Revista bna final

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Oração

do Senhor dos Navegantes “ Senhor, que em vossa vida manifestastes predileção pelo mar; que escolhestes como apóstolos pescadores que retiravam o pão de cada dia das águas do mar; que caminhastes sobre as ondas, que aplacastes, com gestos soberano, a tempestade do mar; que da barca de Pedro ensinastes às multidões; que ordenastes pescas milagrosas; que aparecestes ressuscitado aos discípulos que estavam no mar; fazei-nos aprender a lição das ondas; que cada um de nossos recuos seja um esforço para nosso avanço. Na hora da tempestade dai-nos fé em vosso poder sobre as ondas e os ventos, e mostrai-nos que convosco não há naufrágio. Sois o senhor dos mares e dos ventos, da terra e das estrelas. Sois o farol, a luz que jamais se apaga. Fazei-nos ver o rumo certo em nossa vida. Conduza nossa mão presa ao leme, para que cheguemos ao porto de infinita paz e de infinita alegria, que preparastes para o fim de nossa longa viagem.

Amém"

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Crédito

Sumário 05 Bem vindo a bordo

Revista comemorativa aos 47 anos da Base Naval de Aratu

06 Mensagem do comandante de operações navais

Correspondência: Base Naval de Aratu, s/n – São Tomé de Paripe Salvador-BA CEP 40 800-310 secom@bns.mar.mil.br

07 Mensagem do comandante do 2° distrito naval

08 Mensagem do comandante da

Comandante da Base Naval de Aratu Capitão de Mar e Guerra Marcio Tadeu Francisco das Neves Comandante do 2º Distrito Naval Vice-Almirante Cláudio Portugal de Viveiros

Assessores Suboficial Raimundo Mélo Neto Segundo Primeiro Sargento Everaldo Cavalcante Ramos Cabo Diogo Santos de Jesus Marinheiro Gabriel Neto de Jesus Marinheiro Wesley Souza Pereira de Brito

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Base Naval de Aratu Estrada da Base Naval, S/N, São Tomé de Paripe, Salvador-BA CEP: 40.800-310 secom@marinha.mil.br Conselho Editorial Capitão de Mar e Guerra Halgacyr Pereira Barbosa Primeiro-Tenente Viviane de Azevedo Rabelo

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Estrutura organizacional Brasão bna Missão, visão e valores Histórico bna

24 Galeria dos comandantes 26 Linha do tempo 30 Tripulação 32 Prêmio mestre antônio da silva

Redatores Capitão de Mar e Guerra Halgacyr Pereira Barbosa Primeiro-Tenente Viviane de Azevedo Rabelo

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica Canal 2 Comunicação e Eventos www.canal2.com.br

base naval de aratu

Ordem do mérito naval DA BNA Magnetologia Tecnologia da informação Facilidades portuárias Memorial da bna Projetos sociais Diário de bordo

52 FACILIDADES INDUSTRIAIS E DE

APOIO DA BASE NAVAL DE ARATU

56 Ordem do dia do 47º aniversário da bna

Esse é o nosso

mascote

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Bem vindo Prezados Leitores, È com grande júbilo que temos a honra de apresentar esta Revista que tem o propósito de prestar uma justa homenagem a esta singular Organização Militar Prestadora de Serviços da Marinha do Brasil, ao ensejo do transcurso do seu 47º aniversário de criação, ocorrida aos 03 dias do mês de junho de 1969, em conformidade com o Decreto 64.630 e Aviso N-1059, de 05 de setembro de 1969, do Ministro de Estado da Marinha, quando recebeu a denominação de Base Naval de Aratu. Esta edição histórica traduz o grande esforço de um restrito grupo de Oficiais, Praças e Servidores Civis da BNA que, em diversos níveis de envolvimento, participou, de forma proativa do projeto, desde a sua concepção, ainda em 2015, ao lançamento e distribuição, como parte da programação comemorativa da criação da nossa Base há quarenta e sete anos.

a bordo!

Por dever de gratidão e justiça, não podemos deixar de agradecer aos autores e/ou revisores dos artigos, bem como aos que ajudaram na seleção das fotografias e na busca dos patrocinadores, pelo denodado esforço para que se tornasse possível a materialização de um sonho, que permite divulgar os aspectos mais importantes para a interpretação do papel da BNA na história da MB, muito particularmente do Comando do 2º Distrito Naval, e do nosso Brasil. Agradecemos, por fim, aos nossos patrocinadores e apoiadores por tornarem possível a publicação da obra no nível de qualidade com que chega às mãos de leitores que valorizam a História, a Marinha do Brasil e o nosso País. Boa leitura. A Base Naval de Aratu

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Mensagem do Comandante

de Operações Navais

É com alegria que me dirijo aos leitores da revista comemorativa aos 47 anos da Base Naval de Aratu (BNA), cuja história e relevância dos serviços prestados ao longo dos anos fizeram dessa Organização Militar um dos principais Órgãos de Apoio Logístico da Marinha do Brasil. Criada para prestar apoio logístico aos meios subordinados ao Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN), bem como da Esquadra, a BNA presta apoio, também, aos meios da Diretoria de Hidrografia e Navegação e de outros Distritos Navais. Nesse contexto, vale ressaltar que, nos últimos sete anos, a BNA realizou os Períodos de Manutenção do Navio Hidrográfico “Sirius”, Navio Polar “Almirante Maximiano”, Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”, Fragata “Niterói”, Navio-Patrulha “Grajaú” e Navio-Patrulha “Macau”, bem como a docagem do Submarino “Tapajó”, reforçando que sua importância ultrapassa os limites da área de jurisdição do Com2ºDN. Dotada de um parque industrial com um dique seco que comporta navios de até 35.000 toneladas, possui ainda um sistema elevador de navios com capacidade para docar até seis navios de 1.200 toneladas, cais e píer com cerca de 1.200 metros de comprimento de área acostável e diversas oficinas. Em virtude da sua infraestrutura industrial, bem como da privilegiada localização, no interior da Baía de Todos os Santos, mantém estreita sintonia com as demandas de reparos navais da comunidade marítima brasileira relacionadas, principalmente, às atividades de petróleo e gás e transporte de pessoal. Em seus 47 anos de existência, a BNA reafirma sua competência técnica em bem executar tarefas de manutenção e reparação naval. Nesse contexto,

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destacam-se a revitalização e transferência da ex-Corveta “Purus” para a Marinha da Namíbia, a modernização dos NaviosVarredores classe “Aratu” e a revitalização da Corveta “Caboclo”, navio com maior tempo em atividade na área do Com2ºDN.

Pautada na excelência dos serviços prestados, marca registrada no cumprimento de sua missão, a BNA procura, continuamente, atingir a eficiência e eficácia tão almejadas por seus clientes, superando com determinação, profissionalismo e competência, os óbices que se apresentam. Com foco nesses clientes, promove melhorias estruturais e gerenciais consistentes na condução de suas atividades, pautadas no Plano de Revitalização, aprovado pela Alta Administração Naval em 2009, em que pese as dificuldades impostas pela atual conjuntura econômica. Não tenho dúvidas de que o sucesso alcançado no cumprimento de sua missão é fruto da atuação de seus Comandantes e de sua valorosa Tripulação, composta de militares e servidores civis que, com determinação e competência, executam com brilhantismo as tarefas que lhes são confiadas. Finalmente, gostaria de parabenizar a Base Naval de Aratu pelo seu 47º aniversário, concitando a todos os militares e servidores civis a manterem a dedicação e o entusiasmo, de forma a cumprir a sua nobre missão, sempre pautada no lema que defende: “GARANTIMOS EM TERRA A SEGURANÇA NO MAR”. Meus cumprimentos, BNA! BRAVO ZULU!

SERGIO ROBERTO FERNANDES DOS SANTOS

Almirante de Esquadra Comandante de Operações Navais

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ALMIRANTE DE ESQUADRA SERGIO ROBERTO FERNANDES DOS SANTOS


Mensagem do Comandante

do 2ºº Distrito Naval

A Base Naval de Aratu (BNA) é motivo de orgulho para o Comando do 2º Distrito Naval. É com satisfação que tenho o privilégio de testemunhar o trabalho dedicado e profissional executado pela BNA, tão importante para o cumprimento da missão da Marinha do Brasil, principalmente na área de jurisdição do 2º Distrito Naval, contribuindo, sobretudo, para a operação segura e eficaz dos navios e embarcações destinados à patrulha das nossas águas jurisdicionais, ao socorro e salvamento de pessoas e embarcações em perigo no mar e nas águas interiores, à manutenção de sinais náuticos necessários à segurança da navegação e também à execução de operações de contramedidas de minagem, que visam a manter livres da ameaça de minas marítimas as linhas de navegação estratégicas para o Brasil. Nesse aspecto, destaco ainda o apoio logístico da BNA às demais Organizações Militares sediadas no interior do Complexo Naval de Aratu, contribuindo sobremaneira para o sucesso no cumprimento de suas tarefas. Cumpre ainda destacar que a BNA opera um Complexo de Magnetologia, único do gênero na América Latina, responsável pela medição e tratamento magnético dos meios navais da Marinha do Brasil.

A atuação da BNA vai muito além dos aspectos materiais, englobando também o fator humano, preponderante para o sucesso em qualquer missão. Por meio da Escola de Formação de Reservistas Navais

e do Centro de Adestramento de Aratu, a BNA vem formando e capacitando pessoal qualificado para as tripulações de navios e organizações militares de terra. Também investe no bem estar do pessoal, mantendo duas vilas navais bem estruturadas, que contam com 548 residências e benfeitorias, como o Centro Comunitário da Vila Naval da Barragem, o Cine Teatro Inema e o Espaço Cultural Marcílio Dias.

Como uma Organização Militar Prestadora de Serviços, a BNA se insere em diversas cadeias produtivas de base marítima e industrial na Bahia, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento econômico regional. A construção de lanchas escolares, a docagem dos ferry boats que fazem a travessia da Baía de Todos os Santos e a implantação do Programa Forças no Esporte, que oferece prática esportiva e educação complementar para crianças de comunidades carentes, são exemplos recentes da contribuição direta da BNA para com a sociedade baiana.

