Revista Qual Viagem Edição 101 - Julho/2022

Page 1

julho 2022

• egito • mendoza •barbados •santa rita do passa quarto e Nuporanga

Qual Viagem

+ Viagem

Mendoza, Santa Rita do Passa Quatro e Nuporanga

qualviagem @revistaqualviagem

egito paisagens únicas e monumentos milenares

La Rioja

Barbados

Mais uma surpresa dos nossos hermanos

Conheça as belezas da terra da Rihanna



Férias inesquecíveis no Iberostar Selection Bávaro Suites, na República Dominicana

• Entretenimento para todas as idades com a equipe Star Friends e o programa Star Camp • Campo de Golfe • Spa Sensations • Diversos restaurantes temáticos

Até

40%

de desconto

• Laboratório de Corais

*consultar períodos

• Mergulho e esportes aquáticos FÉRIAS SUSTENTÁVEIS

A melhorar a saúde das costas

Consumo responsável de produtos do mar

1 criança

+ grátis

Avançando para uma economia circular

Acesse www.iberostar.com ou consulte seu agente de viagens


qual viagem

editorial Edição 101 • Ano 8 • juLho 2022

De olho nas férias!

Editora e Produtora Qual eireli. CNPJ 17.523.350/0001-35 Inscrição Estadual 140.490.598.110 Rua Campo Grande,385 Vila Hamburguesa - CEP 05302-051 São Paulo - SP - Brasil tel:01130249500 Telefone +55 11 3024-9500

Prezado leitor, Chegamos na metade de 2022 e já é possível notar algumas grandes diferenças em relação aos anos anteriores. Neste mês de férias escolares, a procura por viagens, tanto nacionais, quanto internacionais, apresentou um crescimento considerável em comparação a 2021. Segundo a Decolar, houve um aumento de 51% nas vendas durante os meses de março e abril, para os embarques no mês de julho. Aproveitando esse desejo cada vez mais inflamado por recuperar o tempo perdido, nossa capa deste mês traz um destino dos sonhos: o Egito. Ainda que não seja para viajar agora, essa é a melhor época para planejar um roteiro pelo exótico país e embarcar a partir de setembro, quando as temperaturas já estão mais baixas. Um pouco mais perto apresentamos Barbados, um destino caribenho que tem tudo para agradar tanto famílias em busca de praias paradisíacas, quanto casais e grupos de amigos que não dispensam um bom Carnaval. No Brasil, seguimos sugerindo roteiros curtos, para serem feitos de carro. A dica deste mês são as Estâncias Climáticas de Santa Rita do Passa Quatro e Nuporanga. Por fim, indicamos também dois destinos na Argentina, país que está investindo cada vez mais no mercado brasileiro. Enquanto Mendoza segue atraindo os viajantes com suas vinícolas e experiências, La Rioja surge como uma novidade com paisagens e formações geológicas de tirar o fôlego. Boa leitura, boa viagem e até a próxima edição! EDITORA QUAL

Publisher: Marcio L. Dadalti Diretor Comercial: Marcos Telore Administração e Logística: Patrícia Silva Editor: Cláudio LacerdaOliva (Mtb 20.586/SP) Produção: RCS Designer Gráficos e Fotos Ltda- ME

PUBLICIDADE no brasil Para anunciar: tel:01130249500 (11) 3024-9500 dadalti@editoraqual.com.br representante na América do norte e caribe - Globe travel Media Claudio Dasilva: +1 (954) 647-6464 tel:19546476464 Neil Strickland: +1 (954) 296-9515 tel:19542969515 REDAÇÃO Sugestões de matérias, opiniões ou dúvidas: claudio@editoraqual.com.br

Disponível também

https://issuu.com/editoraqual Capture o QR Code e visualize a revista on line Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sem a autorização por escrito dos editores. As informações publicitárias contidas nesta revista são de responsabilidade dos anunciantes.

4



23 e 24

Págs.

41 e 61

pelo mundo Págs.

95

SANTA RITA E NUPORANGA

8

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

Pág.

egito paisagens únicas e monumentos milenares

Qual Viagem

BOARDING GATE

• egito • mendoza •barbados •santa rita do passa quarto e nuporanga

39 e 40

62

Mendoza, Santa Rita do Passa Quatro e Nuporanga

qualviagem @revistaqualviagem

hotéis & resorts Págs.

Pág .

La rioja

BarBados

Mais uma surpresa dos nossos hermanos

Conheça as belezas da terra da Rihanna

LA Rioja

Pág.

42

Duas estâncias climáticas para curtir a natureza no interior de São Paulo. Pág.

26

foto: ©iStock.com / Susup

Foto: secretaria de turismo de la rioja

MENDOZA

300 dias de sol, 365 dias de bons vinhos por ano. 6

Uma Argentina a ser descoberta.

BARBADOS

+

Pág.

Descubra por que Barbados é considerada a Joia do Caribe.

96

foto: © istockphoto.com

pelo BRASIL Págs.

+ Viagem

capa julho 2022

qual viagem

sumário



Santa Rita do Passa Quatro e Nuporanga: duas estâncias climáticas para curtir a natureza no interior de São Paulo

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

Por Cláudio Oliva



fotos: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

O Estado de São Paulo possui mais de 70 estâncias turísticas, que são divididas entre Climáticas, Turísticas, Balneárias e Hidrominerais. Para essa edição, escolhemos falar de duas delas, que são classificadas como estâncias climáticas, onde o clima e natureza abundante são os cenários inspiradores para passear e curtir os dias de folga e de férias. Santa Rita do Passa Quatro reúne história, cachoeiras e recantos únicos, e Nuporanga, bucolidade e cenários encantadores. Confira o que essas belas cidades, próximas a Ribeirão Preto, oferecem aos visitantes.

Santa Rita do Passa Quatro

U

m agradável clima bucólico recebe os visitantes na tranquila estância. É ao redor da igreja matriz de Santa Rita que rola o burburinho noturno. Mas o melhor do município deve

10

Praças e recantos bem cuidados em Santa Rita do Passa Quatro.

ser visto de dia: o verde exuberante, as cachoeiras e as trilhas. Sem falar no famoso jequitibá-rosa, que impressiona pelos números: com mais de 3,6 metros de diâmetro, 40 metros de altura e em sua copa vivem cerca de 21 mil espécies de vida, entre fauna e flora. Mas a cidade também reserva muitas emoções para quem curte esportes de aventura. A natureza é riquíssima em Santa Rita do Passo Quatro, sendo um dos maiores patrimônios da estância climática. Por lá, algumas fazendas de café do século 19 recebem hóspedes para experimentar uma hospedagem diferente. A viagem à Santa Rita do Passa Quatro é aquele tipo de passeio que garante paz, conhecimento e diversão. Uma vez que apresenta como principais atrações turísticas igrejas, museus, cachoeiras e um belíssimo parque estadual. De modo a abrigar belezas naturais e de criação humana. Assim como um dos maiores jequitibás-rosa do Brasil. Além disso, entenda o porquê de ser conhecida como Estância Climática. Título que apenas pou-


cas cidades recebem. Mas que descreve um ponto muito importante do local. Principalmente aos turistas.

dade, o Morro do Itatiaia, oferece bons serviços, um ótimo mirante, estacionamento e acessibilidade. Boas pousadas e hotéis.

Onde fica Santa Rita do Passa Quatro

Estância Climática recheada de atrações naturais

Santa Rita do Passa Quatro é um município da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Fundado por Ignácio Ribeiro do Vale e seu filho Diocleciano Ribeiro. Localizado próximo à cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, sendo composto pelo distrito e sede de Santa Cruz da Estrela. Viajando a partir da capital paulista, é necessário percorrer quase 3h de carro. Enquanto, de ônibus, pode demorar de 4h a 5h, devido às paradas. O melhor trajeto segue pela BR-050. Ou pela Rodovia dos Bandeirantes, seguindo pela Rodovia do Anhanguera até a saída 240-A. E por fim a Rodovia do Zequinha de Abreu. Durante essa viagem, aproveite também uma ótima vista à Chapada Guarani e ao Vale do Mogi. A cidade oferece boa estrutura de hospedagem e bons restaurantes, sendo uma ótima opção para viajar com a família. Uma das principais atrações na área rural da ci-

Uma cidade recebe o título de Estância Climática quando seu clima passa a ser considerado atração turística. Assim, da mesma forma que Campos do Jordão, Santa Rita do Passa Quatro tem a admiração dos viajantes por suas mudanças climáticas. Essas que costumam ser bem definidas em todas as estações. Apesar disso, outro ponto que lhe deu o título é sua riqueza natural. Já que conta com uma diversidade de fauna e flora. Contendo até mesmo animais ameaçados de extinção. Nos diversos pontos turísticos de Santa Rita do Passa Quatro, o turista entrará em contato com inúmeras belezas naturais, riqueza cultural, boa gastronomia e arquiteturas de se admirar. Dessa forma, sendo considerado um local especial para as férias e o lazer de toda família. 11


foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro


O pôr do Sol é uma das atrações naturais da região e acontece quase que diariamente.

13


fotos: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia Com o nome da cidade inspirado à devota de Santa Rita de Cássia, mulher que doou o terreno para a construção de uma pequena capela. Não é de se estranhar a elaboração da Igreja Matriz de mesma nomeação. Essa que, além da história, abriga 40 vitrais e pinturas que atraem seus diversos visitantes. Logo há quem diga que, independentemente da religião, todo turista deve visitar essa obra de arte. Já que dá paz e contemplação a qualquer pessoa. Além de ser um ótimo local para as crianças. Visto que possui uma praça ampla que permite as brincadeiras.

Deserto do Alemão Um dos pontos turísticos de Santa Rita voltado à aventura e diversão. Uma vez que a ideia é manter apenas a ação da natureza como atração. Apesar disso, ainda possui alguns quiosques para churrasco e boas áreas para piqueniques. Embora o que mais chame atenção sejam suas 14


Santa Rita tem muitas cachoeiras, uma delas e talvez a mais importante é a da Três Quedas. Vale ainda uma visita as cachoeiras São Valentin e Chuchua.

formações rochosas em meio a uma preservada vegetação. Ambiente perfeito para a brincadeira da criançada. Boa caminhada e banho no lago.

Cachoeira Três Quedas A Cachoeira Três Quedas está localizada no Córrego Passa Quatro. Um dos riachos que complementa o nome do município. Pois, antigamente, o rio passava quatro vezes pela travessa do acesso principal. O ambiente é bem estruturado, já que tem boa sinalização, um restaurante, além de banheiros e área para piquenique. Um ótimo local para se divertir com banhos de cachoeira e boa comida.

Museu Histórico Zequinha de Abreu Em homenagem ao José Gomes de Abreu. Compositor de Tico-Tico no Fubá, nascido em Santa 15


fotos: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro


A bucolidade e o ar puríssimo presente nas terras de Nuporanga.


foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

Floresta preservada e grupo de turistas abraçando o enorme e centenário Jequitibá -Rosa, uma das maiores atrações da cidade

Morro do Itatiaia O Morro do Itatiaia é um dos lugares que mais tem surpreendido. Isso porque recebeu altos investimentos em sua infraestrutura, de modo a apresentar um novo mirante com acessibilidade, além de restaurante com vista panorâmica, parque, estacionamento e ponto de informação para turista. Sendo assim, tem se tornado um dos melhores e mais estruturados pontos turísticos da cidade. 18

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

Rita do Passa Quatro. Ao adentrar no museu, o visitante terá uma grande história a vivenciar. A partir dos pertences do músico. E salas que se assemelham aos cômodos de sua casa. Tudo funcionando na antiga estação ferroviária de Santa Rita. Situada na Praça Poeta Mário Mattozo. Não bastando, o turista ainda pode optar pela viagem no mês de setembro, quando anualmente ocorre o Festival Zequinha de Abreu. Nesse mesmo mês de nascimento de Zequinha.


foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

Parque Estadual do Vassununga Atração turística ideal para quem ama a natureza e uma boa aventura, já que possui trilhas simples e de fácil acesso. Não bastando, ainda possui um pequeno museu em sua entrada, pois ali é possível aprender mais sobre sua fauna e flora, obtendo bons conhecimentos antes de se aventurar. É nesse ambiente que o viajante se encantará com o jequitibá gigante. Considerada a maior árvore da espécie, com mais de 600 anos e 44 metros de altura. Porém esteja atento aos horários de funcionamento.

Nuporanga:

Tranquilidade e bucolidade que surpreendem Nem todos sabem, mas na língua Tupi, Nuporanga quer dizer “campo belo”. Mais do que a beleza 19


fotos: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

dos campos das redondezas, o que costuma atrair os turistas são os principais eventos da cidade, o Carnaval, bem animado, e a Festa do Peão Boiadeiro, que acontece sempre em setembro, mais ou menos no mesmo período que é realizada a feira de artesanato Fearten da estância que tem cerca de 7 mil habitantes. Durante as festividades, a população se multiplica – vem gente de todos os cantos da região. Entre as atrações que merecem uma visita estão o centro turístico e a cachoeira dos Dourados, que oferece local para banhos deliciosos em suas quedas d’água. Nuporanga é uma cidade privilegiada. A pequena notável do Nordeste paulista, como é carinhosamente chamada, é outra Estância Climática, onde o ar puro de suas matas é o diferencial. A cidade atualmente tem como preocupação o desenvolvimento do turismo receptivo. O Centro Turístico de Lazer merece destaque especial. Com lugares ideais para caminhadas relaxantes e um excelente local para descanso, a hospitaleira Estância Climática de Nuporanga conquista 20

seu espaço como cidade artesã e destaca-se por apresentar características típicas de uma cidade do interior: povo acolhedor, serenidade, ar puro, vegetação típica e clima tropical. Ao percorrer as ruas da cidade, depara-se com o cuidado e a preocupação com o bem-estar da população e daqueles que a visitam. O coreto e a fonte luminosa da Praça Central realçam a beleza da noite nuporanguense. A história do município de Nuporanga tem seu início em um povoado instalado nas terras de uma grande fazenda. Alguns anos depois o local que anteriormente era chamado de Espírito Santo passou a denominar-se Nuporanga, que em tupi-guarani significa Campos Belos. Outra atração interessante é visitar a igreja matriz do Divino Espírito Santo e para quem gosta de pescar vale conhecer o Pesqueiro Bianchini. A cidade tem também duas boas sorveterias artesanais, sendo um local de bastante segurança. Explore ainda as trilhas pela mata nativa que podem ser encontradas em toda a área rural do município.


Dicas de viagem para aproveitar o passeio à Santa Rita do Passa Quatro e a Nuporanga Para uma viagem mais tranquila e proveitosa às terras de Santa Rita do Passa Quatro e Nuporanga, siga algumas dicas. Pois essas são essenciais para um passeio recheado de boas memórias e paisagens. •Esteja atento aos horários de funcionamento. Caso necessário, procure entrar em contato com a administração. Já que nem todos os ambientes estão abertos nos horários padrões informados; •Visite a cidade do meio de abril ao fim de outubro. Isso porque é a época de menos chuva e mais céu aberto. De maneira a garantir boa visibilidade em mirantes, trilha tranquila e percurso de carro recheado de belas paisagens; •Carregue sua água e repelentes. Principalmente no Parque Estadual Vassununga. Além disso, há locais que não oferecem bebidas; também nas trilhas da cidade de Nuporanga; 21


onde ficar Santa Rita do Passa Quatro Fazenda Santa Helena fazendasantahelena.com.br Pousada da Colina pousadadacolina.com.br Nuporanga Pousada Nuporanga pousada-nuporanga.webnode.page

ONDE COMER Santa Rita do Passa Quatro •Ristorante Treviso •Churrascaria da Serra •Terraço dos Brodis •Nuporanga •Casa da Noca •Maria Bonita Grill

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

COMO CHEGAR

Santa Rita do Passa Quatro fica a 255 quilômetros da capital paulista. De carro, pegue a Rodovia dos Bandeirantes (SP 348) até Limeira. Depois acesse a Rodovia Anhanguera SP – 330 até a entrada para Santa Rita do Passa Quatro. Nuporanga fica a 382 quilômetros de São Paulo. De carro, pegue o Sistema Anhanguera -Bandeirantes (SP-330) até o trevo de Sales de Oliveira/Nuporanga, saída 355. Virar à direita e percorrer mais 14 quilômetros até chegar na cidade.

