SIMPLESMENTE CRENTE
que justifique nosso envolvimento. De outra maneira, a vida na igreja seria simplesmente ordinária demais. Como em todas as áreas da vida, passamos a acreditar que o crescimento em Cristo — tanto de indivíduos quanto das igrejas — pode e deve ser programado para gerar previsíveis resultados nada realistas e nem mesmo biblicamente justificados. Queremos grandes resultados — antes e não mais tarde. Esquecemo-nos de que Deus distribui seus dons extraordinários por meios ordinários de graça, nos ama através de portadores da sua imagem que são semelhantes e comuns, e nos envia ao mundo para amar e servir ao próximo em chamados comuns. Tome, por exemplo, o depoimento de Tish Harrison Warren. Criada em uma próspera igreja evangélica, usando pulseiras WWJD (O que Jesus Faria), disse ela: “Comecei a almejar algo mais que um cristianismo confortável, focado na salvação de almas e a ser texanos republicanos respeitáveis”. Sua história é a experiência típica de muitos crentes da sua geração — incluindo eu: Tinha quase 22 anos e acabara de voltar à cidade onde cursei faculdade depois de passar pela África, num local que estava três séculos atrasado. Enquanto ia até a igreja com minhas sandálias gastas, encontrei o novo pastor auxiliar e me apresentei. Ele deu um grande sorriso e disse: “Ah, você. Ouvi falar de você: a moça radical que quer gastar sua vida por Jesus”. Ele dizia isso como elogio, e entendi assim, mas senti também muita pressão porque, de um modo novo, eu estava torturadamente incerta quanto ao que significava para mim o ser radical e viver por Jesus. Lá estava eu, de volta aos Es22