Interações: com olhos de ler

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Interações: com olhos de ler Edi Fonseca Josca Ailine Baroukh (Coordenadora) Maria Cristina Carapeto Lavrador Alves (Org)

Lançamento 2012 ISBN: 9788521206606 Formato: 17x24 cm Páginas: 184



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Livros e mais livros

c o l e ç ã o

InterAções Edi Fonseca

Interações: com olhos de ler Apontamentos sobre a leitura para a prática do professor de Educação Infantil

Josca Ailine Baroukh COORDENADORA Maria Cristina Carapeto Lavrador Alves ORGANIZADORA

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Livros e mais livros

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Sumário

Leitura, como te quero...................................................... 13 1

Livros e mais livros................................................... 15

Acesso à leitura como possibilidade de cidadania....... 16

Livro como objeto da nossa cultura atual – livros-objeto.................................................................. 17

Histórias e mais histórias – Literatura é a porta de entrada das crianças para a leitura......................... 20

Leitura, informação e conhecimento........................... 24

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Leitura na Educação Infantil.................................. 27

Ler para quê? Propósitos e comportamentos leitores e o professor como modelo de leitor............... 28

O professor e as leituras saborosas.............................. 33

3 Tempos para a leitura – Modalidades organizativas.............................................................. 39

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Atividades permanentes............................................... 41

Sequências didáticas ................................................... 61

Projetos didáticos......................................................... 71

Atividades ocasionais.................................................... 87

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Interações: com olhos de ler

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Temperos para os tempos de leitura..................... 89

Critérios de escolha de livros para a formação de um acervo para a Educação infantil........................ 89

Espaços para ler........................................................... 99

Materiais e recursos...................................................... 113

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Contar histórias........................................................ 137

Por que contar histórias?............................................. 137

Abre a roda tindolelê – Orientações para contar histórias......................................................................... 139

Ler é diferente de contar.............................................. 147

6

Dez novas perguntas antigas para sacudir o esqueleto................................................................. 153

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E não “acabou-se o que era doce” – Considerações Finais............................................... 165

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Sugestão de leitura................................................... 167

Referências Bibliográficas ............................................... 181

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Livros e mais livros

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Leitura, como te quero

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por meio da leitura que as pessoas podem ter acesso ao legado cultural da humanidade, construído ao longo dos anos. E isso é maravilhoso! Tudo (mas tudo mesmo) que quisermos saber sobre qualquer área do conhecimento é possível de ser encontrado, aprendido e estudado por meio da leitura. Se quisermos saber algo sobre a Astronomia no séc. XVII, se quisermos conhecer melhor a culinária das diversas culturas indígenas do Brasil, ou, ainda, saber mais sobre a origem do teatro – todos estes desejos ligados ao conhecimento e tantos outros poderão ser saciados por meio da leitura. Sim, porque ao longo dos séculos a humanidade foi acumulando conhecimento, transmitindo o que aprendeu de geração a geração. Inicialmente, isso foi feito oralmente, depois com o auxílio dos desenhos até chegarmos à escrita. Nem todos tinham acesso aos escritos e, para produzi-los e reproduzi-los, havia muita dificuldade! Imagine alguém que precisava matar um animal, deixar secar sua pele para fazer um pergaminho, produzir tinta com sangue e outros componentes naturais para poder escrever um documento, ou esculpir em um bloco de pedra, ou ainda fabricar o próprio papel e copiar à mão livros e mais livros! Mas, depois de a humanidade passar por tudo isso, finalmente a imprensa foi inventada e, dessa forma, um único livro, que levava dias e mais dias para ficar pronto, agora cedia seu lugar a muitos e muitos livros produzidos rapidamente. Esse desenvolvimento até chegarmos à imprensa levou séculos e mais séculos para

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Livros e mais livros

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Livros e mais livros

Fonte: Arquivo pessoal da autora

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Interações: com olhos de ler