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro - flávio rogério da silva

Serviço

informações turísticas

22

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

foto: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro

nuporanga.sp.gov.br turismosrp4.com.br


Festival Gastronômico na Bahia

O

foto: divulgação

Setor Gastronômico de Jacobina, Bahia, está se preparando para um grande evento que acontecerá entre os dias 29 de julho e 14 de agosto. Trata-se do Festival Delícias de Jacobina, que chega a sua primeira edição com a proposta de valorizar a gastronomia regional e os insumos produzidos localmente. Com o tema “Um Prato Cheio de Emoções para Contar” restaurantes, padarias, bares, pizzarias, docerias e similares do município poderão inscrever suas criações em 3 das seguintes categorias: Prato Principal, Lanches, Comida de Boteco, Sobremesa e Drinks. As delícias e cultura de Jacobina deverão aparecer não só nos ingredientes de cada prato, mas também nos nomes de cada um. O show não será só na cozinha. O evento contará ainda com atividades extras relacionadas à gastronomia, em pontos estratégicos da cidade.

Maior balanço de SP fica em Serra Negra

A

Informações: instagram.com/deliciasdejacobina

foto: divulgação

Fazenda Chapadão, localizada em Serra Negra, interior de São Paulo, inaugurou no mês de julho o maior balanço do Estado de São Paulo. A atração conta com sete metros de altura, e está localizada no topo do Monte Ganesha, a aproximadamente mil metros de altitude, proporcionando uma experiência incrível com uma vista panorâmica do pôr do sol. Com fotos altamente instagramáveis, a atração se tornou a queridinha dos visitantes, atraindo a atenção de influenciadores. O balanço está aberto ao público de forma gratuita das 09h às 17h. O acesso ao local pode ser feito a pé por uma trilha de fácil acesso ou com veículo próprio com tração 4x4. O turista ainda pode montar uma cesta de piquenique no Bistrô Montagna Nera e levar ao monte para contemplar a paisagem. Informações: afazendachapadao.com.br

Cataratas do Iguaçu: 7º principal atração do mundo

A

s Cataratas do Iguaçu foram eleitas entre as “Principais atrações do Mundo” pelo “Travelers’ Choice 2022 – Best of the Best”, do TripAdvisor. A Maravilha Mundial da Natureza ocupa a sétima colocação global, dividindo a lista com o Coliseu de Roma (Itália), a Torre Eiffel (França), entre outros. As avaliações dos visitantes na plataforma internacional também garantiram a primeira colocação na América do Sul. O maior conjunto de quedas d’água do mundo, localizado no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira entre Brasil e Argentina, já figura há anos no TripAdvisor, na preferência mundial dos viajantes. Desta vez, em 2022, a Maravilha Mundial da Natureza conquistou sua melhor posição no ranking mundial e continental da plataforma. Informações: cataratasdoiguacu.com.br

foto: ©IStock.com / lovelypeace

qual viagem

pelo brasil


Ilha do Mel anuncia festival de jazz

O

foto: DANIEL CASTELLANO

Festival Jazz na Ilha traz de volta aos finais de semana de agosto muita música de qualidade para a Ilha do Mel, um dos destinos turísticos mais bonitos no Paraná. Em sua 8ª edição, o maior festival de jazz do Sul do país retoma suas atividades presenciais e comemora os 150 anos do Farol das Conchas, patrimônio cultural e turístico do estado. Os shows acontecem todos os finais de semana do mês, a partir do dia 5 de agosto, divididos entre palcos principais e também no Circuito + Jazz, com apresentações espalhadas por pousadas e restaurantes das regiões de Brasília e Encantadas. Além da programação musical, os visitantes poderão participar de atividades como yoga, oficinas e mutirões de limpeza. Em 2020, devido à pandemia, o Festival Jazz na Ilha teve transmissão online ao vivo pelo Youtube e todos os shows seguem disponíveis. Em 2022, a expectativa é receber mais de 20 mil visitantes na ilha durante o mês. Informações: instagram.com/jazznailha

Visita noturna ao Zoo SP

Alice no País das Maravilhas em Gramado

O

s apaixonados pela famosa história de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, podem encontrar os famosos personagens em um lugar lúdico e cheio de magia em Gramado: “Alice e o Chapeleiro”. O empreendimento inaugurou este mês em soft opening. Com mais de 800 m² e capacidade para até 250 pessoas, o amplo espaço de entretenimento temático oferece pocket shows nos quais são encenados trechos da obra original. A atmosfera de fantasia começa logo na entrada com a recepção feita pela Lagarta, que lançará uma proposta especial à cada visitante: mergulhar no mundo de Alice, conhecer seus companheiros de aventura e vivenciar os cenários mais emblemáticos da história que ocupa o imaginário das pessoas desde 1865. Destaque também para a gastronomia do empreendimento, que contará com dois espaços temáticos. Informações: aliceeochapeleiro.com.br

24

Zoológico de São Paulo inaugura neste mês de julho uma experiência intitulada “Noite Animal”. A ideia é que os visitantes possam transitar pelo espaço no horário noturno, guiados por tintas luminescentes e com apoio de biólogos que ficam em locais estratégicos do caminho para explicar sobre os hábitos das espécies que são mais ativas nesse período. As espécies que fazem parte do percurso são flamingos (que ficam ainda mais bonitos com a iluminação avermelhada), répteis, anfíbios, jacarés, corujas, tamanduás, preguiças, porcos selvagens, elefantes, lobos, raposas, girafas, hipopótamos e felinos. Além desses animais, é possível avistar outros que vivem soltos no espaço. O zoológico faz parte do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) e possui uma reserva de 350 hectares de Mata Atlântica, sendo dessa forma lar de diversos bichos.

Informações: zoologico.com.br foto: Carlos Nader

foto: Renata Cunha

O


CONHEÇA O SABOR E AROMA DO BLEND EXCLUSIVO FRAN’S CAFÉ. Uma bebida de corpo elevado, acidez média e sabor marcante, com notas intensas de caramelo e leve sabor frutado. À venda em todas as nossas lojas. Leve pra casa!

Venha fazer parte da nossa história. Seja um franqueado, acesse: www.franscafe.com.br.


foto: ©iStock.com / Susup


300 DIAS DE SOL, 365 DIAS DE BONS VINHOS POR ANO

FOTO: DI

Por Fernanda Floret


Se a sua ideia sobre Mendoza é um destino enogastronômico perfeito para uma viagem romântica de casal, vou te mostrar muito mais do que isso! Mendoza é uma viagem de experiências. Fui surpreendida com as diversas possibilidades que o destino proporciona muito além de visitar uma vinícola atrás da outra. Apenas 4h de voo direto de São Paulo para Mendoza torna a viagem possível para um fim de semana prolongado ou feriado, você nem precisa gastar suas férias para conhecer esse destino apaixonante.

QUANDO IR

ONDE FICAR

endoza pode ser visitada o ano inteiro, mas as estações da Primavera e Outono são sempre mais agradáveis. Em cada estação, você encontrará cenários diferentes. O que você precisa saber: A experiência de viajar para Mendoza no verão ou no inverno é diferente. No verão é bem quente, o sol costuma se pôr depois das 20h, os turistas costumam visitar até 3 vinícolas por dia, já que o dia é longo. Algumas vinícolas fazem “sunset”, por exemplo. Também aproveitam a piscina do hotel após chegar dos passeios. Já no inverno, imagine aqueles dias de frio e céu azul, o sol se põe mais cedo, cerca de 17h já está escurecendo. O dia é mais curto, os vinhedos não estão bonitos, porém tem o charme da vista com neve para Cordilheira dos Andes e o romantismo de aproveitar um bom vinho e lareira no frio.

A escolha de onde ficar é um detalhe importante neste destino para quem viaja por poucos dias: ficar mais central em Mendoza e estar perto para visitar as principais vinícolas e restaurantes ou na região do Valle do Uco, visitando as vinícolas charmosas da região? Cerca de 1h30 de trajeto separam as regiões. Estive em um hotel de cada região e vou mostrar ambas as experiências extraordinárias que tive.

M

28

Susana Balbo Winemaker’s House & SPA Suítes Consegue imaginar a experiência de estar hospedado na casa da primeira enóloga argentina? Uma casa


Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

Piscina com vista para a Cordilheira dos Andes no Casa de Uco.

29


Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

Voo de hidroavião pela região.


Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

Da janela do hidroavião as vinícolas vistas de cima.


32

do. A televisão é retrátil, fica escondida dentro de um móvel para não interferir na decoração e na sensação de estar num SPA. Ao invés de frigobar, uma adega no quarto, claro. Na varanda, espreguiçadeiras com aquecimento. Pedi um chá e fiquei ali aproveitando o sol de outono que entrava no espaço. Quando cheguei, me contaram sobre o conceito de exceder as expectativas, surpreender, se antecipar às necessidades do hóspede. Eis que no almoço, esqueci meu carregador portátil do celular na mesa, me avisaram que deixaram na recepção, mas acabei esquecendo de buscar. No dia seguinte, de manhã, me devolveram o carregador já carregado, com a carga completa, para que eu pudesse usar imediatamente. Bingo, surpreenderam!

CONHEÇA AS EXPERIÊNCIAS Num dos dias, agendei o “SPA in room”, são 3 horas de experiência de SPA no próprio quarto, começando com a banheira, sauna, exfoliação e a massagem. Durante à noite, você pode aproveitar o bar do hotel e ter uma experiência enogastronômica na “mesa del chef” ou jantar nos “fogos”, com vista para piscina.

fotos: Trip to Follow/ Fernanda Floret/

que ela transformou num hotel bem exclusivo com o que há de mais atual em hotelaria, para viajantes exigentes e que querem sair do básico. Inaugurada em Abril de 2022, assim que você entra, já percebe que não está em qualquer lugar de Mendoza, e sim na Mendoza da família Balbo, com diversas obras de arte espalhadas pela casa, mobiliário elegante contemporâneo, tecnologia e bem-estar andando juntos. É o novo luxo, sem ostentação, com foco na experiência do hóspede. Falando em experiência, durante o dia você pode falar com o “Experience Curator” e escolher entre passeios a cavalo, vela em Potrerillos ou ciclismo pelo circuito vinícola, entre outras opções (custo à parte). Ou com a “Wellness Butler” para organizar sua experiência de SPA no quarto. Sim, vamos falar sobre o quarto. São apenas sete spa suítes únicas. Você leu certo, cada suíte oferece serviços de spa in room à la carte, com sauna seca e úmida, piso aquecido, banheira, chuveiro de sensações. Foi o melhor quarto que já me hospedei, as suítes são todas de vidro, mas o black out à noite funciona perfeitamente. Você pode abrir toda a cortina, as portas de vidro de correr e terá a sensação de estar numa grande varanda. No tablet do seu quarto você irá controlar a luz, cortinas, cenários de iluminação, tudo automatiza-


No Susana Balbo Winemaker´s House a proposta é de total relaxamento.

Além do “SPA in room” e da visita à vinícola Susana Balbo, fomos surpreendidos com com uma experiência diferente oferecida pela Susana Balbo Winemaker’s House & SPA Suítes: Safári Aéreo. Decolamos de hidroavião e ver Mendoza de cima já teria valido a pena, cidade linda, arborizada, com as vinícolas por perto. Passamos perto das montanhas cobertas de neve da Cordilheira dos Andes, pousamos na água do lago El Nihuil, vimos flamingos e cisnes e fomos até um paraíso escondido em San Rafael para um almoço especial na Estancia LaRivera.

CASA DE UCO Indo para a região do Valle do Uco, onde alguns dos melhores vinhos da Argentina são produzidos, chegamos no lindo Casa de Uco e aqui você vai poder viver a experiência de vida numa vinícola: acordar com vista para os vinhedos e a Cordilheira dos Andes é um espetáculo, estar imersa no cenário faz parte da experiência. O Casa de Uco foi inaugurado em 2014, são 16 quartos e 3 vilas, a pensão inclui café da manhã e tour com degustação na vinícola. O hotel foi pensando para que a gente se sinta em casa, tem um mezanino com sala de estar e sala de jogos, mesas ao ar livre e uma piscina com hidro e vista para a Cordilheira dos Andes, muito usada no verão. Curiosidade: 50% dos hóspedes


foto: Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

Durante o trekking na Cordilheira dos Andes, pausa para vinho e empanadas.


foto: Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

Passeio à cavalo pelas vinícolas do Casa de Uco.


são brasileiros! Muitos casais em lua de mel aproveitando o cenário romântico da vinícola. Lá a gente se sente muito à vontade e todos os funcionários acabam sabendo várias palavras em português. Casa de Uco foi pioneira no conceito do hóspede poder comprar um lote de vinhedo e produzir seu próprio vinho. Algumas pessoas fazem seu próprio vinho para uma ocasião especial como um casamento, ou donos de wine bar que desenvolvem o próprio vinho para seu bar. Imagine pegar uma bicicleta e sair pedalando pela vinícola, apreciando a Cordilheira dos Andes. A Casa de Uco oferece cavalgadas, bicicletas, quadra de tênis, aula de arco e flecha sem custo extra para os hóspedes. Viagem para Mendoza não precisa ser apenas visitar uma vinícola atrás da outra, esses momentos de atividades ao ar livre foram uma grata surpresa, a viagem é cheia de experiências e bons momentos.

CONHEÇA AS EXPERIÊNCIAS Já imaginou fazer um trekking na Cordilheira dos Andes? Viajar é sobre ampliar repertório, experimentar atividades diferentes e neste sentido, eu adorei a 36


fotos: Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

Bicicletas e cavalos à disposição dos hóspedes do Casa de Uco e os detalhes da experiência única de comer um asado argentino em meio aos vinhedos.

foto:

diversidade de opções desta viagem. O hotel Casa de Uco oferece a opção de trekking na Cordilheira e a atividade é personalizada conforme a expectativa do hóspede: tem diversos níveis de dificuldade e percurso. Depois de 1h30 de caminhada, chegamos ao topo da nossa montanha, estávamos a 2.120 metros de altura, e fomos surpreendidos com um piquenique com vista. Vinho e empanadas para celebrar a conquista. Prefere algo mais gastronômico e inesquecível? Agende o típico churrasco Argentino, chamado de “Asado” e realizado no meio do vinhedo, foi daqueles momentos de apreciar e agradecer. No meio dos vinhedos, com vista para Cordilheira dos Andes, um almoço servido em etapas com entrada, provoleta, saladas, linguiças e três tipos de carnes, servidos com os vinhos da vinícola. Essa experiência de apreciar a vista com vinho foi mais especial do que correr de vinícola para vinícola. Deem tempo para apreciar, vivenciar e agradecer. 37


Serviço Como Chegar

GOL (voegol.com.br) e LATAM (latamairlines.com/br) têm voos sem escalas. Aerolineas Argetinas com escala em Buenos Aires.

onde ficar

SB Winemaker’s House susanabalbohotels.com/pt/ Casa de Uco Vineyards & Wine Resort casadeuco.com

fotos: Trip to Follow/ Fernanda Floret/ Divulgação

VISTO

É necessário somente RG ou passaporte válido, seguro COVID-19 com cobertura de serviços de internação, isolamento e/ou traslado sanitário. Preencher uma declaração jurada online 48 horas antes da viagem. (sujeito a alteração, verificar a informação no momento de sua viagem).