VICE-ALMIRANTE CLÁUDIO PORTUGAL DE VIVEIROS

Reafirmando a satisfação de contar com tão importante Organização Militar sob o meu Comando, parabenizo a todos os militares e servidores da Base Naval de Aratu, que se dedicam à nobre missão de “garantir em terra a segurança no mar”.

CLÁUDIO PORTUGAL DE VIVEIROS

Vice-Almirante Comandante do 2º Distrito Naval

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Mensagem do Comandante

da Base Naval de Aratu

Localizada na bela península de Paripe, a Base Naval de Aratu é a principal referência entre as demais Organizações Militares integrantes do Complexo Naval de Aratu (CNA), na medida em que esta Base é, em última instância, a responsável pela administração, envolvendo limpeza, manutenção e segurança, dos cerca de 8.000.000 de metros quadrados de terreno, de duas Vilas Residenciais com mais de 500 moradores, além das diversas instalações voltadas para a prestação de apoio e facilidades portuárias aos navios da Marinha do Brasil ou, em caráter eventual, às embarcações extra-MB.

Reserva Naval (Serviço Militar Inicial), formando cerca de 500 militares por ano que, além da formação Militar Naval, recebem uma qualificação profissional nas áreas de hotelaria, mecânica, eletricidade, informática, carpintaria e eletrônica, dentre outras.

No interior do Complexo Naval, encontrase a Vila Naval de Inema, contígua à belíssima praia de mesmo nome, que abriga as residências dos Oficiais que servem na área (100 unidades), bem como outras facilidades como um auditório (empregado como cinema nos finais de semana), hotel de trânsito, capela, postos bancários, correios, heliponto, sapataria, alfaiataria, lavanderia, brigada de incêndio, posto de saúde, banca Além das Oficinas que compõem o Parque de revistas e uma cooperativa educacional Industrial, a BNA possui um dique seco que atende tanto aos dependentes de com capacidade de doçar navios de militares e servidores civis da Marinha, grande porte e um sistema elevador de quanto a moradores dos bairros vizinhos. navios que facilitam, sobremaneira, as fainas de dosagem dos meios navais, Ainda como responsabilidade da BNA, ou extra-MB, em seus períodos de existe a Vila Naval da Barragem, localizada manutenção. em terreno próximo ao CNA, onde residem praças subalternas e seus familiares, O fornecimento de água às OM de estabelecidas em 411 residências. Aratu é realizado a partir da Barragem dos Macacos por meio de uma Estação Outro aspecto que diferencia a BNA de Tratamento de Água (ETA) que das demais OM da MB diz respeito às possui capacidade ociosa em relação atividades desenvolvidas pelo Departamento às necessidades de rotina. Com vista à de Magnetologia, único em toda a proteção do meio ambiente, a BNA possui América Latina, responsável pela medição, uma Estação de Tratamento de Esgoto, tratamento e compensação magnética dos de modo a reduzir o impacto ao ambiente navios da Marinha do Brasil e de Marinhas marinho da Baía de Todos os Santos. amigas. Em face de sua localização privilegiada, especialmente no que tange à possibilidade de atracação de embarcações de grande porte, a BNA, vem, ao longo dos últimos anos, se tornando uma grande parceira para a indústria de Petróleo e Gás, no apoio às embarcações e plataformas de exploração off-shore. A Base Naval também é responsável pela formação de Marinheiros-Recrutas para a

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Espero que o leitor aprecie a leitura das páginas da nossa revista comemorativa ao aniversário de 40 anos da querida Base Naval de Aratu. Seja bem vindo.

MARCIO TADEU FRANCISCO DAS NEVES

Capitão de Mar e Guerra Comandante da Base Naval de Aratu

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CAPITÃO DE MAR E GUERRA MARCIO TADEU FRANCISCO DAS NEVES


Estrutura Organizacional

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um boleado, encimado pela Coroa Naval e envolto por elipse feita de cabo de ouro terminado em nó direito, campo de azul cortado de prata e sobre o traço do cortado uma roda de leme, de ouro, cortada de meia roda dentada, de azul, no chefe, um caranguejo de ouro e cantões de prata, lavrada de vermelho. “Aratu” - do Tupi ARA-TU, o tombo ou queda de cima, nome de um pequeno crustáceo, pardo lavrado de amarelo, capaz de subir na vegetação dos mangues e que, ao ouvir ruídos, se deixa cair, sumindo na água. Baía no recôncavo da Baía de Todos os Santos, onde a Marinha instalou uma de suas Bases, no campo azul, esmalte tradicional da Marinha, a roda de leme e a roda dentada simbolizam as características principais da Base em apreço: A militar e a da manutenção opera-tiva dos navios por ela apoiados, no chefe, o caranguejo do ouro alude ao próprio, nome da Base, os cantões de prata lavrada de vermelho a ela também se reportam, memorativas que são do grande dique ali existente.

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Missão

“prover apoio logístico às Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, estacionadas ou em trânsito na área do 2º DN, a fim de contribuir para o aprestamento das mesmas”. Com base na missão e pela natureza própria da BNA, bem como o novo ambiente de atuação apresentado pelo EMA a partir das recomendações contidas no relatório do Grupo de Trabalho de Auditoria Operacional, concluído em 2009, temos como META da Organização Militar Prestadora de Serviços Industriais (OMPS-I): “Prestar serviços industriais, de magnetologia, facilidades portuárias e de construção aos meios navais da Marinha do Brasil sediados ou em trânsito na área do 2º Distrito Naval, assim como apoiar e manter a estrutura residencial das Vilas Navais de lnema e da Barragem, a fim de contribuir para o aprestamento dos meios navais e, consequentemente, a garantia da segurança Nacional, e elevar o motivador psicossocial dos militares e seus familiares que residem nas vilas navais respeitando as normas do meio ambientem de saúde e de segurança ocupacional.”

Visão do futuro

Até 2020, consolidar-se como Organização Militar Prestadora de Serviços Industriais de referência por todos os seus clientes, pela excelência dos serviços prestados na área industrial, de magnetologia, de facilidades portuárias e apoio às vilas navais de Inema eBarragem, revitalizando seu parque industrial, aprimorando seus processos produtivos e respeitando as normas do meio ambiente, de saúde e de segurança ocupacional.

Nossos valores

VALORIZAÇÃO DA TRIPULAÇÃO - Nosso maior patrimônio.

Espírito de Equipe - Colaborar sempre com o trabalho dos companheiros e contar com eles.

Ética - Respeitar ao próximo e à Instituição. Estar de acordo com normas consuetudinárias e regimentais da OM.

Fidelidade - Estar constantemente comprometido com os propósitos da OM, seu desenvolvimento, sua competitividade e objetivos estratégicos.

Profissionalismo - Executar da melhor maneira as atividades propostas pelos superiores e pares, com foco no aprimoramento técnico. Organização de excelência - Obter o máximo através do mínimo, sem o prejuízo de nenhuma das partes envolvidas. Comprometimento Organizacional Trabalhar pensando sempre no melhor para instituição e seus clientes.

Responsabilidade socioambiental - Preocupação com o impacto ambiental e social de todas as nossas ações, bem como a busca pelo desenvolvimento de ações que contribuam nessas áreas. Valorização do Colaborador - o colaborador, figura central da organização, será valorizado pela sua qualificação, competência e desempenho, reconhecido sempre pelo seu mérito, pela disciplina, pela perseverança e pela capacidade de relacionamento e estimulado a atualizar-se e aumentar seu conhecimento continuamente.

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Vista aĂŠrea da Aratu Seaplane Base

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Histórico da

Base Naval de Aratu enínsula do Paripe, sobre o Rio Cotegipe (na realidade um canal de água salgada que liga a Baía de Todos os Santos à Baía de Aratu), foi fadada pelo destino a desempenhar papel saliente em nossa História Naval. É interessante assinalar que o primeiro proprietário daquelas sesmarias foi um rico judeu português chamado Antonio Torres, grande construtor naval e proprietário de nu-merosos navios, empregados no comércio das especiarias. Outra coincidência interessante é o fato de ter sido, desde os mais remotos tempos, es-colhida a Ponta D’Areia, na península mencionada, para servir de varadouro. Nesse local se fazia a “querenagem” (limpeza do fundo e reparo no casco das naus portuguesas). Durante a Guerra Holandesa, em 1624, o Rio Cotegipe, ou melhor, a chamada Boca do Rio, serviu de palco para notáveis combates. Ali, o famoso Almirante holandês Pieter Pieterzonn Heyn aprisionou e incendiou várias naus portuguesas, uma delas denodadamente defendida pelo herói baiano Capitão Francisco Padilha, morto nesse combate. Nas guerras da Independência, aquele mesmo local era a meta das heróicas Flotilhas do Recôncavo, comandadas pelo não menos famoso João das Botas, que ali iam depositar os gêneros e munições indispensáveis às forças do General Labatut. Já em 1883, datando de mais um século, foram iniciados estudos para a

construção de uma Base Naval na Península de Paripe, tendo em vista as características e particularidades do local. Faziam parte do Plano de Reforma da Administração Naval, de abril de 1879, que aconselhava que a Base fosse construída ali. Como providência inicial, o Aviso do Ministério da Marinha, de 27 de outubro de 1882, ordenou ao Primeiro-Tenente Antonio Alves Cãmara, então comandando a canhoneira Traripe, que procedesse a estudos no interior do porto da Bahia, para a escolha do local mais apropriado para a mudança do Arsenal da Marinha da mesma província, construção de diques e a instalação de um porto militar e arsenal de primeira ordem, mais especificamente na Península de Paripe.

