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Fernando Rocha
Janelas da psicanálise Transmissão, clínica, paternidade, mitos, arte
O título, Janelas da psicanálise, evidencia as linhas de força que o autor escolheu para organizar tematicamente a disposição de seus diversos ensaios e inscrevê-los em sequências, de modo a configurá-los em novas totalidades significativas. A escolha de “janela” no plural, para delinear a ordem discursiva em pauta, evidencia que, para o autor, a psicanálise não se circunscreve ao estrito registro unidimensional, mas se inscreve, em contrapartida, num registro mais amplo e aberto, marcadamente pluridimensional. Não resta qualquer dúvida de que o campo da clínica ocupa a posição superior na hierarquia em questão, uma vez que os
Janelas da psicanálise
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Nascido em Pernambuco e residente no Rio de Janeiro, graduou-se em Medicina no Recife e fez a formação psiquiátrica em Porto Alegre. Em 1969, partiu para Paris, onde viveu durante dez anos e realizou a formação psicanalítica na Société Psychanalytique de Paris, da qual foi membro. Ainda naquela cidade, além de exercer a psicanálise em consultório privado, iniciou seus estudos de psicanálise de crianças no serviço do Prof. Daniel Widlöcher, no Hôpital de la Salpêtrière, e trabalhou como coordenador de uma das equipes do Centre Alfred Binet (Setor Infanto-Juvenil da Association de Santé Mentale du 13ème Arrondissement de Paris). Seu particular interesse pelo tema das entrevistas preliminares levou-o a publicar o livro Entrevistas preliminares em psicanálise: incursões clinico-teóricas (Casa do Psicólogo, 2011). É membro titular da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ), onde foi fundador da revista Trieb e exerce as funções de analisar e supervisionar candidatos à formação em psicanálise e coordenar seminários clínicos.
Rocha
Fernando Rocha
PSICANÁLISE
Capa_gráfica_Janelas da psicanálise_16mm.pdf 1 13/03/2019 21:08:30
“Participando de um mundo em que predominam o descartável e o efêmero, o homem tende a eximir-se de compromissos com o ‘longo prazo’. . . . E, perguntamos com Bauman (1998), como se localizar em uma época na qual vigora o fluxo contínuo de um tempo sempre presente? Intolerante a qualquer espera, avesso a toda fixidez, o homem se move para chegar a lugar nenhum e, num quase sem-rumo, ‘tropeça’ acidentalmente em outros. Assim, num momento em que se tenta apagar a figura do outro, a não espera é louvada, a satisfação plena é cultuada, fortalecendo-se um
demais registros são alinhavados e constituídos logicamente
narcisismo que sustenta o divórcio
como derivações do registro clínico.
entre a lei e a cultura: a cultura
– Joel Birman
torna-se mais o lócus do gozo do que da interdição.” série
PSICANÁLISE CONTEMPORÂNEA PSICANÁLISE
Coord. Flávio Ferraz