Jornal Jabaquara em Notícias - Ed. 708

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DIA DOS PAIS

‘‘A paternidade mudou minha vida’’

Foi no batuque de uma roda de samba que, Bruno Ribeiro, conheceu o amor da sua vida, Tamara, 33. O que poderia ser apenas encontros casuais se transformou em um relacionamento duradouro, de quase 16 anos – e mais que isso: uma família construída com afeto, superações e fé. Hoje, aos 40 anos de idade, ele relembra com carinho e orgulho os caminhos que o tornaram pai de dois, Breno Enzo e Rebeca, e como a paternidade mudou completamente sua forma de ver o mundo.

Meses após o início do namoro, Bruno foi direto: “Falei pra ela que eu queria um filho. Disse: você vai morar comigo e eu quero um filho”. Pouco tempo depois, nasceu o primeiro herdeiro do casal, Breno Enzo, hoje com quase 15 anos. PÁGINAS 4 e 5

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Jornada 360 reúne ações do Agosto Lilás com foco no bem-estar feminino
Ação oferece serviços de saúde, beleza e cidadania para mulheres. PÁGINA 3

Os filhos estão sendo substituídos por pets?

Essa pergunta parece simples, mas carrega um peso simbólico enorme. Aparecem nas manchetes, entrevistas, mesas de jantar e discussões acaloradas nas redes sociais, quase sempre com um tom acusatório, como se amar um pet fosse sinal de desvio, carência ou fuga de responsabilidade.

Mas será mesmo que essa é a leitura mais justa? A pergunta parte de um lugar que já define o afeto como uma escolha única, com formato padrão e hierarquias rígidas. Filhos humanos no topo. Relações “verdadeiras” de um lado, e vínculos “substitutos” de outro. Como se o valor do afeto dependesse da espécie.

Só que os afetos não funcionam assim... A relação com o pet não está necessariamente ocupando o lugar de um filho. Ela ocupa o lugar que a própria pessoa construiu, e que faz sentido dentro do seu contexto de vida. Às vezes, esse vínculo é o mais estável, mais previsível e mais acessível que ela tem. E isso não a diminui. Pelo contrário: revela o quanto ela é capaz de amar, cuidar e se comprometer, ainda que o outro tenha quatro patas.

O que estamos vendo é uma reorganização das prioridades. Em um mundo acelerado, caro, polarizado e exaustivo, muita

gente tem repensado o que é “família”, o que é “legado”, o que é “cuidado”. Isso não é sintoma. É um movimento social. E, como todo movimento social, tem causas, nem sempre visíveis à primeira vista.

Falar que “as pessoas agora preferem ter um cachorro a ter filhos” pode parecer provocador, mas é raso. O que precisa ser analisado é o que está por trás dessa preferência: o custo da parentalidade, a sobrecarga das mulheres, a precariedade da rede de apoio, o medo de repetir traumas familiares, a busca por autonomia, a recusa em seguir um modelo de vida pronto, que muitas vezes adoece mais do que realiza.

Isso sem contar que a lógica da substituição é equivocada. Porque ninguém substitui ninguém. Os vínculos que formamos não são peças de reposição. São construções afetivas que emergem de escolhas, valores, vivências e necessidades, conscientes ou não.

Sim, há excessos. Em alguns casos, o animal é hiperprotegido, humanizado ao extremo, instrumentalizado como válvula emocional. Mas esses casos não podem ser generalizados. Nem usados como argumento para desqualificar uma realidade cada vez

mais presente: os pets fazem parte da vida afetiva e simbólica das pessoas. E isso merece respeito. Mais do que criticar essa mudança, talvez devêssemos perguntar: o que esse fenômeno está revelando sobre os vínculos humanos?

O que ele nos ensina sobre presença, cuidado e responsabilidade?

E, principalmente: por que ainda incomoda tanto ver alguém construindo uma vida significativa fora dos moldes tradicionais?