Antônio Alves Câmara No posto de Primeiro-Tenente foi Comandante da Canhoneira Traripe

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Após minucioso levantamento hidrográfico da região, o referido tenente apresentava o seu relatório final, em agosto de 1883, onde vale a pena transcrever um trecho em que ele se referia à Baía de Aratu: “Melhor lugar nem mais próprio não podia proporcionar esta enorme bacia, e só a distância, falta de recursos, progresso lento da Bahia e outras circunstâncias podem explicar a ausência aí de estabelecimentos navais, principalmente de diques, de cuja falta tanto se ressente este porto, que é aliás, o procurado de preferência pelos navios de vela, que navegam o Sul Atlântico, pela facilidade que encontram em demandá-lo em caso de avarias, água aberta, falta d’água, incêndio e enfermidades”. Deste relatório em diante existe uma lacuna de informação até a época da Primeira Grande Guerra, quando ali ocorreu o episódio da perseguição e consequente afundamento da Canhoneira alemã Eber por um cruzador inglês, próximo à Boca do Rio. Durante a Segunda Guerra Mundial foram realizadas construções pela Marinha americana por toda a zona

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costeira do Brasil, dotando-a de bases aéreas e navais que foram de importância vital para a campanha anti-submarina no Atlântico sul e que representavam eficientes pontos de apoio na rota aérea para a África. Como as estradas existentes no Brasil, na época, eram precaríssimas, sendo utilizadas apenas para transporte de material estratégico muito pesado para ser transportado por via aérea, foram implantadas diversas bases, formando uma extensa cadeia ao longo da costa, desde o Amapá até Santa Cruz, envolvendo Belém, Igarapé, São Luiz, Camocim, Fortaleza, Fernando de Noronha, Natal, Recife, Maceió, Ipitanga, Salvador, Caravelas e Vitória. Em Salvador foram criadas duas bases navais. A primeira, a base aeronaval Aratu Seaplane Base, que ocupou uma área ao norte da península de Paripe, começou a funcionar em 13 de dezembro de 1941 e nela foram construídos alojamentos, oficinas, rampa de hidroaviões, hangares, etc. A função desta unidade militar foi de apoio aos hidroaviões das forças navais americanas, servindo, portanto, de base para os Catalinas e

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Blimps, empregados na vigilância antisubmarina dos mares nordestinos. A segunda base naval americana, designada de Base Baker, ocupou o terreno onde hoje está instalado o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador, área portuária da cidade. Em janeiro de 1943, foi implantado na Base Baker uma unidade naval para atender aos Detroyers e como já existissem facilidades disponíveis para docagens, além de depósitos e oficinas, fez-se somente necessária a construção de alojamentos para oficiais e guarnição dos navios, e a transferência de um dique flutuante para a área. Essas instalações, após a guerra, foram entregues à Marinha Brasileira e se transformaram na Base Naval do Salvador. Posteriormente, as autoridades navais brasileiras escolheram, para a construção definitiva da Base de Salvador, o local que compreendia os terrenos fronteiros e adjacentes à Escola de Aprendizes Marinheiros e à Capitania dos Portos, zona conhecida sob denominação de Preguiça. Após ter-se procedido à desapropriação de grande parte do terreno e iniciado os trabalhos


de fundações dos primeiros edifícios, verificou-se a inadequabilidade do local escolhido e suspenderam-se os trabalhos. Isto se verificou em 1947, após o relatório apresentado, pelo então Diretor-Geral de Engenharia Naval, Contra Almirante (EN) Gastão Greenhalgh Ferreira Lima. Escolhido então novo e definitivo local para a Base Naval a ser construída, ou seja, aquele que fora ocupado durante a guerra pela base aeronaval americana Aratu Seaplane Base, foram iniciadas providências com o objetivo de transferir para Aratu a Base Naval de do Salvador. Para isso foram feitos entendimentos e passada à jurisdição da Marinha a ex-base aeronaval Aratu Seaplane Base que, após o término da guerra, ficara em poder do Ministério da Aeronáutica. As instalações construídas pela aviação naval americana em Aratu, embora de caráter provisório e incompletas, permitiram essa transferência, desde que fossem feitas as adaptações necessárias e mais algumas construções indispensáveis ao aproveitamento do material, equipamentos e aparelhagens existentes na ex-Base Baker. Para tomar posse do terreno e nele instalar pessoal da Marinha, foi julgado necessário levar para Aratu, em março de 1949, a Companhia Regional de Fuzileiros Navais, o que requereu fossem iniciadas algumas obras, como a construção de ponte de atracação, construção do pavilhão do rancho, adaptação de um pavilhão existente para servir de alojamento, terraplanagem, aterro e segurança do terreno e escoamento de águas pluviais. A transferência da Base Naval do Salvador, porém, não pôde ser realizada imediatamente, entre outras razões, pela deficiência de água verificada no local. Visando à concretização da ideia da construção da Base Naval de Aratu, o Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Sylvio de Noronha, pelo aviso n° 964, de 14 de abril de 1948, designou uma comissão de planejamento,

presidida pelo então comandante do 2° Distrito Naval, Contra Almirante Armando Berford Guimarães, para organizar o anteprojeto da Base. Essa comissão deveria organizar esse documento de acordo com as diretrizes constantes das instruções que acompanharam o referido Aviso. Em 26 de julho de 1959, em continuação ao ofício da Comissão de Planejamento, foi aprovado o anteprojeto apresentado pelo Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Sylvio de Noronha. Em 3 de agosto, o Ministro da Marinha dirigiu ao Chefe do Estado Maior da Armada o memorando n° 1.033, designando uma outra comissão para a organização do projeto definitivo da Base, assim constituída: Presidente, Comandante do 2° Distrito Naval; Comandante da Base Naval do Salvador, Capitão de Mar e Guerra Paulo Mario da Cunha Rodrigues (representando o EMA), Capitão de Fragata (EN) Rubens Vianna Neiva, Capitão de Corveta (EN) Aniceto Cruz Santos e os engenheiros civis Raimundo Eurico Cavalcanti e Horacio Fitipaldi, tendo como assessores técnicos os oficiais da Missão Naval Americana, Capitães de Fragata Hubert Bausell Reece e George Winfield Scott Junior. Essa Comissão, em 7 de dezembro de 1950, apresentou o projeto definitivo, aprovado pelo Ministro da Marinha, que o mandou executar. Para o melhor aproveitamento da região de Aratu, que oferecia condições especialíssimas para o estabelecimento de uma base naval de primeira

ordem, conforme desejo da Administração Naval, tornava-se insuficiente a área ocupada pela ex-base aeronaval. Foram, então, tomadas providências no sentido de ser constituída a área necessária à Base Naval de Aratu. Tendo em vista a configuração própria do local, o contorno dos terrenos e condições de acesso por terra até a baía de Aratu tornava-se necessário que a Marinha dispusesse não só dos terrenos da ex -Base Aeronaval como das fazendas vizinhas chamadas Ponta da Areia, Boca do Rio e Pombal, a primeira das quais de propriedade do Governo do Estado da Bahia e as duas últimas particulares. Coube à administração do Almirante de Esquadra Sylvio de Noronha, através do então Comandante do 2° Distrito Naval, Contra Almirante Armando Berford Guimarães, realizar a relevante tarefa de adjudicar para posse e domínio da Marinha a região onde estavam sendo instalados os serviços indispensáveis às diferentes missões da Base Naval de Aratu. Vale aqui recordar como isso se tornou possível. Por ocasião das negociações feitas relativamente à utilização da zona da Preguiça como sítio da Base Naval em virtude de estar nela compreendida a área da Escola de Aprendizes Marinheiros, cogitou-se construir essa Escola em outro local e para isso foram feitas desapropriações no bairro de Monte Serrat, que havia sido o escolhido. Interesses da Prefeitura de Salvador, todavia, opuseram-se, muito justamente, a esse projeto, visto que se tratava de um bairro cuja urbanização era cuidada com vivo interesse, em virtude de estar situado à beira de uma praia pitoresca, muito utilizada pela população, e a Escola viria a interditá-la. Por essa forte razão, o Governo do Estado oferecia compensação à Marinha, uma vez que fosse abandonado o plano de construção em apreço. Assim foi que, pretendendo a Marinha a fazenda Ponta da Areia, nenhuma dificuldade foi encontrada na sua obtenção, pois o Go-

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vernador do Estado, Dr. Octávio Mangabeira, prontificou-se imediatamente a doá-la ao Ministério da Marinha, o que foi efetivado por decreto de 8 de agosto de 1947, do Governo do Estado, sendo a escritura de doação passada em 6 de setembro daquele ano. Quanto às fazendas Boca do Rio, de propriedade do espólio do Dr. Carlos Aguiar da Costa Pinto, e Pombal, de propriedade de Oscar Magalhães Ltda., depois das providências legais necessárias, processadas em perfeita harmonia com os proprietários e em caráter sempre amigável, foram as mesmas adquiridas, sendo as escrituras passadas em 25 de outubro de 1948. É também desta data a desapropriação da Fazenda Boca do Rio. Desse modo, a área destinada à Base Naval de Aratu ficou constituída pelos seguintes terrenos: a) da antiga ex-base aeronaval americana Aratu Seaplane Base; b) da Fazenda Ponta da Areia; c) da Fazenda Pombal; e d) da Fazenda Boca do Rio (onde hoje ainda existe a casa do antigo proprietário). A grande dificuldade que obstou a mudança da Base de Salvador para Aratu foi a falta de água verificada na região.

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O exame do terreno para abertura de poços artesianos foi negativo e a capacidade da lagoa existente na fazenda Boca do Rio foi considerada deficiente. Não obstante, para o consumo na época foi aproveitada essa lagoa, tendo sido instalada uma pequena adutora que abastecia a Base. Para a solução final do problema, porém, tornou-se necessária a construção de uma barragem no Rio Macacos, distante sete quilômetros da Base e situado na fazenda do mesmo nome, de propriedade do Município de Salvador, o qual limita junto ao rio com a Fazenda Meirelles, que pertencia a Empresa de Carnes Verdes da Bahia. Foi preciso, então, obter-se a posse da Fazenda Macacos e de uma faixa de terreno de 50 metros de largura da Fazenda Meireles, em torno da barragem a ser construída. Feitos os entendimentos nesse sentido, a Fazenda Meirelles foi desapropriada pela União - Decreto n2 42.496 de 24 de outubro de 1957 e a Fazenda Macacos foi doada pela Lei Municipal no 492 de 15 de julho de 1954, do Município de Salvador, que, juntamente com a desapropriação de faixa de terra da Fazenda Aratu, formam hoje a região ocupada pela Vila Naval da Barragem.

