3 PERGUNTAS PARA... O filósofo inglês MARCUS WEEKS, autor de O que Nietzsche Faria?, lançado recentemente no Brasil pela editora Sextante, no qual apresenta respostas filosóficas – de Kant a Schopenhauer – para problemas banais do cotidiano
O LIVRO PARA, DE FATO, RESOLVEREM PROBLEMAS ORDINÁRIOS? UMA ESPÉCIE DE MANUAL?
Dividimos o livro em capítulos para abranger tipos de problemas que são costumeiros em obras de autoajuda ou em colunas de aconselhamento – relacionamentos, trabalho, lifestyle, lazer e política – e, então, elaboramos uma lista de perguntas para cada seção. Mas foram sobretudo as respostas, em vez da perguntas, que determinaram quais eram as mais viáveis. Queria situações que ilustrassem pontos filosóficos específicos, ou que destacassem algum filósofo ou escola de pensamento. Ao mesmo tempo, para tornar mais interessante, preferi dúvidas peculiares, bem-humoradas ou aparentemente banais, para que eu pudesse mostrar que sempre tem algo a mais. Mostrar Immanuel Kant, por exemplo, se envolvendo em uma discussão sobre sapatos reforça meu senso de humor.
Embora O que Nietzsche Faria? se pareça com um desses livros de autoajuda, não é bem assim. Acredito que algumas pessoas lerão pensando em encontrar soluções para seus problemas e, nesse caso, se darão conta de que filosofia não é bem o que elas imaginavam. Está na natureza da filosofia te dar mais perguntas do que respostas. Se você fizer uma pergunta para dois filósofos, você provavelmente terminará com três opiniões. Gosto de pensar que mesmo decepcionados por não encontrarem respostas, alguns leitores terminarão interessados pelo assunto e que isso será suficiente para instigá-los a pesquisar e ler mais sobre filosofia. A ideia é dizer algo ao leitor que ele desconheça, de uma maneira que lhe pareça atrativa (melhor ainda se lhe parecer engraçado), e fazer com que ele reflita sobre o assunto. Se eu puder provocar nas pessoas a alegria que é pensar, acredito que consegui
SUA IDEIA É QUE AS PESSOAS USEM
LARGADA
alcançar meu objetivo, e talvez tenha colaborado para fazer do mundo um lugar melhor e mais feliz. VOCÊ ESTUDOU MÚSICA E FILOSOFIA. DEDICOU-SE À SEGUNDA ESCOLA POR SE TRATAR DE UMA PAIXÃO?
Estudei filosofia e música na universidade, mas não tinha nenhum plano definido do que faria depois disso. Por alguns anos, trabalhei como músico complementando meu salário ridiculamente baixo com artigos para enciclopédias e outros livros de não ficção. E, então, depois de uma carreira bastante eclética – o que inclui o ensino de inglês e o conserto de pianos – assumi a carreira de escritor full time, cerca de 20 anos atrás. Ainda escrevo uma gama variada de temas, de arte a ciência popular, mas parece que encontrei recentemente o meu nicho popularizando a filosofia. Se é uma paixão? Pode apostar! Mas a música também é. Assim como a língua e a apicultura.
O ano de 2018 não guardará boas lembranças para o automobilismo brasileiro. Pela primeira vez desde 1970, quando Emerson Fittipaldi estreou na Fórmula 1, o país ficou sem representante no grid da principal categoria. Hoje a esperança está nas mãos do mineiro SÉRGIO SETTE CÂMARA, que disputa a Fórmula 2 e aparece como o nome mais forte para ser o próximo brasileiro na F1. “Estou preparado. Amadureci muito nos últimos anos, cometi poucos erros e mostrei regularidade”, disse Serginho, 20 anos, que garantiu não sentir pressão. “Pelo contrário, só tenho recebido apoio.” Para chegar à F1, Sette Câmara precisará terminar a F2 entre os três primeiros colocados e, assim, garantir a superlicença da FIA.
16 PODER JOYCE PASCOWITCH
FOTOS DIVULGAÇÃO; GETTY IMAGES
COMO FOI O PROCESSO PARA ELABORAR AS QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS?