade das vertentes de alta declividade aí presentes, sujeitas aos maiores impactos pluviométricos conhecidos no país. A área tombada corresponde a 1.208.810 ha e inclui parques, reservas e áreas de proteção ambiental, esporões, morros isolados, ilhas e trechosdeplanícieslitorâneas,distribuídosentre as coordenadas geográficas 4845 e 4400 longitude Oeste e 2315' e 2500' latitude Sul” (CONDEPHAAT).

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2.2. Os benefícios do turismo para reserva

Não é de hoje que se fazem estudos com relação ao turismo em reservas, contudo pode se perceber o sucesso que esse tem sob a mesma. Trazer o público para o lugar pode ajudar na sua própria conservação.

Sob isso o Ministério de Meio Ambiente em parceira com o Ministério do Turismo e Instituto Chico Mendes cria o programa Turismo e Ecoturismo nos parques. “O turismo, ao mesmo tempo em que fortalece a apropriação das Unidades de Conservação pela sociedade, dinamiza as economias locais e incrementa os recursos financeiros para a manutenção dessas áreas” (MINISTÉRIO MEIO AMBIENTE; MINISTÉRIO TURISMO; INSTITUTO CHICO MENDES, 2008, p.158).

A atividade turística colabora com a notoriedade e o respeito pelo local, trazendo para ele o olhar das pessoas, promovendo assim sua preservação e o seu cuidado, e além de tudo isso, também é o passo inicial para o crescimento econômico regional. Sobre isso Eberhard comenta que o “aumento da visitação é muito bom, ao conhecer um parque a pessoa passa a valorizar a natureza e o trabalho de

conservação que é realizado ali, ela se torna uma aliada da conservação” (EBERHARD, apud MINISTÉRIO MEIO

AMBIENTE; INSTITUTO CHICO MENDES, 2019).

Para Hassler também é muito importante a visitação nas unidades de conservação, ele discorre que:

Osbenefíciosaossereshumanosprovenientes das chamadas áreas protegidas vão além daqueles oriundos da conservação da biodiversidade. Baseando-se nas medidas de criação das Unidades de Conservação e na preservação natural daí proveniente, pode-se citar como exemplo a conservação dos recursos hídricos e das belezas cênicas, a proteção de sítios históricos e/ou culturais, a manutenção da fauna silvestre e da qualidade do ar e da água, além da ordenação do crescimento regional, entreoutros ” (HASSLER,2005,p.87).

O próprio Plano de Manejo Espeleológico do PEI tem seu posicionamento em relação ao assunto turismo na reserva, e sobre isso comenta:

O turismo possui importante papel no desenvolvimento das regiões do vale do Ribeira e alto Paranapanema diante das limitações físicas e restrições ambientais existentes. No caso das UC de proteção integral, mais especificamente dos Parques, o desenvolvimento do turismo não é só uma possibilidade, mas uma das poucas atividades permitidas e, seguramente, a que mais contribui

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2.2. Os benefícios do turismo para reserva para a compatibilização entre conservação e desenvolvimento” (PLANO DE MANEJO

ESPELEOLÓGICO RESUMO EXECUTIVO – PE INTERVALES, 2010,p.41).

Para o uso público na reserva o Plano de Manejo do PEI elabora um PROGRAMA DE USO PÚBLICO que tem como objetivo “Assegurar a integridade do patrimônio ambiental e construído

do Parque, minimizando os danos ambientais em seu entorno e promovendo ações compatíveis com sua conservação” (PLANO DE MANEJO – PE INTERVALES, 2008, p. 148), e diante de tudo isso conseguir:

• Visitação como instrumento de aproximação do ser humano com a natureza, sensibilizando-o para as práticas conservacionistas e sustentáveis, incluindo o respeito às culturas locais;

• Incentivo às experiências educativas nas áreas de inserção do Parque, pautadas no combate à pobreza, na equidade e justiça social, na sustentabilidade ecológica e cultural das comunidades vizinhas;

• Enriquecimento de experiências dos visitantes com ações de sensibilização e interpretação ambiental;

• Envolvimento de funcionários e familiares, prestadores de serviço e de comunidades vizinhas, como condição fundamental para o Programa de Uso Público;

• Promover a participação e corresponsabilidade dos atores sociais na gestão do uso público;

• Promover acesso a todos os segmentos da sociedade em áreas destinadas à visitação;

• Desenvolver estudos prévios para a abertura e implantação de novas atividades/áreas destinadas ao uso público;

• Promover a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos, satisfazendo as expectativas dos visitantes quanto à variedade de roteiros, conforto, segurança e conhecimento;

• Desenvolver roteiros integrados com a região do entorno e unidades de conservação do contínuo ecológico, de forma a ampliar oportunidades de recreação com o menor impacto e potencializando benefícios;

• Contribuir para a criação de uma filosofia voltada para a formação do homem integral, cósmico, reflexivo, participativo voltado para o desenvolvimento de novos paradigmas, por uma sociedade sustentável e para cultura da paz.

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2.2. Os benefícios do turismo para reserva

Com isso pode se ver a importância do ecoturismo para uma unidade de conservação, já que o mesmo impacta de forma bastante positiva. Porém deve-se observar de perto os tipos de uso no parque, para que esse não afete de forma negativa o sistema da unidade.

Assim o museu no parque se mostra uma ótima ideia de turismo consciente. Pois além de educativo ele também não afetará a reserva de forma agressiva, fornecendo aos visitantes o melhor do parque.

Ele também abrangera uma maior quantidade de público, já que esse também será mais acessível as pessoas.

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Figura 4: Turismo + Museu Fonte: Elaborado pela autora

2.3. Turismo em Prol do Desenvolvimento da Cidade

Em escala global, mas de extrema relevância a se considerar, pode se comentar que:

Aatividade turísticanos últimosanostemsido de extrema importância no que diz respeito ao desenvolvimento e crescimento da economia mundial. O Turismo detém hoje grande parte do PIB de muitos países que têm melhorado suas condições econômicas em decorrência do avanço que o setor tem proporcionado” (DIAS; MONTANHEIRO).

De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), a contribuição do Turismo para o PIB nacional deve registrar crescimento de 2,5% em 2018 e chegar a 8,2% em 2028 (CONSELHO MUNDIAL DE VIAGENS E TURISMO, apud OLIVEIRA, 2019).

Já quando se foca em uma pequena região percebe-se que as atividades contribuem da forma em que se amplia a renda já existente no local. Fortalecendo os pequenos negócios regionais e melhorando sua infraestrutura local para recebimento de visitantes. Com a realização positiva do planejamento, os benefícios se refletem das mais variadas formas. Para Dias e para Montanheiro “o emprego de mãode-obra em geral ocupada na produção de bens e serviços

aumentará consideravelmente, fazendo crescer a rentabilidade de famílias de menor poder aquisitivo” (DIAS; MONTANHEIRO).

Com uma pesquisa feita pelo Instituto Chico Mendes pode-se ver em dados quantitativos o quanto a região local pode ser beneficiada com o turismo na reserva:

“De acordo com um estudo realizado pelo ICMBIO, em 2017 os visitantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões nos munícipios do entorno das unidades de conservação. Com isso, foram gerados cerca de 80 mil empregos diretos, R$ 2,2 bilhões em renda, outros R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao Produto Interno Bruto (PIB) e mais R$ 8,6 bilhões em vendas. Os resultados mostram que a cada R$ 1 real investido, R$ 7 retornam para a economia” (INSTITUTO CHICO MENDES,2018).

As visitações em uma região além de benefícios para o parque também podem trazer melhoras no poder aquisitivo regional, aumentando seu crescimento e desenvolvimento Brasil (2004, apud HASSLER, 2005, p.87):

“As áreas protegidas também tem objetivos econômicosembutidosemsuacriação.Algumas iniciativas já demonstram na prática como se

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2.3. Turismo em Prol do Desenvolvimento da Cidade

pode aumentar frente detrabalho e renda com a criação de novas áreas protegidas, as quais devem ser bem gerenciadas, tendo-se como princípios o uso ordenado e o respeito à capacidade de suporte dos ambientes. Talvez o exemplo mais típico de aproveitamento econômico seja o do turismo, bastante adotado, sobre tudo pelos Parques Nacionais que recebem um grande número de turista anualmente” (BRASIL, 2004, apud HASSLER, 2005,p.87).

O turismo é uma área que vem sendo bem notada ultimamente pelos brasileiros, focar nessa, irá trazer lucros e

amparo ao cenário brasileiro. É possível observar que a população está cada vez mais olhando para o turismo e lhe dando uma oportunidade, o que se pode concluir que as políticas públicas de incentivo e de recebimento dos turistas são de extrema importância para uma cidade que visa seu crescimento e desenvolvimento (SIQUEIRA, 2016).

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2.4.

Um plano de turismo para cidade de Ribeirão Grande

A cidade de Ribeirão Grande sofre com os problemas de um município pequeno sem renda e sem desenvolvimento, os da falta de infraestrutura urbanística básica e o pior deles, a falta de emprego, esse também a causa principal da saída de pessoas da cidade.

Segundo dados do IBGE em 2018, o salário médio mensal de Ribeirão Grande

“era de 2.0 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 12.1%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 485 de 645 e 566 de 645, respectivamente. Já na comparaçãocomcidadesdopaístodo,ficavana posição 2163 de 5570 e 2867 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentosmensaisdeatémeiosaláriomínimo por pessoa, tinha 40.8% da população nessas condições, o que o colocava na posição 37 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 2645 de 5570 dentre as cidades do Brasil” (IBGE,2018).

A Figura 5 mostra o PIB e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM):

Figura 5: Trabalhos e Rendimento

Fonte: Elaborado pela autora

Diante desses dados é perceptível uma quantidade grande de desemprego na região, já que apenas 12,1% da população se encontra ocupada. Mostrando uma realidade difícil para os moradores do município, que acabam muitas vezes saindo do local para as grandes cidades em busca de melhores oportunidades.

Logo se viu a necessidade de encontrar um método de evolução para o lugar e para própria economia local. Para isso foi decidido o uso do turismo, Figura 6, esse que vem complementar a renda regional.

“No dia 15 de Maio de 2018 a Assembléia Legislativa aprovou a lei N° 16.720 classificando Ribeirão Grande como Município de Interesse Turístico (MITs). É de grande importância ressaltar quepara sejaconsiderado de Interesse Turístico, a cidade deve ter atrativos turísticos, serviçomédicoemergencial,dehospedagem,de alimentação, informações turísticas e abastecimento de água potável e esgoto” (RIBEIRÃOGRANDE,2019).

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Figura 6: Ribeirão Grande e o interesse turístico Fonte: Prefeitura de Ribeirão Grande

2.4. Um plano de turismo para cidade de Ribeirão Grande

A ideia surgiu a partir das visitas comumente ao local, focar no turismo se mostra então em algo positivo para o lugar e uma boa contribuição para solução dos problemas, já que a cidade possui um alto potencial para isso, possuindo apenas a falta de investimentos necessários.

O município de Ribeirão Grande, tem sua vocação turística muito bem definida, devido a suas riquezas naturais e culturais, no qual grande parte do território municipal está localizado na porção mais preservada de Mata Atlântica, do continuo ecológico de Paranapiacaba, sendo considerado um Hots Pots de biodiversidade preservada, aonde se encontram o Parque Estadual Intervales, com uma grande tradição no Uso Público e reconhecido internacionalmente, sendo os grandes responsáveis por geração de fluxo turístico no município” (PLANO DIRETOR DE TURISMO RIBEIRÃO GRANDE – SP, p. 31, 2015).

Através de estudos para O Plano Diretor de Turismo ficou claro que Ribeirão Grande possui grande potencial turístico, pois esse é compostos por segmentos: ecológicos, arqueológicos, espeleológicos, gastronômicos, religiosos, culturais, entre outros que devem ser passiveis de um desenvolvimento organizado e cabível visando assim a disposição de produtos que possam compor o cenário

turístico local, e assim tornar o lugar ainda mais atrativo (PLANO DIRETOR DE TURISMO RIBEIRÃO GRANDE – SP, p. 32, 2015).

Alguns dados foram coletados pelo Plano Diretor de Turismo e com ele pode-se chegar aos seguintes resultados:

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87% 5% 4% 4% VISITANTESDERIBEIRÃOGRANDE EstadodeSãoPaulo EstadodeMinasGerais EstadodoRiodeJaneiro Outrospaíses
Figura 7: Visitantes em Ribeirão Grande Fonte: Elaborado pela autora

2.4. Um plano de turismo para cidade de Ribeirão Grande

O gráfico Visitantes de Ribeirão Grande demonstra que se tem destaque de visitantes do Estado de São Paulo e apenas uma pequena porcentagem de outros estados e países.

Como pode-se observar 73% das pessoas ficam até dois dias no município, e apenas 17% ficam mais dias.

Aqui pode-se ver a predominância de visitantes com idades de 31 a 60 anos, e uma pequena porcentagem de crianças e idosos.

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Figura 8: Permanência dos visitantes Fonte: Elaborado pela autora Figura 9: Faixa etária dos visitantes Fonte: Elaborado pela autora

2.4. Um plano de turismo para cidade de Ribeirão Grande

Fonte: Elaborado pela autora

Grande parte das pessoas vem a cidade a procura de natureza e aventura, potencializando então o PEI.

Observando o gênero dos visitantes 52% são homens e 48% são mulheres como demonstra o gráfico.

Com os dados coletados e a análise dos gráficos podese chegar ao estudo de turismo na região e na situação norteadora para se dar continuidade no plano turístico da cidade. Dando assim esperança para toda uma região e uma melhor perspectiva para o futuro.

“A definição de uma perspectiva de futuro, tem como definição a visão que o destino turístico deve ter para o desenvolvimento estratégico de seu planejamento.Issodevetraduzirocenárioalmejado ao longo anos através de um cronograma cronológico que norteara e mitigara o Plano Diretor” (PLANO DIRETOR DE TURISMO RIBEIRÃO GRANDE – SP,p.120,2015).

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Figura 10: Motivo da visita Figura 11: Gênero Fonte: Elaborado pela autora

2.5. Arquitetura Sensorial

Desde que o homem passou a construir espaços a seu favor, passamos a ter arquitetura. Entendendo assim como arquitetura tudo que tem influência direta com lugar transformado. Logo todos estão diante de sentir o que ela tem a oferecer, como experiências sensoriais que ativa todos sentidos (DIAS; ANJOS, 2017). Segundo Pallasma a arquitetura concede o poder de se descobrir e interpretar a discussão que existe entre permanecer e mudar. Ela insere o ser humano no mundo, deixando-o diante da cultura e do tempo. Ainda sobre isso Pallasma fala:

de outros sentidos, envolvendo em si aromas, cores, iluminação e texturas. Sobre isso Pallasmaa discorre:

Toda experiência comovente com a arquitetura é multissensorial; as características do espaço, matéria e escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial, nossa sensação de pertencer ao mundo, e essa é essencialmente uma experiência de reforço da identidade pessoal” (PALLASMAA,p.39,2011).

“Em seu modo de representar e estruturar a ação e o poder, a ordem cultural e social, a interação e a separação da identidade e a memória, a arquiteturase envolve comquestões existenciais fundamentais. Qualquer experiencia implica atos de recordação, memória e comparação. Uma memória incorporada tem um papel fundamental como base da lembrança de umespaçooulugar” (PALLASMAA,p.68,2011).

Porém, ainda se pensa muito que arquitetura só tem o visual a se mostrar, mas ela pode proporcionar muito mais que apenas esse sentido, quando planejada reúne uma gama

O arquiteto deve planejar bem o ambiente, para que o público se interaja com ele, pois quando captados os sentidos, eles têm influência direta com o psicológico.

“Através dos cinco sentidos captamos as moléculas e matérias sensoriais presentes no espaço. O nosso corpo é responsável por recebereinterpretarosestímuloseaarquitetura proporciona isso, esse processo de percepção e sensação se manifesta de diferentes formas nos mais diversos indivíduos. A arquitetura ao se relacionar com os sentidos humanos, revela a necessidade de recriar e de descobrir o modo ideal de abrigar o ser humano na totalidade dos seussentidos” (DIAS;MOTEIRO,p.5,2017)

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2.5. Arquitetura Sensorial

Através de Dias e de Anjos pode-se perceber o quão importante é uma arquitetura bem planejada. E dar a ela um foco especial em relação de meios que tenham ligação com os sentidos, estudar a respeito e levar a sério esse, é de extrema importância.

“a percepção e os sentidos podem engrandecer os projetos de arquitetura, uma vez que bem estudados podem interferir nos estados de espirito de seus usuários, provocar inúmeras reações psicológicas, gerar efeitos positivos, negativos, podem induzir pensamentos, até mesmo contestar nossa experiência no mundo e o significado das coisas. A arquitetura é capaz de explorar simultaneamente todos os sentidos humanos, para que enquanto indivíduos tenhamos conhecimento do que nos rodeia” (DIAS;ANJOS,p.4,p.5,2017).

De acordo com Pallasma a arquitetura está sofrendo com a falta de humanismo, onde não consegue mais proporcionar maiores sentimentos. “A falta de humanismo da arquitetura e das cidades contemporâneas pode ser entendida como consequência da negligencia com o corpo e os sentidos e um desequilíbrio do nosso sistema sensorial” (Pallasma, p. 17, 2011).

“O aumento da alienação, do isolamento e da solidão do mundo tecnológico de hoje, por exemplo, pode estar relacionado a certa patologia dos sentidos” (Pallasma, p. 17, 2011).

Por isso pode-se chegar à importância do estímulo sensorial na arquitetura, já que ela tem muito mais a oferecer. Ela tem grande poder em proporcionar no individuo experiencias incríveis e dar a ele o pertencimento ao mundo em que está, e ainda de formar metáforas existenciais para vida dessas pessoas, ajudando-a a estruturar sua própria existência.

