Revista Encontro Ed113

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10 de novembro de 2010 | Ano VIII Nº 113 | R$, www.revistaencontro.com.br

OS MELHORES ENDEREÇOS DA CIDADE, SEPARADOS POR DIA DA SEMANA, PARA QUEM QUER SE DAR BEM NA BALADA

BH PARA

SOLTEIROS

especial políticA LIDERANçAS: quem são as novas forças de minas

Stefania Andrade, com a amiga Eulália Ávila, na terça sertaneja do Alambique, que reúne cerca de 1.500 pessoas: azaração pura

ibirité: exemplo de boa gestão com dinheiro público


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o melhor lugar Do munDo.

por luiz ruffato Despertava ouvinDo os primeiros barulhos Da cozinha. então, revirava na cama, fechava os olhos e abraçava-me aos sonhos mais um pouco. logo começaria a função. Ô De casa!, e era a vizinha, portanDo na travessa uma ‘coisinha De naDa pra mais tarDe’. Depois, o tio viúvo, as amigas Da minha irmã, um parente Distante, os amigos Do meu irmão. iam cheganDo e se arranchanDo: um puxava uma caDeira pra prosear Discreto com meu pai; outra catava o avental pra cuiDar Das vasilhas... a criançaDa se esparramava... politicava-se... e o tempo fluía, como as águas calmas Do rio que passava pelo quintal... minas: a alegria De uma tarDe compartilhaDa no aconchego Da cozinha...


a cozinha está no coração Do mineiro. e é na cozinha que a gente se encontra.


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16 Tecnologia

68 Meio ambiente

26 Entrevista

70 Patrimônio

38 Negócios

76 Museus

42 Vendas

78 Interior

46 Importação

80 Artes plásticas

50 Sucessão

82 Em cartaz

56 Lideranças

90 Turismo

62 Cidades

92 Férias

Dos cinemas para sua casa: as novas TVs LED em 3D

nesta edição Geraldo Goulart

Estevam Duarte e os planos depois da venda do Bretas

Hermes Pardini: laboratório inaugura fábrica

Lojistas apostam no aquecimento do comércio

Este será o Natal dos produtos importados

80 Arquivo Pessoal

Sobrenome dá votos? Herdeiros da política mineira

Conheça quem são as novas forças políticas de MG

Ibirité é exemplo de boa administração

66 Dez perguntas para... Jacob Palis Júnior, matemático mineiro

Perigo dos raios aumenta na região de BH

Circuito Cultural Praça da Liberdade: o que vem por aí

Uma viagem pela internet a alguns dos museus mineiros

Teatro Zélia Olguin, em Ipatinga, é reformado

A pintora Gabriela Brasileiro fala sobre sua técnica

Espetáculos e atrações que esquentam os palcos de BH

TAM opera novos voos de Confins direto para a Flórida

Novos destinos internacionais para os adolescentes

100 Esportes

Leandro Vissotto: jogador de vôlei faz revelações

66

Divulgação

8 |Encontro

92


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Colunas

20 Retratos da cidade Sexta das flores

22 Gente fina

nesta edição

Fábrica de talentos

32 Enfoque

Hyatt BH

36 Paulo Navarro

A “pega frango”

162 Bares, botequins e afins Sábados barrocos

Artigos

88 Nas telas

A tropa e o público

140

194 Cris Guerra O próximo

Bruno Senna

104 Bem-estar

140 Festas

108 Estilo

142 Novidade

148 Cogumelos

112 Galeria

166 Eventos

156 Jabuticabas

Vinte bons motivos para começar a correr

Laços e lacinhos: amarre-se nesta onda dos pés à cabeça

Eternamente jovem: o jeans está com tudo e em tudo

Roteiro dos melhores eventos itinerantes

Sofisticação e exclusividade: nova casa agita a balada

Festa comemora expansão do BH Shopping

Ingrediente nos pratos da alta gastronomia

Pequenas no tamanho, grandes no sabor

114 Moda

Biquínis, maiôs e acessórios da estação

122 Tendências

Minas Trend Preview lança coleções de 2011

126 Capa

Guia de lugares onde a paquera rola solta em BH

CAPA Leo Araújo

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Encontro

carta do editor

www.revistaencontro.com.br Diretor Geral/Editor André Lamounier Editora-Chefe Neide Magalhães Editoras-Adjuntas Blima Bracher Kátia Massimo Redação Ana Cláudia Esteves Daniela Costa Rafael Campos Simone Dutra João Paulo Martins Repórteres Especiais Carolina Godoi Daniele Hostalácio Editor de Arte Edmundo Serra Equipe de Arte Antônio de Pádua Bruno Schmitz Luciano Garbazza Reinaldo Soares Editor de Fotografia Cláudio Cunha Fotógrafos Eugênio Gurgel Geraldo Goulart Barbara Dutra Operações Nicole Fischer Manuella Drumond Revisão P. S. Lozar Luciana Montenegro Departamento Agata Utsch Comercial Andreza Braga Beatriz Anastasia Cecília Dias Guilherme Nunes Laila Soares Marcelo Lamounier Myrta Lobato Norma Catão Circulação Luiza Guerra Nayara Fagundes Projeto Gráfico BravaDesign Para anunciar () - comercial@revistaencontro.com.br Atendimento ao leitor () - leitor@revistaencontro.com.br Assinaturas () - Impressão Ibep Distribuição VIP

TIRAGEM

.

Exemplares Tiragem e distribuição auditadas pela

conforme relatório em nosso poder. Encontro é uma publicação mensal da Encontro Importante Editora Ltda. Belo Horizonte Rua Haiti, , º andar, Sion -, Belo Horizonte - MG Fone () - Empresa filiada a

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André Lamounier - Diretor/Editor redacao@revistaencontro.com.br

Terra fértil para o futuro “Minas vai definir as eleições presidenciais”. A frase, repetida aos quatro cantos durante o processo eleitoral, demonstra de forma inequívoca a força do estado, cuja população é maior que a de Portugal; o produto interno bruto é equivalente ao de países de primeiro mundo, e a renda per capita é superior à do Paraguai. Esse mercado está aqui, em Minas, pulverizado por quase 900 municípios. Com economia pujante, o estado vem se transformando, nos últimos dez anos, em locomotiva do desenvolvimento nacional. Com mais prosperidade, as cidades mineiras passaram a contar com classe média cada vez mais sólida, pronta para pagar por produtos e serviços antes oferecidos apenas a alguns. Shoppings, cinemas, teatros e restaurantes pipocam pelo interior e crescem na capital. Surgem novos hospitais e polos de ensino. Formam-se trabalhadores cada vez mais qualificados capazes de suprir a demanda do crescimento. A Fiat foi uma das primeiras a perceber as oportunidades que Minas Gerais tinha a oferecer. E nos anos 1970 elegeu o município de Betim para se instalar. Nas últimas décadas, diversas outras companhias multinacionais passaram a enxergar o estado no rico mapa do Brasil, e aqui vêm anunciando investimentos. Mas as histórias mais motivadoras não se devem aos estrangeiros. Seus protagonistas são empreendedores visionários que ajudaram a desenvolver, ao longo do tempo, empresas e projetos que refletem a prosperidade de Minas que nenhuma crise econômica até hoje conseguiu deter. Homens, por exemplo, como Hermes Pardini, do laboratório de mesmo nome, e Helder Mendonça, da Forno de Minas, também estão retratados nesta edição. Existem ainda os empreendedores do setor público. Aqueles que têm no compromisso com a sociedade seu maior valor, e trabalham de forma obstinada para o desenvolvimento das cidades. Como o atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, que de maneira determinada briga para trazer investimentos do setor hoteleiro para cidade. A votação impressionante auferida pelo governador reeleito Antonio Anastasia é sinal evidente da opção do povo mineiro pela boa gestão. Encontro acredita no princípio de que veículos de imprensa devem ter opiniões claras, desde que sejam pautadas não em impressões, mas em informações objetivas. Opiniões desse tipo são encaradas por nós como um sinal de respeito e de serviço ao leitor. Ele pode concordar ou não com nosso ponto de vista, mas sempre saberá como encaramos os fatos. Há duas reportagens nesta edição que simbolizam essa crença. Uma fala sobre as novas forças da política em Minas, que emergiram com as últimas eleições. Outra mostra como Toninho Pinheiro, ex-prefeito de Ibirité, na região metropolitana, transmutou na última década o município que liderou. A visão da revista é baseada em fatos, em fontes e na análise de diversos analistas políticos. A realidade fala por si. Ao mostrar esses exemplos, Encontro pretende ajudar a identificar quais lições determinados homens públicos podem fornecer àqueles que, um dia, desejam seguir o mesmo caminho.


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Fale com a Encontro

(31) 2126-8000 Estudar é um prazer I

cartas@revistaencontro.com.br

Muito interessante o tema da capa da última edição, que abordou estratégias que os pais podem adotar para despertar o prazer de estudar nas crianças. Exemplos como os de Alice Martinelli, Frederico Lacerda e dos outros garotos da matéria mostram o quanto vale a pena investir no aprendizado das crianças. São alunos como estes que no futuro farão diferença como profissionais no mercado. Parabéns a todos e continuem dando este testemunho de vida e disciplina. O esforço de hoje será recompensado amanhã. Juliana Pinho Belo Horizonte/MG

Estudar é um prazer II

Parabéns às talentosas crianças que ilustraram a matéria Estudar é um Prazer. Considero muito positiva a linha editorial da revista, sempre mostrando pessoas vitoriosas e exemplos a serem seguidos. Antônio Quirino Belo Horizonte/MG

Contadores de histórias Encontro Kids Adorei o encarte sobre crianças publicado na última edição. Bem feito, excelente apuração e ótimas dicas de moda, gastronomia, decoração e comportamento para os pequenos. Lúcia Cantareira Belo Horizonte/MG

Encontro Gastrô Acompanho a evolução que a gastronomia tem alcançado na Encontro. Aproveito para parabenizálos pela excelente cobertura sobre a culinária local, pela coluna e pela edição especial com os melhores estabelecimentos. Realmente um excelente guia para todos os apreciadores da área. Milena Gomes Belo Horizonte/MG

Eventos Parabenizo a revista Encontro pela excelente cobertura dos eventos da cidade. Além de nos manter informados sobre os assuntos de maior interesse em Minas, com reportagens sérias e imparciais, a publicação tem, sem dúvida, a mais completa cobertura de festas e eventos da capital mineira e interior. Zuleica Dias de Castro Belo Horizonte/MG

No mundo interiorizado da tecnologia e de troca de mensagens frias, saber que há pessoas que se entregam à arte de contar histórias é verdadeiro bálsamo. Um encontro desses é momento de reunião de pessoas em torno da boa literatura, clássica ou popular, que pode reunir crianças, adultos e idosos. A matéria da Encontro é leve e os personagens encantadores. Luana Silva Lagoa Santa/MG

nada conseguirá resolver. Insiste em sacrificar milhares de pessoas em benefício de alguns poucos metros de praça. O local precisa de obras, e não de paliativos. José Aparecido Ribeiro Belo Horizonte/MG

ERRAMOS 1

EDIÇÕES ANTERIORES

Especial NF Eletrônica Parabenizo a Encontro pela brilhante entrevista com o sr. Antônio Lopes de Sá, que infelizmente nos deixou em junho, legando um belo exemplo de determinação. Quem dera eu ter podido conhecê-lo pessoalmente e ter aprendido um terço do conhecimento que ele tinha. Que bom que vocês tiveram tempo de nos deixar esta rica entrevista.

2

Andréia Marinho Belo Horizonte/MG

Rumo às compras A Prefeitura de BH mexe e remexe nas vias que circundam o BH Shopping, puxa pra lá, puxa pra cá, e não resolve o problema dos gargalos daquela região. Não viu ainda que sem a eliminação dos dois sinais em frente ao Shopping One,

❚ Na seção Eventos, página 150, as fotos (acima) tiveram suas legendas trocadas. O correto é: 1 – Paschoal Grande Neto e Luciana de Moura Grande: 2 – Tânia e Renato Salvador.

Fale com a Revista Encontro: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: Rua Haiti, , º andar – Sion – CEP .- Belo Horizonte, MG – E-mail: cartas@revistaencontro.com.br – siga a Encontro: www.twitter.com/revistaencontro Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: Rua Haiti, , º andar – Sion – CEP .- – Belo Horizonte, MG – Tel: () - - Fax () - Releases: redacao@revistaencontro.com.br – Fax: () -781 Assinaturas: Tel: () -770

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Barbara Dutra


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tecnologia

televisão

João Paulo Martins

Diversão que extrapola a tela Marcas nacionais de televisores apostam na tecnologia 3D e disponibilizam várias opções para os consumidores Assistir a filmes em três dimensões, o famoso 3D, em cinema, não é novidade. Mas, levar essa nova forma de entretenimento para o conforto das casas, em família, é a aposta da indústria de eletroeletrônicos. No Brasil, os aparelhos de televisão estão presentes em 93% das residências, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006. E de olho nesse mercado, LG, Samsung e Sony lançaram este ano seus modelos de televisores LED 3D, com telas de 40 a 55 polegadas. A formação da imagem em 3D na televisão segue a mesma lógica do cinema. Ou seja, usa o princípio estereoscópico. “São necessários dois canais, responsáveis por gerar duas cópias de uma mesma imagem, que serão vistas pelos olhos direito e esquerdo, de forma independente. Ao tentar convergir essas imagens, o cérebro provoca o efeito 3D”, explica Nesley Daher, professor de

computação gráfica da PUC Minas. Isso é feito usando polarização, ou seja, de acordo com o professor, as duas imagens são caracterizadas por determinada perda de luminosidade, sendo filtradas pelos óculos especiais, levando à formação de uma imagem para cada olho. Os óculos que acompanham os televisores são específicos para a frequência de polarização utilizada por cada marca, e alguns vêm com apenas uma unidade. Mas, curiosamente, nem todos são aptos a visualizar o efeito 3D. Estudos divulgados este ano pela Universidade de Valência, na Espanha, mostram que 10% da população mundial não estão aptos a enxergar imagens tridimensionais. Isso leva em conta graves problemas de visão, como catarata. “Se considerarmos os problemas menos importantes, mas que interferem ou dificultam a visão de profundidade, os números são muito mais altos, chegando a 38,6%”, diz o oftalmolo-

gista Ricardo Guimarães, diretor do Hospital de Olhos de Belo Horizonte. Já para pessoas com miopia ou astigmatismo, por exemplo, o especialista esclarece que não terão problema de visualizar imagens com essa tecnologia, desde que usem seus óculos ou lentes de contato junto com os fornecidos com o televisor. Os aparelhos de televisão 3D podem ser de LCD, Plasma ou LED. Esta última é a tecnologia mais avançada, por oferecer melhor qualidade de imagem, brilho e nitidez. E isso é conseguido graças à disposição de lâmpadas LED, como no caso do aparelho da LG, em que elas estão distribuídas por toda a traseira da tela de cristal líquido. “Essa distribuição permite o processo de local dimming, que controla individualmente a intensidade de iluminação em uma mesma cena, garantindo pretos mais profundos nos locais escuros ou maior brilho na região mais clara”, afirma Fernanda Suma, porta-voz da LG Brasil. ❚

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José Roque, Josias Leandro, Josinaldo Ferreira, Juliana Ramos, Julio Bretas, Kelly Rabello, Leandro Benarroz, Leandro Vidal, Lilian Leandro, Lorena Pimenta, Luciana Duarte, Luis de Assis, Luiz Antonio, Luiz da Silva, Luiz Fernando, Luiz Leitão, Luiz Mello, Luiz Renato Caldas, Manoel da Silva, Manoel Soares, Marcelle Mateus, Marcelle Mattos, Marcelo Candido, Marcelo Oliveira, Marcia de Assis, Marcia Fazollo, Marcos Campos, Marcos de Souza, Marcos Vinicius,

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retratos da cidade

Eugênio Gurgel

Simone Dutra Eugênio Gurgel

sdutra@revistaencontro.com.br

Sexta das flores A sexta-feira em Belo Horizonte não é apenas um dia de bares lotados e de muitas festas. É também o dia das flores, e há um lugar. Na imponente alameda de árvores da avenida Bernardo Monteiro, entre avenida Brasil e rua Padre Rolim, no bairro Funcionários, acontece a tradicional Feira de Flores e Plantas Naturais, das 8h às 18h. São 43 estandes que expõem e vendem mais de 60 tipos de flores, bonsais – técnica japonesa de árvores em miniatura –, plantas ornamentais, mudas de árvores frutíferas e espécies exóticas. O japonês José Oswa, de 76 anos, que há mais de 50 trabalha com flores, é um dos feirantes mais conhecidos. Há mais de 20 anos, o florista, um dos pioneiros da feira, tem espécimes do campo, produzidas em seu sítio, no município de Itatiaia do Sul, a 58 km da capital mineira. “Gosto muito do convívio com a natureza. Ainda mais aqui, em que trabalho ao ar livre, com tantas formas, cores e perfumes diferentes”, afirma Oswa. Quem passa por lá, sai inevitavelmente carregado de flores e vasos. Geraldo Goulart

Restaurando a fé Completamente reformada, a Igreja de Santa Efigênia dos Militares ficou mais de um ano fechada e agora reabre suas portas para receber os fiéis e admiradores de artes sacras. Localizada na rua Álvares Maciel, esquina com a movimentada avenida Brasil, no bairro que ela nomeou, a igreja renovou, entre outras coisas, sua estrutura, colunas, galerias, imagens, via-sacra de azulejos e o vitral da santa que fica atrás do altar. Tudo isso com verbas da própria comunidade. “As pessoas se mobilizaram e promoveram eventos, carnês, algumas doaram quantias maiores e assim conseguimos arrecadar 535 mil reais”, afirma o padre Áureo Nogueira de Freitas, pároco do santuário. Além de sua arquitetura imponente, chamam atenção os 12 pilares que circundam o altar, representando os 12 apóstolos de Cristo. A igreja, inaugurada em 1923, abriga ainda imagem de Santa Efigênia criada há 101 anos e trazida de Ouro Preto pelos militares transferidos para a capital mineira.

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Montagem final 113 saida.indd 20

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Vamos jogar? Quem passa diariamente pelo quarteirão fechado da praça Sete, na rua Rio de Janeiro, entre avenida Afonso Pena e rua dos Tupinambás, presencia uma cena que já faz parte da paisagem do lugar. Pequenas mesas improvisadas de damas e jogadores sentados um frente ao outro parecem incólumes ao trânsito de carros, ônibus e caminhões e ao tráfego de milhares de pessoas apressadas. O músico Waldir Neves (dir.), 62 anos, é um deles. Além de jogador, é também o proprietário das 14 mesas que estão no local. O preço do aluguel do tabuleiro é simbólico, menos de um real, mas dá direito ao jogador de ficar à vontade para a disputa. “Com a dama, tenho a oportunidade de fazer muitos amigos, desconhecidos que passam por aqui e acabam se tornando grandes parceiros de jogo”, revela o músico, que há 30 anos está à frente da atividade. Tudo começou quando ele e um amigo levaram um tabuleiro para o coração do centro da cidade e resolveram dar início a uma divertida partida do jogo de dama. Trinta anos se passaram e até hoje Waldir convida os amigos, como Luiz Roberto, para mais um desafio de raciocínio. Geraldo Goulart

Arte ao pé da serra Há mais de seis décadas ela foi e continua sendo berço de vários artistas nacionais e internacionais. Além disso, leva a assinatura de um dos grandes nomes do cenário das artes, Alberto da Veiga Guignard. Situada em um dos lugares mais privilegiados de Belo Horizonte, no bairro Mangabeiras, a Guignard é a primeira escola de arte moderna de Minas a ser criada, entre outros motivos, para explicar o conceito do conjunto arquitetônico da Pampulha. “Foi o prefeito Juscelino Kubitschek que, em 1944, trouxe Guignard para a capital mineira como integrante do corpo docente do Curso Livre de Desenho e Pintura do Instituto Belas Artes”, afirma o diretor Benedikt Wiertz. Mas só em meados da década de 1960, após a morte do artista, a instituição passou a receber seu nome. Hoje, mais do que referência no meio artístico, a escola possui 750 alunos distribuídos em bacharelado em artes plásticas, licenciatura em educação artística, pós-graduação, cursos livres, além de projetos e linhas de pesquisas. Mas tem mais: “Pretendemos implantar o mestrado nos próximos anos”, revela o diretor. Eugênio Gurgel

De tudo um pouco De pastelaria a alfaiataria. A Galeria do Ouvidor, entre as ruas São Paulo e Curitiba, já se transformou em um dos símbolos da cidade. Construída na década de 1960, com o apoio do presidente JK, guarda alguns dos pioneirismos de BH, como a primeira escada rolante e o salão unissex. E se quiser conhecer um pouco mais da história do espaço, basta ir até o terceiro andar, na loja 40, e bater um papo com Antônio Gonçalvez Moreira, o seu Tonico. Aos 80 anos, o alfaiate revela seu sentimento em relação ao lugar: “Tudo que adquiri foi com muito trabalho nesta galeria”, afirma. Nas mãos do alfaiate já surgiram inúmeros ternos, calças, casacos e até saias. Pelo visto, esse trabalho está longe de terminar. “Vem gente até do Rio de Janeiro para encomendar roupas comigo”, comemora. Encontro | 21


gente fina

Carolina Godoi cgodoi@revistaencontro.com.br

Fábrica de talentos Esta dupla de craques do audiovisual mineiro – Eduardo Neves e Paulo Emílio – acaba de ser convidada pela África (uma das agências do maior grupo de comunicação do Brasil, o ABC, de Nizan Guanaes), para fazer o comercial que lança a nova coleção de sandálias Ipanema, do Grupo Grendene. O filme, muito colorido e cheio de atitude, foi gravado nos estúdios da produtora da qual são sócios, a Brokolis do Brasil, e estrelado por um time de modelos selecionadas em São Paulo. Sinais de que o trabalho, que começou tímido dentro de um quarto da república onde moravam há nove anos, está maduro e não é pouco: é deles o comercial estrelado por Alinne Moraes para o BH Shopping, a campanha da Água de Cheiro com Débora Secco, o filme da Arcata (rede odontológica), que trouxe a BH o ator José Wilker, e os clipes de Erasmo Carlos, Skank, Monique Kessous (nova aposta da Sony) e Capital Inicial. Os segredos do sucesso? Itens básicos como comprometimento e equipamentos de cinema digital de última geração. “Procuramos ser um coletivo de talentos”, completa Eduardo, sem se esquecer do mais importante.

Cláudio Cunha

Eugênio Gurgel

Quem salta é ela! Não havia nenhuma exceção na família da belo-horizontina Paula Xisto Câmara. Todos são extremamente envolvidos no setor de construção civil, já que o avô desta jovem de apenas 19 anos é o fundador da Agmar, construtora que atua no setor de imóveis de luxo na capital há 30 anos. “Só eu resolvi dar um salto”, brinca ela. Na verdade, esta caloura de Medicina Veterinária resolveu dar tantos saltos que está alcançando em pouquíssimo tempo resultados inesperados para o hipismo mineiro. Em quatro anos de esporte, na categoria salto, conquistou dois campeonatos, um ranking mineiro e três brasileiros. Neste mês, Paula compete em dois campeonatos, um nacional e outro internacional, na Hípica do Rio de Janeiro. Além de ser a melhor na sua categoria, ela tem outros sonhos: “Viver do hipismo e conquistar o patamar olímpico”. Para quem não sabe, este patamar significa dar saltos de 1,60m com suas éguas, consideradas as melhores do país. Em quanto tempo será que ela completa tal proeza? Façam logo suas apostas.

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Salvo pela mochila

Eugênio Gurgel

Foi durante uma viagem de um mês pela Europa, de mochilão nas costas, que o administrador de empresas Renato Tomasi mudou de vez a rota. Apaixonado por decoração, design e paisagismo, o filho de Penha Tomasi, paisagista mineira com quem deu os primeiros passos no ramo, encantou-se pelos livros e guias turísticos de luxo voltados para o velho continente. “Foi o ponto de partida para criar meu novo selo, o Tendência”, conta. Ele vai criar produtos de luxo com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura para os mercados de arte, design e arquitetura em parceria com Francisco Caram, produtor cultural e Júnia Nocchi, decoradora e relações públicas. Os primeiros são um livro sobre o tema Arte na Decoração, com 50 projetos completos de renomados profissionais mineiros, um guia com 600 fornecedores e prestadores de serviço e um portal na internet. Depois do lançamento em grande estilo neste mês de novembro, ele já começa a produzir outro livro focado nas artes plásticas de Minas Gerais. A pretensão é de abrir fronteiras em todo o país.

Eugênio Gurgel

Bijou é arte, sim! As peças de bijuteria feitas por Mary Figueiredo Arantes já são conhecidas e admiradas em países como Canadá, Japão, Estados Unidos e por todo o Brasil. Estão em quase todas as revistas nacionais, em inúmeras personagens no teatro, cinema e TV – atualmente todas as novelas da TV Globo usam as criações de Mary. Agora, o trabalho toma status de arte, com o convite feito pela curadora Adélia Borges para a Bienal Brasileira de Design de Curitiba, que acaba de acontecer em museus, universidades e parques da capital do Paraná. “É algo dificílimo nessa profissão; foi uma honra”, diz esta mineira de Rio do Prado, no Vale do Jequitinhonha, que veio para BH aos 12 anos de idade, mas nunca abandonou suas raízes. As obras expostas (10 colares feitos em tecido) não deixam de ser uma homenagem ao pai de Mary, um alfaiate, que não imaginava que os restos de tecido que jogava fora se transformassem em luxo nas mãos da filha.

Catalizadoras de novidades Uma dobradinha de estilo e design é o que as mineiras Ana Bahia (arquiteta) e Renata Alamy (empresária de moda) propõem num só local. Algo bem no estilo das descoladas lojas Merci e Collet, em Paris, elas já perceberam que mulheres interessantes gostam não só de moda, mas têm também outros alvos. Em Belo Horizonte, num casarão antigo com ares contemporâneos, a ODD+Cupcake tem objetos divertidos e inusitados, muitos deles assinados (Estúdio Manos de SP e Design Scandinavo dos Países Baixos são alguns). Agora vai ter criação de Ana na primeira linha para casa de pequenos móveis de fórmica e acrílico. Já Renata, além de garimpar novos estilistas como Júlia Valle, Karola, Lu Simão e – agora com exclusividade –, Fernanda Yamamoto e Apartamento 03 para suas araras, prepara este mês um concurso voltado para formandos em moda. Quem se inscrever terá dois meses para criar camisetas a partir de uma frase de Michel Foucault: “Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo”. O júri conta com nomes como Glória Kalil e Daniel Uêda, e o prêmio, além de uma quantia em dinheiro, oferece bolsa de estudo e estágio em algumas marcas mineiras de peso. “Queremos ser catalizadoras de novas criações”.

Eugênio Gurgel




entrevista Kátia Massimo

Estevam Duarte Assis Eugênio Gurgel

Por que o dono de uma das maiores redes de supermercados do país - a mineira Bretas resolveu vender a empresa por quase 1,5 bilhão de reais e trocar a vida de empresário pela filantropia

“Quero me dedicar às coisas de Deus”

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N

o mundo dos negócios, aquisições e fusões são vistas como algo corriqueiro. Mas a recém-anunciada venda da rede de supermercados Bretas ao grupo chileno Cencosud chamou a atenção dos mercados mineiro e nacional por pelo menos dois motivos. O primeiro é o fortalecimento do grupo chileno no país. O Cencosud já atua no segmento supermercadista do Brasil com a marca G. Barbosa, líder no nordeste e quarta maior rede nacional. Agora, desembolsou 1,35 bilhão de reais para se tornar dono da marca mineira Bretas, a maior rede de supermercados de Minas e a sétima do país, com 63 lojas e vendas brutas anuais na casa dos 2 bilhões de reais. De quebra, levou um centro de distribuição, em Contagem, e 15 postos de combustíveis – três ainda em construção – espalhados pelos estados de Minas e Goiás. O segundo motivo é a justificativa para a venda: “Quero dedicar a minha vida às coisas de Deus”, anunciou Estevam Duarte Assis, presidente do grupo Bretas há 25 anos. O empresário é visto como uma figura notável, por ter transformado o pequeno armazém que herdou do pai, na pacata Santa Maria de Itabira, na região central de Minas, em um gigante do setor. Agora sai de cena, apenas três meses após ter iniciado a negociação com a Cencosud. Estevam garante que vai continuar como conselheiro dos outros negócios da família que não entraram na venda – shoppings centers, hotéis e construtora. “Vou dedicar apenas duas horas do meu tempo diário às empresas”, diz. No restante do dia, a prioridade será para projetos sociais. Não é de hoje que o empresário fez uma espécie de voto de simplicidade. Apesar de milionário, aos 56 anos mora em um apartamento alugado, não tem televisão, anda em um carro popular e não possui mais que 12 camisas no armário, a mais nova comprada há cinco anos. “Se ganhar mais uma, doo outra para alguém”, disse, na entrevista a seguir – a última que ele disse concedeu para falar sobre negócios. A partir de agora, está aberto apenas para abordar temas ligados às obras sociais.

ENCONTRO – O que levou a família Bretas a se desfazer da rede agora, exatamente quando estavam no auge, com vendas superando a casa dos 2 bilhões de reais por ano? ESTEVAM DUARTE – Quero dedicar a minha vida às coisas de Deus. Somos 11 sócios, todos da família, e a minha saída da presidência do grupo era uma transição que precisava ser feita. Por outro lado, exatamente porque estávamos no auge, o valor da empresa também estava em alta, e achamos um grupo que estava disposto a pagar o preço. Então foi um bom negócio para os dois lados. Tivemos outras propostas, do Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar, mas cada

projeto específico, a terapia Abordagem Direta do Inconsciente (ADI), desenvolvida pela doutora Renate Jost de Moraes (psicóloga e pesquisadora), que ajuda as pessoas a resolverem seus problemas pelo autoconhecimento. Não é uma regressão, que é um procedimento proibido, mas um trabalho que você volta no útero da sua mãe e vem retirando imagens negativas e colocando imagens positivas. A pessoa fica muito mais preparada para o amor do que é normalmente. Acabei de inaugurar uma clínica no Belvedere para fazer esse trabalho, de forma voluntária. A ideia é levar a terapia para o mundo inteiro. Eu

Fotos: Cláudio Cunha

Se meus irmãos quiserem, devo continuar coordenador do grupo da família, como conselheiro dos negócios, mas trabalhando apenas duas horas por dia. Não quero ter salário, só quero que eles continuem dando o dízimo à igreja” uma caminhava de um jeito e a gente achou que essa do Cencosud é que deu liga. Em função do valor, mas também porque achamos que o pessoal era mais parecido com a gente, iria ter menos trauma para os funcionários, sentimos mais confiança. Nenhum grupo nacional hoje, tirando o Pão de Açúcar, teria condição de comprar o outro grupo, pois o valor é muito alto. Na Cencosud você trata direto com o dono, é uma empresa familiar. É mais parecida com o Bretas, então a gente sentiu mais segurança de caminhar nessa negociação com eles. ENCONTRO – O que significa, exatamente, essa dedicação às coisas de Deus? ESTEVAM DUARTE – Vou tocar as obras sociais que comecei há 30 anos. Fui fazendo uma coisa aqui, outra ali. É uma longa história, mas está chegando neste ponto agora, de eu me dedicar a um

acredito que o que Deus quer de mim nesta terra é só isso. O resto é bobagem. ENCONTRO – Esse trabalho é ligado a alguma religião? ESTEVAM DUARTE – Não. É um trabalho técnico, psicológico, que estamos adequando à igreja católica, oferecendo aos padres, aos bispos, irmãs, enfim, aos consagrados de uma maneira geral, para que eles possam ser mais felizes, mais alegres. Assim poderão conviver melhor com as pessoas. Quem quiser entender melhor esse trabalho, tem de ir lá, na clínica. Você fica mais consciente do seu eu, vê que é uma pessoa melhor do que acredita ser, mais feliz, começa a ter vontade de ser melhor. É um trabalho de 24 sessões de uma hora. Só que eu peguei esse trabalho técnico e estou oferecendo aos consagrados. Este ano, estou recebendo 200 padres e irmãs de caridade e bispos do Brasil in Encontro | 27


entrevista teiro para fazer a terapia. Só que eu não estou querendo apenas isso. Eu quero formar terapeutas, falando pelo menos 40 línguas no mundo e oferecer para a arquidiocese do mundo inteiro. ENCONTRO – Então esse projeto já está em andamento? ESTEVAM DUARTE – Começamos há cinco anos e já atendemos pelo menos 200 pessoas. Se meus irmãos quiserem, devo continuar coordenador do grupo da família, como conselheiro dos negócios, mas trabalhando apenas duas horas por dia. Não quero ter salário, só quero que eles continuem dando à igreja o dízimo daquilo que eles ganharem. Se acontecer de eles não ganharem nada, também não precisam doar nada. O importante para mim é a dedicação que poderei ter nesse projeto da terapia. Quero ter uma vida mais simples a cada dia. ENCONTRO – É verdade que o senhor, apesar de muito rico, dono de um dos maiores patrimônios do estado, vive hoje com pouco e doa mais de 90% do que recebe? ESTEVAM DUARTE – Eu e minha esposa procuramos viver com o mínimo possível. A gente mora em apartamento alugado, nunca tivemos casa própria. É um apartamento de três quartos, nosso carro é popular, mas temos uma alegria muito grande, porque descobrimos que Deus nos fez livres. A alegria não está nas coisas, mas na forma como se vive. À medida que você precisa de muita coisa para ser feliz, é sinal de que por dentro muita coisa não está bem. E quanto melhor a gente fica espiritualmente, mais feliz fica também. E quanto menos coisas a gente precisa para ser feliz, muito mais feliz nos tornamos. Não estimulo ninguém a ser pobre, nem ser acomodado. O gostoso é conseguir as coisas e descobrir que não precisamos delas para ser feliz. O mais importante é poder ajudar. A gente percebe que só é realizado de verdade no dia em que olha para os outros. Enquanto você pega tudo o que faz e traz apenas para si, para a sua satisfação, ainda é pobre, é pouco. ENCONTRO – Por que a opção por esse estilo de vida?

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ESTEVAM DUARTE – É uma longa caminhada. Conheci minha esposa quando ela tinha 12 anos, e eu 18, em um encontro de igreja. Começamos a trabalhar com encontro de jovens, e fomos fazendo uma coisa aqui, outra ali. Como não tivemos filhos, quando ia completar 50 anos fiz uma promessa de não mais trabalhar para ganhar dinheiro. Então os padres pediram para a gente continuar na igreja naquele momento, trabalhando lá. E desde então achamos que o dinheiro que recebia não era mais nosso e passamos a doar para as obras sociais. Hoje, especificamente, estamos nos voltando para a divulgação da terapia, porque acreditamos que vai melhorar a vida das pessoas. Mas muita gente ainda não entende bem essa opção de vida.

ainda em construção. Também vamos prestar consultoria ao grupo pelos próximos três anos. ENCONTRO – Já tem gente especulando sobre o risco de demissão, pelo menos de parte dos 11 mil funcionários do Bretas. O senhor acredita nesta possibilidade? ESTEVAM DUARTE – Não, pois a ideia do Cencosud é manter todos os funcionários e até aumentar, porque na verdade o interesse deles pelo Bretas teve a ver não apenas com o nível de venda que o supermercado já realizava, mas também houve interesse na expansão que vem por aí, com a construção das sete lojas, e que já estava toda projetada por nós. Então acreditamos que eles vão até contratar. E a política salarial deles, conforme ouvi dizer, é até melhor do que a

Eu e minha esposa procuramos viver com o mínimo possível. A gente mora em apartamento alugado, nunca tivemos casa própria. É um apartamento de três quartos, nosso carro é popular, mas nós temos uma alegria muito grande” ENCONTRO – E como fica a situação do grupo Bretas? ESTEVAM DUARTE – O grupo Cencosud fica com a marca Bretas para o resto da vida. A gente tem um contrato com eles que estabelece que, nos próximos dez anos, não poderemos atuar no ramo de supermercados, pelo menos dentro da região em que o Bretas trabalha em Minas, Goiás e Bahia. Os imóveis continuam com a gente e vamos receber aluguel de 1,5% do faturamento de cada loja. Também entraram no negócio outras sete lojas que estamos construindo, que serão inauguradas até o fim de 2010, e ainda o Centro de Distribuição, em Contagem, e 15 postos de gasolina espalhados por Minas e Goiás, três deles

nossa. Eles são mais exigentes, mas têm política remuneratória maior. E são uma das maiores empresas da América Latina. Como o grupo está partindo para a expansão, pode crescer muito. Então, quando o funcionário está em uma empresa destas, podem surgir muitas oportunidades para ele. ENCONTRO – O senhor vê como tendência esse tipo de aquisição de empresas nacionais por estrangeiras? ESTEVAM DUARTE – Acredito que não, porque não é comum. Até custou a acontecer. A empresa brasileira aprendeu bem a competir com a internacional. Acho que hoje o que impacta a empresa nacional não é a concorrência direta-



cartões de benefícios para empresas

mente. O que cansa mesmo são o excesso de fiscalização e tanta carga tributária. O tempo que se devia dedicar para atender ao cliente acaba sendo gasto com tanta bobagem que estão criando. A concorrência mesmo, até que melhorou muito, porque hoje a sonegação no Brasil praticamente acabou. Os supermercadistas brasileiros se conscientizaram de que carga tributária quem paga é o consumidor. Então, no passado, já existiu muita gente que sonegava. O empresário sonegava, baixava o preço para o cliente, mas depois vinha a fiscalização e ele quebrava. Hoje tem consciência boa, sabe que vai ter que pagar o imposto, então não brinca. Isso melhorou muito a competição e melhorou muito o setor, que foi todo moralizado nesses últimos dez anos. O Bretas mesmo é uma empresa sem nenhuma autuação federal, estadual, nada. Isso ajudou na hora de negociar a venda. ENCONTRO – E os outros negócios do grupo, que não entram na venda, como ficam agora? ESTEVAM DUARTE – Vamos continuar, eu e os outros 11 sócios da família, nos ramos de shopping center, hotel e construção, formando um novo grupo, que deverá se chamar São Francisco. Hoje, temos quatro hotéis, dois funcionando em Patos de Minas (MG) e Rio Verde (GO), e outros dois em construção em Minas, um em Montes Claros e outro em Contagem. Temos também três shoppings centers, nas cidades de Montes Claros, Patos de Minas e em Rio Verde. E queremos continuar com esses negócios até para descobrir novas vocações, ou se teremos que voltar um dia para o ramo de supermercados. É só isso que a gente sabe fazer. Acredito que poderemos descobrir outros caminhos em meio a essas coisas que já estamos fazendo e outras coisas que estamos começando. No ramo de construção, também já vínhamos atuando e vamos continuar. Nós construímos tudo para o Bretas. Pretendemos retomar os planos de construção de novos shoppings em cidades do interior de Minas e Goiás.