Acesso à leitura como possibilidade de cidadania

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ertamente você já viu algum filme que mostra alguém decifrando um código e, com isso, tendo acesso a um cofre, por exemplo. Será que você já se deu conta de que com a leitura ocorre a mesma coisa? Trata-se de um código, um sistema de representação que, uma vez decifrado e compreendido, nos dá acesso a riquezas ainda maiores que as de um cofre. Seja para tomar um ônibus, preparar uma receita, consultar a bula de um remédio, assinar um contrato ou defender uma tese de doutorado, ler nos oferece independência e autonomia. Os motivos para ler são muitos: prazer, necessidade, aprendizado, reflexão, para obter informação ou para realizar algo. Em todos esses casos, a pessoa que lê consegue realizar sua tarefa com mais qualidade. Anúncios de emprego estão nos jornais, nos murais; boas ofertas aparecem nos anúncios publicitários ou mesmo nas gôndolas dos supermercados; um tratamento médico exige a leitura atenta das orientações do médico, sob pena de causar outros problemas de saúde; uma carta pode ser a diferença entre um amor perdido e o “felizes para sempre”; o uso adequado e otimizado de um equipamento demanda tempo para esmiuçar o manual de instruções e assim por diante. Quem lê tem acesso a informações “privilegiadas” e sai na frente em qualquer disputa, pois vivemos em um mundo letrado.

Faz-se necessário diferenciar quem apenas decodifica o alfabeto de quem lê efetivamente. A fluência na compreensão de um texto traz um diferencial para o indivíduo: é a diferença entre letramento e alfabetização. O sujeito letrado é aquele que, além de saber ler e escrever, faz uso competente da leitura e da escrita. E a habilidade em um nível satisfatório só se atinge com o hábito e com o (re)conhecimento e uso de uma grande variedade de gêneros. O processo reflexivo disparado pela leitura e seu aprendizado nos permite compreender melhor uma situação e, assim, usufruir dos nossos direitos em sua totalidade, lutar por condições melhores e agir para modificar nossa realidade. Quantas vezes nos deparamos com dúvidas diante das infinitas decisões diárias que

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Leitura na Educação Infantil

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Leitura na Educação Infantil

Fonte: Arquivo pessoal da autora

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Interações: com olhos de ler

Ler para quê? Propósitos e comportamentos leitores e o professor como modelo de leitor

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prender a ler significa ler e atribuir sentido à leitura. Não se trata apenas de decifrar códigos, ainda que isso seja necessário. É preciso compreender o que se lê e estabelecer relações com outros conhecimentos. Este é um processo que para cada pessoa é iniciado num momento diferente da vida e que não termina nunca! Ele depende do conhecimento que o sujeito já possui, da motivação que tem para aprender cada vez mais, das experiências leitoras propostas a ele, da motivação e da parceria daquele que o ensina. Aprendemos a cozinhar observando as pessoas cozinharem e também cozinhando, mesmo que a comida nem sempre saia do jeito que esperávamos. Aprendemos a dirigir observando as pessoas dirigirem e assumindo o volante, mesmo que o carro morra na saída, ou dê solavancos. Aprendemos a ler vendo outras pessoas lerem, tentando ler, acertando e errando. Portanto, o professor deve aproveitar as situações do dia a dia na escola e criar outras tantas, como usuário da escrita diante das crianças, para que percebam seu valor comunicativo e se sintam motivadas a ler e escrever.

O professor tem papel importantíssimo na aquisição da competência leitora da criança não só porque promove atividades para tanto, mas porque serve como modelo de leitor. E o que isso quer dizer? Trabalhar com a leitura significa trabalhar com conteúdos voltados às capacidades e procedimentos de leitura e ao comportamento leitor. Segundo Délia Lerner, professora universitária e pesquisadora argentina, os comportamentos leitores são atitudes relacionadas ao ato de ler, como: • socializar critérios de escolha de livros; • comentar com as pessoas o que está lendo; • antecipar o que segue em um texto;

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Tempos para a leitura – Modalidades organizativas

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Tempos para a leitura – Modalidades organizativas O tempo perguntou pro tempo Quanto tempo o tempo tem O tempo não tinha tempo Pra falar pro tempo Quanto tempo o tempo tem Trava-língua de domínio público