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Fonte: modificado de https://br.pinterest.com/pin/45176802492578174/

3. Material e Métodos

Figura 12: Caverna

3. MATERIAL E MÈTODOS

A metodologia do presente trabalho consiste em apresentar as referências adquirida, e quais objetos de estudos foram usados para contribuir com a ideia proposta. E no decorrer desse processo utilizar das informações nele contida para resultado da ideia final.

• 1ª Etapa: Pesquisasobre o que é uma reserva florestal

Para início de tarefa, buscou-se através de documentos, e sites específicos, saber no que se consiste uma reserva florestal, e qual sua função e importância para o âmbito social e ambiental.

• 2ª Etapa: Informativo sobre a reserva do Parque Estadual Intervales

Por meio de noticiários e arquivos ligados ao Parque Estadual Intervales chegou-se ao que realmente se trata a reserva. Esse que contribui para se descobrir o conceito e a essência por trás da Mata Atlântica e qual sua importância para fauna e flora local.

• 3ª Etapa: Um estudo sobre o turismo

Através de sites referentes ao turismo brasileiro, foi feito uma análise e adquirido dados informativos do quanto esse proporciona benefícios para uma reserva e para uma cidade.

• 4ª Etapa: Estudo sobre Arquitetura Sensorial

Aqui foi estudado Arquitetura Sensorial, onde através de livros e artigos complementares pode-se aprofundar no assunto. E ainda usar desses conhecimentos para produzir a melhor forma da arquitetura.

• 5ª Etapa: Investigação de projetos referenciais

Foi buscado por projetos semelhantes de museus e de espaços sensoriais, que servem como material referencial e inspirador de projetos futuros. Essas informações foram imprescindíveis para se conseguir chegar à ideia de museu sensorial na reserva Intervales.

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3. MATERIAL E MÈTODOS

• 6ª Etapa: Descrição do terreno de projeto

Aqui mostramos aspectos importantes do terreno escolhido, tudo pensando na reserva e no melhor lugar para locação do projeto, escolhendo o espaço onde o mesmo poderia facilmente se misturar com o entorno sem agredi-lo, e ainda assim trazer conforto e acessibilidade aos seus visitantes.

• 7ª Etapa: Elaboração do projeto

Nessa etapa temos a elaboração do projeto, onde através de softwares e programas apropriados chega-se ao resultado final do projeto proposto.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

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4.1 REFERENCIAS PROJETUAIS

Figura 13: Rio na mata

Fonte: modificado de https://foconanatureza.com/2013/04/20/parqueestadual-intervales-sp/

M U S E U
D A N A T U R E Z A
Figura 14: Museu da Natureza visto a distância Fonte: modificado de https://veja.abril.com.br/ciencia/o-ovni-no-meioda-caatinga/

4.1.1 MUSEU DA NATUREZA

Em meio ao Piauí se encontra um imenso cenário semi-árido, um lugar que contém em si o maior conjunto de sítios arqueológicos do Brasil, com um total de 900 deles agrupados, a conhecida Serra da Capivara. Tombada pela UNESCO em 1991, como Patrimônio Cultural da humanidade

(MINISTÉRIO MEIO AMBIENTE; INSTITUTO CHICO MENDES).

Porém o lugar é quase esquecido pela população brasileira, mas em 2018 ganha o Museu da Natureza, que vem resgatar sua história, e complementar o espaço original do cerrado.

O Museu da Natureza, um complexo cultural high tech de 4000m², surge no meio da paisagem natural. Onde se pode deparar com seu formoso estilo e uma grande rampa em espiral recoberta pelas estruturas, diante dela segue-se um caminho com 12 salas interativas, onde cada qual possui atrativos que revelam a evolução dos tempos do local. Quem assina o projeto é a arquiteta Elizabete Buco em parceria com o escritório AD Arquitetura.

O museu é administrado pela FUNDHAM (Fundação do Homem Americano) e dirigido pela arqueóloga francesa NiédeGuidon, que possui grande apresso pelo local.

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DO MACRO AO MICRO

Localização Serra da Capivara

O Parque Nacional Serra da Capivara se localiza no estado do Piauí, nos municípios de: Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato.

Localização Museu da Natureza

O Museu da Natureza pertence ao município de Coronel José Dias, situado em pleno sertão no Sul do Piauí com uma distância de500km deTeresinha.

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15: Do macro ao micro
Figura
pela autora
Fonte:
Elaborado

Fonte: modificado de https://portalosertao.com/o-mito-que-renasce-dascinzas-museu-na-caatinga-alimenta-sonhos-de-desenvolvimento/

Figura 16: Museu da Natureza visto de cima 1

LOCALIZAÇÃO

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Figura 17: Museu da Natureza visto de cima 2 Fonte: modificado de Google Earth Figura 18: Museu da Natureza visto de cima 3 Fonte: modificado de Google Earth Figura 19: Museu da Natureza localização Fonte: modificado de Google Earth

TOPOGRAFIA

A região é bastante montanhosa, e o terreno possuía um desnível considerável antes da construção do museu, logo para isso foi necessário o nivelamento do local em uma espécie de platô.

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Figura 20: Museu da Natureza topografia Fonte: Elaborado pela autora

ENTORNO DO MUSEU

Figura 21: Museu da Natureza localizações Fonte: modificado de Google Earth

Fonte: Modificado de https://pousadapedrafurada.business.site/

Fonte: Modificado de https://www.conhecaopiaui.com/noticia/museu-da-natureza-na-serra-dacapivara-o-unico-no-brasil-sobre-a-evolucao-da-natureza

Fonte: Modificado de https://nelsantana.blogspot.com/2016/06/serra-dacapivara.html

Fonte: Modificado de https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303462-d318724i109152681-Serra_da_Capivara_National_Park-State_of_Piaui.html

Fonte: Modificado de https://www.albergueserradacapivara.com/

Figura 22: POUSADA SÍTIO DA CAPIVARA Figura 23: PEDRA FURADA Figura 24: MUSEU DA NATUREZA Figura 25: CENTRO DE VISITANTES Figura 26: ALBERGUE E POUSADA SERRA DA CAPIVARA

4.1.1 MUSEU DA NATUREZA

https://www.meionorte.com/noticias/museu-da-natureza-ja-registrou-13mil-visitantes-354458

Conceito

A ideia principal do Museu da Natureza é de apresentar a evolução dos tempos, a sucessão de acontecimentos e de movimentos ascendentes, progressivos e sem fim (ELIZABETE BUCO, apud

GLAMURAMA, 2018). De fazer com que o visitante interaja com o espaço podendo vivenciar um pouco dessa época mais remota em que viveram nossos ancestrais na região, tirando dali o melhor proveito, e tendo uma experiência incomum e inesquecível.

Sua forma mais orgânica parte de uma espiral, uma forma comumente encontrada na natureza, como conchas, folhas e outros.

https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Edificios/noticia/2019/10/no-piauimuseu-da-natureza-coloca-vilarejo-de-4-mil-habitantes-no-mapa.html

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Figura 27: Vista do fóssil da Preguiça Gigante Fonte: modificado de Figura 28: Cortina de espécies Fonte: modificado de

4.1.1 MUSEU DA NATUREZA

Partido Arquitetônico

No percorrer de 12 salas diferentes o visitante atravessa uma rampa helicoidal, partindo pela sala que tem como tema o início do sistema solar, em seguida as placas tectônicas e o surgimento da água. No decorrer de todas as salas tem-se a exibição de acontecimentos importantes para a chegada da vida, e de sua existência.

As salas são de cor preta e pouca luz para enaltecer os atrativos ali expostos. O museu usa de tecnologias para proporcionar aos visitantes a experiência memorável.

Já as cores dos acabamentos externos procuram remeter a linhas regionais, se destacando para tons rochosos e avermelhados, cores das terras e rochas locais. A ideia é de trazer para o projeto um pouco da natureza que o entorna, e ainda torná-lo evidente na paisagem.

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Figura 29: Os Trilobitas Fonte: modificado de https://portalaz.com.br/noticia/geral/20809/no-meio-do-sertao-piauiense,museu-da-natureza-resgata-historias-e-movimenta-turismo Figura 30: Os Dinossauros que habitaram a América do Sul a milhares de anos Fonte: modificado de https://portalaz.com.br/noticia/geral/20809/no-meio-do-sertaopiauiense,-museu-da-natureza-resgata-historias-e-movimenta-turismo

SISTEMA CONSTRUTIVO

Sistema construtivo

A estrutura do museu é toda metálica, pois o terreno é arenoso e possui grande instabilidade, o que dificulta a instalação de fundações de concreto. Esse estava situado dentro de uma erosão muito grande, uma espécie de buraco que exigiu maiores cuidados e ajustes no solo, diante disso foi necessário a construção de um platô para implantação do museu.

O fechamento das estruturas metálicas se deu por alvenaria, que foi “encaixada” nos vãos.