Cyan Resort: mais de 5.300 m² de lazer Atlantica Hospitality International apresentou o novo resort da cidade de Itupeva, interior do estado de São Paulo: o Cyan Resort by Atlantica. Estrategicamente localizado em frente aos parques Hopi Hari e Wet’n Wild e ao lado do Shopping SerrAzul e do Outlet Premium, às margens da Rodovia dos Bandeirantes, o resort traz como principal novidade um complexo com mais de 5.300 m² de lazer. Além disso, oferece confortáveis apartamentos e amplo Centro de Convenções. A estrutura conta com três piscinas climatizadas, parque aquático, bar molhado, praia artificial, sauna, kids club, espaço baby, salão de jogos, fitness club, quadras de beach tennis e equipe de recreação especializada por faixa etária. O resort é pet friendly e oferece sistema de pensão completa, com café da manhã, almoço e jantar. Informações: reserveatlantica.com.br

FOTO: divulgação

A

FOTO: divulgação

Vila Galé: maior all inclusive de Alagoas

O

Vila Galé Alagoas abriu suas portas em 22 de junho, no município de Barra de Santo Antônio, a 40 minutos de Maceió. Com investimento de cerca de R$ 150 milhões e uma infraestrutura que impressiona, esse é o 10º empreendimento da rede portuguesa no Brasil e o maior resort all inclusive de Alagoas. São 513 apartamentos, quatro piscinas, sete restaurantes, cinco bares, Clube Nep voltado para as crianças com parque aquático, Spa Satsanga, boate, centro de convenções com 2.000 m², entre outros atrativos. A infraestrutura e os serviços se somam ao cenário cinematográfico da Praia do Carro Quebrado: coqueiros, mar verde esmeralda e as famosas falésias multicoloridas que contornam toda a extensão da praia. O novo empreendimento homenageia ainda os escritores de língua portuguesa do Brasil e de Portugal. Informações: vilagale.com

Hilton chega às Ilhas Galápagos

A

Hilton anunciou a abertura do extraordinário Royal Palm Galapagos, Curio Collection by Hilton, um hotel boutique com 21 villas e quartos de luxo com o charme de uma fazenda equatoriana. Isolado em uma propriedade de 160 hectares nas exuberantes florestas de Miconia Highland adjacentes ao Parque Nacional de Galápagos, um Patrimônio Mundial da UNESCO, o mais novo refúgio da Curio Collection by Hilton é um paraíso de serenidade e encontros únicos com a vida selvagem. Aninhado em meio a um panorama de cair o queixo e vegetação intocada nas Ilhas Galápagos, o hotel foi projetado para maximizar as interações dos hóspedes com esse destino remoto e ecologicamente correto. Possui nove áreas de interesse geológico, de crateras a túneis de lava, e oferece acomodações recém-reformadas, área de recepção, restaurantes e academia.

FOTO: Divulgação Curio Collection by Hilton

qual viagem

hotéis & resorts

Informações: hilton.com 39


qual viagem

hotéis & resorts

Laghetto: novos hotéis na Serra Gaúcha mês de junho marcou a inauguração de mais dois empreendimentos da Rede Laghetto Hotéis na Serra Gaúcha. Com o Laghetto Château em Gramado e o Laghetto Viverone Canela, a rede chega a 20 hotéis em âmbito nacional. O Laghetto Viverone Canela está estrategicamente localizado na entrada da cidade e conta com 168 unidades e moderna infraestrutura de lazer, com piscina, restaurante, lounge, centro de eventos, solarium, sala de jogos, fitness center, sauna seca e espaço kids. Já o Laghetto Château, na beira do Vale do Quilombo, é um hotel boutique com 56 suítes com sala de estar e banheira de hidromassagem. O hotel prima pela sofisticação e oferece piscina e hidromassagem aquecidas ao ar livre, sala de cinema, espaço kids, playground e sala de jogos com videogames, além de espaço wellness com academia, SPA e saunas seca e úmida. Informações: laghettohoteis.com.br

FOTO: Divulgação Rede Laghetto Hotéis

O

Exclusividade no Tropical Hotel St. Barth

Vila Guarani é novidade no Hot Beach

O

Hot Beach Olímpia apresentou a primeira das duas grandes atrações anunciadas para a temporada de julho. Integrada no perímetro do complexo que abriga o parque, o Hot Beach Suítes e o Hot Beach Resort, surge a Vila Guarani, espaço de entretenimento, gastronomia e compras projetado para ampliar as opções de lazer dos hóspedes e visitantes. A abertura da Vila Guarani, que funcionará das 15h30 às 22h, supre uma carência do público por atividades após às 17h, quando o parque, regularmente, encerra as operações. O espaço conta com choperia, pizzaria, gelateria, empório de vinhos, uma loja de sandálias e outra de moda praia, além do Espaço Saberes e Tradições, que abrigará mostras e exposições folclóricas e uma área colaborativa para a comercialização de produtos artesanais, dois fortes atrativos da cultura olimpiense. Informações: hotbeach.com.br

40

a mais exclusiva das ilhas do Caribe e a poucos metros da praia de Saint Jean, o Tropical Hotel St. Barth revelou seu novo visual projetado pelo designer de interiores Oscar Ono. A reforma do hotel apresenta uma homenagem a um estilo mais tradicional da ilha de St. Barth, com materiais naturais realçados por toques mais sofisticados de metal envelhecido e combinados com objetos de diferentes épocas. Esta fusão de estilos reforça a singularidade deste estabelecimento sofisticado e suas novas influências, evocando tanto a Riviera Francesa quanto Palm Springs. Agora, o hotel boutique de 5 estrelas – segundo hotel construído em St. Barth – torna-se tão atraente quanto emblemático. A natureza é a principal fonte de inspiração de Oscar Ono, cujos toques podem ser encontrados em todo o perímetro do hotel. Informações: tropical-saintbarth.com FOTO: Divulgação

FOTO: divulgação

N


A

Turkish Airlines incluiu o Brasil ao seu programa de stopover (conexão prolongada) em Istambul, Turquia. O programa, que já abrangia voos com origem de 44 países, permite aos passageiros, com viagens internacionais e longas conexões em Istambul, aproveitar a escala para conhecerem as diversas atrações e maravilhas do país. O stopover oferece uma noite de acomodação em hotel 4 estrelas para passageiros da classe econômica e duas noites de acomodação em hotel 5 estrelas para passageiros da classe business. Além disso, os passageiros também terão a opção de se hospedar em hotéis contratados com preços a partir de USD 49. Para ter acesso ao benefício é necessário enviar um email ao endereço indicado do site da Turkish Airlines, solicitando o stopover após a compra das passagens. Informações: turkishairlines.com

FOTO: divulgação

Turkish Airlines oferece stopover gratuito

FOTO: divulgação

GOL libera uso gratuito do WhatsApp a bordo

D

esde o início de julho, os clientes da GOL têm um motivo a mais para aproveitar suas viagens com a companhia: eles podem se manter conectados a bordo durante todo o voo sem pagar nada por isso. A iniciativa foi lançada em parceria com o programa de fidelidade Smiles e oferece um pacote de mensagens durante todo o voo e para todas as rotas operadas pela GOL, tanto no Brasil quanto no exterior. Com esse benefício gratuito, é possível trocar mensagens de texto nos aplicativos WhatsApp, Facebook Messenger e iMessage (não é permitido o envio de fotos, vídeos e áudios - apenas mensagens de texto). A plataforma de entretenimento GOL Online - disponível em 100% das rotas da GOL - pode ser acessada de qualquer dispositivo móvel: smartphones, tablets e laptops. Informações: voegol.com.br

Passageiros da Air Europa têm acesso à sala VIP

A

partir deste mês de julho, os passageiros da Air Europa, com acesso à sala VIP, conseguirão desfrutar do serviço a qualquer hora do dia no aeroporto Madrid-Barajas, na Espanha. Isso porque a sala Puerta de Alcalá, localizada no Terminal 2, ganhou ampliação de horários e agora fica aberta 24 horas, o que aumenta a oferta que os usuários possuem para permanecer nos ambientes de espera antes dos voos. Agora, com a ampliação do horário da sala Puerta de Alcalá, a vantagem também fica acessível aos clientes de voos nacionais ou com destinos que compõem o Schengen. Dessa forma, os passageiros da América Latina com conexões na Espanha ou para países do Espaço Schengen que pousam durante a madrugada poderão contar com a disponibilidade de mais um espaço VIP a qualquer hora do dia.

FOTO: divulgação

qual viagem

BOARDING GATE

Informações: aireuropa.com

41


La Rioja:

Foto: secretaria de turismo de la rioja

uma Argentina a ser descoberta

Paisagens montanhosas dramáticas, planícies áridas e cânions de rochas sedimentares avermelhadas. Esse é o visual que você vai encontrar em La Rioja, uma das 23 províncias da Argentina. O destino ainda é pouco conhecido pelos brasileiros, mas é perfeito para quem quer se aventurar em um lado diferente do país vizinho. Por Patrícia Chemin



Foto: secretaria de turismo de la rioja


foto: Secretaría de Turismo de Municipalidad de Chilecito

Visual panorâmico da Cuesta de Miranda. Na página ao lado, paredão rochoso no Parque Nacional Talampaya, a atração mais famosa de La Rioja

L

ocalizada no noroeste da Argentina, La Rioja tem paisagens e formações geológicas de tirar o fôlego, um povo muito solícito e hospitaleiro e uma cultura rica em tradições. Atividades de aventura e expedições são os destaques desse destino, mas podemos citar ainda a gastronomia saborosa e o enoturismo. La Rioja faz divisa com a província de Córdoba, a leste, e com o Chile, a oeste. A capital homônima fica a 780 km de Mendoza, a 440 km da cidade de Córdoba e a 690 km de Salta. É a cidade de La Rioja que costuma ser a porta de entrada para a província, já que recebe voos diretos de Buenos Aires. Mas vale considerar Chilecito como base para a viagem pelo destino. Chilecito é a segunda maior cidade de La Rioja e conta com uma boa infraestrutura turística. Sua localização é estratégica para quem quer explorar o oeste da província, onde estão os atrativos naturais mais famosos de La Rioja, incluindo o deslumbrante Parque Nacional Talampaya. Mesmo assim, prepare-se para enfrentar longas distâncias entre um passeio e outro, já que o território de La Rioja é bem extenso. Mas as estradas costumam ser ladeadas por belas paisagens montanhosas e vistas panorâmicas de tirar o fôlego.

Rota 40 e Cuesta de Miranda A icônica Rota Nacional 40 (Ruta 40), famosa por cruzar a Argentina de norte a sul por mais de 5.000 km, do gelo da Patagônia aos desertos de Jujuy, atravessa a província de La Rioja, passando por Villa Unión e Chilecito. Essa estrada, considerada uma das mais cênicas do mundo e perfeita para uma roadtrip, é um dos trechos do caminho que leva de Chilecito ao Parque Nacional Talampaya. Esse trajeto tem um dos cenários mais bonitos quando atravessa a Serra de Famatina, em um caminho repleto de curvas entre as montanhas. A paisagem é tão majestosa que faz você pensar que está em meio aos Andes – mas a cordilheira está ainda a algumas dezenas de quilômetros de distância. O auge desse caminho pela Rota 40 em La Rioja é a Cuesta de Miranda, na passagem que se abre entre as serras de Famatina e Sañogasta. Há um mirante onde é possível estacionar o carro e sair para apreciar a vista panorâmica e os enormes paredões de granito de variadas cores. 45


Parque Nacional Talampaya

Depois de atravessar a serra, a paisagem ao longo da estrada muda para grandes planícies áridas e avermelhadas, pontuadas por cactos gigantes, indicando que o famoso parque nacional se aproxima. Talampaya é considerado uma das 7 Maravilhas Argentinas e também Patrimônio da Humanidade pela Unesco junto com o Parque Ischigualasto – este último já na província vizinha de San Juan. Até onde a vista alcança, o solo é coberto por uma fina terra vermelha, resultado do desgaste natural das enormes rochas sedimentares que se espalham por todo o parque. Nessas grandes rochas vermelhas, cujos paredões parecem que foram lapidados intencionalmente para criar os mais impressionantes formatos, é possível observar a sequência completa do Período Triássico. Em 215 mil hectares, o Parque Nacional Talampaya guarda formações geológicas únicas no mundo, onde foram encontrados fósseis de dinossauros, plantas e ancestrais dos mamíferos, que datam de mais de 200 milhões de anos atrás e são essenciais para entender a evolução dos vertebrados no nosso planeta. Entre as formações mais emblemáticas estão El Monje, que lembra uma figura humana, e o Cânion de Talampaya, por onde é possível caminhar entre os paredões que chegam a 200 metros de altura. Para melhor preservar esses recursos naturais, as visitas em Talampaya são sempre em excursões acompanhadas por um guia. Prestadores de serviços habilitados oferecem uma variedade de passeios, feitos em veículos, a pé ou de bicicleta e adquiridos separadamente. O parque tem duas entradas, cada uma com um centro de visitantes. A primeira, que conta com restaurante e loja de souvenires, leva à área do Cânion de Talampaya. Da segunda partem as excursões para o Cânion do Arco-Íris e a Cidade Perdida. Quando é tempo de lua cheia, acontecem excursões noturnas. As chuvas em Talampaya são raras, concentradas de dezembro a março, e os dias são marcados por uma grande amplitude térmica. Além disso, durante o verão pode fazer mais de 40ºC. No inverno, as temperaturas chegam a ficar abaixo de 0ºC. Seja quando for a sua visita, use roupas e calçados confortáveis, beba muita água, pois o clima é bem seco, e não esqueça o protetor solar. 46


Foto: patrícia chemin

foto: ©iStock.com / diegograndi

Foto: Secretaría de Turismo de La Rioja

Dois dos pontos turísticos mais emblemáticos do Parque Nacional Talampaya: El Monje (acima) e o Cânion de Talampaya (abaixo), ambos constituídos por rochas sedimentares avermelhadas

47


fotos:

Foto: patrícia chemin

Bem ao lado de Villa Unión, cidade que fica no caminho para Talampaya a partir de Chilecito, está a pequena localidade de Banda Florida, onde se encontra mais uma maravilha geológica de La Rioja. É o Cânion do Triássico, reserva municipal que integra um circuito turístico ainda recente. Para visitá-lo, contrate uma agência de passeios local. O percurso pode ser feito a pé ou de mountain bike, sempre com acompanhamento de guias. Mas a melhor foram de conhecer o Cânion do Triássico é a bordo de um veículo 4x4. A excursão leva cerca de três horas, atravessando o terreno acidentado e pedregoso. O caminho, cheio de curvas e por vezes estreito, é ladeado por paredões de rochas sedimentares avermelhadas. Assim como no Parque Nacional Talampaya, essas formações rochosas datam de mais de 200 milhões de anos atrás, época em que os dinossauros habitavam esse território. Durante o passeio são feitas paradas para que os passageiros possam tirar fotos, admirar algumas vistas panorâmicas e se deparar com algumas curiosidades geológicas. Há ainda passeios de astroturismo o ano inteiro. Por ser um lugar afastado dos grandes centros urbanos, o céu estrelado surge em toda sua plenitude. 48

