Conexão 2.0 - A vitória dos que perderam

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Lição de vida

Texto Fernando Dias Ilustração Kaleb de Carvalho

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A tocha do serviço

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34284 – CONEXÃO 03/2016

Ela não esperava, mas foi escolhida para conduzir o símbolo das Olimpíadas porque mobiliza jovens para servir

________ Designer ________ Editor ________ Ger. Didáticos ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte

EM 1o DE JANEIRO DE 1863 NASCEU em Paris, capital da França, um homem que deixou sua marca na História. Pierre de Frédy foi pedagogo e fez pesquisas para melhorar o sistema de educação da época. Mas o que lhe deu notoriedade foi haver idealizado, em 1894, os Jogos Olímpicos modernos, competição que desde 1896 atrai atletas do mundo todo. Pierre de Coubertin, ou barão de Coubertin, como ficou conhecido, dedicou todo o restante da vida a promover e organizar o evento esportivo internacional. Em 2016, pela primeira vez, um país sul-americano, o Brasil, vai sediar a competição. O coração de Pierre de Coubertin está enterrado sob um monumento em Olímpia, na Grécia. Na Antiguidade, o sítio arqueológico foi a sede das Olimpíadas que inspiraram o barão a planejar a grande celebração do esporte internacional. Foi entre as ruínas do estádio de Olímpia que, ao meio-dia de 21 de abril de 2016, numa cerimônia cheia de significado, a luz do sol acendeu a chama, que, passada de tocha em tocha, mantém-se acesa continuamente enquanto é conduzida em revezamento pela Grécia, Suíça e mais de 300 cidades do Brasil até acender a pira olímpica no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 5 de agosto. Em 1862, poucos meses antes do nascimento do idealizador dos Jogos Olímpicos modernos, nasceu em Hazelton, Michigan (EUA), alguém que também deixou um legado muito importante para a humanidade. Harry Fenner pode não constar como verbete de uma enciclopédia, mas o movimento por ele fundado influencia 28 |

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milhões de pessoas. Em 1879, com apenas 17 anos, ele idealizou, com seu colega de 14, Luther Warren, uma agremiação que hoje é conhecida como Ministério Jovem. Departamento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Ministério Jovem (que se desdobra em várias agremiações como os clubes de desbravadores, aventureiros e embaixadores) incentiva adolescentes e jovens a desenvolver suas habilidades para, por meio do serviço, anunciar a salvação em Cristo. Aliás, “salvação e serviço” é o lema do ministério nos 216 países em que está em atividade. O número é maior do que o de 206 nações representadas no Comitê Olímpico Internacional, organização fundada por Coubertin. Enquanto a chama olímpica é conduzida de mão em mão representando o “espírito olímpico”, a chama da salvação em Cristo é conduzida sem se apagar por quem dedica a vida a servir. Esse é o caso de Ana Paula Cieba Franco.

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MISSÃO INCOMUM Ana Cieba, como é conhecida, teria uma rotina comum, não fosse o fato de ter na vida uma missão incomum. Monitora no Colégio Adventista de Indaiatuba, no interior paulista, Ana, 42 anos, é casada com Marcelo Renato Barnabé Franco e tem duas filhas, Aline Fernanda (22) e Emanuela (9). Sua vida poderia se resumir ao trabalho no colégio, ao marido e às filhas. Mas não. Ana é condutora de uma tocha. A grande obra de sua vida é iluminar pessoas ao seu redor com a chama que arde em seu coração pela

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