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ENCONTRO – O grupo Bretas também tinha um projeto de financiar casas para os funcionários. Como fica isso?

ESTEVAM DUARTE – Vamos manter o que combinamos. Mesmo fora da empresa, vamos continuar financiando a casa do funcionário, por meio de um convênio com a Caixa. Já foram financiadas sete casas e outros 130 contratos estão em andamento, dentro do projeto Minha Casa, Minha Vida. ENCONTRO – O resultado para o Bretas este ano vai mesmo superar os 2 bilhões de reais? ESTEVAM DUARTE – As vendas vão chegar perto de 2,5 bilhões de reais. O melhor resultado. Estava tudo certinho. Mas vendemos porque era uma transição necessária, já que o presidente quer se dedicar à vida espiritual, voltada para Deus. Nós sempre fomos uma empresa caseira, cujos sócios eram conhecidos dos clientes, dos funcionários. Fazíamos

A gente percebe que só é realizado de verdade no dia em que você olha para os outros. Enquanto você pega tudo que faz e traz apenas para você, para a sua satisfação, ainda é pobre, é pouco”

palestras para os funcionários e tínhamos encontros com eles. Mas tudo foi tomando uma dimensão muito grande, não estávamos dando conta mais de seguir os processos que nós mesmos criamos. Foi ficando insustentável. ENCONTRO – De um ponto de vista bairrista, Minas Gerais não fica em desvantagem ao perder uma rede mineira? ESTEVAM DUARTE – Esperamos ainda dar muita alegria para Minas Gerais. Não vamos deixar de ser mineiros e nem deixamos de ser empresários. Podemos fazer muitas coisas. O problema é que uma empresa cresce em função de uma pessoa e isso fica muito perigoso. O que queremos agora é criar asas e ver se essas outras asas voam mais do que uma. ❚



enfoque

Hotel Hyatt em BH

Geraldo Goulart

Kátia Massimo O segundo hotel 5 estrelas da conceituada marca Hyatt no Brasil irá desembargar na capital mineira – o primeiro fica em São Paulo. A inauguração está prevista para 2013. Ele terá 240 apartamentos e será erguido no bairro Belvedere, no trevo de acesso ao BH Shopping. Também deverá ser anunciando em breve outro 5 estrelas, do grupo Accor, que carregará a bandeira Pullman. Os dois lançamentos são frutos do empenho pessoal do prefeito Marcio Lacerda para dotar a capital mineira de completo centro de hotelaria. A primeira iniciativa neste sentido foi adotada em maio de 2010, quando a prefeitura enviou para a Câmara Municipal um projeto que amplia para cinco o coeficiente de aproveitamento de terrenos para empreendimentos hoteleiros, desde que as propostas sejam apresentadas até novembro de 2011. Passados seis meses da nova lei, já aterrissaram na prefeitura mais de 30 projetos de hotéis. Desses, pelo menos 15 devem ser aprovados e concluídos até 2013. Em sua maioria são empreendimentos de 4 a 5 estrelas, para a alegria de quem visita Belo Horizonte.

IPTU com desconto O prefeito Marcio Lacerda está empreendendo esforços também para ampliar a arrecadação de ISS. Para isso, vai lançar nos próximos dias a campanha BH Nota 10. A proposta é de estimular o consumidor a exigir a nota fiscal também em empresas prestadoras de serviços, como escolas, planos de saúde, clínicas de estética e oficinas mecânicas. Do montante de serviços comprado com nota fiscal, 3% poderão ser utilizados como crédito para abater no valor do IPTU. A medida entrará em vigor já este ano e deverá resultar em economia para o consumidor em 2011. O abatimento do IPTU estará limitado a até 30% do seu valor total.

Para Classes BeC Depois de vender 29% de participação da empresa Forno de Minas para o fundo Geraldo Goulart de investimentos Mercatto Capital Partners, o empresário Helder Mendonça, da MK Empreendimentos, resolveu expandir seus negócios no segmento de shopping centers. Nos próximos dias ele vai anunciar seu novo empreendimento, o Metropolitan Garden Center, em Betim, que será um dos maiores da região metropolitana de Belo Horizonte e quer se transformar em referência para as emergentes classes B e C. O novo shopping vai ocupar área de 110 mil metros quadrados e terá 300 lojas, incluindo as principais âncoras existentes no comércio brasileiro. O investimento será de 180 milhões de reais, divididos com a Batur, do

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empresário Eduardo Gribel, e com a Partage, braço imobiliário do Aché Laboratórios Farmacêuticos.

Reforma já A eleição deste ano para a Câmara Federal evidenciou a urgência da reforma política no Brasil. O ex-prefeito de Nova Brizza Cavalcante Lima, deputado federal Vitor Penido (DEM), candidato à reeleição, recebeu 79.456 mil votos. Mas Penido não se reelegeu. Em contrapartida, partidos novos conseguiram cadeiras com a metade desse número. Candidato a deputado federal, Dr. Grilo (PSL), por exemplo, saiu vitorioso com 40.093 votos. Culpa do famigerado quociente eleitoral, que divide o número de votos entre os candidatos dos partidos ou coligação, mas contra o desejo do eleitor.

Bandeira da saúde O deputado estadual reeleito Arlen Santiago (PTB) tem motivos de sobra para comemorar. Divulgação Primeiro porque, mais uma vez, ficou entre os quatro mais votados do estado – e primeiro do norte de Minas – com quase 106 mil votos nas últimas eleições. O segundo motivo é que o governo federal acaba de anunciar reajustes na tabela do SUS para sessões de radioterapia e consultas na área de oncologia. Arlen, que também é médico, é um dos mais ferrenhos defensores da revisão dos valores pagos pelo SUS aos médicos e hospitais. Alguns procedimentos estão com preços congelados há quase 15 anos, e o deputado vem há três mandatos lutando para tentar mudar a situação.


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Paulo Navarro Drika Vianna

pnavarro@revistaencontro.com.br

A “pega frango” Passamos pela Semana de Moda de Nova Iorque, com recorde de desfiles de moda masculina. Uma das novidades era a altura da barra das calças, acima do tornozelo, aposentando a clássica, que termina na metade do salto do sapato. Até Marc Jacobs – na linha Marc by Marc – aderiu ao estilo, que ganhou o apelido, no Brasil, de pula-brejo". Na São Paulo Fashion Week, essa onda também ganhou passarelas. Quem se habilita? Barbara Dutra

Patrícia Maia, Ana Paula Rohlfs, Flávia Teixeira, Ana Pinto Coelho e Michele Araujo, dando ainda mais glamour a um coquetel da My Shoes

Novembro dourado Vem aí mais uma final do concurso AuDITIONS Brasil, da AngloGold Ashanti, dia 16 de novembro, no Palácio das Artes. O premiado designer Gringo Cardia fechou com Hélcio Guerra, presidente da mineradora, para dirigir o badalado evento de design de joias de ouro. O “Oscar da Joalheria” reunirá empresários, artistas, representantes da moda, formadores de opinião e sociedade em geral. Gringo, além de assinar o catálogo das finalistas e a grande festa, assina também o espetáculo OVO, do Cirque du Soleil, com a coreógrafa Débora Colker, em Nova Iorque.

Nomes e números do luxo

Nosso anfitrião na Semana de Moda de Nova Iorque, Ricardo Palmari, presidente da Lacoste no Brasil; Solange Francisco, diretora de marketing da marca, e o estilista Renato Loureiro

A moda pega Foi o que perguntamos ao estilista Renato Loureiro, que nos lembrou: “Isso (calça mais curta) já foi feito. Como a moda é cíclica, vai e volta”. O que mudou? “O grande avanço não foi na moda, mas na mentalidade dos homens, inclusive dos mineiros. Hoje, sobretudo os jovens, aceitam propostas mais arrojadas, cores fortes ou detalhes com brilho. Há anos, quando eu fazia isso, escutava: ‘Não é roupa de homem’. Além do guarda-roupa, eles também encontraram um meio-termo entre o machão de antigamente – que podia se cuidar, mas escondido – e o metrossexual, antes confundido com gay.

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O ranking 2010 das 100 marcas mais valiosas do mundo, divulgado pela consultoria inglesa Interbrand, traz surpresas no segmento luxo. A Louis Vuitton é a primeira, em 16º lugar, avaliada em US$ 21,8 bilhões; seguida pela Gucci, em 44º lugar (US$ 8,3 bilhões). A Hermès vem em 69º (US$ 4,7 bilhões); Tiffany & Co., em 76º (US$ 4,1 bilhões); Cartier, em 77º (US$ 4,05 bilhões); Moët & Chandon, em 79º (US$ 4,02) e Giorgio Armani, em 95º (US$ 3,4 bilhões). Em 100º lugar, a Burberry (US$ 3,1 bilhões) – que deu certo em Brasília, mas não em São Paulo. Barbara Dutra

Inaugurando o Espaço Patachou, Sandra Pires e Luiz Stangherlin, em noite de festa, com Érika Frade e Antônio Fonseca


Relax del Este

Crime e castigo Ir ao cinema em Belo Horizonte requer paciência e coragem. Recentemente, fomos à bilheteria pedir nada mais que um civilizado ar condicionado. Fomos até atendidos, mas com o argumento de sempre nos cinemas, teatros, restaurantes e afins de nossa “Dogville”: “friorentos” pedem o ar desligado. Em qualquer cidade inteligente e moderna, as pessoas saem com um casaco, blusa ou pashmina. Aqui, os espíritos de porco pedem para desligar o ar – no restaurante A Favorita tem sempre um chato do tipo. Os garçons não sabem a quem atender.

Castigo sem crime Alguns desligam também por economia, beirando a insalubridade, com cheiro de mofo, ácaros e toda a sorte de bactérias se esbaldando em nossas alergias. Fora a limpeza do próprio arcondicionado, que raramente é feita. Falatório, barulho de papel de pipoca e bala, celulares, banheiros imundos e estacionamento difícil acabam empurrando-nos para o DVD em grandes TVs, no lar doce lar.

Bambas do samba O pedacinho do Rio de Janeiro que vai inebriar a Savassi para o samba de raiz é o bar Gamboa, novo investimento do Imperador da Noite, Marco Malzone, com os sócios Luiz Gustavo Malzone e João Paulo Lima. Fala Marco Malzone, que inaugura o Gamboa, em novembro: “Achamos que havia nicho para uma casa, na zona sul, com samba todo dia”. O foco? Irresistíveis tira-gostos, samba de primeira e ambiente fino: conforto, espaço VIP e fumódromo. A casa comportará 450 pessoas. Aos sábados, a feijoada completa o clima carioquês que adoramos. Fabiano Aguiar

O Hotel Fasano Las Piedras, em Punta del Este, será inaugurado em dezembro; mais um investimento da JHSF em sociedade com Rogério Fasano. Com direito a muitos bangalôs, o projeto arquitetônico e de interiores é de Isay Weinfeld. Renata de Abreu, à frente dos SPAs que levam seu nome, nos hotéis Fasano do Rio e de São Paulo, está na ponte aérea com Rogério, até o fim do ano, fechando os detalhes para abrir uma unidade no hotel em Punta. A propósito, ao contrário das badalações de outros anos no balneário, para o fim deste 2010, nada de grandioso no calendário festivo. A única expectativa dos poucos mineiros que embarcam para lá é o pré-rèveillon da Lacoste, com os convites mais disputados.

Dias solidários Há seis anos, no interior paulista, Liliane Barros Marty i Caron desenvolve o projeto social Calendário do Bem, já estrelado por feras da gastronomia. Agora em BH, a jornalista lança a edição 2011 – no início de novembro, no Cafe de La Musique – com Eric Marty, Ivo Faria e Sylvia Lis, entre outros. Junto, chega o Calendário Belas do Bem: mineiras do naipe de Ana Gutierrez, Fernanda Takai, Angela Dariva Lara e Paula Lebbos, clicadas como musas de Hollywood. A renda vai para a Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc) e também vira presente de Natal para crianças carentes no Hospital das Clínicas.

Ouro carnavalesco O milionário Alexandre Accioly, André Calainho e o experiente Ricardo Amaral vão promover bailes durante todo o carnaval 2011 no Rio, nos armazéns do Píer Mauá – palco de eventos, especialmente, de moda – recuperando, inclusive, o maior baile gay na terça gorda. Os ingressos serão caros, para atingir um público mais chique. Em São Paulo, Idel Arcuschin, que perdeu Vogue e dá forma à revista RG, deverá promover seu pré-carnavalesco no hotel Unique.

Brilho Carnavalesco

Colorindo e perfumando os salões, Mônica Gonçalves, Maria Eliza Gaudino Zim e Cristina Campos

Nosso Zeca Perdigão, que foi frequentador assíduo dos melhores bailes cariocas (mas hoje prefere o sossego), aposta: “Com o know-how do Amaral e a grana do Accioly, só pode dar certo. É o que o Rio sabe fazer de melhor”. Já o festeiro Franklin Bethônico, da Toscana, onde está de pernas pro ar, diz que reservou uma fantasia a mais: a primeira é para o baile do Copa, onde marca presença todo ano. Haja fôlego! Paulo Navarro, com Walter Navarro e Sabrina Santos


negócios

perfil Cláudio Cunha

Deca Furtado

Pronto para o

futuro

Santarém, Pará, seis da manhã. Viviana Vasconcelos vai até o cais, no rio Tapajós. Ali, diariamente, chegam cargas muito especiais. Viviana é a representante do laboratório Hermes Pardini naquela região da Amazônia. Cabe-lhe ir de barco em barco – se necessário ela rema até a embarcação ancorada mais longe – pegar tubinhos contendo sangue e entregá-los a uma operadora logística que os despacha a Jundiaí, interior de São Paulo. Lá, a carga é consolidada e enviada, em voo fretado, ao aeroporto de Confins, com chegada por volta das duas e meia da madrugada. Os resultados dos exames estarão disponíveis, via internet, até as 10h. “Lucro, não há. Montamos esta complexa logística porque prestamos serviços e temos de ir aonde está o cliente”, diz Mário Sérgio Pereira, diretor comercial do Hermes Pardini.

38 |Encontro

Victor Pardini, na nova fábrica: equipamento de última geração sem nenhuma interferência humana

Hermes Pardini, terceiro maior laboratório do país, inaugura centro de análises diagnósticas para dobrar de tamanho e atender clientes de todo o Brasil e até do exterior

Prestar bons serviços é um dos pilares sobre o qual se assenta o crescimento do Hermes Pardini, que acaba de inaugurar sua nova e moderna fábrica, batizada internamente de NTO – Núcleo Técnico Operacional, em Vespasiano. Nela, foram investidos 60 milhões de reais para elevar a capacidade de processar exames. Antes, na fábrica antiga, situada em Belo Horizonte, ela era de 1,5 milhão de exames por mês. Agora, já são 2,5 milhões mensais, podendo chegar a até 3 milhões. Além da escala, outro ganho significativo é no tempo de processamento. Anteriormente, a liberação dos exames demorava, em média, 12 horas. Agora, basta a metade disso. No Núcleo quase tudo é automatizado, e nos exames sem interferência humana o erro é zero. “Todos os equipa-

mentos são importados e foram desenvolvidos sob medida”, diz o jovem Roberto Santoro, 41 anos, presidente executivo do Hermes Pardini. A tecnologia é tanta que está chamando a atenção dos especialistas mundo afora: semanalmente a empresa recebe estrangeiros interessados em conhecer a novidade e copiá-la. “Eles vêm, principalmente, da Europa e dos Estados Unidos”, diz Santoro. Obcecado por conhecimento, Hermes Pardini, 75 anos, o fundador da empresa que leva seu nome, é um estudioso inveterado. “Só aprende quem estuda as coisas a fundo”, diz. Ele não tem hobbies, nem faz coleção alguma. “A empresa nunca me permitiu isso”, afirma. “Só tive tempo de pensar no trabalho”. O desejo pelo saber fez do laboratório um centro de excelência. Na di-


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negócios retoria científica há 11 pessoas com doutorado, às quais se soma o próprio filho de Hermes, Victor Pardini, 46 anos, presidente do conselho de administração, composto ainda por suas duas irmãs, Ângela e Áurea, e três conselheiros profissionais. A decisão de investir na nova fábrica veio para impedir que a empresa se tornasse alvo fácil de suas concorrentes, as paulistas Dasa e Fleury, que compraram vários pequenos e médios laboratórios brasileiros. Há 12 mil deles no país. Pelo menos 8 mil terceirizam seus exames e foi para atendê-los que o Pardini investiu tantos recursos. A estratégia de crescimento, revela Victor, “é cativar os grandes laboratórios regionais para que eles se associem conosco”. Outro alvo é a América Latina. Os laboratórios próximos aos Estados Unidos terceirizam exames para seus congêneres americanos, que têm preço e qualidade. Com a economia americana em crise e a tecnologia do Hermes Pardini, essa vantagem está desaparecendo. Por essa razão, a proximidade da nova fábrica do laboratório mineiro com o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, foi absolutamente estratégica. O maior entrave é a legislação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, permite que laboratórios estrangeiros captem sangue no Brasil, mas não o vice-versa. “É questão de tempo”, diz Mário Sérgio. “Quando a lei mudar, estaremos prontos”. Em 1959, nem em sonho Hermes pensava nesta possibilidade. Em início de carreira, ele, que gosta de filosofar e de colocar citações em molduras no laboratório – “A nossa voz interior é muito importante. Confiar em nossa intuição é uma arte que tem de ser praticada e aprimorada” é uma de suas máximas preferidas –, alugou uma sala no nono andar de um edifício da capital mineira. Financiado pelo pai, comprou algum equipamento e, com a ajuda da esposa Carmen e de uma faxineira, passou a fazer os exames comuns à época. Professor na Escola de Medicina da UFMG, ele se envolvia nos casos: queria saber, por exemplo, por que o menino não crescia; queria que o paciente tivesse o diagnóstico e o tratamento certos. “Com isso, os médicos passaram a ter o maior interesse em mandar os exames para ele”, diz Victor.

perfil Logo, o nono andar inteiro ficou sendo dele. Então, aflorou o lado empreendedor de Hermes. Primeiro, ele fez um segundo laboratório, logo seguido, em 1978, por uma megacentral de atendimento. “Os concorrentes acharam que ele enlouquecera”, conta Victor. Loucura, que nada. Hermes percebera o crescimento da demanda vinda do mercado corporativo. É que, para atrair bons funcionários, as grandes empresas passaram a adotar planos de saúde. Só o Pardini havia se preparado para atender a essa demanda. Além disso, ele inovou. Até então os locais de coleta eram estruturas frias, nas quais apenas se colhia o sangue do paciente. Na megacentral, não: nela se amenizou o desconforto servindo um lanchinho pós-coleta e coEugênio Sávio

O fundador, Hermes Pardini, um obcecado pelo conhecimento: “Só aprende quem estuda as coisas a fundo”

O QUE É O HERMES PARDINI Ano Faturamento (milhões de reais)

2007 2008 2009 267

Taxa de Crescimento (%)*

2010

302

342

400

13

13

16

Funcionários

3000

Médicos

119

Doutores

11

Mestres

26

Profissionais com curso superior (%)

23 *anual

40 |Encontro

locando calor humano no atendimento às crianças. Mais adiante, em 1982, Hermes tornaria a inovar ao ir ao encontro do cliente onde ele estivesse. A primeira das filiais veio em 1983 – hoje são 28 na Grande Belo Horizonte, responsável por 40% do faturamento da empresa. Os 60% restantes vêm da prestação de serviços aos laboratórios espalhados no país (na Dasa apenas 11% vêm dessa atividade). Em 1995, Hermes, que sempre manteve a empresa atualizada tecnologicamente, viu que poderia também vender exames para outros laboratórios. Nascia a nova unidade de negócios, a CAL – Central de Apoio a Laboratórios. Sucesso absoluto. “Com esse serviço chegamos a ser o terceiro maior laboratório do mundo”, diz o presidente, Roberto. “Perdemos o posto porque preferimos o crescimento orgânico, enquanto os concorrentes saíram comprando laboratórios menores”. A empresa já capta serviços em quase 1,6 mil dos mais de 5,5 mil municípios do país e diz estar muito à frente das concorrentes em matéria de logística, na TI e no pós-venda: um call center, com 120 posições, tira dúvidas dos laboratórios, dos médicos e dos pacientes. Antes de inaugurar a nova fábrica, o dr. Hermes resolveu profissionalizar completamente a gestão do negócio. Atualmente, a empresa implanta a governança corporativa, que já levou a família para um conselho próprio e a gestão para profissionais do mercado. A presidência foi entregue a Roberto Santoro, idealizador da nova fábrica (NTO). Depois de passar pelo Ministério da Defesa – quase foi parar no Haiti com as tropas brasileiras –, Roberto, um dos 119 médicos da equipe do laboratório, foi cooptado, em 2004, pelo dr. Hermes. Depois de cursar dois MBAs e uma pós-graduação, ele passou pela diretoria industrial e chegou à presidência. Os resultados dessa medida estão refletidos nos números. A rentabilidade da empresa cresceu três vezes entre 2007 e este ano. O desempenho já sugere ao mercado especulações a cerca de uma abertura de capital. “Não estamos maduros para isso ainda”, afirma Victor. Com um crescimento tão rápido, é bem possível que ele esteja certo. Mas o mercado, não tenha dúvidas, está de olho.



comércio

vendas Sílvio Cláudio Ávila/CBV Cunha

Eliza Peixoto

Marcelo Henrique, da Por Um Fio: "Estamos preparados para uma antecipação das compras"

Comércio

em festa

O ano de 2010 está sendo especial para o Brasil. Na contramão da Europa e dos Estados Unidos, o país vivencia o aquecimento da economia, aumento do emprego formal e crescimento do poder de compra das classes C e D. Para o varejo, que em 2008 e 2009 amargou quedas nas vendas, 2010 é o ano da recuperação. Dados de janeiro a outubro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram o comércio com crescimento acumulado de 11,3% em comparação com o mesmo período de 2009. Este desempenho positivo da economia deixa os comerciantes otimistas, prevendo que este Natal será inesquecível. Dados apurados em pesquisa do Departamento de Economia

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da Fecomércio/Minas (Federação do Comércio de Minas Gerais), em setembro, nos principais pontos do comércio varejista de Belo Horizonte – Centro, Savassi e shopping centers – fundamentam o otimismo dos empresários. Exatos 80,3% deles acreditam que o Natal de 2010 será melhor que o de 2009; apenas 1% acha que será pior e 17,7% esperam vendas iguais. A empresária Sônia Moreira, proprietária da Faven, é um desses otimistas e prevê crescimento das vendas em torno de 20% em relação ao Natal do ano passado, com valor médio de 150 reais. Sônia explica que sua previsão se baseia nas vendas de janeiro a outubro, 20% maiores em relação a 2009. Como fornecedora para

Varejo está otimista com o aquecimento da economia. Previsão é que este será o melhor Natal dos últimos tempos o mercado de vestuário ela diz que já teve um acréscimo de 30% nas vendas antecipadas para o final de ano. Por isso a empresa contratou 30% a mais de empregados em relação ao ano passado. “Tudo isso sinaliza um excelente Natal, com muitos presentes”, comemora. Para o presidente do Sindicato dos Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), o empresário Nadim Donato Filho, “este foi um ano de surpresas agradáveis para o comércio. Foi um dos


BH ganha mais um shopping Inaugurado no fim de outubro, no bairro de Santa Efigênia, o Boulevard Shopping é o primeiro da região centro-leste de Belo Horizonte. Os empreendedores, Aliansce Shopping Centers e a NRG Empreendimentos Ltda. investiram 200 milhões de reais em sua abertura. A obra, maior construção privada de BH, realizada em tempo recorde pela Premo, foi feita em menos de dois anos e ocupa 156 mil m². Sérgio Magalhães, superintendente do Boulevard, diz que “a expectativa é que no período de Natal o centro comercial absorva 20% a mais de mão de obra, além dos 3.500 empregos já gerados. O estoque variado e o fato de ser uma novidade, somados à carência desses empreendimentos na região, serão apelos imbatíveis neste final de ano para a visita do consumidor”, diz o dirigente. O setor de entretenimento conta com seis salas de cinema; a inédita em Belo Horizonte Magic Games – parque indoor – com vários brinquedos, os espaços gastronômicos da praça de alimentação e da ala de restaurantes. São oito pisos, sendo cinco de estacionamento, com mais de 2.300 vagas, e os outros três abrigam 214 lojas, entre as quais 20 são exclusivas. O fluxo de clientes é estimado em 15 milhões de

melhores períodos para o varejo nos últimos anos.” Segundo ele, na região metropolitana de Belo Horizonte o aquecimento na contratação de trabalhadores, com aumento do nível salarial, a economia em ritmo crescente e a oferta de crédito trouxeram resultados muito bons nas vendas. Nadim está confiante que o crescimento verificado durante todo o ano irá se repetir no Natal. “Já podemos perceber aumento do movimento das pessoas nas lojas do hipercentro, na Savassi e nos shoppings. Acredito que o valor dos produtos vendidos não será alto, mas haverá aumento no número de presentes comprados.” O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Roberto Alfeu, tem opinião semelhante. Segundo ele, “os números mostram que o Natal de 2010 será um dos melhores dos últimos anos. Em projeção mais tímida, ele prevê que “as vendas serão

consumidores/ano. O superintendente destaca a presença das quatro âncoras – Hipermercado Carrefour, Renner, Riachuelo e C&A – e o conjunto completo de lojas, com foco muito grande no público A e B, moda e família. No setor de moda e beleza, algumas grifes também apostaram no novo endereço como a Calvin Klein, VR, Vivara, Maria Filó, Le Lis Blanc, Fast Shop, Folic, Chouchou por Patachou, Arezzo, Crawforf e Bebê Básico. Para Sérgio Magalhães, “o Boulevard deu nova cara à área, conhecida até então pela presença de hospitais e consultórios, o que tem atraído novos investimentos e promove valorização imobiliária”. Cláudio Cunha

Sérgio Magalhães, do Boulevard: “A expectativa é que no período de Natal o shopping absorva 20% a mais de mão de obra, além dos 3.500 empregos já gerados”

maiores de 5% a 7%, comparadas com as de 2009”. A explicação está na melhora da economia de forma geral. “Neste ano, o índice de desemprego caiu e isto significa maior renda familiar e comércio melhor”, diz Alfeu. Um indicador positivo, segundo ele, “é a contratação de trabalhadores temporários pelo comércio. No ano passado foram contratadas 7.650 pessoas. Neste ano, a perspectiva é de 8.500 contratações”. Embalados pela onda de otimismo, os shopping centers estão investindo em decoração e promoções específicas

para a data, visando assegurar uma parte considerável do anunciado boom do consumo. O presidente da Associação dos Lojistas de Shopping (Aloshopping), Marcelo Henrique de Almeida, proprietário das lojas Por 1 Fio, no DiamondMall e Minas Shopping, espera aumento entre 10 e 12% nas vendas em relação a 2009. Para atender à demanda, ele diz que os lojistas estão ampliando as equipes de funcionários em torno de 40% e até se preparando para uma possível antecipação nas compras. “Aconselho as pessoas que não gostam de movi Encontro | 43


comércio mento pesado, a anteciparem suas compras para evitar tumulto”, diz. Andréa Fernandes, coordenadora de marketing do Shopping Del Rey, acredita que o movimento deve aumentar em 20%, mesmo percentual de aumento já constatado nas vendas de janeiro a setembro. Para incentivar o consumidor, o Del Rey investiu 700 mil reais na decoração, feita com bichinhos e bonequinhos de doces, pirulitos e biscoitos. Segundo ela, além da decoração mais lúdica e voltada para o público infantil, está sendo preparada uma promoção especial, resgatando o sentido de surpresa do Natal. Localizado no coração da capital, o Shopping Cidade preparou uma série de atividades, que incluem ação interativa por meio de redes sociais dos clientes (Twitter e Orkut) com Papai Noel, decoração natalina baseada em pop art e sorteio de três carros. O investimento é da ordem de 500 mil reais e, segundo a superintendente Luciane Starling, espera-se um acréscimo de 21% no faturamento e de 15% no movimento de clientes. O BH Shopping inaugurou em outubro a sua quinta expansão, o Piso Mariana que, segundo a administração do mall, vai contribuir para incrementar o fluxo de clientes. As novidades da expansão serão agregadas às promoções de Natal, que ainda estão em fase de preparação. Quanto ao desempenho das vendas no final de ano, a administração do BH Shopping espera crescimento bem superior ao de 2009, levando-se em conta as 80 novas lojas inauguradas. Coordenador estadual para Minas Gerais da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e superintendente do BH Shopping, Durleno Barbosa de Rezende, acredita que este será o melhor Natal da década para o comércio. Em sua opinião esta perspectiva otimista se deve, entre outras razões, ao aumento do poder aquisitivo da população, à entrada da classe C no segmento de consumo e ao aumento da demanda por outras classes. Segundo ele, “nos shoppings em geral, as vendas deverão aumentar 20%. No caso do BH Shopping é difícil projetar um número, pois com nossa quinta expansão, inaugurada em outubro, tivemos um acréscimo de lojas. Mas asseguro que vamos crescer mais do que a média dos demais”. ❚

44 |Encontro

vendas Cláudio Cunha

Luciane Starling, superintendente do Shopping Cidade: aposta nas redes sociais para divulgar promoções e sorteios

Geraldo Goulart

Andréa Fernandes, do Shopping Del Rey: foco no público infantil e expectativa de aumento de 20% nas vendas

OS LOJISTAS E O NATAL DE 2010 vão diversificar a linha de produtos

investirão na decoração

13,5%

21,6% vão adquirir produtos importados

7,4%

estão capacitando funcionários

20,9% 25,7%

vão contratar mão de obra temporária

10,8%

estão reforçando os estoques de mercadorias Fonte: Fecomércio



comércio

importação Geraldo Goulart

Marcelo Fiuza

Roberto Gosende, do Mart Plus, entre Rejane Duarte e Maria Lúcia Renault, do Pátio Savassi, no primeiro quiosque exclusivo de vinhos em um shopping: aposta nos estrageiros

Farra dos importados Alta da moeda nacional e aumento do poder aquisitivo devem fazer com que os produtos estrageiros façam a festa neste natal

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Real forte em relação ao dólar e ao euro. Classe média com poder aquisitivo aumentado e muita vontade de experimentar. Junte as duas situações e teremos um fim de ano cheio de produtos importados na casa do brasileiro. A Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta aumento de 20% no volume de importados nesta época do ano. De acordo com o vice-presidente da associação, Fábio Faria, o bom momento da economia nacional favorece as importações nos últimos tempos. “Teremos mais produtos importados não só pela valorização do real, mas porque há um aumento de demanda causado pela melhor capacidade de consumo do brasileiro. O produto importado é objeto de desejo, principalmente as bebidas, mas também percebemos uma procura maior, de maneira geral, na área de brin-

quedos e presentes como perfumaria”, diz o executivo. Mais otimistas ainda são os números para o estado. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o volume de importações de bens de consumo não duráveis de Minas Gerais cresceu 32% de janeiro a setembro deste ano, e se comparado ao mesmo período do ano passado, ou seja, passou de 806 milhões de dólares em 2009 para 1 bilhão e 62 milhões de dólares em 2010. Os dados, compilados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio), são indicativo da oferta neste fim de ano, afirma a coordenadora do departamento de economia da entidade, Silvânia Araújo. “Os comerciantes que vão trabalhar com produtos estrangeiros no


Natal já fizeram as importações”, explica. Para Silvânia, o consumidor pode se preparar para ver o produto importado disputando espaço nas gôndolas com o nacional em maior diversidade e melhor preço. Ela cita um levantamento feito pela Fecomércio com 300 empresários mineiros, segundo a qual 37% deles vão trabalhar com produtos importados. “Isso ainda é resquício da crise financeira mundial. Temos o mundo vendendo estoques a um preço mais barato e o câmbio está favorável. É uma oportunidade porque o empresário pode oferecer preços menores e produtos de maior qualidade numa época de pico de vendas”, diz a analista. Na prática, isso significa maior oferta de bebidas e alimentos, além de eletrônicos, brinquedos e artigos de cama e mesa, como exemplifica Adilson Rodrigues, superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis). “A expectativa é de aumento de 12% na venda de produtos importados em relação ao Natal passado”, comemora Rodrigues. “Isso é estimulado pelo aumento do consumo da classe C, que possui uma renda já substancial. Há também a questão lúdica de comprar o novo, de consumir algo diferente, por vezes desejado por muito tempo, e o dólar barato abaixa o preço do importado”, conclui. Segundo Marcos Kayser, gerente de marketing da rede Super Nosso, não vão faltar na mesa dos mineiros azeites, geleias, massas, chocolates, brinquedos e, claro, vinho. “Trabalhamos com a estimativa de vender 30% mais importados em 2010. O importado está cada vez mais acessível não só pela baixa do dólar, mas até pelo aumento de renda da classe média, que está experimentando muito”, diz, citando como exemplo um vinho chileno exclusivo da rede varejista, o Dona Dominga. “Neste ano conseguimos esse vinho por R$ 20 reais a garrafa, um custo-benefício maravilhoso”, avalia. Os vinhos são mesmo a grande estrela das festas de fim de ano. Quem entende do assunto garante que o mercado nunca esteve tão bom para o produto estrangeiro, principalmente no quesito preço. “Estamos acreditando que vai ser o melhor Natal dos últimos anos, disparadamente”, afirma Roberto Gosende, diretor de marketing do Mart

Plus. “O aumento do poder aquisitivo da população é grande, se reflete no mercado e continua crescendo, e muito, o consumo de espumantes e vinhos. O brasileiro ainda prefere consumir vinhos importados e esses produtos caíram de preço, por isso devemos ter um aumento de 20% na venda de importados em relação ao ano passado”, diz. De olho nesse consumidor, o Mart Plus abriu, há pouco mais de dois meses, um ponto de vendas no Pátio Savassi. “Esse conceito de quiosque/ adega em shopping é algo inédito no estado, bem dentro da proposta do Mart Plus de levar algo novo para os clientes”, diz o executivo, que contou com consultoria do especialista Márcio Oliveira. A inauguração foi gestada em conjunto com a administração do Pátio, como conta a superintendente Maria Lúcia Renault: “Apesar de esperarmos um aumento geral no consumo na ordem de mais de 15%, detectamos a falta de bons vinhos na linha de produtos do shopping e fizemos a proposta ao Mart Plus”. Nas lojas especializadas, a perspectiva também é boa. Na Casa Rio Verde, por exemplo, onde a carta privilegia os franceses da região de Bordeaux, alguns rótulos tiveram redução de mais de 20% no custo para o consumidor final. Como é o caso do Château Cru Cantemerle Supérieur, que custa hoje R$ 59,90 e no ano passado custava R$ 79,90. “Como o euro também caiu e a casa fez essa opção por vinhos franceses, resolvemos

apostar e trouxemos coisas que antes não teríamos muita coragem de importar. Já chegaram dois contêineres e outro está vindo”, diz Haendel Roberto, superintendente da casa. “Esperamos aumentar de 10% a 20% a venda de importados. Pode até passar de 20%”, aposta o comerciante, que trabalha com vinhos de 12 países e, garante, os chilenos e os argentinos também chegaram com toda a força. Mais cauteloso, mas não menos otimista, o proprietário da Casa do Porto, Luiz Eduardo Moraes, confirma a tendência apontada pelo colega. “A perspectiva é boa. O dólar baixo vai começar a refletir nos negócios agora, quando começam a chegar novas importações. Deve haver uma baixa de 10%, 15% no preço dos importados em relação ao ano passado, o que estimula um crescimento de 10% nas vendas no Natal”, diz. Moraes cita como exemplo de um bom negócio que fechou em função da cotação da moeda, o vinho chileno J. Bouchon Reserva. “Houve queda do preço. Ele custava R$ 52 e caiu para R$ 41. É uma excelente relação entre custo e qualidade. Vale muito a pena”, revela o empresário, que cita ainda uma especialidade da Casa do Porto, os espanhóis. “Veja o Antonino Izquierdo, um vinho de muito pequena produção, biodinâmico, relativamente caro. Quando ele chegou, ano passado, custava R$ 590 a garrafa. Acabamos de receber mais e vai custar R$ 470”, informa. ❚ Leo Araújo

Marcos Kayser, do Super Nosso: aumento de 30% só com importados

Encontro | 47


Nós somos de miNas. Nós somos RecoRd.

6H45 – esporte record

7H05 – Mg direto da redação

7H15 – Mg no ar

9H30 – HoJe eM dia

Apresentado por Dudu e Maíra Lemos, o programa traz as últimas notícias do futebol mineiro, além de informações sobre esportes em todo o Brasil.

Flávia Scalzo apresenta tudo que acontece em Minas, com informações sobre o trânsito, oportunidades de emprego e prestação de serviços para a comunidade.

As primeiras notícias do dia, num jornal ágil e dinâmico, com apresentação e comentários de Eduardo Costa.

Natália Guimarães e André Vasconcelos comandam a maior revista eletrônica da TV. Jornalismo, moda, cultura, entretenimento e muito mais, direto de Belo Horizonte.


a maioR pRogRamação local. Você sabia que a RecoRd tem 19 anos de minas GeRais, a maioR pRoGRamação local e está cada Vez mais apaixonada poR nosso estado? Minas está seMpre crescendo na prograMação da record.

12H45 – BaLanço geraL

19H35 - Mg record

12H00 - caJu e totonHo

Mauro Tramonte, com toda a sua irreverência e carisma, comanda o programa jornalístico que presta serviços à comunidade, traz as principais notícias do dia e defende os interesses da população. E agora, com participação especial de Caju e Totonho, no quadro A praça do povo.

Carlos Viana traz as notícias que marcaram o dia em nosso Estado, com reportagens exclusivas e repórteres em diversos pontos da cidade.

