fez com que Belo Horizonte perdesse o atributo “case de gestão” que a tornava interessante para comparar com as outras cidades. As duas cidades escolhidas por fim, Brasília e São Paulo, localizam-se no centro-sul do país e possuem taxa de motorização e IDH similares53. Brasília está entre as capitais que mais aumentaram suas taxas de motorização nos últimos dez anos, em função do aumento desproporcional de frota de veículos em relação ao crescimento da população. No caso de São Paulo, ainda que sua frota não tenha crescido de maneira tão desproporcional à sua população (já num indicativo de estagnação), a cidade se mantém entre os municípios brasileiros com maior frota. O quadro 7 evidencia que a discussão merece dar mais atenção ao uso do carro do que à sua propriedade, conforme já percebido nas cidades europeias, onde as taxas de motorização passam de 80% e ainda assim se consegue ter bons sistemas de transporte, menos acidentes e congestionamentos. Quadro 7: População e frota das capitais (2010) Município
População 2010
Frota 2010
Habitante /Veículo
Curitiba (PR)
1.746.896
1.247.998
1,4
Goiânia (GO)
1.301.892
870.900
1,5
São Paulo (SP)
11.244.369
6.390.082
1,8
Belo Horizonte (MG) 2.375.444
1.340.071
1,8
Porto Alegre (RS)
701.263
2
1.409.939
53. As cidades não trabalhadas dessa macrorregião foram o Rio de Janeiro, que foi cidade-sede dos Jogos Pan Americanos em 2007 e é dos Jogos Olímpicos de 2016, o que a torna um caso bem particular; Porto Alegre e Curitiba, cidades conhecidas por bons sistemas de transporte público, ainda que com altas taxas de motorização.
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