A verdade é que não existe um único jeito certo de viver o afeto. Alguns terão filhos. Outros terão pets. Alguns terão os dois. Há quem opte por nenhum. E está tudo bem. Não se trata de substituir. Trata-se de escolher com quem você quer dividir sua presença, seu tempo e seu afeto, sem que isso precise ser validado por padrões antigos ou julgamentos externos.

Talvez, no fundo, essa pergunta diga menos sobre quem tem pet… e mais sobre quem ainda não consegue aceitar que o mundo está mudando. E que amar também mudou de forma.

* Juliana Sato é psicóloga especializada em luto pet, certificada pela Association for Pet Lost and Bereavement, dos Estados Unidos.

Prefeitura convida população para elaboração dos planos de ação das subprefeituras

Através de oficinas presenciais e consulta pública-online, sociedade poderá contribuir com propostas para suas regiões.

A cidade de São Paulo se prepara para mais uma etapa importante de escuta da população: a Prefeitura vai promover uma série de oficinas para a elaboração dos Planos de Ação das Subprefeituras (PAS) 2026-2029. A iniciativa é de autoria compartilhada entre a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) e as próprias Subprefeituras. Os Planos de Ação das Subprefeituras são documentos estratégicos para orientar o desenvolvimento urbano local. Elaborados a cada

DIRETORA

Rosa Maria Gomes de Oliveira

JORNALISTA

Malucy Nogueira (MTB17.862)

José Fernando da S. Jr. (Mtb 0089625/SP)

Endriw de Moraes (Estagiário)

DIRETOR COMERCIAL

Marcelo Martins (Mtb 25553 SSP-SP)

REPRESENTANTE COMERCIAL

Sérgio Vastano

Editoração Gráfica

José Carlos Rocha da Costa

COLABORADORES: Eliane Suwa

Horóscopo

Áries - O período pede mais escuta nas relações e atenção ao jeito de se posicionar, ariano. Conversas adiadas podem fluir melhor agora, desde que haja espaço para o outro. Evite agir no impulso e revise expectativas. No fim da semana, bons momentos sociais podem surgir.

Touro - Pode ser hora de organizar a rotina, rever hábitos e cuidar da saúde com mais atenção, taurino. Mas evite tentar resolver tudo de uma só vez. Priorize o que é essencial e respeite os seus limites. No trabalho, não absorva o que não é seu. Reflita sobre suas metas e seu propósito.

Gêmeos - A criatividade tende a estar em alta, mas atenção com a possibilidade de dispersão, geminiano. Retome prazeres simples e projetos pessoais, mas sem se cobrar tanto. Promessas demais podem gerar frustração. No amor, o diálogo sincero pode renovar vínculos.

Libra - É um período de mais coragem para tomar decisões importantes, libriano. Evite apagar a sua vontade em nome da harmonia, mas haja com gentileza. Iniciativas ganham força, mas é preciso equilíbrio. No final da semana, resgate prazeres simples e se permita relaxar um pouco mais.

Escorpião - Procure dar espaço ao silêncio e observe melhor os seus processos internos, escorpiano. Evite discussões desnecessárias, especialmente para preservar sua energia. No campo afetivo, seja claro, mas paciente. Ao final da semana, cuide da sua base emocional e fortaleça seu bem-estar.

Sagitário - Conexões sociais e projetos em grupo tendem a ganhar destaque, sagitariano. Retome ideias paradas e converse mais com quem inspira. O desafio está nas tensões afetivas que pedem mais escuta. No fim da semana, trocas sinceras podem ajudar a destravar decisões importantes.

quatro anos, eles traduzem as diretrizes do Plano Diretor Estratégico (PDE) e dos Planos Regionais das Subprefeituras (PRS) em ações específicas para cada região da cidade. Além disso, articulam as demandas e potencialidades identificadas nos territórios com o planejamento das diversas secretarias municipais, como saúde, habitação, mobilidade, cultura, entre outras.

