Paisagismo e espiritualidade 15

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Karina Corain

SĂŁo Paulo - 2016


Copyright © 2016 by Editora Baraúna SE Ltda.

Editora Baraúna

Capa

Diagramação Emília Adamo Revisão

Vanise Macedo

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________

C794p

Corain, Karina Paisagismo e espiritualidade : um novo conceito de ver as cores cromoterápicas através dos signos e viver em equilíbrio fitoenergético / Karina Corain. - 1. ed. - São Paulo : Baraúna, 2016. ISBN 978-85-437-0634-4 Título.

1. Arquitetura paisagística. 2. Cromoterapia. 3. Astrologia. I.

16-33249

CDD: 712 CDU: 712

________________________________________________________________ 20/05/2016 23/05/2016

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Agradecimento Agradeço a Deus pela oportunidade de estar nesta vida e poder colocar em prática todos os meus sonhos, que vêm por meio da minha fé; aos meus pais, que me conceberam e fizeram o melhor que puderam para que eu me tornasse o que sou hoje; aos meus irmãos, que amo profundamente e que estão sempre ao meu lado; às minhas filhas, Aline e Érica, que são minhas verdadeiras inspirações; aos meus amigos, que acreditam em mim e no meu trabalho.



Sumário Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Conceitos e definições de paisagismo. . . . . . . . . . . . 11 Gêneros de jardim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Cromoterapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Espiritualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Astrologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Fitoenergética. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Desmembrando as espécies no paisagismo . . . . . . . . 63 Principais espécies e suas características. . . . . . . . . . . 73 Montando e executando seu projeto. . . . . . . . . . . . . 87 Como e onde comprar as plantas. . . . . . . . . . . . . . 101 Plantio das mudas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Tabelas vegetativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 Considerações finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Patrocínio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Assessoria de imprensa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Colaboradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157



INTRODUÇÃO Sempre acreditei que todas as pessoas podem fazer a diferença. Eu sempre quis ser uma delas. Isso levou anos de amadurecimento porque, na verdade, ficava pensando como poderia, dentro da minha profissão, fazer a diferença. Aceitar o “Não” como resposta em inovar ou modificar, para mim, é inaceitável. Amo muito o que faço e, quanto mais faço, mais eu quero fazer algo diferente, novo, inusitado. Um belo dia, eu estava lendo e recebi um insight: escrever um livro com o seguinte título: “Paisagismo, Cromoterapia, Espiritualidade, Astrologia, Fitoenergética: um novo conceito de ver as cores e de viver em equilíbrio”. Eu não tinha a mínima ideia de como poderia unificar esses elementos dentro do Paisagismo. Daí veio a busca, o estudo e a pesquisa. Foi um projeto que, ao longo do tempo, materializou-se, tornando-se o meu primeiro livro. Eis a obra que você está lendo. O maior objetivo é que eu possa tocar o coração das pessoas e contribuir, de forma inovadora, na minha profis9


são para que possamos entender que, por todos os conceitos aqui apresentados, você pode usufruir da cromoterapia, encontrando a espiritualidade, utilizando a Fitoenergética para um bem maior: o equilíbrio da alma, do seu eu interior. Independentemente da religião ou do credo, quero que todas as pessoas possam ler e entender a minha proposta. Não é pretensão rotular uma religião; minha intenção é abranger todas e fazer com que as pessoas continuem com a sua Fé, o seu Deus e sua Crença particular. Esse é o meu objetivo: fazer a diferença, colaborar, inovar, reinventar e poder, acima de tudo, contribuir de forma positiva na vida de cada um. “Que todo o caminho que eu andar tenha flores e, se naõ tiver, que eu as plante.”

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CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE PAISAGISMO PAISAGEM A paisagem refere-se ao espaço de terreno abrangido em um lance de vista ou extensão territorial, a partir de um ponto determinado. Pode ser classificada em: • Natural: sem a intervenção do homem; • Artificial: planejada, ou seja, um jardim. Jardim é uma palavra de origem hebraica e vem de gan (proteger, defender) + eden (prazer, satisfação, encanto, delícia). A concepção inicial e, ainda hoje, a mais comum de jardim está ligada às palavras hebraicas originais: um mundo ideal, pequeno, perfeito e privativo. Um jardim modifica-se com o passar do tempo (devido ao crescimento) e durante as estações do ano (floração, frutificação, queda das folhas e mudança de cor). 11