Com muito humor e irreverência, Caju e Totonho invadem bastidores de shows, eventos, programas e fazem do sábado o dia mais alegre da semana.


especial política

sucessão

Daniele Hostalácio

A bancada dos

Cargo que disputou Quantidade de votos obtidos Parentesco

herdeiros Na foto, os deputados Gabriel Guimarães (esq.) e Agostinho Patrus Filho Fotos: Cláudio Cunha e Eugênio Gurgel

Cresce a cada ano o número de deputados eleitos com a ajuda do sobrenome da família. Conheça aqueles que, em 1º ou 2º mandato, chegaram lá graças à herança política. Em alguns casos, as criaturas tiveram mais votos que seus criadores

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Cabeças coroadas rolaram por obra de afiadas guilhotinas, varrendo monarquias do mapa da Europa, no século XVIII, e inaugurando governos republicanos. O poder deixou de ser hereditário: os tronos não eram mais passados de pai para filho. Mas, a herança política, no Brasil, manteve-se, atravessando épocas, e por isso, ainda em nossos dias, muitos políticos têm conseguido passar seu bastão para os descendentes. “O fenômeno não é exclusivo no Brasil. John Adams, segundo presidente dos EUA, teve um filho que também presidiu aquele país”, diz o cientista político do Departamento de Ciência Política da UMFG, Bruno Pinheiro Wanderley Reis. “Além dos casos da família Kennedy e, mais recentemente, dos Bush e dos Clinton”. Exemplos dessa transferência de votos de um patriarca para sua prole, ou

mesmo para outros parentes – cônjuges, tios, primos, irmãos – saltam de qualquer ponto que se aponte para o mapa político do Brasil. Em sete estados, os campeões de voto para deputados federais são parentes de líderes políticos. Renan Filho (PMDB-AL), de Renan Calheiros; ACM Neto (DEM-BA), de ACM; dona Íris (PMDB-GO), mulher de Íris Rezende; Rodrigo de Castro (PSDB-MG), filho de Danilo de Castro; Ana Arraes (PSB-PE), mãe de Eduardo Campos (PSB-PE); Teresa Jucá (PMDB-RR), mulher de Romero Jucá; e Valadares Filho (PMDB-SE), filho do senador Valadares. Do total de 513 integrantes, a Câmara Federal terá, a partir do próximo ano, uma bancada formada por 125 deputados filhos ou parentes de políticos. Estarão lá, ainda, nomes como o de Hugo Mota, do PMDB, o mais jovem deputado federal do país, com 21 anos,


filho de um prefeito na Paraíba. Minas Gerais não foge à regra. A começar pelo ex-governador Aécio Neves, um nome que há muito já construiu sua própria história, mas que entrou para a política pelas mãos do avô, Tancredo Neves, e do pai, Aécio Cunha. Nestas últimas eleições, só de deputados estaduais e federais por Minas, inaugurando o primeiro ou no máximo o segundo mandato político, e que apresentam esse perfil, há, pelo menos, nove nomes. “Uma das explicações para esse fenômeno é o efeito recall”, observa Bruno Wanderley. Segundo ele, o atual sistema eleitoral proporcional, que oferece uma lista aberta de candidatos, faz com que cada aspirante ao mandato seja obrigado a enfrentar a disputa num “oceano de nomes”. “Este ano, foram mais de 600 candidatos a deputado federal e cerca de 1.100 disputando uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Cada um lutando para ser lembrado. Se a pessoa tem um nome pronto, que já produz um reconhecimento, ela sai na frente”. A rejeição ao nome do antecessor é insignificante, no caso das eleições para deputados, porque com menos de 1% dos votos válidos já é possível se eleger.

“Por isso, vale um pouco aquela máxima: ‘Falem mal, mas falem de mim’”, observa Wanderley. Ou seja, num cenário em que o voto é muito pulverizado, se a pessoa possui um nome que consegue romper o anonimato, já começa a disputa em vantagem. Tiago Ulisses (PV), filho de pai e mãe políticos, acaba de se eleger deputado estadual pela segunda vez. Na primeira disputa, em 2006, foi eleito com 72.931 votos e, nesta última eleição, atingiu a marca de 103.677 votos. Os municípios onde mais foi votado foram Lagoa da Prata, terra da sua mãe, a ex-deputada estadual Maria Olívia, e Santo Antônio do Monte, berço do pai, o ex-deputado federal José Ulisses de Oliveira. “Em 2010, tivemos um crescimento expressivo de votos. Da primeira vez, as pessoas votaram, sobretudo, pela credibilidade da família, confiando nas lideranças políticas”. Agora, avalia Ulisses, contou também a trajetória que ele mesmo começou a construir. Isso porque, a partir do primeiro mandato, a capacidade de se eleger vai cada vez mais se desvinculando do prestígio do parente. “Quanto mais tempo exercendo mandatos, menos relevante se tornará a transferência de votos e

mais importante se tornará o próprio capital político”, pontua o cientista político Bruno Wanderley, lembrando que, junto com o reconhecimento, vem maior responsabilidade por parte de quem se elegeu respaldado, em grande parte, pela trajetória construída por um familiar. “A história do meu pai me abriu portas, sem dúvida”, observa Bernardo Santana (PR), que em 2011 estreia na Câmara Federal, tendo superado a maior votação já recebida por seu pai, o deputado federal José Santana (ver quadro). “A responsabilidade é maior, não só para com as pessoas que votaram em mim, mas também para com a história do meu pai, que irei honrar”, diz. Seguir a carreira de político, declara Bernardo, não foi uma imposição paterna. “Foi uma decisão pessoal”, afirma. No caso de Gabriel Guimarães, que inicia seu primeiro mandato político, em 2011, na posição de um dos deputados federais mais votados do PT nestas eleições, a decisão de enfrentar as urnas veio da base do partido. Mas, como era de esperar, Gabriel já tinha paixão pelo ofício do pai. Filho de Virgílio Guimarães, o jovem de 27 anos respirou um ambiente impregnado de política desde

SOBRENOME DÁ VOTO

Parlamentares em primeiro ou segundo mandato, eleitos com a ajuda do sobrenome de parentes

Renzo Braz (PP)

Bernardo Santana (PR)

Diego Andrade (PR)

DEPUTADO FEDERAL

DEPUTADO FEDERAL

DEPUTADO FEDERAL

1º mandato - 2010 (102.573 votos)

1º mandato - 2010 (119.029 votos)

1º mandato - 2010 (90.073 votos)

Neto do prefeito de Muriaé, José Braz (PP), e sobrinho do deputado estadual Bráulio Braz (PTB), que em 2011 inicia o 2º mandato

Filho de José Santana (PR), que em 2011 encerra o seu décimo mandato político – foram quatro mandatos como deputado estadual e seis como deputado federal

Sobrinho de Clésio Andrade (PL), que foi vice-governador de Minas no primeiro mandato de Aécio Neves e atualmente preside a Confederação Nacional do Transporte (CNT), e neto de Oscar Andrade, ex-prefeito de Juatuba

ssoal

Arquivo Pe

ão

Helena Le

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Arquivo Pe

Encontro | 51


especial política

sucessão

que veio ao mundo. “Eu viajava com ele pelo interior, quando ainda era menino; filiei-me ao PT assim que pude; participei da juventude do partido. Quando fui estudar direito, em Brasília, trabalhei de forma voluntária no gabinete dele”, conta Gabriel, o mais votado entre os deputados novatos. A política também está no sangue de Gustavo Perrella (PDT), que conquistou uma vaga para deputado federal por Minas nestas últimas eleições. Filho do deputado estadual Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro e ex-deputado federal, que neste ano concorreu como suplente de Itamar Franco ao Senado, Gustavo conta que também cresceu em meio a políticos. “Meu avô, José Arthur, foi prefeito de São Gonçalo do Pará por duas vezes”, conta. Ele reconhece que seu sucesso nas urnas se deve, em parte, a uma transferência de votos por causa do reconhecimento do trabalho do pai dele. “Mas, nos últimos quatro anos, também trabalhei muito por estas eleições”, afirma. Outro filho de político que decidiu trilhar o caminho do pai é Tadeuzinho Leite (PMDB), um estudante de direito que em 2011 será o mais jovem deputado estadual do estado. “Apesar de ter apenas 24 anos, sempre vivi muito pró-

ximo à política e conheci muitos políticos, desde os meus 5 anos de idade. Como qualquer filho que muitas vezes escolhe seguir os passos do pai, por espelhar-se nele, no meu caso não foi diferente”, conta o herdeiro político de Luiz Tadeu Leite, que está em seu terceiro mandato como prefeito de Montes Claros e já foi deputado por três legislaturas. Só em Montes Claros, Tadeuzinho recebeu cerca de 20 mil votos. Embora reconheçam a importância que o apoio que uma liderança política na família pode ter significado para o sucesso nas urnas, os eleitos pontuam o fato de que ser parente de político e apresentar um sobrenome reconhecido pelos eleitores não é suficiente para se eleger. Segundo todos os relatos, a campanha exigiu muito trabalho, articulação política, viagens, investimento emocional e uma caminhada anterior de credibilidade, nas relações sociais e profissionais até então estabelecidas. “Trabalhei muito, não parei nenhum dia, até as eleições. E consegui apoio e votos em cidades nas quais meu tio sequer era conhecido”, observa Diego Andrade (PR), estreante nas urnas, sobrinho de Clésio Andrade, vice-governador de Minas durante o primeiro mandato de Aécio Neves.

De qualquer modo, sem exceções, esses novos políticos enxergam nos familiares que se dedicam à política uma inspiração e se espelham em suas qualidades. “Desde criança convivi com grandes políticos de expressão nacional, como JK e Tancredo Neves. E eu via a dedicação do meu pai aos municípios que votavam nele, a transformação pelas quais as cidades passavam por meio da luta do meu pai para levar melhoria a elas. Isso foi minha maior motivação”, avalia o deputado federal reeleito Paulo Abi-Ackel (PSDB), filho de Ibrahim Abi-Ackel, ex-ministro da Justiça que exerceu dez mandatos políticos. “Eu já tinha um grande escritório de advocacia, muito êxito na minha profissão como advogado e era juiz do TRE em Minas. Mas abdiquei disso para seguir o chamado da minha vocação para a política, em face do que vi desde a minha infância”, acrescenta. Na bagagem, como grande legado, os herdeiros políticos destacam o fato de que não levam apenas a confiança de um eleitorado. Recém-eleito deputado federal, o empresário Renzo Braz, sobrinho do deputado estadual Bráulio Braz e neto de José Braz, prefeito de Muriaé, declara que levará para seu mandato o exemplo de trabalho dos seus familia-

Gabriel Guimarães (PT)

Gustavo Perrella (PDT)

Paulo Abi-Ackel (PSDB)

DEPUTADO FEDERAL

DEPUTADO ESTADUAL

DEPUTADO FEDERAL

1º mandato - 2010 (137.071 votos)

1º mandato - 2010 (82.864 votos)

Filho de Virgílio Guimarães (PT), deputado federal em seu quarto mandato, que não disputou reeleição

Filho de Zezé Perrella (PDT), deputado estadual, ex-deputado federal e atual presidente do Cruzeiro. Foi eleito suplente de Itamar Franco no Senado

1º mandato - 2006 (126.431 votos) 2º mandato - 2010 (105.413 votos)

52 |Encontro

unha Cláudio C

rido

Júnia Gar

Filho de Ibrahim Abi-Ackel (PP), que foi deputado estadual e federal, por dez mandatos, além de ter sido ministro da Justiça

oulart

Geraldo G


res, empresários bem-sucedidos que decidiram entrar para a política para dar ao país uma contribuição. “Quero contribuir também; as pessoas honestas, de credibilidade, precisam se envolver com a política. Meu avô, por exemplo, mudou o estilo de gestão da cidade de Muriaé, transformando para melhor a vida das pessoas”, diz. Eleito para o segundo mandato como deputado estadual, Agostinho Patrus Filho, que herdou do pai também o nome, é outro que obteve, nas duas eleições de que participou, votação maior à obtida pelo pai. Ele ressalta que a grande herança política que foi legada a ele não foram os votos. “Meu pai construiu o trabalho dele baseado na seriedade, no compromisso, na lealdade e na honestidade. Por isso conseguiu, foi eleito para seis mandatos consecutivos”, diz. “Tenho muitos eleitores que votam em mim pela confiança e carinho que tinham por ele, falecido em 2008. A trajetória dele me inspira. Mas a ela procuro acrescentar minha marca pessoal, minha visão de mundo”. O desejo, também compartilhado pelos outros “herdeiros”, é de ir além. Afinal, um dia essa segunda geração de políticos parentes terá também os seus sucessores. Porque na roda da política, a fila anda.

AUMENTA A BANCADA DE PARENTES Dos 513 deputados federais, 112 são parentes de políticos

MAR DE CANDIDATOS EM MG O aumento do nº de candidatos é fator que ajuda a eleger sobrenomes conhecidos

EM 2010

Nº de candidatos em 2002 FEDERAL 373 ESTADUAL 819 Nº de candidatos em FEDERAL 639 ESTADUAL 1.106

Dos 54 senadores eleitos, 14 são parentes de políticos

CÂMARA

SENADO

EM 2006

Dos 27 eleitos, 6 eram parentes de políticos NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MG Número de parlamentares eleitos, filhos de ex-deputados 1998: 0 2002: 5 2006: 7 2010: 9

Dos 513 deputados federais, 109 eram parentes de políticos

Agostinho Patrus Filho (PV)

Tadeuzinho Leite (PMDB)

Tiago Ulisses (PV)

DEPUTADO ESTADUAL

DEPUTADO ESTADUAL

DEPUTADO ESTADUAL

1º mandato - 2006 (99.805 votos) 2º mandato - 2010 (93.656 votos)

1º mandato - 2010 (56.898 votos)

1º mandato - 2006 (72.931 votos) 2º mandato - 2010 (103.677 votos)

Filho de Luiz Tadeu Leite (PMDB), que está em seu terceiro mandato como prefeito de Montes Claros

Filho de Agostinho Patrus (DEM), deputado estadual por seis mandatos consecutivos e ex-secretário do governo Aécio Neves

urgel

Eugênio G

unha Cláudio C

Filho de José Ulisses de Oliveira, ex-deputado federal pelo PMDB, e da ex-deputada estadual Maria Olívia (PSDB), que exerceu quatro mandatos

Divulgação

Encontro | 53



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especial política

lideranças

Daniele Hostalácio e André Lamounier

Rodrigo de Castro

Geraldo Goulart

Dinis Pinheiro

Weliton Prado

Guarde estes

56 |Encontro

nomes


solution

Respaldados por votações surpreendentes e um valioso capital político, estes três parlamentares emergem das eleições como a nova força da política mineira. Quem são eles e como construirão seus caminhos no futuro Quaisquer que sejam as eleições, sempre surgirão novas lideranças que vão exercer papel de destaque na política mineira nos próximos anos. Não foi diferente nas eleições deste ano, que consagrou, em primeiríssimo lugar, dois nomes que não representam novidade na cena política: Aécio Neves e Antonio Anastasia. Não resta dúvida de que ambos ajudarão a ditar os rumos da política mineira – e brasileira – no futuro próximo. A novidade, contudo, veio das eleições para o legislativo. Com centenas de milhares de votos, os candidatos a deputado federal Rodrigo de Castro e Weliton Prado e o candidato a deputado estadual Dinis Pinheiro emergem da corrida pelo voto como atores importantes do novo mapa político do estado. “Daqui para frente, em teoria, cada vez mais eles terão de ser ouvidos”, diz o sociólogo e cientista político Rodrigo Mendes Ribeiro, diretor do Instituto República Opinião. É inegável que se trata de uma nova geração começando a preparar seu caminho para o amanhã e garantindo, assim, o espaço político de seus partidos. O PSDB mineiro, por exemplo, que terá ao cabo deste mandato 12 anos de hegemonia política no estado, precisava formar novas lideranças. Seja para a sucessão do governador Anastasia, seja para a eventualidade da disputa para a prefeitura da capital. Em Belo Horizonte, o mais provável, até o momento, é que o partido siga em linha com o atual prefeito Marcio Lacerda rumo à sua reeleição. Mas como, em política, tudo pode mudar, era fundamental consolidar quadros fortes no partido. Reeleito deputado federal com quase 300 mil votos, Rodrigo de Castro encarna o que se pode chamar de pós-Aécio-e-Anastasia. Filho do ex-deputado Danilo de Castro, economi-

ário que fez carreira na Caixa Econômica Federal até entrar para a vida pública, Rodrigo é político jovem, com bom trânsito entre os caciques do partido e que também tem bom diálogo com os partidos oposicionistas. Sai, destas eleições, credenciado para disputar cargos de maior envergadura no PSDB mineiro. A prefeitura da capital surge como forte possibilidade no horizonte futuro de Rodrigo. Com Anastasia no governo, será alçado naturalmente à posição de destaque no

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Rodrigo do Castro (PSDB)

271.306 votos DEPUTADO FEDERAL O mais votado em Minas, pelo segundo ano consecutivo

Dinis Pinheiro (PSDB)

132.259 votos DEPUTADO ESTADUAL O mais votado em Minas, pelo segundo ano consecutivo

Weliton Prado (PT)

234.397 votos DEPUTADO FEDERAL O mais votado do PT, em Minas

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especial política legislativo federal e um dos mais importantes interlocutores do governo. Aliado a isso, Rodrigo é amigo do senador eleito Aécio Neves, maior líder político de Minas na atualidade e certamente um dos grandes líderes do próximo Congresso. “A política é uma caminhada”, diz Rodrigo. “E como o jovem está voltando a se interessar pela vida política, a tendência é rejuvenescer as lideranças”. O deputado estadual Dinis Pinheiro, também do PSDB, reeleito com mais de 130 mil votos, vem emendando mandatos (este é o quinto), cada vez com maior votação.

lideranças É dono de um perfil conhecido entre políticos mineiros de grande expressão: possui capacidade de articulação que independe da coloração partidária. Além de reunir características próprias de um líder promissor, Dinis é irmão do deputado federal eleito Toninho Pinheiro (PP), um dos mais votados do estado e campeão de votos em seu partido. Todos esses fatores o cacifam para assumir um papel de protagonismo na política estadual. É nome quase certo para assumir a presidência da Assembleia Legislativa do estado a partir de 2011. Tanto deputados de oposição,

como os irmãos Weliton e Elismar Prado, quanto os principiantes, como Fred Costa (PHS), já manifestaram apoio a Dinis. “Pretendo unir a bancada dos novatos em favor do nome dele”, diz Fred Costa que, apesar do nome, não tem parentesco com o ex-ministro e ex-candidato a governador Hélio Costa (PMDB). “É a vez dele”, diz Weliton Prado. “Vou trabalhar para que a bancada do PT o apoie de forma consensual”, completa Elismar. “Não há dúvida, ele reúne todas as credenciais”, diz o também oposicionista Carlin Moura (PCdoB). Dinis Pinheiro tem ainda o apoio do atual presidente da

Ele teve bons professores Com 39 anos, Rodrigo de Castro conheceu o gosto desse poder quase mágico da política na convivência com o pai, Danilo de Castro, economiário que fez carreira na Caixa Econômica Federal até entrar para a vida pública. “Até os 19 anos de idade, morei em umas oito cidades, por causa das constantes transferências de meu pai, que era gerente”, conta. Paralelamente ao trabalho como técnico, Danilo de Castro fazia política de classe dentro da instituição. Em 1992, foi nomeado presidente da Caixa, o que acabou lhe conferindo grande visibilidade. “A decisão de se candidatar a deputado federal foi natural”, diz o filho Rodrigo. Viajar com o pai e participar das campanhas dele começou a ser uma atividade prazerosa para Rodrigo, que se formou em direito e logo se iniciou na profissão de advogado. Participou ativamente das duas primeiras campanhas do pai, em 1994 e 1998. “Mas na terceira, em 2002, que foi sua última eleição, tive um papel ainda mais ativo”, diz. “Praticamente toquei a campanha sozinho, já que meu pai estava envolvido com a campanha do Aécio Neves para governador”. Findas as eleições, Rodrigo de Castro acabou sendo chamado para assumir a chefia de gabinete do então secretário de Planejamento do governo eleito, Antonio Anastasia. “Participei do choque de gestão, e isso me deu ampla visão do governo”, afirma. “Eu tinha dois interlocutores privilegiados: meu pai, na parte política, e o Anastasia, na parte técnica”. No mesmo período, Rodrigo de Castro fez mestrado em administração, exatamente sobre o choque de gestão. Quando Anastasia candidatou-se a vice-governador, Rodrigo decidiu disputar uma vaga como deputado federal. A resposta foi surpreendente: estreou, em 2007, como o deputado federal mais votado por Minas. “Minha experiência técnica foi um diferencial em Brasília”. “Consegui me destacar em meio a mais de 500 parlamentares”. Com apenas sete meses de mandato, foi escolhido secretário geral do PSDB; em seguida, coordenador do partido na campanha de Marcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte, e também como coordenador das campanhas municipais do PSDB em todo o país. Mais recentemente, foi coordenador, em Minas, da campanha presidencial de José Serra, no segundo turno das eleições. “A política proporciona momentos que nenhuma outra carreira consegue”, diz. “Fazer algo que pode transformar a vida de milhares de pessoas para melhor”.

Eugênio Gurgel

58 |Encontro

“O jovem está voltando a se interessar pela vida política, a tendência é rejuvenescer as lideranças”


Assembleia e vice-governador eleito, Alberto Pinto Coelho. Não por acaso é, há três anos, o primeiro-secretário do parlamento mineiro, segundo cargo na hierarquia da casa. “Sou movido pela devoção à causa pública”, afirma Dinis. “E agora estou vivendo um dos melhores momentos de minha carreira política”. Ainda na base aliada do governador eleito, outros três nomes de jovens deputados vêm ganhando projeção política a cada eleição: Agostinho Patrus Filho (PV), parlamentar muito respeitado na Assembleia e considerado hábil articulador nos bastidores; além de Gustavo Correa e Gustavo Valadares, ambos do DEM. O futuro também se revela auspicioso para alguns jovens petistas. O

novato Gabriel Guimarães, filho do deputado Virgílio Guimarães, é promessa. Articulado e combativo, tem na herança do pai um de seus maiores trunfos. Por essa razão, foi o campeão de votos entre os estreantes do partido, embora o fato, isoladamente, não tenha maiores significados. “Ter muito voto não significa sair uma grande liderança”, diz a deputada federal reeleita Jô Moraes (PCdoB). “O Tiririca teve”. Em outras palavras, Jô está dizendo que as urnas não consagram lideranças, mas sim apresentam novos atores que podem se firmar líderes dependendo de seu desempenho. Em tese, Gabriel tem tudo para se firmar. Outro jovem parlamentar do partido que vem se destacando é o

deputado federal reeleito Miguel Correa, ligado ao ex-prefeito Fernando Pimentel e cuja votação cresce a cada pleito. Ninguém, contudo, vem registrando arrancadas tão espetaculares no PT como o deputado federal eleito Weliton Prado que, além de ser o mais votado do partido em praticamente todas as eleições que vem disputando nos últimos anos, contabilizou, somente na região metropolitana de Belo Horizonte, mais de 105 mil votos em 2010. O nome de Weliton ganha ainda mais musculatura com um fato inédito na história da política mineira: jamais uma mesma família elegeu, para a mesma legislatura, três deputados. Junto a seus irmãos, Weli-

O poder da articulação

Dinis Pinheiro: nome quase certo para assumir a presidência da Assembleia Legislativa do estado a partir de 2011

As origens como político do deputado estadual reeleito Dinis Pinheiro remetem à trajetória paterna, mas estão atreladas, principalmente, à gestão de seu irmão, Toninho Pinheiro, como prefeito de Ibirité (veja matéria nesta edição). “Quando eu nasci, em 1967, meu pai era prefeito de Ibirité”, diz. Dinis cresceu bem próximo à política, convivendo com políticos, alguns de expressão nacional. O pai, Tonico Pinheiro, era pessoa de origem humilde, mas que sabia cultivar amizades. Tinha pouco mais de 20 anos quando foi ser motorista de Israel Pinheiro, na Vale do Rio Doce, e desse encontro surgiu um grande relacionamento. Por obra do destino, quando Tonico se tornou prefeito de Ibirité, Israel Pinheiro era o governador de Minas, tendo colaborado, então, para o progresso da cidade. Ao lado da política, a educação é outra seara que marcou a vida familiar de Dinis. Sua mãe, Irene de Melo Pinheiro, trabalhou ao lado de Helena Antipoff, pedagoga russa que foi um marco na educação em todo o país. “Ela (Helena Antipoff) escolheu Ibirité para desenvolver seu trabalho, na década de 40, e minha mãe teve oportunidade de iniciar-se como pedagoga ao seu lado”. Vinda de família muito pobre, Irene formou-se em pedagogia, história, geografia e psicologia, e legou aos filhos o valor do conhecimento. Atualmente, Irene exerce a presidência da Fundação Helena Antipoff e também é membro do Conselho Estadual de Educação. Quando Toninho Pinheiro decidiu entrar para a vida política e se tornou prefeito de Ibirité, em 1989, Dinis foi secretário de governo na gestão do irmão. Juntos, eles puseram em prática o que o pai havia ensinado – honestidade, amor à causa coletiva, economia –, e a gestão começou a mudar a face da cidade. Mas, lembra Dinis, os irmãos enfrentaram muitas dificuldades, por não terem apoio de nenhum parlamentar. Lembravam do pai dizendo da importância da amizade dele com o governador Israel Pinheiro. Em 1993, Dinis disputou sua primeira eleição para deputado estadual. Elegeu-se com 26 anos de idade – o mais jovem entre os deputados estaduais em Minas, na época.

Geraldo Goulart

Encontro | 59


especial política ton hoje integra uma espécie de clã político familiar de Uberlândia. Sem herança política e egressos da base, quatro dos sete irmãos da família Prado dedicam-se, hoje, à vida pública: a irmã mais velha, Liza Prado (PSB), que inaugurou o ofício entre eles, é vereadora e acaba de se eleger deputada estadual; o irmão Elismar Prado (PT), deputado federal, elegeu-se, em 2010, deputado estadual; além de Weliton há também o vereador Gilmar Prado (PT). “Eu e o Elismar nos completamos, somos uma verdadeira dupla”, explica. Em 2011, Weliton e Elismar trocam de papéis: Weliton deixa a Assembleia Legislativa para ir para a Câmara Federal, e Elismar deixa Brasília para assumir uma vaga como deputado estadual. “Já fomos vereadores e com essa troca teremos passado pe-

lideranças las três esferas do legislativo”. Os mais de 234 mil votos recebidos por Weliton Prado, nestas últimas eleições, não chegam a surpreendê-lo. “Eleição é época de colher o que plantamos ao longo da vida. Muitos políticos se elegem com apoio de grandes lideranças e de prefeitos, mas isso é muito caro”, diz. “Nossa campanha é direta, junto ao povo”. A vantagem disso, ressalta Weliton, é a liberdade de atuação que se ganha. “Essa é uma grande diferença: nunca estivemos amarrados a grupos tradicionais da política. Nós mesmos construímos nosso caminho”, pontua. Com esse resultado e com sua atuação em Brasília, Weliton espera pavimentar seu caminho para se colocar como alternativa nas eleições municipais de 2012, seja em Uberlândia, seja em Contagem,

onde foi muito bem votado e onde a atual prefeita Marília Campos (PT), que não pode mais se reeleger, precisa fazer seu sucessor. No momento, Weliton garante, está com os olhos voltados para Brasília. “Fui um deputado estadual que se sentiu com a caneta na mão, porque consegui muitas realizações. Como federal, farei o mesmo”, diz. “Quero também ajudar o governo de Minas a trazer recursos para o estado”, afirma, com um discurso de quem já dá sinais de que pretende trabalhar em harmonia com o governo eleito do PSDB. O futuro político destas novas lideranças será definido pelo tempo. Um dado, porém, já pode ser considerado como certo. O resultado das urnas os credenciaram para participar do jogo de cartas nas próximas eleições mineiras.

Persistência recompensada O nome era tudo que Weliton Prado tinha quando decidiu entrar para a política. Vindo de uma família pobre – onde morava, na infância, não havia água nem luz –, ele é o exemplo de um homem que se fez sozinho. “Quando eu tinha 8 anos, não era sequer registrado, pois minha mãe tinha sete filhos: a única preocupação dela, a vida toda, foi nos dar o que comer”, conta. Mas, Weliton, que era engraxate e vendia peixe, queria estudar, e um dia avisou à mãe que estava indo para a escola. Pegou um pedaço de papel de pão, um toquinho de lápis e saiu andando, a pé. “A escola era muito longe”, recorda-se. Com a inocência típica de uma criança, entrou numa sala de aula e se sentou numa carteira. “Acho que era uma turma de 5ª série; a professora me explicou que eu não podia ficar lá, que precisava me matricular. Eu saí da sala dela e fui pra outra. E fui passando de sala em sala, e era sempre a mesma história. Até que eu disse que tinha ido lá pra estudar e não sairia dali”. Essa mesma persistência Weliton mostraria anos depois, no exercício da política. Mas o final da história do primeiro dia de aula foi que ele acabou sensibilizando a diretora da instituição; ganhou caderno, a matrícula e começou a mudar o próprio destino. Com o tempo, vieram as participações em movimentos estudantis – ele chegou a ser presidente da União Municipal dos Estudantes – e em grupos de jovens de igrejas. “Desde criança, de uma forma ou de outra, sempre participei dos pleitos eleitorais. Sempre gostei de política”, conta. Formou-se em filosofia, tornou-se repórter fotográfico e a primeira eleição, para vereador, aconteceu em 2000; foi eleito com 7 mil votos o que, em termos proporcionais, já o tornava um dos mais bem votados do PT no estado. Em 2002, novo salto, quando se elegeu deputado estadual, reeleito em 2004. Em 2010, foi o momento de tornar-se deputado federal e mostrar sua força política: tornou-se o terceiro mais votado entre os deputados federais, por Minas, e o mais votado do PT no estado. “A maior qualidade que tenho é que não sou político de Copa do Mundo, que só aparece de quatro em quatro anos”, diz. Eugênio Gurgel

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“Não sou político de Copa do Mundo, que só aparece de quatro em quatro anos”



especial política

cidades

Daniele Hostalácio Fotos: Cláudio Cunha

Nova sede da prefeitura de Ibirité, que foi administrada pelo deputado federal eleito Toninho Pinheiro (PP), abaixo: "Desmontei a tese de que investir em rede de esgoto não dá votos"

A cidade mineira de Ibirité, que cresce o dobro do Brasil, é exemplo de boa gestão e de como a integração entre município, estado e poder legislativo pode transformar pobreza em prosperidade

Tigre mineiro Numa madrugada chuvosa, no dia 2 de janeiro de 2001, Toninho Pinheiro saiu de casa, às 4h da manhã, para assumir a prefeitura de Ibirité. Queria ver, in loco, o estado dos postos de saúde do município, alvo de tantas queixas da população durante sua campanha para prefeito da cidade. Encontrou mulheres e idosos debaixo da chuva, com os pés molhados, aguardando nas filas. “Iam ali em busca de saúde, mas encontravam mais doença”, lembra. Bateu na porta do posto – o vigia dormia lá dentro. Pulou o muro, acordou o funcionário e disse: “As pessoas estão aguardando lá fora e está chovendo; você tem que abrir a porta para elas entrarem”. O vigia explicou que só podia fazer isso com ordem do prefeito. Ouviu como resposta: “Pois então pode abrir. Você está falando com ele”. Toninho inaugurava, assim, aos 39 anos de idade, o seu segundo mandato como prefeito da cidade mineira de Ibirité, uma das maiores de Minas, com cerca de 200 mil habitantes, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com o gesto, revelava qual seria o estilo de gestão que iria imperar na prefeitura, a partir dali. “A razão de ser da política é a vida humana. Se a vida não for o mais importante, não tem sentido haver prefeito, governador”, acredita. Homem simples, que cursou apenas até o 2º grau do ensino médio, mas disposto a entrar para a história da cidade e a mudar a realidade do

município a partir da política e do trabalho, ele conseguiu revolucionar Ibirité. No primeiro mandato, entre 1989 e 1992, iniciou a mudança. “Mas tive muitas dificuldades, pois não tinha um deputado para me apoiar”, lembra. Depois, voltou à prefeitura, por dois mandatos consecutivos – de 2001 a 2008 – ,e conseguiu realizar uma administração considerada um divisor de águas, até mesmo pela oposição. Desta vez, contou com a ajuda do irmão Dinis, eleito parlamentar mineiro em 1994 e reeleito deste então. Uma de suas primeiras medidas como prefeito foi humanizar os postos de saúde da cidade. Hoje, todos eles ficam abertos 24 horas e não há mais portas, apenas uma baixa mureta para evitar entrada de animais; todos possuem um espaço com cadeiras, bebedouro, chuveiro. “Quando mandei abrir o posto, estava dando um recado para todos os funcionários: eu não estava ali para brincar, e precisava da ajuda deles”, diz. “Dessa forma, fui contagiando as pessoas, e todos então me ajudaram”. De fato, o estilo é reconhecido por sua equipe. “A maior qualidade do Toninho é que ele não manda fazer, ele próprio dá o primeiro passo”, diz a advogada Patrícia Macieira, secretária de Administração do município desde 2001. Naquele início dos anos 2000, Toninho relata que, ao assumir a prefeitura, encontrou muita pobreza e desesperança. “Ibirité é uma cidade pobre, de


PRINCIPAIS OBRAS* ❚ Maternidade com capacidade para oito partos/dia ❚ Hospital regional com 110 leitos ❚ Nova sede para a prefeitura ❚ Canalização de córregos ❚ Tratamento da rede de esgoto ❚ Pavimentação das ruas ❚ Centro educacional com teatro para 960 pessoas sentadas * Obras realizadas e/ou iniciadas durante as gestões de Toninho Pinheiro (2001/2008) na prefeitura

Primeira maternidade do município: antes, registro de nascimento de Ibirité, só com ajuda do cartório

poucos recursos”, diz. A solução que Toninho encontrou para fazer mais, com menos, foi economizar e aumentar os recursos. A economia veio por meio da decisão de evitar, ao máximo, a terceirização: todas as obras e serviços que podiam ser feitos e administrados pela própria prefeitura foram assumidos pelo prefeito. “Não sou contra a terceirização, mas também não me deixo contaminar por modismos”, afirma. “Quando a própria prefeitura decide fazer a obra, a economia é brutal, desde que não haja corrupção. Dá muito mais trabalho do que terceirizar, mas numa cidade pobre, reduzir custos é fundamental”. A coleta de lixo, o transporte escolar, a merenda escolar e a base para pavimentação asfáltica são, hoje, realizadas pela própria prefeitura em Ibirité, assim como várias outras obras. Para isso, a cidade precisou contratar serventes, pedreiros, carpinteiros; e constituir frota própria de caminhões, ônibus e máquinas. Atualmente, a prefeitura tem 214 veículos – todos já pagos. “Às vezes, com o custo com aluguel numa única obra conseguimos comprar esses veículos”, diz Toninho. Mais: com os equipamentos a cidade mineira pôde implantar dois turnos de trabalho, das 7h da manhã à meia-noite, todos os dias. “Somos uma das únicas prefeituras do Brasil que trabalha nesse ritmo”, diz o ex-prefeito. “Em Ibirité, as carências eram tão grandes, que não po-

díamos perder tempo”. Para fazer crescer a arrecadação do município, Toninho Pinheiro (PP) resolveu partir para a briga e enfrentou a Petrobras. “A empresa possui 70% de suas instalações em Ibirité, mas, até 92, todos os recursos iam para Betim, onde estão apenas 30% da companhia”, diz. Já nos primeiros anos, o prefeito conseguiu levar para Ibirité 1,5% da contribuição total da empresa. Em 2008, consegui aumentar essa porcentagem para 6%. Pode parecer pouco, mas não é. Hoje, a metade do ICMS que a prefeitura de Ibirité recebe, cerca de 3 milhões de reais, é resultado desse esforço. “No início, diziam: você é doido, ninguém briga com a Petrobras”, afirma ele. Com esses dois passos – economia e aumento da arrecadação – Toninho conseguiu reunir recursos para fazer as obras que, literalmente, transformaram a paisagem de Ibirité nos últimos dez anos. Quando assumiu a prefeitura, em 2001, nem 30% das ruas da cidade eram asfaltadas. “Era um buraco só”, diz. Hoje, mais de 97% das vias têm asfalto e 95% têm rede de esgoto tratada. O índice de canalização de córregos e da rede de detritos era pífio: cerca de 20%. “Ibirité era um esgoto a céu aberto”, afirma. Até o final deste ano, 100% das ruas estarão pavimentadas e toda a rede de esgoto canalizada e tratada. A continuidade do trabalho de Toninho está sendo garantida por seu ex-secretário de Obras, Laércio Dias, atual prefeito da ci-

dade. “O Laércio chegou a perder eleição para vereador da cidade”, diz Toninho. “Mas com honestidade e boa gestão, consegui fazê-lo meu sucessor”. Toninho Pinheiro comemora muitos outros feitos. Dentro de quatro meses, Ibirité irá ganhar um dos maiores hospitais regionais de Minas, com 110 leitos. A obra já está totalmente pronta, aguardando apenas a conclusão de licitação para a compra de materiais. A cidade foi brindada, também, com sua primeira maternidade, com capacidade para atender a oito partos por dia; com um centro educacional, onde há um dos maiores teatros do estado, com capacidade para 960 pessoas sentadas; com uma faculdade estadual gratuita, por meio de convênio com o estado; e com uma nova sede para a prefeitura, que funcionava antes num prédio velho e alugado. Além disso, foram construídas praças, escolas e quadras esportivas em todas as unidades escolares municipais da cidade que ainda não possuíam espaço para a prática de esportes. “Eu encontrei a prefeitura endividada e a entreguei sem um tostão de dívida”, diz. “Ao contrário, hoje a prefeitura tem um patrimônio monstruoso”. A consequência de todo esse esforço veio em forma de reconhecimento. Toninho Pinheiro foi reeleito em 2004 com mais de 70% dos votos válidos e deixou a administração municipal, em 2008, com 88% de aprovação. “Tornei-me o político mais votado da história de Ibirité”, diz. “Eu desmontei a tese de que investir em rede de esgoto e canalização de córregos não dá votos”. Não foi só a população de Ibirité que reconheceu o trabalho de Toninho Pi Encontro | 63


especial política

cidades

A TRANSFORMAÇÃO

Final de 2000

Final de 2008

14.108

8.134 97%

95%

99%

90%

99%

24 14 Nº de escolas municipais

30%

20% Nº de alunos atendidos

Esgoto tratado

Pavimentação asfáltica

35%

35%

Iluminação pública

Água tratada e encanada

35%

Coleta de lixo*

* A coleta de lixo atende, hoje, a 99% da população (zonas urbana e rural), sendo a população urbana atingida em sua totalidade.