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Inicialmente, as obras de sua instalação estiveram a cargo da Diretoria de Engenharia Naval. Em 29 de agosto de 1951, foi criada a Comissão Construtora da Base Naval de Aratu, cujos primeiros trabalhos foram: a adaptação das dependências da antiga base aeronaval americana na Ponta da Areia, os grandes movimentos de terras para o preparo do terreno, a construção da barragem dos Macacos e a desapropriação de terrenos para a construção da estrada da Base Naval. Em 1951, foram efetuadas pesquisas hidrográficas e geotécnicas, além de estudos urbanísticos. Como parte complementar de obras programadas no projeto, adaptou-se a antiga Fazenda Boca do Rio para servir de sede à Comissão, construiu-se uma linha telefônica ligando a Base à linha-tronco Salvador-Feira de Santana e foi providenciada a manutenção da estrada Valéria - São Tomé de Paripe. Já em 1955, iniciou-se a construção do Cais Alfa, o primeiro a entrar em funcionamento, sendo que o Cais Bravo e o Dique Seco foram começados somente em 1962. As obras visavam, fundamentalmente, à criação de um centro de reparos navais e apoio à Marinha de Guerra e navios mercantes de maior capacidade operacional. Entretanto, a partir de 1965, o programa inicial foi ampliado na direção de uma base naval completa, dotada de instalações para atendimento das funções logísticas inerentes a uma organização desta monta, ou seja, de atividades como manutenção e reparo, pessoal, saúde, abastecimento e provimento de facilidades diversas para os navios. A 1° de Janeiro de 1970, a Base Naval de Aratu começou a funcionar. Criada pelo Decreto n° 64.630, de 3 de junho de 1969, teve seu funcionamento regulado por instruções aprovadas pelo Aviso no N-1059 de 5 de setembro de 1969, do Ministro da Marinha. Seu acervo inicial constou de máquinas e equipamentos recebidos dos Estados Unidos, transferidos da Base Naval do Salvador, que já se encontrava desativada.


Construção do dique

O projeto de

construção da Base

condução das obras de construção da Base Naval de Aratu esteve, a princípio, a cargo da Diretoria de Engenharia Naval, até 29 de agosto de 1951. Posteriormente, foram criadas diversas comissões que se sucederam na direção das obras, que receberam as seguintes denominações: - Comissão Construtora da Base Naval de Aratu (CCBNA), subordinada

ao Ministro da Marinha, foi criada pelo Aviso Ministerial n° 2311, de 29 de agosto de 1951. Tinha como propósito construir uma base naval na Ponta da Areia, Baía de Aratu, de acordo com o plano definitivo da Base Naval de Aratu aprovado pelo Ministro da Marinha; - Comissão de Construção de Bases Navais (CCBN), subordinada ao Ministro da Marinha, foi criada pelo Aviso Ministerial nº 2752, de 07 de dezembro de 1953. Tinha como propósito coordenar e uniformizar os serviços de

construção de Bases Navais do norte, nordeste e leste do Brasil. A Comissão Construtora da Base Naval de Aratu (CCBNA) mencionada anteriormente tornou-se o Escritório Técnico Administrativo da CCBN e passou a se chamar ETA-Salvador; - Comissão de Construção do Centro de Reparos Navais de Aratu (CCERNA), subordinada ao Comandante do 2° Distrito Naval nas questões militares e administrativas e à Diretoria de Engenharia da Marinha nos assuntos

Base Naval de Aratu - M a r i n h a d o B r a s i l

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Dique 1

técnicos, foi criada pelo Aviso Ministerial n° 2.146, de 21 de outubro de 1963 e extinto pelo Aviso Ministerial n° 0917 de 15 de junho de 1965. A reformulação do Plano Diretor de Bases, aprovado pelo Aviso Ministerial nº 345/1962, estabelecia os Centros de Reparos Navais (CERN). Com o propósito de dar celeridade à construção do Centro de Reparos Navais de Aratu (CERNA), foi criada a Comissão de Construção do Centro de Reparos Navais de Aratu (CCERNA); - Escritório Técnico-Administrativo de Aratu (ETA-Aratu), subordinada ao Comandante do 2° Distrito Naval nas questões militares e à Diretoria de Engenharia da Marinha nos assuntos técnicos e administrativos, foi criado pelo Aviso Ministerial n° 918, de 15 de junho de 1965 e extinto através do Aviso nº 2.651, de 12 de outubro de 1966. Tinha como propósito prontificar o Centro de Reparos Navais de Aratu (CERNA); e

18

Dique

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Construção das oficinas

Comissão de Construção da Base Naval de Aratu (CCBNA), subordinada à Diretoria de Engenharia da Marinha, foi criada pelo Decreto n° 59.318, de 28 de setembro de 1966. Tinha como propósito superintender e coordenar os trabalhos relacionados à construção da Base Naval de Aratu. O projeto de construção da Base Naval de Aratu, para facilidade de execução, foi dividido nos seguintes itens, representados pelos pesos em que se constituíam: Cais Alfa .......................................12% Cais Bravo....................................10% Dique seco.................................. 15% Oficinas e respectivas facilidades......5%

Energia elétrica e comunicações....10% Água (adução e distribuição)............6% Urbanização....................................9% Prédios para administração............10% Facilidades.......................................9% Bacia de evolução ..........................6% Residências.................................... 8% Total ..........................................100% O Cais Alfa teve sua construção iniciada em 1955 e destinava-se à atracação de navios de pequeno calado (até 5,50m). Mais tarde, foi considerada a necessidade de seu rebaixamento para cota idêntica a que fora adotada para a construção do Cais Bravo, iniciada em 1962, e que era de menos 7 metros, referida no zero hidrográfico.

Foi igualmente determinado que parte dos caixões construídos em 1954 fosse utilizada como prolongamento do Cais Alfa. Nestas condições, elaborados os respectivos projetos, foi a construção do Cais Alfa concluída em 30 de novembro daquele mesmo ano. O Cais Bravo, cuja construção foi iniciada em 1962, é composto de dez blocos de peso e quatro leves, fincados sobre estacas num total de 286 metros de comprimento. Com o propósito de conter prováveis movimentos do terreno (constituído de massapê) sobre o cais, tendendo a deslocá-lo, foi projetada e executada uma cortina de fechamento, de perfis metálicos atirantados ao terreno e solidarizados por uma viga de concreto em sua parte superior e dotado de redes de água potável, água salgada, ar comprimido, incêndio, vapor e energia elétrica (440 V, CA de 60 ciclos por segundo, trifásico e 220 V, CC). O Dique Seco, cuja construção foi iniciada em 1962, possui 220 metros de comprimento, e dispõe de redes de água potável, água salgada, energia elétrica e esgoto sanitário. O grupo de construção denominado Oficinas abrange uma área de cerca de 17.600 metros quadrados e é composto de 8 oficinas e paióis. Estas oficinas foram na época equipadas com as máquinas que estavam instaladas na Base Naval de Salvador e com as recebidas via Programa de Ajuda Mútua, do governo dos Estados Unidos. As obras relativas ao sistema de energia elétrica da Base foram iniciadas com as instalações de rede de iluminação, o que foi feito mediante convênio da MB com a companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF). O item relativo à água compreende uma rede de abastecimento proveniente da Barragem dos Macacos, pertencente à MB e situada em terrenos de sua propriedade, afastada cerca de seis quilômetros da BNA.

Base Naval de Aratu - M a r i n h a d o B r a s i l

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Importância da BaseNaval Aratu

no contexto do apoio Naval

m 1975, o Estado -Maior da Armada realizou um estudo sobre a transferência dos contratorpedeiros para Aratu, modificando consideravelmente a filosofia existente na época. Fundamentando-se em razão de ordem financeira, considerou-se como não oportuna essa transferência. Tal decisão contribuiria para uma economia de recursos, pelo fato, entre outros, de não ser mais necessária a ampliação de serviços de apoio ao contingente de pessoal que seria movimentado para essa Base Naval. Verificou-se ainda que, sob o ponto de vista logístico, a transferência de esquadrões de contra-torpedeiros, ou mesmo de um esquadrão, poderia e deveria ser adiada. O aspecto estratégico passou a figurar como solução alternativa em caso de necessidade decorrente do problema de segurança. A adoção do sistema de apenas estacionar certo número de contratorpedeiros em Aratu, em regime de rodízio, sem mudança de sede, atenderia a conveniência de diminuir a concentração de meios flutuantes no porto do Rio de Janeiro. Cabe ainda assinalar que ficou explícito de modo evidente no estudo do EMA, que a função básica da Base Naval de Aratu era prover apoio de manutenção e reparos aos meios flutuantes. O aumento progressivo do número de PNR (Período Normal de Reparos) e PDR (Período de Docagem de Rotina) executados na Base contribuía para aliviar os encargos do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e