DEFINIÇÃO DE PAISAGISMO A palavra Paisagismo deriva de paisagem. O paisagismo é uma atividade que organiza os espaços externos com o objetivo de proporcionar bem-estar aos seres humanos e de atender às suas necessidades, conservando os recursos desses espaços. Para Benedito Abbud, em seu livro “Criando Paisagens”, o paisagismo é a única expressão artística em que participam os cinco sentidos do ser humano: a visão focaliza, acompanha, percebe, investiga as inúmeras e variadas cores, tamanhos e tipos de espécies; o tato opera com o contato direto com as espécies, informa a textura, macia ou áspera, miúda ou graúda presentes nas plantas; o paladar permite saborear frutas e temperos; e a audição deixa perceber os sons das folhas, das águas, dos ramos ao vento, dos cantos dos pássaros e o caminhar pelo jardim. Um jardim é a representação idealizada da paisagem como cada civilização, ou até cada pessoa, desejaria que fosse. É um local que pode ser percebido pelos cinco sentidos. É dinâmico, porque o elemento vegetal está sujeito a um ciclo biológico. Paisagismo e jardinagem são diferentes. O profissional paisagista elabora projetos de jardins e áreas verdes, incluindo terraços, varandas, jardins de inverno, praças e afins, levando em conta os aspectos que interferem em tudo que seja externo e que esteja em volta de edificações e espaços construídos. Esses projetos consideram os interesses do proprietário ou da população que irá frequentar o local, como recreação, circulação, preservação ambiental ou integração do homem à natureza. Já a jardinagem vem depois, para implementar e manter um projeto paisagístico. 12


GÊNEROS DE JARDIM A forma com que os gêneros de jardins foram se desenvolvendo, modificando-se e adequando-se à vida do homem está intimamente ligada à História e à caracterização do desenvolvimento da nossa civilização. Analisando as características individuais dos diversos tipos de jardins ao longo dos tempos, nota-se a forte influência exercida pelas crenças e pelos costumes do homem, em suas diferentes fases de evolução. Tais crenças e costumes estão representados nas diversas formas de composição com os elementos da natureza que formam os jardins. Cada cultura expressa-se de forma particular. Pode-se considerar até que os diferentes gêneros de jardim são um retrato de cada época, mostrando como o homem vê e classifica o seu ambiente, como se insere no ambiente que cria e que referências usa para o escolher. Os jardins surgiram, simultaneamente, na China e no Egito. Essas origens possibilitaram o surgimento de duas formas diferentes de jardins: o formal e informal; o sinuoso e o retilíneo; o naturalista e o arquitetônico. 13


Em relação aos gêneros, existem classificações - algumas mais simples, outras mais complexas e abrangentes. Uma primeira classificação, que agrupa os diferentes tipos de jardins de acordo com características mais simples, está descrita a seguir.

GÊNERO FORMAL Caracteriza-se por um gênero mais organizado, comportado e com maior equilíbrio. Citarei alguns países que apresentam essas características. Pouco depois da China, considerada precursora da jardinocultura, surgiu no Egito e na Pérsia outra tendência que, por muito tempo, dominou o mundo: a dos jardins regulares e geométricos. Chamado de gênero clássico, geométrico ou formal, regular e simétrico tem predominância de linhas retas e geométricas, formas artificiais, vegetação rigidamente podada, canteiros com cercas e bordas, grande trabalho de manutenção, elevado custo de implantação, presença de muitas estátuas e obras de arte, uso de cercas vivas podadas, solo aparente e cultivo de Violetas e Roseiras. Esse gênero chegou a Roma no século XVII, à França, no século XVII, e ingressou na Arábia e na Espanha no século XIII. Em meados de 1.700, na Inglaterra do início do século XVIII, escritores ingleses começaram o movimento do Romantismo, em oposição ao Barroco. Cansados de tanta riqueza de detalhes, ordem e simetria, propuseram um jardim inspirado nas concepções orientais do velho 14


império chinês, numa tentativa de imitar a natureza com um traçado livre e sinuoso, apresentando água na forma livre, como cascatas, cursos d’água ou compondo-se com grutas e ruínas contidas em tanques de formato irregular, que combinavam mais com as ideias do Romantismo. Como características básicas estavam a irregularidade e a falta de simetria nos caminhos, planejados com maior liberdade de expressão, sendo denominados jardins paisagísticos. Tal concepção de retorno à paisagem natural chegou ao extremo de usar ruínas, rochedos, além de outras reproduções da natureza. De linhas grandiosas, as ruas eram amplas, cômodas e em pequeno número, proporcionando a visão de belas perspectivas devido à topografia do terreno acidentado. A vegetação era formada por extensos gramados que serviam para fazer a ligação entre pequenos bosques, plantas isoladas e grupos de árvores não muito numerosos. Usavam-se até mesmo árvores mortas, implantadas para decoração. Por meio dos jardins, os ingleses expressaram o gosto pelo natural, com riachos sinuosos e flores delicadas. O povo inglês típico é fechado, circunspecto e considerado frio. Suas cidades são cinzentas durante muitos dias do ano, mas seus jardins são graciosos, alegres e leves. Essa dualidade talvez seja uma tentativa de compensação de sua forma característica de expressão. Na segunda metade do século XVII, o jardim francês sofreu grande influência da simplicidade dos medievais. Adquirindo novas perspectivas, o paisagismo tornou-se uma atividade quase febril. Os franceses renovaram o gênero italiano, construindo os jardins em locais pou15


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