Guia do Professor - Ensino Fundamental I e Educação Infantil

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de acordo com o estágio mais avançado das criações humanas. O estigma se interpõe, atualmente, em todas as relações, como uma construção social que é internalizada pela maioria das pessoas como “coisa anormal”. Nesse enfoque, podemos entender a análise de Erving Goffman: “Por definição, é claro, acreditamos que alguém com estigma não seja completamente humano. Com base nisso, fazemos vários tipos de discriminação, através das quais efetivamente e, muitas vezes sem pensar, reduzimos suas chances de vida. Construímos uma teoria de estigma, uma ideologia para explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo, racionalizando algumas vezes uma amimosidade, baseada em outras diferenças, tais como as de classe social”. Devemos sublinhar que uma política de mercado de trabalho e de integração social exige uma transformação na prática das políticas adotadas e implica redefinir o papel do professor e a dinâmica das relações sociais dentro e fora da sala de aula. Podemos abominar totalmente a

Só há aprendizado quando se quer aprender, quando se vê na aprendizagem algum sentido, e cabe ao professor preparar suas aulas levando em conta a diversidade de seus alunos e criando esse interesse ideia de que o responsável pelo processo de integração é apenas o professor especializado, no espaço determinado da sala de aula. Na verdade, é a partir da construção de um projeto pedagógico coletivo, autônomo e voltado para a diversidade que a proposta de integração começa a encontrar ressonância e a se contextualizar nos diferentes sistemas de ensino. Aqui, chegamos às palavras de Olívia Pereira: “Integração é um processo. Integração é um fenômeno complexo que vai muito além de colocar ou manter excepcionais em classes regulares. É parte

do atendimento que atinge todos os aspectos do processo educacional”. A integração do indivíduo com deficiência dependerá do processo de relações dialéticas constituídos desde as primeiras vivências no seu grupo de referência. Em outros termos, é preciso que haja aceitação da deficiência por parte dos demais participantes da comunidade. Além disso, deverá haver vontade política para a construção de uma prática social menos segregacionista e menos preconceituosa.

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