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retificava a imagem da Base como estabelecimento de reparos. Além disso, dentre os fatos citados na apresentação das razões que justificavam a não transferência para Aratu, evidenciou-se que o número de contra-torpedeiros tenderia a diminuir nos anos seguintes em face da idade e do estado dos navios existentes e da carência de recursos financeiros para aquisição de novas embarcações deste tipo. Apoiado neste estudo realizado pelo Estado-maior da Armada, o Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Geraldo Azevedo Hennig, pelo Despacho n° 1.248 de 22 de dezembro de 1975, aprovava as seguintes diretrizes básicas para elaboração do Plano Piloto da Base Naval de Aratu: a) até 1978, o desenvolvimento da BNA obedeceria os seguintes parâmetros: I — ênfase na função logística, manutenção e reparo, aplicáveis aos navios

g M a r i n h a d o B r a s i l - Base Naval de Aratu

da esquadra, Força de Transportes da Marinha e Grupamento Naval do Sul (que na época se localizava no Rio de Janeiro), com o propósito de aliviar a carga correspondente ao AMRJ; II — apoio total, inclusive no que se relaciona a moradias, para o Esquadrão de Minagem e Varredura, Grupamento Naval do Leste e embarcações da Base, o que abrange os aspectos pertinentes à guerra de Minas e à defesa do porto; e III — apoio eventual (manutenção e reparo, adestramento e assistência médico sócio-re-creativa) para navios da MB, em trânsito ou estacionados em Aratu e/ou em Salvador. b) a transferência de sede de navios para a Base Naval de Aratu, por exigir medidas especiais, entre as quais se incluem as de apoio ao pessoal militar e seus dependentes, será normalmente precedidas a prazo razoável para a concretização das providências cabíveis;


c) deverão ser reservadas áreas para as futuras expansões da Base, cujas especificações (tipos e profundidades de atracadouros, natureza e dimensionamento de instalações de reparo de abastecimento, de adestramento, de apoio habitacional e sócio-recreativo, entre outras), dependem da evolução dos meios da Marinha, a serem ainda identificados, mas podem ainda ser presumidos; e d) no período de 1977 a 1980, serão mantidos, a nível do período de 1974 a 1976, os recursos financeiros a serem aplicados na conclusão da NBA, corrigidos da desvalorização da moeda. A situação configurada em decorrência da alteração que o estudo do EMA gerou no modo como até então vinha sendo encarada a missão da Base resultou numa situação razoável no que se relaciona a infra-estrutura material disponível, vinculada ao apoio direto aos navios. Desta forma as deficiências remanescentes puderam ser consideradas num processo de reformulação de necessidades, bem como dentro de um conhecimento das medidas adequadas que pudessem saná-las. A conseqüência objetiva gerada pelo estudo do Estado-Maior da Armada foi a reformulação das Diretrizes para Desenvolvimento da Base Naval de Aratu realizadas pelo EMA e aprovadas pelo Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Geraldo Azevedo Henning, em 25 de março de 1976. Este

documento encaminha as funções da Base mais realisticamente transferindo para longo prazo as tarefas que resultarim em mudanças sensíveis não só para a referida Base Naval, bem como para a estrutura organizacional da própria MB. Desta forma, na modalidade apoio total, a BNA fica com a incumbência de prestá-lo aos navios ali sediados, isto é, àqueles da Força de Minagem e Varredura, do Grupamento Naval do Leste e às embarcações das Organizações Militares da Marinha na área do 2° Distrito Naval. Complementando seu encargo de apoio total, prevê-se para longo prazo a transferência de “navios da Esquadra, a serem indicados de acordo com os resultados dos estudos de natureza estratégica e logística, realizados pelo Estado-maior da Armada”. É evidente a alusão de que não se pretendia fixar para Aratu maiores responsabilidades, além das que acumulava na época. Supõe-se que esta indefinição tivesse por objetivo único e exclusivo sugerir que, baseado talvez na implementação na Estação Naval do Rio de Janeiro, a Base representasse a primeira fonte de apoio logístico para

unidades navais. Esta afirmação pode muito bem se justificar, a partir de uma análise das funções de “manutenção e reparo” definidas no documento que orienta o crescimento da Base. Os serviços de reparos que competiam a Aratu tiveram um aumento considerável, em relação ao que normalmente ocorria. Tomando-se por base essas diretrizes, a Diretoria de Obras Civis da Marinha contratou o Escritório Técnico Ricardo e Renato Menescal Arquitetos para elaborar o Plano Piloto da Base, englobando uma série de informações gerais da área da BNA, bem como da região, envolvendo as referentes a recursos naturais, economia, indústria e comércio, recursos humanos, infra-estrutura e integração regional. Concluído o trabalho, o desenvolvimento da Base ficou condicionado ao contido naquele documento, que vinha sendo revisado a cada ano com um mínimo de alterações e acréscimos. Entretanto, pela Armadainst (Instrução Permanente do Chefe do Estado-Maior da Armada) nº 428.502, de 17 de julho de 1985, foram fixadas as diretrizes básicas para elaboração, aprovação e revisão de Planos Pilotos, de modo a estabelecer uma metodologia que permitisse uma padronização de procedimentos e ordenasse o desenvolvimento dos Estabelecimentos de Reparo (Estarep) de forma racionalizada, não superdimensionando suas instalações. Assim, o Plano Piloto da BNA da época foi elaborado rigorosamente, de acordo com a instrução permanente acima mencionada, respeitando as determinações da Base Naval de Aratu.

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A Base Naval de Aratu

nos dias atuais

o longo de seus 47 anos de funcionamento, a BNA vem ampliando suas instalações e, na medida do possível, tem recebido aporte de recursos que, aplicados de maneira racional e objetiva têm criado condições naturais para a expansão dos seus meios de apoio, possibilitando, desta forma a consecução eficaz dos reparos que lhes são requeridos. A missão da BNA é prestar “apoio logístico às Forças Navais, navios e embarcações da Marinha do Brasil”, a fim de proporcionar-lhes condições indispensáveis a sua maior eficiência operativa. Subsidiariamente, prestar apoio às Organizações Militares terrestres, situadas na área de jurisdição do 2° Distrito Naval, podendo, também, desde que sem prejuízo de sua missão principal, apoiar navios não pertencentes à MB. Esse apoio logístico abrange as funções logísticas de manutenção e reparos, adestramento de guarnições em terra, assistência médica e odontológica, oferecimento de instalações para a prática desportiva, transporte e facilidades aos navios ali atracados, tais como energia elétrica (CC e CA), água doce, vapor, ar comprimido e manobras de pesos. Atualmente, a BNA tem a responsabilidade de prestar apoio aos seguintes meios flutuantes: - Apoio total: seis cinco NaviosVarredores da classe Aratu; uma Corveta da classe Imperial Marinheiro; dois Navios Patrulha da classe Grajaú; um

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Navio Balizados da classe Comandante Varella e outras embarcações sediadas na área do 2° Distrito Naval. - Apoio eventual: a navios da Marinha em trânsito ou estacionados, provisoriamente, em Salvador ou Aratu. - Apoio extra-Marinha: para aproveitar, eventualmente, instalações e mão de obra disponíveis. Para isso, conta a BNA hoje com as seguintes facilidades e instalações: cais acostável (um total de 720 metros), píer (350 metros), dique seco (220 metros), sistema de elevador de navios, laboratório, oficinas (17.600 m2 de área uti-

g M a r i n h a d o B r a s i l - Base Naval de Aratu

lizada), residências (100 unidades para oficiais e 514 para praças), cinema (450 poltronas), cozinha e refeitório (para 3000 refeições/dia) e estação de tratamento de água (para 105 m3 /hora). Além das instalações acima citadas, a BNA dispõe das seguintes facilidades: lavanderia; barbearia; posto de gasolina, lubrificação e lavagem; capela, agência dos correios e posto de atendimento bancário. A Base tem condições de apoiar quase totalmente os meios a ela destinados; apenas alguns poucos reparos obrigam-na à contratação de serviços de terceiros, seja pela inexistência


Conclusão

de mão-de-obra qualificada, seja pela função de aceitabilidade econômica de alguns poucos reparos. Mantendo um estreito contato com os setores industriais e comerciais da área, o que vem proporcionando um benefício mútuo, a BNA vem atuando junto a órgãos governamentais, sejam federais, estaduais ou municipais, na obtenção de melhorias do sistema viário, transportes e iluminação publica, de forma a beneficiar toda a comunidade

residente na área onde está localizada. As populações das ilhas vizinhas, notadamente aquelas da Ilha de Maré, entretanto, são aquelas que mais se utilizam do apoio prestado pela Base, pois nela atracam embarcações para transporte de cargas e passageiros e são atendidas emergências médicas e ambulatoriais, além de que são supridas pela BNA de água potável, em face da inexistência, nas ilhas, de caixas d’água apropriadas para tal.

Esta é a história de criação e desenvolvimento da Base Naval de Aratu, desde suas origens até o importante complexo naval em que hoje se transformou. O seu desenvolvimento foi planejado para que ela possa contar com os meios logísticos que lhe permitam apoiar, integralmente, todas as classes de navios que venham aportar em Salvador, além daqueles sediados nessa área. Para tanto, demandou da indústria nacional a fabricação de equipamentos e a construção de estruturas especiais, como o dique, o Centro de Adestramento de Aratu, laboratórios e a Estação de Medidas Magnéticas e de Desmagnetização. Esse processo de aparelhamento vem contribuindo também, de maneira significativa, para o desenvolvimento da indústria e de organismos civil voltados para as atividades marítimas, com os quais a Base mantém estreito relacionamento. Como pode ser facilmente constatado, a Base Naval de Aratu é um grande desafio que vem sendo enfrentado pela MB e que terá que ser vencido, se realmente aspirarmos dotar nossa Marinha dos meios que ela precisa para bem desempenhar o seu papel estratégico no Atlântico Sul.

