Revista Literária A Guilda #5 Carlos Koelho

A GUILDA

Revista Literária # 5

Setembro-2023

Editorial

Apollo Souza

Derykson Leme

Soraya Brito

Vinicius Santos

TiwBrás

Editor Chefe

Apollo Souza

Preparação de Texto

Soraya Brito

Diagramação e Capa

Apollo Souza

Revisão

TiwBrás

Última Edição

Revista Literária A Guilda #4

Especial TiwBrás

59255-000

BEM-VINDO AOS ANOS 60

Na nossa última edição abordamos o steampunk, um gênero literário que vem ganhando adeptos ao redor do mundo com sua estética retro futurista da era vitoriana e suas máquinas a vapor. Conhecemos este universo único através da ótica de um escritor maravilhoso que tem em sua escrita todo o cuidado para proporcionar ao leitor uma experiência única.

Nesta edição vamos comprar nossas passagens de trem e continuar nossa viagem pelo contínuo espaço-tempo e avançar alguns anos na história.

Nossa próxima parada é uma cidadezinha do interior de São Paulo. Convidamos você a um passeio pela década de 60 e, guiados pelo ritmo frenético do Rock’N’Roll e os embalos de sábado à noite, conheceremos um grande entusiasta dos anos dourados e visitaremos suas memorias. Duvido que você, meu caro leitor, não se sinta também fascinado pela narrativa de Carlos Koelho.

Coloque sua melhor jaqueta e não esqueça o capacete, afinal, seja você uma bela ou um lambreta estamos sempre prontos para curtir a melhor fase de nossas vidas.

“Nasci no bairro do Ipiranga, no dia 28 de setembro de 1964. A vontade de escrever teve como ponto de partida um filme, assistido durante a madrugada de um sábado insone, cujo título em português era NévoasdoTerror,onde o detetive SherlockHolmesenfrentava o famigerado Jack, o estripador, criando em mim uma grande curiosidade sobre o famoso detetive de Conan Doyle.”

Assim nasceu a vontade de escrever e o sonho de um dia tornar-se um escritor de verdade, com livros publicados.

Numa época em que os computadores sequer sonhavam em fazer parte de nosso cotidiano, restou a este jovem escritor lançar mão da máquina de escrever passando, assim, os momentos de intervalo do trabalho datilografando histórias de detetive nunca concluídas.

Sem pretensão alguma de publicar suas obras, apenas considerava a possibilidade de imprimir seus trabalhos e encadernar afim de deixar uma herança cultural para as filhas.

Como tantos outros, o autor viu na auto-publicação um novo rumo em sua vida de escritor amador.

Assim surgiu, como um sonho, sua primeira obra publicada: a história de amor entre Mike e Laura, dois jovens em uma época ambientada entre os anos 50 e 60 — a obra intitulada AsBelaseos Lambretas-UmaHistóriadosAnosDourados. Bem como uma obra da SÉRIEAPRENDIZDEDETETIVE,com o título OSegredodo Casarão Amarelo. A história de dois amigos, Rafa e Alice, que se envolvem em uma trama com o morador do casarão e precisam contratar um detetive particular para ajudá-los.

Entrevista

A Guilda: Há quanto tempo você escreve?

Carlos Koelho: As minhas primeiras experiências foram na juventude, nos anos 80, quando tentava escrever histórias de detetives, na máquina de escrever. Em 2010 comecei a postar algumas histórias (contos e crônicas) em um site para escritores principiantes.

A Guilda: Assunto preferido?

Carlos Koelho: Livros, música e religião. São os três assuntos que me fascinam.

A Guilda: Gênero preferido?

Carlos Koelho: Gosto de suspense e mistério.

A Guilda: Qual o seu autor preferido e por quê?

Carlos Koelho: Tenho dois: Machado de Assis e Sir. Arthur Conan Doyle. Machado de Assis por ser um autor que transita bem entre sua época e a atual, seu estilo é único, com personagens de personalidades complexas. Conan Doyle me cativou desde a leitura de O Signo dos Quatro, com seu fantástico detetive Sherlock Holmes. Confesso que, uma certa época, fiquei viciado neste autor.

A Guilda: O que você escuta na hora de escrever?