Estão programadas 32 oficinas participativas — uma em cada subprefeitura da cidade — para discutir os Planos de Ação. As atividades ocorrerão até o dia 28 de agosto, de segunda a quinta-feira, sempre às 19h. Moradores, lideranças comunitárias, representantes de conselhos ou qualquer

IMPRESSÃO: Gráfica Pana

EDITORA JORNALÍSTICA JUMA

CNPJ. 67.052.795/0001-52

SEDE PRÓPRIA: Rua Onofre Silveira , 45 Jabaquara - CEP. 04334-100 - São Paulo - SP Tel.: 5021-7010

munícipe interessado, poderão apresentar sugestões, apontar problemas e propor soluções para o território.

Para ampliar ainda mais a participação, a Prefeitura também irá disponibilizar consulta pública on-line no Participe+. Mesmo quem não tenha comparecido à oficina participativa, poderá contribuir.

As contribuições serão sistematizadas e consideradas no processo de elaboração dos Planos de Ação das Subprefeituras. Veja o calendário completo das oficinas presenciais no Portal Gestão Urbana: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/planos-de-acao-das-subprefeituras/

Jornal Cidade Ademar: Divisa de Diadema, Jardim

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA: Jornal Jabaquara: Mirandópolis, Praça da Árvore, Saúde, Planalto Paulista, São Judas, Vila Guarani, Cidade Vargas, Vila Facchini, Vila do Encontro, Jardim Scaff, Vila Santa Catarina, Vila Campestre, Vila Mascote. www.EDITORAJUMA.com.br

Câncer - Assuntos ligados à casa, família e emoções ganham destaque por esses dias, canceriano. Vale cuidar do seu ambiente, escutar mais e evitar reações por impulso. Nem sempre o outro vai reagir como você espera. O fim de semana pede por decisões mais conscientes e sábias.

Leão - Você pode sentir vontade de falar mais, mas o céu pede cuidado com as palavras, leonino. Nem todo debate tende a valer o gasto de energia. Revise algumas pendências e troque ideias com mais escuta. O diálogo sincero será importante para manter vínculos saudáveis e bem alinhados.

Virgem - Mantenha a atenção redobrada com finanças, tempo e gasto de energia, virginiano. Reorganize a sua rotina de forma mais realista e produtiva. Cuidado com cobranças excessivas, inclusive com você mesmo. No fim da semana, seu bem-estar deve ser a prioridade.

Capricórnio - O momento é produtivo, com chances de avançar em temas profissionais, capricorniano. Tente reorganizar a rotina e priorize o que é viável agora. Emoções pedem atenção, especialmente em casa. No fim da semana, foque no que você valoriza e fortaleça sua autoestima.

Aquário - Boas ideias podem surgir, especialmente fora da zona de conforto, aquariano. Estude, explore mais, mas também cuide da forma como se comunica. Nem todo embate vale a pena. Cuide da saúde, do corpo e da clareza com que se coloca no mundo.

Peixes - A sua sensibilidade pode estar em alta, batendo a vontade de se recolher um pouco mais, pisciano. Não se isole demais, mas preserve a sua energia. Revisar questões financeiras e emocionais pode ser transformador. O silêncio ajuda a escutar o que realmente importa.

Miriam, Americanópolis, Vila Constância, Jardim das Oliveiras, Vila Joaniza, Vila Missionária e Jardim Prudência, Interlagos.

Cantinho da Lu leva solidariedade e capacitação à periferia

ONG oferece cursos, refeições, feirões de serviços e apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social

Resultado da determinação de uma mulher que supera desafios desde cedo, o Cantinho da Lu, localizado na Vila Babilônia, se consolida como uma das mais atuantes iniciativas sociais da região. Fundada por Luciana Rodrigues, de 49 anos, manicure e liderança comunitária, a ONG oferece cursos gratuitos, refeições solidárias, ações de cidadania e oportunidades de geração de renda para moradores em situação de vulnerabilidade.

Luciana perdeu o pai ainda na infância e para ajudar a mãe a sustentar a casa, aprendeu cedo oficio de manicure, que se tornaria sua profissão e o ponto de partida de seu trabalho social. Em 2017, ela formou sua primeira turma de alunas da comunidade, ensinando de forma voluntária as técnicas básicas da profissão. A iniciativa cresceu e deu origem ao projeto que hoje alcança centenas de pessoas.