Criança faz leitura em sebo

Fonte: Arquivo pessoal da autora

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Sugestões de leitura

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Temperos para os tempos de leitura

Critérios de escolha de livros para a formação de um acervo para a Educação infantil

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omo escolher os livros e outros suportes de leitura para formar o acervo da escola de Educação Infantil? O que adquirir e quais os critérios? Com certeza a escolha partirá do que conhecemos e do que gostamos. Mas não podemos apresentar às crianças somente o que gostamos e, com certeza, há uma infinidade de livros que não conhecemos. A escola precisa levar em conta a diversidade, para que o público atendido tenha a chance de escolher o que quer ler. Vejamos algumas sugestões que podem auxiliar nessa busca pelos livros:

1. Selecionar livros que permitam o contato com os mais diferentes gêneros da literatura. Eles serão apresentados pela escola ao longo da permanência da criança na Educação Infantil para a ampliação do universo cultural e literário: • poesias; • textos de tradição oral: parlendas, adivinhas, trava-línguas, cantigas, quadrinhas, contos maravilhosos, mitos e lendas; • fábulas; • contos modernos.

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Sugestões de leitura

variadas: aquarela, giz pastel, nanquim, colagem com papel, colagem com tecido, bordado, massinha, desenho com sombreado, técnicas mistas, em preto e branco, coloridas, em tons de uma mesma cor, com fotografia e tantas e tantas formas que enchem nossos olhos e mentes com beleza e sensibilidade.

Toda imagem tem uma história para contar. Essa é a natureza narrativa da imagem. Suas figurações e até mesmo formas abstratas abrem espaço para o pensamento elaborar, fabular e fantasiar. (FITTIPALDI, 2008) Escrita e imagem são companheiras no ato de contar histórias. (FITTIPALDI, 2008)

É preciso ter cuidado para não valorizarmos apenas as ilustrações com o mesmo tipo de traçado, desenhos estereotipados e infantilizados. Ao observarmos um desenho diferente, muitas vezes achamos feio ou estranho, mas é que não estamos acostumados a olhar o diferente. O diferente do que estamos habituados a olhar também pode ser belo. E isso precisa ser ensinado por nós. Vamos olhar e aprender a ver de um jeito novo?

Lobo

Fonte: In: Bruxa, Bruxa venha a minha festa. Arden Druce (autor). São Paulo: Brinquebook, 1995. p. 27-28

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Sugestões de leitura

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O canto de leitura na sala

Fonte: Arquivo pessoal da autora

Desde pequenas as crianças precisam ser incentivadas à leitura e colocadas em contato com ela. Um canto de leitura na sala de aula pode ser garantido, mesmo que o espaço não seja muito grande. Podemos colocar alguns livros em uma estante baixa, ou em alguns caixotes de madeira virados com a parte aberta para frente, em cestos ou algum outro suporte que permita o fácil acesso aos livros.

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Sugestões de leitura

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Contar histórias Recordo-me sempre dos meus tempos de menino, quando meu bisavô me colocava em seu colo para contar as histórias do meu povo. Embora entendesse pouco da narrativa, ficava deslumbrado com a imensidade de sua voz rouca amaciada pelo tempo. É que parecia que meu velho avô se transfigurava ao dizer o indizível (...) MUNDURUKU, 1998

Por que contar histórias?

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ntes, muito antes de existir a escrita, os livros e a escola, já se contavam histórias. O ato de narrar oralmente é uma ação dos tempos mais remotos, que aconteceu em diferentes culturas, lugares e épocas. Ainda hoje narramos ao contarmos um fato que nos aconteceu no dia, um sonho, uma piada, uma história de família, um episódio triste, um momento de realização e alegria, a descrição de uma conquista... Trata-se do momento em que duas ou mais pessoas se reúnem para contar algo por meio de palavras, gestos, ritmos, expressões, olhares e silêncios. A narração oral não é um ato individual. Não é algo que se faz sozinho. E aí temos uma primeira resposta para a nossa pergunta. Narrar oralmente é uma ação que acontece quando se quer partilhar algo com alguém. “Vou te contar uma história”, “Escuta essa”, “Você não vai acreditar no que aconteceu comigo”, “Essa é boa, lá vai”, “Certa vez”, “Quando eu era criança”, “Na época da minha avó”, “De onde meus pais vieram”, “Há muito tempo”, “Você sabe da última?”, “Era uma vez...” Frases muito conhecidas por nós. Em todas essas situações há a necessidade da presença de alguém que conta e de alguém que ouve a história. (...) a atividade de contar histórias constitui-se numa experiência de relacionamento humano que tem uma qualidade única, insubstituível. (MACHADO, 2004)