Carlos Koelho: Eu gosto muito de Jazz e de Rock and Roll dos anos 50 e 60.

A Guilda: Quais suas inspirações para escrever?

Carlos Koelho: Talvez o fato de não ter me adaptado muito bem aos tempos atuais. Assim, escrever é como estar em uma máquina do tempo.

A Guilda: Quais das suas histórias te define?

Carlos Koelho: Acho que emprestei um pouco de mim para cada história. É como uma colcha de retalhos, mas tem uma, em especial, que fala um pouco mais de mim. Ela se chama UmRomancepara Papai, que é sobre família. Sou descendente de italianos, portanto, sempre vivenciei a casa cheia de gente, com mesa farta, histórias dos membros mais velhos. Eu diria que é uma história aconchegante. Eu gosto disso, de família.

A Guilda: Há algum personagem inspirado em você? Qual?

Carlos Koelho: Não há um, em específico. O Marco Paolo, protagonista de AsBelas&osLambretas , talvez seja por ser um jovem apaixonado que luta por seus objetivos, mas, às vezes, parece que se mete em um beco sem saída. Há um outro personagem ao qual me identifico bastante, mas ainda estou escrevendo. O nome dele é Amadeu Lewis, e o título provisório é OVelhodoFarol,que pretendo publicar em dois ou três meses.

A Guilda: Tem alguma dica de escrita pra compartilhar?

Carlos Koelho: A dica principal é a persistência. Escrever não é uma atividade fácil, e requer dedicação. Eu tenho o hábito de escrever várias histórias ao mesmo tempo, pois foi a maneira que eu encontrei para conseguir lidar com o bloqueio criativo. Quando uma história não avança, eu a coloco “de castigo” e começo ou recomeço outra. Tem dado resultado. Também é preciso buscar inspiração em outras obras. Os clássicos são muito úteis, pois nos dão bases para o ato de escrever bem. Já ouvi dizer que, se você quer aprender a escrever corretamente, leia bastante Machado de Assis.

A Guilda: O que podemos esperar de sua série literária?

Carlos Koelho: Para os meus livros da ColeçãoAnosDourados50 –60 , quem viveu a época voltará aos saudosos bailes, onde se dançava o rock-and-roll, às conversas na calçada, ao beijo roubado, ao topete besuntado de brilhantina, às saias balão, às lambretas, ao bom e velho Simca Chambord, aos discos de 78 rpm tocados na vitrola.

A Guilda: Qual dos seus personagens é o seu preferido? Por quê?

Carlos Koelho: O meu preferido é o Adamo Sumbane, um detetive moçambicano, cuja inspiração é o cantor norte americano Nat King Cole. Procurei construir este personagem com as mesmas características físicas e psicológicas do artista, um homem de pele muito preta, elegante no trajar e em seu comportamento. Assim, peguei emprestada estas características e transferi para o personagem.

A Guilda: Qual a parte mais fácil e a mais difícil de sua escrita?

Carlos Koelho: Acho que a parte mais fácil é o início da narrativa, a construção dos personagens e a pesquisa. A mais difícil é, sem dúvida, a parte da revisão. Como eu mesmo tenho que revisar os textos, preciso ler por diversas vezes. É, sem dúvida, a parte chata do processo.

A Guilda: Indique outros autores do mesmo gênero que você escreve.

Carlos Koelho: Não conheço um em específico com histórias dos anos 60, mas, para minhas histórias de detetive eu acho que Conan Doyle. Também poderia indicar Agatha Christie para quem aprecia o gênero.

LANÇAMENTO

As Belas e os Lambretas

Mike reencontra sua antiga desafeta em um dos bailes no salão do Andrada Tênis Club. Porém, ao contrário daquela criança esquisita, gorducha e de sobrancelhas grossas, ele se depara com a criatura mais bela que seus olhos já viram. Totalmente atraido pela garota, tenta se aproximar, porém é totalmente ignorado. Fica ainda mais perplexo ao perceber que a moça é tirada para dançar pelo astro do Rock and Roll, Roberval Murillo, deixando o rapaz muito enciumado.

Conseguirá Mike Paolo conquistar o coração da bela criatura de olhos cor de âmbar?