Além de oferecer gratuitamen-

te o curso de manicure, Luciana disponibiliza seu estúdio e todo o material necessário para que as mulheres da comunidade possam desenvolver seus próprios atendimentos. “Aqui eu já nem faço mais turmas, a pessoa fala que quer aprender, eu mando vir!”, conta Luciana, destacando a força e o alcance do projeto.

Outro pilar do Cantinho da Lu são as refeições solidárias, mais de 2 mil marmitas são distribuídas por mês, atendendo mais de 400 famílias em situação de vulnerabilidade. As entregas acontecem todas as quartas e sextas-feiras, com o apoio de voluntários e doações.

Luciana conta com o apoio de várias pessoas que ajudam nas ações do Cantinho da Lu, entre elas, sua mãe, Maria Inês, 66, e Cenira Barboza, 69, que acompanham de perto o trabalho, especialmente na cozinha solidária e durante os eventos comunitários.

A ONG também mantém parcerias com instituições que ampliam o alcance de suas ações. Um exemplo é a colaboração com o Instituto Guima, por meio da iniciativa Gerando Futuro,

que oferece cursos gratuitos na área de facilities. Os alunos são capacitados em limpeza hospitalar, limpeza predial, portaria e recepção. O Cantinho da Lu atua como ponte entre os candidatos da comunidade e o projeto, facilitando o acesso à qualificação e ao mercado de trabalho.

No último sábado (2), o Cantinho da Lu realizou mais uma de suas ações de impacto: o Feirão Limpa Nome, um evento gratuito que reuniu serviços essenciais em um só lugar. A comunidade teve acesso à limpeza de nome no Serasa, cadastro para vagas de emprego e menor aprendiz, emissão de segunda via de documentos, além de uma feijoada solidária, brinquedos para as crianças e até a presença de um DJ para animar o evento. A iniciativa integrou cidadania, lazer e oportunidades.

Reconhecida como uma liderança comunitária, Luciana concilia o trabalho social com a maternidade de quatro filhos e segue movida pelo desejo de retribuir o apoio que um dia precisou. “Aqui eu fiz coisas para pessoas que eu nunca imaginei na vida que

iria fazer. Transformar”, destaca Luciana.

O Cantinho da Lu também realiza campanhas de doação de alimentos, roupas e brinquedos. A sede da ONG fica na Rua Taquarituba, 46, Vila Babilônia, e suas atividades são mantidas por meio

de doações, parcerias com comércios locais e trabalho voluntário. Interessados em apoiar ou conhecer mais sobre a iniciativa podem entrar em contato pelo Instagram @cantinhodalu2023 ou pelo telefone (11) 98594-1212.

Jornada 360 reúne ações do Agosto Lilás com foco no bem-estar feminino

Ação oferece serviços de saúde, beleza e cidadania para mulheres

No próximo dia 16 de agosto, das 9h às 17h, A Rua Abraão do Carmo, região do Jabaquara, recebe a 6ª edição da Jornada 360 - #Bem Me Quero, evento voltado exclusivamente ao público feminino. A iniciativa faz parte do Agosto Lilás, campanha nacional de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, e reunirá uma série de atividades gratuitas nas áreas da saúde, bem-estar físico e emocional, empreendedorismo, beleza e cidadania.

A programação inclui uma ampla variedade de atendimentos e oficinas voltadas ao cuidado físico, emocional e social. Entre os serviços oferecidos estão manicure, maquiagem, avaliação estética, consultas com psicólogos, massoterapia e auriculoterapia com terapeutas especializados, além de aferição da pressão arterial e teste de glicemia. Na área da saúde bucal, realizará limpeza, pequenos procedimentos e orientações. Já na frente jurídica e documental, o CIC (Centro de Integração da Cidadania) fará a emissão de segunda via de certidões de nascimento, casamento e óbito.

O evento também contempla ações de empoderamento feminino. A iniciativa “Bem Querer Mulher”, oferecerá uma oficina de absorventes sustentáveis e uma roda de conversa sobre a Lei Maria

da Penha. A Ade Sampa estará presente com orientação sobre geração de emprego e renda, empreendedorismo e economia solidária.