Paisagens de outro mundo Em La Rioja não faltam cenários naturais surpreendentes. Ainda no oeste da província, formações rochosas que vão do castanho ao vermelho, em paisagens que poderiam ser de outro planeta, aparecem ainda em lugares como a Reserva Provincial Los Colorados, o Parque Provincial El Chiflón, o Vallecito Encantado e o Cânion de Anchumbil. Seguindo pela Rota 76, até o Departamento Vinchina, no extremo oeste de La Rioja, estão as joias naturais em meio à Cordilheira dos Andes. Destaque para a Laguna Brava, uma das paisagens mais surpreendentes do destino. Essa reserva provincial guarda um sistema de lagoas de água salgada a mais de 3.000 metros acima do nível do mar. Com um tom de azul turquesa, a Laguna Brava é cercada por altos picos nevados e praias de sal, tem cerca de 17 km de extensão e, durante parte do ano, é habitada por centenas de flamingos rosados. Essa área também abriga outros animais típicos dos Andes, como as vicunhas e os guanacos. A mesma reserva guarda ainda outras lagoas menores, como a Laguna de Mulas Muertas. Não muito longe dali está a Corona del Inca, uma cratera

Foto: secretaria de turismo de la rioja

Cânion do Triássico


Foto: patrícia chemin

Foto: patrícia chemin

Na página ao lado, entrada para o Cânion do Triássico, que pode ser explorado em um passeio de 4x4 (foto à esquerda e a menor abaixo). Na parte inferior da página, o parque El Chiflón


Foto: secretaria de turismo de la rioja


Panorama da Laguna Brava, com um tom azulado e cercada por praias de sal e grupos de flamingos. A reserva guarda um sistema de lagoas de água salgada a mais de 3.000 metros acima do nível do mar


Foto: patrícia chemin


O Cânion do Triássico tem um caminho cheio de curvas, ladeado por paredões de rochas sedimentares que datam de mais de 200 milhões de anos atrás


Foto: Patrícia Chemin

54

Segunda maior cidade de La Rioja, Chilecito é uma cidade simpática e tranquila, com bons serviços turísticos e cercada por montanhas. Seu nome curioso tem duas explicações possíveis: no idioma dos nativos da região, significa algo como “um lugar pequeno no fim do mundo” pelas grandes distâncias que levavam até lá; também é um local que recebeu muitos chilenos para o trabalho na mineração. A cidade tem uma grande relação com a atividade mineradora. Ali foi instalado o Cable Carril, um sistema de cabos aéreos que transportavam minérios, como cobre, ouro e

Foto: Secretaría de Turismo de Municipalidad de Chilecito

vulcânica a uma altitude de quase 5.500 metros. A cratera é tomada por águas provenientes do degelo dos picos ao redor, formando um lago de 350 metros de profundidade – um dos mais altos do mundo. Para chegar a esse cenário fascinante, há expedições de 4x4 com guias, em uma travessia exigente pelos Andes, mas que compensa pelas vistas inesquecíveis. Para fazer esses e outros passeios, você pode – e deve – entrar em contato com agências locais, baseadas em cidades como Chilecito, Villa Unión e Vinchina.

Chilecito


À esquerda, a Estación nº 2 do Cable Carril em Chilecito. Fica a uma altitude de 1.500 metros e conta com mirantes e visitas guiadas. Abaixo, parte do sistema de cabos do Cable Carril

prata, e insumos entre a mina no distrito de La Mejicana, no alto das montanhas de Famatina, até Chilecito. Dali, os minérios seguiam de trem para o porto de Rosário e, então, para a Europa. Seguiu em funcionamento de 1904 até 1926 e, para a época, foi uma obra de engenharia audaciosa, com 35 km de extensão, nove estações e 262 torres de sustentação. Hoje, o Cable Carril é reconhecido como Monumento Histórico Nacional e continua bem preservado, tornando-se um atrativo turístico de Chilecito. É possível visitar três das estações na cidade, sendo a Estación nº 2 a principal. Ela fica nos arredores de Chilecito e é facilmente acessada de carro. A uma altitude de 1.500 metros, tem mirantes que dão acesso a vistas incríveis para o vale e as montanhas. A Estación nº 2 conta também com visitas guiadas, nas quais é possível conhecer mais sobre a história do Cable Carril, além de ver de perto todo o maquinário, os motores e a caldeira. Para visitar da estação nº 3 à nº 9, é recomendável contratar uma excursão com uma agência ou guia habilitado. Dá para percorrer o trajeto de 4x4, trekking ou mountain biking. Além da trilha do Cable Carril, há ainda outras duas trilhas sinalizadas pela Serra de Famatina, partindo de Chile-


Enoturismo e gastronomia

Como um bom destino argentino, o vinho tem destaque em La Rioja. A província tem três vales produtivos, sendo a terceira maior produtora vitivinícola do país. La Rioja tem até uma variedade de uvas original: o Torrontés Riojano, que faz um vinho branco apreciado em todo o mundo. Mas o solo riojano também produz Malbec, Bonarda, Syrah e Cabernet Sauvignon. O clima de La Rioja é muito propício para a vinicultura, com grande amplitude térmica diária. Além disso, vale aproveitar o câmbio, que segue bem favorável aos brasileiros, para comprar muitos vinhos – ótimos rótulos ficam na faixa de R$ 20 ou R$ 30. No Valle de Huaco, a apenas 35 km da capital La Rioja, a Finca Vista Larga é um empreendimento familiar que surgiu com o objetivo de produzir de forma sustentável os itens mais característicos da província: vinhos, azeitonas, azeites e 56

nozes. A propriedade está em pleno crescimento, desenvolvendo uma estrutura turística cada vez mais completa. Para visitar a Vista Larga, é necessário entrar em contato diretamente em seus canais oficiais (@fincavistalarga). Você pode provar os produtos, caminhar pelos vinhedos e conhecer os processos de produção de vinhos e azeites, mas o que mais surpreende é a vista panorâmica, com a propriedade e os vinhedos cercados por belas montanhas. Há ainda outras vinícolas que podem ser visitadas, como a Valle de la Puerta, em Vichigasta, perto de Chilecito. Ali, você pode percorrer os vinhedos de carro ou de bicicleta. Já a gastronomia regional de La Rioja se baseia em sabores tradicionais, uma cozinha que traz um aconchego para o corpo e a alma. Além das típicas empanadas, aqui geralmente recheadas de carne e batata, não deixe de provar a humita (um saboroso creme à base de milho e abóbora) e o locro (um ensopado de milho, feijão branco e abóbora). Ambos caem muito bem no inverno. Quanto à sobremesa, o forte em La Rioja não é o dulce de leche, mas sim os doces de nozes confeitadas e os alfajores de vinho feitos com Torrontés Riojano. Em Chilecito, vale visitar La Rinconada, uma pequena fábrica de alfajores e doces artesanais, que também vende outros itens típicos de produtores locais, como vinhos e azeites.

Foto: Secretaría de Turismo de Municipalidad de Chilecito

Foto: Secretaría de Turismo de La Rioja Fotos: secretaria de turismo de la rioja

Foto: Secretaría de Turismo de Municipalidad de Chilecito Foto: secretaria de turismo de la rioja

cito: Los Ciruelos e Camino del Inca. Há também o Circuito Vuelta Al Pique, que cruza caminhos de montanha, rios de tons amarelos, estações do Cable Carril e alguns povoados.


Foto: patrícia chemin

Os vinhedos da Vista Larga formam um cenário de grande beleza, cercado por montanhas. Na página ao lado, destaques da gastronomia típica de La Rioja: os alfajores de vinho, as empanadas e o vinho branco Torrontés Riojano


Foto: secretaria de turismo de la rioja


A Corona del Inca é uma cratera vulcânica a quase 5.500 metros de altitude. Seu lago é um dos mais altos do mundo


fuso horário

Mesmo fuso horário de Brasília

Onde comer

visto

El Rancho de Ferrito Av. Pelagio B. Luna 647, Chilecito Como Lo Como Castro Barros 150, Chilecito Orígenes Catamarca s/n, Paseo Cultural, La Rioja

Clima

Aventura Chilecito instagram.com/aventuraruta_40 Corona del Inca coronadelinca.tur.ar Salir del Crater facebook.com/excursionesalirdelcrater

Não é necessário visto de turista. Como membro do MERCOSUL, a Argentina permite a entrada de cidadãos brasileiros em seu território portando documento de identidade civil (RG), sem necessidade de passaporte. Em La Rioja, a regra é a grande amplitude térmica, com dias ensolarados e noites mais frias. O inverno é curto, porém bem frio e seco – por isso, não costuma nevar. Mesmo assim, as temperaturas são baixas, entre 0ºC e 10ºC. Em compensação, a temperatura média no verão é de 35ºC, podendo passar dos 40ºC. Chuvas são escassas e concentradas nesta estação.

saúde

É necessário contratar um seguro viagem. Durante a pandemia da Covid-19, os protocolos de entrada e circulação estão sujeitos a alterações. Antes da sua viagem, cheque com frequência as informações divulgadas pelo governo argentino. Informações: argentina.travel.

Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires

Carlos Pellegrini 1363, 5º Piso C1011aaa. Informações:cgbuenosaires.itamaraty.gov.br.

Passeios

Foto: Secretaría de Turismo de La Rioja

moeda

Peso argentino

it. onde ficar MAC Royal Suites Chilecito chilecito.macroyalsuites.com Hotel Palermo hotelpalermo.com.ar Naindo Park Hotel naindoparkhotel.com

PACOTES TURÍSTICOS

Orinter orinter.com.br Personal Brasil personal.tur.br Flot flot.com.br

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS

turismo.larioja.gob.ar turismo.municipalidadchilecito. gob.ar A jornalista viajou a convite do Consulado Geral da República Argentina em São Paulo e do Governo da Província de La Rioja.

Foto: secretaria de turismo de la rioja

idioma

Espanhol

Foto: Secretaría de Turismo de Municipalidad de Chilecito

Serviço

60

Foto: secretaria de turismo de la rioja

COMO CHEGAR

As companhias aéreas Latam (latamairlines.com), GOL (voegol.com. br) e Aerolíneas Argentinas (aerolineas. com.ar) operam voos para Buenos Aires partindo de diversas cidades brasileiras, incluindo rotas diretas. Da capital argentina até a cidade de La Rioja há oito frequências semanais no total, com a Aerolíneas Argentinas e com a companhia local Alas La Rioja (alaslarioja.com.ar).


Azul inicia operação em Garanhuns

A

FOTO: dabldy

partir deste mês, a Azul vai ampliar a oferta de voos em Pernambuco com a abertura de uma nova base em Garanhuns, no coração do agreste pernambucano. Com isso, a companhia passará a contar com seis bases de operações no estado, contando com as cidades de Caruaru, Fernando de Noronha, Petrolina, Serra Telhada e a capital, Recife, principal centro de operações da Azul no Nordeste. Os voos entre os aeroportos de Garanhuns e Recife serão operados pela Azul Conecta, empresa sub-regional da Azul, com monomotores turboélice Cessna Grand Caravan, de nove lugares. Além da nova base em Garanhuns, a Azul também prevê iniciar operação no município de Araripina, também em Pernambuco, no segundo semestre. Informações: voeazul.com.br

FOTO: divulgação

Delta cria espaço para ajudar passageiros com medo de voar

N Guarulhos terá maior Terminal Vip do mundo

A

AEPM Brasil, subsidiária da empresa aeroespacial canadense AEPM International, assinou um contrato comercial de 40 anos com a GRU Airport para construir e operar o primeiro terminal VIP na América do Sul e o maior do mundo do gênero. O novo prédio de 5.100 m², que ficará localizado nas dependências do Aeroporto de Guarulhos, tem inauguração prevista para o final de 2023. O novo espaço também incluirá um hub vertiport pronto para entrar em serviço assim que os veículos aéreos urbanos decolarem nos próximos anos. A partir de 2026, e-VOLTs e táxi aéreos estarão conectando Guarulhos a outras áreas de São Paulo. A infraestrutura do terminal está sendo construída com a visão de mobilidade aérea segura, sustentável e integrada de última geração em mente. Mais de 100 mil passageiros por ano são esperados para utilizar o terminal VIP até 2045. Informações: gru.com.br

o Aeroporto Internacional de MinneapolisSaint Paul, nos Estados Unidos, os clientes que participam do programa Navigating MSP, voltado a ajudar passageiros com dificuldade de voar, agora podem se juntar a uma experiência única de cabine simulada. Trata-se do Travel Confidently MSP Education Center, que abriu oficialmente em maio. Essa instalação aprimorará o programa, oferecendo aos passageiros com deficiências sensoriais, físicas ou cognitivas e aos que têm medo de voar, bem como aos cães de serviço, um lugar para experimentar e se familiarizar com uma cabine de aeronave em um ambiente tranquilo. O novo espaço inclui uma cabine simulada de 10 metros de comprimento e equipada com 42 assentos, instalada permanentemente, a qual foi doada pela Delta. Informações: mspairport.com/navigating

FOTO: divulgação

qual viagem

BOARDING GATE


foto: iStock.com / sculpies


Egito:

Entre o sol do deserto e a magia do rio e do mar


Sob o clima árido do Saara e banhado pelo Nilo e pelo turquesa do Mar Vermelho, o Egito reúne paisagens únicas, guardando ainda monumentos que descrevem como vivia uma das mais antigas civilizações da humanidade.