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Sugestões de leitura

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“Em plena virada do milênio, quando o professor se senta no meio de um círculo de alunos e narra uma história, na verdade cumpre um desígnio ancestral. Nesse momento, ocupa o lugar do xamã, do bardo celta, do cigano, do mestre oriental, daquele que detém a sabedoria. Nesse momento ele exerce a arte da memória.” (PRIETO, 1999, p. 41)

Abre a roda tindolelê – Orientações para contar histórias

Fonte: Greg Salibian

Quando vamos contar histórias temos que nos perguntar para que queremos narrar. Para divertir, para acolher, para ampliar o repertório de histórias, para homenagear etc. Para quem? Para amigos, para crianças, para alunos, para pais... Em quais si­ tuações? Num encontro informal, num orfanato, na sala de aula, num evento cultural? Isso nos ajudará a definir o modo de nos preparar para como iremos contar essas histórias. Para contarmos uma história selecionamos o texto de acordo com o público que irá ouvi-lo e com a ocasião em que será conta-

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Dez novas perguntas antigas para sacudir do esqueleto

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Dez novas perguntas antigas para sacudir o esqueleto

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s dúvidas costumam ser parecidas, acredite. As dúvidas são sempre bem-vindas. Elas nos fazem sair do lugar comum e muitas vezes podem contribuir para uma mudança positiva. A intenção aqui não é a de dizer o que é certo ou errado, mas refletirmos um pouco sobre cada uma delas. Apurar o olhar como educador é sempre se perguntar por que faço determinada atividade deste jeito e não de outro, o que ficará melhor para as crianças, como ficarão mais confortáveis, mais seguras, como será mais produtivo, como aprenderão mais. Isso deve ajudar a guiar o nosso olhar de professor. Precisamos nos despir daquilo que sempre fizemos sem nunca ao menos ter parado pra pensar: Mas por que isso é assim dentro da minha postura, dos meus encaminhamentos, das minhas propostas para as crianças? O bom-senso é um grande amigo nesses momentos. Ele, com a sabedoria que vamos adquirindo com a experiência e o aprimoramento (estudos, leituras, cursos, reuniões, palestras, formação continuada), nos dá condições de fazer escolhas cada vez mais maduras e profissionais diante da grande responsabilidade que temos.

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Interações: com olhos de ler

Pergunta 1) Devo fazer uma roda ao ler ou contar histórias para as crianças? Se olharmos para o passado, teremos vários exemplos nas mais diferentes culturas e povos nos quais as pessoas se reuniam em círculo. Isso não é à toa. Em primeiro lugar temos que pensar: a roda favorece o quê? Ela possibilita que estejamos todos juntos, próximos e nos olhando. Quando o professor lê em voz alta ou conta uma história é muito bom que possa ter a chance de trocar olhares com as crianças, observar as reações dos ouvintes e permitir que eles se olhem, que façam um breve comentário durante a leitura ou narração. A roda favorece a conversa e que um olhe para o outro enquanto fala. Ela ajuda a criar um clima de acolhimento e aconchego, pois algo que gostamos muito será partilhado: o momento da história! E poderemos ficar todos bem pertinho, um momento tão especial e só nosso – alunos e professor. Mas, dependendo do livro, às vezes o melhor é organizar as crianças de outro modo, ou porque será contada uma história com cenário de papel, com teatro de sombras ou mesmo com um livro com muitas imagens que serão observadas para a história ganhar sentido.