A vida dos jovens da cidade de Andrada nunca esteve tão movimentada, considerando a corrida de lambretas, o risco de perderem o Cine Radial por um capricho do prefeito, e da tão aguardada vinda de uma das mais famosas duplas de cantores dos anos dourados, contratada para cantar na formatura dos alunos do Colégio Padre Machado.

Em meio a esses acontecimentos e à inesperada paixão de Gregório Matoso por Elisa, a nova assistente do prefeito, tudo pode acontecer!

As novidades chegam a Andrada em ritmo alucinante: O casamento da cantora Celly Campello, marcando o encerramento de sua brilhante carreira, e o concurso de Twist, dança inspirada no velho Rock and Roll, que terá lugar no Andrada Tênis Club. Mike e Laura, além de namorados, são parceiros de dança. Porém, uma turbulência no relacionamento amoroso da dupla poderá colocar em risco não só essa parceria como o futuro daquela belíssima história. Assim fica a pergunta: O amor há de superar os obstáculos ou será mesmo o fim?

O QUE ESPERAR DE

As Belas e os Lambretas

Livro: As Belas e os Lambretas – Edição

Especial

Autor: Carlos Koelho

Editora UICLAP

Ano: 2023

Paginas: 356

Sinopse

Mike Paolo, depois de dez anos, reencontra sua antiga desafeta Laura Manoela em um dos bailes no salão do Andrada Tênis Club. Porém, ao contrário daquela criança esquisita, gorducha e de sobrancelhas grossas, ele se depara com a criatura mais bela que seus olhos já viram. Totalmente atraído pela garota, tenta se aproximar, porém, é ignorado pela bela adolescente, ficando ainda mais perplexo ao perceber que a moça é tirada para dançar pelo astro do Rock and Roll Roberval Murillo, deixando o rapaz muito enciumado.

Conseguirá Mike Paolo conquistar o coração da bela criatura de olhos cor de âmbar?

Nesse volume estão reunidas as três histórias, tendo como título “As Belas & os Lambretas”, cujos subtítulos nomeiam cada uma delas, sendo “Uma História dos Anos Dourados”, “A História Continua” e “No Tempo do Twist

Na onda do Rock &Roll

Aquela conversa havia deixado orapazbastanteaborrecido.No entanto, ao se aproximar do sobrado, logo se animou, ao observar o lenço estendido no peitoril da janela da moça.

Assim, ficou ali, pensando se tocava ou não a campainha.

Heloísa, que estava entrando em casa, subiu para seu quarto, observando os movimentos do rapaz através da cortina. Enfim, tocou a campainha. Logo apareceu Clara, que foi encontrá-lonoportão.

Minhas impressões:

A trilogia As Belas e os Lambretas do autor Carlos Koelho é uma bela homenagem para um tempo que certamente moldou o estilo de vida e as escolhas dos jovens daquela época, o que possibilitou uma mudança extraordinária nas gerações futuras. Não espere encontrar aqui uma história de amor onde o casal passa por desafios para ficarem juntos no final, pois este não é um romance, é mais um livro de memorias. Nas páginas de As Belas e os Lambretas encontraremos as vivencias do autor, que ao longo da leitura nos leva a conhecer o período de forma simples, porém mágica. Trata-se de uma viagem temporal maravilhosa que nos faz querer acompanhar cada etapa torcendo, brigando e muitas vezes rindo das situações apresentadas por ele. A fluidez do texto nos faz enxergar a história como um filme digno da sessão da tarde onde o protagonista nos convida a conhecer um pouco da sua vida seus anseios e amores até encontrarmos com ele já com certa idade sentado em uma cadeira de balanço contando aos netos os causos de sua mocidade. Este é sem sombra de dúvida um livro capaz de aquecer o coração, dos jovens leitores, bem como encher de saudade aqueles que vivenciaram a época. Vale muito a pena conferir.

Leia Também

Outros livros do Autor

Livro: Pequenas histórias & Pequenas

histórias assustadoras

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 14 x 21

Paginas: 124

Publicação: 2022

Sinopse

Este livro apresenta uma seleção de histórias escritas entre 2010 e 2022, onde o leitor encontrará narrativas encantadoras, estranhas e assustadoras, ou seja, uma verdadeira colcha de retalhos.