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Galeria de

comandantes

01

RAPHAEL DE AZEVEDO BRANCO Capitão de Mar e Guerra 18JUL69 / 24AG070

05 NEY MOURA DE ALMEIDA

Capitão de Mar e Guerra 14FEV75 / 17MAR76

09 CARLOS PONSATI DA

SIVA PEREIRA (INTERINO) Capitão de Fragata 05DEZ80 / 06FEV81

24

02

JOÃO CRUZ ARRUDA (INTERINO) Capitão de Mar e Guerra 18JUL69 / 24AG070

03 ARMANDO AMORIM FERREIRA VIDIGAL

Capitão de Mar e Guerra 21DEZ70 / 30JAN73

06 AMERICO LOBATO MAIA 07 Capitão de Mar e Guerra 17MAR76 / 28FEV78

10 ARMANDO DUARTE THOMPSOM

Capitão de Mar e Guerra 06FEV81 / 18FEV83

WANDERLEY ANACLETO COSTA Capitão de Mar e Guerra 21DEZ70 / 30JAN73

11 Edson Gonçalves Moreira

Capitão de Mar e Guerra 18FEV83 / 05MAR85

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04

MARIO CESAR FLORES

Capitão de Mar e Guerra 30JAN73 / 14FEV75

08 MÚCIO JORGE

CARNEIRO SIMÃO

Capitão de Mar e Guerra 08FEV79 / 05D EZ80

12

LEONARDO VILAIN SERAFIM JOÃO Capitão de Mar e Guerra 05MAR85 / 10MAR87


13 DACIO CUNHA GOMES 14 Capitão de Mar e Guerra 10MAR87 / 12MAI88

17 LUCIO FRANCO DE SÁ FERNANDES

Capitão de Mar e Guerra 16FEV93 / 14JUL94

21 CLÁUDIO ROGÉRIO DE ANDRADE FLOR

Capitão de Mar e Guerra 06FEV98 / 04FEV00

EDGAR HARGREAVES DE CARVALHO Capitão de Mar e Guerra 12MAI88 / 03ABR89

18

JOÃO CARLOS LOUZADA DE GOUVÊA Capitão de Mar e Guerra 14JUL94 / 06OUT95

22 FRANCISCO JOSÉ

TORRES MONTENEGRO Capitão de Mar e Guerra 04FEVO0 / 06FEVO2

26 SÉRGIO A. PEREIRA JOAU 27 CLÁUDIO VIOLA E SILVA

Capitão de Mar e Guerra 11SET07/20JAN10

Capitão de Mar e Guerra 20JAN10 / 06JUN 11

15 CESAR AUGUSTO SANTOS AZEVEDO

Capitão de Mar e Guerra 03ABR89 / 21JAN91

19

PAULO PEDRO MOREIRA DE ALMEIDA (INTERINO) Capitão de Fragata 06OUT95 / 18JAN96

23 MARCUS VINICIUS GUERRA

Capitão de Mar e Guerra 06FEVO2 / 06FEVO4

28

MARCOS CARVALHO COSTA Capitão de Mar e Guerra 02JUN11/ 26MAR13

16

MILTON ALVES RAMIRES

Capitão de Mar e Guerra 21JAN91 / 16FEV93

20 PAULO MARQUES DE OLIVEIRA

Capitão de Mar e Guerra 18JAN96 / 06FEV98

24

CARLOS ALBERTO DE ABREU MADEIRA Capitão de Mar e Guerra 06FEVO4 / 10FEVO6

29

EDGAR LUIZ SIQUEIRA BARBOSA Capitão de Mar e Guerra 26MAR13/12JAN15

25 DELFOS POLYCARPO DAMIÃO

Capitão de Mar e Guerra 10FEV06/ 11SET07

30

MARCIO TADEU FRANCISCO DAS NEVES Capitão de Mar e Guerra 12JAN15/16JAN17

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Linha do tempo

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Tripulação Base Naval de Aratu

Comandante, Oficiais e Guarnição

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Comandante e Oficialidade

Comandante e Guarnição

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O prêmio

“Mestre Antônio da Silva” prêmio “Mestre Antônio Da Silva”, reverenciando a memória do Patrono do Servidor Civil da MB, destina-se a distinguir os servidores que melhor se destacaram durante o ano, em toda MB, pela eficiência, conduta e entusiasmo. É concedido a seis servidores distribuídos pelas áreas de atividade funcionais: Artífices, Nível Médio (Nível Intermediário ou Nível Auxiliar) e Nível Superior que consiste de um troféu, contendo um distintivo especial, de formato hexagonal, encimado pela Coroa Naval e tendo em relevo, sobre o

campo do hexágono, uma ancora, aposta sobre um escudo boleado de madeira de lei servindo de base. O Servidor Civil laureado recebe também uma placa de metal com a inscrição do seu nome, o nome do prêmio, o ano e a assinatura do Comandante da Marinha. A entrega do Prêmio é feita na Diretoria do Pessoal Civil da Marinha (DPCvM), em Brasília, por ocasião do Dia do Servidor Público, 28 de outubro ou em data mais próxima desta da Marinha, ou seu representante. Os nome dos agraciados constam em uma placa dourada, fixaf=da em local de destaque da DPCvM.

Relação de Servidores da BNA condecorados com o prêmio “Mestre Antônio da Silva” Nome

Ano

Augusto Barbosa – Artífice de Carpintaria e Marcenaria Alfredo Souza Sena – Aux.Oper. de Serviços Diversos José Carlos Maciel Lima – Mestre de Docagem Carlos Alberto Moreira de C. E Silva – Artífice de Mecânica (Mestre) José Luiz De Jesus Bramont – Artífice de Mecânica (Mestre) Ademir Santiago – Artífice de Carpintaria e Marcenaria (Mestre) Antonio Da Silveira Gomes – Agente Administrativo Djalma Dos Santos - Artífice de Carpintaria e Marcenaria CARLOS ALCERTO M. DE C. E SILVA – Artífice de Mecânica (Mestre), JOSÉ LUIZ DE J. BRAMONT - Desenhista, ADEMIR SANTIAGO – Artífice de Carpintaria e Marcenaria (Mestre), ANTONIO DA SILVEIRA GOMES – Agente Administrativo, DJALMA DOS SANTOS – Artífice de Estruturas de Obras e Metalurgia (Mestre), JOSÉ CARLOS ALVES PINHEIRO – Pesquisador em Ciências Exatas e da Natureza (Físico),

1989 1993 1996 2004 2005 2006 2007 2008 2003 2004 2005 2006 2007 2011

Servidor mais antigo da BNA Francisco Pascoal de Santana – 38 anos de tempo de serviço Servidor admitido na BNA em 17/12/1974, na função de Auxiliar de Operador de Cinema. Em 01/07/1986, foi enquadrado no cargo de Agente de Cinematografia e Microfilmagem. Foi encarregado do cinema da BNA até 2016. Atualmente trabalha na Seção de Madeira e Vela.

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Dia do Servidor Público No dia 26 de outubro de 2016, a Base Naval de Aratu (BNA) realizou a Cerimônia alusiva ao dia do Servidor Público, presidida pelo Vice-Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, Comandante do 2º Distrito Naval. Na ocasião, foi concedido o Prêmio “Mérito Funcional” ao Servidor Civil AURÉLIO BENEDITO DO CARMO FILHO pelos 40 anos de bons serviços e conduta exemplar no exercício de suas atribuições funcionais prestados à Marinha do Brasil.

Ordem do Mérito Naval da Base Naval de Aratu

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Magnetologia O Complexo de Magnetologia, único em funcionamento na América Latina, opera desde 1981, no ambiente naval e tem por finalidade controlar o magnetismo dos Meios Navais da Marinha do Brasil e das Marinhas Amigas, visando à proteção destes meios na área de guerra de minas de influência magnética.

O Complexo de Magnetologia da Base Naval de Aratu (BNA) é composto pela:

1

Estação de Medidas Magnéticas de Navios (EMMN), também chamada de estação de Degaussing ou de Raia Magnética, localizada na ponta norte da Ilha de Itaparica;

Operações do Complexo de Magnetologia: Medição e tratamento de Meios Navais, e medição e compensação de motores (da esquerda para a direita)

2

Estação de Tratamento Magnético de Navios (ETMN), também chamada de estação de Deperming, localizada no final do cais “Alfa” da BNA; e

Laboratório de Medidas Magnéticas (LMM) ou Laboratório Magnético, localizado ao final da rua Almirante Barroso, lateral do Prédio do Comando.

Como aplicação civil, pode-se efetuar a desmagnetização de equipamentos industriais, principalmente as máquinas de grande rotação que apresentem desagregação de material nos mancais por efeito eletromagnético, equipamentos ou sistemas que apresentem anomalias magnéticas, ou, que por sua situação magnética torne-se difícil a soldagem por arco voltaico.

34

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3


Desenvolvimento na área da Tecnologia da Informação m continuidade às atividades na área da Tecnologia da Informação, encontra-se em fase final de desenvolvimento, um módulo que se integrará ao Sistema de Gerenciamento da BNA (SIGBNA), a fim de possibilitar a criação e a tramitação eletrônica de Pedidos de Serviço de clientes da MB, via intranet. Este módulo possibilitará, dentre outras vantagens: - reduzir o tempo de execução das diversas etapas do processo, contribuindo para o cumprimento dos prazos do Programa Geral de Manutenção da Marinha (PROGEM); - identificar os “gargalos” existentes nas diversas etapas dos processos produtivos, de modo a adotar medidas corretivas; - eliminar o trâmite físico de documentos; - registrar o histórico de todas as etapas, de modo a facilitar a recuperação de informações para confecção de relatórios e outras demandas;

- melhorar o gerenciamento dos serviços por todos os envolvidos no processo; - que os clientes acompanhem, via sistema, os processos de criação, delineamento e execução de seus Pedidos de Serviço, possibilitando maior transparência das informações; e - que navios em comissão, quando necessário, façam seus Pedidos de Serviço antes do regresso, de modo a agilizar as providências que se fazem necessárias. Esse módulo, designado de “SIGBNA - Controle de OS”, é fruto de um constante processo de aprimoramento do SIGBNA, onde técnicas de Análise e Melhoria de Processos (AMP) são utilizadas com frequência. Sua implementação descortina um novo horizonte, onde processos já existentes, tais como o de apropriação de custos, de programação de serviços, de compras e de controle financeiro, considerados essenciais para o bom andamento dos serviços da BNA, serão submetidos à AMP e modernizados posteriormente.

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Facilidades Portuárias Serviços Industriais Cabe a BNA, entre outras tarefas, prover facilidades de estacionamento e docagem além dos serviços de manutenção e reparo, a nível de 2º e 3º escalões aos navios da MB estacionados ou sem trânsito, além de apoiar ou prestar serviços a outros clientes Extra – MB. Para tais providencias a Base dispõe de inúmeras facilidades, entre as quais destacam-se: cais acostável com aproximadamente 720m de extensão, um píer com 350m de comprimentos, um dique seco com 220m de comprimento útil, um Sistema de Elevador de Navios (Selena), uma estação de tratamento Magnéticos de Navios, Heliponto e um parque industrial composto por diversas oficinas. Sistema de Elevador de Navios – Selena Almirante Antônio Leopoldo Amaral Saboia Inaugurado em setembro de 1982, tendo recebido a atual denominação por ocasião do 40º Aniversário de Criação da Base Naval de Aratu, como uma justa homenagem ao então Vice - Almirante Sabóia, Diretor de Obras Civis da Marinha a época da sua construção. Adquirido junto a “SYNCROLIFT INC” de Miami, EUA, em set/1982, o sistema possibilita a docagem de embarcações com até 1.200 ton e 60 metros de comprimento, permitindo a execução de reparos nas partes submersas dos navios. O Elevador de Navios contribui, de forma eficiente, para que esses reparos sejam conduzido com rapidez e segurança. Como Funciona? Por meio de um sistema mecânico- eletrônico, composto por 10 motores e uma plataforma móvel de madeira, o navio é elevado até a altura da base. Com a ajuda de mergulhadores, são verificadas as posições dos picadeiros e, caso necessário, é providenciado o calçamento do navio. Após elevado, o navio é deslocado sobre trilhos até o pátio onde são realizados os reparos. Esse sistema de trilhos permite que até seis navios sejam docados e desdocados no mesmo dia, independente um do outro.