Fonte: modificado de https://www.saoraimundo.com/index.php/prefeitode-coronel-jose-dias-visita-obras-do-museu-da-natureza/

Fonte: https://portalosertao.com/museu-da-natureza-na-serra-da-capivara-seradestaque-nacional-e-obras-estao-em-ritmo-acelerado/

Fonte: modificado de https://www.saoraimundo.com/index.php/prefeito-decoronel-jose-dias-visita-obras-do-museu-da-natureza/

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Figura 33: Sistema construtivo do Museu da Natureza 3 Figura 32: Sistema construtivo do Museu da Natureza 2 Figura 31: Sistema construtivo do Museu da Natureza 1
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Figura 34: Fluxograma e Setorização do Museu da Natureza Fonte: Elaborado pela autora
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DESENVOLVIMENTO DA IDEIA
https://cidadeverde.com/saoraimundononato/81726/coroneljose-dias-vai-ganhar-o-museu-da-natureza-planejado-por-niedeguidon
Figura 35: Croqui do Museu da Natureza Fonte:
https://portalaz.com.br/noticia/geral/20809/no-meio-do-sertao-piauiense,-museu-da-natureza-resgata-historias-e-movimenta-turismo
Figura 36: Estudo de Massa Fonte:

4.1.1 MUSEU DA NATUREZA .

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Figura 37: Mapa, Museu da Natureza em relação a José Dias Fonte: modificado de Google Earth

UMA NOVA VIDA

Uma nova realidade para o pequeno município de José Dias

Com a chegada do Museu da Natureza em Coronel José Dias no Piauí, pôde-se deparar com um salto no desenvolvimento da pequena cidade, com pouco mais e 4mil habitantes. Uma nova realidade está sendo gerada após o acontecimento. Novos empregos surgiram e ainda se têm as pessoas que estão se profissionalizando para se adaptar à nova realidade, com os cursos oferecidos.

O local teve um grande crescimento em decorrência do impulsionamento do turismo e da economia. Com o aumento de turistas a cidade se dispôs a melhorar sua infraestrutura e acompanhar o turismo, criando ainda a Secretaria de Turismo para ordenamento e planejamento territorial.

Figura 38: Arte rupestre gravadas em pratos, copos e tigelas Fonte: modificado de https://portalaz.com.br/noticia/geral/20809/nomeio-do-sertao-piauiense,-museu-da-natureza-resgata-historias-emovimenta-turismo Figura 39: O município de José Dias Fonte: modificado de https://portalaz.com.br/noticia/geral/20809/nomeio-do-sertao-piauiense,-museu-da-natureza-resgata-historias-emovimenta-turismo

de https://super.abril.com.br/ciencia/museu-da-naturezao-mais-novo-atrativo-da-serra-da-capivara/

Figura 40: O Museu da Natureza Fonte: modificado

4.1.1 MUSEU DA NATUREZA Contribuição do projeto Museu da Natureza

O projeto ajuda a reforçar a ideia de que um museu pode ser usado como chamador turístico para uma região, e ainda que o aumento do turismo pode ajudar no desenvolvimento de uma cidade pequena. Ele deve servir como um método para melhorar o crescimento e o poder econômico local, onde o Museu da Natureza consegue provar que isso pode sim dar certo na prática.

Outro ponto importante a se considerar e que pode colaborar na elaboração de um museu multissensorial, é a composição do espaço e como o mesmo se desenvolve em suas salas de exposição, de modo que cada uma delas mostra o processo de evolução da natureza, fazendo com que o público interaja com o lugar e absorva inúmeras sensações obtendo uma experiência inesquecível.

É interessante também e de extrema relevância para o museu do PEI, a ideia de como o Museu da Natureza distribui suas salas expositivas, e como o visitante tem que percorrer um longo corredor para que se possa passar por esses ambientes que estão diante de acontecimentos progressivos do meio natural.

Fonte: modificado de https://www.oeco.org.br/colunas/colunistas-convidados/as-vidasdo-parque-nacional-da-serra-da-capivara/

Figura 41: Serra da Capivara

de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audainpatkau-architects/5938aba0e58ece2cfc0000ba-audain-art-museum-patkau-architectsphoto?next_project=no

M U S E U D E A R T E
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I N
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Figura 42: Museu de Arte Audain Fonte: modificado

4.1.2 MUSEU DE ARTE AUDAIN

O Museu de Arte Audain é um museu particular de 5200m², que foi construído com proposito de abrigar e exibir a coleção de arte pessoal de Michael Audain, incluindo a arte da Colúmbia Britânica do final do século XVIII até o presente, constituído de um dos acervos mais importantes de máscaras das primeiras nações indígenas.

O projeto consegue unir a cultura local à coleção permanente e exposições itinerantes de todos os tipos. O interior do edifício proporciona uma visão incrível por trás da arte, enquanto isso seu exterior calmo privilegia a paisagem natural. O responsável pelo projeto é o escritório de arquitetura Patckau Architects.

https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audain-patkauarchitects/5938abc0e58ece2cfc0000bc-audain-art-museum-patkau-architectsphoto?next_project=no

Figura 43: Museu de Arte Audain vista da ponta Fonte:

https://coloreatudibujo.blogspot.com/2012/03/mapa -de-canada-para-colorear.html?m=0

Localização Museu de ArteAudain

O Museu de Arte Audain está localizado na cidade turística de Whistler no Canadá.

LOCALIZAÇÃO

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Figura 44: Localização de Whistler Fonte: modificado de Figura 45: Museu de Arte Audain localização Fonte: modificado de Google Earth

IMPLANTAÇÃO

Análise do local de implantação do Museu de Arte Audain

O local para implantação do museu foi um grande desafio, primeiramente o de lidar com seu entorno natural, apesar de toda da beleza do espaço, ele está localizado na planície de inundação de Fitzsimmons Creek.

Outro ponto está relacionado a questões naturais, já que o lugar recebe grandes períodos de nevasca acumulando uma volumosa quantidade de neve.

https://www.architectmagazine.com/ajax/slideshow.ftl?type=projectDetail&id=0000015c-40d4-d062-ab5cc6ded2e20000&zone=projects.cultural

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Figura 46: Museu de Arte Audain implantação Fonte: modificado de

4.1.1 MUSEU DE ARTE AUDAIN

A cidade de Whistler é bastante explorada turisticamente, contendo toda estrutura necessária para tal. Ela possui grande investimento na área hoteleira e na culinária, além de muitos outros suportes para seus visitantes.

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Figura 47: Museu de Arte Audain localizações de serviços Fonte: modificado de Google Earth

Entorno

Através das Figuras é possível perceber que não há presença de edifícios tão altos no entorno. tem-se apenas alturas que variam de 1 pavimento a 3 pavimentos, sendo a maioria deles construções térreas.

- 66ENTORNO
Figura 48: Museu de Arte Audain o entorno Fonte: modificado de Open Street Map
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Figura 49: Museu Whistler Fonte: modificado de Google Earth Figura 50: Biblioteca pública Whistler Fonte: modificado de Google Earth Figura 51: Rinque de patinação no gelo Whistler Fonte: modificado de Google Earth Figura 52: Centro cultural Whistler Fonte: modificado de Google Earth Figura 53: Mapa de Whistler Fonte: modificado de Google Earth

4.1.2 MUSEU DE ARTE AUDAIN

Conceito

A intenção foi de construir um edifício que fornecesse um cenário calmo e acolhedor e pudesse se encaixar na natureza existente, e que seu interior tivesse o mínimo de detalhes possível.

modificado de https://www.architectmagazine.com/ajax/slideshow.ftl?type= projectDetail&id=0000015c-40d4-d062-ab5cc6ded2e20000&zone=projects.cultural

modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arteaudain-patkau-architects/5938ab0ae58ece9b30000188audain-art-museum-patkau-architectsphoto?next_project=no

Sua forma simples parte de um envelope que foi aberto para mostrar toda sua beleza interna. O edifício também deveria possuir certa transparência, para que quem estivesse do lado externo pudesse ver seu interno. E além tudo retrocedesse a sombra da floresta que o entorna.

modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audainpatkau-architects/5938ac23e58ece9b30000198-audain-artmuseum-patkau-architects-photo?next_project=no

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Figura 54: Render do Museu de Arte Audain Fonte: Figura 55: Clarabóia Fonte: Figura 56: Exposição de máscara Fonte:

4.1.2 MUSEU DE ARTE AUDAIN

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audainpatkau-architects/5938ac4ce58ece9b30000199-audain-artmuseum-patkau-architects-photo?next_project=no

Partido arquitetônico

A forma simples do exterior é recoberta por um metal escuro que se incorpora no belíssimo entorno. A forma também se abre, permitindo ingressar na varanda da entrada principal ou dar de vista com a passarela envidraçada.

O interior do edifício é revestido de madeira luminosa tornando o lugar ainda mais acolhedor. Suas galerias são compostas por volumes brancos e fechados, possuindo poucos detalhes.

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arteaudain-patkau-architects/5938ac18e58ece9b30000197-audain-art-museumpatkau-architects-photo?next_project=no

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museude-arte-audain-patkau-architects/5938abfae58ece9b30000194-audainart-museum-patkau-architects-photo?next_project=no

- 70 -
Figura 57: Galeria Figura 58: Corredor de vidro Figura 59: Exposições

4.1.2 MUSEU DE ARTE AUDAIN

Programa do Museu de Arte Audain

No interior do museu os visitantes podem permanecer em um grande salão, com espaço suficiente para eventos. Partindo do nível do solo tem-se acesso as galerias, através de uma escada, ou acessar a mesma através de uma passarela de metal e vidro. Logo na chegada tem-se uma grande varanda envidraçada que permite conexão com o cenário externo natural. No coração do projeto, um salão é revestido de madeira e coberto por claraboias.