Outro destaque é a participação do programa “Pode EntrarMoradia”, que oferecerá até 400 vagas para interessadas em adquirir apartamentos financiados por meio do projeto (sujeito à disponibilidade e critérios específicos).

Com o lema “#Bem Me Quero”, a Jornada 360 reforça a importância do autocuidado como ferramenta de fortalecimento e enfrentamento à violência. A iniciativa é organizada por coletivos

e instituições sociais como Instituto Ativamente, Instituto Tenda, ABVD, Os Sem Fronteiras e Projeto Social 360, com apoio de voluntários e parceiros locais. AÇÃO SOCIAL - JORNADA 360

Local: Endereço do evento: Rua Abraão Miguel do Carmo, 294, Vila Monte Alegre

Horário: das 9h às 17h

Data: 16/08/2025

Para mais informações e inscrições: (11) 96566-4561 ou (11) 98357-6458

Instagram: @ossemfronteiras ou @projetosocial360

Dia dos Pais: como acolher crianças sem a figura paterna neste dia

À medida que o Dia dos Pais se aproxima, é importante reconhecer a diversidade de experiências familiares e adaptar as celebrações para que sejam significativas para todos. Adultos devem auxiliar as crianças que não têm ou perderam a figura paterna a vivenciar este dia de forma respeitosa, sem forçá-las a se encaixar em um padrão que não reflete sua realidade.

Para a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado, o essencial é abrir espaço para que as crianças compartilhem suas emoções, seja por meio de histórias, ilustrações ou conversas, e que a ausência de um pai não diminui o valor de quem elas são, pois família é quem cuida, acolhe e oferece amor, independentemente de papéis tradicionais. “Em datas comemorativas como essa, a criança precisa se sentir pertencente, e não diferente. Quando damos esse lugar de representação, ela aprende que o amor tem muitas formas, e que ela faz parte de uma história cheia de valor”.

Ainda segundo Paula, o discurso social continua muito centrado em um modelo único de família, o que pode ser emocionalmente desafiador para muitas crianças. Isso porque elas podem se sentir diferentes, envergonhadas, tristes ou até com raiva. Muitas acabam internalizando a ausência do pai

como se fosse um problema delas — como se estivessem erradas por não viverem dentro do ideal de “família perfeita”. A escola, os amigos e até as propagandas frequentemente reforçam esse modelo de pai herói, e isso traz a sensação, para quem não se encaixa nesse padrão, de estar fora do roteiro.

“É um sofrimento silencioso que precisa ser acolhido com empatia. Quando essa criança olha em volta e vê os colegas com os pais, pode surgir um sentimento de inadequação e o questionamento do porquê que com ela é diferente. Precisamos escutar isso com muito cuidado e afeto”, explica a profissional.

A data também pode ser transformada em uma oportunidade para ampliar o conceito de paternidade e celebrar quem, de fato, oferece cuidado verdadeiro. Para isso, é preciso validar os sentimentos que surgem dos pequenos e mostrar que há muitas formas de ser cuidado e amado, seja por uma mãe solo, um avô, um tio, dois pais, um padrasto ou até por uma rede de afeto. “Quem cuida, está junto e participa da vida também merece reconhecimento. É importante que essa criança se sinta livre para homenagear quem representa carinho e proteção em sua vida”, ressalta.

O papel da escola e da comuni-

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dade também é fundamental nesse processo de preencher o vazio de forma saudável. “Em vez de propor uma ‘atividade para o papai’, por que não uma homenagem para ‘alguém especial que cuida de mim’? Isso evita o constrangimento de crianças que não têm o pai presente e reconhece a diversidade das famílias”, diz a profissional. A psicopedagoga, que também é contadora de histórias, completa que a literatura infantil é um recurso maravilhoso para trabalhar a empatia entre as crianças para que compreendam e respeitem colegas que têm diferentes configurações familiares. “Quando lemos livros que apresentam famílias diversas, as crianças aprendem naturalmente que o que importa é o vínculo afetivo. Também gosto de rodas