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Características Técnicas Capacidade..................................... 6 Navios Comprimento................................. 60m Peso Máximo................................... 1.200 ton Tempo de Docagem...................... 60 min

Dique Seco Construído em 1969 com tecnologia brasileira, o Dique “Almirante Abel Campbell de Barros” é o único do Nordeste e o segundo maior do Brasil. Voltando a manutenção de embarcações de grande porte- a exemplo de petroleiros, cargueiros, rebocadores de alto mar – possibilita a realização de serviços na parte mecânica e estrutural da embarcação, permitindo o navio manter sua rotina interna. Com meios e sistemas de trabalhos próprios, o Dique Seco permite a realização de reparos navais com qualidade. Após a inundação do Dique, a embarcação é docada, ajustada e inspecionada por equipe técnica. Feito isto, ele é totalmente esgotado em apenas 180 minutos, por cinco bombas de alta capacidade, para em seguida dar-se inicio aos procedimentos de reparo. Trabalhando com um corpo técnico formado por engenheiros, mergulhadores e operadores, a BNA, por meio dos serviços de docagem no dique seco, oferece, não só tecnologia em serviços, mas também uma ampla infraestrutura em sistema de apoio composta por alojamento (para acomodação da tripulação), guindaste de até 20 ton, ar comprimido, frigorífica para a conservação de gêneros dos navios docados, entre outros recursos. Capacidade técnica de atendimento, rapidez de docagem e facilidade como Central de Oxigênio e Sistema Fixo contra incêndio, conferem ao Dique Seco uma infraestrutura completa de serviços para grandes embarcações.

Características Técnicas Comprimento................................. 220m Boca................................................... 35m Altura da Bacia............................ 12m Tempo de Esgotamento............. 180m

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Para o atendimento aos clientes extra-MB, a BNA dispõe além das acima mencionadas, das seguintes facilidades: aDois cais para atracação (total de 720m); aUm píer com 350m de extensão; aUm dique seco (220m x 33m x 12m) com capacidade para docar navios de até 35.000 ton; aUm Sistema Elevador de Navios (SELENA) com capacidade para docagem de navios de até 60m comprimento e 1200 toneladas de deslocamento; aUm parque industrial com oficinas de carpintaria, vela, usinagem, torneraria, ajustagem, fundição, manutenção de motores, instalações elétricas, estruturas, soldagem, jateamento e pintura, eletrônica e navegação; aUma Brigada de Incêndio guarnecida 24horas por dia; aUm heliponto, com capacidade de estacionamento de até 06 aeronaves de grande porte; aServiço de desmagnetização de peças e equipamentos; aFornecimento de água potável; aPosto dos Correios;

aCentro de Adestramento de Aratu (CAARATU) com cursos regulares, aulas práticas de Controle de Avarias, Combate a Incêndio e Sobrevivência no Mar; aAlojamento, fornecimento de água, energia elétrica e telefone; aPosto Bancário (Banco do Brasil e Real); aCapela; aCine-Teatro com capacidade para 450 lugares; aAlfaiataria; aPosto de Saúde; aRancho com capacidade para até 3.000 refeições/ dia; aHotel de Trânsito; aVilas Navais de Inema e Barragem, com 100 e 411 residências para Oficiais e Praças, respectivamente; aLavanderia e; aBanca de Revista.

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Memorial da

Base Naval de Aratu Conhecer o nosso passado e preservar a memória é ter referenciais consistentes para construir o presente e planejar o futuro. É descobrir valores e renovar os vínculos. Com o objetivo de resgatar a memória da BNA e divulgá-la para sua tripulação e o público externo que a visita, foi inaugurado em 14 de dezembro 2016 o Memorial da BNA. Em 12 painéis e 1 maquete, a rica história dessa Base é apresentada desde 1883, quando foi escolhido o local para a instalação de uma base naval no interior da baía de Todos os Santos, passando pela experiência de abrigar uma base aeronaval americana durante a Segunda Guerra Mundial, e se constituir num dos principais órgãos de reparos navais da Marinha do Brasil.

Com mais de 20 anos de atuação, a HITA Comércio e Serviços busca estreitar os vínculos com a Marinha oferecendo alternativas de manutenção e conservação, que podem evitar a docagem e aumentam a disponibilidade da frota Reparo tanque combustível Avipa Dourado

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Selagem do flange de acoplamento Leme da Corveta Caboclo

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Projetos Sócio-Educativos Projeto Base Saúde Prática regular de atividade física associada a alimentação saudável equilibrada.

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Projeto Base doe vida Em parceria com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (HEMOBA), foram realizadas três etapas do projeto “Base Doe vida”, com objetivo de aumentar o estoque de sangue e também ampliar o cadastro de doadores de medula óssea, tendo como público-alvo os alunos da Escola de Formação de

Reservistas Navais, a tripulação da BNA e as OMs apoiadas. Esse projeto viabiliza o ato de doar e tem um compromisso de contribuir com a valorização da vida humana, além de formar uma corrente de agentes multiplicadores e disseminadores da importância social da doação de sangue.

PROFESP Em 2016, a Base Naval de Aratu iniciou as atividades do Programa Forças no Esporte. Esse programa tem como objetivo promover a inclusão social, por intermédio da prática esportiva, no contraturno escolar de jovens que vivem em áreas de vulnerabilidade. O núcleo da Base Naval de Aratu atende a 100 crianças e adolescentes, da rede pública de ensino, moradores das regiões da Ilha de Maré/São Tomé de Paripe. As atividades do projeto ocorrem duas vezes por semana, onde os jovens realizam ati-

vidades esportivas, participam de palestras educativas, têm aulas de reforço e realizam passeios culturais. Além disso, a BNA também faz o acompanhamento do desenvolvimento físico e nutricional das crianças, por meio de avaliações periódicas de peso, altura e exames laboratoriais. O PROFESP é uma importante iniciativa que visa contribuir para a diminuição da evasão escolar, despertar o valor cívico e proporcionar a descoberta de novos talentos esportivos.

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Diário

de bordo 2015-2016

Assunção de comando Aos doze dias do mês de janeiro de 2015, o CMG MARCIO TADEU FRANCISCO DAS NEVES assumiu o comando da Base Naval de Aratu em cerimônia presidida pelo Vice-Almirante LUIZ HENRIQUE CAROLI, Comandante do 2º Distrito Naval.

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VISITA OFICIAL DO COMANDANTE DA MARINHA Aos dezenove dias do mês de março de dois mil e quinze, a Base Naval de Aratu recebeu a visita do Almirante-de-Esquadra EDUARDO BACELLAR LEAL FERREIRA, Comandante da Marinha, por ocasião de visita oficial à área do Comando do 2º Distrito Naval.

Visita do Adido Naval da China Aos oito dias do mês de maio de dois mil e quinze, a Base Naval de Aratu recebeu a visita do General-de-Brigada XU YOUMING, Adido de Defesa da China, por ocasião de visita oficial à área do Comando do 2º Distrito Naval.

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VISITA DO COMANDANTE DA BNA AO VICE-ALMIRANTECAMPBELL DE BARROS Aos nove dias do mês de maio de dois mil e quinze, o Comandante da Base Naval de Aratu realizou visita ao Vice-Alte (EN) ABEL CAMPBELL DE BARROS, oficial de relevante atuação na construção desta Base cujo dique seco leva o seu nome.

Visita da comitiva do navio ChinÊs Zhu Kezhen (872) Aos dezenove dias do mês de maio de dois mil e quinze a Base Naval de Aratu recebeu a visita da comitiva do Navio Chinês ZHU KEZHEN (872), por ocasião de visita oficial à área do Comando do 2º Distrito Naval.

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VISITA de COMITIVA AMERICANA Aos nove dias do mês de junho de dois mil e quinze, o Comandante da Base Naval de Aratu, recebeu a visita da Comitiva Americana representada pelos Aspirantes da US Navy

JURAMENTO À BANDEIRA PELOS GUARDAS-MARINHA DA TURMA II/2015 Aos dezessete dias do mês de junho de dois mil e quinze, os Guardas-Marinha componentes da primeira turma formada nesta Base Naval, que concluíram em 17 de junho do ano corrente Estágio de Adaptação e Serviço, no Centro de Adestramento Aratu, prestaram o solene Juramento à Bandeira Nacional, em cerimônia presidida pelo Vice-Almirante LUIZ HENRIQUE CAROLI, Comandante do 2º Distrito Naval.

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VISITA TÉCNICA DE SERVIÇO MILITAR À BNA Aos onze dias do mês de agosto de dois mil e quinze, a Base Naval de Aratu recebeu a visita da comitiva da Subchefia de Mobilização do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, por ocasião de visita oficial à área do Comando do 2º Distrito Naval.

Cerimônia Militar de juramento à bandeira dos marinheiros recrutas da turma 2/2015 Aos doze dias do mês de novembro de 2015, os marinheiros-recrutas componentes da turma 2/2015 que concluíram o Estágio de Instrução e Aplicação (EIA), na Escola de Reservistas Navais desta Base, prestaram o solene juramento à Bandeira Nacional, em cerimônia presidida pelo Vice-Almirante CLÁUDIO PORTUGAL DE VIVEIROS, Comandante do 2º Distrito Naval.

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Visita oficial do Diretor de Saúde da Marinha 2015 Aos dezesseis dias do mês de novembro de dois mil e quinze, a Base Naval de Aratu recebeu a visita do Vice-Almirante (MD) SÉRGIO PEREIRA, Diretor de Saúde da Marinha, por ocasião de visita oficial à área do Comando do 2º Distrito Naval.

