Formação continuada e politização docente

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ARTIGO 7 O desafio de reescrever o mundo a lápis e não com armas a partir do fazer pedagógico da escola Ana Carolina França de Oliveira1

Considerações Iniciais

P

ara enfrentar os desafios da escola brasileira é preciso ideais e utopia. Ou seja, é preciso enxergar muito além do fazer pedagógico, apostar na escola com o compromisso da transformação social. Mas, como construir essa escola em que a utopia e a transformação social se expressam no fazer pedagógico? Essa questão, acreditamos, pode ser respondida tendo como exemplo a experiência a seguir ocorrida na Escola de Educação Básica Padre Anchieta.2 Trata-se de uma escola que atende uma população marginalizada econômica e socialmente e que participa da luta dos educadores da Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz (CE/FMMC).3 A gestão democrática e a postura participativa na vida política educacional das comunidades que atende são algumas de suas características. Esses elementos fazem parte do cenário para a proposta político-pedagógica de registrar sob forma de um livro as experiências dos alunos e com os alunos o tema da “reescrita do mundo com a educação voltada para 1 Graduada em Letras com Habilitação Plena em Língua Portuguesa e Inglesa pela Universidade do Vale do Itajaí e pós graduanda do Curso de Educação para a Diversidade com Ênfase em EJA pelo Instituto Federal de Santa Catarina. Atuou como professora contratada no ano de 2011 na E.E.B. Padre Anchieta. 2 A Escola de Educação Básica Padre Anchieta localiza-se no bairro Agronômica e atende pouco menos de 1.000 alunos predominantemente moradores do Maciço do Morro da Cruz. 3 A Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz atualmente é composta pela E.E.B. Padre Anchieta, E.E.B. Hilda Theodoro Vieira, E.E.B. Henrique Stodieck e E.E.B. Jurema Cavallazzi. 138


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