de conversa e jogos cooperativos que promovem escuta e respeito”, explica. Em situações de luto, quando a figura paterna já não está presente, é fundamental lidar com o Dia dos Pais com delicadeza e respeito ao tempo emocional da criança. O luto não tem prazo e, em datas comemorativas, é comum que a dor da ausência se intensifique. Em vez de silenciar ou ignorar esse sentimento, é possível propor rituais simbólicos que acolham a memória de forma afetiva — como escrever uma cartinha, acender uma vela, fazer um desenho ou criar algo que represente uma lembrança boa. “O importante é oferecer um espaço seguro onde a criança possa elaborar suas emoções

com liberdade, inclusive se ela optar pelo silêncio. Esse silêncio, muitas vezes, também carrega significado e merece ser acolhido com a mesma empatia e cuidado”, aconselha Paula. Já em casos de pai ausente, o mais importante não é substituir essa figura, mas construir novos vínculos. Paula costuma trabalhar com imagens e metáforas para ajudar os pequenos a reconhecerem quem são os seus “heróis do cotidiano” — aquelas pessoas que seguram sua mão, escutam seu choro ou vibram com suas conquistas. “Essas figuras merecem ser reconhecidas”, afirma. Atividades como contar histórias com personagens inspiradores ou propor jogos que favoreçam a construção afetiva ajudam a criança a compreender que não está sozinha e que o cuidado pode vir de diferentes formas e pessoas.

Sobre Paula Furtado Paula é pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia (Facon-SP), Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares.

Bruno conta como a paternidade mudou sua vida:

“Eu viro mais

Foi no batuque de uma roda de samba que, Bruno Ribeiro, conheceu o amor da sua vida, Tamara, 33. O que poderia ser apenas encontros casuais se transformou em um relacionamento duradouro, de quase 16 anos – e mais que isso: uma família construída com afeto, superações e fé. Hoje, aos 40 anos de idade, ele relembra com carinho e orgulho os caminhos que o tornaram pai de dois, Breno Enzo e Rebeca, e como a paternidade mudou completamente sua forma de ver o mundo.

Meses após o início do namoro, Bruno foi direto: “Falei pra ela que eu queria um filho. Disse: você vai morar comigo e eu quero um filho”. Pouco tempo depois, nasceu o primeiro herdeiro do casal, Breno Enzo, hoje com quase 15 anos.

A vida não seguiu sem desafios. Há três anos, em meio a uma crise conjugal, o relacionamento parecia chegar ao fim. “Íamos nos separar”, conta Bruno. Foi quando um novo capítulo começou e, segundo ele, escrito pelas mãos de Deus. “Na crise,

que um leão,

Deus nos uniu com a graça de uma filha. O que era separação virou união”, ele relembra. A pequena Rebeca, que completa três anos neste mês de agosto, chegou como um símbolo de reconciliação e renovação do amor entre o casal.

Ao ser questionado o que é ser pai, Bruno diz: “Foi o melhor momento da minha vida. Não tem como explicar. Tem gente que fala que mãe vira uma leoa pelo filho, eu viro mais do que um leão. Não mexe com os meus filhos”. Ele explica que se tornou outro homem, que renasceu. Teve a oportunidade de assistir o parto do filho e entendeu que uma vida totalmente inocente ia depender inteiramente dele. E isso mudou sua vida.

Bruno relata que viveu parte da adolescência entre casas e mudanças familiares. “Eu deixei de morar com meu pai quando tinha uns 11 pra 12 anos. Depois voltei a morar com ele por uns dois anos, mas só aos 16 fui morar de vez com a minha mãe. Foi nessa fase que veio a responsabilidade cedo, tive que

não mexe com os meus filhos”

trabalhar e amadurecer.” Ainda assim, a relação com o pai, Antônio de Assis, sempre foi de carinho e respeito, mesmo à distância. “Nunca deixou faltar alimento, sabe? Mas era aquela criação mais dura, mais chucra. Ele era difícil, ogro, mas de um coração bom. Meu pai é um amor de pessoa. Só é bruto. Pela criação que teve, né?”

