A arte de pensar na escola de liberdade

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MODELO DE ABSTRACT PARA SUBMISSÃO A POSTER Título do poster: A ARTE DE PENSAR NA ESCOLA DE LIBERDADE Autora: Educadora de (rolbarreto@gmail.com)

Infância-

Rosa

Maria

Figueira

Lima

Barreto

Instituição: EBI Arrifes-Jardim de Infância do núcleo Eng.º José Cordeiro, sala F

As crianças fazem perguntas, todo o género de perguntas, e normalmente são perguntas importantes: sobre si mesmas, sobre a vida e sobre o mundo. O que fazer com estas perguntas? É necessário que o educador lhes dê resposta? Por que razão deverá ele responder em vez das crianças? Não será desejável oferecer um diálogo aberto ao envés de repostas feitas? O contributo que ora se insere, enquadrou-se no âmbito de uma experiência letiva desenvolvida no Jardim de Infância EBI Arrifes, Núcleo Engenheiro José Cordeiro, Sala F, com crianças de 5 e 6 anos, intitulada «Hora das perguntas sérias». Assume-se,

neste

contexto,

como

primordial,

a

importância

do

desenvolvimento de práticas educativas para o desenvolvimento de pensamento, no Jardim de Infância. Esta intenção coloca o educador no “círculo” do desafio de ensinar a criança a pensar e a julgar por si mesma, para poder adquirir a sua própria autonomia e tornar-se responsável. As próprias metas do currículo apelam para que a criança: i)manifeste curiosidade pelo mundo que a rodeia, formulando questões sobre o que observa; ii) manifeste as suas opiniões, preferências e apreciações críticas, indicando alguns critérios ou razões que as justificam; iii) expresse as suas ideias, para criar e recriar atividades, materiais e situações do quotidiano e para encontrar novas soluções para problemas que se colocam (na vida do grupo, na aprendizagem), com recurso a diferentes tipos de linguagem (corporal, oral, escrita, matemática e gráfica). Equacionadas estas metas e fundindo-as com “a sensibilidade pedagógica” do educador, enquanto gestor do currículo, que valoriza este tipo de dinâmicas de formação da criança, foi criada uma ambiência promotora deste desenvolvimento naquilo a que chamou «Hora das perguntas “sérias” em grupo». Este momento letivo abarcou tantas e diversificadas questões e de tão diversa índole (a partir de


imagens/histórias/ poesias/obras de arte/músicas), passíveis de levar a criança a poder viver mais livremente graças ao pensamento e a formular as mais curiosas questões: - como se escreve a música? - porque é que uma pintura é bonita para uns e feia para outros? - por que razão morreu Fernando Pessoa se ele fazia poesias tão bonitas? - o que é a imaginação? A relevância deste questionamento não deixa o educador indiferente: as diferentes áreas curriculares permitem-lhe enquadrar e fazer uma gestão promotora de atividades de acordo com o “mote” que os alunos construíram: nas áreas de Formação Pessoal e Social, Conhecimento do mundo e da Expressão e comunicação Linguagem, Matemática, Musical, Expressão Motora, Dramática e Plástica. Dá-se espaço para a criança descrever o que vê e imagina, em diferentes formas visuais (e.g. obra de arte, objetos, natureza) através do contato com diferentes modalidades expressivas (pintura, escultura, fotografia, banda desenhada, entre outras) e em diferentes contextos: físico (museus, catálogos, monumentos, galerias e outros centros de cultura) e digital (Internet, CD-ROM) e emitir juízos sobre os seus trabalhos e sobre as formas visuais (obras de arte, natureza, objetos), indicando alguns critérios da sua avaliação. “Talvez a imaginação te engane, mas ela constitui também a tua maior liberdade.”


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