INSPEÇÃO ADMINISTRATIVA MILITAR 2016 Aos três dias do mês de junho de dois mil e dezesseis, a Base Naval de Aratu recebeu a visita do Vice-Almirante CLAÚDIO PORTUGAL DE VIVEIROS, com o Comandante do 2º Distrito Naval, por ocasião do encerramento do IAM - 2016, realizada no período de 30/05 a 03/06 de 2016.

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XVI REUNIÃO DE ESTADO MAIOR ENTRE A MARINHA DO BRASIL E A ARMADA ARGENTINA Aos trintas dias do mês de junho de dois mil e dezesseis, a Base Naval de Aratu recebeu a visita da Armada Argentina, por ocasião XVI Reunião do Estado-Maior, Reunião Bilaterial de Integência e Comitê Naval Operativo entre a Marinha do Brasil e a Armada Argentina.

Visita do Almirantado Programa 2016 Aos doze dias do mês de julho de dois mil e dezesseis, a Base Naval de Aratu recebeu o Almirante de Esquadra, FERNANDO ANTONIO DE SIQUEIRA RIBEIRO, Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, por ocasião da Visita do Almirantado Programada ao Comando do Distrito Naval.

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VISITA DO EMBAIXADOR DO CANADÁ No dia 04 de novembro de 2016, o embaixador do Canadá Riccardo Savone visitou a Base Naval de Aratu (BNA), acompanhado do Adido de Defesa CMG Réal Brisson, a Ministra Conselheira Política Alison Grant e o Conselheiro de Comércio Jason Reeve, onde foram recepcionados pelo Vice-Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, Comandante do 2º Distrito Naval.

INAUGURAÇÃO DO PRÉDIO DA GERÊNCIA DE NAVIOS E NEGÓCIOS EXTRA-MB Foi inaugurado, no dia 18 de novembro de 2016, na Base Naval de Aratu (BNA), o novo prédio da Gerência de Navios da Marinha do Brasil (MB) e Gerência de Negócios Extra-MB. Durante a Cerimônia de descerramento da placa, estiveram presentes: o Chefe do EstadoMaior da Armada, Almirante de Esquadra AIRTON TEIXEIRA PINHO FILHO; o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra SERGIO ROBERTO FERNANDES DOS SANTOS; o Comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante CLÁUDIO PORTUGAL DE VIVEIROS e o Comandante da BNA, Capitão de Mar e Guerra MARCIO TADEU FRANCISCO DAS NEVES.

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PERIODO DE MANUTENÇÃO EXTRAORDINÁRIO (PME) DA FRAGATA NITEROI Navio subordinado ao Comando do Primeiro Esquadrão de Escolta da Esquadra, realizou pela primeira vez um PME conduzido pela BNA.

PERÍODO DE DOCAGEM EXTRAORDINÁRIO (PDE) DO NPA GRAJAÚ Navio subordinado ao Comando do Primeiro Esquadrão de Escolta da Esquadra, realizou pela primeira vez um PME conduzido pela BNA.

PERÍODO DE DOCAGEM EXTRAORDINÁRIO (PDE) DO NPA MACAU Navio subordinado ao Comando do 3° Distrito Naval, realizou pela primeira vez um PDE conduzido pela BNA.

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Facilidades industriais e de apoio da

Base Naval de Aratu A fim de possibilitar o cumprimento de sua missão, a Base Naval de Aratu dispõe das seguintes facilidades industriais e de apoio:

DIQUE SECO

SELENA

Cais

Oficina

GUINDASTES

SUBESTAÇÃO DE ENERGIA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

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BRIGADA DE INCÊNDIO

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE RESERVISTAS NAVAIS (EFRN)

CENTRO DE ADESTRAMENTO DE ARATU (CAARATU) DIVISÃO DE SAÚDE

COZINHA INDUSTRIAL Padaria

REFEITÓRIOS VILAS NAVAIS

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HOTEL DE TRÂNSITO

CAPELA

CINETEATRO AUDITÓRIO

CORREIOS Banco

HELIPONTO EMBARCAÇÕES DE APOIO

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BS/MP/110 993

Marinha do Barsil BASE NAVAL DE ARATU

SALVADOR, BA. Em 03 de junho de 2016.

ORDEM DO DIA Nº 01/2016 Assunto: 47º Aniversário de Criação da Base Naval de Aratu É com grande satisfação que neste dia 3 de junho de 2016 dirijo-me à tripulação da Base Naval de Aratu para, juntos, militares e servidores civis, comemorarmos o 47º aniversário de criação desta Organização Militar Prestadora de Serviços Industriais. Apesar do pouco tempo de existência é relevante citar, no contexto histórico, que a sua origem remonta aos tempos do Império, quando no ano de 1883 foram iniciados, pelo então Primeiro-Tenente Antônio Alves Câmara, estudos para a construção de uma Base Naval na Península de Paripe, cravada na Baía de Todos os Santos, no Recôncavo Baiano. Devido as suas privilegiadas características geográficas e hidrográficas, o relatório conclusivo indicou a baía de aratu o local mais apropriado para a instalação de um porto militar com um arsenal e dique para reparos navais. Essas características ficaram evidentes na 2ª Guerra Mundial, ocasião em que os Estados Unidos da América construíram por toda a zona costeira do Brasil, com a anuência do governo brasileiro, bases aéreas e navais de importância vital para o esforço de guerra da campanha anti-submarino aliada, em curso no Atlântico Sul. Assim, a cidade de Salvador foi contemplada com a construção provisória da Base Naval Baker, em Salvador, onde atualmente se encontra o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador e a Base Aeronaval “ Aratu Seaplane Base”, na área industrial da atual Base Naval de Aratu. Ao término dessa grande guerra, as autoridades navais brasileiras desenvolveram esforços para a construção definitiva de uma Base Naval na cidade de Salvador. Após diversos estudos realizados, decidiram, por fim, que a construção seria na península de paripe, em Aratu, no local antes ocupado pela Base aeronaval estadunidense. Para tanto, foram estabelecidos entendimentos com o Ministério da Aeronáutica, que assumiu o controle da antiga “Aratu Seaplane Base”, após o término da 2ª Guerra Mundial, no sentido de operacionalizar a transferência da área e instalações lá existentes. Vencida essa etapa, foram constituídas diversas comissões que se sucederam na direção das obras, com destaque para a Comissão de Construção da Base Naval de Aratu, criada pelo Decreto Nº. 59.318, de 28 de setembro de 1966, comandada pelo então Capitão de Mar e Guerra Abel Campbell de Barros. Entre os anos de 1963 a 1969, foram realizadas as principais obras e implantação da infra-estrutura necessária a sua operação. Finalmente, em 3 de junho de 1969 foi criada a Base Naval de Aratu, pelo Decreto Presidencial nº 64.630. O seu funcionamento foi regulado por instruções aprovadas pelo Aviso Ministerial nº N-1059, de 5 de setembro de 1969, passando a operar, de forma efetiva, em 1º de janeiro de 1970. Assim sendo, rendemos no dia de hoje uma justa homenagem aos nossos antecessores, que transformaram em realidade os estudos visionários do passado de planejar e construir esta Base Naval. Ao longo dos anos, a determinação e a criatividade de todos aqueles, que aqui serviram e servem, tem possibilitado esta Base executar as tarefas afetas a sua nobre missão de prestar o apoio logístico às forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais da Marinha, estacionadas ou em trânsito na área do 2º Distrito Naval, a fim de contribuir para o aprestamento das mesmas. Nesse espectro de tarefas destaca-se o reparo e manutenção de meios navais; o apoio a quinze organizações militares; administrar e manter duas vilas navais; prestar assistência médico-odontológica e de fisioterapia; ministrar cursos; formar Oficiais e Praças RM-2; disponibilizar serviços de hospedagem; além de ações de preservação do meio ambiente. Releva citar que as atividades industriais da Base Naval de Aratu geram uma média de 1.100 empregos diretos e 5.200 indiretos, assim como a contratação de empresas proporcionam o recolhimento de impostos da ordem de R$ 350 mil/ano. Por meio da Escola de Formação de Reservistas Navais, são formados 400 jovens a cada ano, transmitindo preceitos éticos e morais e capacitando-os como mão de obra local. A partir do ano de 2009, a Base Naval de Aratu vem passando por um processo contínuo de transformação, com foco na revitalização de seu parque industrial e da infra-estrutura de apoio, abrangendo obras de recuperação do Sistema Elevador de Navios (SELENA), dique, raias magnéticas e modernização de subestações de energia. Nesta oportunidade em que recordamos o surgimento de nossa Organização Militar, gostaria de felicitar todos os militares e servidores civis, homens e mulheres, da ativa e da reserva, e mais uma vez conclamá-los a continuarem seu trabalho com dedicação, entusiasmo e crença no desenvolvimento de uma Base à altura da nossa Marinha. Parabéns Base Naval de Aratu! Há 47 anos mantendo o lema: “Garantimos em Terra a Segurança no Mar”. Viva a Marinha!

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g Marinha do

MARCIO TADEU FRANCISCO DAS NEVES Capitão de Mar e Guerra Comandante B r a s i l - Base Naval de Aratu



A colina sagrada onsiderada o ponto máximo da religião na capital Baiana, a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é um templo católico localizado na Sagrada Colina, que atrai muitos devotos, turistas e peregrinos. Concluída em 1772, a igreja tem fachada em estilo rococó coberta de azulejos portugueses do século 19. A decoração do interior é neoclássica, destacando-se a pintura do forro da nave feita por Antônio Joaquim Franco Velasco; e os painéis da sacristia e dos corredores laterais de autoria de José Teófilo de Jesus. No altar-mor, impressiona a imagem de Cristo trazida de Portugal em meados do século 18. Um dos seus símbolos mais característicos são as fitinhas do bonfim, uma tradição de mais de 200 anos que colore o gradio da igreja e deixa o cenário alegre e tipicamente baiano. De acordo com a história, um tesoureiro da irmandade do Senhor do Bonfim tinha o hábito de usar uma fita que, originalmente, tinha a medida do comprimento do braço direito da imagem do Senhor do Bonfim. Daí veio o hábito de amarrá-la no braço dando três nós e três pedidos, ritual obrigatório para os fiés do Bonfim. Endereço: Largo do Bonfim, s/n, Salvador - BA, 40415-475 | Telefone: (71) 3316-2196

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