Livro: Romance a moda Italiana

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 14 x 21

Paginas: 124

Publicação: 2022

Sinopse

Um baile de debutantes, uma cantina italiana no bairro do Bixiga e dois jovens apaixonados, são os ingredientes dessa deliciosa receita de romance, ciúmes, intrigas e rivalidade, onde a seguinte questão vem à tona: resistirá o amor de Adalgisa e

Lorenzo ao tempo, à distância e às intrigas do rival?

Assim como no livro”As Belas e os Lambretas – Uma História dos Anos Dourados”, o autor ambienta esse romance na década de 60, transitando entre a adolescência e a fase adulta dos protagonistas, em um final deliciosamente surpreendente

Livro: Querido Cupido

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 14 x 21

Paginas: 146

Publicação: 2022

Sinopse

Augusto, que examinava o terreno, notou que Vitória, sua vizinha, estava disponível. Já não namorava João

Pedro, que havia sido impiedosamente chutado, após ser flagrado entrando em uma dessas casas de baixa reputação.

Já estava bem próximo à mesa quando outro rapaz, chegando primeiro à moça, a levou para o meio do salão, deixando Augusto a ver navios.

Desconcertado e sob um impulso inexplicável, acabou convidando a irmã mais nova de Vitória, que surpresa com aquele convite, acabou aceitando.

Valentina, então com pouco mais de treze anos, não esperava que alguém pudesse tirá-la para dançar, e muito menos aquele vizinho bonitão, que parecia não a enxergar.

Assim, se faz necessária a seguinte pergunta: Iria Augusto, aquele rapaz de dezenove anos, resistir aos encantos de Valentina?

Livro: O detetive Adamo Subane

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 14 x 21

Paginas: 196

Publicação: 2023

Sinopse

O Sr. Mario Rossi, proprietário do Hotel Glória, recebe um hóspede um tanto inusitado, que se estabelece no quarto nº 12: O detetive particular moçambicano Adamo Sumbane, um homem elegante e culto, com um tom de pele que dá a impressão de ser azulada de tão escura.

Exímio pianista de Jazz, blues e ragtime, o Sr. Sumbane tem um outro grande talento: desvendar os mais misteriosos tipos de crimes, sendo ele, algumas vezes, solicitado pela polícia Paulistana para resolver casos difíceis, quando suas habilidades são colocadas à prova.

Nesta aventura, Adamo Sumbane solicita a ajuda do Sr. Mario Rossi, que em companhia da bela agente policial Vivian Gonzalez, será desafiado a desvendar os furtos de joias pertencentes aos hóspedes do grande Hotel Astúrias, cujo proprietário é assassinado durante as investigações.

Conseguirá o detetive Adamo Sumbane desvendar o mistério que envolve os mais diversos personagens desta trama?

Livro: O segredo do Castelo Amarelo

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 14 x 21

Paginas: 108

Publicação: 2023

Sinopse

“Foram caminhando lentamente até onde começava a sala de estar. Daquele ponto, podiam ver nitidamente as suas respectivas casas, já que a janela não passava de um tecido quase transparente como um véu.

Ficaram surpresos, quando ouviram um diálogo, em um idioma que não conseguiram identificar. Perceberam, então, que havia mais alguém na casa, e que esse alguém discutia com o velho.

Estacaram ali, quase ao pé da escada, tentando ouvir o que se passava. De repente, ouviram vários barulhos, dando a impressão de que as duas pessoas do andar de cima estavam entrando em luta corporal, seguidos de um estampido, como de disparo de arma de fogo e de um ruído oco, como algo caindo ao chão, e depois o som de um bater de porta, e de passos, que vinham descendo as escadas rapidamente.”

Nessa trama, Rafa e Alice, intrigados com aquele velho e sinistro casarão amarelo, acabam envolvidos com o misterioso morador, e logo precisarão da ajuda do excêntrico Adamastor Arruda, um detetive particular que promete resolver qualquer caso a preços populares, conforme um anúncio de jornal.

