Comentário de Salmos - Vol - 3

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Salmo 71

1

Havendo Davi falado, no início, de sua confiança em Deus, em parte o invoca por livramento e em parte se queixa da soberba de seus inimigos. Por fim, para confirmar sua fé, ele se prepara para dedicar um grato tributo de louvor pelos benefícios que Deus lhe havia conferido. [vv. 1-4] Em ti, ó Jehovah, ponho minha confiança; que não seja eu entregue à confusão para sempre. Livra-me em tua justiça e resgata-me; inclina teu ouvido 2 e salva-me. Sê para comigo como uma rocha de fortaleza [ou como uma rocha forte], à qual eu possa recorrer em todos os tempos; deste mandamento para salvar-me; pois tu és minha torre e minha fortaleza. Livra-me, ó Deus, das mãos do homem mau; das mãos do homem perverso e violento.

1. Em ti, ó Jehovah, ponho minha confiança. Tem-se concluído que a ocasião da composição deste Salmo foi durante a conspiração de Absalão; e a referência particular que Davi faz a sua idade torna essa conjetura não improvável. Como quando nos aproximamos de

1 “Embora este Salmo não tenha título, é pelo consenso geral atribuído a Davi, e supõe-se ter sido composto durante a revolta de Absalão, quando ele menciona sua velhice e seu risco de perecer. Ele é quase uma cópia do Salmo 31; e, como as passagens no presente Salmo, as quais mencionam sua idade avançada, estão ausentes no outro, é como se o Salmo 31 (escrito provavelmente durante a perseguição de Saul) fosse tomado e adaptado, por uma pequena alteração e adição, a suas últimas aflições.” – Illustrated Commentary upon the Bible.  2 No hebraico temos: “Sê para comigo como uma rocha de habitação.” Mas, em vez de /wum, maon, ‘habitação’, muitos MSS. do Dr. Kennicott e De Rossi trazem zwum, maoz, ‘munição’ ou ‘defesa’. “Sê tu minha rocha de defesa.”


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