nheiro. Em 2008, num ranking da Confederação Nacional de Municípios, órgão independente de representação dos municípios, com sede em Brasília, a administração dele foi considerada a melhor de Minas, no Índice de Gestão, e a terceira melhor do país. Não é para menos. Entre os anos de 2002 e 2007 a cidade cresceu à taxa média anual de 7,9%, o dobro do que cresceu, no mesmo período, o Brasil, com 4%. Mas, como um homem simples, que raramente usa gravata, hoje com 50 anos, casado e pai de quatro filhos, conseguiu fazer essa proeza numa cidade carente como Ibirité? “Só consegui ser um bom prefeito porque tive apoio do governo e articulação com a Assembleia Legislativa”, diz. “Sozinho não teria feito nada”. Com o apoio do irmão deputado, Toninho conseguiu dinheiro no orçamento para suas obras e, principalmente, conseguiu voz junto ao governo para realizar diversos convênios com o estado. “Infelizmente, no Brasil, os recursos ficam no Estado e na União”, diz ele. Mas não basta apenas dinheiro para realizar uma boa gestão. Tampouco boas intenções e honestidade. Essas são as premissas. É necessário competência administrativa. “Meu trabalho é baseado num tripé: economia, muito trabalho e equipe de qualidade”, diz Toninho. “O que implantei na prefeitura foram os princípios que aprendi em casa”. A referência é uma alusão principalmente ao pai, Tonico Pinheiro, homem do campo e comerciante, que resolveu entrar para

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Teatro municipal, com 960 lugares sentados: instalações de primeira e um dos maiores do estado

a vida política na década de 50, quando foi vereador por Betim e encabeçou a emancipação de Ibirité, em 1963. Depois, foi prefeito da cidade entre 1969 e 1971. “Cresci convivendo com muitos políticos. Com 9 anos, eu já acompanhava meu pai em obras”, lembra. “Ele me passou o amor pela cidade”. Eleito nas últimas eleições deputado federal, Toninho foi o mais votado de seu partido e um dos mais votados em Minas. Teve perto de 180 mil votos. Só do município de Ibirité foram mais de 40 mil. Na Câmara Federal, sua bandeira é a luta pela distribuição mais justa dos recursos do país. “Betim tem mais de 400 mil habitantes e arrecada mais de 20 vezes que Ibirité”, diz. “Outro exemplo dessa injustiça: o município de Paulínia (SP) tem 50 mil habitantes e arrecada mais que Belo Horizonte, com 2 milhões de habitantes. Sou totalmente contra a legislação atual;

o recurso tem que chegar à população de acordo com o número de moradores, porque o mais importante é a vida humana”. Toninho sabe que a briga não será fácil. Afinal, interesses estarão sendo contrariados. Mas isso não o desanima. Para brigar pela aprovação do projeto de lei do ICMS Solidário, que distribui melhor os recursos entre as regiões mais pobres do estado, ele chegou a invadir a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, juntamente com outros prefeitos. “Fui chamado de mal-educado e de ignorante”, diz ele. Mas o fato é que com a aprovação da nova lei, a partir de janeiro, algumas cidades do norte de Minas vão receber, juntas, cerca de 2 milhões de reais a mais por mês. “É pouco, mas em quatro anos são 100 milhões”, afirma Toninho. “Dá para construir dois hospitais na região”, sugere. De preferência, sem entregar a obra para terceiros gananciosos. ❚



dez perguntas para Jacob Palis Júnior Tatiana Lagôa

“Sou produto da ciência brasileira”

Divulgação

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Matemático mineiro se torna único brasileiro a receber prêmio ítalo-suíço Balzan, com pesquisa aplicada ao clima e ao crescimento populacional Oitenta trabalhos científicos publicados no campo da matemática, 41 teses de doutorado orientadas por ele, membro de 12 academias de ciência, entre elas a brasileira, a norte-americana, a francesa e a russa. O vasto currículo do matemático mineiro Jacob Palis Júnior, 70 anos, ganha mais um importante peso. Presidente da Academia Brasileira de Ciências, ele é o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Balzan, da Fundação Internacional Balzan, com sedes em Milão, na Itália, e em Zurique, na Suíça. Nascido em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o professor estará em Roma dia 19 de novembro para receber a premiação: 750 mil francos suíços, (1,28 milhão de reais), que pretende investir em pesquisas de sistemas dinâmicos, uma das muitas e complexas equações matemáticas. Foi uma teoria nessa área a razão de ser escolhido. Na prática, com os sistemas dinâmicos, Palis tenta descobrir previamente questões como alterações climáticas e crescimento populacional, por exemplo. E como patriota que é, o matemático pretende continuar esses estudos no Brasil. “Eu sou um cientista brasileiro de ponta a ponta”, diz. Apesar de ter feito o mestrado e doutorado em Berkeley, na Califórnia (Estados Unidos), Palis teve toda a formação acadêmica no Brasil. Ele foi alfabetizado em escola pública de Uberaba e só saiu de Minas Gerais para cursar o ensino médio no Rio de Janeiro. Lá, o mineiro descendente de libaneses (pai) e sírios (mãe) fez faculdade de engenharia econômica na antiga Universidade do Brasil (hoje Federal do Rio de Janeiro), e teve os primeiros contatos com os números. Só depois da pós-graduação é que se


tornou de fato matemático. O mineiro atribui o prêmio ao esforço do pai, que sempre o estimulou a estudar. Aliás, Palis lembra que ele e os irmãos eram proibidos de trabalhar no comércio que o pai tinha em Uberaba, porque tinham de estudar. Mesmo após ganhar um prêmio milionário, o matemático não pretende mudar os hábitos de vida. Ser feliz ao lado da esposa e ver sua pesquisa avançar é o que ele busca. Nesta entrevista, o professor, que atualmente trabalha no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa/MCT), no Rio de Janeiro, conta o caminho que seguiu até ser premiado e como a matemática entrou em sua vida.

Eu era bom aluno, sempre fazia muitas perguntas, me concentrava e debatia com o professor. Tinha concurso todo ano de melhor aluno da turma e eu ganhava sempre. ” ENCONTRO – O senhor sempre gostou de matemática? JACOB PALIS – Eu era muito bom em matemática. Várias vezes eu explicava a matéria para os colegas e até mesmo para o professor. Eu era bom aluno, sempre fazia muitas perguntas, me concentrava e debatia com o professor quando não concordava. Tinha concurso todo ano de melhor aluno da turma e eu ganhava sempre. Uma vez, um professor ficou zangado comigo e queria dar o prêmio para outro aluno, mas os colegas não concordaram e ele teve que conceder a mim o título. ENCONTRO – Já que gostava de matemática, por que não fez o curso superior na área e optou por engenharia? JACOB PALIS – Eu fui para o Rio de Janeiro para estudar e morei com meu irmão engenheiro, que me influenciou bastante. Cedo, ele percebeu que eu gostava de matemática e falava muito comigo que era para eu fazer engenharia. Para você ter uma ideia, desde a infância eu e ele conversávamos sobre matemática.

ENCONTRO – Quando entrou na universidade continuou sendo o melhor aluno? JACOB PALIS – Antes mesmo de poder entrar na faculdade, no segundo ano, fiz o vestibular e passei em primeiro lugar. Na escola de engenharia continuei sendo o mesmo, muito curioso. Por muitas vezes fui parar na direção por causa disso. Um dia, eu disse ao professor que as últimas seis aulas podiam ter sido dadas em meia hora. Ele me desafiou a ir ao quadro e provar o que dissera e eu fiz. Minha vida sempre foi assim: perguntando muito e querendo saber das coisas. Quando eu ainda estava no segundo ano do curso superior, fui chamado para assumir a turma de um professor. A ideia era fazer isso um dia, mas acabei assumindo a turma o ano inteiro. Depois eu até fui homenageado quando a turma se formou. ENCONTRO – E em qual momento o senhor começou a se dedicar à matemática? JACOB PALIS – Fui fazer engenharia embora gostasse muito de matemática. Mas fui notando que matemática e engenharia não eram separadas. Então eu fiz engenharia econômica, hoje engenharia de produção, até o final. Em seguida fui para a Universidade da Califórnia, para fazer doutorado. Em três anos fiz meu mestrado e doutorado em matemática e tornei-me matemático. Eu fui orientado por um excelente matemático, Stephen Smale, que ganhava prêmios enquanto eu desenvolvia minha tese e isso foi muito estimulante. Em 1966, por exemplo, ele ganhou a Medalha Fields, o prêmio de maior destaque na área. ENCONTRO – O senhor voltou para o Brasil logo que acabou o doutorado ou atuou um tempo nos Estados Unidos? JACOB PALIS – Passei quatro anos nos Estados Unidos. Demorei três anos para me doutorar, e no restante do tempo fiquei contratado como professor assistente na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Mas sempre fiquei com o olho no Brasil. ENCONTRO – Já que o senhor estava empregado nos EUA o que o levou a voltar ao Brasil? JACOB PALIS – Voltei em 1971 por causa de alguns fatores. Um deles foi ter caído em minhas mãos um pequeno livro chamado Hélice dupla sobre a descober-

ta do DNA, que ocorreu em 1952. Fiquei impressionadíssimo, porque era muito bem escrito, o que me deixou animado em poder colaborar com o Brasil em um momento efervescente como aquele, de grandes descobertas. Outra questão foi o aumento de investimentos em pesquisas. Havia esperança. Além disso, a pós-graduação estava crescendo no Brasil. Naquela altura não havia mais proposta nos Estados Unidos que me fizesse ficar por lá. Voltei para o Brasil com a esperança de contribuir para a formação de um centro onde pesquisas seriam feitas em um ambiente fascinante e jovem. ENCONTRO – E depois que voltou para o Brasil achou que de fato houve uma melhora nos investimentos na pesquisa do país? JACOB PALIS – Está muito melhor do que esteve. Claro que temos que evoluir muito, mas o ambiente dos últimos anos é de muito entusiasmo e desempenho. Temos muitos entraves que devem ser superados e dificuldades operacionais, mas estamos no caminho certo. ENCONTRO – Depois que se tornou um matemático, para que campo passou a direcionar seus estudos? JACOB PALIS – Eu trabalho em sistemas dinâmicos. Através de equações matemáticas podemos modelar fenômenos da natureza, econômicos e assim por diante. Por isso que trabalho com incertezas. A gente quer saber o comportamento da natureza, do crescimento populacional, o que nunca traz certezas. ENCONTRO – Como é ser o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Balzan? JACOB PALIS – Eu tenho muita alegria de receber, mas me julgo produto da ciência brasileira. Claro que me doutorei nos Estados Unidos, mas após minha formação trabalhei no Brasil. Eu sou um cientista brasileiro de ponta a ponta. Não há dúvida. Estou muito honrado por ser o sétimo matemático a ganhar o prêmio, que existe há quase 50 anos. Ele foi dado a grandes matemáticos do século passado e eu sou o sétimo deles. ENCONTRO – Onde o senhor pretende investir o prêmio em dinheiro que vai receber? JACOB PALIS – Metade do prêmio é para mim e a outra para eu desenvolver pesquisas sobre os assuntos de que trato. ❚ Encontro | 67


meio ambiente

raios Cláudio Cunha

João Paulo Martins

Chuva à vista

Região de Belo Horizonte, rica em minério de ferro, tem grande incidência de raios: perigo inclusive de morte

Período chuvoso requer mais atenção devido ao risco de descargas elétricas

Quando uma tempestade está prestes a cair, é comum vir acompanhada de raios e trovões. Além de gerar medo em muitas pessoas, esses fenômenos atmosféricos também são responsáveis por mortes e prejuízos. No Brasil ocorrem cerca de 50 milhões de raios por ano, sendo 80% deles no período das chuvas, entre outubro e março. Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Minas Gerais está em 14º lugar entre os estados, com 5,75 raios por quilômetro quadrado. Além disso, neste ano foram registradas 30 mortes provocadas por esse fenômeno atmosférico no Brasil, três delas em Minas. “Estudos mostram que Minas Gerais tem muita incidência de raios, especialmente nas regiões Sul e Zona da Mata. Isso ocorre devido a vários fatores, entre eles, as frentes frias, que geram áreas de instabilidade, e o relevo, como a Serra da Mantiqueira”, diz Cléber Souza, meteorologista do 5º Distrito de Meteorologia de Belo Horizonte. A capital mineira também está inserida nesse contexto. Ele explica que a Serra do Curral é rica em minério de ferro, o que favorece a descarga

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elétrica entre nuvem e solo. Na iminência de uma tempestade, devem-se ter alguns cuidados (veja quadro), como procurar abrigo em locais fechados, evitando locais descampados, e afastar-se de árvores e estruturas metálicas. “Durante uma tempestade, não basta tirar os plugues dos aparelhos das tomadas, é preciso desconectar antenas e cabos de telefone ou internet. O raio pode também seguir pela rede telefônica ou pela TV a cabo”, diz Marcos Vinícius Carneiro, engenheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Ele explica que as redes de média e baixa tensão possuem cabos para-raios, mas os consumidores devem proteger as instalações elétricas de suas casas, seja usando aterramento, seja através de dispositivos de proteção contra surtos elétricos, que podem ser instalados próximos aos equipamentos a serem protegidos, ou no quadro de energia para minimizar os efeitos das chuvas deste ano, a Cemig investiu 114 milhões de reais, tanto na melhoria e manutenção da rede de distribuição quanto no atendimento às ocorrências. Durante os dias de tempestade, a empresa deixará de prontidão 550 funcionários e 150 veículos. ❚

DICAS IMPORTANTES ❚ Não tome banho durante as tempestades ❚ Evite contato com qualquer objeto que possua estrutura metálica, como fogões ❚ Evite ligar aparelhos e motores elétricos, para não queimar os equipamentos ❚ Afaste-se das tomadas e evite usar o telefone ❚ Retire das tomadas os aparelhos eletrônicos como televisão ❚ Desconecte antenas e cabos de telefone e internet dos aparelhos ❚ Permaneça dentro de casa até a tempestade terminar ❚ Fora de casa, evite áreas abertas como pastos e campos de futebol e estruturas que atraiam raios, como árvores, postes e mastros ❚ Permaneça dentro de seu veículo caso o mesmo tenha teto de estrutura metálica Fonte: Cemig



cultura

patrimônio

Marcelo Fiúza

Cláudio Cunha

O que mais

vem por aí

O cenógrafo Gringo Cardia trabalha nos detalhes finais do futuro Memorial de Minas Gerais: homenagem a nomes ilustres de vários setores

Depois do Espaço do Conhecimento e do Museu de Minas e do Metal, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade se prepara para mais inaugurações, a primeira delas é o Memorial Minas Gerais, em novembro

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Projeto em implantação, o Circuito Cultural Praça da Liberdade – CCPL – terá, em breve, mais um equipamento de primeira linha: o Memorial Minas Gerais. Nesse caso, a parceria do governo estadual é com a Vale, que contratou para a tarefa o premiado artista plástico e cenógrafo Gringo Cardia. Coube a ele a missão de adaptar o imponente prédio da Secretaria da Fazenda para homenagear o estado e suas personalidades. “Vamos trabalhar com três focos: a riqueza do ouro do século XVIII e sua importância para o Brasil; a Minas ‘polifônica’, de caras diferentes, plena de diversidade cultural e gentes; e o estado ‘visionário’, o lugar onde se rompe com a tradição, que é berço do modernismo

brasileiro”, diz Cardia. Segundo o cenógrafo, que contou com o apoio de mais de 60 historiadores e três anos de pesquisas, o Memorial deve ser inaugurado em novembro, terá 30 atrações espalhadas por 25 salas e será um lugar de “estímulo e entretenimento”. “É para aprender e divertir”, diz Cardia, citando como exemplo a Sala da Política, em que o visitante se senta em volta de uma mesa e presencia uma conversa virtual com nove personagens da Inconfidência Mineira. “Fiz uma dramaturgia dos Autos da Devassa, com ajuda da historiadora Heloisa Starling, e a pessoa fica imersa naquele universo”, explica. Cardia conta que a proposta é o Memorial Minas Gerais ser uma espé-


MU

NTE O IZ R O H O L E B DESCUBRA STA L . O P O Ã T R A C O ITO A L É M D

que conquista bela e hospitaleira de da ci a um rir scob as, a rica arte e Conhecer BH é de pela visão: nas ru a st ui nq Co . os Serra do sentid ante paisagem da br você em todos os um sl de da as dicional ompanhad : a excelente e tra to fa arquitetura são ac ol lo pe e r uista a pelo palada s e aromas. Conq re bo Curral. Conquist sa em os erece pratos ric es agradam a gastronomia of tilos e sonoridad es s rio vá de s negócios úsicas ato humano: do pela audição: m nt co lo pe a st sitantes. s. Conqui e à mão dos vi pr m todos os ouvido se o tã es s hores roteiro ao lazer, os mel H o ri z o n te ,

e lo ra , e x p lo re B b u c s e d , e d n D e s ve o n q u is ta . a c id a d e q u e c


cultura cie de porta de entrada do CCPL. “No primeiro andar teremos um grande living-room da praça, com sala de leitura, lounge, café e galeria. Nos andares de cima, vamos homenagear personalidades mineiras”, diz. Segundo o curador, os laureados serão o cantor Milton Nascimento, os escritores Guimarães Rosa, Lygia Clark, Carlos Drummond de Andrade e Darcy Ribeiro, o fotógrafo Sebastião Salgado e o cineasta Humberto Mauro. Cada um deles com uma apresentação à altura. “A Maria Bethânia dará voz à sala do Guimarães Rosa. Fernanda Montenegro, à ala do Milton Nascimento. O objetivo é resgatar nas pessoas a vontade de se informarem”, explica o criador, que se diz honrado com a oportunidade. “É maravilhoso poder participar desse projeto. Quando todo

patrimônio o circuito estiver pronto, será uma coisa única no país”, aposta Gringo Cardia. O designer não deve esperar muito para que isso aconteça. Depois do memorial em homenagem ao estado, a próxima instituição cultural a abrir as portas nos arredores da praça é o Café do Museu, anexo que fará a ligação entre o Museu Mineiro e o Arquivo Público estadual, na avenida João Pinheiro. Segundo Estevão Fiuza, a obra de 450 metros quadrados terá salas multimídia, café, restaurante e ambiente para happy hour. “A ideia é quebrar um pouco esse aspecto intelectual e acadêmico que há no museu e no arquivo”, diz o gerente executivo do CCPL, sobre o projeto arquitetônico de Mariza Machado e Fernando Maculan. O Café do Museu está entre

os equipamentos criados pelo governo do estado que, segundo Fiuza, deve investir 6,5 milhões de reais no CCPL. A maior dessa verba será investida no Centro de Arte Popular em uma construção do início do século XX localizada na rua Gonçalves Dias. O imóvel, que foi residência do construtor Luiz Signorelli e mais tarde Hospital São Tarcísio, recebeu projeto arquitetônico do escritório de Janete Costa no qual estão previstos uma galeria de exposição permanente, salas multiuso, um restaurante de comida mineira e uma área técnica de acervo e para restauração de peças. “É uma parceria com a Cemig voltada para a arte popular. Será o espaço mais expositivo no sentido tradicional do termo. Devemos inaugurá-lo em março de 2011”, diz Fiuza. Geraldo Goulart

COMEÇO DE UMA DESCOBERTA Os mais de 30 mil visitantes que passaram pelo Espaço TIM UFMG do Conhecimento e pelo Museu das Minas e do Metal, em apenas dois meses de funcionamento, dão ideia de quão acertada foi a iniciativa de se dar destinação cultural aos edifícios da Praça da Liberdade, desocupados com a inauguração da nova Cidade Administrativa (do governo estadual). A expectativa do governo estadual é que mais de 1 milhão de pessoas visitem anualmente o Circuito Cultural Praça da Liberdade (CCPL), quando estiver totalmente pronto. “Esperamos algo em torno de 1 milhão e 200 mil pessoas por ano passando pelos equipamentos do circuito”, explica o gerente executivo do CCPL, Estevão Fiuza. Ele lembra que esses números são relativamente modestos, uma vez que atualmente entre 500 mil e 600 mil pessoas frequentam, a cada ano, o complexo histórico, onde já funcionavam a Biblioteca Pública Estadual, o Museu Mineiro, o Arquivo Público Mineiro e o Palácio da Liberdade. “A ideia é que o Circuito da Praça da Liberdade seja um projeto estruturador que dialogue com a cultura do Brasil e do mundo”, diz Fiuza, sobre o projeto orçado em cerca de 100 milhões de reais. O gerente se refere a pessoas como Davidson Teles, 18 anos, que visitou o Espaço TIM UFMG do Conhecimento acompa

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Crianças no Espaço do Conhecimento: público de mais de 30 mil em dois meses de funcionamento

nhado de um grupo de colegas da escola e que pretende voltar com a família. “Sabia que viria ver um museu, mas não imaginava que seria tão bacana. Vou trazer minhas primas”, diz o adolescente, que se encantou com as projeções oferecidas no planetário do lugar. O Espaço TIM UFMG do Conhecimento fica no prédio que foi sede da reitoria da UEMG e já recebeu mais de 35 mil visitantes desde a inauguração. O lugar impressiona já pela fachada, totalmente revestida por um vidro especial que se transforma em uma grande tela de projeção. Dentro, são 32 salas de exposição e 35 atrações. Com curadoria de Patrícia Kauark Leite, professora de filosofia da UFMG, a exposição Demasiado Humano ocupa a maior parte

dos ambientes e apresenta ao público a origem da vida e a trajetória do homem na Terra. O maior destaque do Espaço do Conhecimento talvez seja seu planetário, montado na cobertura do edifício. Importado da Alemanha, o equipamento dispõe de um sistema de projeção digital, com tela de 180 graus, que permite transformar o ambiente em espaço multimídia. Atualmente, dois filmes são exibidos no planetário, ABC das Estrelas e Tocando os Confins do Universo. Outro espaço que encanta os visitantes é o Museu das Minas e do Metal, que ocupa o antigo prédio da Secretaria da Educação. Para apresentar temas aparentemente áridos como a história da mineração e a exploração das jazidas de Minas


Segundo o gerente executivo, na mesma época em que o Centro de Arte Popular estiver pronto, deve ser implantado o Centro de Informação e Apoio Turístico (Ciat), no prédio conhecido como Rainha da Sucata, na esquina da praça com a avenida Bias Fortes. No local vai funcionar um posto de atendimento ligado à Secretaria de Turismo e ainda a sede do CCPL. “A coordenação do Circuito deve definir as diretrizes estratégicas para haver ganho de escala com segurança e limpeza. Conceitualmente, a gerência executiva promove a conversa entre todos os museus, para que as programações sejam complementares e não se sobreponham”, explica o executivo, que definiu entre as diretrizes o valor a ser cobrado pelas instituições particulares: seis reais. Para as entida-

des mantidas pelo estado, como o Palácio da Liberdade e o Café do Museu, a entrada será gratuita. O Circuito Cultural Praça da Liberdade vai contar ainda com mais três grandes instituições, que já estão sendo construídas, mas que ainda não têm data certa para abrirem as portas: o Museu do Homem Brasileiro, o Centro Cultural Banco do Brasil e o Museu do Clube da Esquina. O projeto do Museu do Homem Brasileiro começou oficialmente a ser concebido no dia 26 de março de 2010, quando foi assinado o convênio entre a Fundação Roberto Marinho e o governo do estado. A instituição vai ocupar o antigo prédio da Secretaria de Viação e Obras Públicas, construção do início do fim do século XIX. A proposta é que o espaço seja destinado à divulgação das

origens do povo brasileiro e sua diversidade étnica e cultural, mapeando a miscigenação racial no país. Encarregada do projeto museográfico, a diretora teatral e cenógrafa Bia Lessa afirma que não vai homenagear personalidades nacionais, mas sim o conhecimento do brasileiro. “Vamos fazer um museu de todos os saberes a partir do homem.” Mas, antes do projeto de Bia Lessa, o CCPL deve ver a inauguração do centro ligado ao Banco do Brasil no prédio que era da Secretaria de Defesa Social. Segundo o arquiteto responsável pela obra, Marcelo Pontes, o CCBB terá uma área de exposições de 600 metros quadrados, auditório, teatro para 300 pessoas, salas multimídia e espaços destinados a programas educativos. “O prédio está sendo restaurando para

Eugênio Gurgel

Palácio da Liberdade: mais de 500 visitas todos os domingos para conhecer a antiga sede do governo mineiro

Gerais, o autor do projeto museográfico Marcello Dantas optou pela tecnologia. “É um museu que pode ser tocado, que convida o visitante a mexer nas coisas”, explica Helena Mourão, diretora do MMM, referindo-se a seções como a sala Miragens, em que diversas pedras e cristais são virtualmente projetados sobre as bancas e não há quem resista à tentação de pegá-las. Segundo a diretora, outro trunfo do MMM é a interatividade. Não por acaso, das 44 atrações espalhadas por 18 salões, o campeão de visitação da instituição mantida pela holding EBX é ninguém menos que D. Pedro II. No caso, o ilustre imperador se faz presente em forma de projeção dentro de uma reprodução do elevador da Mina de Morro Ve-

lho. Enquanto se tem sensação de estar descendo pelos mais de 2 mil metros do poço – é a mais profunda mina de ouro do mundo – o governante, acompanhado de sua mulher, D. Teresa, “conta” como foi descoberta e explorada a lavra. Tudo em apenas quatro minutos. O museu já contabiliza 20 mil visitantes entre 22 de junho, data da inauguração do museu, até 15 de agosto. “Recebemos mais de mil pessoas por fim de semana. Já tivemos visitantes de 32 países. Isso é muito se pensarmos que são visitas espontâneas, sem formação de grupos escolares”, diz a diretora da instituição que, atualmente, está promovendo cursos de capacitação para professores e agendando visitas guiadas a escolas.

Outro campeão de frequência do Circuito Cultural Praça da Liberdade é o Palácio da Liberdade, que tem atraído centenas de pessoas a suas dependências exatamente por sua preservada arquitetura eclética e decoração de fins do século XIX. Um rico acervo que antes só podia ser visto uma vez por mês e que neste ano, desde que a sede do governo se mudou para a Cidade Administrativa, pode ser visitado todos os domingos. Verdadeira viagem ao passado da capital, o Palácio da Liberdade possui tapetes persas, móveis franceses, mármores de Carrara, pisos de madeira da Letônia, lustres da Boêmia, estruturas metálicas da Bélgica e diversos quadros e paredes pintadas por nomes como Alberto da Veiga Guignard, Antônio Parreiras e Candido Portinari. A visita, em grupos de até 15 pessoas orientadas por monitores, dura cerca de 35 minutos. “As pessoas saem embasbacadas com o palácio, querem ficar mais”, comenta Lucília Peres, arquiteta da curadoria do Palácio da Liberdade. O público tem sido de 550 pessoas por semana – um pouco mais no último domingo do mês quando, às 9h, há uma cerimônia de troca da guarda e hasteamento de bandeira inspirada na tradição inglesa do Palácio de Buckingham. Encontro | 73


patrimônio

cultura

Fotos: Eugênio Gurgel, Júnia Garrido e Cláudio Cunha

ROTEIRO DA CULTURA E DA HISTÓRIA DE MINAS 1

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MUSEU DO CLUBE DA ESQUINA

PALÁCIO DA LIBERDADE

CENTRO DE INFORMAÇÃO E APOIO TURÍSTICO

ESPAÇO TIM UFMG DO CONHECIMENTO

Deve ocupar o antigo prédio do Servas. Ainda em fase de negociações

Em estilo eclético com influência neoclássica serviu de moradia a vários governadores. Visitação: aos domingos, das 9h às 13h. Entrada: gratuita Informações: (31) 3217-9543

Será implantado no prédio conhecido como Rainha da Sucata e vai funcionar como um posto de atendimento ligado à Secretaria de Turismo

Abriga o Espaço do Conhecimento, na antiga reitoria da UEMG. Visitação: de terça a domingo, das 11h às 16h, com permanência no museu até às 17h Informações: (31) 3409-8366

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MUSEU DAS MINAS E DO METAL EBX

CENTRO CULTURAL DO BANCO DO BRASIL

MUSEU DO HOMEM BRASILEIRO

MEMORIAL DE MINAS GERAIS

Ocupa o antigo prédio da Secretaria de Educação. Visitação: de terça a domingo, das 12h às 18h Informações: www.mmm.com.br

Deve ocupar o prédio da antiga Secretaria de Defesa Social. Ainda em fase de implantação

Deve ocupar o prédio da antiga Secretaria de Viação e Obras Ainda em fase de implantação

Vai funcionar na antiga Secretaria da Fazenda sendo implantado para ser uma espécie de porta de entrada do CCPL. Inauguração prevista para o dia 24/11

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as condições originais, dos anos 1920, mas terá toda a tecnologia necessária para abrigar exposições internacionais, como controle de trepidação e de umidade”, explica o arquiteto. Segundo Pontes, a previsão atual para conclusão das obras é novembro do ano que vem. Quanto ao Museu do Clube da Esquina, ainda não há acordo firmado entre as partes e o governo do estado. Mas já tem lugar definido, garante a diretora executiva da instituição, Cláudia Brandão. “Já temos a indicação do prédio, a construção onde funcionava o Servas”, diz Cláudia, referindo-se ao imóvel localizado na avenida Cristóvão Colombo, 683, anexo ao Palácio da Liberdade. “Já estamos desenvolvendo o projeto e contratamos a arquiteta Mariza Machado. Nossa ideia é abrir um museu para o Brasil e o mundo no qual possamos receber grandes artistas. Pensamos em um teatro para shows, cinema, palestras e seminários. Uma coisa camaleônica e inteligente que possa ser usada para diversas atividades”, diz a diretora da casa, que vai versar sobre a obra musical de nomes como Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes. Pensamos em um lugar dinâmico onde se

possa passar o conhecimento e o legado do Clube da Esquina para as próximas gerações”, diz Cláudia. O Circuito Cultural da Praça da Liberdade chama atenção não só de quem passa pelo lugar, mas também de quem está em outros estados e é atento às artes, como a curadora carioca Marta Porto. Especialista em gestão de políticas públicas, ela acredita que o CCPL traz ganhos inegáveis para a cidade. “O projeto coloca Belo Horizonte dentro de uma perspectiva internacional, torna a cidade contemporânea, com atrativos culturais que atraem qualquer um. Afinal, Minas é uma parte importantíssima da história do país e esse legado cultural está na praça da Liberdade”, avalia Marta. Entretanto, a gestora faz um alerta às autoridades: apesar de viabilizarem a execução de um projeto tão pretensioso, as parcerias com a iniciativa privada devem sempre ser discutidas com a classe artística e cultural local. “São curadorias de fôlego e é preciso se preocupar com a continuidade, com o investimento constante em conteúdo. O perigo de se entregar essa decisão para empresas é impregná-la com uma perspectiva de marketing”, aconselha. ❚ Cláudio Cunha

Os irmãos Lô e Márcio Borges com Cláudia Brandão: Museu do Clube da Esquina deve ocupar o espaço onde funcionava o Servas


cultura

museus

Daniela Costa

Divulgação

Os coordenadores do Era Virtual: Carla Sandim, Célia Maria Corsino e Rodrigo Coelho comemoram o sucesso do projeto que divulga museus na internet

Navegando pela arte Museus de todo o país já podem ser visitados virtualmente com o projeto realizado por grupo mineiro Ir ao museu sem sair de casa. O que antes parecia difícil é realidade com os avanços da tecnologia. Com modernos recursos, o projeto Era Virtual – Exposições Virtuais de Museus Brasileiros reproduz, desde março deste ano, exposições de museus de quatro estados brasileiros: Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás e Pernambuco, que podem ser visitados virtualmente, e o melhor, de forma gratuita. Serviços semelhantes são comuns na rede em museus como o Louvre, em Paris, ou o Museu Egípcio, no Cairo.

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Mas o grande diferencial do projeto coordenado pelos mineiros Rodrigo Coelho, Carla Sandim e pela curadora Célia Maria Corsino, é que ele é totalmente autoexplicativo, de fácil utilização, e será veiculado em quatro idiomas diferentes: português, espanhol, francês e inglês. “Transformar os museus em objetos de desejo faz com que todos tenham curiosidade de ir visitá-los”, diz a museóloga Célia Corsino. Segundo ela, o objetivo do Era Virtual é democratizar o acesso à informação, disponibilizando material de qua-

lidade que também pode ser utilizado como material didático. “Firmamos uma parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) visando à distribuição gratuita de DVDs-ROM contendo as visitas virtuais às escolas públicas do país”, diz a especialista. Iniciativa que possibilita a aproximadamente 10 milhões de jovens terem acesso aos museus. O projeto, criado pela empresa Empório de Relacionamentos Artísticos, conta com o patrocínio da Usiminas e do banco BMG, e recebeu apoio do In-


visita”, afirma a produtora-executiva Carla Sandim. Recursos como áudio para cegos, locução transcrita para surdos e navegação automática para enfermos são outros atrativos. Com tantos recursos tecnológicos podem ser vistas obras de arte como o Tabuleiro com Gaveta (autor desconhecido) do século XIX. O objeto, utilizado pelas quituteiras ou escravas de ganho e confeccionado com madeira e ferro no Brasil Império, pode ser visualizado online no Museu de Artes e Ofícios (MAO) em Belo Horizonte. Assim como as relíquias do Museu do Oratório, em Ouro Preto, que traz 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX, e as exposições realizadas na Casa Fiat de Cultura, em Nova Lima, na região metropolitana de BH. E a viagem virtual não fica em terrenos mineiros. Outros estados já estão sendo inseridos no projeto, que se expande gradativamente. Atualmente, os apreciadores da arte já podem percorrer virtualmente o museu goiano Casa de Cora Coralina, localizado na cidade de Goiás. O Museu Nacional do Mar (São Francisco) e o Museu Victor Meirelles (Florianópolis), em Santa Catarina. E a previsão é que, em breve, também esteja disponível o acervo do Museu do Homem do Nordeste, em Pernambuco. Para novembro já estão agendados os lançamentos das visitas virtuais aos museus Casa Guignard, em Ouro Preto; Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, e Museu da República, no Rio de Janeiro. “O projeto também possibilita exposições programadas que podem ser visualizadas mesmo depois de seu término”, explica Rodrigo Coelho. Unindo cultura e lazer, o era virtual é mais um exemplo dos benefícios que a boa utilização da rede pode render. ❚

VISITE ALGUNS MUSEUS MINEIROS SEM SAIR DE CASA Acesse www.eravirtual.org

Valorizar o talento,

reconhecer a dedicação,

incentivar o desenvolvimento.

Para a Usiminas,

apoiar a cultura e o esporte

vai muito além do aplauso. Pública

ternational Council of Museums (Icom) que se reunirá no Rio de Janeiro em 2013, enquanto a equipe do Era Virtual já se prepara para apresentar um panorama de 60 museus brasileiros. “Estamos criando a maior rede de museus virtuais que pode ser acessada por qualquer internauta do planeta”, destaca Rodrigo Coelho, coordenador geral do projeto. Mas o processo é demorado, já que cada museu exposto virtualmente tem de ser filmado e fotografado minuciosamente. Uma tarefa que além de requerer tempo, também demandou muita persistência do grupo mineiro, pois alguns museus foram resistentes em disponibilizar a visitação online. “Alguns não consideravam este tipo de visita como real e para comprovar o contrário enviamos aos museus os relatórios dos acessos dos internautas a cada seis meses”, conta Rodrigo. Outro receio era de que o público perdesse o interesse em conhecer pessoalmente os locais, o que, segundo o coordenador, é um mito. “Ao contrário, desperta ainda mais o interesse da população. Só podemos desejar aquilo que conhecemos”, diz Rodrigo Coelho. O site, que ainda está em construção, permite aos usuários ter uma visão em 360 graus de cada detalhe mostrado. As imagens podem ser movidas de acordo com a curiosidade do visitante, que também tem acesso às informações históricas das peças expostas. Para isto basta utilizar a barra de ferramentas localizada na parte inferior da tela ou seguir a indicação das setas que conduzem aos caminhos. Mas a interação vai além e leva o internauta a percorrer até o entorno dos museus, visualizando sua fachada e parte externa. “A tecnologia utilizada permite que se interaja de forma significativa com a

A Usiminas investe em cultura e esporte porque acredita na sua força transformadora. Por meio do Instituto Cultural Usiminas, a empresa apoia a manutenção de espaços culturais e a formação e o desenvolvimento de artistas e atletas. Já são mais de mil e quinhentos projetos patrocinados por intermédio das Leis de Incentivo à Cultura e ao Esporte. É assim, acreditando e investindo nas boas ideias e em pessoas capazes de realizá-las, que a Usiminas se torna parceira do desenvolvimento social.

