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Florações de Algas e de Cianobactérias: Suas Influências na Qualidade da Água e nas Tecnologias de Tratamento
Veja esta figura colorida em anexo
Euglena
Rhodomonas
Phacus
Strombomonas
Trachelomonas
Lepocinclis
Figura 2.5. Alguns gêneros do grupo Euglenophyta encontradas em ambientes naturais.
2.2.6. Chlorophyta As algas do grupo Chlorophyta, denominadas algas verdes, consistem em um grupo amplo e variado de algas unicelulares que formam colônias e filamentos (ver Figura 2.6). Sua cor é verde intenso é devido à clorofila-a e clorofila-b que se sobrepõem aos pigmentos carotenos e xantofilas. De modo geral estão adaptadas para viver em ambientes com baixa e com elevada presença de nutrientes e, frequentemente, produzem bainhas mucilaginosas que lhes permite viver em meio subaéreo. As ordens de maior interesse são Volvocales, Tetraspolares, Chlorococcales e a família Desmidiaceae. As Volvocales são unicelulares que formam colônias e que possuem dois ou quatro flagelos, destacando-se os gêneros Chlamydomonas, Phacotus, Eudorina, Pandorina e Volvox. Na ordem Tetrasporales, não flageladas, destacam-se os gêneros Gloeocystis, Paulschulzia e Pseudosphaerocystis. As Chlorococcales são algas verdes de vida livre ou formam colônias, não flageladas ou com flagelos temporários; são mais comuns os gêneros Golenkinia, Scenedesmus, Ankistrosdesmus, Monoraphidium, Chlorella, Botryococcus, Crucigenia, Coelastrum, Sphaerocystis, Tetraëdron, Kirchneriella e Dictyosphaerium. As algas da ordem Desmidiaceae são unicelulares ou filamentosas e comumente se desenvolvem em águas ácidas, com baixa concentração de cálcio; destacam-se os gêneros Staurastrum, Cosmarium, Staurodesmus, Closterium, Xanthidium, Euastrum e Micrasterias.
2.3. Fatores que influem na distribuição do fitoplâncton 2.3.1. Fatores ambientais A seguir, são discutidos os principais fatores ambientais que influem na distribuição do fitoplâncton (Di Bernardo, 1995). Luz: a fotossíntese ocorre somente nas camadas superficiais da coluna de água que recebem luz. Em lagos profundos, observa-se a existência de duas regiões, quanto ao ambiente lumínico: a superior, onde há luz suficiente para que a quantidade de oxigênio produzido por meio da fotossíntese exceda a requerida para a respiração em 24 h (zona trofogênica), e a inferior ou profunda, na qual o consumo de oxigênio excede a quantidade produzida por fotossíntese, pois a luz é escassa ou ausente (zona trofolítica). A intensidade luminosa que atinge a superfície de um lago diminui exponencialmente com a profundidade devido à absorção por compostos orgânicos dissolvidos, pelas moléculas de água e partículas suspensas, as quais também causam a dispersão da luz, influindo na distribuição vertical das algas. Além do uso da energia solar por organismos fotossintéticos, ela também é dissipada na forma de calor e define a estrutura térmica dos lagos.