Bruno também carrega com carinho a lembrança de um tio muito presente em sua criação. “Meu tio, José Ivan de Assis, foi como um pai pra mim. Ele me chamava atenção, me orientava… Era ele quem tava por perto no dia a dia. Mas Deus o levou.”

O tio marcou sua vida porque foi a figura paterna marcante, ele relembra que o tio o ensinou a fazer pão e doces quando trabalharam juntos em uma padaria na Vila Mascote.

A relação com o padrasto parece ser marcante também: “Nem quero comentar sobre esse homem. Ele maltratou a minha mãe, fez muita sacanagem”. Ele diz que essa experiência o ensinou “a lutar para ser mais pai” e

deixa um alerta para outros pais não darem espaço para “outros caras” ocuparem seus papéis. “Minha mãe achou que tava com uma pessoa boa, mas era outra coisa. Tipo você comprar uma Ferrari achando que tem motor de corrida e descobrir que o motor é de um fusquinha.”

E toda essa vivência moldou sua visão sobre o seu papel paterno. “Eu procuro ser o melhor pai. E eu sou o melhor pai!”, e diz isso com convicção.

Para Bruno, ser pai vai além de oferecer conforto ou presentes, a verdadeira paternidade está em ensinar, orientar e preparar os filhos para a vida. Apesar de algumas dificuldades, ele se orgulha de ser pai e de ter a família que possui. Bruno costuma repetir um ensinamento aos filhos: “Eles têm que aprender a andar com as próprias pernas. Quando a gente aprende isso cedo, a gente vai atrás do nosso melhor”.

Festival de Pipas fortalece tradição e lazer na Cidade Ademar

Cidade Ademar recebe equipes de pipeiros de várias regiões em evento que celebra a cultura periférica

Mais de 200 pessoas participaram da segunda edição do festival de pipas União das Equipes, realizado no bairro Vila Império, Cidade Ademar, no domingo (27). O evento reuniu dezenas de grupos de pipeiros de São Paulo e cidades vizinhas, como Diadema, São Bernardo do Campo, Atibaia e Guarulhos.

Criado por um grupo de amigos e alguns entusiastas da pipa, o festival nasceu da vontade de organizar melhor os encontros e

dar visibilidade a essa manifestação cultural. Em vez de realizar eventos isolados, as equipes passaram a se unir para fortalecer a tradição.

Além da competição amigável, em que cada equipe apresenta suas melhores pipas, o festival tem como foco a integração comunitária e a valorização da convivência familiar e entre amigos. A iniciativa surge como uma alternativa de lazer em regiões que historicamente sofrem com a escassez de equipamentos culturais.

Apesar de ser uma tradição nas periferias de São Paulo, o movi-

mento ainda sofre com estigmas. Frequentemente associado a práticas ilegais como o uso de cerol, desordem ou criminalidade, o Festival União das Equipes busca legitimar o universo das pipas como uma forma autêntica de cultura popular. A edição deste mês contou com o apoio da vizinhança e do vereador Silvão Leite, que disponibilizou banheiros químicos para atender ao público. A organização já planeja a próxima edição para dezembro, mantendo firme o compromisso de levar arte e cultura aos céus das periferias paulistanas.

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Agosto Lilás: SP fortalece combate ao feminicídio com mais prisões e ampliação da rede de proteção

As Delegacias de Defesa da Mulher registraram no primeiro semestre deste ano um aumento nas prisões em flagrante de autores de feminicídios. Até junho, foram 68 presos em flagrante pelo crime em todo o estado. No primeiro semestre do ano passado, 57 autores de feminicídios acabaram presos logo após o delito.

Na capital paulista e região metropolitana, houve 32 flagrantes neste ano. Em 2024, 20 pessoas foram detidas por homicídio praticado contra a mulher — um aumento de 60% nos flagrantes. Além disso, no período, as Delegacias de Defesa da Mulher esclareceram 48 casos em todo o estado de São Paulo.