❚ Casa Fiat de Cultura, em Nova Lima ❚ Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte ❚ Museu do Oratório, em Ouro Preto

Sensibilidade para evoluir. www.usiminas.com


cultura

interior Nilmar Lage

Rafael Campos

A fachada do teatro Zélia Olguin reformada: mais de 35 mil espectadores já assistiram a espetáculos de teatro e música

O teatro está de volta Está de volta um dos principais símbolos culturais de Ipatinga, no Vale do Aço. O teatro Zélia Olguin foi reformado e ganhou ares modernos, mas sem perder sua essência: ser um importante berço para artistas locais. Erguido em 1994, o espaço é também uma homenagem à bailarina Zélia de Sousa Franco Olguin, de 85 anos, pioneira na promoção de atividades culturais no município. “Hoje, vendo o teatro reformado e bonito, sinto que a cidade deu continuação ao trabalho dela, que sempre acreditou que a arte poderia transformar as pessoas”, afirma Salete Olguin, de 43 anos, filha de Zélia e multiplicadora dos ensinamentos de sua mãe, que se afastou das atividades artísticas, mas está sempre acompanhando a cultura local. Entre as melhorias no teatro se destacam: reforma no telhado, troca da instalação elétrica, substituição de equi

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Primeiro teatro de Ipatinga, Zélia Olguin é repaginado e modernizado. Outro espaço dedicado à cultura se transforma em referência para a arte no interior do estado Rodrigo Zeferino

Zélia Olguin: pioneira na promoção de atividades culturais em Ipatinga e região do Vale do Aço

pamento de iluminação analógica por digital, melhoria do revestimento acústico, além das reformas do palco e das cadeiras, que receberam assentos acolchoados. “O melhor disso é o retorno vindo da população, que irá continuar utilizando este espaço para promover cultura”, explica Mariana Martins, diretora executiva do Instituto Cultural Usiminas. Pode-se dizer que João Carlos Cardoso, de 25 anos, é um dos bons frutos colhidos no Teatro Zélia Olguin. O jovem é dançarino e teve como uma das professoras a senhora que emprestou seu nome ao espaço cultural. “Sou fruto desta efervescência que já vem de outras datas. Fui muito privilegiado, pois estava começando a trabalhar quando Ipatinga passou a se consolidar na cena cultural”, revela. João Carlos já viajou pelo Brasil e


Ronaldo Ito

Interior do grande teatro do centro cultural de Ipatinga: espaço inaugurado em 2008 se transforma em referência no interior do estado

recentemente esteve na Argentina, integrando um grupo elaborado a partir do Espaço Cultural Casa Laboratório, ambiente dedicado à pesquisa, à apresentação, à formação e à criação artística em dança e teatro em Ipatinga. Este ano, ele foi ainda um dos vencedores do Prêmio Funarte de Dança Klaus Vianna. “Aqui, em Ipatinga, temos acesso a bons espetáculos e a pessoas importantes da cena cultural. Temos poder de absorção muito maior do que se estivéssemos na capital”, afirma. Luzia di Resende, diretora do grupo local Perna de Palco, conhece bem o cenário cultural de Ipatinga, até porque vivenciou o seu crescimento. Para ela, a formação de artistas na cidade é apenas o resultado da valorização cultural da região. “O panorama cultural de Ipatinga vem crescendo devido a um trabalho contínuo de patrocínio, pois assim o município consegue crescer e se manter”, diz. Crescimento, aliás, é uma palavra que casa muito bem quando o assunto é cultura na cidade com quase 230 mil habitantes. Quer um exemplo? Além do Zélia Olguin, os ipatinguenses podem contar com outro espaço dedicado à arte. Inaugurado em 1998, o Centro Cultural Usiminas passou a ser o carro-chefe das grandes atividades artísticas da cidade e região. O espaço, acoplado a um shopping, possui uma galeria de mil metros quadrados – que pode ser adequada a qualquer tipo de exposição, devido às paredes móveis –, biblioteca, café, jardim japonês, onde são realizados saraus literários, além do

grande teatro, que comporta mais de 700 pessoas. Além dos espetáculos, o centro cultural também oferece cursos sobre música e dança, com apoio de instituições de ensino da região. “Temos parcerias com as escolas e promovemos espetáculos didáticos, visitas monitoradas em exposições e saraus literários, a partir de obras exigidas no vestibular”, explica Mariana Martins. Desde sua inauguração em 2002, o teatro vem recebendo inúmeros elogios de artistas que lá se apresentam. O espaço conta com equipamentos modernos, camarins de tamanhos variados, sala de ensaio e um palco que oferece todos os recursos técnicos apropriados para uma grande apresentação. O teatro já recebeu memoráveis e importantes espetáculos com artistas renomados, entre eles o ator e diretor, já falecido, Paulo Autran, em 2005, a cantora de jazz norte-americana Madeleine Peyroux, em 2007, e o Grupo Corpo, em 2009. Este ano já passaram pelo palco as cantoras Fernanda Takai, Mart’nalia e os cantores Diogo Nogueira e Luiz Melodia. O ator mineiro Luiz Arthur também aplaude a estrutura do espaço: “É um grande privilégio se apresentar num teatro tão bem cuidado, de última geração como é o do Centro Cultural de Ipatinga. A acústica é muito legal”. Arthur, que apresentou o monólogo A morte de DJ em Paris duas vezes no local, revela que sempre vê a cidade como destino certo para seus espetáculos. ❚


cultura

artes plásticas

Daniela Costa Fotos: Geraldo Goulart

Desconstruir para construir A artista plástica Gabriela Brasileiro fala sobre sua técnica de produção e sua trajetória, ainda começando a ser escrita

É desconstruindo imagens do seu acervo pessoal, retiradas de revistas, jornais, internet e álbuns de família, para depois reconstruí-las na tela, que a artista plástica Gabriela Brasileiro cria suas pinturas. Seu mais recente trabalho, o segundo da série Identidade Espelho, intitulado Sapatinhos vermelhos de Lady Laura, surgiu a partir de algumas fotografias feitas por uma colega. “A partir das imagens comecei a trabalhar com a figura feminina, brincando com a identidade

A artista plástica Gabriela Brasileiro em seu ateliê, em meio a telas que retratam bonecas e figuras femininas: “Mundo lírico que leva o público a ter suas próprias interpretações”

das pessoas e o seu espelhamento. É como se criasse em torno do personagem um mundo lírico que leva o público a ter suas próprias interpretações”. Gabriela diz que em alguns casos, as figuras não provocam nenhuma emoção, mas as grandes proporções de sua última série aumentam o poder da imagem acentuando a interação entre o espectador e a obra. A partir do cruzamento dos conceitos de identidade e espelho com referências

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imagéticas de bonecas e mulher, surgem novas construções que trazem múltiplos sentidos à pintura. Influenciada pelos contos de fadas, a série se completa com 10 telas, sendo que a obra final será feita com tinta, serigrafia e estêncil. Algumas das características que identificam suas obras são herdadas de ídolos como o pintor e cineasta norte-americano Andy Warhol (19281987), um dos grandes nomes do pop art que utilizava a serigrafia, referências fotográficas e fazia crítica à sociedade consumista. Outra influência é o artista plástico brasileiro Vik Muniz, que faz experimentos com novas mídias e utiliza materiais inusitados em seus trabalhos. “Minhas obras também são marcadas pelas cores introspectivas e fechadas, com pigmentos pretos, vermelhos e roxos, uma coisa meio obscura, porém delicada, sutil, mas também agressiva”, explica. Mineira de Belo Horizonte, Gabriela, 26 anos, é graduada em artes visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, e também é aspirante a técnicas de gravuras, artes gráficas e fotografia. Além disso, é estagiária em design gráfico no Centro Cultural UFMG. “Esta é minha segunda profissão, já que a primeira para mim é a pintura”, diz. Ela conta ainda que sua veia artística é herança de família, já que sua mãe é paisagista e seu pai é joalheiro e sempre sonhou em cursar belas artes. “Consegui realizar o sonho dele”, diz Gabriela. O talento para arte foi despertado muito cedo. Desde pequena, Gabriela tem tendência para a arte visual, e aos poucos descobriu que a pintura era a que mais se adequava ao seu estilo, uma apaixonada pelas tintas e pelos pincéis. Mas ela garante que está sempre aberta a novos aprendizados: “O artista pode transformar suas ideias de várias formas, já que seu ateliê está em constante mudança. O importante é que isso transpareça em suas obras, por isso estou sempre pronta a conhecer novas técnicas”. E por falar em ateliê, ela comemora a conquista do seu espaço de trabalho há poucos meses. É lá que realiza novas produções e reúne todos os seus

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A obra Sapatinhos vermelhos de Lady Laura: inspiração em fotos de uma colega para construir uma nova imagem

trabalhos. Um deles, o seu preferido, a segunda pintura de sua primeira série, Perfeição, traz uma menina agachada usando um vestido azul. “É uma das telas em que tive mais gestualidade e liberdade para pintar, o que impulsionou minha carreira”, conta. De lá para cá suas obras foram se tornando cada vez mais conhecidas, e em 2009, foram realizadas exposições individuais e coletivas em algumas galerias de arte da capital, como as da Cemig, do Sesiminas, da Escola de Belas Artes e do Centro Cultural da UFMG. Neste ano seu trabalho pôde ser apreciado no festival Tardes Tortas, realizado em Belo Horizonte, movimento independente de música e artes visuais idealizado por Túlio Castanheira, onde Gabriela realizou algumas intervenções nas paredes. Ainda neste ano, ela pretende fazer nova exposição com data e local a serem definidos, mas enquanto isso não acontece, não faltam planos para a artista. “Meu objetivo é fazer um mestrado na área e produzir, produzir e produzir”, confessa. Se assim for, Gabriela vai muito longe. ❚

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em cartaz Neide Magalhães nmagalhaes@revistaencontro.com.br

A batida perfeita Sensação da música eletrônica mundial, David Guetta é um dos poucos DJs que arrebanha multidões de fãs por onde passa. Lota desde pequenos clubes undergrounds, onde começou a carreira, às baladas mais luxuosas do mundo, estádios e até já embalou mais de 2 milhões de foliões em pleno carnaval brasileiro, onde o axé music reina sem dó nem piedade. Já no último verão europeu ele também fez bonito: somadas todas as suas apresentações, o público chega a cerca de 4 milhões de pessoas. Este fenômeno está de volta ao Brasil, um dos lugares que diz mais adorar no mundo. E passa por Belo Horizonte com seu último trabalho, a turnê do álbum One Love, um disco pop com uma pegada de electro, gravado no ano passado e que reúne famosos e artistas anônimos, que promete sacudir o Espaço Folia, dia 6 de novembro, celebrando os cinco anos do Circuito Peugeot de Música Eletrônica. Queridinho da mais seleta constelação da música pop do mundo, Akon, Will.i.am, Ne-Yo, Kelly Rowland e Madonna já foram vocal para os sucessos do DJ e produtor francês, que faz planos para futuros trabalhos com Britney Spears, Lady Gaga e Rihanna. Um dos últimos destaques dessas parcerias foi a junção com o grupo The Black Eyed Peas que resultou em um dos maiores (ou o maior) hits do ano, a música I Gotta Feeling, sem falar nos anos anteriores. A música vendeu mais de 6 milhões de downloads na internet e ficou por 14 semanas no topo da parada da Billboard. Em 2009, o DJ e Produtor pulou da 5ª para a 3ª posição na lista dos melhores DJs do mundo, ficando atrás somente

artes cênicas TE QUERO COMO QUERES, ME QUERES COMO PODES Drama assinado por Aristides Vargas, com direção de Orlando Oribe. Elenco: Renata Duarte Dutra e Maria Alice Rodrigues Local: Teatro Sesi Holcim (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia) Datas: 11 a 28 de novembro Horários: terça a quinta, 20h; sexta e sábado, 21, e domingo, 11h Ingressos: R$ 24 e R$ 12 (meia), na bilheteria; R$ 12 (preço único)

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no posto Sinparc Apresentações gratuitas: dia 11 (20h); dias 14, 21 e 28, 11h; dias 16, 17, 18, 23, 24, 25, 16h e 20h; e dias 19 e 26, 16h Informações: (31) 3241-7332 CEGUINHO EM: COMÉDIA DI BUTECO AGORA É TAMBÉM COMÉDIA DI TEATRO! Local: Teatro Dom Silvério (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi) Datas: 13, 20 e 27 de novembro Horário: 23h23 Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia) Classificação: 10 anos Informações: (31) 3209-8989 BARBAZUL Adaptação do conto francês

David Guetta, o DJ das multidões se apresenta no Espaço Folia, durante o Circuito Pegeout de Música Eletrônica

Divulgação

de Tiesto e Armin Van Buren, sendo que em 2008 já havia sito eleito o melhor DJ de House Music do Mundo por uma publicação internacional, referência no assunto. David até já foi citado em livro, como no romance da francesa Lolita Pille, Hell Paris 75016, que exalta o DJ como um ícone da juventude rica e muito louca de Paris. Mas como todos sentiram, não foi só lá que ele deixou sua marca. Seguindo as atrações do mês, Massive Attack aterrisa em BH para acrescentar hip hop, com vocais climáticos a música eletrônica. Diretamente da terra da rainha, a banda se apresenta no Chevrolet Hall no feriado. A arena recebe ainda o rock alternativo francês do Phoenix. O toque brasileiro do mês vai ficar por conta da dupla Max de Castro e Wilson Simoninha, que fazem uma homenagem ao pai, no Baile do Simonal, no Lapa Multishow. Maria Gadú e Caetano Veloso fazem dobradinha também no Chevrolet Hall. Com Guilherme Torres e Rafael Campos

de Charles Perrault Local: Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, centro) Datas: 4 a 28 de novembro Horários: quinta a sábado, 20h, e domingo, 19h Ingressos: R$ 16 e R$ 8 (meia) Informações: (31) 3277-4697 BALÉ NACIONAL DA CHINA Local: Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro) Datas: 27 e 28 de novembro Horários: sábado, 21h, domingo, 17h Ingressos: Plateia I, R$ 190, plateia II, R$ 160 e plateia superior R$ 130 Classificação: livre Informações: (31) 3236-7400

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Balé da China

MOSTRA PONTO DE PARTIDA – 30 ANOS Local: Teatro Alterosa (av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta)


Data: 5 a 7 de novembro Horários: sexta e sábado, 21h, domingo, 19h Ingressos: R$ 30, R$ 15 (meia) e R$ 12 (Posto do Sinparc) Classificação: sexta e sábado, 12 anos, e domingo, 6 anos Informações: (31) 3237-6611

shows CIRCUITO PEGEOUT DE MÚSICA ELETRÔNICA – 5 ANOS COM VALBER, ALÊ REIS, DAVID GUETTA E MÁRIO FISCHETTI Local: Espaço Folia (rua Gabriela de Melo, Olhos d’Água) Data: 6 de novembro Horário: 14h Ingressos: Pista: 3º lote (feminino): R$ 90 (meia), R$ 180 (inteira); 3º lote (masculino): R$ 110 (meia), R$ 220 (inteira) Classificação: 18 anos Informações: (31) 3281-2250 O BAILE DO SIMONAL COM MAX DE CASTRO E WILSON SIMONINHA Local: Lapa Multshow (rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia) Data: 26 de novembro Horário: 22h Ingressos: preços não divulgados Informações: (31) 3241 2074 Rafael Kent

Max Castro e Simoninha

MASSIVE ATTACK Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi) Data: 15 de novembro

Horário: 19h Ingressos: 1º lote: R$ 140 e R$ 70 (meia) Classificação: 16 anos Informações: (31) 3209-8989 ROUPA NOVA Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi) Data: 6 de novembro Horário: 23h Ingressos: cadeiras 1º lote: R$ 100 e R$ 50 (meia): pista/arquibancada 1º lote: R$ 50 e R$ 25 (meia) Classificação: 16 anos Informações: (31) 3209-8989 ARLINDO CRUZ – MTV AO VIVO Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra do Carmo, 230, Savassi) Data: 12 de novembro Horário: 23h Ingressos: 1º lote – mesas: R$ 240; camarote: R$ 70; pista/ arquibancada: R$ 40 e R$ 20 (meia) Classificação: 16 anos Informações: (31) 3209-8989 NICK FESTIVAL COM HEVO 84, STRIKE, FRESNO E NX ZERO Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi) Data: 20 de novembro Horário: 16h Ingressos: 1º lote – pista premium: R$ 200 e R$ 100 (meia); pista/ arquibancada: R$ 140 e R$ 70 (meia); arquibancada superior premium: R$ 240 e R$ 120 (meia) Classificação: 14 anos Informações: (31) 3209-8989 FERNANDO E SOROCABA Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi) Data: 25 de novembro Horário: 22h30 Ingressos: 1º lote – área vip open bar: R$ 80; pista/arquibancada: R$ 60 e R$ 30 (meia) Classificação: pista/arquibancada: 16 anos; área vip: 18 anos Informações: (31) 3209-8989 CAETANO E MARIA GADÚ Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi)

Data: 26 de novembro Horário: 22h Ingressos: cadeiras setor 1: 1º lote: R$ 160 e R$ 80 meia, 2º lote: R$ 180 e R$ 90 (meia); cadeiras setor 2: 1º lote: R$ 140 e R$ 70 (meia), 2º lote: R$ 160 e R$ 80 (meia); arquibancada: 1º lote: R$ 80 e R$ 40 (meia); 2º lote: R$ 100 e R$ 50 (meia) Classificação: 16 anos Informações: (31) 3209-8989 PHOENIX Local: Chevrolet Hall (av. N. Sra. do Carmo, 230, Savassi) Data: 21 de novembro Horário: 20h Ingressos: pista premium open bar: 1º lote: R$ 260 e R$ 130 (meia); 2º lote: R$ 300 e R$ 150; pista/ arquibancada: 1º lote: R$ 120 e R$ 60 (meia); 2º lote: R$ 140 e R$ 70 (meia) Classificação: pista/arquibancada: 16 anos; e premium: 18 anos Informações: (31) 3209-8989 Divulgação

Horário: 10h às 21h Entrada Franca Informações: (31) 3409-1090 2 X MINAS X 2 Exposição com trabalhos dos artistas Amilcar de Castro, Celso Renato, Manfredo de Souza Netto e Marcos Coelho Benjamim Local: Lemos de Sá Galeria de Arte (av. Canadá, 147, Jardim Canadá, Nova Lima) Datas: 20 de novembro a 20 de janeiro Horário: segunda a sexta, 10h às 18h, sábado, 11h às 14h Entrada franca Informações: (31) 3261-3993

para crianças A FANTÁSTICA FLORESTA Espetáculo interativo e itinerante, com texto de Lívia Gaudêncio e direção de Marcelo Carrusca Local: Teatro Dom Silvério (av. N. Sra do Carmo, 230, Savassi) Data: 6, 7, 13 e 14 de novembro Horário: sábado e domingo, 16h Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) Classificação: livre Informações: (31) 3209-8989

outros

Phoenix

artes plásticas ORVALHO Exposição de Tai Nunes com mais de 50 objetos e desenhos em técnica mista com predomínio das cores alquímicas: amarelo, vermelho, preto, branco e cinza Local: Centro Cultural UFMG (av. Santos Dumont, 174, centro) Datas: 16 de novembro a 3 de dezembro

FILOSOFIA E AUTOCONHECIMENTO Diálogos com Márcia Tiburi Local: Casa Fiat de Cultura (rua Jornalista Djalma Andrade, 1.250, Belvedere) Data: 8 e 22 de novembro Horário: 20h Entrada franca Informações: (31) 3289-8900 MOSTRA DE CINEMA ESPANHOL ATUAL Local: Instituto Cervantes (praça Milton Campos, 16, Serra) Datas: 3 a 8 de novembro Horários: 12h e 19h30 Entrada franca Informações: (31) 3789-1600

Encontro | 83


band: cada vez m minasesporte_

minasurgente

segunda a sexta | 7h30

segunda a sexta |12h30

segunda a sexta | 13h15

Um telejornal dinâmico, bem humorado, que apresenta aos telespectadores um resumo do que de mais importante acontece em minas gerais.

destaque para o esporte mineiro com a competência de 30 anos no ar. interatividade com o público, informação e comentários diferenciados. a bola rola pelo Brasil e pelo mundo e você confere no minas esporte.

programa de atualidades, jornalismo verdade com foco nas cidades e no noticiário policial. linguagem ousada que não omite opiniões. Um espaço onde o mineiro pode se manifestar.

segunda a sexta | 14h15

segunda a sexta | 18h50

sábado | 18h50

tudo de Bom é uma revista eletrônica de variedades. Um programa leve com reportagens sobre moda, cultura, saúde, economia, direito do consumidor, culinária e muito mais. o tudo de Bom é informação e diversão para os mineiros.

cobertura isenta e a melhor análise dos principais fatos diários e atualidades do estado de minas gerais.

Um programa de jornalismo que discute de maneira franca, aprofundada e sem edições temas relevantes da nossa sociedade: economia, política, segurança pública, cultura e meio ambiente.

tudodebombh


mais minas Uma televisão com a cara do mineiro, feita para levar informação, entretenimento e prestação de serviços à popUlação, com a coragem e a seriedade qUe caracterizam o grUpo Bandeirantes de comUnicação.

olho em minas, olho na band. band_minas


Informe Publicitário Eugênio Gurgel

Equipe do marketing, responsável pelas novidades da Band: Rodolpho Araujo, Camilla Bastos, Lana Aguilar e Laura Lima

De olho em Minas

Com mudanças de cenários e de apresentadores, a Band Minas mostra que está se tornando cada vez mais a cara do mineiro

Como diria Guimarães Rosa, Minas são várias. E o desafio de um canal de televisão é justamente conseguir transpor essa pluralidade para a tela. A Band Minas, presente em 375 cidades do estado, está nesse caminho, trazendo mudanças para que os mineiros cada vez mais se reconheçam em seus programas. “Queremos estar mais próximos dos mineiros e fazer uma televisão com a sua participação. Todas as nossas mudanças foram feitas com estudos que levaram em conta as preferências dos telespectadores”, diz Camilla Bastos, gerente de marketing da emissora. Os programas passaram por mudanças visuais e estruturais. O Jornal Band Minas mudou e passou a ter dois âncoras. Quem está à frente do noticiário é a dupla Daniel Fabris e Gisele Ramos, que compartilham a mesa num cenário parecido com o do Jornal da Band, mas que remete às montanhas mineiras. “A gente mudou os cenários com a ideia de padronização com a rede, mas sem perder o foco em Minas. Então, tentamos remeter às montanhas para que o telespectador, ao ligar na Band, pudesse reconhecer nela o seu estado”, explica Laura Lima, da equipe de marketing. Ainda no jornalismo, o tradicional Minas Esporte, com 30 anos de liderança no comentário esportivo, foi repaginado e passou a interagir mais com o telespectador. Além disso, houve preocupação em descentralizar o assunto, até então focado no futebol, e valorizar outros esportes. “Hoje são seis comentaristas no Minas Esporte, que se revezam durante a semana. Cada um tem qualidade própria, experiência a mais com determinada área esportiva. Além disso, o programa recebe convidados especiais”, afirma Rodolpho Araujo, também do marketing. Com o foco nos mineiros, os programas Tudo de Bom, com Bianca Lage, e Minas Urgente, agora, apresentado por Paulo Leite, receberam importantes alterações. O primeiro,

86 |Encontro

que é uma espécie de revista eletrônica, com moda, comportamento, culinária, deixou de ser gravado e traz Bianca Lage ao vivo, interagindo com o telespectador. “O contato com o público cresceu. Hoje o programa tem participação, interação”, completa Camilla Bastos. E o Minas Urgente, além do novo apresentador, passou a ser feito com ajuda dos mineiros, pois tem canal aberto para receber denúncias, e também realiza enquetes, pelo menos três vezes por semana. O assunto da enquete é retirado da rua, com um quadro novo chamado O Povo Fala. O resultado é dado ao final do programa. “Hoje, o Minas Urgente, o Tudo de Bom e o Minas Esporte têm conta na rede social Twitter e os telespectadores podem mandar comentários ao vivo, que são lidos pelos apresentadores”, diz Laura Lima. Os programas também têm sites próprios e podem ser acessados a partir do portal da empresa. Além da mudança visual e de equipe, a Band está investindo em novos equipamentos, os mais modernos do mercado. “Hoje em dia, contamos também com uma estrutura de desenvolvimento de propostas personalizadas e customizadas para cada cliente, com soluções que vão além da mídia convencional” completa Camilla Bastos. Entre as montanhas e as tradições de um estado tão singular, o Grupo Bandeirantes mostra que é possível aliar programação de qualidade ao jeitinho mineiro de ser. “Todo nosso investimento é para que a Band tenha a cara de Minas e o mineiro tenha orgulho de tê-la em sua casa”, explica Rodolpho Araujo.

www.band.com.br/mg



nas telas Se no primeiro, o Capitão Nascimento rouba inteiramente o filme, neste, Wagner Moura tem que dividir seu espaço com outro personagem magistralmente construído: o deputado socialista Diogo Fraga, interpretado pelo ator Irandhir Santos, a “cara” da vez no cinema nacional. José João Ribeiro

A tropa e o público O sucesso é inédito para os padrões brasileiros. O filme mais esperado do ano, Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro, do diretor José Padilha, ultrapassou a marca de 4 milhões de espectadores em pouco mais de uma semana em cartaz. É muito fácil assegurar com isso que se tornará a maior bilheteria nacional desde o advento da retomada do cinema brasileiro em 1994. A série, iniciada em 2007, já tem um capítulo cativo no que se refere à nossa cultura contemporânea. O carismático e truculento Capitão Nascimento dominou o imaginário de todas as classes sociais. Suas expressões caíram na boca do povão; no carnaval, a fantasia de integrante do Bope se esgota nas ruas de comércio popular. A penetração na classe média propicia estudos sociológicos extremamente interessantes, na tentativa de elucidar, em parte, a admiração perigosamente (quase) unânime e uma névoa fascista, denunciada por intelectuais de esquerda, e também nos festivais em que se apresentou mundo afora. O roteiro do premiado Bráulio Mantovani, nesta sequência, está bem mais elaborado, ou melhor, mais costurado. Menos limitado, agora com dosada amplitude e detalhamento. Era a lógica, pois a história adentra meandros mais complexos, e com isso marca o debate da segurança e do papel do desempenho da polícia. Está assim, entregue o cenário esmiuçado, por exemplo, do sistema carcerário, da cobertura da mídia e das ações políticas de estado. Em Tropa 2, o tenente-coronel Roberto Nascimento (Wagner Moura), nas primeiras cenas, comanda uma ação que resulta em enorme fracasso, mas de excelente repercussão na opinião pública. O passo

88 |Encontro

Alexandre Lima

Wagner Moura, com Irandhir Santos e Maria Ribeiro, em cena de Tropa de Elite 2

seguinte é sua recondução para o trabalho dentro da inteligência da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro. Suas táticas preliminares, de maneira imediata e quantitativa, reduzem o tráfico de entorpecentes nas comunidades cariocas. Por outro lado, escapa ao conhecimento do coronel uma nova modalidade de corrupção policial, talvez mais perversa que a antiga, colaborativa do tráfico: o poder assombroso das milícias. Se no primeiro Tropa de Elite – refém de arrasadora pirataria, que em parte impulsionou sua carreira –, o Capitão Nascimento rouba inteiramente o filme, neste segundo momento, Wagner Moura tem que dividir seu espaço com outro personagem magistralmente construído: o deputado socialista Diogo Fraga, interpretado pelo ator Irandhir Santos, a “cara” da vez no cinema nacional. O deputado e professor Fraga é o perfeito antagonista para Nascimento, porque resguarda os direitos humanos, vasculha e cobra a atividade policial e invade um pedaço íntimo da vida do novo coronel. A persona-

gem foi livremente inspirada na atuação corajosa do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro, diante da suposta corrupção generalizada que contaminou a cúpula da polícia fluminense nos governos de tenebrosas figuras. Padilha, apesar disso, procura concluir seu blockbuster, armando teorias e distribuindo responsabilidades. Pesa a mão, à caça de explicações, em fórmulas e respostas, muitas vezes desnecessárias e inócuas. Feliz do espectador que se propõe a enxergar Tropa da Elite 2, caça-níquel assumido com mais de 700 cópias em exibição nas primeiras semanas, como antes de tudo uma obra de ficção, de passatempo. Evidentes são sua relevância social, seu impacto e as discussões positivas ou não, contidas ao longo do projeto. Mas é lamentável, triste, espantoso, que cenas de surra e sangue despertem tanto entusiasmo (?), furor e aplausos nas filas e filas de poltronas ocupadas. Aquilo que deveria fazer pensar, emudecer, constranger, tem efeito radicalmente oposto. ❚


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turismo

negócios

Rafael Campos

Moacir Barbosa, da TAM Viagens: dependendo da demanda, número de voos pode aumentar

Com destino a

Eugênio Gurgel

Miami DE BH PARA O MUNDO ❚ Empresas

Nº voos

Destino

❚ Preços

American Airlines

1 diário

Miami

Confins / Miami

Copa Airlines

1 diário

Cidade do Panamá

GOL

2 diários

Buenos Aires

Classe Econômica a partir de US$ 1,6 mil*

TAM

1 diário

Buenos Aires, Paris e Miami (escala em Guarulhos-SP)

TAP

1 diário

Lisboa

❚ Novos TAM

3 semanais Miami

Fonte: Aeroporto Internacional Tancredo Neves - Confins

90 |Encontro

Classe Executiva a partir de US$ 3,412* * Sem taxas incluídas, sujeitos a alterações e à disponibilidade de assentos e características da viagem, como período de permanência no destino, por exemplo. Fonte: TAM Linhas Aéreas

TAM vai operar voos diretos do aeroporto de Confins para a cidade da Flórida Os mineiros terão, a partir de dezembro, outra opção para viajar para Miami sem escalas. A TAM Linhas Aéreas recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar três voos a partir do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, com destino a Miami, nos Estados Unidos. Além de Minas Gerais, Brasília também vai ganhar voos diretos para a cidade da Flórida. Até então, apenas a American Airlines operava voos para o destino no aeroporto da Grande BH. Para Moacir Barbosa, diretor da TAM Viagens, os novos voos em Confins foram motivados pela grande demanda de passageiros. “A iniciativa não beneficia apenas os passageiros da TAM, pois auxilia, e muito, no desenvolvimento de Belo Horizonte e cidades vizinhas. Além disso, pode provocar uma melhora na infraestrutura do aeroporto de Confins”, avalia. Outro fator que contribui para o aumento da oferta de voos internacionais é a queda do dólar em relação ao real, o que possibilita aos turistas brasileiros fazer mais viagens para o exterior. Por isso mesmo, dependendo de como o público vai responder à novidade, o número de viagens para Miami, partindo da região metropolitana, pode aumentar. “Existe a ideia de promover mais voos para a cidade americana, mas vamos observar os primeiros 90 dias de operação para avaliarmos a real necessidade”, revela o diretor da TAM Viagens. No dia 2 de dezembro, a companhia começa a operar o voo JJ8058, com saída de Confins às 22h57 e chegada em Miami às 4h (hora local). O retorno será feito pelo JJ 8059, que decola do aeroporto em Miami às 10h15 (hora local), com pouso previsto na região metropolitana de BH às 21h19. As viagens serão feitas por um Boeing 767-300, configurado em duas classes de serviço: econômica e executiva. Atualmente, a TAM já oferece voos para a cidade americana, mas com escala em Guarulhos (SP). ❚



turismo

férias Geraldo Goulart

Rafael Campos

Austrália, África e Espanha. Adolescentes fazem crescer a procura por roteiros alternativos à terra do Mickey

Depois da Disney

92 |Encontro

As irmãs Isabela e Fernanda Freitas: passagens marcadas para Noosa, cidade australiana recheada de atrativos

Qual o destino internacional preferido dos adolescentes? A pergunta não é nada complicada, pois a Disney ainda exerce e continuará exercendo, por um longo tempo, grande fascínio à faixa etária; aliás, os pais também se rendem ao fantástico mundo de Mickey e companhia. Agora, outros lugares passam também a despertar a curiosidade de jovens, que querem, além de se divertir, conhecer de perto os lugares que até então eram presentes só em livros e filmes. Às vésperas das tão esperadas férias de fim de ano, Encontro fez uma seleção dos destinos que mais vêm aguçando o imaginário dos adolescentes mineiros. Seja um passeio pelas praias de San Diego, na Califórnia, uma esquiada sobre a neve em Breckenridge, no Colorado (EUA), ou uma aula de história nas ruas madrilenas, na Espanha, os novos roteiros de viagem para os teens combinam atrativos como aventura, diversão, cultura e interação com jovens do mundo inteiro. As irmãs Isabela, 18 anos, e Fernanda Freitas, de 16, por exemplo, estão com passagens marcadas para Noosa, cidade australiana com lindas praias e beleza natural irresistível. Um dos objetivos das meninas é estudar, mas as horas vagas serão dedicadas aos passeios pelo litoral. “Pelo que pesquisamos, a cidade é bem tranquila, e será uma excelente oportunidade para praticar o inglês e, claro, conhecer um belo lugar”, avalia a entusiasmada Fernanda. Então é só escolher para onde ir, fazer as malas e boa viagem!


Pacote

ros, tir de 3 mil eu ar p a – l ra u lt u rcâmbio C nte, via TAM Programa Inte de Belo Horizo o d n ti ar p a a re agem em bo com parte aé as com hosped feições atrativos, com s an s m o it se u ro m at a u rv Q anhola rese m todas as re a, atrai vário ou TAP. Inclui: A capital esp ue, sem dúvid diversão. individuais, co sábados, lanche, q u o o s a, ri lo p tó u is d h s ra e quarto e jantar, e aos ecimento com e modose de cultu do aproanhã, almoço s de aliar conh s m o io a id d d é áv ré s p af rária totalizan (c te o m h en co a g a, n ar C io ). adolesc ss es re identes; o cursõ da cidade imp ayor, o Paláci ro saúde e ac durante as ex u M g za se la s; P la a A arquitetura au o m 60 mpanhaponentes, co navegar pelo imadamente t viagem; aco x ra ki Pa a; a. m lo er p ip numentos im Ó d a ico e o ofereu do Prado e material didát res/coordenadores. cias de turism ên Real, o Muse ag as sso m e u fe u g q ro no nema, al mento de p er Bros; desti elo n ar universo do ci W e u q ar p 585 para o p a arte. Ainda rs: (31) 3311-8 u m ti To sé n cem pacotes e a d re s G fã a ? el lmente os ❚ Quem leva em passear p atrai especia lescentes pod o se ad e s a o ri l, o tó h is an se respira h território esp , onde também onitas do mundo, na o d le To e d e cidad is mais b a a das catedra ibilizam aind encontra um cotes dispon Pa . eto m n ie ilô u m nta corial, a 49 q Plaza del Ayu renzo de El Es a e claro, BarceLo n Sa r o p passagem ência, Jave destino , Peñíscola,Val as da Espanha, ca e ad tros de Madri it ag s ai m e músi cidades o à procura d d lona, uma das n u m o o d ns de to certo de jove s. lturais intensa atividades cu

ha) Madri (Espan

San Diego

(EUA)

Conhecida co mo o berço da Califórnia pertando a ,S atenção de qualquer ad an Diego vem desleza das pra o lescente dev ias ido à bedisso, o cen convidativas à prática d ário já serviu e esportes. Além d e séries de TV como Beach pano de fundo para film P es e atr ffic, Top Gun – Ases Indom ol, The Real World, Bab el, Traáveis e Cidad temáticos ta ão Kan mb niana, como ém são atrações à part e. Os parques o Sea World , o Balboa Pa e na terra califormuseus, jard rk, co ins, teatros, zoológicos e m pelo menos 15 arte. Ainda n espaço aC Angeles, e o alifórnia, o destaque fica s dedicados a bair po lá também q ro de Beverly Hills, para r conta de Los íso dos famo ue está, nad sos. É am dios milioná rios de Holly ais, nada menos, que o s estúwood e a su a calçada da fama.

Pacote

Intercâmbio de Férias – à clui: 22 dia s de hospe vista, 6.648 dólares. dagem em Innoites em San Diego, Los Angele tr s, ês passagens volta, toda aé s as taxas, hospedage reas de ida e quartos du m em hote plos ou trip l em los, dias, jantar de segunda café da manhã todos os a quinta-fe glês na Sou ira, c the ques como rn States University, p urso de inDisneyland asseios e p ar, California World, Six Adventure Flags, Univ , Sea ersal Studio Passeio em s, en div Jolla, Santa ersas praias da Califó tre outros. Monica, M alibu, New rnia como La port Beach . ❚ Quem le va? Tia Elia ne Turismo : (31) 32615900

Encontro | 93


turismo

férias Toronto (Canadá )

A maior cidade do Canadá é a menin a dos olhos dos es Pacotes dantes brasileiros. tuLá, o custo-benefíc io de um curso de glês leva grande va Programa Intercâm inntagem em relaçã bio Cultural – a pa o às escolas america nas, por exemplo. M rtir de 3,5 mil dó lares canadenses as não pense que as , mais parte aére terras canadenses atraem os adolesce a saindo de BH , vi a TAM ou TAP. Incl ntes apenas por ca ui: visita à CN To usa de cadernos e vros. Além da conh Ja ys wer, Blue liBa seball Game, Nia ecida qualidade de gara Falls, Canada vida, que faz inveja qualquer país do m de rla a ´s Wonnd, canoagem e undo, o Canadá tem picnic na Ilha de atrações interessan tes como o CN Tow po To rt ro es nas praias, co nto, eser, em Toronto, um mpras em shop a torre de 553 met de altura, que pode pings, e viagem de quatro di ros ser avistada de qu as por algumas ci alquer parte da cidade. Se o turista qu dades da parte francesa do Cana iser trocar os mais dá (Ottawa, Montrea de 1,7 mil degraus da torre por outra ativi l e Quebec). dade física, o jeito é passear de bicicle ou de patins nas m ❚ Quem leva? G ta argens do lago Ont reen Tours: (31) ário, no lugar conh cido como Water 3311-8585 efront, outro cartão -postal da cidade. parte francesa ca A partir de 2.85 A nadense (Ottawa, 0 dólares com tr Montreal e Quebe também chama at ês semanas de ho spedagem em si c) enção pelos esporte stema homesta s na neve e beleza irresistível. y (residência familiar). Inclui: Visita ao African Lion Safari, Niagara Falls Trip, Victoria Trip, Gro use Mountain, Wasaga Beach Trip, Playland Am usement Park, Vancouver Aqua rium, Medieva l Times, Lynn Canyon, atividad es esportivas, en tre outras. ❚ Quem leva? M aster Exchange: (31)3330-3699

(EUA) Breckenridgeseradicais na neve fica no

eptos de esport s, com O paraíso dos ad Possui quatro gigantescos pico rado. do Norte e uma estado do Colo rico da América fé le te or ai m o , É em Brecken954 hectares la de montanha. vi ra do ira sp in ncia em esqui imponente e da a escola referê m os amira nt co en r se ridge que pode e se divertir co a melhor do qu ad N ulos natud. ar bo ow e sn ndo belos obstác va ra sb de e a nç atenção de gos, com segura m chamando a vê e qu os tiv ra at é diferente. rais. Estes são os , e no Brasil não iro te in do un m jovens do

94 |Encontro

Pacote

duplo: 2.917 apartamento em 8 a so es p r o uádruplo: 239 Preço p 7 dólares e q 51 ó2. d : 0 lo ip 10 tr e dólares; adicional d as opções com assagem aédólares (todas que). Inclui: p ar b em e d xa Horizonte, lares de ta /Miami/Belo le g Ea / te on iz nômica. rea Belo Hor em classe eco es lin ir A an ic ge no voando Amer em Breckenrid em ag ed p os h e oites de Sete noites d Resort e três n e g d ri en ck re B oporto The Village at i. Traslado Aer m ia M o p m Te o Ski lift hospedagem n orto de Eagle, op er A e/ g d ri en mit Ticket). de Eagle/Breck enridge (Sum ck re B a ar p s ia de seis d 3303 7600 dventure: (31) A w o Sn ? va ❚ Quem le



turismo

férias

Pacote

dólares, de 3,8 mil ir rt a p aia l cultura visita ao W Intercâmbio e três semanas. Inclui: Pearl Harod u de com duraçã e Zoo, visita ao muse a, aulas um ida Marinh ilha, V e d e kiki Aquari u rq i Palace, Pa ios de bicicleta pela bour, Iolan co aérea u , passe lo o lt u ou ad e windsurf ções. Parte m a la u tr ve a H jo r e e e d d u s lq e qua so caros milhare imaginário d no do Havaí é um imen ca lines. entre outr d Presente no n merican Air ca ra ri A e b ia m ia v a re o H a d B a m e st d e s co saindo s. por ondas, o ado de coqueiros, praia 85 tas corajoso is e rf ch su re r l, o (31) 3311-85 a p : st s rs a u d a To fi m tão-po n u sa e e o d va? Gre gora tem sid as gigantes ❚ Quem le os filmes e a a ilha, o turista e, claro, ond ri vá e d a m foi te os jovens. N O cenário já s de desejo d ico e o museu de Pearl to je b o is a p ci ológ dos prin norteAquarim, zo ki ki a W base militar o à r a s ê n o p ja e pode visit qu ro de rência ao ata 0. Isso, sem falar é cla e fe re r, u o rb a 4 H 19 res d a década de da por milha americana n l do Havaí, a mais deseja pita Honolulu, ca turistas.

