5. PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO DE TEXTOS NA ESCOLA: AFINAL DE CONTAS, QUEM SABE ESCREVER? Fabio André Coelho (UFF)
Objetivos Ao final deste capítulo, você deve ser capaz de compreender... • As condições das produções de textos reais de nossos alunos; • O trabalho interativo da produção de textos e da leitura para a análise linguística; • O processo de construção dos textos dos alunos e as operações envolvidas; • As etapas de leitura das produções escritas por parte dos alunos, com o objetivo de realizar a revisão. Se o objetivo é que o aluno aprenda a produzir e interpretar textos, não é possível tomar como unidade básica de ensino a letra, nem a sílaba, nem a palavra, nem a frase que, descontextualizadas, pouco têm a ver com a competência discursiva, que é a questão central. Dentro desse marco, a unidade básica de ensino só pode ser o texto (BRASIL, 1998, p. 29).
Introdução Pensar em uma língua é pensar também nas suas variações, no olhar de quem a escreve, no que se escreve sobre ela, no que se pensa sobre o que vai escrever dela, nas maneiras de representá-la, no toque peculiar de cada usuário. Falamos de uma língua totalizante, repleta de significações e jeitos de ser mostrada e, mesmo assim, ainda estamos longe de termos uma completude no que tange à modalidade escrita. Quando falamos em completude, pensamos exatamente no mosaico de diferenças de usos que