“Ao projetar a planta do piso térreo, Patkau se deparou com um dilema: por um lado, eles queriam oferecer aos visitantes vistas da natureza;por outro, as obras de arte exibidas não deveriam ser expostas à luz do dia.Como resultado, as salas de exposições foram formadas como "cubos brancos" e localizadas no meio do edifício.Aqui, eles são acessados pelo corredor envidraçado paralelonolado doriodomuseu.OAudainagorase destacacomo o primeiro museu do Canadá dedicado exclusivamente à arte de umaúnicaprovíncia” (ERICBALDWIN,traduçãonossa)

Figura 60: Entrada do Museu de Arte Audain Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arteaudain-patkau-architects/5938ac18e58ece9b30000197-audain-art-museumpatkau-architects-photo?next_project=no

Figura 61: Nível do solo

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audain-patkau-architects/5938ab66e58ece9b3000018b-audain-art-museum-patkau-architects-ground-level?next_project=no

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audain-patkau-architects/5938ab71e58ece2cfc0000b7-audain-art-museum-patkau-architects-main-level?next_project=no

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Figura 62: Nível Principal

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-de-arte-audain-patkau-architects/5938aba9e58ece9b3000018f-audain-art-museum-patkau-architects-upper-level?next_project=no

Figura 63: Nível Superior

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-dearte-audain-patkau-architects/5938ab91e58ece2cfc0000b9-audain-artmuseum-patkau-architects-soffit-level?next_project=no

Figura 66: Corte 8.1

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-dearte-audain-patkauarchitects/5938aad7e58ece9b30000185-audain-artmuseum-patkau-architects-section?next_project=no

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/museu-dearte-audain-patkau-architects/5938ab8ae58ece9b3000018d-audain-artmuseum-patkau-architects-roof-plan?next_project=no

Figura

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/886332/mus eu-de-arte-audain-patkauarchitects/5938aafae58ece9b30000187audain-art-museum-patkau-architectssection?next_project=no

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Figura 64: Cobertura 1 Figura 65: Cobertura 2 67: Corte 9.1

Sistema construtivo

A estrutura é suportada por bases isoladas e quadros com um distanciamento de 20 metros entre eles. Sua estrutura de grandes vãos é composta de aço tridimensional e conectores de sistema órtese sísmico, com resistência à carga lateral. E assim preenchidas com lajes de piso de concreto e aço, e seu externo recoberto de placas de metais.

O conector feito de aço fundido tem objetivo de fornecer alta ductilidade nas baias de estrutura reforçada (ERIC BALDWIN, tradução nossa).

Whistler, Canadá, uma cidade turística

O Museu de Arte Audain está localizado em Whistler, uma cidade turística do Canadá que está situada no sul dos Pacific Ranges das Montanhas Costeiras, na Colúmbia Britânica, a pelo menos 125km de Vancouver. A cidade contém uma média de população fixa de dez mil habitantes, além dos visitantes temporários durante o período de esqui, normalmente composto de jovens vindos do Japão e Austrália.

O lugar recebe cerca de dois milhões de pessoas por ano, muitas vezes para pratica de esportes como esqui alpino e mountain biking.

Figura 68: A cidade de Whistler Fonte: modificado de https://www.whistler.com/village/ Figura 69: A estrutura do museu Fonte: modificado de https://architizer.com/blog/practice/details/patkauaudain-art-museum/

CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO

O Museu de Arte Audain como referência projetual

Como referência projetual o Museu de Arte Audain agrega tamanho valor para o museu do PEI. Pois o museu de Whistler foi elaborado de forma especial para se relacionar com seu belo entorno e com a cultura local.

Seu interno também impressiona e colabora com ideias positivas, pois possui uma beleza única, e apesar da simplicidade também envolve o visitante e consegue fazer com que esse tenha tamanha experiência sensorial, através de suas paredes revestidas de madeira, seus cubos brancos elaborado especialmente para exposições e o jogo de iluminação natural advindo da parede de vidro e das clarabóias.

Outro ponto importante a se considerar é o programa de necessidades, que contem elementos importantes para o funcionamento de um museu.

77 -
Figura 70: Museu de Arte Audain Fonte: modificado de https://architizer.com/projects/audain-art-museum/

MUSEU GEOLÓGICO DO CONDADO DE TIAJIN JI

de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museu-geologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjin-university-research-institute/582080a7e58ece6153000013-tianjin-ji-county-geological-museum-tianjin-university-research-instituteimage?next_project=no
Figura 71: O Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji Fonte: modificado

Museu Geológico do Condado de Tianjin Ji

O Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji está localizado em Tiajin na China, com um total de 5200m² de área construída. Se trata de um lugar expositivo recente, sendo inaugurado em 2008.

O projeto é do escritório TianJin University Research Institute.

modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museu-geologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjinuniversity-research-institute/58208063e58ecef05700000f-tianjin-ji-county-geological-museum-tianjin-universityresearch-institute-image?next_project=no

Figura 72: Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji em meio as árvores Fonte:

4.1.3 MUSEU GEOLÓGICO DO CONDADO DE TIAJIN JI

Conceito

O Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji tenta imitar as formas de estruturas geológicas formando grandes e belas espirais, que se misturam harmonicamente com a natureza do local.

Sua intenção é de se parecer com um estrato laminado formado depois de milhares de anos de sedimentação.

modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museugeologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjin-university-researchinstitute/582080f9e58ece6153000016-tianjin-ji-county-geological-museumtianjin-university-research-institute-image?next_project=no

modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museugeologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjin-university-researchinstitute/582080cee58ece6153000015-tianjin-ji-county-geological-museumtianjin-university-research-institute-image?next_project=no

de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museu-geologico-docondado-de-tianjin-ji-tianjin-university-research-institute/58208033e58ecef05700000dtianjin-ji-county-geological-museum-tianjin-university-research-instituteimage?next_project=no

- 81 -
Figura 73: Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji área externa Fonte: Figura 74: Abertura na cobertura do museu Fonte: Figura 75: Revestimento de pedra no museu Fonte: modificado

4.1.3 MUSEU GEOLÓGICO DO CONDADO DE TIAJIN JI

Partido

O museu tem seus beirais irregulares e de formato ondular e seus muros de pedras, que foram coletadas a partir de casas antigas abandonadas na montanha.

Suas paredes são ondulares formando plantas com diversas espirais, com um pé direito alto e aberturas pensadas, podendo assim ver as belas fontes de luz natural que entra no espaço.

Suas exposições são compostas de pedras raras surgidas ao de milhares de anos.

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Figura 76: Elevação do museu

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museu-geologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjin-university-researchinstitute/58207ff3e58ece615300000f-tianjin-ji-county-geological-museum-tianjin-university-research-institute-elevation?next_project=no

Figura 77: Planta baixa 1

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/m useu-geologico-do-condado-de-tianjin-jitianjin-university-researchinstitute/58207ff3e58ece615300000ftianjin-ji-county-geological-museum-tianjinuniversity-research-instituteelevation?next_project=no

Figura 78: Planta baixa 2

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/m useu-geologico-do-condado-de-tianjin-jitianjin-university-researchinstitute/58207ff3e58ece615300000ftianjin-ji-county-geological-museum-tianjinuniversity-research-instituteelevation?next_project=no

Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museugeologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjin-university-researchinstitute/5820b01ee58ece61530000da-tianjin-ji-county-geologicalmuseum-tianjin-university-research-institute-master-plan?next_project=no

Figura 79: Implantação

4.1.3 MUSEU GEOLÓGICO DO CONDADO DE TIAJIN JI

Colaboração do Museu do Condado de Tiajin Ji para o museu do PEI

O Museu Geológico do Condado de Tianjin Ji foi o mais próximo do tema museu sensorial encontrado, porem trata-se de museu pouco divulgado e com poucas informações bibliográficas, o que permitiu poucos detalhes e poucos resultados sobre ele.

Ainda assim foi adquirido algumas informações e algumas imagens que se tornaram imprescindíveis na colaboração do projeto do PEI que assim como o Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji, também quer através de sua arquitetura e seus materiais apresentar algo ao visitante proporcionar sensorialidade, como o jogo de luz, as paredes usando pedras e a incorporação da natureza.

Figura 80: Escadaria de entrada do Museu Geológico do Condado de Tiajin Ji Fonte: modificado de https://www.archdaily.com.br/br/805385/museu-geologico-do-condado-de-tianjin-ji-tianjinuniversity-research-institute/58207fd9e58ece615300000e-tianjin-ji-county-geological-museum-tianjin-universityresearch-institute-image?next_project=no

Foi feita uma análise do local de projeto, para que se pudesse extrair todas

suas características, que serão necessárias para melhor implantação do projeto de museu, e seja considerado todos possíveis problemas, e para isso possíveis soluções.

Para isso foi avaliado todos aspectos do terreno e seu entorno, contando com os serviços oferecidos no local e ainda seus acessos.

4.2 ANÁLISE DO LOCAL DE PROJETO

Fonte: modificado de https://mapio.net/pic/p-79876743/

Figura 81: Lago

4.2.1. A cidade de Ribeirão Grande

A cidade de Ribeirão Grande se desenvolveu a partir de núcleos da Freguesia Velha às margens do Rio das Almas e do Rio Ribeirão Grande e no entorno da Casa Grande (patrimônio tombado pela UNESCO).

Sua ascendência vem de um território conhecido como Minas do Paranapanema, cujo primeiro registro que se tem notícia foi de 1717 e ainda hoje preserva vestígios de construções que desviavam os rios e cursos de água compostas de pedras capote conhecidos como Encanados

(PREFEITURA DE RIBEIRÃO GRANDE).

Durante muito tempo Ribeirão Grande foi distrito de Capão Bonito, sendo emancipado em 31 de dezembro de 1991, quando aprovada sua elevação à categoria de Município (IBGE, 2017).

No decorrer de sua história o município passou por diversos processos econômicos: primeiramente o tropeirismo e a exploração do ouro, em seguida a mineração, que foi a principal fonte de economia da cidade durante muitos anos, porem sofreu economicamente e teve suas minas desativadas em 2015 (ISTELLA FONTES, 2015).

Nos dias atuais a cidade depende da agricultura e do turismo, este último tendo como destaque o Parque Estadual Intervales, que se destaca na observação de aves (birdwatching), tendo um dos maiores catálogos de espécies registradas no estado de São Paulo (PREFEITURA DE RIBEIRÃO GRANDE).

Através de dados do IBGE foi elaborado a ficha técnica do município de Ribeirão Grande:

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Figura 82: Ficha técnica de Ribeirão Grande Fonte: Elaborado pela autora

A cidade próxima da floresta

O terreno está a pelo menos 25km do centro da cidade de Ribeirão Grande, próximo à área administrativa e hoteleira do parque.

Figura 79: Localização do terreno em relação a Ribeirão Grande Fonte: Modificado de Google Earth Figura 83: A cidade de Ribeirão Grande Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 84: A cidade de Ribeirão Grande 2 Fonte: Foto por Elizeni Lima

4.2.2. Localização do terreno

DO MACRO AO MICRO

O PEI está entre meio a duas subregiões geográficas distintas: a do Vale do Ribeira e a do Vale do Alto Paranapanema, ele está incorporado aos municípios de Ribeirão Grande, Guapiara, Sete Barras, Eldorado e Iporanga e em seu limite norte, divisa com o município de Capão Bonito PLANO DE MANEJO – PE INTERVALES, 2008, p. 148).

O parque possui uma área de conservação regular e assegurada do ponto de vista fundiário, com um total de 41.704 ha, antigamente Fazenda Intervales (97%), de propriedade da Fundação Florestal, e por terras devolutas (3%) (PLANO DE MANEJO – PE INTERVALES, 2008, p. 148).

Fonte: Modificadodehttps://www.researchgate.net/figure/Location-of-the-Parque-EstadualIntervales-Intervales-State-Park-in-Sao-Paulo-state_fig1_23953158

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Figura 85:

do

O parque possui fácil acesso e tem boa localização em relação aos sistemas viários. Ele está a 270Km da capital São Paulo, 170Km de Sorocaba e 90Km da cidade de Itapetininga.

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Figura 86: Localização PEI em relação as cidades Fonte: Modificado de Google Earth

4.2.2. Localização do terreno

O terreno a ser utilizado para implantação do museu está localizado dentro do Parque Estadual Intervales, no estado de São Paulo, próximo a sede, área pertencente a Ribeirão Grande.

de https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Localizacao-do-Parque-Estadual-Intervales-PEI-Zona-de-Amortecimento-ZA-e_fig1_262876630

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Figura 87: Localização do terreno em relação ao PEI Fonte: Modificado

Figura 88: Acesso ao PEI e localização Fonte: Modificado de http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2012/01/1.%20Volume%20Principal/cad1_PAGINICIAIS_INTRODUCAO_METODOLOGIA/0paginasiniciaismapa1A3Acessos.pdf

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Fonte:

LOCALIZAÇÃO DO TERRENO

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Figura 89: Localização do terreno Modificado de Google Earth

4.2.3. Características das estradas de acesso

ESTRADAS

As estradas se encontram em boas condições fisicamente, porém, com pouca sinalização viária, que é pouca em relação a importância do parque e a relevância de seus acessos. Os acessos são de terra e não possuem pavimentação asfáltica, entre tanto isso não afeta sua qualidade, só demanda algumas manutenções.

As estradas se subdividem em relação a seus usos e suas larguras que variam de tamanhos, tem-se 8m para estradas mais largas e principais, 6m para vias secundárias e 2m para passagem apenas de pedestres e bicicletas. Os fluxos são compostos de mão dupla.

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Figura 90: Perfil de estradas Fonte: Elaborado pela autora Figura 91: Estrada do PEI 1 Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 92: Estrada do PEI 2 Fonte: Foto por Elizeni Lima

4.2.4. Caracterizações do terreno

ESTUDO SOLAR E VENTOS

A escolha do terreno para a o projeto do museu foi estratégico e se deu principalmente por sua localização, por se tratar de um lugar vizinho a sede, e estar próximo de toda estrutura do parque, além de sua facilidade no alcance a energia elétrica e água encanada.

Contem certa facilidade de acesso e se trata de um grande vazio que não trará grandes impactos para o local no caso de utiliza-lo para construção do museu, visando o melhor cuidado à ele, já que está localizado em um lugar de proteção ambiental. Atualmente o terreno é usado para alguns esportes e como área de acampamentos. Para construção do museu esses serviços serão realocados para espaços menores que ainda suprem suas necessidades.

O terreno também está situado em um bom lugar em relação ao sol e aos ventos, sendo essa análise necessária para as instalações das salas sensoriais do museu, para que ele seja favorecido em sua sensibilidade.

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Figura 93: Estudo Solar e ventos Fonte: Modificado de Google Earth

TOPOGRAFIA

A topografia da região é bastante acidentada, pois se trata de um espaço em sua grande parte montanhoso. Porém, o terreno e suas proximidades estão localizados em uma baixada considerada quase plana, com pequenos desníveis.

MAPA 3D

O Mapa 3D permite uma visualização melhor da região e a altura de seus edifícios, esse último que não sofre tanta variação, tendo construções chegando ao máximo de 3 pavimentos.

10
Figura 94: Topografia Fonte: Elaborado pela autora Figura 95: Mapa 3D Fonte: Modificado de OpenStreetMap

Aqui pode-se ver os mapas de análise da região, com eles é possível analisar separadamente suas características, como:

• A vegetação que é abundante em todo lugar, com poucos vazios não vegetados.

• O espaço edificado, onde temos edificações como restaurante, capela, pousadas e sede administrativa.

• Acessos que permite a chegada em todos ambientes edificados, possuindo passagem para veículos e alguns deles somente para pessoas.

• Recursos hídricos, contendo o Lago Velho, Lago Novo, rios e córregos.

Figura 96: Mapas comparativos Fonte: Elaborado pela autora

4.2.5. ENTORNO DO TERRENO

No entorno pode-se contar com hotéis, pousadas, restaurante e área administrativa do parque. Diante disso é possível perceber que o parque possui uma forte estrutura para seus visitantes, porém, sendo necessário algumas adaptações de sua acessibilidade, já que o museu pretende chegar a um grande alcance de turistas e os mais diversos tipos de público.

O lugar também oferece uma grande quantidade de atrativos, localizados bem próximos ao terreno, alguns deles de fácil acesso, como a piscina de pedra, os lagos, o castelo de pedra e algumas cachoeiras, e outros que demanda um pouco mais de habilidade para chegada, como no caso das grutas e cavernas.