)

Havaí (EUA

Noosa (Aus

trália)

A última cid ade Coast, na Au de uma região conhecid strália. O lug a como Sun ar co shin bém ponto d e encontro d m belas praias se tornou e e surfistas d tamsiderado ide e todo al pa não poderia ra surfe em longboard. A o mundo, conlém disso, e co deixar de se rd m liano, Noosa reserva irresi iferente em território a o u st st ív National Park ra eis atrativos naturais. O N éu Pacote oosa a área é das m exemplo de beleza na tural e prese mais bonita A p a rv rt s ada, ir de 2.145 da terra do opções para ca dólares a mergulho, p tro semana rincipalmen nguru, com boas calmo. O pa s de curso d ustralianos. Inclui: q te quando o rque reserva uae ing de 25 aulas/ mar ainda trilhas os famosos semana; aco lês, com carga horári e até encontr está koalas. a m m íl o os com ia, com ca fé da man dação em casa de fachegada; to hã e janta r; tr da acomodaçã s as taxas de matríc aslado de ula, materi o da escola . al, ❚ Quem le va? Tia Elia ne Turismo : (31) 32615900

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do Sul) a c i r f Á ( o b a undo a Copa do M Cidade do C

partir d nheu holofotes a o h n a g l undo pôde co u u S m o o d e a u ic q fr la Á o A bo o da b Cidade do Ca ul foi por meio e A , . o ís n a a p e e st st e e d oS oé multifacetad gunda maior da África d cer o quanto se para a , s lo vo p ti úne atra por exem Cape Town, para Johanesburgo –, re o m s fa sos e nas ito. Além do natural, fe e d r – perde ape ca lo olescente co do Cabo tem beleza nenhum ad de l. Não fáris, a Cida Atlântico Su is solicitados sa tanhas e às margens do ma s on dez cidade cercada de m beu o título de uma das ble Mountain rece que está a Ta os de altié à toa que lá também É . o d 6 metr n u m os seus 1.08 nte de obserbelas do m co , sa e M a de lesme ou Montanh os de escalada ou simp id v á s o tude, para fica. vação geográ

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perfil

Paulo Henrique Silva

Leandro Vissotto em quadra, na Itália: do Minas Tênis Clube para a seleção brasileira e segundo jogador do mundo a conquistar títulos em todas as categorias

O milagre de

Sílvio Ávila/CBV

Tricampeão mundial de vôlei, jogador revela como BH mudou sua vida profissional, espiritual e afetiva

Vissotto

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a certidão de nascimento, Leandro Vissotto é carioca. Como jogador decisivo que ajudou a seleção brasileira a conquistar, em outubro, o Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, realizado na Itália, ele revelou outra naturalidade: belo-horizontino. “Foi a cidade onde nasci de novo”, assinala Vissotto, único comandado do técnico Bernardinho que desembarcou no aeroporto de Confins direto das quadras italianas. Com a medalha de ouro a tiracolo, o reencontro com a capital mineira, após Leandro se destacar com um dos melhores jogadores da renovada seleção, coroa uma grande virada iniciada em 2006, quando ele veio para o Minas Tênis Clube como uma aposta de risco dos dirigentes. Na época, o oposto estava lesionado – mais uma das muitas contusões que se acumulavam na trajetória promissora deste grandalhão de 2,11m de altura. Os ares de BH fizeram muito bem ao atleta. Espiritualmente, profissionalmente e amorosamente. Aqui ele encontrou sua fé, transferiu-se para a Itália após um bom desempenho no campeonato nacional (a Superliga), quando foi vice-campeão, e formou sua nova família. “Em Belo Horizonte, a minha carreira finalmente deslanchou. Depois de jogar no Minas, fui para a Itália e me firmei na seleção. Se não fosse desta forma, provavelmente estaria cheio de problemas até hoje, com contusões atrás de contusões”, diz. E BH virou a segunda casa do jogador. Mesmo atuando em outros clubes, Vissotto sempre retorna à cidade. Foi assim em 2009 quando se casou com Nathália Rohlfs, filha de Werner Rohlfs, dono da construtora WR. E também em 28 de agosto deste ano, dia em que conquistou “a maior vitória de sua vida”, com o nascimento da filha Catharina.

Divulgação

O atleta nos tempos do Minas: “Em BH, a minha carreira deslanchou”

Antes de se apresentar na seleção e iniciar a preparação para o Mundial, o atleta só teve tempo para assistir ao parto, no hospital Vila da Serra, e curtir por apenas quatro dias a filhota. “Depois de um mês fora, estava doido para chegar em casa”, comemorou, ao ver as duas mulheres de sua vida no saguão do aeroporto. Mais uma vez os ponteiros do relógio passaram muito rápido para matar as saudades. Menos de uma semana depois, as malas foram para Araçatuba, no interior paulista, onde já está defendendo as cores do novo clube, o Vôlei Futuro, jogando ao lado dos companheiros de seleção Lucão e Mário Júnior. A contratação marca seu retorno ao Brasil depois de vitoriosa permanência de quatro temporadas no voleibol italiano, consagrando-se como campeão mundial interclubes pelo Trentino. Não deixa de ser curioso que o tricampeonato com a camisa verde e amarela tenha sido justamente na Velha Bota. “Deus honrou a

minha saída (da Itália). Ser campeão em Roma, no coração da Itália, foi a realização de um sonho”. O título fez de Vissotto o segundo jogador no mundo a ser campeão em todas as categorias, repetindo o feito de Nalbert. Em 2001, Vissotto tinha levantado a taça no infanto-juvenil, no Egito, e no juvenil, na Polônia. “Quase dez anos depois, igualei a marca de Nalbert, que é de 2006. É um grande prazer estar neste hall de atletas. Só que tenho uma coisinha a mais do que ele, que foi ter sido campeão de clubes, título que o Nalbert não tem”, brinca, feliz com o momento profissional. Individualmente, a conquista não foi tão fácil para Vissotto, que viveu outro momento de superação. Ele não começou bem a competição e foi bastante cobrado pelas atuações irregulares. Contra a República Tcheca, irritado, chegou a quebrar a plaquinha de substituição quando o árbitro não permitiu a sua entrada. “Na primeira fase, estava com uma contusão no pé. Depois, neste


esportes jogo da plaquinha, estava bastante gripado e tinha acordado muito mal naquele dia. Graças a Deus, consegui me recuperar para a decisão, dando o meu melhor na semifinal e na final”, diz. Contra os italianos, adversários da semifinal, ele marcou 24 pontos, e diante da finalista Cuba, 19, tornando-se o maior pontuador das duas partidas. Se a decisão foi surpreendente pela facilidade como o Brasil fechou o jogo em 3 sets a 0 – “por ser um time novo, os cubanos sentiram a pressão”, como ele avalia – , a partida anterior foi marcada por muita tensão, especialmente por conta das provocações vindas das arquibancadas. “Me senti como um gladiador moderno. Perto do ginásio está o Coliseu, onde na antiguidade aconteciam disputas bem ardentes. O público vaiava e gritava como naquela época, mas soubemos lidar com a pressão”, destaca. Na Itália, Vissotto virou assunto dos jornais não apenas por causa de sua arrasadora atuação. Várias reportagens voltaram no tempo, da época de Minas Tênis Clube, para lembrar as razões que fizeram dele o atleta de alto nível que é hoje. Em fevereiro de 2006, o oposto estava se recuperando de uma fratura no pé quando foi convidado pelo jogador Igor, que disputava a posição com ele, para ir a um culto da Igreja Batista Central. “Estava de bobeira e fui. Gostei muito e voltei para casa mais tranquilo, sentindo-me mais sereno”, recorda. Corta para o jogo contra o Bento Gonçalves, em Ipatinga (MG), uma semana depois. No banco de reservas, e sem muita perspectiva de jogar, estava Vissotto. O time mineiro perdia por 2 sets a 0 e o então técnico Jon Uriarte pediu para ele entrar “e fazer o que desse”. Fez mais do que foi pedido: mesmo passando dias sem tocar na bola, o oposto foi o destaque da partida, ganhando o troféu de melhor em quadra. “No voleibol, treinar é muito importante. Mas nem parecia que eu estava parado. Isso nunca tinha acontecido comigo antes”. É a primeira vez que o jogador revela a uma publicação brasileira os detalhes de seu renascimento para o voleibol. “Na conquista do Mundial, eu pus um boné com a inscrição Jesus número 1, mas não falei disso em minhas entrevistas. No Brasil há muitos atletas de Cristo; é uma coisa bastante rotineira. Mas na Itália isso ganhou uma

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perfil repercussão enorme”, assinala. As lesões deixaram de ser um obstáculo em sua vida, fato que ele imediatamente ligou a este encontro promovido por Igor. “A partir daí só vieram coisas boas e tudo se estabilizou”, registra. Entre tanta “coisa boa”, não pode faltar Nathália, irmã de seu companheiro de Minas, Breno. Eles já se conheciam, mas foi apenas na quarta vez que ficaram frente a frente é que Vissotto sentiu que não poderia perdê-la de vista. O problema é que eles se encontraram no aeroporto, no saguão de Guarulhos, quando ela estava de malas prontas para morar em Nova Iorque. “Senti algo que não sabia dizer o que era, algo que nunca tinha sentido em nenhum momento da minha vida”, destaca. A cena seguinte não é a mesma daqueles filmes românticos de Hollywood, em que a mocinha rasga a passagem para ficar ao lado do galã. Mas quase. Nathália foi para os Estados Unidos, eles passaram a namorar através do mundo virtual, chegaram a terminar sem terem

trocado nenhum beijo, voltaram e, por fim, resolveram diminuir a distância para iniciar um relacionamento que não fosse através de Orkut e MSN. Veio o casamento, que aconteceu na Prefeitura de Trento, na Itália, terra onde Vissotto exorcizou de vez o fantasma das contusões. No país europeu, encontrou outra mulher fundamental em sua trajetória: a fisioterapeuta Carolina Galasso, médica do seu treinador. Vissotto conta que, durante uma consulta, o técnico manifestou a sua preocupação com a contratação de um jogador que se queixava muito de problemas no ombro. “Traga ele aqui”, respondeu Carolina. “Ela descobriu que a dor, na verdade, partia do meu tornozelo, o que é bem estranho. Foi Deus que a colocou no meu caminho. E pensar que meu técnico tinha ido olhar um problema de retina descolada... Hoje ela é uma amiga da família”, detalha Vissotto, comemorando a sua volta por cima, evidenciada agora que é um dos meninos de ouro de Bernardinho. ❚ Carlos Rhienck

Com a mulher Nathália e a filha Catharina, assim que desembarcou no Brasil

FICHA TÉCNICA ❚ Leandro Vissotto Neves Apelido: Leandro ❚ Posição: oposto ❚ Peso e altura: 104 kg/2,11 m

❚ Data de Nascimento: 30 de abril de 1983 ❚ Cidade: Rio de Janeiro (RJ) ❚ Time atual: Vôlei Futuro (SP) Fontes: Confederação Nacional de Vôlei (CBV) e voleibrasil.org.br



esporte

bem-estar Cláudio Cunha

Rafael Campos

Competidoras alongam para a 1ª edição da corrida Encontro Delas/ Circuito Molico, realizada em maio: dias 11 e 12 de dezembro tem mais

Não fique aí parada Vinte bons motivos para você começar a correr e espantar de vez o sedentarismo. Além da chance de participar da corrida mais charmosa da cidade, em dezembro

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Será dada a largada para a segunda edição da corrida Encontro Delas/Circuito Molico. O evento começa no dia 11 de dezembro, dedicado às atividades de entretenimento e saúde da mulher. No dia 12, data em que se comemora o aniversário de BH, acontece a prova que, a exemplo da anterior, terá seis quilômetros de percurso. O local não poderia ser outro: a Lagoa Seca no Belvedere, tradicional reduto dos adeptos da atividade. As mulheres que forem rápidas e se inscreverem até o dia 15 de novembro pagam valor promocional de 50 reais. A inscrição dá direito ao kit atleta com camisa, ecobag e toalhinha. As inscrições podem ser feitas no www.encontrodelas.

com.br, onde constam informações importantes sobre a competição. Feito o chamado, a hora é de iniciar os treinamentos, que devem ser orientados por profissionais. A gerente de vendas Ana Paula Mariano, de 40 anos, já começou o aquecimento. Mãe de duas filhas – de 11 e 14 anos –, treina quatro vezes por semana, com ajuda de especialistas da academia By Japão. Ela começou a correr regularmente há seis anos. Por quê? “Por causa da saúde. Meu colesterol estava lá em cima, depois que comecei a correr nem precisei tomar remédio para regulá-lo”. Bem-estar, disciplina com a alimentação e melhor disposição para encarar o dia são outras boas consequências da


20 MOTIVOS PARA COMEÇAR A CORRER ❚ Viva a liberdade: A corrida de rua é uma modalidade democrática, você pode correr onde desejar e se inscrever na corrida que desejar, desde que esteja preparado para completá-la ❚ É com você: É um esporte que depende apenas de você, não necessita de outras pessoas ou equipamentos muito específicos e elaborados ❚ Tchau, barriga: Ajuda a controlar o peso corporal, pois possibilita a indução de balanço calórico negativo, uma vez que possui um gasto calórico considerável ❚ Mude seu ritmo de vida: Treina e desenvolve a disciplina ❚ Pratique como terapia: Muitas pessoas optam pela atividade para aliviar o estresse e a tensão do dia a dia ❚ Novas amizades: Nada melhor que treinar ao lado dos amigos ou de pessoas com interesse em comum ❚ Todos vencem: Mesmo que você não conquiste o pódio, completar a prova já é uma vitória ❚ Desenvolve o raciocínio rápido: Estudos da Universidade de IIIinois, nos Estados Unidos, comprovaram que quando a corrida produz aumento de apenas 5% no condicionamento cardiorrespiratório, a consequência é uma melhoria de até 15% nos testes mentais atividade, segundo Ana Paula. Para o professor Albená Nunes da Silva, personal trainer e treinador de corrida, a motivação deve ser o primeiro fator a ser buscado antes de iniciar a atividade. “E para maximizar o desempenho, faz-se necessária uma consulta com um bom profissional de educação física, para assim adquirir informações importantes para a realização segura de um treinamento antes e durante as provas”. Então, quer começar a correr? Para pensar no assunto, Encontro selecionou 20 motivos elaborados por especialistas em corrida, para convencer você a colocar os tênis e a aumentar o ritmo das passadas.

❚ Defenda seu organismo: Melhora o sistema de defesa antioxidante, por meio da melhoria da atividade dos componentes enzimáticos do sistema ❚ Bem-estar total: Não é raro ouvir dos praticantes que ganharam mais disposição para enfrentar o dia inteiro de trabalho depois de um simples treinamento pela manhã ❚ Corra em família: Nada de deixar

os filhos em casa. Cabem todos na corrida. Família unida corre unida ❚ Alimentação em dia: Quem corre passa a regular todas as refeições do dia, do café da manhã ao lanche da noite, e não apenas em dia de prova ❚ Percurso pelo mundo: É uma ótima desculpa para conhecer lugares diferentes mundo afora. Existem tradicionais maratonas em Boston, Nova Iorque, Londres, Berlim e Chicago ❚ Coração forte: Pesquisas da Universidade Purdue, Estados Unidos, demonstraram que correr pode reduzir em até pela metade o risco de doenças coronárias ❚ Ótimo vício: William Glasser, autor do livro Positive Addiction, disse que a corrida pode substituir dependências prejudiciais, como alcoolismo, fumo ou excesso de apetite ❚ Sem cobranças: A ideia da atividade é seguir o seu ritmo, sem fazer comparações com A ou B. O único adversário é você mesmo ❚ Ossos fortes: De acordo com a National Osteoporosis Society do Reino Unido, apenas quinze minutos de trote leve, três vezes por semana, é o que você precisa para diminuir em até 40% o risco de desenvolver osteoporose com mais idade ❚ Nada de pendurar os tênis: Alguns esportes têm hora de parar, mas a corrida varia, e muito. Vai depender de sua disposição e desejo de continuar as passadas. ❚ Saúde em primeiro lugar: São inúmeros os benefícios de uma corrida. Ela melhora aspectos importantes da saúde, como colesterol, triglicérides e pressão arterial ❚ Faça chuva ou sol: Não há restrição climática para uma boa corrida. No calor ou no frio, a ideia é calçar os tênis, camisa e calção e pronto. Boa corrida!

Fontes: Universidade de IIIinois (EUA), Universidade Purdue (EUA), National Osteoporosis Society do Reino Unido, livro Positive Addiction, de William Glasser, Albená Nunes da Silva, personal trainer e professor de corrida

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CRC/MG 6342


Informe Publicitário Eugênio Gurgel

Ilustração técnica do livro: "Ortodontia Lingual", Dr.Henrique Bacci

Em seu consultório em Belo Horizonte, os irmãos Eliane e Giovanni de Carvalho aplicam novas técnicas nos tratamentos ortodônticos

Sem medo de ser feliz

Com os avanços tecnológicos a ortodontia traz novidades para os pacientes Sorrir já não é mais problema para quem precisa utilizar aparelhos ortodônticos. Com o surgimento dos aparelhos linguais, dos alinhadores invisíveis e dos sistemas autoligantes interativos, agora o tratamento é realizado em tempo reduzido, de forma menos dolorosa, e principalmente preservando a estética do paciente, melhorando a autoestima e a qualidade de vida. Seguindo este novo conceito, o consultório de ortodontia dos irmãos Eliane e Giovanni de Carvalho funciona em Belo Horizonte há 12 anos e acompanha os avanços tecnológicos, sempre em busca do melhor. “A ortodontia moderna utiliza técnicas avançadas para realizar o alinhamento dental. Nosso objetivo é proporcionar um tratamento seguro, rápido, estético e com o mínimo de desconforto para o paciente”, explica o especialista em ortodontia Giovanni Carvalho. Os tão temidos braquetes (pecinhas) que antes eram fixados na parte frontal dos dentes e utilizados para a correção de pequenos desvios, estão sendo substituídos pelas placas termoplásticas dos sistemas Invisialign e Essixx Clear Aligner (ou alinhadores invisíveis). Segundo a mestra em ortodontia Eliane Carvalho, os alinhadores invisíveis são semelhantes às placas de clareamento e utilizados como aparelhos ortodônticos, com a vantagem de promover o ajuste dos dentes de forma quase imperceptível. Já a Ortodontia Lingual, utilizada nos casos que exigem maior movimentação dentária, é realizada por meio dos braquetes autoligados, possibilitando que as peças ortodônticas não fiquem aparentes e sejam fixadas na parte interna dos dentes, o que acaba com o desconforto esté-

tico provocado pelo método tradicional. Além disso, diminui o atrito entre o fio ortodôntico e as peças, reduzindo drasticamente a dor. Outra vantagem destas novas técnicas é que o tratamento é acelerado e o retorno ao dentista para manutenção ocorre de forma mais espaçada, o que acaba proporcionando um ótimo custo-benefício ao paciente. “Além do fator estético, existem outros benefícios, sendo o principal deles a redução do tempo de tratamento em aproximadamente sete meses”. O desconforto se torna muito menor e a redução da adesão de placa bacteriana também, o que permite maior higienização, já que os alinhadores invisíveis podem ser removidos com muito mais facilidade. No entanto, o dr. Giovanni destaca: “Para cada caso existe um diagnóstico, o que será avaliado pelo profissional da área. Os braquetes cerâmicos, por exemplo, pequenas peças que imitam a cor dos dentes, ainda são muito utilizados por estarem se tornando cada vez menores e mais discretos”. Segundo o especialista, o grande segredo da ortodontia atual é a falta de atrito entre os dentes e as peças. Seja como for, o bom mesmo é saber que já é possível ter um belo sorriso sem precisar passar por tanto sofrimento. Consultório de Ortodontia Eliane de Carvalho e Giovanni de Carvalho Av. Prof. Alfredo Balena, 189, sala 1002, Funcionários (31) 3222-3852/3072-6186 E-mail: consultorioscarvalho@hotmail.com Encontro | 107


moda Ana Cláudia Esteves

estilo Cláudio Cunha

As amigas Déborah Fernandez e Caroline Rigel: tatuagem de lacinho na perna para eternizar a amizade

Laços

dos pés à cabeça

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Símbolo de feminilidade, romance e delicadeza, os laços reaparecem a fim de agradar os mais diferentes estilos de mulheres Famosos por enfeitar as bonecas e as crianças, e caracterizar personagens de desenhos infantis, os laços também são adereços dos mais encantadores embrulhos de presentes. Mas, desta vez, enfeitam as mulheres dos pés à cabeça e se tornam marca registrada do mundo fashion. Em novos designs e de vários tamanhos, compõem os mais diferentes estilos. Do rock‘n’roll ao clássico, do luxo ao despojado, ele é visto dando um toque especial às produções. Acessórios como tiaras, presilhas, cintos, bolsas e sapatos carregam o estilo em modelos irresistíveis. Os laços também andam estampando as mais modernas roupas, reafirmando a tendência retrô. Do ouro à prata, o desenho tem sido usado em joias e bijuterias com muito requinte, cor e brilho. Eles também invadiram os estúdios de tatuagens. A procura por um lindo desenho para o próprio corpo tem crescido nos últimos meses. O tatuador Leo Lobinho, conhecido por tatuar no estilo Old Scholl, que era praticado antes da tatuagem moderna, em meados dos anos 60, recebe semanalmente mulheres de todas as idades, querendo gravar um laço na pele. “É uma tatoo exclusivamente feminina. Tenho tatuado laços de todos os tipos: de bolinhas pretas ou todo colorido, pequeno, nos ombros, no pulso e até mesmo um enorme que ocupa as costas inteiras”, conta. Exemplo disso são as amigas Déborah Fernandez e Caroline Rigel, que escolheram o laço para eternizar a amizade de anos. “Estávamos procurando uma tatuagem delicada que simbolizasse a cumplicidade que sempre tivemos uma com a outra, ficávamos pensando em algo que tivesse um significado à altura”, explica Déborah. A solução veio a partir da lei-


tura de um texto. “O título era Laço, e ele começava mais ou menos assim: representa a união, de dividir as alegrias, somar forças e unir o melhor da vida”, relembra Carolina, que acrescenta: “Já adorávamos usar laços em roupas e acessórios, agora, além de ele ter o significado que a gente estava procurando, passamos também a ter lacinho eterno em nossas produções”. A estilosa Bárbara Maciel, estilista e uma das proprietárias da marca Chicletes com Guaraná, usa laços literalmente dos pés à cabeça: “Além de toda a doçura e leveza que um laço transmite, quando colocado em uma mulher, ele me remete

Cláudio Cunha

também à sensualidade. Como nos mais lindos presentes, ele não pode faltar, pois dá beleza e requinte. Na moda ele faz da mulher uma surpresa: embrulha e finaliza a roupa de uma maneira especial”. Bárbara ainda revela: “Uso e sempre usei tanto laçarotes de várias maneiras, que eles e o batom vermelho na boca já são uma marca do meu estilo”. Laços para todos os gostos dominam as lojas e ruas. Use e abuse da volta desta tendência e escolha onde e como ele combina melhor com você. Selecionamos alguns modelos para você se deliciar. ❚

Bárbara Maciel: “Uso laçarotes de várias maneiras; eles e o batom vermelho são marcas do meu estilo”

1 - Camisetão GoodMood 2 - Presilha de strass Folie 3 - Sapatilhas nos tons rosa e azul My Shoes 4 - Brinco de ouro branco com pedras e diamantes Paixão Joias 5 - Sandália pink Schutz para Iris Clemência 6 - Colar com couro GoodMood 7 - Blusa de paetês MGuia 8 - Cordão com pingente Folie 9 - Bolsa de tachas GoodMood Fotos: Cláudio Cunha, Drika Vianna e Divulgação

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O padrão Agmar de qualida : DES A ID UN IPO S X IMAPTOS. T DÚPLE T L Ú 5A URA

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Ana Cláudia Esteves

O jeans reaparece nesta estação em diferentes peças. Velho conhecido por compor as mais tradicionais calças do mercado, o queridinho da moda casual ganha novo foco e volta a fazer parte dos looks mais descolados da estação. Em várias lavagens e modelos ele tem sido fundamental na criação das mais lindas coleções. Aproveite a volta desta tendência, coloque mais opções no seu armário e vá de jeans. A qualquer lugar.

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moda Ana Cláudia Esteves

Biquíni: Chapéu: Brincos: Bracelete:

Rosa Chá Brenda Vaz Renata Gardini semijoias Manoel Bernardes

O

verão está chegando e as coleções estão superelaboradas, mostrando muito requinte para os dias quentes. Em tons como branco e nude, cores vibrantes e belas estampas, biquínis, maiôs e saídas mostram novas modelagens e refinados tecidos que deixam as mulheres ainda mais arrumadas para a praia ou a piscina. Acessórios à altura complementam a elegância em diferentes opções que unem proteção e moda ao sol. Aproveite o verão, mas não se esqueça: use filtro solar!

O verão

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Biquíni: Cila Chapéu: acervo pessoal Joias: Renata Gardini semijoias

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moda

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Biquíni e saída: Cila Jóias: Renata Gardini semijoias

Biquini: Líquido Chapéu: Brenda Vaz Jóias: Renata Gardini semijoias

Ficha técnica Produção de moda: Ana Cláudia Esteves e Camila Godoi Styling: Ana Cláudia Esteves Produção de arte: Camila Godoi Beauty: Flavia Menicucci (Jacques Janine) Modelos: Karina Soares e Kamila Alves (V/Brasil Model) Fotografia: Fernando Lutterbach Agradecimentos: Mercado Verde

Editorial moda praia 7

10/29/10 9:45 AM


dir - BiquĂ­ni e saĂ­da: Cila Joias: Renata Gardini semijoias

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passarela Leo Araújo

Ana Cláudia Esteves

O preview da

moda Minas adianta as tendências do outono/inverno brasileiro

O Minas Trend Preview, evento de moda já consolidado como um dos maiores e mais importantes do país, e único acontecimento preview da moda brasileira, chega à sua 7ª edição trazendo para as passarelas marcas como Cavalera, Fause Haten, Neon, Samuel Cirnansck, Cila e UMA, que vão apresentar em primeira mão uma prévia das criações para o Outono/ Inverno 2011. Realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o MTP reúne os melhores profissionais do ramo. À frente da direção artística do evento está ninguém menos, ninguém mais que o experiente Carlos Pazetto. O make up tem a marca de Ricardo dos Anjos, as fotos de passarela são de Márcio Madeira e as de back stage, de Gianfranco. Moda, Corpo, Moda é o tema desta edição, que acontecerá nos dias 2 de novembro (abertura) e de 3 a 7 de novembro (desfiles), na Lagoa dos Ingleses. Repetindo o sucesso do ano passado, a abertura terá novamente a assinatura do sempre surpreendente Ronaldo Fraga, que se inspirou no corpo como instrumento da moda e nos 35 anos do Grupo Corpo, companhia de dança mineira mundialmente famosa. “Só em Minas podemos realizar um evento de moda tão autoral; mais que negócios e roupas, a moda em Minas vende cultura”, analisa Ronaldo Fraga. Além disso, um espaço significativo de geração de negócios reunirá 166 expositores que apresentarão suas criações para aproximadamente 500 compradores de todo o país.

A top Isabeli Fontana na passarela do MTP, no ano passado

MINAS TREND PREVIEW ❚ Abertura: dia 2 de novembro ❚ Desfiles: de 3 a 7 de novembro ❚ Lagoa dos Ingleses – Alphaville – Nova Lima

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Revista Encontro / Outubro - 2010

moda


Revista Encontro / Outubro - 2010

A estação do ano mais esperada está chegando! Para resistir a todo o verão com um bronzeado bonito, cabelo hidratado, e unhas fortes, não basta protetores solares e cremes. Alguns cuidados antes de se expor ao sol, vento, praia e piscina são importantes para nosso corpo não

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capa

divers達o

Daniela Costa

Geraldo Goulart

Onde se dar

um guia bem: para solteiros

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Os principais lugares para o "esquenta" em Belo Horizonte e para terminar a noite de azaração, nos sete dias da semana

O

estereótipo de encalhado já não se enquadra aos solteiros da nova geração. Ousados, despojados, vaidosos e superanimados, eles se juntam aos amigos e garantem a festa nos happy hours e baladas noturnas. Como não poderia deixar de ser, Belo Horizonte, capital nacional dos botecos, oferece uma gama de opções para quem quer cair na azaração. O bairro de Lourdes, por exemplo, é passagem obrigatória, afinal, lotado de bares e restaurantes, se tornou uma espécie de Leblon mineiro. Aliás, por coincidência, é justamente na rua que se chama Rio de Janeiro que fica um dos points da azaração em BH. Outras duas “passarelas” se instalam nas ruas Marília de Dirceu, também em Lourdes, e Pium-í, no Sion, onde não falta gente bonita e animada. Encontro foi conferir esta rota da paquera para descobrir onde estão os solteiros na capital mineira. Locais onde homens e mulheres superam suas diferenças e se reúnem com o mesmo objetivo: arrumar companhia. Mas, acreditem: o fantasma da concorrência que aterroriza tanto as mulheres já não é o grande vilão. Ao contrário de todas as evidências, estatísticas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam: no Brasil existem 105 solteiros para cada 100 solteiras, e em 21 estados, a maioria é masculina. Em Minas Gerais, por exemplo, a proporção é de 107 homens para cada 100 mulheres. No entanto, Belo Horizonte vai na contramão das estatísticas: para cada 100 mulheres existem apenas 94 homens. De acordo com dados do IBGE, mais de 1 milhão de belo-horizontinos se declaram solteiros. Se você se enquadra nessa turma, confira a seguir um guia com o que Belo Horizonte oferece de melhor para atender quem está longe do altar e não pretende chegar lá tão cedo. Encontro | 127

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Points

Eugênio Gurgel

da azaração

DOMINGO Quem disse que domingo é dia de descanso? Já faz tempo que ficar em casa assistindo à TV não é a melhor programação para os solteiros de plantão. E para aqueles que querem vencer a preguiça e curtir a balada no domingão, BH tem muitas opções. O agito começa à tardinha, por volta das 16h, e não tem hora para terminar. Pessoas de todas as idades se entregam à arte da azaração, embaladas pelas rodas de samba, ou ao som do pagode, forró, sertanejo universitário, música eletrônica e rock n’roll. Aí vão algumas dicas. PRA ESQUENTAR: CHOPERIA MARIA DE LOURDES – Rua Bárbara Heliodora, 141, Lourdes, (31) 3292-6905. Funciona: diariamente. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 300 pessoas. TIZÉ BAR E BUTEQUIM – Rua Curitiba, 2.202, Lourdes, (31) 3337-4374. Funciona: diariamente. Cartões: Mastercard. Capacidade: 290 pessoas. KRUG BIER – Rua Major Lopes, 172, São Pedro, (31) 2535-1122. Funciona: diariamente. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 300 pessoas. PRA TERMINAR: GRAÇAS A DEUS – Rua Padre Odorico, 68, São Pedro, (31) 3282-6318. Funciona: de terça a domingo. Cartões: débito. Capacidade: 250 pessoas. LORD PUB – Rua Viçosa, 263, São Pedro, (31) 3223-5979. Funciona: de quarta a domingo. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 350 pessoas. JACK ROCK BAR – Av. do Contorno, 5.623, Funcionários, (31) 32274510. Funciona: de quarta a domingo. Cartões: Visa, Mastercard e American Express. Capacidade: 400 pessoas. CLUBE CHALEZINHO – Alameda da Serra, 8, Seis Pistas, (31) 3286-3155. Funciona: de quarta a domingo. Cartões: Visa, Mastercard e American Express. Capacidade: mil pessoas.

CERVEJA GELADA E MUITA BADALAÇÃO Com estilo rústico e toques retrô, há 40 anos o tradicional Tizé Bar e Butequim é parada certa para a moçada que curte tomar uma cerveja estupidamente gelada, jogando conversa fora, e aproveitando para dar aquela paquerada. O clima é de descontração e reúne pessoas com a faixa etária entre 20 e 50 anos.

NOS EMBALOS DOS BEATLES No Jack Rock Bar a diversão é garantida para quem curte boa música e se arrisca na sinuca. “Venho aqui por três motivos básicos: sinuca, música e muita gente bonita para paquerar”, diz Octávio Artiaga (à esquerda). Na casa, sucessos do rock n’roll são tocados por bandas como a Hocus Pocus que se apresenta aos domingos com repertório dos Beatles, além de sempre trazer uma banda convidada. A agitação começa às 19h, e atrai pessoas de 20 a 45 anos.

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Fotos: Leo Araújo

DIA DO BREGA POP Há oito anos o Clube Chalezinho agita as noites da capital mineira com música sertaneja, flashbacks e house eletrônico. Aos domingos, cerca de mil pessoas entre 20 e 35 anos prestigiam o sertanejo universitário cantado pela dupla Rick & Ricardo. A programação tem início às 18h e é modificada de acordo com a semana do mês, variando entre as diferentes modalidades do sertanejo: o de raiz, o acústico e o elétrico. “Aqui é o local ideal para se divertir e encontrar mulheres bonitas”, diz Leonardo Gonzales (de camisa verde) que há três anos frequenta a casa com os amigos.

SEGUNDA Sinônimo da volta à ralação e de promessas que geralmente não são cumpridas, o dia costuma desanimar a maioria dos mortais. A exceção são os baladeiros, que ignoram movimentos criados na internet como o “odeio segundas-feiras”. Afinal, eles têm energia de sobra para se entregar ao agito e começar a semana suando na pista. E se a desculpa para curar a ressaca do fim de semana, e entrar a segunda com o pé direito for falta de opção, então se prepare para quebrar este mito. PARA ESQUENTAR: CAFÉ COM LETRAS – Rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi, (31) 3225-9973. Funciona: diariamente. Cartões: Visa, Mastercard e Diners. Capacidade: 100 pessoas. PRA TERMINAR: A CASA – Rua Padre Marinho, 30, Santa Efigênia, (31) 3241-1608 /9753-2979. Funciona: de segunda a domingo. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 80 pessoas. PUB MAJOR LOCK – Rua Major Lopes, 729, São Pedro, (31) 8484-1448/8484-7062. Funciona: de segunda a sábado. Cartões: Visa, Diners e Mastercard. Capacidade: 250 pessoas.

BAR DO PEGA-PEGA Para animar a galera em plena segunda-feira, o Pub Major Lock usa a criatividade e convida os belo-horizontinos a lançarem sua sorte com o Major Dadinho, brincadeira em que o cliente concorre a drinques. O bar já funciona há 18 anos trazendo o melhor do sambarock, pop rock, surf music e hip hop nas pick-ps do DJ Ricardo Lock. Na segunda, o público se diverte a valer. “Aqui é conhecido como o bar do pega-pega”, diz o sócio da casa, Ramiro Maia.

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TERÇA Como diz o ditado, “nada é melhor que um dia após o outro”. A frase é perfeita para os baladeiros, que consideram a terça-feira como o dia do recomeço, ou seja, em que a peregrinação pelos lugares bacanas de BH tem início mais uma vez. E o que não faltam são locais onde inúmeras pessoas se aglomeram para curtir a noite. Os universitários que o digam, mal esperam a aula terminar para lotar as pistas das casas noturnas onde ritmos como o sertanejo universitário garantem o agito da galera. PRA ESQUENTAR: BAR DO DOCA – Av. América Macedo, 645, Gutierrez, (31) 3291-6594. Funciona: de terça a domingo. Cartões: Débito. Capacidade: 40 pessoas. PRA TERMINAR: CACHAÇARIA ALAMBIQUE – Av. Raja Gabaglia, 3200, Estoril, (31) 3296-7188. Funciona: de segunda a sábado. Cartões: Visa, Mastercard e American Express. Capacidade: 1500 pessoas. CHICLETES COM GUARANÁ – Rua Alvarenga Peixoto, 388, Lourdes, (31) 2512-6252/7811-1139. Funciona: de terça a sábado. Cartões: todos. Capacidade: 100 pessoas. OBSERVATÓRIO – Rua Senador Milton Campos, 230, Vila da Serra, (31) 3286-3581. Funciona: terça, sexta, sábado e domingo. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 500 pessoas.

SERTANEJO UNIVERSITÁRIO A Cachaçaria Alambique chega a receber 1.500 pessoas entre 18 e 25 anos, só na terçafeira, atraídas pelo sertanejo universitário da dupla Diogo & Danilo. A explicação para o fenômeno? Desde 1990 a casa é conhecida por seus hits sertanejos, além de DJs e bandas de estilos variados.

Cláudio Cunha

EMBALOS SERTANEJOS Indo do forró ao pop rock, passando pelo sertanejo e MPB, o Observatório se tornou referência em BH especialmente nas terçasfeiras, quando a dupla sertaneja Fred & Paulinho atrai público a partir dos 18 anos. O dia é consagrado pela presença de ícones da música sertaneja, como a dupla César Menotti & Fabiano, que por muito tempo tocou no local antes de se tornar um sucesso nacional.