Por Fabíola Musarra

D

ifícil não se emocionar ao pisar no Egito, solo onde viveu uma das primeiras e mais desenvolvidas civilizações do planeta. Este país, situado no Nordeste da África, abriga intrigantes monumentos erguidos há milênios. Muitos deles estão parcialmente preservados. Misteriosos, atravessam os séculos como testemunhas de um passado que até hoje não foi decodificado pelos arqueólogos e cientistas, a não ser por teorias ainda não comprováveis. Como a antiga civilização, o Egito vive às margens do Rio Nilo, considerado até recentemente o maior do mundo em termos de extensão, posição atualmente ocupada pelo Rio Amazonas. Porém, o país visitado por Agatha Christie (1890-1976) e que a inspirou a escrever “Morte no Nilo”, considerado pela escritora inglesa como um de seus melhores livros, possui apenas 7% de solo fértil – os 93% restantes estão em pleno Deserto do Saara, o que faz com que os seus centros urbanos estejam concentrados ao longo do Rio Nilo e de seu delta. O Egito está localizado em uma área predominantemente desértica que inclui a Península do Sinai, na Ásia. É banhado pelo Mar Mediter-

64

râneo ao norte e limitado ao sul pelo Sudão, a nordeste pela Faixa de Gaza (Palestina) e Israel, a oeste pela Líbia e a leste pelo Mar Vermelho. O país controla o Canal de Suez, que une o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Inaugurado em 1869, após dez anos em construção, é o maior canal sem eclusas do mundo. Com clima árido, o Egito, embora tenha as mesmas quatro estações climáticas da Europa, vive na prática apenas duas delas: o inverno e o verão. Com temperaturas bem mais suaves e brandas do que as dos países europeus, a estação mais fria do ano no país tem seu pico em novembro (nos últimos dias de outono) e no início do inverno (primeiros dias de dezembro), quando registra mínimas entre 11 ºC e 13 ºC. Já o verão é extremamente quente. Os dias de calor intenso começam em maio (final da primavera) e se estendem até setembro, com a chegada do verão com termômetros marcando temperaturas sempre acima dos 35 ºC, podendo atingir até 50 ºC. Dificilmente chove no país, e o ar seco é um insistente lembrete de que se está no deserto, o que torna a hidratação e o uso de chapéu e de protetor solar indispensá-


foto: Rogério Liguanotti

A 350 metros da pirâmide de Quéops encontra-se a Grande Esfinge. Em árabe o nome deste leão com cabeça humana é Abu el-Hol, que significa “pai do terror”. Há quem reconheça na face da esfinge as feições do faraó Quéfren, que estaria guardando o seu próprio túmulo.


veis. Também óculos escuros e colírio não devem ser esquecidos, porque é muito comum sentir ardência nos olhos por lá. Para quem ainda não percebeu, o país tem pouquíssima água, sobretudo tratada. E isso torna obrigatório o consumo de água mineral. Também é bom evitar comer saladas, legumes e frutas, ao menos que se queira ter problemas e passar horas no banheiro. Para quem estiver disposto a investir no consumo desses alimentos, um conselho: procure os restaurantes dos hotéis de redes internacionais, onde a água usada no preparo das refeições não é de torneira. Quanto às roupas, a sugestão é levar modelos mais comportados. Eles devem ser leves, mas não devem expor muito as pernas. Nem ter decotes demasiadamente ousados. Nas cidades egípcias não se vê homens com bermuda nem mulheres com minissaia. Embora seja mais liberal do que os países árabes, o Egito é um país mulçumano, onde a religião é aprovada por lei e determina muitas regras da vida social. O islamismo é praticado pela maioria da população, hoje estimada em quase 197 milhões de habitantes, segundo o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas. Embora sigam princípios religiosos rigorosos, os egípcios são bastante simpáticos, gentis e educados com os turistas. E também sabem ser muito insistentes e incisivos quando querem vender algo. Nesses momentos, eles deixam de lado o árabe, o idioma oficial do país, e usam frases em inglês, espanhol e até português... Tudo para convencer a pessoa a comprar. Embora às vezes esse assédio seja excessivo e incomode, não há razão para se preocupar: basta ignorar ou dizer que não está interessado que eles logo param e vão atrás de outro possível comprador. Afinal, a arte de vender e de negociar está arraigada na cultura e na alma deste povo. A principal porta de entrada do Egito é o Aeroporto Internacional do Cairo, a capital do país. Segundo mais movimentado da África, perdendo apenas para o de Joanesburgo, na África do Sul, opera voos nacionais e interna66


Passeios de camelos são bastante comuns nos pontos turísticos do Egito. Abaixo, vista do Cairo. À direita, fachada da Mesquita de Alabastro.

cionais para diferentes destinos mundiais. Não há voos diretos do Brasil ao Cairo. O aeroporto fica distante 22 quilômetros do centro desta cidade que se espalha vibrante às margens do Rio Nilo.

foto: Rogério Liguanotti

Chegar e circular no Cairo não é fácil. O trânsito é intenso e caótico nas ruas da metrópole, onde automóveis, ônibus, tuk-tuks e pedestres dividem espaço – praticamente inexistem semáforos na capital. Também não há faixas de pedestres. Dá para imaginar? Borbulhante, esta que é uma das cidades mais numerosas do Continente Africano guarda curiosidades, tesouros e muitas histórias para desvendar. De linhas retas, os prédios da capital quase sempre são bege clarinho, a cor das areias do deserto. Difícil encontrar um com cor diferente – alguns têm fachada de tijolo aparente.

foto: Fabíola Musarra

foto: Rogério Liguanott

Mesquitas e igrejas

Surgem em diferentes tamanhos, com janelas onde muitas vezes roupas são penduradas para secar. Comum também são as varandas de alguns edifícios. Em vez de serem protegidas por vidros como acontece no Brasil, são fechadas por cortinas. É fascinante poder conhecer costumes tão diferentes! Essa, porém, não é a única paisagem intrigante do Cairo. O centro histórico da capital é icônico. Na Idade Medieval, foi a sede de uma das cidades islâmicas mais antigas do mundo. Fundado no século 10, transformou-se no novo centro do mundo islâmico, alcançando seu auge no século 14. Declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 1979, preserva antigas mesquitas, com fontes e madraçais (escola ou casa de estudos islâmicos), e a Cidadela do Cairo, também chamada de Cidade de Saladino. Fundada em 1176 pelo líder mulçumano Saladino, a antiga fortaleza medieval foi a


foto: Rogério Liguanotti

sede do poder egípcio durante 700 anos, abrigando residências, haréns, casa da moeda.... Ela guarda a Mesquita de Mohammed Ali Pasha, com belíssimos minaretes e cúpulas. Também é conhecida como a Mesquita de Alabastro por ter 40% de sua construção revestida em alabastro. Inspirada pelas linhas clássicas da Mesquita Azul de Istambul (Turquia), demorou 18 anos para ser construída, de 1830 a 1848. Foi edificada a mando de Mohammed. Ele governou o Egito de 1805 a 1849 e está enterrado em um túmulo de mármore branco à direita da entrada. Erguida em uma colina, a mesquita de mais de 80 metros de altura é visível de vários pontos do Cairo. Em seu pátio externo, além de jardins bem cuidados, portais com colunas e vitrais, fica a Fonte das Abluções. É nela que os mulçumanos, seguindo os preceitos da religião, se purificam antes de entrar na mesquita, num ritual que implica lavar cinco vezes algumas partes do corpo, como o rosto, os braços, as mãos e os pés. Depois, seguem e entram de frente pela porta, num gesto que significa que deixaram os pecados para trás para se encontrar com Alá (Deus). Também é no pátio externo que fica uma torre com um relógio de bronze. Ele foi doado em 1845 pelo rei da França Louis Philippe em retribuição ao obelisco de 23 metros de altura erguido pelo faraó Ramsés II e retirado de Luxor por Mohammed para 68

presentear o monarca francês. O obelisco está na Praça da Concórdia em Paris, onde disputa espaço com uma enorme roda-gigante. O relógio nunca funcionou. Nem vai. Como o seu mecanismo também é considerado uma antiguidade, não pode ser consertado. Para quem visita a mesquita também existem regras: é preciso deixar os sapatos na porta, porque os mulçumanos colocam o rosto no chão ao fazerem suas orações. O uso de lenço ou burca para cobrir a cabeça não é necessário, porém ombros e pernas não devem estar expostos. Exigências cumpridas, hora de entrar. No interior da mesquita estão distribuídos lindíssimos lustres, colunas recobertas em alabastro e um púlpito. Espaçoso, o lugar tem capacidade para receber dez mil pessoas. Ainda no Cairo Velho, a região mais antiga da cidade, o bairro Copta é cercado por muralhas da antiga fortaleza romana chamada de Babilônia (século IV). A palavra copta era utilizada pelos gregos para designar os egípcios, mas hoje é usada para nomear os cristãos egípcios que foram evangelizados pelo apósto-


lo São Marcos no primeiro século depois de Cristo. Contudo, a religião copta não pertence à Igreja Católica. Ela tem o seu próprio papa e suas igrejas não exibem estátuas de santos como as da católica, apenas ostentam ícones ou quadros. Patrimônio deixado para os cristãos egípcios, o bairro Copta compreende um conjunto de obras integrado pelo Museu Copta, pela Sinagoga Bem Ezra e pelas igrejas Suspensa, de São Jorge e de Santa Bárbara. Ali também está a Igreja São Sérgio e São Baco (em latim, Sergius e Bacchus), onde está uma gruta onde teriam vivido Jesus, Maria e José. Para fugir de

foto: Rogério Liguanotti

foto: Rogério Liguanotti

À esquerda, a Fonte das Abluções e a torre com o relógio doado pela França. Abaixo, o interior da Igreja São Sérgio e São Baco, no Bairro Copta, no Cairo.

Herodes, o Grande (73 a.C. a 4 a.C.), rei da Judeia (atual Israel), a Sagrada Família se refugiou no Egito, conforme relata a Bíblia. Sérgio e Baco foram soldados romanos. Os dois santos morreram na Síria em 296 d.C. a mando do imperador Maximiniano por terem se convertido ao cristianismo – Sérgio foi decapitado e Baco, torturado até a morte. Na frente da igreja dedicada aos dois mártires há um mapa mostrando a rota percorrida por Abrão e pela Sagrada Família desde a fuga de Israel até a chegada e estadia no Egito. Na igreja dedicada a São Sérgio e São Baco, é possível conhecer a gruta onde a Sagrada Família teria morado por seis meses em sua passagem pelo Egito. No interior de Abu Serga, como é o nome da igreja, também está um pequeno altar em homenagem aos dois santos. Na saída, um longo corredor de pedras aparentes expõe em uma das paredes livros de variados assuntos e escritos em diferentes idiomas. Na parede oposta estão fotos de épocas distintas do Egito. Foram feitas por fotógrafos conceituados e, assim como os livros, podem ser adquiridos. Para quem gosta de comprar, ao término do corredor, uma loja comercializa desde bijuterias, joias, suvenires e objetos de decoração até móveis, como mesas com tampo de madrepérola. O ponto alto do bairro são suas igrejas coptas, mas ele também tem ruazinhas e vielas bem legais para explorar. O Mercado Kama El Khalili é outro bom endereço para compras. Khalili é o nome do seu fundador e a tradução do nome do lugar é mercado de Khalili. Localizado na Praça Roussen, ao lado de uma mesquita, o lugar se espalha por cerca de 200 ruazinhas, concentrando mais de quatro mil pequenas lojas. Elas vendem de tudo: suvenires, lenços, echarpes, roupas, bijuterias, joias, vasos, luminárias, tapetes, trajes de odalisca... O mercado também é ideal para negociar (leia-se pechinchar), a velha arte praticada no país. Para fechar um bom negócio, é preciso 69


foto: Rogério Liguanotti

oferecer de 30% a 40% do preço solicitado. Se um objeto é oferecido por 200 libras egípcias (EGP), comece dando EGP 60 e esteja disposto a pagar até EGP 80. Se o negociante não aceitar, não se aborreça. É possível que, depois de um tempo, ele vá atrás de você. Caso isso não aconteça, saiba que não teria feito um bom negócio. Ainda no centro do Cairo, o Museu da Civilização Egípcia é a sugestão para quem quer conhecer um pouco sobre o antigo Egito. Localizado na Praça Tahrir, guarda séculos de história, desde a pré-história até o período moderno, passando pelo greco-romano e islâmico. Seu acervo é integrado por mais de 120 mil antiguidades. Elas foram encontradas nas inúmeras escavações feitas no país. Porém, apenas um terço delas está exposta. São utensílios, pinturas, cartas e contratos “escritos” em pedras, estátuas e múmias de faraós. Ali também pode ser vista a única estátua do faraó Quéops, “dono” da maior pirâmide do país. Pequenina, tem só 7,5 cm de altura. Ponto alto do museu são os objetos encontrados na tumba de Tutancâmon, no Vale dos Reis. São cabides, roupas, joias e armas até a cama de armar e o trono de madeira revestido de ouro. A famosa máscara funerária e o sarcófago do faraó feito com 110 quilos de ouro também estão no museu, mas em uma sala que não pode ser visitada. 70

História e mitos As águas do Rio Nilo sempre foram essenciais para o Egito. Elas propiciaram o nascimento de uma das mais avançadas civilizações da humanidade: os egípcios. A história desse povo remonta ao Paleolítico, embora ainda neste período histórico as informações estejam baseadas somente em hipóteses e suposições. Com as mudanças climáticas registradas ao final do Paleolítico modificando o curso do Nilo para a sua atual configuração, e com a lenta transformação no Neolítico, período que tem origem a cerca de dez mil anos antes de Cristo, já haviam populações vivendo às margens do rio. A civilização egípcia se concentrou ao redor delas entre os anos de 3.200 a.C. e 32 a.C., quando se inicia o domínio romano. A localização do Rio Nilo foi fundamental para o desenvolvimento do império egípcio: o transporte de pessoas e mercadorias era feito por meio de suas águas, que também eram utilizadas para saciar a sede, pescar e fertilizar as margens nas épocas das cheias, favorecendo a agricultura, principal atividade econômica egípcia, seguida pelo comércio e pelo artesanato. A sociedade egípcia era dividida em castas. Elas faziam parte de uma pirâmide social. No topo estavam o faraó (principal líder político e religioso do


Egito Antigo) e família, seguido pelos sacerdotes e aristocratas. Em seguida, vinham os militares e os escribas e, depois, os artesãos e comerciantes. A base da pirâmide era ocupada por escravos e camponeses, que prestavam serviços em obras para os faraós, como canais de irrigação, pirâmides, diques, templos e outros. A alta posição social dos sacerdotes era o reflexo da forte presença religiosa na cultura egípcia. Os egípcios da antiguidade diziam que no início do mundo nada existia além de um oceano chamado Nun. A mitologia egípcia descreve também um monte em forma de pirâmide chamado benben. Ele teria sido a primeira coisa a emergir das águas. Desse oceano, surgiu Atum (a forma como ele surgiu varia de um mito para outro). Atum criou Shu, deus da terra, e sua esposa Tefnut, deusa da umidade. O casal, por sua vez, gerou Geb, deus da terra, e Nut, a deusa do céu. Esses e muitos outros deuses eram cultuados no

foto: fabíola mussarra

foto: Rogério Liguanotti

À esquerda, fachada do Museu da Civilização Egípcia. No centro, o piso superior do museu indicando em um painel giratório as múmias de faraós que estão no andar abaixo. As múmias não podem ser fotografadas. À direita, o Rio Nilo e a Torre do Cairo ao fundo.

antigo Egito, entre os quais destacavam-se Rá, Osíris, Ísis e Hórus. Os egípcios também acreditavam na vida após a morte e que a vida na terra seria apenas uma das etapas da existência (daí a importância da mumificação e de conheceram as técnicas de embalsamento de cadáveres). Seus deuses eram representados em forma humana e animal (antropozoomorfismo) e animal (zoomorfismo). Vários deles eram associados a forças da natureza. Os egípcios desenvolveram a astronomia. Partindo da observação dos corpos celestiais, criaram um calendário (um dos primeiros a ser conhecido na história da humanidade), o qual dividia o ano em 12 meses de 30 dias cada. Aos 360 dias eram acrescentados mais cinco que correspondiam às principais festas. O ano tinha três estações agrícolas de quatro meses. Elas estavam ligadas à ocupação nas margens do Rio Nilo, às suas cheias: a estação da inundação, a da sementeira e a da colheita. Essa fascinante civilização também criou os hieróglifos, a escrita utilizada para a comunicação, a divulgação de ideias e o controle de impostos. Nas paredes internas das pirâmides é possível ver hieróglifos sobre a vida dos faraós, mensagens e orações. Os egípcios inventaram ainda o papiro. Produzido a partir da planta de mesmo nome, era usado como papel. Das cascas de seus caules eram feitas sandálias, leitos de camas e assentos de cadeiras. 71


foto: fabíola mussarra

Papiro com uma das representações de Ísis, deusa da magia, fertilidade e maternidade. Ísis foi particularmente cultuada no Templo de Philae, em Assuã. A deusa do amor representava o ideal de mulher, esposa e mãe dedicadas.

O papiro era considerado sagrado pelos antigos egípcios: o caule triangular da planta tem formato de pirâmide. Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol brilhando sobre a Terra. Por isso, acreditavam que o faraó, ao ser enterrado em uma pirâmide, se elevaria e se juntaria ao Sol, ocupando ali seu lugar ao lado dos deuses. Quanto às ciências médicas, a antiga civilização fez incríveis descobertas: conhecia o poder das plantas medicinais. Fazia fórmulas, remédios e cirurgias. As cenas de parto no Egito antigo, por exemplo, são numerosas e estão retratadas nas paredes de diversos templos. Algumas delas célebres, como a do parto de Cleópatra, ajoelhada (os antigos egípcios já faziam o parto de cócoras) ou de uma mulher auxiliada por Bès, o deus protetor das mulheres, em trabalho de parto. Os egípcios conseguiam ainda identificar a possível gravidez de uma mulher e conheciam um método para saber o sexo de um bebê antes de seu nascimento. Para isso, a urina da gestante era colocada em um saco contendo cevada e em outro com trigo. Se o de cevada brotasse, o feto era de um menino. Já o de trigo, uma menina. Caso germinassem bro72

tos nos dois sacos, a mulher teria gêmeos. Se não brotasse em nenhum deles, ela não estava grávida. Ao longo de sua história, o antigo Egito teve 170 faraós. Eles reinaram em ao menos 30 dinastias, que eram divididas por hereditariedade. Porém, a história do Egito é marcada por intrigas, assassinatos e usurpação do poder, que levava novos clãs a tomar o trono. Hatshepsut (1507-1458 a.C.), Tutmés III (1481-1425 a.C.), Amenhotep III (1391-1353 a.C.), Tutancâmon (1341-1323 a.C.) e Ramsés II (13031213 a.C.) são considerados os cinco principais faraós do Egito antigo.

As sete maravilhas Em linhas gerais e bastante resumidas, essa é a história do antigo Egito. Ela é apenas uma fonte de informação para quem pretende conhecer e compreender melhor os emblemáticos monumentos do país, como o complexo de Gizé. Situado 25 quilômetros a sudoeste do centro do Cairo, ele guarda as mais famosas pirâmides do Egito: Quéops, Quéfren e Miquerinos. As três pirâmides, respectivamente do avô, pai e neto, são a única das sete maravilhas


Rogério Liguanotti

Camelo descansa na zona arqueológica de Guizé, distante 25 quilômetros do centro do Cairo.

do mundo antigo que ainda existe. No complexo de Gizé também estão uma vila operária, um complexo industrial, cemitérios e a icônica Esfinge, a escultura com cabeça de homem (dizem ser o rosto do faraó Quéfren) e corpo de leão de 71 metros de comprimento e 22 metros de altura. Esculpida em um monólito maciço, ela teria sido criada para proteger as pirâmides e as demais construções da necrópole dos saques de ladrões. As pirâmides contam muito sobre a organização da sociedade egípcia e sobre os seus avançados conhecimentos arquitetônicos e matemáticos – todos os quatro lados das bases das pirâmides têm praticamente o mesmo comprimento. Segundo os egiptólogos, as pirâmides foram construídas por operários remunerados, e não por escravos. Eles eram “contratados” para a construção e para o deslocamento de pesados blocos de pedra. A construção da pirâmide demorava, em média, 23 anos. A pirâmide começava a ser erguida tão logo o faraó assumisse o poder. O motivo? Após a morte, o soberano teria de ser mumificado e enterrado em 70 dias, caso quisesse renascer para desfrutar a segunda vida. A morte e o ritual de passagem eram

importantes para a civilização egípcia, para quem a vida era eterna e a morte, apenas uma passagem para o retorno à vida, quando os túmulos seriam o novo lar do morto. O faraó era enterrado com todos os seus empregados, sacerdotes, escribas e animais. Eles eram sacrificados e guardados na pirâmide, assim como os seus objetos e pertences. Isso era feito a fim de que o soberano encontrasse todos que conhecia e tudo que tinha em vida quando ressuscitasse. A preocupação com a morte e com o retorno à vida fez com que os egípcios desenvolvessem a mumificação. O processo visava preservar o corpo, para que ele estivesse perfeito quando retornasse à vida. Ressurreição à parte, cada uma das três pirâmides de Gizé tem seu próprio complexo: além da pirâmide principal, o conjunto é integrado por uma rampa, templo funerário, túmulos dos sacerdotes e de pessoas do governo e pirâmides menores destinadas às rainhas. A pirâmide de Quéops é a maior delas e também a que está menos conservada – existem hipóteses narrando que o seu cume seria coberto de ouro, que foi posteriormente saqueado por ladrões. Originalmente, a pirâmide Quéops tinha 146 me73


tros de altura, o equivalente a um prédio de 49 andares. Desgastada pela ação do tempo, hoje tem 137 metros de altura. Foi construída por volta de 2550 a.C., a pedido do faraó Quéops, da IV dinastia. Mais de 2,3 milhões de blocos, cada um deles pesando 2,5 toneladas, foram usados em sua construção. É possível visitar o seu interior. O acesso é feito por uma abertura, localizada a poucos metros do chão. Para entrar, é preciso comprar um ingresso extra. Com 136,5 metros de altura, Quéfren é a segunda maior pirâmide do Egito. Revestida com calcário rosa, ainda preserva o revestimento de seu topo intacto. Foi erguida para abrigar o corpo de Quéfren, quarto rei da IV dinastia. A menor das três pirâmides é a Miquerinos. Ela tem 66 metros de altura e foi construída para o quinto soberano da IV dinastia. Esse faraó governou por 26 anos e morreu cedo. Por isso, seu túmulo teve de ser finalizado às pressas com material de qualidade inferior. Ao lado dela estão três pequenas pirâmides de rainhas. Para entrar no complexo, é preciso comprar o ingresso. Ele dá direito a visitar as três pirâmides (por fora) e a esfinge. Pode ser adquirido na bilheteria que fica na entrada principal, assim como o tíquete 74

É possível contratar uma charrete para visitar os monumentos do complexo de Guizé.

foto: Rogério Liguanotti

foto: Rogério Liguanotti

Embora tenha sido restaurada, a face do mítico homem-animal mostra sinais de desgaste e desfiguração devido à erosão do vento.


foto : Rogério Liguanotti

que dá direito a visitar o interior das tumbas. A de Miquerinos é a menor e o seu ingresso é mais barato. A descida para explorar o que restou do que do era o túmulo do faraó é íngreme e a escada (leia-se uma rampa), feita com ripas de madeira pregadas. É preciso andar curvado e muitos têm claustrofobia ao entrar. Também é possível tirar uma foto ao lado de um camelo e mesmo andar em um dos dromedários que estão no complexo. Porém, é preciso combinar direitinho o preço e o percurso a ser feito com o proprietário do animal. Caso contrário, ele poderá cobrar um valor para a ida e outro para a volta – geralmente, o proprietário diz que o passeio custa um determinado valor, mas não conta que o preço não inclui a volta ao ponto de partida, trajeto pelo qual cobrará o dobro do preço da ida.

Deuses e lendas Distante 900 quilômetros do Cairo, Assuã guarda um dos monumentos mais bonitos do Egito: o Templo de Philae, dedicado a Ísis, deusa do amor. Ele é um dos três templos ptolomaicos melhor conservados, ao lado de Edfu e Dendera. Fica na pequena 75


foto: Rogério Liguanotti

Ilha de Agilika, ao sul da represa de Assuã, e só pode ser visitado de barco. O Templo de Philae nem sempre esteve no lugar onde está atualmente, ficava em uma ilha próxima. Com a construção da represa de Assuã (19601970), a ilha foi inundada, deixando o templo submerso nas águas do Nilo – as marcas das águas podem ser observadas em suas colunas. Com o auxílio da Unesco, o templo foi transferido cuidadosamente até o local onde hoje se encontra, num projeto audacioso e que preservou a sua aparência original, o layout do complexo e até mesmo o paisagismo da ilha original. O Templo de Philae tem uma grande importância para os egípcios. Muitas lendas explicam a sua existência, como a que conta que quando Osíris foi assassinado pelo irmão Set, que espalhou partes do seu corpo por todo o país, sua esposa Ísis as pegou e se refugiou na Ilha de Philae para reconstruí-lo. Ela chorou tanto que as suas lágrimas provocaram as enchentes do Nilo. Outra lenda narra o namoro de uma moça e um rapaz. O pai dela não queria o relacionamento e levou a filha para viver na ilha. Inconformado, o rapaz procurou a namorada em todo 76

Nem sempre o Templo de Philae esteve no lugar onde está atualmente. Ficava em uma ilha próxima, mas, foi transferido até o local onde hoje se encontra, num projeto audacioso e que preservou a sua aparência original, o layout do complexo e até mesmo o paisagismo da ilha original, como mostram as fotos acima e à direita.

o Egito, mas sem sucesso. Um dia, ele encontrou Hator, a deusa vaca do amor e da felicidade, que lhe contou onde estava a moça. Pelo difícil acesso, o rapaz se viu impossibilitado de ir até lá. Desconsolado, chorou. Sobek, o deus crocodilo, ficou com pena e o levou até a ilha, onde ele reencontrou a namorada. Diante do gesto destemido do rapaz, o pai dela permitiu o casamento. A beleza do templo de Ísis não está apenas nas lendas. Ele tem colunas com capitéis em formato de papiro ou flor de lótus e desenhos em alto relevo. À medida que se entra em seu interior, as três portas que dão acesso à sala principal vão se estreitando, como se fossem uma pirâmide deitada. O templo foi construído por volta de 334 a.C., na época helenística, quando Alexandre, o Grande, esteve lá. O rei da Macedônia foi considerado um libertador, porque livrou o país do domínio persa. Por isso, os


foto: Rogério Liguanotti


foto: fabíola mussarra


A fachada do Templo de Philae, na Ilha de Agilika. Erguido pelos egípcios antigos, foi dedicado à deusa Ísis.


sacerdotes egípcios ficaram gratos a Alexandre, o Grande, tornando-o um faraó. No templo existem cenas dele abraçando a deusa Ísis. Elas foram criadas com o intuito de mostrar que o rei macedônio não seria violento com os egípcios, como haviam sido os persas. E que não estava em terras egípcias para interferir, mas sim para agregar. A Ilha de Agilika é também um convite para conhecer os núbios, povo que integrava uma colônia do Egito Antigo. Nos anos 1970, com a construção da barragem de Assuã, que deu origem ao Lago Nasser, o povo núbio foi forçado a deixar suas casas e a se reassentar em lugares próximos. É por isso que é possível encontrar várias vilas núbias em Assuã. O passaporte de acesso a uma delas é a faluca. Faluca é um barco à vela de madeira com capacidade para dez passageiros e tripulação integrada por duas ou três pessoas. Apesar de se terem tornado obsoletas pelos barcos a motor, as falucas ainda são muito usadas como meio de transporte nas cidades à beira do Nilo, como Assuã e Luxor. O passeio que conduz à vila é marcado por graciosas paisagens. No caminho é possível ver o Old Cataract, hotel onde Aghata Christie se hospedava. Na 80

foto: Rogério Liguanotti

foto: fabíola mussarra

Em Assuã, a Ilha de Agilika é um convite para conhecer os núbios, povo que integrava uma colônia do Egito Antigo.


foto: Rogério Liguanotti

O Old Cataract é um hotel histórico construído em 1899, na época do colonialismo britânico. Entre tantas estrelas que este luxuoso resort 5 estrelas recebeu está Agatha Christie, escritora responsável por imortalizar o hotel no livro “Morte sobre o Nilo”, publicado em 1937.

chegada, nova abordagem de vendedores e camelos deitados na praia fluvial aguardam, prontos para fazer um passeio com os visitantes. Mas, o vilarejo compensa o indesejável assédio. Com ruas de chão de areia, casas de fachadas coloridas e gente simples, a comunidade é repleta de lojas. Vendem tapetes, vestidos, redes, acessórios, artesanato, suvenires... Ali a sugestão é visitar uma casa típica. Geralmente, os seus moradores têm crocodilos como animais de estimação, dos pequenos aos grandes. Ficam em tanques e o dono da casa tem orgulho de exibi-los. Na visita, são servidos pães, queijos e chás.

Obras faraônicas Assuã também é o lugar onde é possível embarcar em um cruzeiro de dois ou mais dias pelo Nilo. Normalmente, o pacote inclui refeições completas, além de shows de música e de danças típicas. Durante o trajeto, o navio aporta em cidades como Luxor e Edfu, onde os passageiros têm tempo para visitar os templos. Enquanto a embarcação permanece atracada em Assuã, as pessoas podem ainda pegar uma

estrada e percorrer 320 quilômetros até chegar em Abu Simbel, numa viagem de cerca de três horas. Em território nubiano, Abu Simbel guarda um colossal templo construído pelo faraó Ramsés II e o de sua esposa preferida, Nefertari, uma das 34 que ele teve. Os dois templos, a exemplo do de Ísis, também seriam destruídos pela elevação das águas do Nilo provocada pela construção da represa de Assuã. Para preservar Abu Simbel, a Unesco financiou uma obra de 40 milhões de dólares para remover bloco por bloco do antigo templo que foi esculpido em um único pedaço de rocha. De 1964 até 1968, 1.036 peças foram catalogadas, cortadas e transferidas para o lugar onde hoje estão. Dedicado aos deuses Ámon-Rá, Harmakis e Ptah, o templo, na prática, foi erguido apenas para exaltar o seu construtor: Ramsés II, o Grande. Sua fachada exibe quatro enormes estátuas do faraó sentado ao trono (uma delas foi encontrada quebrada e assim foi reconstruída). Essas estátuas têm 20 metros de altura, quatro metros de uma orelha a outra do faraó e mais de um metro de linha dos lábios. Duas vezes por ano, em 2 de março e em 21 de setembro, o templo original de Abu Simbel era con81


foto: fabíola mussarra


Abu Simbel guarda um templo construído pelo faraó Ramsés II e o de sua esposa preferida, Nefertari, uma das 34 que ele teve. Dedicado aos deuses Ámon-Rá, Harmakis e Ptah,o templo, na prática, foi erguido apenas para exaltaro seu construtor: Ramsés II, o Grande. Sua fachada exibe enormes estátuas do faraó. Essas estátuas têm 20 metros de altura, quatro metros de uma orelha a outra do faraó e mais de um metro de linha dos lábios.


foto: fabíola mussarra

Uma vez por ano, o sol entra no templo e ilumina três das quatro estátuas ali existentes: Rá, Hamarkis e Ramsés II, que se colocou ao lado deuses, proclamando-se um deles. Apenas Ptah, o deus que criou os homens a partir da escuridão, não é iluminado.