Livro: Anastásia – Amor & Vingança

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 11 x 18

Paginas: 210

Publicação: 2023

Sinopse

“Quando Sóstenes descobriu que Anastásia havia escutado sua conversa, foi falar com a moça. Ela lamentou pelo rompimento do namoro do amigo, porém jurou que, se tivesse a oportunidade, se vingaria do ingrato Álvaro, a quem havia oferecido um amor puro e verdadeiro, e que fora rejeitando de forma tão indigna.”

Livro: Um romance para papai

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 11 x 18

Paginas: 258

Publicação: 2023

Sinopse

Os cinco filhos de Giordano Martinelli precisam tirar o pai dos braços da perversa

Lucrécia. Para isso, só há uma solução: conseguir uma namorada para ele.

Assim, o que há de mal se a pretendente for uma famosa cantora, com a qual o pai tivera um envolvimento amoroso no passado?

O Crepúsculo da Morte – Bela Lugosi de Thommas Herman Disponível nas plataformas: Livrorama, UICLAP, Clube de Autores

Livro: Cartas para Clarice

Editora: UICLAP

Autor: Carlos Koelho

Tamanho: 11 x 18

Paginas: 258

Publicação: 2023

Sinopse

Lorenna Ricci era a coqueluche do momento, cuja bela voz tornou-se uma espécie de unanimidade entre os jovens da pequena Rio Azul, cidade do interior de São Paulo. Porém, para Carlos de Campos, estudante de arquitetura, era apenas mais uma cantora a aproveitar a onda do rock and roll.

Assim, um pequeno incidente acabou por reunir o futuro arquiteto e a cantora, cuja antipatia parece ter sido mútua.

Porém, quem poderia mudar o que o destino traçou?

MariSang,escritoraequatorianabestseller,participadaBienaldoLivrodo RiodeJaneirorepresentandocoletivo de escritores Mochilão Literário UICLAP

A Bienal do Livro é o principal evento de entretenimento e literatura do Brasil, além de ser classificada como um dos maiores eventos literários da América Latina. Neste ano de2023, a Bienal do Livro do Rio completa 40 anos. Mari Sang, equatoriana de 39 anos, parte do staff do Mochilão Literário, participou deste evento e marcou presença o sábado, 2 de setembro, no segundo dia da Bienal, e o dia 6 de setembro junto à ilustradoraAmelieVictoria.

O sábado 2 de setembro ela promoveu seu último lançamento, o conto ilustrado bilíngueportuguês-espanhol “Chapeuzinho Azul e Sua Aventura Mágica”. Mari Sang fez uma sessão de autógrafos no stand da Editorial UICLAP, editora brasileira que publica seus livros em versão papel no Brasil. No Stand da UICLAP, que fica na Calçada Literária do Pavilhão

Laranja (CL-3), esteve exposto seu livro ilustrado e bilíngue (portuguêsinglês) intitulado “GERTRUDIS”.

Gertrudisfoi o primeiro lançamento da autora, publicado em 2021, disponível em quatro idiomas: espanhol, português, francês e inglês. Além disso, no Brasil possui duas publicações bilíngues: portuguêsespanhol e português-inglês.

O livro Gertrudis está na categoria “Maisvendidos” da editora

UICLAP. O último livro da escritora “Chapeuzinho Azul e sua Aventura Mágica” publicado em 1º de junho deste ano, também alcançou o topo dos mais vendidos na Amazon e continua no top 100 dos “Mais vendidos” na categoria contos naAmazon.Espanha.

No stand da UICLAP a autora também teve a oportunidade de apresentar o livro “Um Café para Começar” Antologia do Mochilão Literário sob a organização deApollo Souzae Soraya Brito.

Entre as editoras presentes na Bienal do Livro Rio 2023, além da UICLAP, outras grandes editoras como Harper Collins Brasil, Planeta, Rocco, Récord, Amazon KDP, estiveram presentes com estandes, atividades para crianças, jovens e adultos, bem como apresentações de autores nacionais e internacionais. Além das atividades literárias, uma das atividades que chamou a atenção da Mari Sang foi uma campanha para prevenção aosuicídio liderado pelo movimento Cru Rio e feito junto à campanha setembro Amarelo.

