ORIGENS DA QUÍMICA O texto apresentado aqui reforça a noção desenvolvida desde o início da Unidade de que o conhecimento sobre a constituição da matéria mudou muito ao longo do tempo, desde as concepções puramente filosóficas até os modelos científicos baseados em experimentos cada vez mais sofisticados, que revelam propriedades das partículas subatômicas. Os trechos selecionados do artigo focam nos aspectos da história da Química que se relacionam à alquimia e a outros saberes. Se desejar aprofundar o estudo desse tópico, sugerimos fornecer para os estudantes o texto completo do artigo, que abrange vários dos conceitos que foram estudados na Unidade. O link de acesso encontra-se disponível na seção Para saber mais: aluno, logo abaixo. Já os links listados na página ao lado, podem ser sugeridos como ponto de partida para a pesquisa proposta na atividade 4. Orientar os estudantes para que anotem as palavras que desconhecem e busquem seu significado no dicionário. Adotar esse hábito é uma maneira eficaz de ampliar o repertório dos estudantes e, consequentemente, desenvolver suas habilidades de comunicação verbal e sofisticar sua interpretação do mundo.
2. Origens da Química Leitura e interpretação Não é possível referir algo sobre o surgimento da química sem fazer uma breve referência às múltiplas tessituras da história da construção do conhecimento e a seus diversificados encadeamentos. A própria história da ciência não pode ser adequadamente observada sem se considerar, mesmo que panoramicamente, a história da filosofia, da educação, das religiões, das artes, das magias, e mesmo todas estas histórias na “história dos que não têm história” [...] As origens da alquimia – e da própria química – perdem-se em tempos de que não temos registros, pois não podemos assumir como certidão de nascimento dessa ciência a publicação do Traité elémentaire de chemie, por Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794), em 1789, mesmo que com esse tratado a química tenha passado a ser considerada uma das ciências e que Lavoisier seja por muitos considerado o fundador da química. Mesmo se recuarmos mais um século, não podemos decretar o início da química a partir do epitáfio dado pelos ingleses a Robert Boyle (1627-1691): “o Pai da Química”. A busca de um ponto de partida para o conhecimento mostra-se uma investigação problemática e complexa – e provavelmente indefinida. [...] Assim, se fizermos recuar a história às origens do conhecimento químico, vamos encontrar em tempos imemoriais, nas mais diferentes civilizações, um grande número de tecnologias químicas, como as relacionadas com a alimentação (cocção, conservação com sal, produção de vinagre, vinho e cerveja); com a extração, produção e tratamento de metais; com a produção de esmalte e corantes; com o fabrico de utensílios de cerâmica, vidro, porcelana e metal; com a produção de pomadas, óleos aromáticos e venenos; com técnicas de mumificação; com a produção de materiais de construção como argamassa, tijolos, ladrilhos etc. Na acumulação de conhecimentos por alguns líderes tribais — geralmente pessoas ligadas também às práticas do culto —, era particularmente significativo o aproveitamento de recursos naturais (especialmente chás vegetais) para a cura de doenças. Valia então a metáfora que podemos usar hoje ao nos referirmos a nossos índios: “quando morre um pajé, é como uma enciclopédia que se queima”.
Tessitura: maneira de contextualizar, de relacionar as partes de um todo entre si.
GRANGER/FOTOARENA
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O uróboro, uma serpente que devora a própria cauda, foi um símbolo usado pelos alquimistas para representar eternidade e unicidade entre tudo o que existe.
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PARA SABER MAIS: ALUNO
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• Artigo: Alquimiando a Química. CHASSOT, Attico I. Química Nova na Escola, 1995. Disponível em: <http://livro. pro/sbf4y8>. Acesso em: 9 nov. 2018.
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