Revista Plástico Sul #141

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Sergio Carneiro Filho, da Abief: segmento registrou aumento de 7,5% no faturamento em 2012

DIVULGAÇÃO

DESTAQUE Alimentação Flexíveis crescem 7,5%

é onde uma embalagem pode se tornar menos segura com distribuição irregular fragilizando a embalagem nas paraedes mais finas”, explica. “Também projeta-se perfis de extrusão para melhoria da homogeneização da extrusão, tornando a resina mais resistente e consistente. Tudo isso ainda está sendo feito com a pressão dos transformadores para a produção de máquinas cada vez mais produtivas, o que dificulta ainda mais os projetos de cabeçotes e roscas extrusoras”, diz.

ABRE diz que setor encolheu 1,19%

O Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV, com o balanço do setor de embalagens no ano de 2012 e as perspectivas do segmento para 2013 apresentado em fevereiro mostrou números negativos. Realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o resultado mostrou que a produção da indústria de embalagem apresentou retração de 1,19% em 2012, sendo que as projeções iniciais eram de crescimento de 1,6%, revista para queda de 1% no levantamento do primeiro semestre de 2012 que foi divulgado em setembro do ano passado. Segundo Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), essa retração na produção se deve à atividade industrial brasileira que teve um primeiro semestre de quedas generalizadas, principalmente entre os bens de capital e os bens de consumo duráveis, e também por causa dos bens de consumo semi e não duráveis – principais usuários de embalagem – que alternaram ganhos e perdas de pequena magnitude. Estes fatores impactaram negativamente na produção, que registrou queda de 4% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011. Porém, no segundo semestre, o ritmo de produção voltou a aumentar apresentando um crescimento de 1,6%. Esta inversão de rumos, para melhor, resultou dos estímulos governamentais como as 88 > Plástico Sul > Março de 2013 >>

desonerações tributárias e ampliação do crédito, que foram um dos principais motivos para a recuperação do consumo. Outros estímulos como a queda dos juros, a contínua criação de empregos e a elevação do salário real também permitiram a expansão do consumo, fazendo com que a indústria nacional recuperasse parte da competitividade frente aos produtos importados após a desvalorização cambial ocorrida durante o segundo trimestre de 2012. Apesar de tudo, o investimento industrial não deslanchou e a retomada da atividade da indústria ainda não se consolidou. Os resultados do setor refletem a queda no volume de produção nos cinco segmentos de embalagem avaliados no estudo: o valor da produção física de embalagens atingiu R$ 46,9 bilhões, numa alta de um pouco mais de 3% sobre os R$ 45,6 bilhões gerados em 2011. Os plásticos representam a maior participação no valor da produção correspondente a 37,08% do total, seguido pelo setor de celulósicos com 34,47%, somados os setores de papelão ondulado com 18,75%, cartolina e papelcartão com 9,50% e papel com 6,22%, metálicos com 16,79% e vidro com 4,65%. Segundo o IBGE, o setor de embalagens de alimentos apresentou queda de 0,05 em 2011 para -2,09 em 2012, mas o de bebidas cresceu de -0,09 para 1,32.

Segundo estudo da Maxiquim solicitado pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), apesar de 2012 ter sido um ano de muita instabilidade para o setor de transformação de plásticos, o segmento de embalagens plásticas flexíveis registrou aumento no faturamento em 7,5% com relação ao ano anterior. Em 2011, o segmento faturou R$ 11,2 bilhões e no ano seguinte, o faturamento registrado foi de R$ 12 bilhões. O setor de embalagens plásticas flexíveis faz parte da indústria brasileira de transformação plástica, setor que conta com 11 mil empresas e gera cerca de 350 mil empregos diretos no país. O volume de produção também cresceu em 2012. Em 2011, a produção foi de 1.779,19 mil toneladas de embalagens flexíveis contra 1.813 mil toneladas em 2012, ou seja, crescimento de 1,9%. Mesmo com estes números positivos, o setor sofreu com a volatilidade dos custos, principalmente no que se refere ao aumento dos preços das matérias-primas, superior aos demais custos de produção e ao consequente aumento nas importações de produtos acabados. O estudo da Maxiquim mostrou também que as importações de embalagens flexíveis cresceram 11,5% em valores (de US$ 573 milhões, em 2011, para US$ 639 milhões, em 2012) e 12,8% em volume (de 120 mil toneladas, em 2011, para 136 mil toneladas em 2012), ou seja, o déficit da balança comercial do setor foi o maior dos últimos oito anos, atingindo US$ 453 milhões no ano de 2012. E revelou ainda que as exportações caíram. Em valores, a queda foi de 14,0% (de US$ 217 milhões, em 2011, para US$ 186 milhões, em 2012) e 14,7% em volume (de 62 mil toneladas, em 2011, para 53 mil toneladas em 2012). Diante desse cenário, a Abief tem atuado no sentido de resgatar a competitividade da sua indústria, tanto no mercado interno quanto para exportação. "O ano de 2012 foi especialmente desafiador para o setor; os custos, com destaque para a escalada dos preços das matérias primas, dificultaram bastante a obtenção de margens satisfatórias pelas empresas”, afirma Sergio Carneiro Filho, novo presidente da Abief. PS


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