Este livro é incómodo porque arrebata
ao Ser Humano a possibilidade de recorrer à doença como um álibi para a resolução dos seus problemas pendentes. Propomo-nos demonstrar que o doente não é a vítima inocente dos erros da natureza, mas antes o seu próprio carrasco. Através desta afirmação não nos referimos à contaminação do meio ambiente, aos males da civilização, à vida insalubre nem a outros quantos vilãos do género, pretendendo antes evidenciar o aspecto metafísico da doença. Encarados por esse prisma, os sintomas surgem como manifestações físicas de conflitos psíquicos e a sua mensagem pode desvendar o problema de cada paciente.
Na primeira parte expomos uma filosofia da doença e fornecemos as chaves para a sua compreensão. Recomendamos ao leitor que a leia com particular atenção - mais do que uma vez se necessário for - antes de passar à segunda parte.