Homo Ludens – A Brasa e o Fanal

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Esta é uma escrita desenhada e aprumada no enredado das nuvens. Pluviométrica e plúmbea. Silenciosa. Nua. Uma escrita efêmera, fluida e voraz, como o tempo que nos reinventa a todo o momento, mesmo quando cingido a fórceps, ferro e fogo. No entremeio deste paradoxo irresolvível, abdicamos das hipóteses em nome das mãos - das linhas das mãos, das veias das mãos, das linfas e linfonodos de seiva superficial e translúcida; afinal o corpo existe apenas pra repetir e repetir a ideia de relação. Nesse fluir, aproveitamos para secretar um convite. Há mais de ano, fomos contemplados em um concurso público promovido pela SecultCe. O projeto aprovado é para a realização de uma publicação coletiva. Esta. Que já é conviva de um banquete onde se come cru (o que não significa que o cozido também não esteja sendo servido e devorado). Nossa proposta é a de uma reunião de textos em torno da fuga, do esquivar constante da captura. Neste abre e fecha da válvula de escape, não estamos a admitir que não haja narrar, errar, articular, sincronizar, ficcionar. entre a bahia e o ceará


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Homo Ludens – A Brasa e o Fanal by Editora Reticências - Issuu