No sábado, 2 de setembro, além da presença da escritora Mari Sang, outros autores brasileiros e internacionais marcaram presença na Bienal, com destaque para a presença de Mauricio de Souza, escritor e cartunista, autor de “Turma da Mônica” e da escritora estadounidense Julia Quinn autora da saga Bridgerton. A escritora participou de um bailereal organizado em sua homenagem.

A quarta-feira 6 de setembro a autora Mari Sang teve a oportunidade de participar do Bienal junto com sua filha, a ilustradora de dez ano, Amelie Victoria, quem também teve a oportunidade de dedicar livros no stand da UICLAP. Segundo a média do Bienal do livro essa foi uma edição histórica, mais de 600 mil pessoas assistindo ao evento e 5,5 milhões de livros vendidos.

O Bienal do Livro Rio 2023 aconteceu de 01/09/2023 a 10/09/2023 a partir das 10h. às 22h no RIOCENTRO, maior espaço de exposições da cidade do Rio de Janeiro localizadono endereço: Avenida Salvador Allende, 6555, bairro BARRA DA TIJUCA, Rio de Janeiro, Brasil.

A Taverna – Papo RPG

Exemplos de RPGs prontos, e sugestões de adaptação

Algumas temáticas, por mais inventivas e inovadoras que sejam, podem ser adaptadas para jogos já prontos, o que vai te poupar de muito trabalho e dores de cabeça. Afinal, esses jogos foram feitos por equipes imensas que trabalharam por horas seguidas só para entregar esse produto. Se esse livro já está pronto após tanto esforço, por que jogar todo esse trabalho fora? Use, adapte, reaproveite. Um RPG, por si só, já pode se revelar bastante trabalhoso — embora, também, prazeroso — na maioria das vezes, então é vital adotar certa praticidade para dedicar seus esforços aos tópicos corretos.

Portanto, serão abordadas aqui algumas temáticas narrativas, e exemplos de RPGs que podem ser usados nesses cenários. Também serão colocadas eventuais sugestões de adaptação para cada cenário, a depender da necessidade do Narrador/Jogador, além de alguns apontamentos que podem ajudar a guiar a escolha de jogos para determinados teores de narrativa.

Fantasiamedievalé um dos temas que quase sempre vem à mente quando se pensa em RPG. É claro, foi um dos primeiros temas a serem

explorados dentro desse nicho, especialmente com o famoso Dungeons&Dragons . Esse, inclusive, é um ótimo RPG para novos jogadores que querem se aventurar nas raízes de uma boa campanha de RPG.

Mas, nesse gênero, existem alternativas. Por exemplo, Tormentaé uma produção brasileira com um nível de qualidade tão alto quanto o D&D(5ªEdição) , mecânica e narrativamente. Para explorar mecânicas um pouco mais complexas, uma dosagem maior de poder embora a um alto custo — e mais drama narrativo, ArsMagica(4ªEdiçãoou 5ª Edição) é uma boa alternativa, embora não seja tão indicado para jogadores muito inexperientes. Vampiro:IdadedasTrevas(4ªEdição ouEdiçãode20ºAniversário) , por sua vez, oferece um equilíbrio entre drama e mecânica que é bom para jogadores que não querem se perder em cálculos complexos e preferem desfrutar de um primeiro jogo com mais fluidez. Para aqueles que desejarem um conteúdo mais extenso em literatura e com temática diferenciada, Pugmire e Numenéra são ótimas opções. Ambos possuem uma narrativa bem densa e rica para ser explorada, mas também contém mecânicas um pouco complexas; convém ao Narrador avaliar quais utilizar.

Se deseja uma Fantasia mais descompromissada de um cenário estritamente medieval, HoradeAventura(AdventureTime)é o jogo ideal. Ele possui mecânica e suporte narrativo para todas as idades e gostos, é extremamente didático — sendo, portanto, altamente indicado para jogadores em todos os níveis de experiência com RPG e os cenários variam de acordo com a necessidade do Narrador. Assim, é possível explorar as mais variadas histórias com diversas temáticas utilizando esse jogo.