Pergunta 2) Temos que sentar no chão para fazermos uma roda de leitura? O gostoso de sentar no chão é que ficamos próximos e ainda com a possibilidade de deitar (de bruços ou de costas), caso alguém prefira ouvir a história assim. E a proposta é que o professor sente também, para fazer parte do grupo. Se o professor senta na cadeira e as crianças no chão, os pequenos precisam erguer a cabeça e o pescoço durante a leitura, a apreciação das imagens da história ou ao longo de toda a narração oral e isso pode ser cansativo e gerar incômodo. Todos sentados em roda nas cadeiras pode ser uma saída, mas com certeza não dará a mesma sensação de acolhimento. Quando

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Dez novas perguntas antigas para sacudir do esqueleto

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Fonte: Arquivo pessoal da autora

Se você tem acesso a bibliotecas, sebos e livrarias, pode começar consultando e manuseando algum exemplar sobre o qual tem curiosidade para aumentar seu interesse. Filmes e peças de teatro cuja história foi baseada em um livro são boas fontes de inspiração. Você pode comparar o filme ou peça teatral com o livro e saiba, a maioria costuma preferir o livro. Caso você seja do tipo que prefere realizar as coisas em grupo, pode convidar amigos para montar um clube de leitura. Todos podem ler o mesmo livro e depois comentar ou cada um lê algo diferente do mesmo autor ou gênero e apresenta para os demais. Certamente os comentários dos outros nos abrem possibilidades e oportunidades para novas escolhas que sozinhos seriam mais difíceis de realizar. n

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E não “acabou-se o que era doce” – Considerações Finais

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ão inesquecíveis todos aqueles que nos apresentam, com entusiasmo, um novo sabor, um novo saber, novos mundos e caminhos, especialmente quando essa apresentação ocorre em uma das mais belas fases de nossas vidas, a infância. Conquista um lugar permanente em nossos corações e mentes aquele que nos mostra, com encantamento, um novo livro, um novo autor, um novo gênero, novas possibilidades para nossas vidas. Quem não se lembra de um professor ou professora que nos inspirava admiração e surpresa por tanto conhecimento e, ao mesmo tempo, simplicidade?

A proposta de Interações: com olhos de ler – apontamentos sobre a leitura para a prática do professor de educação infantil é apresentar novos olhares para a atividade da leitura e usar alguma experiência vivida para apontar caminhos possíveis para os profissionais que têm o desafio diário de encantar e atrair novos leitores. Iniciamos com a apresentação do livro como fonte de conhecimento, informação e prazer. Na sequência, mostramos a ligação perene entre esse objeto de desejo e a educação infantil, sempre com o cuidado de mostrar como isso pode ser prazeroso tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Como a leitura é (ou poderia ser) inserida no cotidiano da educação infantil? Quais as boas práticas nessa área? Conceitos e exemplos de modalidades organizativas: atividades permanentes,

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Sugestões de leitura

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Sugestões de Leitura

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acervo de livros de literatura hoje em dia é imenso. Selecionamos aqui alguns títulos para começar sua leitura com as crianças. Talvez muitos deles você já conheça e este será um ótimo sinal para ir à biblioteca, sebo ou livraria e conseguir outros. A divisão sugerida aqui foi somente uma forma para você localizar os livros de acordo com gêneros. Muitas vezes você vai perceber que um livro indicado para zero a três fará muito sucesso com os de três a cinco anos e vice-versa.

Para crianças de três a cinco anos Contos tradicionais São contos que nasceram da tradição oral e são conhecidos no mundo todo, por isso pertencem ao nosso legado cultural. Não têm autoria, caíram no anonimato, ou seja, surgiram há muitos e muitos anos e ainda persistem no tempo. Você encontrará nomes de autores; isso quer dizer que estes escritores ouviram, pesquisaram, leram essas histórias de domínio público e as reescreveram. AZEVEDO Ricardo. Armazém do Folclore. São Paulo: Ática, 2000. AZEVEDO Ricardo. Contos de Enganar a Morte. São Paulo: Ática, 2003.

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