“A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. Para que não possa abusar do poder é preciso que pela disposição das coisas, o poder freie o poder [...] tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as disputas de particulares”. MONTESQUIEU, Livro IX. In: PISIER, Evelyne. Histórias das ideias políticas. Barueri/São Paulo: Manole, 2004.
O trecho anterior pertence a uma tradição de pensamento (A) absolutista, que apoiava o chamado despotismo esclarecido. (B) iluminista, que reconhecia a centralização política. (C) republicano, que defendia a autonomia entre os poderes. (D) empirista, que sustentava a realização de experimentos políticos.
A ocupação da Espanha pela França foi o gatilho que desencadeou os movimentos coloniais de separação da Espanha, embora suas origens tenham sido muito mais remotas e complexas. [...] [Napoleão Bonaparte] esperava que as colônias aceitassem a mudança de dinastia e enviou emissários com instruções aos administradores coloniais para que proclamassem José Bonaparte seu rei. No entanto, [...] a opinião pública nas colônias reagiu com extrema repulsa à ocupação francesa e, em toda a parte, proclamou efusivamente sua lealdade a Fernando VII, o monarca Bourbon [preso pelas tropas de Napoleão]. BETHELL, L. (Org.), História da América Latina: da independência a 1870. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2004. Adaptado.
A ocupação da Península Ibérica pelas tropas de Napoleão teve como desdobramento na América o(a) (A) revolução do Haiti e a abolição da escravidão no continente e nas ilhas. (B) vinda da família real em 1808 e os movimentos de independência. (C) independência do México e o fim do sistema colonial. (D) emancipação do Brasil em 1822 e a Lei áurea.
A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.
O texto aborda um fenômeno na África conhecido como (A) colonialismo ibérico. (B) pan-africanismo. (C) neocolonialismo. (D) rastafarianismo.