Para algumas pessoas, a temática da Bruxarianão é um tabu, mas um desejo a ser explorado em um jogo. Kids on Brooms coloca o jogador na pele de crianças aprendizes na arte da bruxaria, possibilitando temáticas sensíveis mas com um grau de leveza infantil junto com as maravilhas da magia. Em contrapartida, CJ Carrell’s WitchCraftoferece um teor de FantasiaUrbanaao mesmo tempo em que incorpora os clássicos estereótipos de bruxas e bruxos em suas

mecânicas narrativas, dando ao jogador a chance de ser a bruxa mais canônica possível, ou a mais disruptiva, se assim preferir. Ambos os jogos se passam em cenários urbanos, mas o cerne de suas mecânicas não dependem da temporalidade do cenário. Assim, se preferir um jogo vitoriano, medieval ou até mesmo futurista, basta adaptar alguns termos da Ficha de Personagem e configurar o cenário ao seu bel prazer. Feito isso, você verá que o jogo permanece funcional em suas regras e mecânicas, mas ficará ambientado num mundo completamente diferente do original.

Para histórias de Piratariae EraVitoriana , a melhor sugestão é o 7º Mar(1ªEdiçãoou 2ªEdição) . Isso não apenas porque ele abarca a temática da pirataria com estética vitoriana, mas porque ele possui mecânicas de navegação em navios levando em conta os Atributos e Perícias de cada personagem. Além disso, dispõe de ferramentas ótimas para o aprofundamento de drama numa história, e tem mecanismos que o Narrador pode escolher usar com mais ou menos intensidade. Por exemplo, existem sociedades secretas, monstros, bruxaria, mortos-vivos, artefatos mágicos de outras eras, espionagem, guerra política, e assim por diante. Além disso, por sua veia fortemente narrativa, pode ser utilizado por Narradores e Jogadores inexperientes, e está equipado com vários suportes textuais ao longo do livro que tornam esse jogo extremamente didático.

Para se debruçar sobre cenários de FicçãoCientíficaDistópica, AlteredCarbone Shadowrunsão ótimas sugestões, mas vale atentar às peculiaridades de cada jogo. AlteredCarbontem mecânicas sociais, de combate e de criação de personagem que valorizam muito o drama e o desenvolvimento dos personagens e narrativas presentes na história proposta pelo Narrador. Dito isso, é um jogo que possui sua própria complexidade, mas um narrador levemente experiente deve ser capaz de conduzir uma jogatina com fluidez.

Shadowrun , por sua vez, apresenta mecânicas mais complicadas e que envolvem mais cálculos, e abarca a temática de FicçãoCientífica Fantástica . Claro que, com a orientação certa de um Narrador ou Jogador bem instruído, todos os participantes do jogo devem conseguir

acompanhar o fluxo. Porém, apesar de seu cenário rico em recursos, ferramentas e, acima de tudo, folclore original, não é exatamente o jogo mais recomendável para Narradores ou Jogadores inexperientes.

Ainda no tema de FicçãoCientífica, embora não necessariamente distópica, Lancer é um RPG que volta seu foco para a temática de robôs gigantes, incorporando elementos de ficção científica, space opera e Mecha (aqueles robôs gigantes presentes no anime “Evangelion” ou na franquia de filmes “PacificRim”). Esse jogo está munido com uma gama de mecânicas originais para combate e personalização de robôs gigantes, além de apresentar ferramentas que simplificam a construção de personagens humanos e movimentam a história de forma fluida e rápida. Porém, ele carece de um universo próprio em folclore e narrativas, então esse se torna um esforço que o Narrador e Jogadores devem fazer por conta própria. Para quem deseja uma história original, esse “defeito” acaba se tornando uma praticidade, já que a proposta inicial era a de criar um universo próprio. De qualquer forma, é válido que os Jogadores e o Narrador analisem o jogo e decidam quais mecânicas serão usadas ou descartadas, pois nem todos os recursos dispostos no jogo favorecem, de fato, uma história fluida.

Na temática de Pós-Apocalipseou Apocalipse , três opções, sendo duas delas da mesma franquia, são ótimos pontos de partida tanto narrativa quanto mecanicamente: Mutant: Year Zero, Mutant: Year Zero Genlab Alpha e Terra Devastada. No sub-gênero do ApocalipseCumbi, muito presente na cultura pop, TerraDevastada pode ser citado como uma boa referência por sua fluidez dramáticonarrativa, construção de cenário rica que facilita o trabalho do Narrador, e mecânicas desafiantes embora não complexas demais. É um bom RPG para jogadores de longa data, mas também para iniciantes.

