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Considerações sobre a teoria sobre a formação do símbolo de Sabina Spielrein 523

34. Algumas analogias entre o pensamento da criança, do afásico e o pensamento subconsciente1

Sabina Spielrein

I

Nós distinguimos um pensamento dirigido, de cujo objetivo temos consciência, de um pensamento não dirigido, espontâneo, de cujo objetivo não temos consciência. Essa classificação é, como todas as outras, arbitrária; não existe uma fronteira entre o pensamento dirigido e o espontâneo, tampouco entre o consciente e o subconsciente. Entretanto, essa distinção tem uma utilidade prática e, nos casos evidentemente marcados que se nos apresentam diariamente, podemos dizer sem problemas se um pensamento é ou não dirigido, consciente.

Durante a psicanálise, demandamos do sujeito que abra mão de qualquer tentativa consciente de dirigir seu pensamento, ele deve nos “dizer tudo o que passa por sua cabeça” sem a menor crítica consciente. Eu digo “direção consciente” ou “crítica

1 Spielrein, S. Einige Analogien zwischen dem Denken des Kindes, des Aphasikers und dem unterbewussten Denken. In Sämtliche Schriften. Freiburg, Edition Kore, 2002. pp. 281-310. Tradução de Renata Dias Mundt.

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