FATORES DE CRISE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE (a partir da 2ª metade do séc. XVI) (pág.86-87)
Reanimação das rotas muçulmanas do Levante (pelo mar Vermelho e Golfo Pérsico), concorrendo com o comércio português das especiarias
Ataques de piratas e corsários holandeses, franceses e ingleses, com perda de mercadorias e de navios portugueses
Aumento das despesas de conservação do Império, muito vasto e disperso, atacado por Muçulmanos, franceses, ingleses e holandeses, com o objetivo de comerciarem no Oriente
naufrágios frequentes (devido à sobrecarga das naus)
diminuição do comércio do Oriente
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A UNIÃO IBÉRICA – fatores da união política de Portugal e Espanha (1581) (pág.88-89)
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Crise de sucessão após a morte do cardeal D. Henrique, que não tinha descendentes (1580) - três netos do rei D. Manuel I: Filipe II rei de Espanha, D. Catarina, duquesa de Bragança e D. António Prior do Crato apresentam-se como candidatos ao trono
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A nobreza via na União Ibérica uma proteção dos seus cargos e negócios no Oriente e a alta burguesia via a possibilidade de se infiltrar nas rotas comerciais espanholas (fornecer escravos à América Espanhola e vender em Espanha o açúcar em troca da prata espanhola, útil no comércio do Oriente)
• Em 1580 Filipe II de Espanha enviou tropas para Portugal impondo os seus direitos ao trono; prometia garantir a autonomia de Portugal - os cargos governativos, administrativos, judiciais e militares, a concessão de terras e rendas em Portugal e o comércio com o Império Português seriam exclusivos dos portugueses, não se lançariam novos impostos, as alterações nas leis eram decididas só por Portugueses (reunidos em Cortes), a moeda portuguesa assim como as receitas e as despesas públicas eram separadas, o português era a língua oficial. Filipe II foi aclamado rei de Portugal nas Cortes de Tomar de 1581.
1 Inimigos bem organizados e a falta de reforços devido à falta de dinheiro explicam a perda de territórios a partir de 1620 (Ormuz, Ceilão,
Malaca, Cochim, Bombaim, Mombaça, …). Durante o domínio filipino (1581-1640) a Espanha em guerra com a Inglaterra (tentativa de invasão da Inglaterra em 1588) e a Holanda (Guerra dos 80 anos entre 1568 e 1648) precisava do dinheiro português; durante a Guerra da Restauração (1640-1688) não havia possibilidade de enviar reforços. 2 Nos finais do séc. XVI as perdas devido a naufrágios e ataques sofridos atingiu 40% de toda a navegação.
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