Num teor mais sobrevivencialista, entram Mutant: Year Zero e Mutant: Year Zero Genlab Alpha na lista, mas cada um com propostas diferentes. Primeiramente, Mutant:YearZeroé o jogo-base da franquia, sendo o núcleo narrativo e mecânico em torno do qual as

expansões giram. Porém, sua proposta é específica, mirando mais na sobrevivência dos personagens num mundo decadente e poluído no qual eles são caçados. É uma perspectiva menos comunitária e mais individualista, com um cenário recheado de perigos e mistérios onde os personagens precisam descobrir jeitos inusitados de sobreviver enquanto tentam desvendar a trama narrativa.

Mutant:YearZero — GenlabAlpha , em contrapartida, mira numa construção de cenário e personagens derivada do jogo-base mas com outra perspectiva. Nessa expansão, os jogadores são humanoides antropomórficos (resultado da radiação que originou esse cenário apocalíptico) que vivem numa comunidade onde cada integrante tem funções essenciais para a sobrevivência do coletivo. É um teor que se mantém firme no sobrevivencialismo, mas que se aplica de forma comunitária na qual os personagens precisam encontrar recursos e informações úteis para a comunidade. Dessa forma, independente da trama a ser desenvolvida, os jogadores são levados a pensar no seu personagem como parte vital de um coletivo, não apenas indivíduos.

Para um cenário voltado à FantasiaUrbana , presente em muitos elementos da cultura pop, três recomendações são inevitáveis: Cityof Mist , MundodasTrevase CrônicasdasTrevas . Cada uma, porém, tem limitações bem distintas. CityofMisté um jogo que favorece um drama narrativo muito mais intenso, investigativo e focado no desenvolvimento das personagens, as descobertas acerca de suas mitologias, e os impactos das decisões dos jogadores na história mas, também, no cenário como um todo.

O Mundo das Trevas , por outro lado, provê uma gama de possibilidades folclóricas, mitológicas e, especialmente, narrativas. É um universo que dispõe de um compêndio com vários jogos que propõem temáticas, tipos de personagens, problemáticas narrativas, dilemas psicossociais e ambientações únicas para cada cenário. Alguns exemplos são “Vampiro:AMáscara”, “Lobisomem:OApocalipse”, “Mago:AAscensão”, “Demônio:AQueda” e “Caçador:ARevanche”, entre outros. Cada um desses títulos da editora é tão distinto em sua própria abordagem na temática de fantasia urbana, que certamente

algum dos cenários nessa franquia vai atender às suas necessidades dentro do gênero. Em todos os casos, esse universo é extremamente focado no subgênero Punk-Gótico, isto é, ele se debruça sobre questões sociais, expõe problemas latentes no mundo e sociedade modernos, ao invés de fugir dessas discussões, e os incorpora em seu folclore. É um ótimo jeito de incluir debates sociopolíticos em uma narrativa fantástica.

Por último, mas não obstante e ainda dentro do subgênero de fantasia urbana, há a franquia Crônicas das Trevas . Perceptível no nome, é uma vertente editorial do MundodasTrevase, portanto, se aproveita das mesmas inspirações temáticas para estabelecer criações completamente novas. Alguns paralelos são “Vampiro: Requiem”, “Mago:Despertar” e “Demônio:ADescida”, por exemplo, além de criações originais dessa vertente como “Fera:OsPrimordiais” e “Geist: Devoradores de Pecado”. Por questões de direitos autorais e originalidade editorial, porém, as propostas dos títulos que fazem paralelo às suas versões anteriores são bem diferentes em conteúdo, embora similares à primeira vista. Geralmente, os jogos de Crônicas dasTrevasainda apresentam um cenário Punk-Gótico, mas de uma perspectiva mais despojada e que dá mais liberdade narrativa e dramática tanto a Jogadores quanto a Narradores. É ótimo para quem não deseja leituras extensas sobre a ambientação do jogo para desfrutar de uma boa história, e é, também, mais recomendável para Jogadores e Narradores inexperientes por conta de suas mecânicas flexíveis.

Na próxima Edição