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solteiros Cláudio Cunha

QUARTA Ânimos aquecidos, pique total, e é claro, muita disposição para curtir o fim de semana. O dia até ganhou uma música do inesquecível Cazuza: o hit Quarta-feira. Por estas e por outras, quarta é um bom dia para se curtir os agitos de BH. Seja para fazer aquele aquecimento inicial ou cair direto na balada. PRA ESQUENTAR: CHURRASQUINHOS DO LUIZINHO – Av. Francisco Sá, 197, Prado, (31) 3332-6010. Funciona: de segunda a sexta. Cartões: débito. Capacidade: 500 pessoas. ENTRE FOLHAS – Rua Major Lopes, 709, (31) 32814166. Funciona: de terça a sábado. Cartões: Visa, Mastercad e Diners. Capacidade: 190 pessoas. RESTAURANTE KEI – Rua Bárbara Heliodora, 54, Lourdes, (31) 3337-4000. Funciona: diariamente. Cartões: Visa, Mastercard e Diners. Capacidade: 170 pessoas.

LOUNGE DA DESCONTRAÇÃO Ideal para esquentar na quarta-feira, o bar e restaurante Kei investe em boa música, além de oferecer vasta carta de bebidas aos seus clientes. O ambiente intimista remete a um lounge, com varanda e espaço com tatame, ideal para encontros a dois, ou reunião com os amigos. O clima animado e descontraído atrai público que vai dos 25 aos 40 anos de idade e fica ainda melhor nas quartas-feiras, sob o comando do DJ Valber. Leo Araújo

PRA TERMINAR: A OBRA BAR DANÇANTE – Rua Rio Grande do Norte, 1.168, Savassi, (31) 3261-9431. Funciona: de quarta a sábado. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 200 pessoas. DEPUTAMADRE – Av. do Contorno, 2.026, Floresta. Funciona: quarta, sexta e sábado. Informações: www.deputamadreclub.com. Cartões: não aceita. Capacidade: 1.400 pessoas. THE ART FROM MARS – Rua Rio de Janeiro, 1.930, Lourdes, (31) 3337-9116. Funciona: de terça a sábado. Cartões: American Express, Visa, Diners e Mastercard. Capacidade: 300 pessoas.

ESPAÇO UNDERGROUND Para quem curte som eletrônico, a boate Deputamadre traz em sua programação os principais DJs nacionais e internacionais. “Nosso espaço é underground e recebe público variado e alternativo, com muitos formadores de opinião e fashionistas”, diz o gerente do local, Frederico Pena. Na quarta, o DJ Robinho, tem cadeira cativa e conta com a participação de DJs convidados. A casa recebe 700 pessoas entre 25 e 40 anos para os embalos da noite.

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QUINTA “Ainda me lembro bem daquela quintafeira... parecia inofensiva, mas te dominou...”, hit cantado por Charlie Brown Jr., em homenagem ao dia da tradicional fugidinha. É que diz a lenda que neste dia os comprometidos se juntam aos solteiros para cair na gandaia. Verdade ou mentira, a quinta é dia de fila na entrada de muitos bares e boates de BH. PRA ESQUENTAR: ARMAZÉM MEDEIROS – Rua Rio de Janeiro, 2221, Lourdes, (31) 3275-2665. Funciona: diariamente. Cartões: todos. Capacidade: 200 pessoas. MARÍLIA PIZZERIA – Rua Marília de Dirceu, 189, Lourdes, (31) 3275-2027. Funciona: diariamente. Cartões: American Express, Visa, Mastercard e Diners. Capacidade: 270 lugares. REDENTOR LOURDES – Rua Felipe dos Santos, 402, Lourdes, (31) 3335-1642. Funciona: diariamente. Cartões: todos. Capacidade: 210 pessoas. PRA TERMINAR: CAFÉ DE LA MUSIQUE – Rua Bárbara Heliodora, 123, Lourdes, (31) 2512-3852. Funciona: de quarta a sábado. Cartões: todos. Capacidade: 470 pessoas. CHEIO DE GRAÇA LOUNGE BAR – Av. do Contorno, 5.727, Funcionários, (31) 3281-4637. Funciona: de quinta a domingo. Cartões: todos. Capacidade: 600 pessoas. REVISTA VIVA – Rua Congonhas, 553 - Sto Antônio, (31) 3291-4401. Funciona: diariamente. Cartões: todos. Capacidade: 400 pessoas. VINNIL CULTURA BAR – Rua Inconfidentes, 1.068, Savassi. (31) 3261-7057. Funciona: de terça a sábado. Domingo a terça – eventos. Cartões: todos. Capacidade: 200 pessoas.

GINGADO SERTANEJO COM O BATUQUE DO SAMBA Um dos points da quinta-feira em BH é o Revista Viva, onde o sertanejo universitário de Fred & Geraldinho e o samba do grupo Sambatôa reúnem cerca de 700 pessoas, na faixa etária entre 20 e 40 anos. Na entrada da casa, a fila é certa, mas isto não desanima seus frequentadores. “Venho aqui há um ano e adoro o ambiente rústico, a música, além da galera bonita”, diz Daniela Pinheiro (à direita).

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Fortos: Leo Araújo

MISTURA QUE DEU CERTO Inaugurado recentemente, o dinning club Café de la Musique já conquistou os vips de BH a partir de 30 anos. Reunindo moda, música e gastronomia, na casa o cliente pode optar por sofisticado jantar, seguido por agradável lounge sob o comando do DJ Kraft.

DEU PIZZA A Marília Pizzeria é um lugar perfeito para quem quer saborear boa pizza, acompanhada de um requintado vinho. Na quinta-feira, o local é conhecido pelo "esquenta" antes da balada. Público a partir dos 20 anos.

Cláudio Cunha

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SEXTA Dia do descarrego, quando milhões de pessoas saem do trabalho, ansiosas por uma cerveja gelada, afinal, ninguém é de ferro. A sexta remete ao início do fim de semana, o que significa estar livre para se divertir e paquerar. Por isso, prepare-se para curtir as melhores baladas de BH. PRA ESQUENTAR: ALBANO’S 2 – Rua Rio de Janeiro, 2076, Lourdes, (31) 3292-6221. Funciona: diariamente. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 250

pessoas. DEVASSA – Av. Getúlio Vargas, 809, Funcionários. (31) 3223-2356. Funciona: diariamente. Cartões: Visa e Mastercard, American Express. Capacidade: 350 pessoas. GERMANO CHOPP BAR – Rua Guaicuí, 333, Luxemburgo, (31) 3344-7070. Funciona: diarimente. Cartões: Visa, Mastercard e American Express. Capacidade: 250 pessoas. NYX BAR – Rua Cláudio Manoel, 695, Funcionários, (31) 3261-1330. Funciona: de quarta a sábado. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 200 pessoas. 68 LA PIZZERIA – Rua Felipe dos Santos, 68, (31) 3292-0208. Funciona: diariamente. Cartões: todos. Capacidade: 300 pessoas.

PRA TERMINAR: A CASA PUB – Rua Cláudio Manoel, 572, Savassi. (31) 3327-3277. Funciona: sexta e sábado. Cartões: Não aceita. CINCO CLUB – Shopping Serena Mall – MG-30, 8.625, loja 16, Seis Pistas, (31) 3879-3274. Funciona: quinta (eventualmente), sexta e sábado. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 500 pessoas. DDUCK – Rua Pernambuco, 1.316, Savassi. (31) 9771-6669. Funciona: de quarta a sábado. Cartões: Visa, Mastercard e Diners. Capacidade: 350 pessoas. SWINGERS CERVEJARIA E STEAK HOUSE – Av. Raja Gabaglia, 4811, São Bento, (31) 3293-6631. Funciona: de quinta a sábado. Cartões: todos. Capacidade: 1000 pessoas.

Marina Abadjieff

HOUSE COM ELETRÔNICO Em requintado lounge, com vários ambientes, incluindo jardins de inverno, o NYX Bar – nome inspirado na deusa grega da noite, Nix – é boa opção para quem quer curtir a noite num local sofisticado. A casa tem música ambiente, no estilo house e eletrônico, e esporadicamente oferece programação diferenciada para o público que varia entre 20 e 40 anos.

TUDO HIGH-TECH Com tecnologia de ponta e visual surpreendente, a Cinco Club é um dos locais mais badalados de BH, onde grandes nomes da música eletrônica brasileira e mundial garantem o som, assim como os DJs Michel Lara e Caca de Brito, que assinam a residência da casa. Nas sextas-feiras a programação é variada com DJs dos quatro cantos do planeta e atrai a galera que curte mesmo é se jogar na pista para dançar.

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Maior, mais completo e ainda mais bonito. O novo BH Shopping está irresistível.

Administração:

Um piso inteiramente novo, 2 âncoras, 80 lojas, sendo mais de 20 marcas inéditas em belo horizonte.

O Shopping de BH ADCOS / ADIDAS / ADOLFO DOMINGUEZ / ÁGATHA / APPLE / ARGENTVM / ARMADDA BARRED’S / BB TRENDS / BELVITUR / BOUTIQUE MONTBLANC / BOUTIQUE ROLEX BOTSWANA / BOUNDLESS / BUMBUM IPANEMA / CACAU SHOW / CANAL CONCEPT CAPODARTE / CENTRO ÓTICO ÚNICO / CLEAN / CLOÉ / COLAR / DRESS TO DROGA RAIA / DUCHA / ENXOVAIS DONATO / EQUIPAGE / FABRIZIO GIANNONE DESIGNER FAST SHOP / FITTA CÂMBIO / FNAC / GERAÇÃO BELLA / GREEN / GREGORY / H.STERN HAMMY / HOPE / HP STORE ONLINE / JOGÊ / JORGE BISCHOFF / KORION / LATIFÚNDIO LE LIS BLANC DEUX / LUIDGI SPECCIALE / LUIGI BERTOLLI / LUIZA BARCELOS / LUPA LUPA MAC / MADAME MS / MAGIC FEET / MAHOGANY / MANDI & CO / MANOEL BERNARDES MANOEL BERNARDES WATCHES / M-GUIA / MY SHOES / NEW ORDER OPTICAL CENTER SPORT / OPTICAL CLASSIC / PINK BIJU / PLANET GIRLS / PUKET ROMMANEL / SANTA LOLLA / SHOULDER / SIDE WALK / SKETCH ONE CONCEPT SONHART / SPICY / SWAROVSKI / TALENTO / TIP TOP / TOMMY HILFIGER / TYROL UNIVERSO GARDEN ANGELS / VALISERE / VIA MIA / VILLA VITTINI VUARNET / WAZ / YOGOBERRY

w w w . b h s h o p p i n g . c o m . b r

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SÁBADO Dia da euforia, das meninas curtirem o salão de beleza e os meninos darem aquele trato no carrão. Viva as diferenças, pois, no final, o objetivo é um só: cair matando. Ir à caça em busca da “batida perfeita”, como diria Marcelo D2. E se você precisa mesmo é daquele empurrãozinho, não se preocupe, temos ótimas dicas para a paquera no sabadão. PRA ESQUENTAR: ALBANO’S ANCHIETA – Rua Pium-i, 611,(31) 3281-2644. Funciona: diariamente. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 250 pessoas. BAR IDEAL – Rua Sergipe, 1.187, Savassi, (31) 3889-1187. Funciona: diariamente. Cartões: Visa, Mastercard e Amex. Capacidade: 300 pessoas. DALVA BOTEQUIM MUSICAL – Rua Ceará, 1.568, Funcionários, (31) 3282-2343. Funciona: diariamente. Cartões: Visa, Mastercard. Capacidade: 200 pessoas. ESTABELECIMENTO BAR – Rua Monte Alegre, 160, Serra, (31) 3223-2124. Funciona: de terça a sábado. Cartões: débito. Capacidade: 150 pessoas. O DÁDIVA – Rua Curitiba, 2.202, Lourdes, (31) 3292-9810. Funciona: diariamente. Cartões: todos. Capacidade: 180 pessoas.

OS SOLTEIROS EM NÚMEROS No Brasil

30,4

PRA TERMINAR: DEMODÉE – Av. Prudente de Morais, 167, Cidade Jardim, (31) 3296-1510. Funciona: de quinta a sábado. Cartões: todos. Capacidade: 300 pessoas. NASALA – Ponteio Lar Shopping, loja 120D, Santa Lúcia, (31) 3286-4705. Funciona: de quinta a sábado. Cartões: Diners, Visa e Mastercard. Capacidade: 450 pessoas. NELSON BORDELLO – Rua Aarão Reis, 554, Centro, (31) 3564-3323. Funciona: de terça a sábado. Cartões: Visa e Mastercard. Capacidade: 250 pessoas. STUDIO BAR – Rua Guajajaras, 842, Centro, (31) 3047-1020. Funciona: de quinta a sábado. Cartões: todos. Capacidade: 350 pessoas.

31,9

MILHÕES

MILHÕES

Em Minas Gerais SÃO

PARA

HOMENS

MULHERES

QUE CORRESPONDE A MAIS DE

QUE EQUIVALE A POUCO MAIS DE

MILHÕES DE SOLTEIROS

MILHÕES DE SOLTEIRAS

107 100 3,2 3

MULHERES SOLTEIRAS

HOMENS SOLTEIROS

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Flávio Borges

Leo Araújo

SEM SOFÁ Conhecida como uma das mais badaladas boates da cidade, onde se encontra em um mesmo ambiente gente bonita, música de qualidade e bom atendimento, a naSala, há dez anos reúne os vips de BH. Em sua programação o som eletrônico como o house é predominante e fica sempre aos cuidados das batidas do DJ residente, Valber. Além disso, a casa realiza diversas festas que incrementam a balada da capital mineira.

NOS EMBALOS DO SÁBADO À NOITE Para quem curte os embalos dos anos 60, 70 e 80, o Demodée, aos sábados, é boa escolha. O público é animado e vai dos 20 aos 45 anos. Os DJs da casa também passeiam por ritmos variados, indo do rock ao black music, da música brasileira à africana, tudo direcionado para quem curte dançar revivendo os bons tempos. “Aqui é o melhor lugar para se curtir os sucessos do passado”, diz Angélica de Oliveira, que aproveita a noite retrô.

Em Belo Horizonte PARA

SÃO

106 100 MULHERES

483.953 SOLTEIROS

HOMENS

NO MUNICÍPIO DE SENADOR JOSÉ BENTO, NO SUL DE MINAS EXISTEM

40%

516.620 SOLTEIRAS

MAIS HOMENS QUE MULHERES Fonte: Censo 2000 IBGE/Pnad (2009)

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festas

Ana Cláudia Esteves

Anote na sua agenda

Álvaro Gonzaga: organizador da Jaws Exclusive Annual Party, e de outras baladas que bombam na capital mineira

Eugênio Gurgel

A cada ano, cresce o número de festas independentes que agitam a cidade – e onde a paquera rola solta. Veja as principais: Breno Mayer

❚ Jaws Exclusive Annual Party Reúne público bastante jovem, entre 18 e 25 anos. Sua sexta edição já é considerada das maiores festas open bar de BH. Começa no cair do sol de sábado e vai até a manhã seguinte: é para quem tem pique. A próxima edição será no dia 27 de novembro, no Mix Garden. (31) 9982-7699.

Luiza Ferraz

❚ Camarim É um novo conceito de festa, inspirado nos bailes de antigamente. Mistura estilos, tendências e os clássicos do passado. A cada mês, traz um tema diferente. A última edição, Camarim Hotel, foi no último final de semana de outubro, no hotel Ceasar Business, no Alphaville. Acontece sempre última semana de cada mês. www.facebook.com/camarim.

Carlos Hailk

❚ Café Del Mar A festa tem origem na capital da house music: Ibiza, na Espanha. Tatiana Gontijo e Didio Mendes trazem uma vez por ano a Belo Horizonte os mais consagrados DJs do mundo. Existe há quatro anos e vem bombando a cada edição. Normalmente acontece em julho, em local aberto e na beirada da Lagoa dos Ingleses. (31) 3264-2768.

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Divulgação

❚ Circuito Peugeot de Música Eletrônica Em novembro acontece sua quinta edição. Segue o ritual das outras festas: música eletrônica e camarote vip. Em parceria, as produtoras House of Fun, e-Spirit e Essential transformam o Espaço Folia em uma megaestrutura, que comporta 12.000 pessoas. Dia: 06 de novembro. www.circuitopeugeot.com.br/2010.

Duduas Profeta

❚ Phenomenal White Consagrada festa da roupa branca, realizada há cinco anos pelas produtoras Label 12 e LS Produções, reúne o público mais seleto da cidade e também recebe alguns vips de todo o Brasil. Considerado um dos melhores eventos de BH, é conhecido por trazer grandes nomes da música eletrônica como Steve Angelo e Erick Morillo. A festa não tem data nem local determinados para 2011. O jeito é acompanhar pelo www. phenomenalwhite.com.br.

Divulgação

❚ Pacha White Party Festa famosa em todo cenário eletrônico mundial, a Pacha está em BH desde 2006, e traz conceito que se espalha pelos points mais descolados do planeta. O evento faz parte da parceria das produtoras e-Spirit e House of Fun, e abre o ano bem no estilo de rèveillon. Realizada sempre no mês de janeiro, dias depois da virada do ano, o traje não poderia ser outro: é obrigatoriamente branco. www.nasala.com.br/eventos.

Bruno Senna

❚ Buddha Bar Tornou-se uma festa temática que roda o mundo. Chegou a BH em 2006, e desde então muita gente bonita e uma decoração bastante sofisticada fazem do evento um dos melhores da capital. A realização fica por conta de um quarteto de peso: Tatiana Gontijo, Didio Mendes, Mariângela Lima e Leo Stallone. A próxima edição está prevista para o segundo semestre de 2011. www.buddhabar.com.

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novidade

Guilherme Torres

A promessa Será inaugurada em dezembro a boate Marriah que, com projeto arrojado, quer ser a nova sensação para os vips – e solteiros – da cidade Eleita capital mundial dos bares, Belo Horizonte está caminhando para também entrar na rota das noites mais incrementadas e luxuosas do Brasil. Depois de recentemente receber uma unidade do concorrido Café de la Musique e já contar com as invictas naSala, Clube Chalezinho e, completando um ano, a Cinco Club, o mercado do entretenimento noturno não é visto como saturado na cidade, mas sim em processo de expansão. Com isso, nasce um novo clube, o Marriah, engrossando este time e deixando a disputa pela high society ainda mais acirrada. O projeto audacioso é dos sócios Cristiano Tameirão e Ronaldo Nacif, com larga experiência no segmento, e que já estiveram à frente de casas em São Paulo, Brasília, Curitiba e Salvador. A boate será instalada no alto da avenida Raja Gabaglia, zona sul da capital, com vista deslumbrante da cidade. O espaço de 400 m2, dividido em dois andares, tem projeto arquitetônico e decoração de Sylvio Podestá, com destaque para o charmoso e imponente pé-direito de dez metros de

altura, um dos maiores da cidade, segundo o gestor da casa Ronaldo Nacif. Para ele, Belo Horizonte tem uma carência de casas noturnas mais sofisticadas. “Algumas casas nascem com esse conceito, mas vão perdendo qualidade; outras forçam no conceito de exclusividade, espantando bons clientes, quer não são sócios por fazê-los enfrentar intermináveis filas”. Nos últimos três meses, Nacif viajou para as mais badaladas cidades do Brasil e do exterior a fim de conhecer o que há de mais novo e atraente na noite em termos de música, espaço e decoração. Passou por Ibiza, Barcelona, Berlim, na Europa, e Nova Iorque e Los Angeles, nos Estados Unidos, trazendo uma pitada da receita de sucesso de cada lugar para sua Marriah. O charme ficará também na fachada. O pé-direito da casa, todo de vidro, será revestido em preto por dentro e de luz

LED por fora. Quem passar pela avenida verá um imenso cubo colorido, chamando atenção e, fatalmente, aguçando a curiosidade dos mais animados. Para quem preza por um serviço diferenciado, o conceito de exclusividade estará disponível mediante 300 cotas, para quem quiser se associar e contar com regalias especiais como entrada e saída exclusivas, camarotes, estacionamento e outros mimos. Além disso, disporá de amplo estacionamento, com mais de 200 vagas cobertas e outras ao ar livre, isso vai resultar, segundo Ronaldo Nacif, em um espaço especial e com uma proposta diferenciada. Com capacidade para cerca de 600 pessoas, a intenção é que a casa não seja uma boate simplesmente. A ideia é que a noite por lá comece mais cedo, com lounge na pista, reunindo amigos para um bate-papo acompanhado de boa bebida e gastronomia de qualidade, antes de o som subir e a pista esquentar madrugada afora. Para isso, será construído um grande bar além de um restaurante de culinária japonesa, em um espaço aconchegante e com suave isolamento acústico, criando na casa um dinning club, famoso mix de bar, lounge, restaurante, sem perder a atmosfera de balada. ❚

Os sócios Cristiano Tameirão e Ronaldo Nacif no imóvel onde vão instalar a Marriah: casa noturna de luxo nos moldes das melhores boates do mundo

Júnia Garrido

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Informe Publicitário

Impressão com

responsabilidade

Preço, prazo e qualidade. Essas são as metas que levaram David Lara a criar a Gráfica Rede, em 2007. Com seus 33 anos de experiência no mercado gráfico, o empresário mineiro juntou uma equipe de qualidade e decidiu investir em tecnologia, capacidade de produção, aliada ao desenvolvimento do capital humano, com formação de mão de obra qualificada. “Estamos focados na alta qualidade e também preocupados em ter preço competitivo, além de um aten

dimento capacitado para suprir as demandas de curto prazo”, explica David Lara. Em 2010 a empresa investiu 4,5 milhões de reais em equipamentos, como uma impressora offset plana de oito cores, só disponível em poucas gráficas de Belo Horizonte, e em treinamento de operadores. Além disso, um dos diferenciais da Rede é a capacidade de imprimir pequenas quantidades, ou mesmo unidade, através de um equipamento sob de-

manda, com qualidade offset. Segundo David Lara, essa impressora atende a pedidos muito comuns em sua gráfica, como clientes que solicitam impressão de dezenas de relatórios para serem entregues no dia seguinte e que tenham alta qualidade. A capacidade total de produção das quatro máquinas da empresa é de aproximadamente 364 mil cópias por dia. Dentro do setor gráfico, a Rede trabalha principalmente com os seg-

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Fábio Cançado

David Lara (direita) posa ao lado dos filhos Emmanuelle, Philipe e Cristiano, junto à impressora offset plana de oito cores: família unida pela qualidade

Com pouco mais de três anos de mercado, a Gráfica Rede é premiada e comprometida com as questões socioambientais mentos editorial (livros, revistas e periódicos) e promocional, muito usado por agências de publicidade. Estas são os principais clientes da gráfica. “Entendemos as necessidades das agências, somos mais do que parceiros. Vivemos com elas seus problemas, suas ansiedades. Nosso setor de produção é muito competente e premiado”, diz o empresário. A Gráfica Rede não vislumbra apenas a alta tecnologia e qualidade de impressão. Os funcionários também

são alvo dos investimentos, e constantemente são enviados para treinamento no Senai, tanto em BH quanto na escola Theobaldo de Nigris, da Faculdade de Artes Gráficas, em São Paulo, considerada a melhor da América Latina. Essa preocupação com a qualidade deu fruto. Além dos inúmeros clientes, a Rede ganhou por dois anos consecutivos, 2009 e 2010, o prêmio O Cícero, da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional Minas Ge-

rais (Abigraf-MG). Participam do prêmio, em média, 300 gráficas, que reúnem suas melhores peças e as enviam para a associação. Os trabalhos, separados por categorias, são avaliados pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), do Senai de São Paulo, e premiados em evento anual da Abigraf-MG, em Belo Horizonte. E mais: a Gráfica Rede não merece apenas prêmio por sua qualidade. “Crescemos, mas não perdemos o foco na sustentabilidade”, diz David Lara. Como resultado de seu comprometimento ambiental, a empresa conseguiu a Certificação Florestal em Cadeia de Custódia, da organização Forest Stewardship Council (FSC). Isso significa que parte dos materiais impressos utiliza papel oriundo de florestas manejadas, ou seja, de reflorestamento. Além disso, as sobras de papel e os resíduos sólidos e líquidos são armazenados e enviados a São Paulo, para tratamento. A Gráfica Rede passa para seus colaboradores essa ideia de produção sustentável e indica a impressão racional, ou seja, não gerar material que não seja utilizado. Para reforçar essa visão, a empresa fez campanha de conscientização, na qual foram entregues 800 mudas de pau-brasil e mogno, árvores típicas do Brasil e em risco de extinção. No país, o desperdício com impressos em papel chega a 30%. E para ajudar a mudar esse quadro, bem como esclarecer sobre o selo FSC e a importância do trabalho com consciência ecológica, David Lara pode ser convidado para palestrar em empresas.

Rua Aquiles Lobo, 469, Floresta - Belo Horizonte-MG Telefax: (31) 3222-4402 www.graficarede.com.br

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Exóticos e coloridos, eles dão sabor especial e sofisticado às criações de chefs em BH

Cultivo de cogumelos do produtor Roney Bernardes Rocha, no bairro Jardins de Petrópolis em Nova Lima

A VEZ DOS

COGUMELOS Eugênio Gurgel

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Encontro Gastrô ingredientes Geraldo Goulart

Simone Dutra Fotos: Eugênio Gurgel

Esculturas de

sabor

Cogumelos dão toque de sofisticação aos pratos e inspiram criações dos chefs

E

les podem ter sabores mais fortes, outros mais suaves, formas diversificadas e até mesmo inusitadas. Agradam a gregos e troianos. Por isso mesmo os cogumelos passaram a fazer parte do cardápio de muitos restaurantes brasileiros, dando um toque de so-

fisticação a muitos pratos já conhecidos e servindo de inspiração para a criação de inúmeros outros. Além disso, os altos valores nutricionais e a facilidade do seu preparo conferem a esse tipo de fungo a preferência como ingrediente principal para muitos chefs. A diversidade de espécies oferecidas é imensa, e entre os mais

consumidos estão o shiitake, o hiratake, o shimeji, o funghi, o chileno, o portobello, o eryngii e, claro, o champignon-de-paris, o primeiro a cair no gosto do público. Em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, bem na entrada do condomínio Ipê da Serra, a República

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do Jambreiro – Casa dos Cogumelos se especializou nos fungos comestíveis. Há dez anos o restaurante funciona em ambiente estilizado, cheio de quadros, figuras de gnomos e cozinha com janela de vidro, onde os pratos são preparados aos olhos dos clientes. “Cozinha transparente sem segredos, mas com tantos segre-

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dos”, brinca o proprietário e chef da casa, Leo Spin. No cardápio, que não é fixo, todos os pratos têm como ingrediente principal o cogumelo. Spin trabalha com 12 tipos, entre eles o shiitake marrom, o hiratake branco e rosado, o shimeji cinza, branco e amarelo, o portobello, o cardoncello e o champignon-de-paris. “São mais

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Encontro Gastrô ingredientes Geraldo Goulart

Cogumelo cardoncello acompanhado de rosbife sob tartufada picante no azeite de trufa e tartare de batata com queijo gratinado, boa pedida no República do Jambreiro

de 60 tipos de receitas diferentes. Gosto de combinar sabores com cores, texturas e aromas. O importante é experimentar, desenvolver técnicas para a cozinha”, explica Leo, que prepara até sobremesa usando o cogumelo. No Rokkon, localizado no bairro de Lourdes, em BH, o chef Wilson Kinoshita prepara um prato especial, ideal para ser comido entre a entrada e o prato principal: o mix de cogumelo. “Ele é servido al dente, em temperatura ambiente. O sabor é exótico, porque é levemente salgado e ao mesmo tempo doce. É um manjar dos deuses”, afirma. Já na Risoteria Sorriso, o segundo risoto mais pedido é o de cogumelos com presunto Parma, “um prato italiano clássico, sabor mais forte e encorpado”, como revela o chef Leandro Pimenta. Na Trattoria Via Des

Agnello ai funghi con pasta asciuta: costeleta de cordeiro grelhada com cogumelos salteados no azeite e espaguete ao alho e óleo, do Via Destra

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Encontro Gastrô ingredientes

O mix de Cogumelos, do Rokkon, mistura os sabores doce e salgado: ideal para ser servido entre outros pratos

tra, o ingrediente também tem seu lugar. “O sabor do cordeiro com o fungo, por exemplo, é diferenciado por causa da harmonia entre a carne, a massa e o cogumelo”, destaca o chef Rubens Beltrão. E Beltrão está certo. Produtor de cogumelos há mais de 20 anos, o biólogo Roney Bernardes Rocha, afirma que alguns fungos contêm alto teor protéico, com todos os aminoácidos essenciais; ácidos graxos poli-insaturados que são fundamentais a uma dieta saudável; minerais, como potássio, fósforo, manganês, ferro e cálcio; vitaminas B1, B2, B7 e C; carboidratos e fibras com atividades que reduzem os riscos de câncer. “Eles podem até substituir a proteína da carne”, diz Roney. Em um sítio localizado no bairro Jardins de Petrópolis, em Nova Lima, Roney cultiva as espécies hiratake, salmão, shimeji e Flórida, todos da mesma família. Mas, antes de chegar às mesas dos res-

taurantes, os cogumelos têm um delicado processo de produção. São cinco etapas: fermentação do substrato, pasteurização, semeadura, incubação e colheita, “que chega a aproximadamente 20 quilos por mês”, segundo o produtor. A base de substrato é a mistura do bagaço de cana, farelo de trigo, calcário e torta de mamona. “Tudo isso é o alimento do cogumelo”, afirma Roney. Na produção orgânica como a dele, a fermentação dura de quatro a cinco dias (enquanto na industrial é de apenas um). Depois, o substrato é ensacado e é feita a semeadura dos fungos, que acontece uma ou duas vezes ao mês. Um pacote pode render até um quilo de cogumelo. Eles ficam encubados no período de 15 a 20 dias, depois vão para uma estufa climatizada, mais úmida, os brotos começam a aparecer e ficam mais uma semana, tempo para crescerem e serem colhidos.

O risoto de cogumelos com presunto Parma é um dos sucessos da Risoteria Sorriso

Para que eles fiquem grandes e bonitos, o biólogo ensina: “É preciso cuidado com a iluminação, umidade e temperatura, que deve ser mais branda. O processo é trabalhoso, mas muito gostoso”. Para conservar os fungos, Roney explica que tudo é feito lá mesmo. “Realizamos a higiene, embalamos em bandeja de isopor com plástico filme e em até dois dias são distribuídos”, revela o produtor, que vende para duas redes de supermercados, dezenas de restaurantes, além de apreciadores que frequentam o seu sítio. ❚

O COGUMELO ATRAVÉS DOS SÉCULOS A relação dos cogumelos com o homem nem sempre esteve ligada apenas à gastronomia. Os egípcios acreditavam que os fungos representavam um presente do deus Osíris, e os faraós os enxergavam como algo fora do comum. Servidos apenas em banquetes importantes, os antigos romanos também endeusavam o fungo como algo vindo do universo, acreditando que vinham à Terra através de raios lançados por Júpiter durante tempestades. Tanto na Grécia antiga quanto na China, comer o cogumelo era sinônimo de conquis-

ta de força e coragem. Foi no México que os índios passaram a utilizar o fungo como alucinógenos em rituais religiosos e de feitiçarias e com fins

terapêuticos. Mas foi no Oriente que eles se consagraram como alimentos funcionais, sendo utilizados na gastronomia e na medicina. Fonte: Universidade Estadual de Campinas – Unicamp

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Informe Publicitário Chef Cláudio Pain e dois dos pratos criados na cozinha do Super Nosso Gourmet: coquetel de camarão e Naguro ao Katsuo

Saudável,

bonita e deliciosa

Super Nosso Gourmet Xuá investe em criatividade, qualidade e atendimento no preparo da comida japonesa Os pratos coloridos da comida japonesa, verdadeiras obras de arte que enchem os olhos e despertam o apetite, conquistaram o paladar do mineiro. Leve, saborosa e natural ela é uma mistura bem dosada de peixes, algas, frutos do mar, arroz, verduras, legumes e temperos exóticos. Os apreciadores têm inúmeras opções de locais que oferecem a culinária oriental em Belo Horizonte. Mas é preciso ficar atento à qualidade do que é servido, já que grande parte dos produtos usados na culinária oriental é perecível e ingerida crua. Ronaldo Alves, responsável pelos restaurantes de comida japonesa das lojas Super Nosso, alerta que “o segredo para o prato perfeito está

no frescor dos produtos utilizados, do processo de preparação, da técnica, da criatividade e da mão segura do sushiman.” Tem a mesma opinião seu colega, o chef Cláudio Pain, 20 anos de experiência no setor e responsável pela criação das iguarias do Super Nosso Gourmet Xuá. “Conhecer a procedência dos ingredientes, identificar se estão frescos e próprios para consumo é fundamental: tudo isso garante o sabor e a qualidade do alimento oferecido. Por isso, compramos o pescado, que é escolhido a dedo, assim que chega no litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Isso é feito três vezes por semana e na quantidade exata do con-

sumo. Assim oferecemos peixes e frutos do mar frescos, que não precisam passar pelo processo de congelamento”. Segundo ele, são adquiridas 20 toneladas de pescado por mês para as lojas da rede. Ronaldo Alves diz também que algumas regras são obedecidas para garantir a qualidade em todas as etapas: cuidados com a higiene dos utensílios e das pessoas que manejam o alimento e a capacitação dos profissionais. Segundo ele, “o cuidado com a higiene vem em primeiro lugar sempre, principalmente quando os ingredientes são tão perecíveis. Temos um veterinário que ensina preventivamente os colaboradores a distinguir se

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Informe Publicitário Fotos: Eugênio Gurgel

o produto está em condições adequadas de consumo, e que, diariamente, controla a refrigeração nos pescados. Este é um processo rigoroso e se há dúvida sobre a qualidade do produto, descartamos”. No item capacitação Ronaldo Alves explica que, ao ser contratado, o profissional passa por dois meses de treinamento. Só depois disso e de demonstrar amor pelo que faz, é liberado para preparar os pratos que serão servidos ao cliente. “É preciso ter certeza de que se não estivermos presentes, o trabalho continuará sendo feito com responsabilidade”, diz. A criatividade e o atendimento fazem também a diferença. Cláudio Pain

ressalta que “a imaginação e a harmonização dos ingredientes na montagem do prato é que o faz único. É ousadia criar novos pratos com o que o cliente escolhe na hora. Vamos além do sabor, não abrimos mão da beleza do prato”. Por isso o carro-chefe do restaurante é o prato batizado de “Ousadia do Sushiman”. Nele, o cliente interage com o chef e escolhe o que vai entrar em sua composição, como minipolvo, barbatana de tubarão com água viva, enguia defumada, salmão chileno, camarão, atum, cogumelos, ovas e o que mais o paladar do cliente sugerir. Do cardápio também fazem parte, além do tradicional sushi, o Te-

maki Pain – cone recheado com salmão defumado, cream cheese, cebolinha, camarão empanado e ovas –, coquetel de camarão e ceviche, um mix de frutos do mar, peixe e barbatana de tubarão. Os pratos são servidos junto com o tradicional shoyu, molho de soja, e os criados pelo chef Pain, como o molho de ervas frescas variadas com azeite e tempero oriental (hondashi), ao sugo (suco de tomate e pimenta japonesa sriracha) e o sumissô, à base de pasta de soja. Não se pode esquecer o arroz, que tem importante papel na culinária japonesa, ressalta Cláudio Pain. “Aqui, o arroz é o próprio chef quem prepara, pois a harmonia entre os temperos usados na dose e da forma certa é o segredo.” O importante mesmo, segundo Ronaldo, é que o cliente saia satisfeito e volte sempre. “Isso tem acontecido, nos enche de orgulho e mostra que estamos no caminho certo. Um exemplo são clientes que vêm até três vezes na semana e acabam se tornando amigos da casa, às vezes famílias inteiras, dos netos aos avôs, que estão sempre aqui.”

