Autor Clássico
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa segundo Luís de Montalvor: “A sua passagem pela vida foi um rastro de luz e de originalidade. Em 1915 […] lançou o Orpheu, que tão profunda influência exerceu no nosso meio literário, e a sua personalidade foi-se depois afirmando mais e mais. Do fundo da sua ‘Tertúlia’ a uma mesa do Martinho da Arcada, Fernando Pessoa era sempre o mais novo de todos os novos que envolta dele se sentavam. Desconcertante, profundamente original e estruturalmente verdadeiro, a sua personalidade era vária, como vário o rumo da sua vida. Ele não tinha uma atividade ‘una’, uma atividade dirigida: tinha múltiplas atividades. Na poesia não era só ele, Fernando Pessoa; ele era também Álvaro de Campos e Alberto Caeiro e Ricardo Reis. E era-os profundamente, como só ele sabia ser. E na poesia como na vida. E na vida como na arte.
Espero que os leitores de Eu, Fernando Pessoa em quadrinhos cheguem ao final do álbum com a possibilidade de começar uma nova relação com o poeta e sua obra. Afinal, tomadas suas múltiplas faces, Pessoa ainda está muito longe de terminar de dizer o que tinha a nos dizer… Susana Ventura
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05/08/13 14:28