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Figura 97: Imagem do meio da floresta Fonte: Foto por Elizeni Lima

ENTORNO PRÓXIMO DO TARRENO

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Figura 99: Lago Velho Fonte: http://viajarcomerefotografar.blogspot.com/2014/12/parque-estadual-intervales-ribeirao.html Figura 98: Mapa do entorno Fonte: Google Earth Figura 100: Pousada Lontra Fonte:http://viajarcomerefotografar.blogspot.com/2014/12/parque-estadualintervales-ribeirao.html

com/2014/12/parque-estadual-intervales-

http://viajarcomerefotografar.blogspot.com/2014/12/parque-estadual-

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Figura 101: Pousada Esquilo Fonte:http://viajarcomerefotografar.blogspot ribeirao.html Figura 104: Centro de visitantes Fonte: intervales-ribeirao.html Figura 102: Pousada Onça Pintada Fonte:http://viajarcomerefotografar.blogspot.com/2014/12/parque-estadualintervales-ribeirao.html Figura 103: Entrada Fonte: Foto por Osvaldo Polississo Figura 105: Quiosques Fonte: Acervo da autora Figura 106: Terreno Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 107: Restaurante Fonte: Foto por Osvaldo Polississo Figura 108: Pousada Pica-Pau Fonte: Foto por Osvaldo Polississo

LOCALIZAÇÕES

Figura 109: Mapa de localizações Fonte: Elaborado pela autora

LEVANTAMENTO TOPOGRAFICO

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Figura 110: Foto do terreno, vista do Mirante da Anta
Terreno
Fonte: Foto por Elizeni Lima
- 107 -
Figura 112: Foto do terreno 2 Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 111: Foto do terreno 1 Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 114: Foto do terreno 4 Fonte: Foto por Elizeni Lima
T E R R E N O
Figura 113: Foto do terreno 3 Fonte: Foto por Elizeni Lima
- 109 -
O PROJETO
5.
Figura 115: O projeto Fonte: Elaborado pela autora

O projeto

O projeto surge como um chamador turístico para o Parque Estadual Intervales, que está situado na pequena cidade de Ribeirão Grande, onde o turismo tem como principal objetivo amenizar as atividades ilegais que são as principais ameaças da floresta pertencente a Mata Atlântica. Como já expresso no presente trabalho o museu também consegue um aumento considerável de visitantes em uma região o que proporcionaria uma alta do desenvolvimento e da renda local.

Com base nisso foi criado o MUSEPI – Museu Sensorial do Parque Estadual Intervales, uma composição de obra arquitetônica com espaços multissensoriais da Mata Atlântica onde será explanada as melhores características da floresta, que pretende envolver todas as pessoas ao redor.

E para responder a questão do porque de um museu sensorial, tem-se que esse “é o agente que transforma e influencia o mundo e praticamente tudo que o compõe”(ANJOS; DIAS, 2017), já que “o homem está exposto a conhecer e a descobrir novos edifícios, seus papéis enquanto obra de arquitetura, as possibilidades sensoriais e suas relações de memórias históricas e culturais” (ANJOS; DIAS, 2017). E por isso o projeto pretende impactar as pessoas, pois após essa visita essas pessoas sairiam dali tendo com sigo maior experiência, conhecimento e respeito pela mata.

E por fim, o projeto também procura se encaixar e se harmonizar com seu entorno que está localizado aos redores de uma floresta, ele busca impactar o mínimo possível procurando formas ecológicas e sustentáveis para sua existência.

- 110 -

MUSEPI - Museu Sensorial do Parque Estadual Intervales

Figura 116: Vista da entrada do MUSEPI Fonte: Elaborado pela autora

Desenvolvimento da ideia

• Caminho da Floresta: o visitante precisa percorrer um caminho sinuoso pela floresta, quando este decide fazer uma trilha. Daí surge a forma mais sinuosa do MUSEPI– Museu Sensorial do Parque Estadual Intervales. Como se esse turista tivesse que passar por esse caminho só que dentro de um museu.

• Espaços Sensoriais:Proporcionar aos visitantes uma atmosfera totalmente diferente da que esse costuma vivenciar. E conseguir tudo isso através dos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato).

• Aproximação do turista da natureza: O museu também pretende aproximar o visitante da floresta, fornecendo a ele o bem estar do ambiente e um melhor conhecimento sobrea Mata Atlântica.

http://alvaroxavier.blogspot.com/2010/05/parque-estadual-intervales-trilha-do_11.html
Figura 117: Trilha intervales Fonte: Figura 119: Ideia inicial croqui 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 118: Ideia inicial croqui 1 Fonte: Elaborado pela autora Figura 120: Desenho em aquarela do MUSEPI Fonte:Elaborado pela autora
________________________________
Figura 122: Vista do Mirante da Anta Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 121: Lago novo Fonte: Foto por Elizeni Lima Figura 123: A mata na trilha do Castelo de Pedra Fonte: Foto por Elizeni Lima

Para elaboração do projeto foi buscado inspirações na própria natureza, tendo a Mata Atlântica como tema principal (em destaque a reserva do PEI). As figuras mostram quais elementos compõe a floresta e que serviram como guia para elaboração das salas de exposições.

_________________A INSPIRAÇÃO!

- 115 -
Figura 125: Cachoeira Água Comprida Fonte: Foto por Renato Paiva Figura 124: Gruta da Luminosa Fonte: Foto por Renato Paiva Figura 126: Foto do Lago Velho
________________________________
Fonte: Foto por Elizeni Lima

• Uso de materiais e métodos que remetam a Mata Atlântica (pedra, vegetação e concreto em sua forma mais rústica)

• Uso de vidro para criar interação do publico interno com a área externa

• Salas que despertem as sensações e aproxime os visitantes da Mata Atlântica

• Arquitetura trabalhada de forma harmônica com o entorno

• Interação do público com as exposições

• Fluxo contínuo de pessoas que induz o visitante a passar nesse grande corredor

• Forma sinuosa que desperte o interesse em descobrir o que há dentro do edifício

• Paisagismo a favor das sensações que se pretende despertar

- 117 -
_______
PARTIDO ARQUITETÔNICO
Figura 127: Paisagem Mirante da Anta Fonte: Foto por Elizeni Lima

Pavimento superior – Para o pavimento superior o turista tem acesso através de uma rampa acessível (conforme a norma NBR 9050). Ele pode circular livremente até chegar a seu destino, que pode ser os serviços oferecidos (banheiros, primeiros socorros e mini-auditório). Esse pavimento também oferece uma área para descanso e a observação da paisagem.

A direita tem-se a segunda fase das salas de atrativos, ainda em um corredor sinuoso do nível superior.

Pavimento Térreo

Pavimento térreo – De início o visitante entra pela porta principal já se deparando com a recepção/bilheteria, que se encontra de forma ordenada e acessível. Em seguida o museu oferece uma lanchonete e uma pequena praça de alimentação para as refeições rápidas. Seguindo o caminho podese ter acesso aos banheiros e em seguida a loja.

O anexo a direita oferece os atrativos do MUSEPI que se desenvolve por um grande corredor sinuoso e encaminha o visitante até o jardim sensorial que de encontra na parte inferior do pavimento.

Pavimento Superior

- 120 - Esquematização do Programa
Figura 129: Esquematização do programa (pavimento superior) Fonte: Elaborado pela autora
________________________________
Figura 128: Esquematização do programa (pavimento térreo) Fonte: Elaborado pela autora

Estacionamento (Área= 758 m²) – O estacionamento irá abrigar veículos de pequeno e médio porte, os demais (exemplo: ônibus) serão abrigados em um estacionamento já existente que se encontra próximo ao local.

Praça de Alimentação (Área= 76,08 m²) – A praça de alimentação foi desenvolvida para quem deseja fazer refeições rápidas, consumindo os produtos da lanchonete local. Ela possuí 12 mesas, e tem capacidade total para 48 pessoas em todo o salão de alimentação.

Sala Administrativa (Área= 35,15 m²) – Sala que compõe o setor que administrará o MUSEPI. Cozinha (Área= 28,38 m²) – A cozinha servirá para o preparo dos alimentos que em seguida serão vendidos na lanchonete.

Recepção e bilheteria (Área= 16,86 m²) – Essa área será responsável pela venda de ingressos, e ainda servirá como centro de informações para os visitantes. Lanchonete (Área= 14,10 m²) – A lanchonete receberá os pedidos dos clientes e será encarregada de expor as refeições rápidas.

Lavabos (Área= 3,30 m²) – As salas administrativas e cozinha terão um lavabo, para os respectivos funcionários.

Banheiros (Área= 27,26 m²) – O museu terá banheiros coletivos masculinos e femininos, cada qual também irá compor um banheiro acessível.

Loja (Área= 37,56 m²) – Loja para comercializar produtos referentes a Mata Atlântica.

Sala de limpeza (Área= 12,31 m²) – Sala para armazenamento de utensílios de limpeza do local.

Primeiro Socorros (Área= 10,40 m²) – Sala para realização de primeiros socorros.

Mini Auditório (Área= 99,68 m²) – Sala para realização de reuniões, workshops e palestras.

Área de observação e descanso (Área= 81,11 m²) – Área para observação de uma bela vista do parque, contendo bancos para que o visitante também possa descansar do passeio.

Circulação (Térreo área= 135,07 m²) (Superior área= 150,49 m²). –Espaço destinado a circulação de pessoas.

Corredor longo (Área= 564 m²) – Essa área dará acesso a parte interna do MUSEP, além de possuir bancos e mesas para descanso e consumo de alimento no ambiente externo do museu, com vista para o jardim.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

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Sala 1 - Vegetação (Área= 314,72 m²) - Essa sala expõe as principais vegetações da Mata Atlântica e ainda permite o usuário a ver, tocar e cheirar essa vegetação.

Para o reconhecimento das espécies o visitante receberá panfletos explicativos com as informações e fotos. Cada vegetação também será nomeada em plaquetas com nome popular e cientifico.

NULO ALTO BAIXO ALTO ALTO

Sala 3 - Caverna (Área= 149,32 m²) - Essa sala possuí pouca iluminação, contendo apenas alguns feixes de luz cônica com diferentes focos, fazendo com que o visitante tenha pouco domínio do ambiente, assim como em uma caverna. Pedras revestem suas paredes e se espalham sobre o chão, também permitindo serem tocadas.