Os dados evidenciam os resultados de uma atuação mais rápida e coordenada entre as forças de segurança para combater o crime, que oscila nos municípios paulistas, e dar uma resposta célere à sociedade.

“Todos os crimes de feminicídios são rigorosamente investigados pela Polícia Civil, com apuração qualificada e equipe especializada, esclarecimento dos fatos e encami-

nhamento à Justiça, com a devida atenção e dedicação que cada caso necessita”, explicou a delegada Adriana Liporoni, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher do estado.

Neste ano, as DDMs registraram 128 feminicídios em todo o território paulista. Entre janeiro e junho do ano passado, foram 121 crimes em razão do gênero investigados pelas delegacias especializadas. Conforme a Polícia Civil, o índice de esclarecimento para 2025 chega a 90% dos casos.

Investimento e ampliação da rede de acolhimento

Além da responsabilização criminal, o estado promove constantes investimentos na ampliação e qualificação da rede de atendimento às mulheres. Com a rede de apoio mais acessível e atuação integrada, São Paulo avança no enfrentamento ao feminicídio.

No primeiro semestre deste ano, houve 58,5 mil solicitações de medidas protetivas de urgência ao Poder Judiciário. O deferimento desses pedidos demonstra maior eficácia

da resposta institucional e aumento da confiança das vítimas no sistema.

São Paulo é o estado com o maior número de Delegacias de Defesa da Mulher. Atualmente são 142 DDMs, sendo 18 com atendimento 24 horas em diferentes regiões, além da DDM Online – ferramenta que permite o registro de boletins de ocorrência e o requerimento de medidas protetivas de urgência, sem a necessidade de comparecimento presencial.

Existem também as salas DDM, espaços exclusivos, reservados e acolhedores dentro das delegacias, destinados ao atendimento humanizado das vítimas de violência. Já são 164 salas em funcionamento em todo o estado, com novas unidades sendo instaladas progressivamente, com o objetivo de assegurar maior privacidade e dignidade no acolhimento das mulheres.

“As ações da Polícia Civil também se desenvolvem de forma integrada com as demais forças de segurança e com a rede de proteção às mulheres. Isso reafirma o compromisso institucional no enfrentamento à violência contra a mulher e na

prevenção dos crimes letais, como o feminicídio”, acrescentou a coordenadora das DDMs. “O estado investe permanentemente na formação continuada das polícias, considerada indispensável para que os agentes públicos reconheçam e tipifiquem as diferentes formas de violência de gênero, incentivando a denúncia e o registro do boletim de ocorrência.”

Outra iniciativa foi a criação da Cabine Lilás, instalada no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). O projeto, que começou na capital e foi expandido para o interior paulista, conta com atendimento exclusivo de policiais femininas via número 190, onde a vítima é informada sobre os direitos, redes de apoio disponíveis na região em que mora, acionamento de viaturas e ainda recebe orientações diversas sobre como agir em determinadas situações.

Também é orientada a abrir um boletim de ocorrência sem sair de casa, por meio do aplicativo SP Mulher Segura — lançado em 2024 —, sobre assistência jurídica gratuita, pensão alimentícia e guarda do filho, rede de abrigo, auxílio-aluguel,

além de serviços de acolhimento e atendimento à saúde.

No aplicativo SP Mulher Segura, em casos onde há medida protetiva, a vítima tem à disposição o botão do pânico, para acionamento imediato da Polícia Militar. Se o agressor for monitorado com tornozeleira eletrônica, a PM recebe informações em tempo real por georreferenciamento caso ele se aproxime da vítima, gerando um alerta para as equipes que estão nas ruas.

SP Por Todas é um movimento promovido pelo Governo do Estado de São Paulo para ampliar a visibilidade das políticas públicas para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira para elas. Essas frentes estão nos pilares da gestão e incluem novas soluções lançadas em março de 2024, como o lançamento do aplicativo SP Mulher Segura, que conecta a polícia de forma direta e ágil caso o agressor se aproxime; e a criação de novas salas da Delegacia da Defesa da Mulher 24 horas. Mais informações www.spportodas.sp.gov.br

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