Super Nosso Gourmet Xuá Endereço: Avenida Nossa Senhora do Carmo, 2.780. Horário de funcionamento: de 10h às 23h Sugestões: à la carte, quilo, barcas e bandejas para levar Telefone para encomendas: (31) 3264-1789 Encontro | 155

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encontro gastrô

frutas

Marcelo Fiuza Fotos: Eugênio Gurgel

Famosa por suas receitas doces, a jabuticaba conquista a alta gastronomia e é tema de festival em Sabará

Saborosa

e versátil

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F

ruta típica brasileira, a jabuticaba há muito tempo garantiu lugar nas casas dos mineiros. Em Sabará, na região metropolitana da capital mineira, por exemplo, difícil é achar uma residência que não tenha no quintal ao menos um frondoso pé, ainda mais depois de o município oferecer isenção de impostos a quem cultivá-la. Natural, portanto, que a fruta fosse cada vez mais consumida não só in natura, mas na forma de compotas, geleias e bebidas. A novidade é que, agora, a jabuticaba se prepara para subir de status e passar da doceria para a alta gastronomia. E não falamos aqui apenas de molhos agridoces para assados, mas de acepipes como "caviar", massas folhadas, risotos, carnes exóticas e coquetéis refinados que levam sua polpa. Tudo com pompa e requinte, como promete o Festival da Jabuticaba, programado para os dias 20 e 21 de novembro, na histórica cidade mineira. Tradicional evento sabarense, o festival este ano traz, como principal mudança, uma série de festins que estimulam a criação de pratos especiais produzidos com o ingrediente. “Vamos dar uma cara diferente ao festival neste ano”, diz André Gustavo Alves, secretário de Turismo de Sabará. “Será um evento realmente gastronômico, por isso convidamos chefs para apresentação de pratos elaborados”, explica. Segundo o secretário, são esperadas cerca de 20 mil pessoas neste ano, um aumento de 25% em relação a 2009. “É uma festa sempre muito popular, mas percebemos que há interesse também de um público de padrão mais elevado, daí a realização dos festins”, explica Alves, lembrando que se mantém a tradição do consumo da fruta durante o evento, bem como dos diversos derivados dela. O secretário destaca a boa relação da população com a fruta e com o festival – que em 2007 foi registrado como Patrimônio Imaterial do município. “É uma questão cultural. Sabará tem identificação histórica com a jabuticaba, cada pessoa que nasce aqui com certeza tem um pé em casa. E com o tempo essa relação deixou de ser casual e passou a ser um negócio”, diz André Alves, que anuncia ainda a participação, em 2010, de aproximadamente 44 produtores de derivados da

PEQUENA, MAS RICA EM NUTRIENTES Cada 100 ml da jabuticaba-sabará contém: ❚ Calorias 43 ❚ Proteínas 1 g ❚ Cálcio 13 mg ❚ Fósforo 14 mg ❚ Ferro 1,9 mg ❚ Vitamina B1 0,06 mg ❚ Vitamina B2 0,16 mg

fruta, além de quatro chefs de cozinha. Um deles é a cabo-friense Elinete Alves do Nascimento. Foi em Sabará que ela conheceu a jabuticaba e logo percebeu o potencial do alimento para a criação de receitas requintadas. “É uma fruta muito singular; não é tão doce que chegue a ser enjoativa, mas a casca tem mais tanino que a uva, por isso dá aquele sabor muito bom na comida”, diz a chef . Segundo ela, foram seus alunos sabarenses, do Colégio Metodista Izabela Hendrix, onde dá aulas de gastronomia, que tiveram a iniciativa da pesquisa culinária com a jabuticaba. “Os alunos pediram que desenvolvêssemos receitas à base de jabuticaba e rapidamente tínhamos feito um brigadeiro com a casca da fruta, que normalmente é descartada. Ficou ótimo e saudável, porque não leva chocolate”. Depois disso surgiram outros pratos mais requintados, como um caviar feito com sagu de tapioca e molho shoyu, ótima entrada para a refeição, segundo a chef, que para o festival deste ano guarda surpresas. “Estou pensando em um bolo de queijo de jabuticaba e, na onda agora do congelado de iogurte, vou fazer um com a fruta do festival”, revela. As tradicionais quituteiras de Sabará também estão empolgadas com a ideia de novas receita. Bom exemplo é a proposta da dona de casa Dea Ramalho Evangelista. Além de preparar um já famoso prato para o festival – a língua ao molho de jabuticaba – ela está desenvolvendo uma inusitada farinha com o ingrediente. “Vi na TV uma receita de farinha feita com casca de banana e pensei: por que não fazer de jabuticaba? Vou criar um tutu para acompanhar um

frango à Sabará, que é regado ao molho agridoce feito com a fruta”, explica. Dea conta ainda que, desde que se aposentou como professora, produz por encomenda, pratos típicos feitos com a planta para festas, confraternizações. “O pessoal gosta muito de um molho que faço durante o ano todo, usado em churrascos, pernis e lombos e que pode ser mais ou menos apimentado”, diz ela, que aprendeu em casa, com a mãe, a lidar com a jabuticaba. Cozinheiro profissional, responsável pelo cardápio servido diariamente em uma grande fábrica da região, o belo-horizontino Maurício Lejeune é outro que viu na brasileiríssima iguaria boas possibilidades gastronômicas. Há 12 anos morando em Sabará, Lejeune conta que foi participando do festival que desenvolveu, ano após ano, uma receita consagrada na região: o arroz à Sabará. O segredo da boa aceitação do prato pela população, diz, é a reunião de dois ingredientes típicos da região: a jabuticaba e o ora-pro-nóbis. “Comecei a fazer o arroz com o ora-pro-nóbis e o molho de jabuticaba, mas no início não teve boa aceitação. Depois acrescentei o bacon e a (linguiça) calabresa e foi um sucesso. Até a prefeitura já me chamou para fazer o prato em alguns eventos, como representante da cidade”, diz o cozinheiro, que hoje faz variações da receita com queijo, frango ou bacalhau. E garante que há ainda muito mais para criar. “Da jabuticaba só se perde o caroço. Aproveito a casca para fazer compota, a polpa para geleias, o suco para molhos. O segredo é cozinhar bem a casca para tirar o amargor”, ensina.

FESTIVAL DA JABUTICABA SABARÁ ❚ Data: 20 e 21 de novembro ❚ Horário: sábado – das 10h às 18h; domingo – das 9h às 17h ❚ Local: praça de Esportes, no centro histórico de Sabará ❚ Ingresso: R$ 3 ❚ Informações: (31) 3672-7690 Encontro | 157

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encontro gastrô

frutas

Vol-au-vent de pupunha com caviar de jabuticaba por Elinete Alves do Nascimento

Ingredientes: ❚ 12 vol-au-vent congelados ❚ 1 ovo e 2 colheres de manteiga ❚ 1 colher de cebola ralada ❚ 2 xícaras de chá de leite ❚ 300 g de palmito tipo pupunha ❚ 2 colheres de sopa de farinha de trigo ❚ Sal a e pimenta do reino a gosto ❚ 500 g jabuticaba ❚ 2 litros de água ❚ 250 gramas de sagu ❚ 2 colheres de sopa de molho shoyo Modo de preparo: Descongele os vol-au-vent , coloque-os numa assadeira , pincele com o ovo batido e leve ao forno por 20 minutos. Numa panela, doure a cebola na manteiga. Junte a farinha de trigo e vá acres-

centando o leite. Tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar em fogo baixo por 5 min. Acrescente o palmito, misture e retire do fogo para esfriar. Para o “caviar” ferva as jabuticabas até o caldo ficar bem roxinho e coe. No caldo coado, acrescente o sagu e deixe cozinhar por 20 minutos. Mexa para não grudar. Quando o sagu estiver transparente, retire do fogo, coloque numa peneira e lave para retirar a goma. Coloque o sagu numa forma tempere com o shoyo, tampe e deixe descansar na geladeira por um dia. Na hora de servir, regue com um fio de azeite. Retire os vol-au-vent do forno, remova a tampinha de massa e recheie. Coloque-os num prato e, cobertos por uma colher de chá de caviar de jabuticaba.

Língua ao molho de jabuticaba por Dea Ramalho Evangelista

Ingredientes da língua: ❚ 600 g de língua de boi ❚ 200 g de bacon ❚ 1 molho de salsinha ❚ 1 limão ❚ 3 dentes de alho ❚ Pimenta calabresa e sal a gosto ❚ ½ xícara de água

❚ 5 dentes de alho ❚ 100 ml de óleo ❚ 200 ml de vinagre ❚ 200 ml de água ❚ 2 colheres de chá de cachaça cristalina ❚ 2 colheres de chá de colorau ❚ Sal e pimenta malagueta a gosto

Modo de preparo: Ferva a língua, retire a pele grossa, faça vários furos na carne e recheie com pedaços de bacon e salsinha picada. Acrescente o suco de limão, água, sal e pimenta e deixe marinar por duas horas. Refogue em uma panela com óleo quente os dentes de alho amassados e a língua. Cubra com água, acrescente o molho em que a carne ficou marinando e deixe cozinhar por 1h30 em fogo alto.

Modo de preparo: Esprema a jabuticaba e separe a casca. Cozinhe a casca com água em fogo médio até amaciar (cerca de 30 a 45 minutos). Escorra a água e deixe esfriar. Bata no liquidificador com água e os demais ingredientes até dar o ponto cremoso. Em outra panela, acrescente o óleo e o colorau e deixe ferver por 10 minutos, regando com água para não engrossar demais. Deixe esfriar.

Ingredientes do molho de jabuticaba: ❚ 2 litros de jabuticaba in natura ❚ 1 cenoura média ❚ 1 cebola média

Montagem do prato: Fatie a língua, despeje o molho por cima e sirva como tira-gosto, com fatias de pão ou acompanhado de arroz branco.

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Arroz à Sabará por Maurício Lejeune

Ingredientes: ❚ 2 litros de jabuticaba ❚ 200 g de bacon ❚ 200 g de linguiça calabresa picada ❚ 1 cebola média picada ❚ 3 dentes de alho amassados ❚ 300 g de ora-pro-nóbis picado ❚ 500 g de arroz cozido Modo de preparo: Escolha jabuticabas firmes. Esprema os frutos com a mão em uma vasilha de alumínio. Leve ao

Brigadeiro de jabuticaba por Carolina Chaves Huara

Ingredientes: ❚ 1 lata de leite condensado ❚ A mesma medida de cascas de jabuticaba cozidas ❚ 1 colher de sopa de margarina ❚ Chocolate granulado Modo de preparo: Bata o leite condensado

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fogo e deixe ferver por cinco minutos. Quando estiver frio, passe pela peneira e reserve o suco. Dica: usar uma luva para não manchar as mãos. Frite o bacon, acrescente a calabresa, e, depois, a cebola e o alho. Junte o ora-pro-nóbis e refogue por cerca de três minutos. Acrescente o suco da jabuticaba e deixe cozinhar um pouco para pegar o sabor. Depois é só misturar no arroz branco e servir.

Coquetel tropicana por Elinete Alves do Nascimento

com as cascas de jabuticaba no liquidificador até ficar um creme uniforme. Coloque numa panela com a margarina e leve ao fogo mexendo até soltar do fundo da panela. Coloque a mistura num prato untado e espere esfriar. Unte as mãos com margarina, faça as bolinhas e envolva-as com chocolate granulado.

Ingredientes: ❚ 100 ml de suco de jabuticaba adoçado ❚ 4 pedras de gelo ❚ Folhas de hortelã a gosto ❚ Refrigerante de limão para completar o coquetel

Modo de preparo: Num copo alto, coloque as pedras de gelo, as folhas de hortelã rasgadas e o suco de jabuticaba. Complete com o refrigerante de limão e decore o copo com uma jabuticaba.

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ENCONTRO GASTRÔ

bares, botequins e afins

Encontro Gastrô indica: A Tilápia do Chef, do Albano's (foto, R$26). Criação do chef Adriano dos Santos, o peixe é feito na brasa e depois gratinado no forno, coberto com manteiga de ervas e requeijão. Divulgação Fotos: Eugênio Gurgel e Geraldo Goulart

Blima Bracher

Alberto Wu

bbracher@revistaencontro.com.br

Sábados barrocos Procurando um programa diferente para o sábado? Que tal visitar o Sítio Andrade, no condomínio Vila Real, entre Itabirito e Ouro Preto? A cada semana, o gourmet Marquinhos Andrade (foto) prepara menu diferenciado a partir de inspirações como leituras, viagens e trocas de experiências com cozinheiros. As tardes são abertas ao público, que pode desfrutar da oficina gastronômica, mediante o rateio do valor total (em torno de R$ 80, por pessoa). Tudo com a competente supervisão da especialista em gastronomia Patrícia Lapertosa (foto). Reservas pelo site arteemouropreto.com.br. Eugênio Gurgel

Linguiça pra todo gosto O gourmet Ricardo Prates (foto), vencedor do Festival Internacional da Linguiça (Filing), que aconteceu junto com o 13º Festival de Gastronomia de Tiradentes, preparou cinco pratos com a iguaria para o Armazém Medeiros. Além da “prata da casa”– a linguiça Medeiros – destaque para a inusitada linguiça de surubim, que leva leite de coco, vinho branco, suco de laranja e páprica. Outras boas opções são a linguiça de frango com geleia de pimenta; a calabresa, que leva curry, suco de laranja, coentro e gengibre; além da linguiça de cordeiro, feita com toucinho, castanha, azeite, parmesão, vinho tinto e hortelã.

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Foto: Eugênio Gurgel

Deliciosas lendas urbanas Comemorando um ano em BH, a cervejaria Devassa faz homenagem à capital mineira, criando pratos inspirados nas lendas urbanas locais: Hilda Furacão, cubos de atum empanados em gergelim (foto); Conde Belamorte, cubos de lombo marinados em shoyu, vinho tinto e gengibre; Capeta do Vilarinho, acarajé mineiro com tutu e carne seca; Loira do Bonfim, polenta frita com ragu de rabada; Cintura Fina, coxinha de frango com molho de queijo minas; Velha Papuda, torresmo na cachaça, queijo coalho, mandioca, carne de sol e pastéis de angu; e Maria Tomba Homem, carne de lata coberta com queijo minas. Os pratos têm harmonização sugerida com as cervejas da casa. Divulgação

Pra comer rezando Só mesmo provando a Baby Back Ribs do Applebee’s para sentir toda a excelência e sabor deste prato. A carne tem preparo especial, que leva três dias, e inclui imersão em “fumaça” (efeito defumante), forno que combina vapor e calor em alta temperatura e choque térmico em câmera de resfriamento. Assim, adquire consistência única e sabor incomparável. As suculentas costelas de porco temperadas e banhadas com exclusivo molho barbecue, são acompanhadas de fritas e espiga de milho, R$ 35,50 (regular) e R$ 39,50 (generosa). A casa oferece ainda o Happy Hour Double Drink, de segunda a sexta, das 17 às 23 horas. No detalhe, o Perfecta Margarita. Divulgação

Experiência para os sentidos Entre os dias 8, 9, 10, 22, 23 e 24 novembro, a capital mineira recebe a segunda edição do Food Experience´10, curso de gastronomia apadrinhado por Roberta Sudbrack (foto), eleita chef do ano pelo Guia Quatro Rodas 2009. O Food Experience é voltado para chefs, estudantes de culinária, empresários do ramo e gastrólogos que curtem, além da receita, as sensações do universo que envolve o prazer de comer bem. A sede em BH será a charmosíssima La Lampe. Encontro | 163

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Eugênio Gurgel

Psicóloga defende o resgate da qualidade dos relacionamentos interpessoais e fala sobre a importância da família na formação humana Patrícia Ragone é autora do livro Laços – Contribuições da Terapia Cognitiva para as Relações Familiares

Em dia com a

saúde emocional

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Informe Publicitário Encontrar um tempo para participar da vida dos entes queridos, e ainda interagir com eles, não tem sido tarefa fácil para muitas pessoas. O mundo moderno é um dos vilões para este problema, pois com o estresse do dia a dia fica cada vez mais difícil arranjar um tempo para sentar e interagir. E, com isso, no caso de uma família, os integrantes vão se distanciando até chegarem ao ponto de um não mais reconhecer o outro, devido à falta de diálogo e entendimento. E, assim, os relacionamentos interpessoais, sejam eles no campo da vida privada ou na vida social e profissional, se deterioram a cada dia. Para a psicóloga Patrícia Quaresma Ragone, especialista em psicologia clínica e em terapia cognitiva, quando existe ausência do diálogo “não se sabe o que a outra pessoa pensa e, por consequência, acaba não havendo comando nem democracia. Entretanto, uma frase ou palavra dita equivocadamente a um ente querido causa um sofrimento muito grande”. Com o objetivo de auxiliar as pessoas que desejam resgatar a qualidade dos relacionamentos interpessoais, a psicóloga publicou o livro Laços – Contribuições da Terapia Cognitiva para as Relações Familiares, onde contribui para que as pessoas olhem para si mesmas, se detenham naquilo que desequilibra seus relacionamentos. “Numerosos e repetidos desentendimentos corroem os alicerces de um relacionamento familiar. O que é extraordinário, contudo, é que esse desentendimento tem como ser superado, corrigido ou pelo menos controlado”, revela Patrícia. A psicóloga tem uma preocupação especial com as relações familiares, uma vez, que segundo ela, os pais constituem peça fundamental na formação dos filhos e, portanto, a intervenção, ou seja, o acompanhamento terapêutico eficaz é sempre bem vindo. “Trabalhar o modo de pensar e agir com os filhos faz toda a diferença para uma relação saudável e de respeito mútuo. Os pais têm influência na construção da base psico-

lógica dos filhos. Mas os filhos não precisam necessariamente ficar prisioneiros da forma de pensar dos pais, eles podem aprender de forma diferente”, pontua. Dentro da escola também é importante o convívio pacífico entre professor e alunos. Portanto, segundo a psicóloga, é fundamental que o educador por meio de treinamento, saiba identificar o real problema que o aluno está enfrentando. O livro, segundo ela, é um projeto que nasceu de um sonho pessoal, e que vem para auxiliar os pais, escola ou empresa a construir uma sociedade melhor. A psicóloga também ministra palestras, workshops e cursos para escolas, organizações não governamen-

Os pais têm influência na construção da base psicológica dos filhos. Mas os filhos não precisam necessariamente ficar prisioneiros da forma de pensar dos pais; eles podem aprender de forma diferente.” tais e empresas. A última palestra que proferiu, por exemplo, teve como objetivo fornecer ferramentas aos pais para que possam intervir eficazmente na vida dos filhos. Patrícia ainda abordou o desenvolvimento de habilidades específicas na sua criação; trabalhou a motivação dos pais para as mudanças comportamentais desejáveis e a interferência positiva nos ciclos de vida dos filhos. A terapia cognitiva, que baliza a atuação profissional de Patrícia, revela um olhar diferenciado sobre a família e os contextos institucionais corporativos e educacionais. É aplicável individualmente em adultos, adolescentes e crianças, e ainda em gru-

pos. Também tem sido utilizada com sucesso como coadjuvante nos tratamentos de transtornos orgânicos e em contextos institucionais corporativos e educacionais. A terapia cognitiva, criada por Aaron Beck na década de 1960, nos Estados Unidos, e desenvolvida ao longo de quatro décadas, por ele e por inúmeros colaboradores ao redor do mundo, começou como modelo de depressão. Com base em suas observações clínicas e empíricas, e impulsionado por inquietações puramente teóricas, Beck conceituou a depressão como um transtorno de pensamento – portanto cognitivo –, e não como transtorno emocional. O modelo cognitivo, inicialmente proposto para depressão, mostrou-se igualmente eficaz para outras áreas de transtornos e, evoluindo em seus aspectos teórico e aplicado, resultou na proposição de um novo sistema de psicoterapia – a terapia cognitiva –, refletindo uma mudança de paradigma no campo das psicoterapias. “Durante observações clínicas e estudos experimentais foi constatada grande influência do pensar sobre o sentir e agir. Trata-se dos transtornos do pensamento, ou seja, os pacientes evidenciavam pensamentos e visões negativas de si mesmos, de suas experiências de vida, do mundo e do seu futuro”, conta. Contudo, a psicóloga defende que saber pensar flexivelmente determina a qualidade de vida. “O pensamento positivo, repetido com frequência, influi positivamente no subconsciente, levando a resultados satisfatórios, no exato momento em que desejos e ideias deverão ser traduzidos em realidade. Nós somos o resultado daquilo que pensamos. A mentalidade de derrota cria uma realidade de derrotado; a mentalidade de sucesso cria uma realidade de bem sucedido”, explica.

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Encontro | 165

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eventos

BH Shopping ganha novo piso O maior shopping da capital mineira inaugurou mais um piso, com grande festa que reuniu lojistas, empresários e políticos. O piso Mariana, resultado de sua quinta expansão, ganhou 80 novas lojas, com a chegada de famosas marcas, algumas delas inéditas em BH. A festa teve apresentação da atriz Alinne Moraes, shows de Toni Garrido e Paula Lima, e ainda a discotecagem dos atores Rodrigo Hilbert e Luana Piovanni. Fotos: Barbara Dutra, Carol Reis e Eugênio Gurgel.

Ana Paula Peres, José Isaac Peres, Maria Helena Peres e Rodrigo Peres

Ana Cecília Rezende, Durleno Rezende, Maria Aparecida Rezende, Maria Alice Rezende e Maria Angélica Rezende

Nadim Donato, Renata Araujo e Modesto Araujo

Eduardo Novaes, Maria Lucia Renault, Luiz Medici e Bharbara Renau

Luana Piovani, Livia Paolucci e Rodrigo Hilbert

Leonardo Augusto Ferreira, Patrícia Duque, Adriana Vasconcelos e Elói Oliveira

Cristiane Vallias e Ramaya Vallias

Camila Kalid e Jader Kalid

Sebastião Bomfim e Cláudia Mota Bomfim

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Renata Magalhães e Juliana Coelho

Patrícia Beltão e Rômulo Rocha

Luís Fernando Porto, Simone Demolinari e Max Massafera

ult,

Felipe Salvador Ligório e Mariana Mitraud

André Drummond e Alexia Duffles

ias Marcelo Rezende, Andréa Bernardes, Flávia Soares e Wallace Soares

Sérgio Rocha, Juliana Rocha e André Vieira

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Cláudia Lopes e Jenner Leite

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eventos

Biocor Instituto completa 25 anos e recebe honra ao mérito O Hospital Biocor foi homenageado pela Câmara Municipal de Belo Horizonte com o diploma de honra ao mérito pelos 25 anos de fundação. A sessão solene, por indicação do vereador Paulo Lamac, com apoio da Câmara Municipal de Nova Lima, foi realizada no auditório do Campus II da Faculdade Milton Campos, reunindo a diretoria do Biocor, médicos, empresários e autoridades. É um merecido reconhecimento da sociedade. Fotos: Júnia Garrido.

Erika Vrandecic, Mario Vrandecic, Heloisa Vrandecic e Ektor Vrandecic

Mario Vrandecic e Paulo Lamac

Daniel Figueiredo Martins, Ângela Linhares e Gilberto Barbosa

Rafael Guerra, Mario Vrandecic e Vitor Penido Ronaldo da Costa e Marcos de Vete Lima

Ektor Vrandecic e Bárbara Vrandecic

Patrícia Corrêa e Cláudia Bernardes Mario Vrandecic e Carlos Alberto

Domingo Braile e Gilberto Barbosa

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Maria da Gloria Nogueira, Hélcio Tavares e Maria Luiza Peixoto Cristiano da Mata, Luiz Otávio Fernandes Andrade e Henrique Salvador

Ricardo Khedy, Mario Vrandecic e Fábio Bianco

Leonardo Ferber, Mauricio Rezende, Mario Vrandecic e Heberth Miotto

Dênio Gomes e Neusa Cordeiro

Valmir Franco, Antônio Ferraz, Juliane Coelho e Mary Feliciano

Daniela Pinto

Kely Dimas, Vivian Antunes, Mario Vrandecic, Waleska Aragão e Eliane Silveira

a Erika Vrandecic e Maria Celeste Guimarães

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eventos

Grife francesa em BH Inaugurada no mês de outubro no novo piso do BH Shopping, a grife francesa Vuarnet chega trazendo ao público mineiro inovação nos modelos sportwear para o público masculino e looks diferenciados para as sofisticadas mulheres mineiras. Além disso, a Vuarnet apresenta sua linha de jaquetas e calças ski com design desenvolvido na Itália e os famosos óculos da marca, feitos com lentes minerais. Fotos: Barbara Dutra.

Rafael Mangabeira, Christiane Carvalho, Plínio Carvalho e Sérgio Mangabeira

Marcelo Ourives, Henrique Silveira, Plínio Carvalho, Carlos Guimarães e Eduardo Pimenta

Cláudio Venturini, Paulo Navarro e Flávio Venturini

Karol Guimarães, Daniela Vidigal e Luíz Fernando Dias

Daniele Guimarães, Maria Cecília Máximo, Christiane Carvalho, Plínio Carvalho, Alessandra Ourives e Fernanda Silveira

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do Dias

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eventos

Sempre Editora inaugura parque gráfico A Sempre Editora inaugurou seu mais novo parque gráfico, um dos mais modernos da América Latina. A nova rotativa alemã Geoman, da Manroland, tem capacidade de impressão 230 mil exemplares por hora e vai fazer os jornais diários da editora, como O Tempo e Super Notícia, chegarem ainda mais cedo às bancas e aos assinantes. O evento reuniu políticos, empresários, publicitários, recebidos pela diretoria da Sempre. Fotos: Bárbara Dutra.

Olavo Machado, Sérgio Barroso, Diniz Pinheiro e Durval Ângelo

Marcos Bahia, Humberto Alves Pereira, Humberto Alves Pereira Filho e Luís Otávio Pires

Antônio Roberto Winter, Domingos Costa, Paulo Bressane e César Tavares

Antônio Anastasia, Marília Campos, Vittorio Medioli e Laura Medioli

Marco Aurélio Carneiro, José Amaro Siqueira, Carlos Rubens Doné e Wagner Espanha

Durleno Resende e Cristiano Paz

Leonardo Motta, Luíz Carlos Costa, Deusdedith Aquino e Marco Aurélio Carneiro

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Almir Sales, Helinho Faria e Juliano Sales

João Sales, Pricila Teixeira e Eugênio Oliveira

Bernhard Kuchenbaur, Vittorio Medioli, Albrecht Röser e Ricardo Raimundo

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Álvaro Rezende, Luíz Tito e Lúcio Perez

Bernardo Vaz de Mello, Marcos Salum e Teodomiro Braga

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neiro

Gil Pereira, Luzia Ferreira e Gustavo Corrêa

Paulo Vasconcelos, Álvaro Rezende e Sérgio Esser

Lindolfo Paoliello, Augusto Britto Conde e Fernando Campos

Danilo de Castro, Custódio Matos e Eduardo Guedes

Encontro | 173

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eventos

Áurea Pardini, Roberto Santoro Meirelles, Carmen Pardini, Regina Pardini e Victor Pardini

Novo centro de análises clínicas em Vespasiano O laboratório Hermes Pardini inaugurou o primeiro Núcleo Técnico Operacional (NTO) em Vespasiano, tornando-se, dessa forma, um dos maiores centros de análise da América Latina. O novo centro possui um sistema informatizado que aumenta a capacidade produtiva em 50%, o que possibilita um processamento de três milhões de exames por mês. O NTO está localizado a dez minutos do aeroporto de Confins, promovendo agilidade na entrega dos resultados em Belo Horizonte e no restante do país. Fotos: Barbara Dutra.

Laura Pardini, Paula Pardini e Gabriel Pardini

Joel Motta, Emília Motta, Franco Meloni e Fernando Moreira

Ana Dourado e Guilherme Parreiras

Denise Pardini, Felipe Pardini e Daana Fares

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Josmar Verillo, Geraldo Sardinha e Paolo Bellotti

José Carlos Collares Filho e Carlos Olney

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Montagem final 113 saida.indd 174 Terrace BH - revista vertical

Mário Sérgio Pereira, Janete Vaz, Alessandro Ferreira e Letícia Resende

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eventos

Quarenta motivos para se divertir Ao som de músicas dos anos 80, o executivo Marcos Vinícius Berto comemorou seu aniversário de 40 anos. A festa, intitulada Quarenta motivos para se divertir, aproveitar e agradecer a vida e amizade, foi organizada pela esposa Melissa Berto, no salão de festas da sua casa, no Belvedere. Fotos: Barbara Dutra.

Melissa Berto, Marcos Vinícius Berto, Gisele Berto e César Berto

Francisco Salazar e Regina Salazar

1 PRAIA

Guiherme Guimarães, Isabella Andrade, Carmen Massole e Helbert Andrade

Eduardo Lobato e Cláudio Capanema

Nathália Mattos, Júnia Berto e Maria Emília Diógenes

Edward Mason e Norma Mason

Olídio Blanc, Denise Pimenta Gomes, Simone Baleeiro e Mauro Baleeiro

Alexandre Prates, Carolina Prates, Daniela Pedrosa e Fernando Pedrosa

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Prezad fins, ti firmaç

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Carlos Berto, Matheus Berto, Marcelo Bottrel, Gabriel Pentagna e Marcos Vinícius Berto

Jorge Porto e Carolina Diniz

1km PRAIA

Edmar Vieira e João Delphino

Flávia Pentagna Guimarães, Júlio Brant, Márcia Moreira e Cláudio Notini

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eventos

Niver de Maria Tereza de Fátima Para comemorar o aniversário da amiga Maria Tereza de Fátima, a cerimonialista Rosana Ribeiro e a relações públicas Marilu Sette Câmara organizaram no Café de La Musique uma confraternização com amigos e parentes para prestigiá-la. Fotos: Barbara Dutra.

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Luís Borba, Elene Sopova e Marcelo Gomes

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Aniversário no Belvedere O pequeno Ricardo Gontijo Valle, filho de Ana Carolina Gontijo e Fernando Valle Netto, comemorou seu aniversário em animada festa no apartamento de seus pais, no Belvedere. Além dos familiares, muitos amigos foram abraçar Ricardo, que encantou a todos com sua simpatia e animação. Fotos: Leo Araújo. Fernando Valle Neto, Ricardo Gontijo Valle e Ana Carolina Gontijo.

Fernando Valle e Claudia Valle

Carina Gontijo, Cecília Gontijo, Neide Gontijo e Virginia Gontijo

Simone Baleeiro e Vitor Baleeiro

Edgard Neto, Edgard Cansado e Adriana Abras Cansado

Cristina Gontijo e Flávia Gontijo

Cristina Tavares Matos, Maria Regina Farah e Ana Carolina Gontijo

Ricardo Gontijo Valle, Ricardo Valadares Gontijo, Ana Lucia Valadares Gontijo, Ana Silvia Lanna Valle e Jonathas Lanna Valle

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Ricardo Ribeiro Valadares Gontijo e Cristina Tavares Matos

Leonardo Laender e Ana Amelia Valle

Sofia Pedrosa, Melissa Mason Berto, Isabella Mason Berto e Lucas Mason Berto

Lucas Riegert, Christiano, Riegert, Rachel Riegert e JĂşlia Riegert Felipe Nacif, Valentina Nacif e Bianca Nacif

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Terrace chega a BH A empresária Cynthia Prata Abi Habib inaugurou com um sofisticado coquetel para amigos, clientes e familiares, sua loja de sapatos e bolsas femininas Terrace, no Boulevard Shopping, em Belo Horizonte. Os acessórios seguem tendência européia, unindo conceito e alta qualidade em materiais trabalhados em couro, inclusive peças feitas a mão. A Terrace nasceu em Campos do Jordão (SP) em 1990 e após destacada trajetória de sucesso apresenta sua primeira loja na capital mineira. Fotos: Barbara Dutra. Cynthia e Nagib Abi-Habib

Guilherme e Lídia Cruz

Habib Saib, Adélia Borges e Cynthia Abi-Habib

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Mabel Caldeira e Margareth Gomes

Diana Camargos, Cynthia Abi-Habib, Beatriz Prata e Lídia Cruz

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eventos

Centenário com requinte Em grande estilo, Maria Mafra Velloso comemorou seu aniversário de 100 anos. A festa foi realizada no Salão Tiradentes do hotel Ouro Minas e animada pelo quinteto da cantora mineira Luciana De Carli, além de uma apresentação de tango com a participação de Navir Salas e Débora Ambrozano, da El Abrazo Tango. Fotos: Insert Fotografia e Vídeo.

Zara Sandra Veloso, Maria Mafra Velloso e Ari da Silva Malta

Ana Paula Gonçalves e Eduardo Pinho Tavares

Ione de Souza Pires Schirmer e Artur Guilherme Schirmer

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Graziele de Souza e Wedy Campos Faria

Márcia Veloso e Désio Décio Veloso

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eventos

Boas-vindas para Richard Meier Belo Horizonte recebeu em outubro o arquiteto americano Richard Meier que já chegou com a agenda cheia: participou de uma palestra para estudantes de arquitetura na Universidade Isabella Hendrix, passeou pela Cidade Administrativa e almoçou no Inhotim com Bernardo Paz. Para finalizar, encontrou-se com arquitetos em jantar organizado por Virgínia Geo, onde foi presenteado pela Sotheby’s de Nova Iorque com uma escultura de Leopoldo Martins. Fotos: Leo Araújo

Elaine Carneiro Costa, Richard Meier, Leopoldo Martins e Carlos Carneiro Costa

Gustavo Penna e Richard Meier

Richard Meier, Robson Zanetti, Katherine Hildebrand e Wolf Gang Ludes

Flávia Frauches, Júlia Dumont, Carico, Carlos Carneiro Costa e Virgínia Geo

Jaime Moraes, Richard Meier e Gustavo Penna

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Loja conceito de cosméticos é inaugurada Há 17 anos no Brasil e presente no mercado comum europeu há três, a ADCOS Cosmética de Tratamento acaba de inaugurar sua terceira loja na capital mineira, localizada no piso Mariana do BH Shopping. Dirigida pelo empresário Guerra Filho, a Adcos possui produtos de alta tecnologia para tratamentos estéticos, voltados para profissionais e consumidor final. Estiveram presentes no evento, além de clientes e amigos, a farmacêutica e proprietária nacional da marca, dra. Ada Alcinéa. Créditos: Cláudio Cunha.

Família Guerra: Antônio, Beatriz, Luiza, Cátia, Guerra Filho e Pedro

Eduardo Domingos, Bartira Domingos, Ada Alcinéa e Waldtraud Ritter Winter

Wilma Abrósio, Juarez Andrade, Nilcéia Elizabete e Tochio Nonaka

Ana Lúcia de Castro e Vitor Mancini

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Ada Alcinéa e Guerra Filho

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a scad u t a P lança

tivo xecu E ar a Jant nda u g e de s a-feira: as, t d quar e entra d is ções ncipa 3 op atos pri sas, e pr brem e so onizado a f harm a garra ! m i u da com inho do do v

eventos

Autora lança DVD para as famílias Lançado em outubro, pela gravadora Paulinas Multimídia, o DVD intitulado O relacionamento na família, de Renate Jost de Moraes. O evento foi realizado na sede da Fundação de Saúde Integral Humanística (FUNDASINUM) e de sua mantedora, a TIP Clínica. O vídeo possui oito capítulos que propõem soluções para problemas que afetam as famílias e, com elas, a sociedade. O DVD já está disponível nas lojas das Edições Paulinas. Fotos: Leo Araújo.

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eventos

Parabéns duplos na Fazendinha Com inspiração em ambientes rurais, o casal Cristiana e Ivan Junqueira comemorou o aniversário das pequenas Julia e Clara Junqueira, de 1 e 3 anos, no espaço San Domani, com o tema Fazendinha da Júlia e Clara. A ambientação foi feita pela avó das meninas, Eliana Gualberto Ribeiro, com a ajuda do tio das crianças, Paulo Junqueira. Fotos: Petrônio Amaral.

Cristina Ribeiro, Clara Ribeiro, Julia Ribeiro e Ivan Junqueira

Virgilio Ferreira, Renata Ferreira,Paulo Gualberto e Eliana Gualberto

Ana Paula Junqueira e Clara Ribeiro Paulo Junqueira, Maria Julia e Paulinho Ribeiro

Luiz Fernando,Juliana Resende,Laura Ribeiro e Fernando Ribeiro

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Julia Kim, Enzo Lee, Victor Lee e Nam Lee

Kelley Sleumer, Cristina Ribeiro e Karina Sleumer

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artigo Naquela tarde, fui uma árvore de crianças. Porque elas não são carentes só de comida, dinheiro, escola. Elas querem contato, abraço, beijo, sorriso. E quando cada criança me abria os braços, era mais um tapa de amor que me atingia, em cheio. aarticulista@revistaencontro.com.br Cris Guerra

O próximo Tomar a decisão de ajudar o próximo parece sempre trazer uma espécie de frustração. Quando fazemos uma doação o bem-estar logo é sufocado pela sensação de que aquela ajuda não será suficiente. E que próximo escolher, quando à nossa volta e tão perto tantas pessoas precisam de nós? Então desenvolvemos uma vista embaçada conveniente, a fim de levar nossas vidas de forma mais leve. Tentando fazer uma coisa mínima que fosse, escolhi ajudar de forma simples, que não me exige esforço. Há oito anos, aconselhada por um amigo, apadrinhei o Fernando, através do Fundo Cristão para Crianças. Fernando não está assim tão próximo de mim: ele mora em Medina, no Vale do Jequitinhonha. A minha contribuição de apenas 42 reais por mês significa para ele uma vida muito diferente: administrado pelo Fundo Cristão, esse dinheiro se transforma em projetos que melhoram a qualidade de vida e a perspectiva de futuro de muitas crianças e suas famílias. Nos meses em que contribuo com um valor extra, ele vai diretamente para as mãos do Fernando. Com 20 reais, por exemplo, ele compra um short, duas cuecas, duas camisetas e um caderno. É o que ele já me contou por carta. Os mesmos 42 reais que mudam a vida do Fernando podem ser facilmente distribuídos nas vezes em que estacionamos o carro, em pequenas gorjetas para os tomadores de conta. Com certeza este que está bem mais próximo ganha muito mais dinheiro diariamente. Mas coloco mais fé no futuro do Fernando. Nesses anos todos, além das cartas que troquei com Fernando, recebi relatórios periódicos sobre sua saúde, seu desenvolvimento na escola e até sua vida familiar. Sei que o Fernando tem mais 11 irmãos, completou 12 anos em abril, tem um ótimo desempenho em história, joga capoeira e quer ser médico. No início do mês passado, resolvi saber um pouco mais. Viajei 700 quilômetros com uma equipe do Fundo Cristão para conhecer meu afilhado pessoalmente.

Antes de me encontrar com ele, conheci a Associação Comunitária de Medina, mantida pelo Fundo Cristão, que pela manhã funciona como escola infantil e à tarde é uma casinha de cultura para crianças maiores. Conheci uma horta comunitária, cultivada por 15 famílias que dali tiram sua subsistência e até um lucro com a eventual venda das verduras. E na zona rural de Medina conheci a casa de dona Mariazinha, feita de pau a pique, onde ela vive com o marido, três filhos, gatos, cães e a maritaca Joana. Nos fundos, no mesmo pocinho de pouca água onde ela lava a roupa toda, a família toma banho, junto com as centenas de girinos que crescem ali a olhos vistos. Meu encontro com o Fernando só aconteceu lá pelas duas horas da tarde. Minutos antes, a mãe dele veio em minha direção, aos prantos. Mais adiante, ele me esperava com um buquê de flores, calado, trêmulo. E eu só soube dizer com um abraço aquilo tudo que as palavras não foram capazes. Naquela tarde, fui uma árvore de crianças. Porque elas não são carentes só de comida, dinheiro, escola. Elas querem contato, abraço, beijo, sorriso. Suas mães têm muitos filhos e muitos afazeres além delas. E quando cada criança me abria os braços, era mais um tapa de amor que me atingia, em cheio. A vida parou para ser ali um tempo outro. Toda uma escola de braços abertos para mim. A madrinha do Fernando, naquele momento, representava cada padrinho ou madrinha que não podia estar ali. E como nos disse Cidinha, funcionária da associação e ex-apadrinhada do Fundo, padrinhos são “seres mágicos, fadas, gnomos, super-heróis”. Sei que não sou nada disso. Mas precisei viajar dez horas de carro para entender o verdadeiro valor da minha atitude: mais importante que o dinheiro, que permite ao Fernando levar uma vida mais humana, é a alegria dele em saber que é tão especial para mim. E a minha alegria em descobrir que sou tão grande para alguém. Acesse: apadrinhamento.org.br * Cris Guerra é publicitária e escritora

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*Em relação a corretoras de bancos.

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