NULO MÉDIO BAIXO ALTO BAIXO

Sala 2 - Gruta (Área= 157,44 m²) – Esse ambiente é calmo e acolhedor, ele possuí algumas vegetações suspensa e um espelho d’água que acompanha a sinuosidade do museu, fazendo com que o visitante caminhe diante desse corredor e desfrute de seus atrativos expostos.

NULO ALTO BAIXO ALTO ALTO

Sala 5 - Aves (Área= 157,44 m²) – Esse ambiente é composto por exposições referente as aves (animais de maior variedade no PEI). Nela têm-se algumas aves reconstruídas e imagens em todo seu corredor. Uma caixa de som também irá permitir que o visitante escute os sons de diferentes espécies.

NULO ALTO ALTO NULO NULO

Sala 4 - Solos (Área= 145,10 m²) – Nessa sala são expostos os solos predominantes da região e algumas peças de rochedos mais encontradas. Os solos podem ser tocados e cheirados, divertindo adultos e crianças.

NULO ALTO BAIXO ALTO ALTO

Sala 6 - Invertebrados (Área= 157,44 m²) – Nessa sala será exposto alguns invertebrados da Mata Atlântica e ainda quadros explicativos sobre eles.

NULO ALTO NULO NULO NULO

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Salas de Exposições temporárias (Área= 150 m²) – Essa sala irá receber exposições temporárias para tornar o museu ainda mais convidativo.

Jardim (Área= 2.119 m²) – O jardim será composto por belas flores e arvores frutíferas, todos encontrados na Mata Atlântica, permitindo ao usuário também sentir o aroma e o gosto da floresta. As arvores frutíferas também atrairá pássaros, deixando o cenário ainda mais belo e agradável aos olhos.

SINTA ESSA FLORESTA!

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ALTO ALTO MÉDIO ALTO ALTO
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PALADAR VISÃO AUDIÇÃO TATO OLFATO
Figura 130: Os cincos sentidos Fonte: Elaborado pela autora Figura 131: Gráfico Níveis de Sensações Fonte: Elaborado pela autora

DETALHES E MATERIALIDADE

Aqui encontra-se os materiais em detalhes que compõe o MUSEPI.

Figura 131: Concreto protendido

CONCRETO PROTENDIDO

Execução de grandes vãos livres; Possibilidade de formas orgânicas; Extrutura mais leve;

Fonte: https://www.sh.com.br/blog/2015/o-que-e-concretoprotendido/#:~:text=Concreto%20protendido%20%C3%A9%20uma%20t%C3%A9cnic a,a%C3%A7o%20e%20compress%C3%A3o%20no%20concreto.

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-protendido/

PAREDE DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO

. Velocidade na execução

. Baixa geração de resíduos

Fonte: https://www.build n.com.br/parede-de-concreto/

Figura 133: Parede de concreto moldado in loco

Fonte: https://www.buildin.com.br/parede-de-concreto/

RAMPA DE ACESSO

.Acessibilidade

Fonte: NBR 9050

PILAR ESTRUTURAL

. Transmite as solicitações da superestrutura aos elementos de fundação;

. Resiste as solicitações proveniente das ações horizontais na estrutura;

Fonte: http://maisengenharia.altoqi.com.br/estrutural/pilares-no-comportamento-deuma-estrutura/

CIMENTO QUEIMADO

. Resistente

. Facil limpeza

Fonte: https://blog.decorati.com.br/tendencias-e-inspiracoes/cimento-queimado/

Fonte: https://engenhariadesuperficie.com.br/piso-de-cimento-queimado/piso-de-cimento-queimado/

CORRIMÃO DE ALUMÍNIO

. Proteção

. Apoio a acessibilidade

Fonte: NBR 9050

PISO INTERTRAVADO

Figura 135: Rampa de acesso

Fonte: Pinterest

PORTA DE MADEIRA

Figura 136: Corrimão de alumínio

Fonte: http://www.serralheriamultigesso.com.br/guarda-corpos/corrimaos/corrimao-em-aluminio-pararampa/corrimao-de-inox-para-rampa-preco-moema

PORTA DE VIDRO

Figura 139: Porta de vidro

Fonte: http://www.vidroscristalcenter.com.br/porta-blindex-preco#group1-1

Figura

Fonte:

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/piso-intertravado/

PORTA DE ALUMÍNIO

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140: Porta de alumínio Espaço do alumínio Figura 132: Pilar estrutural Fonte: Pedreirão Figura 134: Piso de cimento queimado Figura 138: Porta de madeira Fonte: Madeira Renascer Figura 137: Piso intertravado

PELE DE VIDRO REFLETIVO

. Não bloqueia a entrada de luz;

. Dispersão de calor;

. Janelas nas paredes de vidro permitiram

uma boa ventilação;

Fonte: https://blog.galeriadaarquitetura.com.br/post/pele-de-vidro-entenda-o-que-esuas-vantagens-edesvantagens#:~:text=Pele%20de%20vidro%20%C3%A9%20um,estruturais%20de %20alum%C3%ADnio%20ficam%20ocultos

Fonte: http://omegaamericana.com.br/site/pele-de-vidro-conheca-as-vantagens-e-desvantagens-desse-sistema/

REVESTIMENTO DE PEDRA MODELO NATURAL

PISO DE MADEIRA

BRISES DE MADEIRA

. Desempenho luminoso e térmico do ambiente;

. Permite visibilidade;

. Protege os acervos da luminosidade;

Fonte: https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/5797225/brise-soleil-saibao-que-e-quais-as-vantagens-e-modelos

PAREDE BRANCA

TIJOLO A VISTA

https://www.vivadecora.com.br/foto/126677/am biente-com-pintura-branca-e-piso-de-madeira

GRELHA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS

. Permite a passagem de pessos por cima do mesmo;

CLARABÓIA TUBULAR

. Menor custo de energia;

. Iluminação natural;

PAINEIS SOLARES

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Figura 141: Pele de vidro Figura 144: Piso de madeira Fonte: Pinterest Figura 142: Brises de madeira Fonte: Pinterest Figura 145: Parede branca Fonte: Figura 143: Revestimento de pedra Fonte: Pinterest Figura 148: Claraboia tubular Fonte: Pinterest Figura 147: Grelha Fonte: Pinterest Figura 146: Tijolo a vista Fonte: Pinterest Figura 149: Painéis solares Fonte: Pinterest

CATÁLAGO DE ESPÉCIES

Para elaboração das salas de exposições e do jardim sensorial foram usadas espécies da fauna da Mata

Atlântica, dentre elas as principais vegetações que compõe a mata.

O controle de altura das árvores mais altas nos ambientes internos se dará pela podagem.

Figura 150: Catálogo de Espécies 1 Fonte: Elaborado pela autora Figura 151: Catálogo de Espécies 2 Fonte: Elaborado pela autora
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RENDERS
Figura 153: MUSEPI visto de frente Fonte: Elaborado pela autora Figura 154: MUSEPI o nome Fonte: Elaborado pela autora Figura 155: MUSEPI e o corredor sinuoso Fonte: Elaborado pela autora Figura 156: MUSEPI bilheteria Fonte: Elaborado pela autora Figura 157: MUSEPI lanchonete Fonte: Elaborado pela autora Figura 158: MUSEPI praça de alimentação Fonte: Elaborado pela autora Figura 159: MUSEPI rampa e entrada das salas Fonte: Elaborado pela autora Figura 160: MUSEPI sala de vegetação 1 Fonte: Elaborado pela autora
- 147 - SALA
1. VEGETAÇÕES
Figura 161: MUSEPI sala de vegetação 2 Fonte: Elaborado pela autora

SALA 2. GRUTA

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Figura 162: MUSEPI sala da gruta 1 Fonte: Elaborado pela autora Figura 163: MUSEPI sala da gruta 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 164: MUSEPI sala da caverna 1 Fonte: Elaborado pela autora
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SALA 3. CAVERNA
Figura 165: MUSEPI sala da caverna 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 166: MUSEPI sala dos solos 1 Fonte: Elaborado pela autora
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SOLOS
SALA 4.
Figura 167: MUSEPI sala dos solos 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 168: MUSEPI sala aves 1 Fonte: Elaborado pela autora
- 155 - SALA 5. AVES
Figura 169: MUSEPI sala aves 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 170: MUSEPI sala invertebrados 1 Fonte: Elaborado pela autora

SALA 6. INVERTEBRADOS

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Figura 171: MUSEPI sala invertebrados 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 172: MUSEPI área de descanso 1 Fonte: Elaborado pela autora

ÁREA DE DESCANSO

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Figura 173: MUSEPI área de descanso 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 174: MUSEPI jardim 1 Fonte: Elaborado pela autora
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JARDIM
Figura 175: MUSEPI jardim 2 Fonte: Elaborado pela autora Figura 176: MUSEPI estacionamento 1 Fonte: Elaborado pela autora Figura 177: MUSEPI estacionamento 2 Fonte: Elaborado pela autora

6. REFERÊNCIAS

6. REFERÊNCIAS

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