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O RETORNO DE HOLMES Conan Doyle tinha certa mágoa de Holmes. Considerava a literatura de mistério um gênero de pouca importância e sonhava ser conhecido como grande escritor da língua inglesa com obras mais qualificadas. Foi por isso que matou Holmes no conto “O mistério final” (1893). Os fãs de Holmes ficaram desconsolados. Conan Doyle tentaria posteriormente outros gêneros literários. O maior sucesso foi O mundo perdido (1912), com um novo herói, o Professor Challenger. Mas, antes disso, os fãs o obrigaram a trazer Holmes de volta. Isso ocorreu no conto “A casa vazia” (publicado em livro em 1903). Holmes aparece de repente, diante de um Watson dividido entre a alegria e o espanto, para explicar que somente Moriarty caíra nas cataratas de Reichenbach. No entanto, o detetive, que acumulara outros inimigos perigosos, resolvera deixar que acreditassem que morrera também. Os leitores apelidaram esses anos sem Holmes de “O Grande Vazio” (The Great Void). A última aparição de Holmes seria em 1927, no conto “O velho solar de Shoscombe”. No entanto, o próprio Conan Doyle (na voz de Watson) já se encarregara de anunciar ao mundo, numa introdução da coletânea O último adeus de Sherlock Holmes (1917), que Holmes se aposentara e se recolhera ao interior da Inglaterra, dedicando-se, já idoso e reumático, à jardinagem e a alguns estudos científicos, mas não mais à solução de mistérios. (As histórias dos contos escritos depois de 1917 situam-se ainda no período anterior.) Depois da morte de Conan Doyle, Holmes ganhou uma “biografia não autorizada”, Sherlock Holmes of Baker Street, que afirma que o detetive morrera em 1957, aos 103 anos de idade. A biografia foi escrita em 1962 por William S. Baring-Gould, autor de uma edição comentada de Holmes e famoso estudioso dos romances e contos do detetive.
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