templado pelo que se chamou de milagre do Sol. Nesses dias, às 5h58, raios de sol penetravam pelos 65 metros que separam a entrada do sacrário, iluminando três das quatro estátuas ali existentes: Rá, Hamarkis e Ramsés II, que se colocou ao lado dos deuses, proclamando-se um deles. Apenas Ptah, o deus que criou os homens a partir da escuridão, não era iluminado. Embora o templo tenha sido transferido, o fenômeno ainda hoje se repete. No interior do templo estão cenas de guerras travadas e vencidas por Ramsés II (os faraós nunca admitiam ter perdido um conflito ou serem portadores de um defeito físico), celebrando a sua glória militar. O faraó, apesar de toda a sua obsessão para exaltar seus feitos, mandou construir ao lado do seu, um templo menor, com dez metros de altura, dedicado a Nefertari – nunca no Egito a esposa de um faraó foi representada na fachada de um templo. Terceiro faraó da XIX dinastia egípcia, Ramsés II é considerado o faraó que fez o Egito viver seu período mais próspero. Permaneceu no poder entre os anos de 1279 a.C. e 1213 a.C.. Ao assumir o trono, ele priorizou o setor militar. Construiu fortificações nas fronteiras egípcia, criando uma via que facilitava 84

o deslocamento das tropas militares. Em seu governo, o exército foi profissionalizado, bem treinado, assalariado e recebeu lotes de terra. Ele fundou uma nova capital (Pi-Ramsés), próxima ao delta do Nilo e das fronteiras, um lugar estratégico para a movimentação das tropas. Toda a corte egípcia e militar se mudou para a nova capital, onde se formou uma indústria bélica que fabricava carros de guerra, armaduras, armas e barcos. Com a expansão do império para o sul, Ramsés II acumulou considerável fortuna com a exploração dos recursos naturais, o que fez desta época a mais abastada do Egito. Sob a sua liderança foram realizadas construções de diversos monumentos, como os templos encravados na rocha na Núbia (Abu Simbel). Morreu aos 90 anos e governou o Egito por 66 anos. Em 1888, sua múmia foi levada para o Museu da Civilização Egípcia no Cairo, onde está em exposição. Também é com o navio atracado no Nilo, desta vez em Edfu, que se pode a bordo de uma charrete rumar ao Templo de Hórus. Edfu é uma pequena cidade na região do Alto Egito, localizada na margem oeste do Nilo, a 115 quilômetros ao norte de Assuã


foto: fabíola mussarra foto: Rogério Liguanotti

Uma charrete típica conduz os visitantes ao templo de Edfu. Na entrada do templo está uma imagem do deus Hórus representado em sua forma zoomórfica de falcão.

e a 100 quilômetros ao sul de Luxor. O templo é um dos melhor conservados de todo o Egito – permaneceu soterrado por mais de dois séculos nas areias do deserto. Foi edificado na era ptolomaica sobre outro sobre outro mais antigo erguido no reinado de Tutmósis III. Começou a ser construído em 237 a.C. e foi concluído em 57 a.C.. Segundo o mito, teria sido erguido no lugar onde Hórus lutou contra o seu tio Set, que havia assassinado cruelmente seu pai, o deus Osíris. No templo, Hórus aparece retratado nas formas zoomórfica (falcão) e antropozoomórfica (homem com cabeça de falcão). As laterais da entrada do templo são guardadas por duas estátuas de granito do deus falcão com coroa dupla representando o Baixo e o Alto Egito. Nos três lados de sua entrada estão distribuídas 32 colunas ornamentadas e com capitéis. As inscrições, os altos relevos e as pinturas das paredes fornecem informações relevantes sobre os mitos, a linguagem e a religião durante o período greco-romano no Egito. São cenas que descrevem a procissão divina de Hórus e Hator, os rituais diários do templo, as ofe85


foto: Rogério Liguanotti

Muitas colunas com capitéis de Karnac exibem hieróglifos. Eles estão dispostos de baixo para cima, como se antigos egípcios estivessem se comunicando com os deuses no céu.


foto: Rogério Liguanotti

O Templo de Luxor é dedicado a a três antigas divindades: Ámon, Mut e Khonsu, respectivamente esposa e filho de Ámon.


foto: Fabíola Musarra

Além de testemunhar o nascer do sol, o passeio de balão em Luxor possibilita admirar as paisagens que estão em terra: o Vale dos Reis e o deserto do Saara em contraste com as terras férteis do Nilo.

rendas feitas pelo faraó aos deuses e o triunfo mitológico de Hórus sobre Set. Entre outros ambientes, o santuário de Hórus expõe a barca ritual (nela as almas eram levadas pelo deus Anúbis a julgamento). Atrás da barca está um dos mais importantes objetos do lugar: o santuário de granito polido que teria guardado a estátua de culto. Entre Edfu e Assuã está um dos templos mais diferentes do país: o de Kom Ombo, datado de 2 a.C.. Ao contrário da maioria que homenageia apenas um, é dedicado a dois deuses: Hórus, deus solar guerreiro, e Sobek, o deus crocodilo adorado desde a época pré-dinástica. O templo fica afastado do centro desta cidadezinha situada à margem oriental do Nilo. Possui um centro de visitantes com lojas, banheiros e estacionamento. Segundo uma lenda, os deuses eram irmãos. Hórus governava a região e era amado pelo povo. Com inveja, Sobek armou uma armadilha, expulsando-o do trono. Exilado, Hórus foi embora e o povo que o apoiava partiu com ele. Sobek se tornou o rei absoluto, mas não tinha pessoas suficientes para cultivar a terra. Então, fez um pacto com os demônios para o trabalho agrícola. Os demônios lançaram as 88

sementes. Na época da colheita, em vez de trigo, nasceram cereais de ouro. Como o ouro não é comestível, as pessoas que haviam ficado na cidade começaram a morrer de fome. Sobek decidiu então procurar o irmão. Eles se reconciliaram. Hórus retornou, fazendo a prosperidade voltar ao reino, que passou a ser compartilhado pelos dois irmãos.

No ar e no mar Luxor é o destino final do cruzeiro pelo Nilo. Na cidade é possível se aventurar em um voo de balão testemunhando o Sol nascer, com seus raios dourados desvendando as paisagens que estão lá embaixo: o Vale dos Reis e o deserto do Saara em contraste com as terras férteis do Nilo. Em seguida, já em terra firme, a sugestão é visitar os Vale dos Reis, com 64 tumbas de faraós, incluindo a de Tutancâmon. Os túmulos começaram a ser feitos há mais de três mil anos, por volta de 1600 a.C. Foram construídos em uma região cercada de montanhas, de difícil topografia. Como no antigo Egito outros túmulos já haviam sido roubados, a ideia era manter o local seguro e escondido dos saqueadores de joias e te-


foto: Rogério Liguanotti

O templo funerário de Hatshepsut, a rainha que se vestia com trajes masculinos – suas estátuas assim estão vestidas e têm barba. Hatshepsut é considerada pelos egiptólogos como a primeira e mais poderosa mulher da história de quem se tem informação.

souros. Não deu certo. A história do Vale dos Reis é feita de saques, furtos e roubos, feitos não apenas por ladrões, mas também por sacerdotes e religiosos que, desejando proteger o corpo, retirava o do faraó dali e o levava para outro lugar. Nem todas tumbas que estão no vale estão liberadas à visitação, mas algumas delas podem ser conhecidas, como a dos faraós Ramsés III, Ramsés IX e Tutancâmon. Os túmulos foram escavados nas pedras rochosas a 180 metros de profundidade. Para visitar um deles, é preciso percorrer essa distância até chegar à sala onde o sarcófago era guardado. A descida pelo corredor é feita em rampa de madeira com tiras pregadas. Ela é íngreme e exibe nas paredes laterais de todo o trajeto hieróglifos e coloridas pinturas contendo cenas do cotidiano em vida e no pós-morte dos faraós. O espetáculo é único, mas traz uma interrogação: como foram pintados ali, no subsolo das tumbas, num lugar pouco ventilado e sem iluminação? Teorias existem, mas essas questões ainda permanecem uma incógnita. Mas, ao menos, o mistério do túmulo de Tutancâmon, o faraó menino foi desvendado. O faraó, que morreu aos 18 anos e tinha uma defi-

ciência na perna, não é o mais importante do Egito antigo. Tutancâmon apenas se tornou famoso porque sua tumba, que havia sido soterrada, foi encontrada acidentalmente em 1922. Única que não havia sido saqueada, guardava mais de cinco mil pertences do jovem faraó em seu interior – muitas delas podem ser conhecidas no Museu da Civilização Egípcia. Perto do Vale do Reis (1 quilômetro) fica o Vale das Rainhas, que abriga o túmulo de Nefertari, a rainha falecida no vigésimo quarto ano do reinado de Ramsés II. Hora também de conhecer o templo funerário de Hatshepsut, conhecido como Djeser-Djeseru. O templo é tão imponente quanto a rainha que se vestia com trajes masculinos – suas estátuas assim estão vestidas e têm barba. Hatshepsut é considerada pelos egiptólogos como a primeira e mais poderosa mulher da história de quem se tem informação. Ela reinou por pouco mais de duas décadas, entre 1478 e 1458 a.C. e foi assassinada a mando de seu sobrinho. O templo de Hatshepsut homenageia Tutmés 1 (1530-1520 a.C.), faraó e pai da rainha. Ele tem 89


foto: Rogério Liguanotti

Ruinas de Karnac, templo À noite, o complexo

uma tumba que desce à profundidade de 30 metros, capelas dedicadas ao deus Anúbis e à deusa Hator, terraços, pórticos, varandas e câmara das oferendas. Depois de conhecer os vales, é hora de visitar os templos de Luxor, a antiga cidade egípcia de Tebas. Ali fica o Templo de Karnac, o maior do país. Luxor fica a 700 quilômetros ao sul do Cairo, às margens do Nilo. O complexo é ligado ao Templo de Luxor pela avenida dos carneiros, uma das mais bonitas antiguidades deixadas pela civilização egípcia. A avenida traz esfinges com a cabeça do ovino, animal que é a representação de Ámon, aqui o deus da guerra, e uma das divindades para quem o templo foi dedicado – as outras são Mut e Khonsu, respectivamente esposa e filho de Ámon. Pelos 3 quilômetros de extensão da avenida estão distribuídas mais de três mil esfinges, muitas delas danificadas pelo tempo. Reunindo o maior conjunto de descobertas arqueológicas ao ar livre do antigo Egito, Karnac merece ser visitada com calma. O ideal é ir ao entardecer, quando o calor é menos intenso e quando um pouco depois o templo é iluminado, exibindo um dos mais memoráveis pos90

tais do país. Karnac foi construída por volta de 2200 a.C.. Ao longo dos séculos foi sendo tecida pelas mãos de faraós de diferentes dinastias, como Set I, Hatshepsut e Ramsés II. Os reis e rainhas ganhavam batalhas, conquistavam novos territórios e com os tesouros dos povos dominados iam agregando obras e mais obras ao complexo, o que resultou em uma enorme coleção de templos, santuários, salões cerimoniais, colunas, obeliscos... Ponto alto do templo é a Sala Hipóstila, uma das principais de Karnac. Nela estão dispostas 134 colunas que pesam 150 toneladas cada uma. Com 20 metros de altura, elas exibem hieróglifos dispostos de baixo para cima, como se antigos egípcios estivessem se comunicando com os deuses no céu. As colunas também foram talhadas em um único bloco de pedra. A sala exibe ainda coloridas pinturas no que restou do teto. Em uma de suas entradas estão duas enormes estátuas de Ramsés II sentado no trono. Cada uma delas pesa 180 toneladas. Também foram esculpidas em um monólito. Ao lado do faraó está um dos dois obeliscos de 23 metros – o outro foi doado para Paris e em troca de um relógio. No templo também


foto: Rogério Liguanotti

ao ar livre em Luxor. fica todo iluminado.

A avenida dos carneiros é um dos monumentos mais bonitos deixado pela civilização egípcia. Ela abriga esfinges com a cabeça do ovino, animal que é a representação de Ámon, aqui o deus da guerra.

foto: Rogério Liguanotti

está um lago onde eram feitos rituais e resquícios de escolas – poucos sabem que os templos egípcios não tinham só função religiosa, mas também eram centros onde se ensinava matemática, astronomia e outras ciências. Outra experiência inesquecível é conhecer o Mar Vermelho. Ele faz fronteira com a Síria e banha Hurghada, onde estão concentrados luxuosos hotéis e resorts. É desta cidade litorânea que partem barcos que deslizam pelas turquesas águas do mar e que são ideais para mergulhos com direito a ver corais com peixes multicoloridos. O passeio dura praticamente o dia todo e inclui o almoço a bordo. Depois da parada para o mergulho, o barco prossegue e aporta em uma praia. O cenário é simplesmente de uma beleza inquestionável. Incontestável também é a grandiosidade do Saara, as negras águas do Rio Nilo e as ruínas dos monumentos construídos pela humanidade no decorrer dos séculos, uma história ainda não decifrada que o tempo não conseguiu apagar. Um dos obeliscos de Ramsés II em Karnac. O outro obelisco foi doado ao rei da França Louis Philippe e está em Paris, na França

*A jornalista viajou ao Egito a convite da Hello Connections, com o apoio da Dunas Travel, do Sonesta Cruise Collection e dos hotéis Four Seasons, The Cascade Golf Resort & SPA e Marriott Mena House Cairo. 91


foto: fabíola mussarra


O Mar Vermelho ó ponto de partida de embarcações que conduzem os visitantes para mergulhar em águas turquesas e transparentes, com direito a ver corais e peixinhos multicoloridos.


Serviço foto: fabíola mussarra

Nome oficial

República Árabe do Egito.

Fronteiras

Está localizado entre o nordeste da África e o sudoeste da Ásia pela Península do Sinai. É um país limitado ao norte pelo Mar Mediterrâneo, ao sul pelo Sudão, a nordeste pela Faixa de Gaza (Palestina) e Israel, a leste pelo Mar Vermelho e a oeste pela Líbia.

Língua Árabe.

População

106 892 930 milhões de habitantes, de acordo com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas.

Moeda

Libra egípcia (EGP). 1 EGP = R$ 0,28.

Economia

O turismo, as telecomunicações, as exportações de petróleo e gás natural e a agricultura são as principais fontes de renda da economia, além das receitas geradas pelo Canal de Suez.

Governo

República semipresidencialista. O país é presidido por Abdul Fatah Khalil Al-Sist e o primeiro-ministro é Moustafa Kemal Madbouly.

Religião

Islamismo. A maioria do país é mulçumana, seguida por uma minoria cristã.

Documentos Para visitar o país, além do passaporte e do certificado internacional das vacinas contra o Covid-19 e febre amarela, é necessário ter o visto de entrada. Pode ser obtido no aeroporto do Cairo e custa 25 dólares.

Fuso horário

Sem horário de Verão, 5 horas a mais do horário de Brasília.

Onde ficar

No Cairo Four Seasons First Residence www.fourseasons.com/cairofr Em Gizé Marriott Mena House Mena House Hotel www.marriott.com/en-us/hotels/caimn-marriott-mena-house-cairo/overview

94

Em Hurghada The Cascades Golf Resort, SPA & Thalasso https://thecascadeshotel.com

Onde comer No Cairo Park Food Hall Restaurant Hotel Four Seasons First Residence www.fourseasons.com/cairofr Nairu Restaurant Four Seasons First Nile Boat www.fourseasons.com/cairofr/dining/restaurants/nairu-and-nairu-lounge La Lisa Italian Food The St. Regis Cairo www.stregis.com/cairo Rawi Restaurant Sheraton Cairo Hotel & Casino www.sheraton.com/cairo Em Gizé L’Oranderie Restaurant Steigenberger Hotel Pyramids www.steigenberger.com/en/hotels/all-hotels/ egypt/cairo/steigenberger-pyramids-cairo Pavillon Buffet Marriott Mena House www.marriott.com/en-us/hotels/caimn-marriottmena-house-cairo/overview Em Hurghada The Cascades Beach and Bar The Cascades Golf Resort, SPA & Thalasso https://thecascadeshotel.com

Quem leva

Não existe voo direto do Brasil para o Egito, apenas com conexões. A principal porta de entrada ao país é o Aeroporto Internacional do Cairo (CAI). Ele fica a 22 quilômetros do Cairo. A EgyptAir é a principal empresa aérea do país, mas a British Airways, Air France, Lufthansa e KLM também operam voos lá. Alguns trechos podem ser feitos por empresas árabes, como Qatar e Emirates.


qual viagem

pelo mundo

Férias especiais em Ras Al Khaimah Ras Al Khaimah Tourism Development Authority (RAKTDA) lançou a RAKation, uma campanha de verão convidando os visitantes brasileiros a fugir do inverno e explorar o Emirado da natureza para descobrir uma lista interminável de atividades e experiências. Até 15 de setembro de 2022, a RAKation vai oferecer aos hóspedes que reservarem uma estadia de três noites ou mais em hotéis participantes de três, quatro e cinco estrelas em Ras Al Khaimah dois ingressos gratuitos para o Jais Sledder, a mais recente experiência de aventura inaugurada na Jebel Jais, o pico mais alto dos Emirados Árabes Unidos. Os hóspedes da RAKation desfrutarão de transporte gratuito de ônibus de ida e volta partindo dos locais importantes em Ras Al Khaimah para Jebel Jais, além de um desconto de 30% em outras atividades nas montanhas. Informações: visitrasalkhaimah.com

FOTO: Divulgação RAKTDA

O

Bahamas: boa notícia para os vacinados

Bariloche: reabertura do Cerro Catedral

O

Cerro Catedral, principal centro de esqui da América do Sul, já foi reaberto para a prática do esqui e do snowboard, além de outras atividades para a temporada de inverno de 2022 em Bariloche. Os turistas poderão desfrutar dos primeiros avanços do plano de modernização do Cerro Catedral, que conta agora com um novo meio de elevação, pistas renovadas, melhorias no sistema de fabricação de neve e um moderno sistema de prevenção de avalanches. O projeto integral é avaliado em USD 22 milhões. A expectativa é de que em 2023 haja a construção de um novo teleférico sêxtuplo, que se somará aos já existentes na base da montanha. O centro de esqui estará aberto todos os dias, das 9h às 17h, com o último acesso à base ocorrendo às 16h30. O Cerro Catedral conta com 28 meios de elevação e mais de 120 km de pistas. Informações: barilocheturismo.gob.ar

lém da eliminação do visto de saúde de viagem obrigatório para viagens às Bahamas, o governo do país anunciou também a queda da necessidade de testagem para Covid-19 pré-viagem aos viajantes totalmente vacinados. No entanto, todos os turistas não vacinados com dois anos ou mais ainda precisarão obter um teste negativo (RT-PCR ou antígeno) realizado no máximo três dias (72 horas) antes da viagem para apresentar o resultado no check-in antes de viajar para as Bahamas. “As Bahamas estão se adaptando à evolução contínua da pandemia. Queremos facilitar o processo de entrada de viajantes o máximo possível, mas garantindo também que estamos protegendo a saúde pública”, disse I. Chester Cooper, vice-primeiro-ministro e ministro do Turismo, Investimentos e Aviação. As alterações já entraram em vigor. Informações: bahamas.com

FOTO: Bahamas Ministry of Tourism BMOT

FOTO: EMPROTUR Bariloche

A


foto: elíria buso


Shine bright like a Diamond: descubra por que Barbados é considerada a Joia do Caribe

Por Elíria Buso


foto: elíria buso

Q

uando se fala em Caribe, logo os brasileiros pensam nos famosos destinos mexicanos, como Cancún e Tulum, ou em ilhas já badaladas, como Aruba e Bahamas. Porém, ainda há muito a ser descoberto e conhecido nessa região que compreende a conexão do Oceano Atlântico e o Golfo do México nas três Américas. Barbados, por exemplo, é um desses lugares. Principalmente para quem deseja uma experiência não só das famosas praias paradisíacas do Mar do Caribe, mas também de uma cultura rica e focada na herança de seus ancestrais, além de points de mergulho e ecoturismo, e sabores que lhe rendem o título de capital gastronômica da região. A ilha, situada próximo à Granada e Martinica, é excolônia britânica e mantém essa influência presente não só em sua arquitetura e língua, como em alguns costumes e até na forma de dirigir – os brasileiros que escolhem fazer um roteiro de carro por lá podem sofrer para se adaptar à mão inglesa! Porém, desde 1966 se tornou independente e, mais

98

recentemente em novembro de 2021, passou a ser a república mais jovem do mundo, desvinculando-se do Commonwealth. Isso significa que o país não só está buscando fortalecer suas raízes política e economicamente, como também na cultura, privilegiando o povo barbadiano e seus grandes nomes, como a superestrela Rihanna, ou a lenda do críquete Sir Garfield Sobers. Em um roteiro pelo destino, é possível conhecer praias típicas de Caribe, com areias brancas e mar em diversos tons de azul, mergulhar em alguns dos principais points mundiais, descobrir monumentos históricos, e muito mais. A seguir, indicamos alguns de seus principais atrativos:

Praias A costa da ilha tem aquele clima típico do Caribe, com águas mornas e claras, assim como faixas de


foto: elíria buso

Ao lado, vista do píer de Bridgetown, bem no centrinho da capital. Acima, exemplo de praia da costa oeste, onde o mar é mais tranquilo, perfeito para famílias com crianças.

areia branquinha e natureza preservada. Porém, diferente de alguns destinos mais badalados, o local ainda oferece clima tranquilo e praias pouco movimentadas, sendo um destino perfeito para relaxar curtindo o bom tempo – que permanece o ano inteiro, inclusive, apesar de a temporada seca ir de janeiro a maio. Em Barbados, as praias são públicas e se dividem entre leste e oeste, sendo que as primeiras são mais indicadas para os esportistas, já que tem ondas fortes, e as outras, ideais para banhos, mergulhos e passeios com crianças. Entre os destaques estão: Crane Beach, Accra Beach, Silver Sands, Hastings Rocks, Pebbles Beach e Brandons Beach.Para os amantes de esportes, o destino é ideal para surfe, paddle board, windsurfe e vela. Além do mergulho, que conta com mais de 30 pontos com boa visibilidade e diversas espécies de peixes e tartarugas, como a Carlisle Bay.

Passeios de barco e mergulho Para conhecer mais de uma praia em um único dia, e ainda mergulhar para explorar toda a biodiversidade barbadiana, a melhor pedida é um passeio de catamarã. Há diversas empresas, como a Tiami Cruises, que fazem esse tipo de roteiro por lá, que é considerado uma das melhores experiências de férias que Barbados tem a oferecer. O tour inclui almoço com pratos locais, como a macaroni pie e ainda passa o dia no mar cristalino do Caribe, com parada para nadar e mergulho. Há também versões all inclusive, que permitem que o visitante passe o tempo todo de navegação degustando suas bebidas preferidas. É justamente no passeio de catamarã que é possível encontrar um dos atrativos mais famosos de Barbados: as tartarugas. Os visitantes que se aventuram nas águas cristalinas da ilha têm a possibilidade de encontrar três espécies: a tartaruga-de-pente, a tartaruga-verde e a tartaruga-de-couro. Uma dica: em 99


foto: elíria buso


Na praia de Needham’s Point está um dos quatro faróis históricos ainda existentes na ilha. O local hoje integra o Hilton Barbados.


foto: ©istock.com

A Harrison’s Cave é considerada uma das “Sete Maravilhas de Barbados”.

dias nublados ou com pouco sol, a cor e a visibilidade da água podem não ficar tão favoráveis para contemplar todo o potencial dessa atração, portanto vale escolher o dia mais bonito do seu roteiro para nadar com esses seres mágicos!

Harrison’s Cave Considerado um dos pontos mais bonitos e exóticos do mundo, essa caverna de calcário cristalizada forma, na verdade, um labirinto natural subterrâneo. Descoberto no século 18, o atrativo situado em St. Thomas oferece diversos cenários incríveis, com estalagmites e estalactites, rochas e rios subterrâneos. O local pode ser visitado andando, circuito recomendado para os mais aventureiros, ou, então, por meio de um passeio com carro elétrico, que dura em torno de uma hora.

Rum mais antigo do mundo O rum é uma das bebidas mais típicas de todo o 102

Caribe e Barbados pode ser considerado o seu berço. Afinal, ali é possível conhecer algumas das destilarias mais tradicionais do mundo. A Mount Gay é a mais antiga da história e já foi premiada diversas vezes por sua produção da bebida. Atuando desde os anos 1700, a fábrica oferece diversos tipos de tours, que incluem apresentação da história, degustação e até algumas brincadeiras e almoço. Outra destilaria que merece uma visita é a St. Nicholas Abbey. Construída em 1660, é uma das três genuínas mansões jacobinas do Hemisfério Ocidental e conta, além da produção de rum, com uma casa grande que reúne antiguidades e artefatos que abrangem a história de 350 anos do local. A história de Barbados com o rum, inclusive, inclui o Brasil. Isso porque, as técnicas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar foram levadas à ilha por judeus de Recife, por volta de 1640. Depois disso, o lugar se tornaria uma potência na produção de açúcar e, por consequência, desenvolveu a bebida tão famosa.

Crop Over Quem está procurando o que fazer em Barbados com certeza se deparou com inúmeras informações


A visita a destilaria Mount Gay inclui tour com explicação sobre a história da bebida, suas versões premiadas e degustação.

foto: elíria buso

Patrimônio Histórico

e fotos sobre seu evento mais famoso: o Crop Over. Realizado em agosto, o carnaval barbadiano é o festival mais popular e colorido de Barbados, tendo origem em 1780, época em que a ilha era o maior produtor mundial de açúcar. No final da safra açucareira, sempre havia uma grande festa para marcar o ápice de mais uma safra de cana-de-açúcar bem-sucedida – a celebração do Crop Over. Concertos folclóricos e exposições de arte e fotografia são partes integrantes do festival, destacando a história e a cultura de Barbados, bem como os talentos artísticos dos Bajans.

A capital da ilha, Bridgetown, é uma cidade histórica, já que foi um importante porto de embarque de mercadorias. Graças à sua localização geográfica, também teve grande relevância militar, oferecendo vantagem estratégica aos ingleses. Hoje, o local preserva, principalmente em sua arquitetura, alguns monumentos e construções desse passado, que foram, inclusive, considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Entre os destaques estão a Praça da Independência e o Monumento ao Primeiro Ministro Errol Barrow, a Bridgetown, ponte que guarda diversos símbolos barbadianos, o Parlamento, de 1817, e o monumento em homenagem aos heróis barbadianos das duas guerras. Também no centro de Bridgetown está um atrativo mais recente, mas que tem grande importância histórica. É o Golden Square Freedom Park. Ali, segundo a história, o herói nacional Clement Payne realizou re-

foto: Barbados Tourism Marketing Inc.

Com muita cor, música e alegria, o Crop Over é o carnaval de Barbados, que acontece em agosto.

103


foto: Barbados Tourism Marketing Inc.

Para quem deseja curtir as praias e praticar mergulho, o passeio de catamarã é o mais indicado.

foto: elíria buso

A Bridgetown representa o início da cidade e conta com diversos símbolos locais, como o tridente partido, o flamingo e o peixe-voador.


foto: Barbados Tourism Marketing Inc.

O mergulho nas águas transparentes da ilha permite encontrar três tipos de tartarugas.

foto: elíria buso

Há também naufrágios e outras espécies de vida marinha que podem ser observadas desde snorkeling até mergulhos mais profundos.


foto: elíria buso

Gastronomia uniões públicas nas quais incentivou os barbadianos pobres e desfavorecidos a resistir à classe dos fazendeiros e exigir melhores condições de trabalho e vida. A grande atração do parque é o Muro dos Construtores de Barbados, onde estão inscritos os sobrenomes das famílias que viveram na ilha, representando seus 600 anos de história. Dica: não se esqueça de fazer uma foto ao lado do sobrenome da Riri: Fenty.

Rihanna Drive A cantora Rihanna é o nome mais expoente de seu país, e o orgulho disso é completamente recíproco. Tanto a superestrela carrega e expõe suas raízes por onde passa, quanto seus compatriotas exaltam seus feitos e sua história. Não à toa, a Embaixadora Cultural de Barbados foi homenageada com uma rua em seu nome na capital da ilha. O endereço abriga a casa onde Rihanna nasceu e cresceu, além de um totem contando sua história. 106

As memórias em Barbados são feitas não só em seus passeios, como também durante as refeições. A ilha é considerada a capital gastronômica do Caribe, conforme já falado anteriormente. Sua experiência de viagem no destino incluirá alguns momentos verdadeiramente especiais para guardar para sempre no paladar. Por lá, os ingredientes parecem sempre frescos, principalmente aqueles vindos do mar, como peixes e mariscos, que estão presentes tanto nos endereços mais urbanos, quanto nas casas à beira-mar. Entre as dicas de lugares para comer estão: a Buzo Osteria Italiana, com deliciosas massas e pizzas (tamanho família descrita como individual); o Sea Shed, com drinks e pratos refrescantes perfeitos para um almoço na praia; o La Cabane, também à beira-mar, mas que ganha uma atmosfera mágica ao anoitecer, incluindo fogueira, balanços e luzes; e o QP Bistro, uma verdadeira experiência gastronômica desde sua estrutura até pratos com peixes e frutos do mar, e apresentações musicais que envolvem a todos.


foto: elíria buso

foto: elíria buso

Ao lado, o Parlamento, situado no centro de Bridgetown, símbolo de progresso legislativo e governança. Abaixo, o muro com o nome das famílias que construíram o país, exemplo da rica gastronomia local e a placa em homenagem à Rihanna na rua com seu nome.

foto: elíria buso

Importante saber •Apesar de estar no Caribe, Barbados foi colônia britânica, portanto o inglês é a língua falada; não espere se comunicar em espanhol por lá. •Não é permitido utilizar roupas e acessórios com a estampa camuflada em todo o território barbadiano. A camuflagem é de uso exclusivo dos militares no país. •É possível utilizar dólar americano em todas as transações na ilha, porém, o troco será dado em dólar barbadiano. O câmbio entre as moedas é fixo há anos e 1 dólar americano vale 2 barbadianos. •É proibido fumar em locais públicos em Barbados. A proibição abrange lojas de rum, bares, restaurantes, hotéis, outras empresas, prédios governamentais e alguns locais de “importância nacional” como bibliotecas, museus e o aeroporto. 107


Como chegar

Em junho, a Copa Airlines (copaair.com/ pt) retomou o voo Panamá-Barbados, após dois anos de paralisação. A aérea passa a contar com dois voos diretos semanais saindo da Cidade do Panamá para Bridgetown às quartas e sábados, facilitando o acesso dos brasileiros, que não contam com voos diretos.

moeda

Dólar americano/ dólar barbadiano

Idioma

Inglês

Visto

Brasileiros não precisam de visto para entrar em Barbados

Onde ficar

Hilton Barbados Resort hiltonbarbadosresort.com O2 Beach Club & Spa o2beachclubbarbados.com

Onde comer

Buzo Osteria Italiana buzorestaurant.com La Cabane lacabanebarbados.com Sea Shed seashedbarbados.com QP Bistro qpbistro.com

foto: Barbados Tourism Marketing Inc.

Serviço

Informações turísticas

visitbarbados.org

foto: ELÍRIA BUSO

foto: ELÍRIA BUSO

foto: ELÍRIA BUSO

A jornalista viajou a convite do Barbados Tourism Marketing Inc. (BTMI) com cobertura de seguro GTA.

foto: ELÍRIA BUSO

Saúde

Recentemente, o país dispensou a necessidade de teste de Covid-19 para entrada de turistas vacinados, facilitando assim a chegada dos visitantes brasileiros neste verão.

108




Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.